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CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 19 de 64 
 
 
Quadro 3 - Mesa dos instrumentais cirúrgicos Fonte: SOBECC, 2017 (Adaptada). 
#PraCegoVer: A imagem mostra um esquema organizacional e didá co da arrumação correta da mesa do profissional 
instrumentador cirúrgico com a sequência e disposição ordenada dos instrumentais cirúrgicos que serão u lizados no ato 
anestésico-cirúrgico. Observamos os instrumentais de diérese, seguido pelo de preensão, hemostasia, de exposição, especiais e 
auxiliares e por úl mo os de síntese. 
Enfim, conhecer o centro cirúrgico é um desafio para qualquer profissional que atue no ato 
anestésico-cirúrgico. 
FIQUE DE OLHO 
A instrumentação cirúrgica requer habilidade e conhecimento do ato cirúrgico, materiais e 
instrumentais cirúrgicos pelo profissional de nível técnico em enfermagem. Para compreender o 
tema leia o ar go “instrumental cirúrgico” (MORIYA; VICENTE; TAZIMA, 2011, p.18-32). 
É recomendável que o profissional enfermeiro esteja atento às legislações, normas, ro nas e 
protocolos atualizados deste setor complexo e crí co. O enfermeiro do CC compõe a equipe 
mul profissional de saúde, e os seus cuidados serão sempre baseados em evidências e numa prá ca 
cien fica inovadora, que envolva a sistema zação da assistência em enfermagem no ambiente 
cirúrgico. 
Assista aí 
É ISSO AÍ! 
Nesta unidade, você teve a oportunidade de: 
 conhecer as noções preliminares da enfermagem em centro cirúrgico, conceitos de centro 
cirúrgico, bloco cirúrgico e sala de recuperação pós-anestésica, bem como a estrutura sica 
e os equipamentos do bloco cirúrgico e da sala de recuperação pós-anestésica; 
 compreender os critérios para aquisição de materiais, insumos e equipamentos para o centro 
cirúrgico; 
 entender a função do enfermeiro quanto aos recursos humanos e educação con nuada do 
centro cirúrgico; 
 aprender sobre o gerenciamento do profissional enfermeiro na CME, no BC e SRPA; 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 20 de 64 
 
 avaliar os perigos para a saúde dos profissionais associados à falta do uso dos EPIs e aos 
procedimentos de lavagem e degermação das mãos no ambiente cirúrgico; 
 assimilar os tempos cirúrgicos, bem como a importância do conhecimento da 
instrumentação cirúrgica para a equipe de enfermagem. 
REFERÊNCIAS 
AKAMINE, J. et al. Enfermagem em Centro Cirúrgico atualidades e perspec vas no ambiente cirúrgico. Gerenciamento em Centro Cirúrgico. São 
Paulo, 2013. 
ANVISA. Agência Nacional de Vigilância Sanitária. RDC n. 307, de 14 de novembro de 2002. Dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, 
programação, elaboração e avaliação de projetos sicos de estabelecimentos assistenciais de saúde. 
Disponível: h p://www.cvs.saude.sp.gov.br/zip/Resolu%C3%A7%C3%A3o%20RDC%20ANVISA%20n%C2%BA%20307,%20de%2014nov02.pdf. 
Acesso 18 de abril de 2020. 
ANVISA. AGÊNCIA NACIONAL DE VIGILÂNCIA SANITÁRIA. Resolução da diretoria colegiada - RDC n. 50, de 21 de fevereiro de 2002. 
Disponível: h p://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/rdc0050_21_02_2002.html. Acesso em 18 de abril de 2020. 
BARBOZA, V. S. et al. Eficácia de dois métodos de degermação das mãos. Rev Cir Traumatol Buco-Maxilo-Fac. Camaragibe, v.15, n. 3, jul/set. 2015. 
CARVALHO, R BIANCHI, E. R. F. Enfermagem em centro cirúrgico e recuperação. Barueri: Manole, 2016. 
COFEN - Conselho Federal de Enfermagem. Lei n. 7.498, de 1986. Legislação Ins tuidora do Sistema. 
h p://www.portalcofen.gov.br/sitenovo/node/4161. Acesso em: 18 de abril de 2020. 
DAMASIO, Y. L. R.; VASQUES, J. D. A importância do Enfermeiro no processo de gerenciamento na Central de Material e Esterilização Hospitalar. 
