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UNIVERSIDADE ESTADUAL DE GOIÁS ENFERMAGEM FUNDAMENTOS DE ENFERMAGEM Fichamento de Artigo e Prontuário Acadêmico: Wellington Carlos da silva Professor: Danillo Ferreira Rabelo Ceres – GO Março/2020 CURSO: ENFERMAGEM DISCIPLINA: Fundamentos de Enfermagem PERÍODO / ANO: 1º/2020 PROFESSOR (A): Danillo Ferreira Rabelo ACADÊMICO (A): Wellington Carlos da Silva FICHAMENTO DO ARTIGO: AVALIAÇÃO DOS REGISTROS DE ENFERMEIROS EM PRONTUÁRIOS DE PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE CLÍNICA MÉDICA. FRANCO, Amanda; AKEMI, Elizabeth; D´INOCENTRO, Maria. Avaliação dos registros de enfermeiros em prontuários de pacientes internados em unidade de clínica médica, Acta paulista de enfermagem, vol. 25 no.2 São Paulo 2012. A elaboração da Sistematização da Assistência de Enfermagem (SAE) é a forma que o enfermeiro dispõe para aplicar seus conhecimentos técnico- científicos e documentar a assistência ao paciente, caracterizando sua prática profissional e colaborando na definição de seu papel dentre a equipe multiprofissional da saúde. O registro de enfermagem (RE) é um dos meios de demonstrar o trabalho executado pela equipe de enfermagem e um indicador de qualidade da assistência relevante, o preenchimento incorreto e, sobretudo, a falta de periodicidade e a continuidade são fatores que impossibilitam, de forma irreversível, qualquer tipo de avaliação, certificação, criação de indicadores e até mesmo sindicâncias e perícias que possam inclusive amparar juridicamente o profissional e a instituição. As anotações realizadas pelos diversos membros da equipe de enfermagem têm sido alvo de estudos e críticas, ainda hoje é possível observar que não correspondem às determinações da literatura. Não obstante, a falta de infraestrutura adequada para atuação do enfermeiro em muitas instituições, associada à demanda crescente dos serviços de saúde, fazem com que os cumprimentos dos quesitos inerentes aos padrões de qualidade do cuidado sejam preteridos. Por outro lado, a literatura preconiza atenção para o uso de impressos em unidades hospitalares. O enfermeiro, conforme os pesquisadores, não deve ser contido em relação à sua criatividade e ao exercício de raciocínio clínico, porém resultados de recentes estudos mostraram que os profissionais estão cada vez mais restritos à realização de diagnósticos e prescrições de enfermagem que não correspondem aos mesmos, isto é, fazem diagnósticos, mas não prescrevem uma ação relacionada; sendo o contrário também verdadeiro. Profissionais da Divisão de Enfermagem desenvolveram impressos padronizados, com direcionamento de ações de diagnósticos e prescrições de enfermagem. Para tanto, o enfermeiro obtém um roteiro resumido que facilita o registro, com campos em aberto para o preenchimento, favorecendo o exercício de seu raciocínio clínico, sua criatividade, e a melhor aderência e desempenho do profissional. Particularmente, os recém-formados beneficiam-se com o roteiro dos impressos, que possuem campos de preenchimento obrigatório que indicam a necessidade de relatar, por exemplo, os riscos do paciente. No intuito de adotar medidas de melhoria e identificar situações problemáticas foi implamantada a Comissão de Auditoria de Enfermagem no hospital pesquisado. Os profissionais desta comissão observaram as dificuldades dos enfermeiros quamto ao registro da SAE nos ingressos da instituição.Diante do exposto, surgiu a necessidade de avaliar os registros do enfermeiro nos prontuáriois dos pacientes, analisando os resultados do trabalho empreendido ao longo de 4 anos, com visitas a subsidiar a tomada de decisão sobre mudanças e melhorias a serem implementadas. Desde a implementação da SAE na Instituição, todos os enfermeiros são treinados para para o preenchimento dos regimes de cuidado, mediante o período de admissão e de forma periódica, considerando os critérios exigidos pela Divisão de Enfermagem. Para tanto, um roteiro é disponibilizado aos enfermeiros para nortear o preenchimento, especialmente, da evolução de enfermagem.Desse modo foi possível constatar que a introdução do registro da avaliação de risco nos impressos da instituição estabeleceu um parâmetro pelo qual será possível adotar medidas de prevenção, controle e tratamento, além da criação de indicadores de assistência para esta atividade Os resultados mostraram que os enfermeiros ainda necessitam melhorar a forma como estão descrevendo o diagnóstico de enfermagem, e a não comformidade dos registros em relação a evolução de enfermagem. Esta ação também apresentou um resultadi satisfatório em relçao ao diagnóstico e prescrição de enfermagem.Também foi possível observar que, na prática, o enfermeiro pode não estar reavaliando o paciente diariamente. Por outro lado, supõe-se que estes profissionais registrem o plano de cuidado levando em contao diagnóstico mpedico. É possível que os enfermeiros também não tenham exercitado o racioício e o julgamento