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03 - RDC SEBRAE

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1RDC – Regime Diferenciado de Contratações
Ficha catalográfica:
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae). RDC – Regime Dife-
renciado de Contratações. – Brasília: Sebrae, 2017.
32 páginas.
 
1. Administração Pública. 2. Compras Públicas. 3. Políticas Públicas. 4. Empreendedo-
rismo. Título: RDC – Regime Diferenciado de Contratações.
© 2017. Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e 
Pequenas Empresas – Sebrae
Todos os direitos reservados.
A reprodução não autorizada desta publicação, no 
todo ou em parte, constitui violação dos direitos 
autorais. (Lei no 9.610/1998).
Informações e contatos - Sebrae NA
Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas 
Empresas – Sebrae
SGAS 605 – Conjunto A – CEP: 70200-904 – Brasília/DF
www.sebrae.com.br
Telefone: 0800 570 0800
Presidente do Conselho Deliberativo Nacional
Robson Andrade
Diretor-Presidente
Guilherme A f Domingos
Diretora Técnica
Heloisa Regina Guimarães de Menezes
Diretor de Administração e Finanças
Vinicius Lages
Unidade de Políticas Públicas e Desenvolvimento
Territorial -UPPDT
Gerente
Bruno Quick
Gerente Adjunta
Inês Schwingel
Equipe Técnica
Denise Donati - UPPDT
© 2017. Serviço de Apoio às Micro e Pequenas 
Empresas do Distrito Federal – Sebrae DF
Todos os direitos reservados.
A reprodução não autorizada desta publicação, no 
todo ou em parte, constitui violação dos direitos 
autorais. (Lei no 9.610/1998).
Informações e contatos - Sebrae no DF
Serviço de Apoio às Micro e Pequenas Empresas no Distrito Fe-
deral – Sebrae no DF
SIA Trecho 3, Lote 1.580 – CEP: 77200-030 – Brasília/DF 
www.df.sebrae.com.br
Telefone: 0800 570 0800
Presidente do Conselho Deliberativo Estadual
Luís Afonso Bermúdez
DIRETORIA EXECUTIVA 
Diretor-Superintendente 
Rodrigo de Oliveira Sá
Diretora de Gestão e Solução
Cassiana Abritta Brandão
Diretor Técnico e de Atendimento
Júlio Flávio Gameiro Miragaya
Unidade de Capacitação Empresarial - UCE 
Gerente
Roberta Labanca Oliveira Marques
Unidade de Políticas Públicas e Desenvolvimento 
Territorial - UPPDT
Gerente
Elane Gonçalves de Siqueira
Equipe Técnica
Vivian dos Santos Miranda - UCE 
Andrea Magalhães - UPPDT
Autores
Luís César Pivovar
Luís Maurício Junqueira Zanin
Maria Aparecida Rosa Vital Brasil Bogado
Mauro Garcia
Atualização de Conteúdo Normativo
Marcelo Henrique Silva
Ilustrações
Banco de imagens e Themaz Comunicação
Design Gráfico
Themaz Comunicação
3RDC – Regime Diferenciado de Contratações
Palavras Iniciais 
O Regime Diferenciado de Contratações Públicas (RDC) corresponde a 
um dos maiores avanços da legislação na contratação de obras pela ad-
ministração pública, pois trouxe a lógica de operação prevista para o Pre-
gão para as obras e serviços de engenharia.
Além disso, ele permitiu a flexibilização dos processos de aquisição em 
busca de soluções sob medida para atender as necessidades dos con-
tratantes. A agilidade e a melhoria no processo de aquisição são eviden-
tes. Vários avanços foram trazidos, entre eles a questão da subcontrata-
ção, em valores mínimos e máximos e a criação da Contratação Integrada.
Somam-se ao regime a previsão de aplicação dos benefícios previstos 
na Lei Complementar nº 123/2006 que apresenta a possibilidade de con-
tratação compulsória de MPE na execução de obras e serviços.
Assim, o Sebrae entende que os compradores públicos precisam estar 
informados quanto aos benefícios do RDC e sobre os procedimentos ope-
racionais que precisam ser adotados para que as MPE sejam beneficiadas.
Bruno Quick 
Gerente da Unidade de Políticas Públicas do Sebrae Nacional 
3RDC - Regime Diferenciado de Contratações
4
Regime Diferenciado 
de Contratações
O Regime Diferenciado de Contrata-
ções (RDC) é uma nova forma de aqui-
sição pública que traz muitos avanços 
e novidades em relação aos modelos 
tradicionais de compras públicas prin-
cipalmente para a parte das obras. 
O RDC pode ser utilizado no Brasil 
para as ações do PAC, por todos os 
entes da federação e também para a 
construção de obras de saúde; é apli-
cável às licitações e contratos neces-
sários à realização de obras e serviços 
de engenharia no âmbito dos sistemas 
públicos de ensino e várias outras al-
ternativas. Ele foi criado inicialmente 
para atender as obras para os gran-
des eventos do Brasil como a Copa do 
Mundo e as Olimpíadas, e a legislação 
foi evoluindo e se tornando mais abran-
gente. Ainda assim, só pode ser reali-
zado de acordo com o que está no pa-
rágrafo 1o da Lei 12.462/2011.
Você sabe o
que é o RDC?
5RDC – Regime Diferenciado de Contratações
Veremos a seguir os principais avanços e novidades, tanto para os com-
pradores públicos que querem realizar as suas obras por RDC, como para 
os fornecedores que querem adentrar a esse novo mercado. São algumas 
dicas para que todos fiquem atentos a essas novas regras.