2016. 21f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Faculdade Integrada de Pernambuco, Recife, 2016. 
FIGUEIREDO, R. M. et al. Higienização das mãos em ambiente hospitalar: uso de indicadores de conformidade. Rev Gaúcha Enferm. São Paulo, V. 35, 
n.1, 70-77, 2014. 
FREITAS, N. Q. et al, O papel do enfermeiro no centro cirúrgico na perspec va de acadêmicas de enfermagem. Rev Contexto e Saúde. São Paulo, 
v.10, n.20, 1133-1136, 2011. 
GRAZIANO, K. U. et al. Eficácia de três métodos de degermação das mãos u lizando gluconato de clorexidina degermante (GCH 2%). Rev Esc Enferm. 
São Paulo, v. 45, n. 6, 1440-1445, 2011. 
LEITE, M. D; DUARTE, I. G. L. Paramentação cirúrgica: ar go de revisão. Rev Med. Minas Gerais, V. 23, n. 3, 343-346, 2013. 
MALAGUTTI, W., BONFIM, I. M. Enfermagem em Centro Cirúrgico: atualidades e perspec vas no ambiente cirúrgico. São Paulo: Mar nari, 2013. 
MORIYA, T.; VICENTE, Y. A. M. V. A.; TAZIMA, M. F. G. S. Instrumental cirúrgico. Revista da Faculdade de Medicina de Ribeirão Preto e do Hospital das 
Clínicas da FMRP . v. 44, n. 1, jan-mar-2011. p. 18-32. Disponível 
em: h p://revista.fmrp.usp.br/2011/vol44n1/Simp1_Instrumental%20cir%FArgico.pdf. Acesso em: 30 abr. 2020. 
PEDROSO, D. F. L. Gerenciamento de Enfermagem: um relato de experiência. 2015. 40f. Trabalho de Conclusão de Curso (Graduação). Universidade 
Federal de Campina Grande, Paraíba, 2015. 
PORTES, C. M.; BISPO, D.; NOGUEIRA, L. D. P. Assistência de enfermagem na sala de recuperação pós-anestésica uma revisão de literatura. Revista 
Enfermagem em Evidência. Bebedouro, v.3, n. 1, 172-189, 2019. 
SOBECC. Sociedade Brasileira de Enfermeiros de Centro Cirúrgico, Recuperação Anestésica e Centro de Material e Esterilização. Prá cas 
Recomendadas. 7 ed. São Paulo: Nacional, 2017. 
SOUZA, M. C. B.; CERIBELLA, M. I. P. F. Enfermagem no centro de material esterilizado - a prá ca da educação con nuada. Rev La no 
Enfermagem. São Paulo, v.12, n. 5, 767-774, set/out, 2004. 
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UNIDADE 2 BIOSSEGURANÇA E ASSISTÊNCIA 
DE ENFERMAGEM PERIOPERATÓRIA 
 
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INTRODUÇÃO 
 Você está na unidade Biossegurança e assistência de enfermagem perioperatória. Conheça aqui 
as ações voltadas para a prevenção, minimização ou eliminação dos riscos relacionadas às infecções 
hospitalares, bem como as iden ficações dos pos de material de proteção individual u lizados 
pelos profissionais da CME (central de material estéril). Entenda que a assistência de enfermagem 
perioperatória é considerada vital para a realização e o sucesso de um ato anestésico-cirúrgico, e é 
uma das a vidades do enfermeiro. Compreender a u lização de terminologias adequadas, é de 
extrema importância para as pessoas envolvidas na assistência cirúrgica, uma vez que facilita o 
entendimento de todos, e proporciona uniformização da linguagem no CC (centro cirúrgico). 
1 NOÇÕES PRELIMINARES 
 A unidade de biossegurança e assistência de enfermagem perioperatória apresentará a 
biossegurança como um desafio para os profissionais da saúde, principalmente no campo prá co 
de um setor pouco conhecido como CME (centro de materiais e esterilização). Esse setor de apoio 
tem fundamental importância por ser responsável pelo PPS (processamento de produtos para 
saúde), garan ndo segurança ao paciente e permi ndo o uso de materiais em condições adequadas 
de preparo e esterilização. 
