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1 UNIVERSIDADE FEDERAL DA GRANDE DOURADOS FACULDADE DE CIÊNCIAS EXATAS E SUAS TECNOLOGIAS CURSO DE FÍSICA - LICENCIATURA - UFGD ALINE RODRIGUES DE SOUZA PREVIATI MIGRANDO DO MODELO DE PUDIM DE PASSAS PARA O MODELO DE SISTEMA SOLAR CLÁSSICO DOURADOS - MS 2023 2 ALINE RODRIGUES DE SOUZA PREVIATI Relatório Experimental apresentado ao Curso de Física da UFGD - Universidade Federal da Grande Dourados, para a disciplina Laboratório de Física Moderna I referente ao experimento “Migrando do modelo de Pudim de Passas para o modelo de Sistema Solar Clássico”. Prof. Dr. Eriton Botero DOURADOS - MS 2023 3 SUMÁRIO RESUMO ................................................................................................................................... 4 OBJETIVOS ............................................................................................................................. 5 INTRODUÇÃO TEÓRICA ..................................................................................................... 6 PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS .............................................................................. 8 RESULTADOS E DISCUSSÕES ......................................................................................................... 9 CONCLUSÕES FINAIS ...................................................................................................................... 11 REFERÊNCIAS...................................................................................................................... 12 4 RESUMO Ernest Rutherford introduziu, em 1911, a revolucionária técnica de investigação atômica conhecida como "espalhamento de partículas alfa". Esse experimento crucial foi conduzido utilizando núcleos de hélio, denominados partículas alfa, direcionados em direção a uma folha extremamente fina de ouro. Naquela era, o modelo atômico prevalecente era proposto por Thomson, concebendo o átomo como uma esfera indivisível e maciça. A expectativa geral era de que as partículas alfa passassem através da folha de ouro sem sofrer desvios significativos. Contudo, para espanto de Rutherford, algumas dessas partículas alfa não apenas se desviaram consideravelmente de sua trajetória, mas algumas até mesmo retrocederam em direção à sua origem. Esses resultados surpreendentes contradisseram o modelo de Thomson, resultando na reformulação necessária do modelo atômico, um marco crucial na história da ciência. E com o relatório a seguir iremos apresentar a experiência feita no programa PhET com o objetivo de apresentar resultados e discussões sobre o experimento feito. 5 OBJETIVOS ❖ Examinar o modelo de Thomson através de simulações no PhET e, a partir da análise, coletar dados para comparação com o modelo de Rutherford. ❖ Observar o padrão de movimento das partículas alfa ao serem direcionadas para uma folha fina de ouro. 6 INTRODUÇÃO TEÓRICA “No experimento, partículas alpha (núcleos de hélio) foram disparadas em uma fina folha de ouro. De acordo com o modelo de Thomson, as partículas deveriam atravessar a folha com pequenos desvios, devido à natureza difusa da carga positiva no átomo. No entanto, observou-se que algumas partículas alpha foram desviadas significativamente, algumas até retrocedendo2.” Rutherford, E. (1911). The scattering of alpha and beta particles by matter and the structure of the atom. Philosophical Magazine, 21(125), 669-688. ² Figura 1: Experimento de Thomson com tubo de raios catódicos FONTE:CONHECIMENTO CIENTÍFICO - MODELO ATÔMICO DE THOMSON A descoberta dos elétrons por J.J. Thomson e a formulação do modelo de Rutherford para a estrutura do átomo abriram novas perspectivas. O século XX testemunhou avanços significativos com a teoria quântica, desenvolvida por físicos como Niels Bohr e Werner Heisenberg, que descreveu os átomos em termos de probabilidades e níveis de energia.. No ano de 1911, o físico neozelandês Ernest Rutherford conduziu um experimento muito importante que mudou o modo como o átomo era visto pelos cientistas da época. Até o https://chat.openai.com/c/5f5955c1-f8a8-4cfd-960f-c65565326046#user-content-fn-2%5E 7 momento, o modelo atômico aceito era o de Thomson, que dizia que o átomo seria uma esfera positiva, não