Embora essa forma de contratação tenha foco em grandes licitações 
a participação das MPE jamais deverá ser descartada, pois a subcontra-
tação de MPE é uma das previsões da legislação que poderá ser utilizada 
para a promoção do desenvolvimento econômico local. Os próprios editais 
do RDC indicarão o percentual de subcontratação mínimo e máximo pa-
ra a licitação. Assim, as empresas vencedoras deverão se organizar para 
subcontratar as MPE locais. 
Essa mudança também é um avanço, pois agora a organização das 
empresas subcontratadas será feita após a definição da empresa vence-
dora. O sistema Comprasnet do Governo Federal já está preparado tanto 
para incluir os percentuais mínimos e máximos de subcontratação como 
para permitir que ela seja uma fase natural do processo de licitação reali-
zada no Regime Diferenciado de Contratações (RDC). Para tanto, basta a 
subcontratação estar prevista no edital. 
O RDC e o Comprador Público
O RDC pode ser realizado de forma 
eletrônica ou presencial. Ele trouxe a 
lógica de disputa utilizada no Pregão 
para as contratações de obras. As lici-
tações podem ser feitas no Compras-
net eletronicamente para os órgãos do Governo Federal, ou podem ser 
realizadas de forma presencial por Estados, Distrito Federal ou municípios. 
O processo é simples, e qualquer comprador público interessado po-
derá utilizar o Comprasnet. Basta solicitar adesão ao módulo RDC, e já 
receberá os perfis de usuários para homologar e adjudicar os processos. 
Não será necessária a certificação do usuário com o “token”, ou seja, a 
chave de acesso criptográfico como ocorre no Pregão. Os perfis estarão 
vinculados ao órgão comprador, e deverá ser informada a portaria de no-
meação da comissão especial ou permanente de licitações para inclusão 
dos dados no sistema. 
 Vejamos o passo a passo para começar a utilizar o RDC.
6
O comprador público 
precisa conhecer os 
avanços para usar 
essa nova e ágil 
forma de licitação.
7RDC – Regime Diferenciado de Contratações
PASSO 1: IDENTIFIQUE AS ÁREAS DE ATUAÇÃO. 
O RDC não é aberto para todas as contratações. Essas limitações con-
dicionam o que pode ser adquirido, mas a sua abrangência vem sendo 
progressivamente ampliada também para as licitações de Estados, Distri-
to Federal e Municípios.
EM QUE O RDC PODE SER UTILIZADO
“I – dos Jogos Olímpicos e Paraolímpicos de 2016, constantes da Cartei-
ra de Projetos Olímpicos a ser definida pela Autoridade Pública Olímpica 
(APO); e
II – da Copa das Confederações da Federação Internacional de Futebol As-
sociação – Fifa 2013 e da Copa do Mundo Fifa 2014, definidos pelo Grupo 
Executivo – Gecopa 2014 do Comitê Gestor instituído para definir, aprovar 
e supervisionar as ações previstas no Plano Estratégico das Ações do Go-
verno Brasileiro para a realização da Copa do Mundo Fifa 2014 – CGCOPA 
2014, restringindo-se, no caso de obras públicas, às constantes da matriz 
de responsabilidades celebrada entre a União, Estados, Distrito Federal e 
Municípios;
III – de obras de infraestrutura e de contratação de serviços para os aero-
portos das capitais dos Estados da Federação distantes até 350 km (tre-
zentos e cinquenta quilômetros)das cidades sedes dos mundiais referidos 
nos incisos I e II.
IV – das ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento 
(PAC)
V – das obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de 
Saúde – SUS. 
VI – das obras e serviços de engenharia para construção, ampliação e re-
forma de estabelecimentos penais e unidades de atendimento socioedu-
cativo. [...]
[...] § 3o Além das hipóteses previstas no caput, o RDC também é aplicável 
às licitações e contratos necessários à realização de obras e serviços de 
engenharia no âmbito dos sistemas públicos de ensino.”
8
PASSO 2: DEFINA SE SERÁ UMA LICITAÇÃO PRESENCIAL OU ELE-
TRÔNICA
Os usuários que utilizam o SISG – Sistema de Serviços Gerais do Go-
verno Federal, utilizarão sempre o RDC eletrônico, e os usuários de Es-
tados, Distrito Federal e Municípios poderão utilizar o RDC eletrônico ou 
presencial.
Para pleno acesso ao sistema será necessária a apresentação da Por-
taria de Nomeação do presidente da comissão e membros, para o RDC.
Caso queria utilizar o Comprasnet o processo é simples e sem burocra-
cia. Entre em contato com o portal para fazer a adesão ao módulo RDC. 
Você receberá acesso à área de lançamento dos processos. A publica-
ção do RDC será feita no próprio portal com toda a celeridade e transpa-
rência. Não haverá custos pela utilização do sistema. Apenas os custos 
normais de publicação serão repassados aos Estados, Distrito Federal e 
municípios. 
Se você já é usuário do Comprasnet, não perca mais tempo, apenas 
acesse a parte de RDC publique a sua licitação. Caso você tenha um ti-
po de recurso financeiro que possa ser executado por meio do RDC, siga 
adiante e acompanhe as dicas dessa cartilha. 