No hospital, a CME é considerada uma área crí ca por processar PPS resultantes de intervenções 
clínicas e cirúrgicas, apresentando, desta forma, riscos aos profissionais que atuam nesse setor, 
tornando-os mais susce veis a acidentes ocupacionais. Levando em consideração o exposto, 
a Norma Regulamentadora n. 32, Portaria n. 485, de 11 de novembro de 2005, estabelece as 
diretrizes básicas para a implementação de medidas de proteção à segurança e à saúde dos 
trabalhadores dos serviços de saúde, bem como daqueles que exercem a vidades de promoção e 
assistência à saúde em geral. 
O entendimento desta disciplina é necessário diante do avanço da tecnologia, associado à 
globalização, e faz com que os enfermeiros da era moderna estejam cada vez mais direcionados ao 
saber-fazer, focando suas habilidades nas promoções e prevenções para uma assistência de 
enfermagem operatória, ou melhor, perioperatória cirúrgicacom qualidade no cenário de saúde 
atual. 
1.1 BIOSSEGURANÇA 
Entender biossegurança, atualmente, é de fundamental importância para os conceitos de promoção 
e prevenção a saúde. E um tema direcionado para redução parcial ou total dos fatores sicos, 
químicos e biológicos dentro de um ambiente de cuidados para com a saúde das pessoas, e do 
próprio profissional de saúde. 
Quando temos uma associação de medidas que tenham o obje vo de diminuir ou eliminar os riscos 
ou agressões a saúde dos pacientes e dos profissionais de saúde, temos a biossegurança (NATI, 
2010). 
A biossegurança é um tema relevante na vida dos profissionais de enfermagem, visto que, estes 
profissionais estão expostos a materiais biológicos potencialmente contaminados, principalmente 
os profissionais que desenvolvem suas a vidades em áreas crí cas dos hospitais, por estarem mais 
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susce vel a acidente envolvendo material biológico, químico, sico, ergonômico e 
psicossociais (NATI, 2010). 
Os profissionais de saúde estão expostos diariamente aos danos a sua vida, que chamaremos 
de risco ocupacional, porque está diretamente ligado as suas a vidades laborais (trabalho). Este 
risco pode estar ligado a falta de conhecimento do trabalhador as suas a vidades diárias, ou ainda, 
a situações emergenciais que o ambiente (trabalho) favorece constantemente. 
Os riscos ocupacionais que são mais comuns em um ambiente de trabalho, estão ligados ou 
conectados a diversos fatores, e são simbolizados por cores. Então podemos dizer que o risco: sicos 
é representado pela cor verde, químicos é representado pela cor vermelha, biológicos é 
representado pela cor marrom, ergonômicos é representado pela cor amarela, e 
acidentais/mecânicos é representado pela cor verde. 
Para se evitar os riscos ocupacionais é necessário fazer uso, principalmente, dos EPIs, que têm como 
obje vo evitar acidentes e contaminações no ambiente laboral. A baixa adesão ao uso desses 
equipamentos e o seu uso incorreto são fatores decorrentes da falta de adaptação dos profissionais, 
no ambiente laboral, por ocasionarem algum po de desconforto, incômodo, descuido, 
esquecimento, falta de hábito, inadequação, quan dade insuficiente, descrença de proteção quanto 
ao seu uso, sobrecarga de trabalho e cansaço sico. Já o fator de adesão ao uso dos EPIs se relaciona 
ao entendimento do profissional acerca dos riscos, laborais, que o profissional está exposto ou 
ligado. O uso dos EPIs é obrigado! E precisa ser fiscalizado no ambiente do trabalho (SILVA et 
al.,2017). 
Equipamento de proteção individual - é todo o disposi vo ou produto, de uso individual u lizado 
pelo trabalhador, des nado à proteção de riscos susce veis de ameaçar a segurança e a saúde no 
trabalho (Brasil, 2001). 
1.2 VISÃO GERAL - CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO 
O setor, no âmbito hospitalar, que se ar cula com todos as unidades do hospital é chamada de CME 
(central de material e esterilização). É uma unidade des nada a receber, de todos os setores, 
materiais hospitalares, para processamentos de limpeza, descontaminação, preparo, esterilização, 
armazenamento e distribuição dos materiais u lizados para os diversos setores de um 
estabelecimento de saúde. A CME pode estar localizada dentro ou fora da unidade de saúde ou 
hospital (SOBECC, 2007). 
