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FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE DANIEL DE SOUZA SILVA AS ABORDAGENS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO ATENDIMENTO AS CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) JURU/PB 2024 FACULDADE VENDA NOVA DO IMIGRANTE DANIEL DE SOUZA SILVA AS ABORDAGENS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO ATENDIMENTO AS CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) Trabalho de conclusão de curso apresentado como requisito parcial à obtenção do título especialista em EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR E EDUCAÇÃO ESPECIAL JURU/PB 2024 AS ABORDAGENS DA EDUCAÇÃO FÍSICA ESCOLAR NO ATENDIMENTO AS CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA (TEA) Daniel de Souza Silva Declaro que sou autor (a)¹ deste Trabalho de Conclusão de Curso. Declaro também que o mesmo foi por mim elaborado e integralmente redigido, não tendo sido copiado ou extraído, seja parcial ou integralmente, de forma ilícita de nenhuma fonte além daquelas públicas consultadas e corretamente referenciadas ao longo do trabalho ou daqueles cujos dados resultaram de investigações empíricas por mim realizadas para fins de produção deste trabalho. Assim, declaro, demonstrando minha plena consciência dos seus efeitos civis, penais e administrativos, e assumindo total responsabilidade caso se configure o crime de plágio ou violação aos direitos autorais. (Consulte a 3ª Cláusula, § 4º, do Contrato de Prestação de Serviços). “Deixar este texto no trabalho”. RESUMO- O referente Trabalho de Conclusão de Curso (TCC), aplicado à pós-graduação em “educação Física Escolar e Educação Especial. O trabalho tem como tema central, “As abordagens da educação física escolar no atendimento as crianças com transtorno do espectro autista (TEA). Essa pesquisa é de cunho bibliográfico levando em consideração e comparando com a realidade educacional brasileira os estudos e pensamentos dos mais variados estudiosos e especialistas do tema abordado neste documento. Contudo, no primeiro parágrafo do trabalho será situado conceitos valiosos acerca do tema como por exemplo.: O autismo é um transtorno de desenvolvimento neurológico que se apresenta de diferentes formas. De uma maneira geral, o TEA afeta a linguagem, comunicação, interação social e comportamento social. Pessoas dentro do espectro podem apresentar padrões de comportamento repetitivos, interesses fixos e hiperfoco, hipo ou hipersensibilidade a estímulos sensoriais, entre outros. Através do desenvolvimento e análise de grandes estudiosos e pensadores do transtorno do espectro autista (TEA), no desenvolvimento desse trabalho ficara explicito de maneira clara, a real importância do professor de educação física e as abordagens que devem ser utilizadas para o público destacado neste trabalho. Na conclusão deste TCC, será possível identificar os principais desafios para oferecer uma qualidade de atendimento igualitária, com equidade e de maneira integral; além disso, diagnosticar e apresentar soluções baseadas nos estudos bibliográficos publicados, no estatuto da criança e do adolescente e na lei Berenice Piana (Nº 12.764, de 2012). PALAVRAS-CHAVE: Educação Física Escolar. Autismo. Educação. Abordagens. 1 E-mail do autor: personaldanielsouza2@gmai.com mailto:personaldanielsouza2@gmai.com 1. INTRODUÇÃO De início, o conceito de autismo é único mais com significados abrangentes e variados, considerando o conceito científico, o autismo é classificado pelo Manual Diagnóstico e Estatístico de Transtornos Mentais-DSM-IV como um transtorno invasivo do desenvolvimento (TID), sendo que, para a Classificação dos transtornos mentais e de comportamento da CID-10 os indivíduos afetados pelo TID apresentam "anormalidades qualitativas nas interações sociais recíprocas e em padrões de comunicação e apresentam um repertório de interesses e atividades restritos, estereotipado e repetitivo". Com isso, essa ampla variedade de significados e a forma coo o TEA se manifesta, é um desafio para pais, cuidadores e professores incluindo os professores de educação física. A metodologia utilizada para a realização do trabalho foi pesquisas e revisões literárias de autores, que desenvolveram através de seus trabalhos, conhecimentos acessíveis e utilizáveis para futuras pesquisas. No cenário da educação inclusiva, a instituição escolar deve