PASSO 3: APRENDA SOBRE A CONTRATAÇÃO INTEGRADA 
O RDC trouxe avanços quanto à forma de realização das obras, e é im-
portante que você tenha segurança para descrevê-las nos seus editais de 
licitação. Um dos principais avanços é o oriundo da contratação integra-
da que traz algumas mudanças de paradigma em relação aos processos 
montados pela Lei nº 8.666/1993. 
Assim, por exemplo, em vez de dedicar um grande esforço no deta-
lhamento da especificação técnica de um projeto básico e executivo de 
9
uma licitação – como, por exemplo, a obra de um hospital de seis andares 
–, ao utilizar a contratação integrada, você pode especificar as diretrizes 
operacionais de uma obra dessa natureza, de acordo com os mais avan-
çados critérios técnicos e, ao final, receberá as chaves do novo equipa-
mento público em pleno funcionamento. É uma forma de contratação que 
traz solução sob medida para um determinado tipo de obra ou licitação. 
Esse avanço já vem sendo utilizado em várias obras e serviços de enge-
nharia contratados no Brasil 
Quanto mais as pessoas conhecem as vantagens do RDC, melhor as 
aplicam em suas contratações. Ou seja, no RDC realizado por contratação 
integrada, o próprio processo torna a operação mais eficaz, pois o forne-
cedor deverá apresentar como a obra será executada, respeitando essas 
padronização de excelência. A obra também, via de regra, não poderá ter 
aditivos, pois o fornecedor irá construir exatamente aquilo que especificou. 
Assim se não forem solicitadas alterações fora do escopo inicial, termos a 
certeza de conclusão do empreendimento de acordo com as característi-
cas previstas, inclusive os preços. 
Para as obras e serviços de engenharia deverão ser 
adotados como regime de execução preferencialmen-
te a empreitada por preço global, a empreitada integral 
ou a contratação integrada. Esso é critério importante 
para ser observado e novamente sugerimos o uso da 
contratação integrada. Caso seja necessá-
rio poderá também ser adotada a contra-
tação por tarefa ou a empreitada por preço 
unitário desde que justificadamente descri-
to no processo. 
Vamos entender quais são as caracte-
rísticas da contratação integrada prevista 
na Lei 12.462/2011.
RDC – Regime Diferenciado de Contratações
10
Art. 9o Nas licitações de obras e serviços de engenharia, no âmbi-
to do RDC, poderá ser utilizada a contratação integrada, desde que 
técnica e economicamente justificada e cujo objeto envolva, pelo 
menos, uma das seguintes condições: 
I – inovação tecnológica ou técnica; 
II – possibilidade de execução com diferentes metodologias; ou 
III – possibilidade de execução com tecnologias de domínio res-
trito no mercado. 
§ 1o A contratação integrada compreende a elaboração e o de-
senvolvimento dos projetos básico e executivo, a execução de obras 
e serviços de engenharia, a montagem, a realização de testes, a pré-
-operação e todas as demais operações necessárias e suficientes 
para a entrega final do objeto.
§ 2o No caso de contratação integrada:
I – o instrumento convocatório deverá conter anteprojeto de en-
genharia que contemple os documentos técnicos destinados a pos-
sibilitar a caracterização da obra ou serviço, incluindo:
a) a demonstração e a justificativa do programa de necessida-
des, a visão global dos investimentos e as definições quanto ao ní-
vel de serviço desejado;
b) as condições de solidez, segurança, durabilidade e prazo de 
entrega, observado o disposto no caput e no § 1o do art. 6o desta Lei;
c) a estética do projeto arquitetônico; e
d) os parâmetros de adequação ao interesse público, à econo-
mia na utilização, à facilidade na execução, aos impactos ambien-
tais e à acessibilidade;
II – o valor estimado da contratação será calculado com base nos 
valores praticados pelo mercado, nos valores pagos pela administra-
ção pública em serviços e obras similares ou na avaliação do custo 
global da obra, aferida mediante orçamento sintético ou metodolo-
gia expedita ou paramétrica
III – (Revogado). 
§ 3o Caso seja permitida no anteprojeto de engenharia a apresen-
tação de projetos com metodologias diferenciadas de execução, o 
instrumento convocatório estabelecerá critérios objetivos para ava-
liação e julgamento das propostas.
§ 4o Nas hipóteses em que for adotada a contratação integrada, 
é vedada a celebração de termos aditivos aos contratos firmados, 
exceto nos seguintes casos:
11RDC – Regime Diferenciado de Contratações
I – para recomposição do equilíbrio econômico-financeiro decor-
rente de caso fortuito ou força maior; e
II – por necessidade de alteração do projeto ou das especifica-
ções para melhor adequação técnica aos objetivos da contratação, 
a pedido da administração pública, desde que não decorrentes de 
erros ou omissões por parte do contratado, observados os limites 
previstos no § 1o do art. 65 da Lei no 8.666, de 21 de junho de 1993.
Algumas diferenciações da Contratação Integrada em relação às de-
mais:
Não é vedada a participação:
I – da pessoa física ou jurídica que elaborar o projeto básico ou 
executivo correspondente; 
II – da pessoa jurídica que participar de consórcio responsável 
pela elaboração do projeto básico ou executivo correspondente; 
III – da pessoa jurídica na qual o autor do projeto básico ou exe-
cutivo seja administrador, sócio com mais de cinco por cento do 
capital votante, controlador, gerente, responsável técnico ou sub-
contratado; ou 
No entanto:
“II – é vedada a participação direta ou indireta nas licitações da 
pessoa física ou jurídica que elaborar o anteprojeto de engenharia.” 