maciça, incrustada de elétrons e com carga elétrica total nula. O experimento em questão é demonstrado na figura abaixo, onde temos uma amostra do elemento radioativo polônio dentro de um bloco de chumbo. A radiação alfa (α) que saía do polônio passava por um pequeno orifício do bloco de chumbo e ia em direção a uma finíssima lâmina de ouro. Atrás dessa lâmina de ouro havia um anteparo fluorescente, pois foi recoberto de sulfeto de zinco, que mostraria uma luminosidade onde as partículas alfa incidissem. Figura 3: Experimento de Rutherford com partículas alfa em lâmina de ouro Fonte: site Todo estudo. O resultado observado foi o seguinte: A maioria das partículas continuou sua trajetória atravessando a lâmina de ouro; Poucas partículas atravessaram a lâmina e desviaram-se de sua trajetória; Poucas partículas foram refletidas, não atravessando a lâmina. Cada um desses fatos levou Rutherford à conclusão de que o modelo de Thomson estava incorreto: O fato de a grande maioria das partículas alfa atravessar a lâmina de ouro indica que a maior parte do átomo trata-se, na verdade, de espaços vazios; O fato de poucas partículas que atravessaram a lâmina de ouro terem sofrido um desvio na sua trajetória indica que elas se aproximavam de alguma região do átomo que tivesse a mesma carga que elas, isto é, carga positiva, sendo assim repelidas; As poucas partículas que foram rebatidas pela lâmina de ouro indicavam que o átomo possui uma região maciça que impedia essa passagem, com carga igual, isto é, positiva. As partículas refletidas bateriam de frente com essa região. Essas observações levaram Rutherford a criar um novo modelo atômico, o Modelo Atômico de Rutherford: O átomo é concebido como tendo uma região central denominada 8 núcleo atômico, que contém praticamente toda a massa do átomo e possui carga positiva. Em contraste, a eletrosfera constitui a região onde os elétrons circulam em órbita ao redor do núcleo. A analogia utilizada para descrever o modelo de Rutherford é a de um sistema planetário ou solar, onde o Sol representa o núcleo, enquanto os planetas são comparáveis aos elétrons que orbitam em torno dele. No entanto, alguns anos mais tarde, a descoberta da terceira partícula subatômica, o nêutron, introduziu uma modificação no modelo original de Rutherford. O núcleo atômico passou a ser composto por prótons (partículas positivas) e nêutrons (partículas neutras), constituindo praticamente toda a massa total do átomo. Figura 4:Modelo do átomo de Rutherford FONTE:CONHECIMENTO CIENTÍFICO - MODELO ATÔMICO DE THOMSON PROCEDIMENTOS EXPERIMENTAIS Para investigar a trajetória das partículas alfa e aprofundar nossa compreensão dos modelos atômicos, utilizamos a plataforma educacional PhET, que oferece simulações interativas. Entre essas simulações, destaca-se o "Átomo de pudim de passagens", alinhado com a teoria de Thomson, e o "Átomo de Rutherford", fundamentado na proposta teórica de Ernest Rutherford. Essas ferramentas interativas são cruciais para explorar os comportamentos das partículas alfa em contextos específicos. No ambiente do simulador, podemos manipular variáveis e obter valores como a energia das partículas alfa e a quantidade de prótons. Ao conduzir os procedimentos, o objetivo é estudar as interações de partículas alfas com núcleo e os elétrons de átomo de ouro podendo 9 assim terconclusão experimental sobre o procedimento em modo no simulador que foi indicado para uso. RESULTADOS E DISCUSSÕES Realizando o experimento de “Átomo de pudim de passas” no simulador podemos concluir que as partículas alfas seguem o percurso sem sofrer nenhuma variação ou interferência de qualquer que seja as cargas ou variação de energia. Como podemos ver na imagem 3 as partículas alfas e seus trajetos. Figura 5: Comportamento das partículas alfa no modelo de Thomson simulação PhET. Fonte: Simulador PhET Podemos analisar que as partículas alfas não sofrem interferência das partículas de hidrogênio, continuando seu percurso normalmente, no caso comparando com a teoria de Thomson as partículas alfas sofrem uma leve mudança em sua trajetória qual não é perceptível a nós na simulação. Partindo para o experimento de Rutherford concluímos que as partículas alfas sofrem uma grande interferência dos núcleos podendo até ser ricochetear de volta. Uma análise que podemos fazer é que o ângulo está ligado a energia da partícula alfa, com uma maior de energia elas tendem a sofrer uma menor interferência dos núcleos e ocorre ao contrário para uma energia menor. 