clínico fente aos problemas de enfermagem que possam gerar diagnósticos e evoluç~es próprias da interpretação clínica do enfermeiro. Em um estudo sobre as estratégias para adequar os registros de enfermagem, as autoras propuseram uma análise durante a passagem de plantão, entre as equipes de enfermagem. Para as pesquisadoras, o momento poderia ser substancial para um gerenciamento eficaz do registro da assistência de enfemagem. CONCLUSÃO Decorrentes da implantação e treinamento sobre a SAE, a instituição pesquisada estabeleceu critérios para uso de impressos representando as exigências do hospital. Contudo, os achados deste estudo demonstraram que os enfermeiros ainda necessitam de orientação por parte do setor de educação permanente e comissão de auditoria. Observamos que as etapas da SAE realizadas de forma irregualar sugerem que: O enfermeiro prioriza as ações do dia a dia em detrimento da SAE, pela qual, efetivamente é possível garantir e identificar o campo de atuação do enfermeiro. Assim, este profissional pode não estar interpretando o resultado do cuidado. A importância da SAE na organização do serviço de enfermagem, o processo de implantação, a escolha de um referencial teórico, a elaboração de um impresso prático e inteligente, bem como a criação de uma metodologia adequada de capacitação e treinamento ainda são necessários e sua ocorrência deve ser contínua e repetitiva. FICHAMENTO PRONTUÁRIO • Prontuário É um conjunto de documentos utilizados para identifica o paciente, registrar a evolução da doença, o tratamento prescrito e executado, as observações e ações dos profissionais envolvidos, os exames realizados e o motivo da alta. Por meio do mesmo os profissionais estabelecem uma efetiva comunicação entre a equipe de enfermagem e demais profissionais envolvidos na assistência ao paciente; registro é escrito em ordem cronológica dos cuidados oferecidos, desde o surgimento do problema até a alta /óbito/transferência hospitalar. Os prontuários são documentos legais tanto para o paciente quanto para a equipe, pois registra a assistência prestada, os mesmos contêm grande informações. Cada pessoa que escreve no prontuário de um paciente é responsável pela informação ali anotada. O prontuário é a identificação do paciente, desta forma deve conter: dados pessoais (nome completo, endereço, estado civil, profissão, data de nascimento, parente responsável, convênio, médico responsável), evolução médica, prescrição médica, SAE (avalia o estado geral do paciente para subsidiar o plano de cuidados), anotações da enfermagem, registros de gastos, resultado de exames. • Admissão A admissão é feita quando o paciente acaba deser recebido na unidade. Cada profissional deverá fazer sua abordagem, pertinente à sua competência. Existe um padrão para admissão do paciente em geral: mostrar as dependências do hospital, explicar normas e rotinas, relacionar objetos pessoais aos pacientes ou familiares, apresentar a equipe de enfermagem e companheiros de quarto ou enfermaria, se necessário encaminhar ao banho de admissão e vestir roupas apropriadas, preparar o prontuário, se necessário avisar o médico, comunicar ao serviço de nutrição e dietética (SND) ou outros serviços de acordo com a rotina do hospital. As anotações de enfermagem no prontuário devem seguir a sequência: nome completo, data e hora da internação; Procedência: residência, pronto socorro, outro hospital etc; Condições de chegada: deambulando, em cadeira de rodas, de maca etc; Condições de higiene; Acompanhado ou sozinho; Tipo de tratamento: clínico, cirúrgico etc; Queixas relacionadas ao motivo da internação; Uso de medicamentos no domicílio: nome e horário; Doenças pregressas: diabetes, hipertensão, etc; Alergias: esparadrapo, medicações (quais), soluções (iodo), odores, etc; Vícios: etilismo, tabagismo, drogas, etc; Procedimentos/ cuidados realizados, conforme prescrição ou rotina institucional (mensuração de sinais vitais, punção, de acesso venoso, coleta de exame, elevação de grades, etc; Orientações dadas: jejum, tricotomia, dieta, repouso, exames, etc; • Alta A alta é assinada pelo médico no prontuário do paciente, caso o médico não esteja não pode executado os procedimentos de alta. Existe alguns tipos de alta: alta hospitalar (é a alta que o paciente recebe quando está em condições de deixar o hospital); alta a pedido (é a que o médico concede a pedido do paciente ou responsável, mesmo sem estar devidamente tratado); alta condicional ou licença médica (concedida ao paciente em ocasiões especiais, com a condição de retornar em data pré-estabelecida) e a alta por indisciplina (quando o paciente infringe a ética e a moral). Para a realização da alta tem alguns procedimentos a ser feito, tais como: Avisar o paciente, avisar a família, tesouraria, serviço de nutrição ou outros conforme a rotina do hospital, dar ao paciente ou a alguém responsável orientações quanto a: medicação, repouso, dieta, restrições, retorno e outras