Uma novidade interessante é que no caso de adoção do regime con-
tratação integrada, não será exigida, a apresentação na proposta do BDI 
(Benefícios de Despesas Indiretas e dos Encargos Sociais), exigência que 
é feita para os demais regimes. É permitida a participação de pessoas ju-
rídicas que participaram da elaboração do projeto básico ou executivo 
correspondente ou da qual o autor do projetos seja sócio em mais de 5% 
como consultores ou técnicos, nas funções de fiscalização, supervisão 
ou gerenciamento, exclusivamente a serviço do órgão ou entidade públi-
ca interessados.
12
 Além disso, o licitante vencedor não te-
rá de reapresentar a planilha com a indica-
ção dos quantitativos dos custos unitários, 
a composiçãodos custos unitários quando 
eles diferirem dos valores indicados nos sis-
temas de referência de licitações e o deta-
lhamento do BDI. No caso da contratação 
integrada deverá apresentar o valor do lance 
vencedor distribuído pelas etapas do crono-
grama físico definido no ato de convocação. 
Também o valor estimado da proposta não poderá 
ultrapassar os valores praticados no mercado, nos pagos pela Administra-
ção Pública em serviços e obras similares, ou avaliação do custo global, a 
ser calculado de forma específica. Deverão ser previstos no instrumento con-
vocatório o critério de aceitabilidade por etapa estabelecido no orçamento 
estimado de forma compatível com o cronograma físico do objeto licitado. 
 
O orçamento estimado será aquele resultante de custos estimados dire-
tos, acrescidos do BDI. A análise e aceitação do projeto deverão limitar-se 
à adequação técnica em relação aos parâmetros definidos no instrumento 
convocatório, o custo para a execução das obras não será determinado 
pelos valores menores ou iguais à mediana do Sistema Nacional de Pes-
quisa de Custos e Índices da Construção Civil (Sinapi) para as construções 
civis em geral ou do Sistema de Custos de Obras Rodoviárias (Sincro) para 
as obras e serviços rodoviários. Para a remuneração variável no caso de 
contratação integrada deverá ser observado o conteúdo do anteprojeto 
de engenharia para aferir o desempenho do contrato. 
O Decreto 7.851/2011 também define as características da contrata-
ção integrada. 
Art. 73. […]
§ 2o Será adotado o critério de julgamento técnica e preço. 
Art. 74. […] 
13RDC – Regime Diferenciado de Contratações
§ 1o Deverão constar do anteprojeto, quando couber, os se-
guintes documentos técnicos:
I – concepção da obra ou serviço de engenharia;
II – projetos anteriores ou estudos preliminares que embasa-
ram a concepção adotada;
III – levantamento topográfico e cadastral;
IV – pareceres de sondagem; e
V – memorial descritivo dos elementos da edificação, dos 
componentes construtivos e dos materiais de construção, de for-
ma a estabelecer padrões mínimos para a contratação. 
§ 2o Caso seja permitida no anteprojeto de engenharia a apre-
sentação de projetos com metodologia diferenciadas de execu-
ção, o instrumento convocatório estabelecerá critérios objetivos 
para avaliação e julgamento das propostas. 
§ 3o O anteprojeto deverá possuir nível de definição suficiente 
para proporcionar a comparação entre as propostas recebidas 
das licitantes. 
§ 4o Os Ministérios supervisores dos órgãos e entidades da 
administração pública poderão definir o detalhamento dos ele-
mentos mínimos necessários para a caracterização do antepro-
jeto de engenharia. 
Art. 75. […]
§ 1o Na elaboração do orçamento estimado na forma prevista 
no caput, poderá ser considerada taxa de risco compatível com 
o objeto da licitação e as contingências atribuídas ao contrata-
do, devendo a referida taxa ser motivada de acordo com meto-
dologia definida em ato do Ministério supervisor ou da entidade 
contratante. 
§ 2o A taxa de risco a que se refere o § 1o não integrará a par-
cela de benefícios e despesas indiretas – BDI do orçamento es-
timado, devendo ser considerada apenas para efeito de análise 
de aceitabilidade das propostas ofertadas no processo licitatório. 
PASSO 4: SIGA O REGULAMENTO PREVISTO NO DECRETO 
7.581/2011
Para se utilizar o RDC é preciso seguir as orientações da Lei 12.462/2011 
e do Decreto 7.581/2011. Caso você seja o comprador público de um Es-
14
tado, do Distrito Federal ou de um município poderá realizar um regula-
mento próprio com o mesmo espírito desses instrumentos, ou optar na 
legislação local ou por seguir o Decreto Federal. Se for usar o Compras-
net, deverá aderir a essa legislação. 
Essas orientações fornecerão o caminho seguro para a execução do 
seu procedimento de licitação. 