10 No estudo conduzido para o experimento de dispersão das partículas alfa, Rutherford observou uma dispersão maior do que a esperada de acordo com o modelo de Thomson. Diante disso, ele desenvolveu um novo modelo atômico para explicar essa dispersão acentuada. Na teoria de Rutherford, o átomo é concebido como tendo um núcleo composto por cargas positivas e nêutrons, circundado por uma região denominada eletrosfera, onde os elétrons de carga negativa estão localizados. Essa formulação permitiu uma explicação mais coerente do experimento de dispersão das partículas alfa, considerando a interação entre essas partículas, o núcleo e os elétrons. Por do simulador, é possível compreender que dois fatores influenciam a reflexão da partícula: a energia intrínseca da própria partícula e a quantidade de prótons que compõem o átomo em questão. Isso significa que o número de prótons em um átomo está diretamente relacionado ao elemento químico ao qual pertence. A Figura 6 representa o simulador, destacando algumas de suas variáveis. Figura 6 - Experimento de Rutherford com um átomo de ouro. Fonte: Simulador PhET. Rutherford interpretou esses resultados como evidência de uma concentração muito alta de carga positiva no centro do átomo, agora conhecido como núcleo atômico. A maioria das partículas alpha passou através da folha de ouro sem desvios, indicando que a maior parte do átomo é vazia. Entretanto, os desvios observados sugeriam a presença de uma região de alta densidade de carga positiva, responsável pelos desvios significativos2. https://chat.openai.com/c/5f5955c1-f8a8-4cfd-960f-c65565326046#user-content-fn-2%5E 11 CONCLUSÕES FINAIS Concluindo a experimentação posso afirmar que o modelo de Thomson era legal porque ele respondia muitas das perguntas da época. No entanto, quando Rutherford fez o experimento com a folha de ouro e viu as partículas alfa desviando, isso meio que desmentiu as ideias de Thomson. Rutherford concluiu que o núcleo era feito de cargas positivas. Portanto, se o núcleo tem cargas positivas, ele terá mais impacto nas partículas com prótons e menos impacto nas partículas ionizadas. Com as simulações, também observei ver que, no modelo de Thomson, os átomos de hidrogênio não afetam as partículas alfa. Elas continuam em linha reta, mesmo se baterem nos átomos. No modelo de pudim de passas, Thomson esperava que as partículas alfa atravessassem as folhas de ouro em linha reta, sem alterar seu curso, porque teoricamente não teriam nada para se chocar. Isso explica como as partículas alfa se comportam quando encontram a partícula de hidrogênio; ou seja, o átomo não influenciaria as partículas alfa. No modelo de Thomson, as partículas alfa têm seus cursos alterados pela interação com o núcleo, podendo até ser totalmente desviadas. Isso acontece devido à carga da partícula alfa e à ionização dos átomos, que pode ou não alterar o percurso, dependendo da quantidade de prótons em cada átomo e suas cargas. Rutherford mostrou que os átomos têm um núcleo positivo, cercado por elétrons, criando um modelo atômico semelhante ao modelo planetário, onde o núcleo seria como o sol e os elétrons como os planetas. 12 REFERÊNCIAS PERUZZO, F. M.; CANTO, E. L. do. Química na abordagem do cotidiano. 4 ed. Moderna. São Paulo, 2006. PhET, Simulador, disponivel em : https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/rutherford- scattering/activities REDE, Q. N. Química na Rede: Modelos Atômicos de Thomson e Rutherford. Disponível em:<https://quimicarede.blogspot.com/2016/04/modelos-atomicos-de-thomson-e- rutherford.html>. TIPLER, Paul A. Modern physics. Institute of Eletric & Eletronics Enginee. WORTH PUBLICHERS. Oakland University. Rochester, Michigan, 1977. Rutherford, E. (1911). The scattering of alpha and beta particles by matter and the structure of the atom. Philosophical Magazine, 21(125), 669-688. ² https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/rutherford-scattering/activities https://phet.colorado.edu/pt_BR/simulations/rutherford-scattering/activities
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