dúvidas, entregar orientações feitas pelo médico (receita, guias etc.), entregar exames feitos antes da admissão, reunir os pertences do paciente e providenciar sua roupa, fazer anotações de enfermagem contendo: data e hora da saída (horário real), tipo de alta, condições de saída (deambulando, maca, etc.), condições do paciente, presença de acompanhante, cuidados prestados (retirada de cateter, sinais vitais, etc.), orientações dadas, entregar prontuário completo à secretaria. • Transferência A transferência do paciente é feita da mesma maneira que a alta. A unidade para onde será levado o paciente deve ser avisada com antecedência. O paciente deverá estar acompanhado de guia ou resumo do caso feito pelo médico responsável pelo paciente, pois o prontuário jamais será transferido com o paciente. A transferência deve ser devidamente registrada: motivo da transferência; data e horário; setor de destino e forma de transporte; procedimentos/cuidados realizados (punção de acesso venoso, instalação de oxigênio, sinais vitais, etc.); condições (maca, cadeira de rodas); queixas; • Anotações da enfermagem É o registro feito pela enfermagem no prontuário referente às condições do paciente e todos os procedimentos executados. Devem registrar os dados logo após a ocorrência para estabelecer uma continuidade, ou seja, nunca antes nem muito tempo depois dos fatos, anotar as informações sempre a caneta (fazer o registro em caneta azul ou preta para o dia, e vermelha para a noite ou segundo a rotina do hospital.), indicar o horário toda vez que for fazer uma anotação e ter sempre o cuidado para evitar ambiguidade, evitar assinar a anotação com apelidos, devem ser legíveis, completas, claras, concisas, objetivas, pontuais e cronológicas; devem ser precedidas de data e hora, conter assinatura e identificação do profissional ao final de cada registro; não devem conter espaços em branco; conter observações efetuadas, cuidados prestados, sejam eles os já padronizados, de rotina e específicos; devem, ainda, constar das respostas do paciente frente aos cuidados prescritos pelo enfermeiro, intercorrências, sinais e sintomas observados; devem ser registradas após o cuidado prestado, orientação fornecida ou informação obtida; devem priorizar a descrição de características, como tamanho mensurado, quantidade, coloração e forma; não conter termos que deem conotação de valor; conter apenas abreviaturas previstas em literatura; devem ser referentes aos dados simples, que não requeiram maior aprofundamento científico. Não é correto, por exemplo, o técnico ou auxiliar de enfermagem anotar dados referentes ao exame físico do paciente, como abdome distendido, timpânico; pupilas isocóricas, etc., visto que, para a obtenção destes dados, é necessário ter realizado o exame físico prévio, que constitui ação privativa do enfermeiro; • Roteiro para anotações Data – ( INFORMAR) Horário – (INFORMAR) Encontra-se – deambulando, em repouso no leito, acamado, dormindo, etc. Estado – calmo, agitado, choroso, sonolento, nervoso, irritado, etc. Sondas - tipo (nasogástrica, nasoenteral, etc.); aberta, fechada; aspecto Acesso - tipo (venoso periférico, central, etc.); localização (membro superior direito, etc.); em soroterapia, em bomba de infusão, salinizado Sondas - tipo (vesical de demora, de alívio, etc.); aspecto Outros – gesso, tala gessada, tração, etc. Posição – decúbito dorsal, flower, etc.); Banho - tipo (leito, aspersão, imersão); auxílio (cadeira, enfermagem, etc.); Massagem de conforto - hidratante, AGE, etc; lavagem dos cabelos; Troca de fralda – diurese, evacuação (aspecto, quantidade); Higiene oral; Curativos – especificar Outros aspectos observados – apresenta hematomas, arranhaduras, hiperemias, edemas, etc.). Dieta – recusou, aceitou, aceitou parcialmente, dieta por sonda; Eliminação- diusere (ausente, presente); aspectos, evacuação (ausente, presente); aspectos, vômitos. Queixas- dor, desconforto, etc. Como deixou- encaminhado ao banho de sol, repouso no leito. • Anotações sobre os medicamentos - Preparação – Quando prepara a medicação; - Checar - / - Após a administração da medicação, colocando as iniciais do nome; - Não realizado – Colocar o motivo; Não pode esquecer de assinar ao final do prontuário, não rasurar, não deixar espaços em branco. FICHAMENTO DO ARTIGO: AVALIAÇÃO DOS REGISTROS DE ENFERMEIROS EM PRONTUÁRIOS DE PACIENTES INTERNADOS EM UNIDADE DE CLÍNICA MÉDICA. FRANCO, Amanda; AKEMI, Elizabeth; D´INOCENTRO, Maria. Avaliação dos registros de enfermeiros em prontuários de pacientes internados em unidade de clínica médica, Acta paulista de enfermagem, vol. 25 no.2 São Paulo 2012. CONCLUSÃO Decorrentes da implantação e treinamento sobre a SAE, a instituição pesquisada estabeleceu critérios para uso de impressos representando as exigências do hospital. Contudo, os achados deste estudo demonstraram que os enfermeiros ainda necessitam de or...
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