A montagem da fase interna prevista no artigo 2o do decreto deverá 
seguir a sequência:
I – justificativa da contratação e da adoção do RDC;
II – definição:
a) do objeto da contratação;
b) do orçamento e preço de referência, remuneração ou prê-
mio, conforme critério de julgamento adotado;
c) dos requisitos de conformidade das propostas;
d) dos requisitos de habilitação;
e) das cláusulas que deverão constar do contrato, inclusive 
as referentes a sanções e, quando for o caso, a prazos de for-
necimento; e
f) do procedimento da licitação, com a indicação da forma 
de execução, do modo de disputa e do critério de julgamento;
III – justificativa técnica, com a devida aprovação da autorida-
de competente, no caso de adoção da inversão de fases prevista 
no parágrafo único do art. 14;
IV – justificativa para:
a) a fixação dos fatores de ponderação na avaliação das pro-
postas técnicas e de preço, quando escolhido o critério de julga-
mento por técnica e preço;
b) a indicação de marca ou modelo;
c) a exigência de amostra;
d) a exigência de certificação de qualidade do produto ou do 
processo de fabricação; e
e) a exigência de carta de solidariedade emitida pelo fabri-
cante;
V – indicação da fonte de recursos suficiente para a contra-
tação;
15RDC – Regime Diferenciado de Contratações
VI – declaração de compatibilidade com o plano plurianual, 
no caso de investimento cuja execução ultrapasse um exercício 
financeiro;
VII – termo de referência que contenha conjunto de elemen-
tos necessários e suficientes, com nível de precisão adequado, 
para caracterizar os serviços a serem contratados ou os bens a 
serem fornecidos;
VIII – projeto básico ou executivo para a contratação de obras 
e serviços de engenharia;
IX – justificativa da vantajosidade da divisão do objeto da li-
citação em lotes ou parcelas para aproveitar as peculiaridades 
do mercado e ampliar a competitividade, desde que a medida 
seja viável técnica e economicamente e não haja perda de eco-
nomia de escala;
X – instrumento convocatório;
XI – minuta do contrato, quando houver; e
XII – ato de designação da comissão de licitação.
Dessa forma, fica muito fácil e simples preparar toda a fase interna do 
edital de licitação. 
 
Além disso, nas obras e serviços de engenharia será fundamental que 
o Edital contenha o cronograma de execução com as etapas necessárias 
à medição, monitoramento e controle das obras e que indique a exigência 
que o contratado forneça livre acesso aos dados contábeis da licitação. 
As novidades não param aí. Embora a licitação via RDC ser normal-
mente utilizada para obras ela também poderá ser feita para a aquisição 
de bens. Nesse caso, poderá haver a indicação marca ou modelo, jus-
tificadamente, quando o objetivo for atender a padronização do objeto, 
quando determinada marca for a única capaz de atender a necessidade 
do contratado ou quando a determinação da marca ou modelo servir co-
mo referência. Nesta situação, será obrigatória a inclusão do termo “ou 
similar ou de melhor qualidade”. Essas orientações estão descritas com 
precisão no artigo 7o do Decreto. 
16
PASSO 5: CONHEÇA OS MODOS DE DISPUTA
No RDC o modo de disputa também é inovador. Poderá ser aberto, fe-
chado, ou a combinação dos critérios. 
ABERTO: Os licitantes apresentam suas propostas por meio de lances 
sucessivos crescentes ou decrescentes de acordo com o critério de jul-
gamento escolhido. No caso do presencial, as propostas são organizadas 
primeiro em ordem de vantajosidade: os lances serão feitos da proposta 
menos vantajosa partindo para os demais, e a ausência da apresentação 
de lances indicará a exclusão do fornecedor da fase de lances e a manu-
tenção do último preço para a ordenação de propostas. 
FECHADO: As propostas devem ser sigilosas até a data da abertura e, 
no caso de licitação presencial, elas deverão ser entregues em envelopes 
lacrados, que deverão ser abertos em sessão pública para que sejam or-
denadas conforme a vantajosidade. 
COMBINADO: Caso inicie pelo modo de disputa fecha-
do serão classificados apenas as três melhores propos-
tas para a fase de disputa aberta por meio de lances 
sucessivos.Caso inicie pelo modo aberto os licitantes 
que ofertarem as três melhores propostas apresentarão 
propostas finais, fechadas. 
PASSO 6: ENTENDA OS PROCEDI-
MENTOS AUXILIARES
No artigo 77o do Decreto são apresen-
tados os procedimentos auxiliares das li-
citações regidas por esse decreto que 
envolvem o Cadastramento, a Pré-qua-
lificação, o Sistema de Registro de Pre-
ços e o Catálogo eletrônico padronizado. 
17RDC – Regime Diferenciado de Contratações
CADASTRAMENTO: Os registros cadastrais deverão ser feitos no Sicaf. 
PRÉ-QUALIFICAÇÃO: Poderá ser feita para identificar fornecedores de 
bens, obras e serviços dentro dos critérios estabelecidos e também pa-
ra bens que atendam às exigências técnicas da Administração Pública. A 
pré-qualificação ficará permanentemente aberta e terá validade de um ano. 
Algumas licitações poderão ser restritas apenas às empresas pré-qualifica-
das, portanto, ela é um fator chave a ser considerada pelos fornecedores 
que pretendem participar do RDC. Será fornecido certificado de registro 
do pré-qualificados, renovável sempre que for atualizado. 
SISTEMA DE REGISTRO DE PREÇOS/RDC: O Decreto apresenta, no Capítu-
lo IV, a especificação detalhada que deverá ser seguida para a aplicação 
do sistema de registro de preços via RDC. Apesar de ter a lógica opera-
cional semelhante ao SRP as características dos objetos são diferentes, 
e também a forma de operação para as obras, bens e serviços que serão 
padronizadas antes da contratação e ficarão disponíveis via ata. O quan-
titativo de caronas será de 5 (cinco) vezes para bens e 3 (três) vezes para 
obras. O registro de preços também poderá utilizar os diferentes modos 
de disputa aberto, fechado ou combinado. 