se caracterizar como um espaço para todos (as), bem como a Educação Física Escolar. O objetivo deste estudo é apresentar abordagens de ações inclusivas para as crianças com Transtorno do Espectro Autista nas aulas de Educação Física. Na revisão de literatura de Camargo & Bosa, sobre o tema crianças autistas, competência social e inclusão escolar, as autoras encontraram que as ideias equivocadas dos professores a respeito desses alunos, principalmente referente à incapacidade de comunicação, parecem influenciar as práticas pedagógicas e as expectativas acerca da educabilidade dessas crianças. Considerando o pensamento das autoras citadas acima, práticas didáticas pedagógicas aplicadas ao Transtorno do Espectro Autista (TEA); devem ser constantemente aprimoradas e atualizadas, objetivando a aprendizagem, a inclusão dos mesmos, a facilidade no manuseio de tais alunos. A Educação Física escolar é importante, pois contribui em aspectos relacionados à formação geral como o desenvolvimento motor, afetivo, social e cognitivo, visando também o hábito da prática das atividades físicas como sendo fundamentais para uma vida saudável. As atividades, por muitas vezes são realizadas em forma de jogos e brincadeiras por meio da ludicidade, o que desperta o prazer da criança para a sua prática (FELLIPE; JUDITH, 2010). Assim, o objetivo dessa revisão de literatura e abordar, diagnosticar e apresentar abordagens obtidas na literatura da educação física, procurando expandir conhecimentos a respeito do tema desse trabalho. 2. DESENVOLVIMENTO Atualmente o mundo ainda vive um momento de muita luta pelos direitos dos grupos menores, excluídos e segregados, lutando por sua inclusão social. Em relação à educação, o processo se denomina educação inclusiva, cujo principal objetivo é assegurar uma escola democrática onde todos sejam atendidos, independentemente da diversidade, sendo respeitados e valorizados (LOPES, 2011). Apesar da grande evolução no sistema educacional brasileiro, ainda temos sérios problemas de inclusão, que afeta principalmente crianças portadoras de neurodivergências; como o Transtorno do Espectro Autista (TEA), conhecido popularmente como “autismo”, são inúmeros os desafios encontrados principalmente em instituições públicas de ensino, como: acessibilidade, falta de cuidadores e professores especializados, espaços especializados como salas de AEE. Além disso, para os professores de educação física o maior desafio e a falta de quadras ou espaços adequados para trabalhar e atender crianças autistas com dignidade. Escolas do interior, propriamente as da zona rural, são as mais precárias, incapazes de atender alunos com um certo grau de autismo. A educação inclusiva em seu conceito possui um estatuto proeminente em todo o mundo em virtude de sua inserção nos documentos relativos à política de várias organizações internacionais, com ênfase nas Nações Unidas (FLORIAN, 1998). Referenciando essa afirmação, cito neste documento a lei Berenice Piana (Nº 12.764, de 2012). Que foi sancionada no ano de 2012 na comissão de direitos humanos do Brasil, foi batizada de “Lei Berenice Piana”, em justa homenagem a uma mãe que, desde que recebeu o diagnóstico de seu filho, luta pelos direitos das pessoas com autismo. Cujo principal objetivo desta lei é por meio da legislação, que pessoas no espectro são consideradas pessoas com deficiênciapara todos os efeitos legais e, portanto, ter os mesmos direitos assegurados. O início da inclusão escolar deve ocorrer a partir da Educação Infantil, pois é nesse período que começa o desenvolvimento básico e necessário para a formação do conhecimento. Nesse período, a ludicidade, a possibilidade de formas diferentes de comunicação, a profusão de estímulos nas questões físicas, emocionais, psicomotoras, cognitivas e sociais é também habituar-se às diferenças assim favorecendo o vínculo, a valorização e o respeito. Atualmente o termo inclusão tem sido muito citado pela sociedade, principalmente na mídia, e em trabalhos sócio educacionais. Compete à escola desenvolver métodos para incluir os alunos, nas aulas de educação física do ensino regular, enfatizando e reconhecendo das necessidades especiais e individuais de cada aluno. É de extrema importância que haja a união dos profissionais para a aceitação dos novos métodos desenvolvidos pela instituição de ensino. 