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Disciplina: Vigilância em Saúde e Estatística Aplicada Docente: Renata Miyabara Discente: Rafael Tiago Santos Santana APLICANDO A VIGILÂNCIA EM SAÚDE ESTATISTICAMENTE No caso em tela tendo em vista que o hospital passou por uma recente desabilitação frente ao Ministério da Saúde, neste plano de ações proposto se faz necessário empenho das áreas administrativas e assistenciais no que diz respeito a melhoria dos processos gerenciais e de gestão, com POPs (Procedimento Operacional Padrão) bem definidos para implementar e manter padrões de qualidade aceitos e exigidos pelo Ministério da Saúde para qualquer habilitação, bem como uma futura acreditação hospitalar o qual exige assegurar impreterivelmente a qualidade e a segurança assistencial. Alinhado a isso é necessário a criação de comissões intra- hospitalares para melhor qualidade do serviço em saúde e melhor experiencia do paciente em ambiente hospitalar, para tanto destaca-se Núcleo de Segurança do Paciente, Comissão de Infecção Hospitalar, Comissão de Análise de Óbito, Comissão de Revisão de Prontuário e um Núcleo de Educação Permanente para sempre estar sendo atualizado e revista as rotinas. Tudo isso alinhado a indicadores assistenciais mensurando estatisticamente alguns pontos como Taxa de Infecção Hospitalar, Taxa de Ocupação Hospitalar, Média Permanência, Alta Hospitalar Multidisciplinar, Percentual de pacientes que recebem antibióticoprofilaxia em momento adequado, Acolhimento com classificação de risco, tudo isso para direcionar e prover um melhor acompanhamento e controle dos serviços em saúde, com aplicação de protocolos assistenciais que direcionam os profissionais de saúde no hospital para melhor decisão nos casos concretos e em cada perfil de paciente, garantindo boas práticas assistenciais, qualidade no atendimento e uma boa recuperação pós hospitalar. Conforme o caso apresenta o recebimento da demanda para produção de cirurgias bariátricas na unidade, um dos maiores desafios é o controle da infecção nesses pacientes pois como é cediço a obesidade é um fator de risco importante para desenvolvimento da infecção de sitio cirúrgico, logo pensa-se em pacotes de cuidados para esse controle e em artigos encontramos alguns protocolos que demonstram resultados satisfatórios segundo Ferraz, Vasconcelos, Santa-Cruz, Aquino, Buenos-Aires, Siqueira (2019,p.2) “Todas essas intervenções presentes no pacote de cuidados utilizados neste estudo estão resumidas a seguir: interrupção de tabagismo nos 30 dias anteriores à cirurgia; banho pré-operatório com clorexidina 4% duas horas antes da cirurgia; cefazolina 2g em bolus + 1g em infusão contínua durante duas horas; tricotomia apropriada logo antes da incisão cirúrgica; controle glicêmico (abaixo de 200mg/dl durante a cirurgia e até 48 horas após); oxigênio suplementar; normotermia no intraoperatório e no pós-operatório imediato; morfina via intrarraquidiana para controle da dor pós-operatória; remoção de curativo estéril nas 48 horas após a cirurgia.”, e mesmo nesse estudo apesar de reduzir a taxa de ISC ainda fora observado ainda alguns casos com sinais infecciosos superficiais, sendo adotado pelo cirurgião medidas mais conservadoras para tratar lesão, com drenagem e lavagem do local com solução salina e caso necessário, antibioticoterapia. Pacientes com perfil para cirurgia bariátrica requer um cuidado assistencial redobrado devido aos fatores de riscos associados, em relação a diminuição das dores no pré-operatório e consequentemente no pós-alta nesses pacientes existem algumas opções de analgesia para atenuar as dores nesses pacientes, como evidenciado por Vaz e Vaz (2005, p.3) “Evidências experimentais sugerem que a analgesia prévia (antes do ato cirúrgico) podem efetivamente atenuar a sensibilização central e periférica à dor. Alguns estudos clínicos também demonstram que há uma redução significante nas concentrações das drogas usadas para analgesia antes do ato operatório. Estes pacientes também apresentaram uma menor morbidade no pós-operatório.” Aliado a esse tratamento prévio ao ato cirúrgico como profilaxia, temos também a necessidade de tratar essa dor após a alta do paciente, e para melhor conforto no pós cirúrgico faz- se necessário o uso de analgésicos orais e se persistente (se necessário) é pacifico o uso de opióides para melhor controle da dor, como exemplo da codeína. Referências Bibliográficas: SANCHES, O. Análise rotineira de dados de vigilância em saúde pública: que procedimentos estatísticos utilizar? Revista Saúde Pública , v. 27, n. 4, p. 300-4, 1993. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/rsp/v27n4/10.pdf . Acesso em: 13 de Novembro de 2023 VAZ, José Leonardo Machado e VAZ, Marcia Silveira Charneca. Fisiopatologia da Dor Pós-Operatória. Educação Médica Continuada do Colégio Brasileiro de CirurgiõesV. 01, nº 2, Rio de Janeiro, Setembro-Outubro, 2005. Disponível em: https://cbc.org.br/wp- content/uploads/2013/05/V.1_n.2_Dor_cirurgica_Fisiopatologia_II.pdf. Acesso em: 13 de Novembro de 2023. EMPRESA BRASILEIRA DE SERVIÇOS HOSPITALARES - EBSERH. Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro. Protocolo: Prevenção de Infecção Cirúrgica. Unidade de Vigilância em Saúde e Qualidade Hospitalar/Setor de Vigilância em Saúde e Segurança do Paciente do HCUFTM, Uberaba, 2020. Disponível em: https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc uftm/documentos/protocolos-assistenciais/prt-svssp-003-prevencao-de-infeccao cirurgica-versao-2.pdf. Acesso em: 13 de Novembro de 2023. FERRAZ, Álvaro Antônio Bandeira. et al. Infecção de sítio cirúrgico após cirurgia bariátrica: resultados de uma abordagem com pacote de cuidados. Revista do Colégio Brasileiro de Cirurgiões. 46 (4), Julho-Agosto, 2019. Disponível em: https://doi.org/10.1590/0100-6991e-20192252 Acesso em 13 de Novembro de 2023. https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc%20uftm/documentos/protocolos-assistenciais/prt-svssp-003-prevencao-de-infeccao%20cirurgica-versao-2.pdf https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc%20uftm/documentos/protocolos-assistenciais/prt-svssp-003-prevencao-de-infeccao%20cirurgica-versao-2.pdf https://www.gov.br/ebserh/pt-br/hospitais-universitarios/regiao-sudeste/hc%20uftm/documentos/protocolos-assistenciais/prt-svssp-003-prevencao-de-infeccao%20cirurgica-versao-2.pdf https://doi.org/10.1590/0100-6991e-20192252
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