CATÁLOGO ELETRÔNICO DE PADRONIZAÇÃO: “O Catálogo Eletrônico de Pa-
dronização é o sistema informatizado destinado à padronização de bens, 
serviços e obras a serem adquiridos ou contratados pela Administração 
Pública.” E ele sera uma excelente ferramenta de organização. 
“Art. 110. O Catálogo Eletrônico de Padronização conterá:
I – a especificação de bens, serviços ou obras;
II – descrição de requisitos de habilitação de licitantes, con-
forme o objeto da licitação; e
III – modelos de:
a) instrumentos convocatórios;
b) minutas de contratos;
c) termos de referência e projetos referência; e
18
d) outros documentos necessários ao procedimento de licita-
ção que possam ser padronizados. 
§ 1o O Catálogo Eletrônico de Padronização será destinado 
especificamente a bens, serviços e obras que possam ser ad-
quiridos ou contratados pela administração pública pelo critério 
de julgamento menor preço ou maior desconto. 
§ 2o O projeto básico da licitação será obtido a partir da adap-
tação do “projeto de referência” às peculiaridades do local onde 
a obra será realizada, considerando aspectos relativos ao solo e 
à topografia do terreno, bem como aos preços dos insumos da 
região que será implantado o empreendimento.
Esses quatro procedimentos auxiliares mudam significativamente a for-
ma de organização, qualificação e operação das licitações pois definem 
o acesso de forma diferenciada e também padronizam procedimentos. É 
fundamental levá-los em consideração para evitar erros que comprome-
tam a licitação por parte do comprador, ou que por parte do fornecedor 
o impeça de participar. 
PASSO 7: UTILIZE OS PROCEDIMENTOS DE SUBCONTRATAÇÃO
O módulo de RDC do Comprasnet está preparado para 
a subcontratação, com a definição dos seus limites míni-
mos e máximos. A subcontratação é aberta para grandes 
empresas e também para as MPE. 
É fundamental utilizar esse mecanis-
mos para já indicar no RDC a necessi-
dade de subcontratação compulsória, 
conforme previsto no inciso II do arti-
go 48o da Lei Complementar 123/2006.
A aplicação da subcontratação am-
plia o processo de desenvolvimento 
econômico local e também é entendi-
do com um critério de sustentabilidade 
19RDC – Regime Diferenciado de Contratações
a ser seguido. O fornecedor deverá indicar no processo de aceitação se 
deseja realizar a subcontratação. Caso diga que sim, deverá apresentar os 
documentos dos subcontratados, caso opte por digitar “não” ainda assim, 
em um momento posterior poderá subcontratar as empresas. 
PASSO 8: SAIBA COMO LIDAR COM O EMPATE E MARGENS DE PRE-
FERÊNCIA
No RDC ocorrem dois tipos de empate. O empate ficto para as MPE 
que estejam até 10 % acima dos preços dos melhores colocados façam 
uma oferta de acordo com as orientações da Lei Complementar 123/2006. 
O interessante é que sempre que os valores estiverem até 10% em re-
lação o menor preço poderá ser reaberta a disputa dos lances. Além disso 
os fornecedores poderão apresentar lances intermediários. Ou seja, eles 
não estarão obrigatoriamente com os menores preços. Poderão ter pre-
ços maiores do que o primeiro colocado mas menores do que os últimos 
lances. Além disso poderão inclusive empatar propositadamente. 
Essa disputa é muito interessante, pois, na utilização do modo de dis-
puta combinado, apenas os três melhores colocados passam para a pró-
xima fase, ou os que estiveram empatados. Isso faz do empate uma “es-
tratégia” de negociação para que a empresa tenha condições de fazer a 
proposta da próxima fase. 
Além do mais, antes a verificação dos valores nominais, o sistema já 
aplica as margens de preferência para classificar as propostas de acordo 
com as regras que valorizam os produtos nacionais, os que respeitaram 
o processo produtivo básico e outras características específicas dessa 
legislação. Dessa forma, mesmo que exista um valor mais baixo de um 
concorrente estrangeiro com a oferta de produto estrangeiro essa oferta 
passará por uma ponderação que fará com que as empresas que fazem 
jus à margem de preferência estejam na dianteira.
20
A legislação relativa a margem de preferência é nova e inovadora e pre-
cisa ficar clara no instrumento convocatório para evitar quaisquer tipos de 
questionamento. 
Ao final, ainda com a aplicação dos benefícios a favor das MPE, elas 
poderão ter suas ofertas até 10% acima do primeiro colocado, e a admi-
nistração dará a preferência de contratação nesses valores, justificadamen-
te, seguindo as orientações da Lei Complementar nº 123/2006. Teremos 
a “margem dentro da margem”, para garantir a promoção do desenvolvi-
mento econômico local e regional. 
21RDC – Regime Diferenciado de Contratações
PASSO 9 – CONHEÇA OS FLUXOS DO RDC
De acordo com o art. 12o da Lei no 12.462, de 2011, o procedimento 
licitatório pelo RDC deverá observar as seguintes fases principais, nesta 
ordem:
I – preparatória;
II – publicação do instrumento convocatório;
III – apresentação de propostas ou lances;
IV – julgamento;
V – habilitação;
VI – recursal; e
VII – encerramento.
A fase de habilitação poderá anteceder a fase de julgamento e da apre-
sentação da proposta ou lance, mediante ato motivado, desde que previs-
to no instrumento convocatório (art. 12, inversão de fases). 