2.1 Principais abordagens da Educação Física no atendimento de crianças portadoras do Transtorno do Espectro Autista (TEA) O comprometimento do professor e da escola é fundamental na vida de qualquer pessoa no âmbito educacional, e quando se trata de crianças autistas não há diferença na importância. Porém, é necessária uma visão diferente no nível de atenção, sendo um pouco maior do que com as outras crianças, utilizando os métodos ideais e a elaboração de estratégias que permitam ao professor ser capaz de alcançar o desenvolvimento e estimular as capacidades físicas e cognitivas, na interação e autonomia das crianças Autistas (LOPES, 2011). É comum que a criança autista ao começar a frequentar a escola apresente uma variação de manifestações físicas e psíquicas. Assim, tanto para o aluno quanto para o professor essas novas vivências se constituirão experiências desafiadoras, pois suas reações diante de um ambiente novo e estímulos diferentes podem causar choro, movimentos estereotipados, dificuldade de obedecer a ordens dadas pelo professor e até mesmo apego por alguns locais na escola (BELISARIO JUNIOR; CUNHA, 2010). Na literatura da educação física escolar temos várias abordagens como a: Ludicidade; Recreação; Exercícios de fortalecimento cognitivo; Exercícios de fortalecimentos mentais; Hidroterapia; Reabilitação articular e motora. São algumas das inúmeras abordagens, que não só contribuem como é comprovado cientificamente que funciona, melhorando a qualidade de vida física e cognitiva. A Educação Física escolar é importante, pois contribui em aspectos relacionados à formação geral como o desenvolvimento motor, afetivo, social e cognitivo, visando também o hábito da prática das atividades físicas como sendo fundamentais para uma vida saudável. As atividades, por muitas vezes são realizadas em forma de jogos e brincadeiras, de forma lúdica, o que desperta o prazer da criança para sua prática (FELLIPE; JUDITH, 2010). Segundo Tomé (2007) o dever do professor de educação física no ensino do aluno autista consiste em insistência e paciência para a elaboração de um plano de aula estruturada a fim de atender o aluno de forma correta, estabelecer um vínculo positivo, trabalhar no desenvolvimento da independência e preservar a rotina de atividades, tendo maior cuidado com aquelas que tenham regras, jogos imaginários e gincanas, que podem ocasionar insatisfação, incômodo e falta de interesse desses alunos pelas aulas de educação física. 3. CONCLUSÃO O presente estudo buscou analisar e revisar citações e estudos bibliográficos de pensadores e estudiosos sobre o tema em ênfase, ademais apresentar abordagens da educação física escolar no atendimento de as crianças com Transtorno do Espectro Autista (TEA)). Além disso, apresentar a elaboração de uma abordagem pedagógica nas aulas de Educação Física, buscando expandir conhecimentos sobre as diversas formas de inclusão e adaptação de alunos autistas no ensino regular. Não há a possibilidade de a criança autista participar e interagir socialmente das aulas de educação física sem o auxílio do professor, devido às dificuldades na adaptação e na convivência com as outras pessoas. O professor deve buscar meios de integrar as crianças nas aulas de educação física fazendo com que elas interajam de forma espontânea, sem muita exposição, para que não se sintam tão diferentes das outras e voltem novamente à auto exclusão. Por isso o professor precisa buscar pelo menos o mínimo de conhecimento para atender de forma correta, evitando prejudicar o desenvolvimento dos alunos autistas como os demais. Incluir uma criança autista em alguma atividade escolar, sendo ela coletiva ou individual requer uma atenção especial e além disso são importantes o comprometimento e a persistência do professor, pois o ambiente escolar e as aulas de educação física ajudam muito no desenvolvimento afetivo, motor e cognitivo do autista. 4. REFERÊNCIAS BEREOHFF, A. M. P. Autismo, uma visão multidisciplinar. São Paulo, GEPARI, 1991. BRASIL, Ministério da Educação, Secretaria de Educação Especial. Saberes e práticas da inclusão: recomendações para a construção de escolas inclusivas. 2 ed. Secretaria de Educação Especial. 2006. Disponível em http://portal.mec.gov.br/seesp/arquivos/pdf/const_escolasinclusivas.pdf> Acesso em: 20 abr. 2017. CASTRO, E. Distúrbios psicológicos e desordens progressivas que afetam o Comportamento global. 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