FASES DA LICITAÇÃO COM INVERSÃO DE FASES
PREPARATÓRIA PREPARATÓRIA
PUBLICAÇÃO DO INSTRUMENTO 
CONVOCATÓRIO
PUBLICAÇÃO DO INSTRUMENTO 
CONVOCATÓRIO
APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS 
OU LANCES HABILITAÇÃO
JULGAMENTO APRESENTAÇÃO DE PROPOSTAS OU LANCES
HABILITAÇÃO JULGAMENTO
RECURSAL RECURSAL
ENCERRAMENTO ENCERRAMENTO
As mudanças precisam ser entendida também na operação dos fluxos 
do RDC no sistema Comprasnet que se dá da seguinte forma.
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Fluxo 1 – Modo de Disputa Aberto
Fluxo 2 – Modo de Disputa Fechado
23RDC – Regime Diferenciado de Contratações
Observação: No Comprasnet: 
• O fornecedor poderá excluir 
ou sobrepor a proposta até a 
data de abertura.
• Presidente do RDC não pode-
rá excluir a proposta antes da 
data de abertura.
Fluxo 3 – Modo de disputa fechado/aberto 
24
Fluxo 4 – Modo de disputa aberto/fechado 
PASSO 10: ESTEJA ATENTO AOS DETALHES DO PROCESSO. 
Seguem aqui alguns pontos que devem ser validados por compradores 
e fornecedores ao utilizarem o RDC:
10.1 – Como será a apresentação das propostas ou lances pelamodalidade RDC?
A forma de apresentação das propostas varia de acordo com os mo-
dos de disputa da de licitação adotadas no RDC: aberto, fechado ou com-
binado.
25RDC – Regime Diferenciado de Contratações
• No modo de disputa aberto os licitantes apresentarão suas pro-
postas em sessão pública por meio de lances públicos e suces-
sivos, crescentes ou decrescentes, conforme o critério de julga-
mento adotado. 
• Com relação ao modo de disputa fechado, as propostas apresen-
tadas pelos licitantes serão sigilosas até a data e hora designadas 
para sua divulgação. 
• Quando licitação for presencial, as propostas deverão ser apresen-
tadas em envelopes lacrados, abertos em sessão pública e orde-
nadas conforme critério de vantajosidade. 
• O modo combinado será realizado em duas etapas, sendo a primei-
ra eliminatória, Serão combinados da seguinte forma:
1ª etapa – Se o procedimento iniciar pelo modo de disputa fechado, 
serão classificados para a etapa subsequente os licitantes que apresenta-
rem as três melhores propostas, iniciando-se então a disputa aberta com 
a apresentação de lances abertos e sucessivos.
2ª etapa – Se o procedimento iniciar pelo modo de disputa aberto, os 
licitantes que apresentarem as três melhores propostas oferecerão pro-
postas finais fechadas. 
Atenção: No procedimento de licitação presencial 
haverá Inversão de fase, já no procedimento de li-
citação eletrônico não haverá a inversão de fases. 
A Inversão de fases no RDC significa que será a 
mesma ordem utilizada na Lei 8.666/1993.
26
10.2 – Quais são os prazos para apresentação de propostas e 
lances
São adotados prazos mínimos, contados em dias úteis, a partir da data 
de publicação do instrumento convocatório. São eles:
Menor 
Preço/Maior 
Desconto
Maior Oferta 
de Preço
Maior 
Retorno 
Econômico
Técnica e 
Preço
Técnica ou 
Conteúdo 
Artístico
BENS 5 dias 10 dias 10 dias 10 dias 10 dias
SERVIÇOS 15 dias 30 dias 30 dias 30 dias 30 dias
OBRAS 15 dias 30 dias 30 dias 30 dias 30 dias
10.3 – Como é composta a comissão de licitação?
As licitações serão processadas e julgadas por comissão permanente 
ou especial de licitações, compostas por, no mínimo, três membros tec-
nicamente qualificados, sendo a maioria deles servidores ou empregados 
públicos pertencentes aos quadros permanentes dos órgãos ou entidades 
responsáveis pela licitação. Os membros da comissão de licitação respon-
derão solidariamente por todos os atos praticados pela comissão, salvo se 
posição individual divergente estiver registrada na ata da reunião em que 
houver sido adotada a respectiva decisão.
10.4 – Quais os critérios de julgamento poderão ser utilizados 
no RDC?
Poderão ser utilizados os seguintes critérios de julgamento: menor pre-
ço, maior desconto, técnica e preço, melhor técnica, conteúdo artístico, 
maior oferta de preço e maior retorno econômico.
27RDC – Regime Diferenciado de Contratações
10.5 – O que é considerado no critério de julgamento o menor 
preço ou menor desconto?
Poderão ser considerados para a definição do menor dispêndio, os 
custos indiretos, relacionados às despesas de manutenção, utilização, re-
posição, depreciação e impacto ambiental, entre outros fatores, sempre 
que objetivamente mensuráveis e constantes no instrumento convocatório. 
O critério de julgamento por maior desconto utilizará como refe-
rência o preço total estimado, fixado pelo instrumento convocatório 
(seleciona o participante com base no maior desconto – percentual – 
sobre o preço fixado, que deverá incidir linearmente sobre todos os 
itens do orçamento ou sobre o preço de referência dos bens).
28
10.6 – O que é considerado no julgamento pelo critério de me-
lhor combinação de técnica e preço?
 
No julgamento pelo critério de melhor combinação de técnica e pre-
ço, deverão ser avaliadas e ponderadas as propostas técnicas e de preço 
apresentadas pelos licitantes, segundo fatores de ponderação objetivos 
previstos no instrumento convocatório. Não deve o percentual de ponde-
ração mais relevante ser superior a 70 % (setenta por cento).
Poderão, também, ser utilizados parâmetros de sustentabilidade am-
biental para a pontuação das propostas técnicas. 
O instrumento convocatório estabelecerá pontuação mínima para as 
propostas técnicas, e o não atingimento da pontuação mínima implicará 
desclassificação. 
10.7 – O que é considerado no julgamento pelo critério melhor 
técnica ou conteúdo artístico?
Será considerado exclusivamente as propostas apresentadas pelos li-
citantes, segundo parâmetros objetivos inseridos no instrumento convo-
catórios.
Trabalhos de natureza técnica, científica ou artística
MELHOR TÉCNICA OU CONTEÚDO ARTÍSTICO
(art. 21 da Lei e arts. 30 a 32 do Decreto)
• O critério de julgamento considerará exclusivamente as propostas 
apresentadas pelos licitantes, segundo parâmetros objetivos inseridos no 
instrumento convocatório.
• Trabalhos de natureza técnica, científica ou artística, incluídos os 
projetos arquitetônicos, excluindo os projetos de engenharia.
• Instrumento convocatório definirá o prêmio ou a remuneração que 
será atribuída ao vencedor.
• Poderão ser utilizados parâmetros de sustentabilidade ambiental 
29RDC – Regime Diferenciado de Contratações
para a pontuação das propostas nas licitações para contratação de pro-
jetos.
• Comissão de licitação será auxiliada por comissão especial inte-
grada por, no mínimo, três pessoas de reputação ilibada e notório conhe-
cimento da matéria em exame, que podem ser servidores públicos. 
10.8 – Quais os tipos de objetos que poderão ser licitados pe-
lo RDC?
 - Ações integrantes do Programa de Aceleração do Crescimento 
– PAC. (Lei nº 12.688/12); 
30
 - Obras e serviços de engenharia no âmbito do Sistema Único de 
Saúde – SUS. (Lei nº 12.745/12); 
 - Obras e serviços de engenharia para construção, ampliação, re-
forma e administração de estabelecimentos penais e unidades de atendi-
mento socioeducativo. (Lei nº 13.190/15); 
 - Ações no âmbito da segurança pública. (Lei n º 12.462/11, alte-
rado pela Lei nº 13.190/15); 
 - Obras e serviços de engenharia, relacionadas a melhorias na mo-
bilidade urbana ou à ampliação de infraestrutura logística. (Lei nº 12.462/11, 
alterado pela Lei nº 13.190/15); 
 - Contratos de locação de bens móveis e imóveis – contratos built 
to suit ou “sob medida ou encomenda”. (Lei nº 12.462/11, alterado pela 
Lei n º 13.190/15); 
 - Ações em órgãos e entidades dedicados à ciência, à tecnologia 
e à inovação. (Lei nº 13.243/16); e
 - Obras e serviços de engenharia no âmbito dos sistemas públicos 
de ensino e de pesquisa, ciência e tecnologia. (Lei nº 12.462/11, alterado 
pela Lei nº 13.190/15).
Referências Bibliográficas
BRASIL. Constituição Federal. Disponível em: <http://www.planalto.gov.br/
ccivil_03/constituicao/ConstituicaoCompilado.htm Acesso em: 27 out. 2014.
____.Decreto nº 7.581/2011. Regulamenta o Regime Diferenciado de Contra-
tações Públicas (RDC). Disponível em <http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato20112014/2011/Decreto/D7581.htm>. Acesso em 27 out. 2014.
____.Lei nº 8.666/1993. Institui normas para licitações e contratos da Admi-
nistração Pública e dá outras providências. Disponível em http://www.planal-
to.gov.br/ccivil_03/ leis/l8666cons.htm. Acesso em 27 out. 2014.
____.Lei nº 10.520/2002. Institui, no âmbito da União, Estados, Distrito Fede-
ral e Municípios, nos termos do art. 37, inciso XXI, da Constituição Federal, 
modalidade de licitação denominada pregão, para aquisição de bens e ser-
viços comuns, e dá outras providências. Disponível em http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/ leis/2002/l10520.htm. Acesso em 27 out. 2014.
____.Lei nº 12.462/2011. Institui o Regime Diferenciado de Contratações Pú-
blicas (RDC) e dá outras providências. Disponível em http://www.planalto.
gov.br/ccivil_03/_ ato2011-2014/2011/Lei/L12462.htm. Acesso em 27 out. 
2014.
____.Lei Complementar nº 123/2006. Estabelece normas gerais relativas ao 
tratamento diferenciado e favorecido a ser dispensadoàs microempresas e 
empresas de pequeno porte no âmbito dos Poderes da União, dos Estados, 
do Distrito Federal e dos Municípios. Disponível em <http://www.planalto.gov.
br/ ccivil_03/leis/lcp/lcp123.htm>. Acesso em 27 out. 2014.
____.Lei nº 13.190/2015. Altera a Lei nº 12.462/2011 e dá outras providências. 
Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_Ato20152018/2015/Lei/
L13190.htmAcesso em 10 set. 2017.
____.Lei nº 13.243/2016. Dispõe sobre estímulos ao desenvolvimento cien-
tífico, à pesquisa, à capacitação científica e tecnológica e à inovação, e dá 
outras providências. Disponível em http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/_
ato20152018/2016/lei/l13243.htm. Acesso em 10 set. 2017.
www.sebrae.com.br
0800 570 0800

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