O trabalho desempenhado pela CME é de alta complexidade, e exige da equipe de enfermagem que 
a compõe um alto nível de conhecimento e qualidade nos processamentos dos materiais oriundos 
dos diversos setores de assistência à saúde no âmbito hospitalar. A equipe da central de material e 
esterilização é formada pelo profissional enfermeiro e técnicos em enfermagem. 
Diante das complexas técnicas de trabalho desenvolvidas na CME, e das ocorrências envolvendo a 
qualidade dos processamentos e reprocessamentos de diferentes materiais ou Produtos para a 
Saúde (PPS), foi publicada a Resolução da Diretoria Colegiada n. 15, de 15 de março de 2012,que 
tem como obje vo estabelecer os requisitos de boas prá cas para o funcionamento dos serviços 
para a saúde , levando em consideração o processamento de PPS (BRASIL, 2012). 
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Mediante os obje vos estabelecidos na RDC-15/2012, o COFEN (conselho federal de enfermagem) 
elaborou e publicou no DOU (diário oficial da União) a Resolução n. 424, de 19 de abril de 2012, que 
norma za âmbito nacional as atribuições dos membros da equipe de enfermagem em Centros de 
Materiais e Esterilização. (COFEN, 2012). 
Conhecer o real obje vo das resoluções dos órgãos competentes poderá contribuir para as ações 
das unidades de assistência à saúde na busca de melhores condições de trabalho e na qualidade do 
processamento e reprocessamento dos PPS. É preciso iden ficar e prevenir e/ou reduzir fatores de 
riscos que poderão estarem presentes na CME. para garan r a diminuição das ocorrências de 
agravos a saúde dos profissionais da enfermagem, bem como de infecções cruzadas nos setores de 
assistência hospitalar (TIPPLE et al., 2007). 
2 NORMAS REGULAMENTADORAS 
O MTE (ministério do trabalho e emprego) aprovou, em 1978, as NRs (normas 
regulamentadoras) per nentes à segurança e medicina do trabalho. Conforme Sarquis e Cruz 
(2005), elas são obrigatórias para as empresas privadas, públicas e órgãos do governo que são 
orientados pela CLT (consolidação das leis do trabalho). 
2.1 NR-32 
Em 2005, foi aprovada uma norma específica para a área da saúde, a NR-32 (norma 
regulamentadora n. 32), que estabelece as diretrizes para a implementação de programas de 
prevenção de riscos ocupacionais e de proteção à saúde do trabalhador no ambiente de trabalho. 
Para fundamentar e complementar os estudos relacionados sobre a NR-32 - segurança e saúde no 
trabalho em serviços de saúde, destaca-se na íntegra dessa norma zação. “Para fins de aplicação 
desta NR, entende-se por serviços de saúde qualquer edificação des nada à prestação de assistência 
à saúde da população, e todas as ações de promoção, recuperação, assistência, pesquisa e ensino 
em saúde em qualquer nível de complexidade” (BRASIL, 2005). 
A NR-32 abrange situações de exposições a riscos à saúde do trabalhador. A diminuição ou 
eliminação dos agravos à saúde laboral estão, em grande parte, relacionados à sua capacidade de 
entender a importância dos cuidados e medidas de proteção, as quais deverão ser seguidas no 
ambiente de trabalho (ACÁCIO et al., 2013). O obje vo dessa NR é prevenir os acidentes e o 
adoecimento causado pelo trabalho nos profissionais da saúde, eliminando ou controlando as 
condições de risco presentes nos serviços de saúde. É recomendado para cada situação de risco a 
adoção de medidas preven vas, e a capacitação dos trabalhadores para um âmbito laboral seguro. 
2.2 OBRIGATORIEDADE DE VACINAÇÃO 
É de fundamental importância compreender que a NR 32 abrange a questão da obrigatoriedade da 
vacinação do profissional de enfermagem, conforme recomendação do MS (ministério da saúde), 
devidamente registrada em prontuário funcional com comprovante ao trabalhador, e ainda, 
determina algumas situações na questão de vestuário e ves ários, refeitórios, resíduos, capacitação 
con nua e permanente na área específica de atuação, entre outras recomendações do Ministério 
(BRASIL, 2005). 
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Ainda que a NR-32 tenha sido desenvolvida com foco na saúde do trabalhador que desempenha as 
tarefas laborais na área da saúde, a norma também beneficia a todos os grupos de pessoas que 
frequentam esses locais, e tem a obrigação de garan r a proteção dos diversos ambientes laborais. 
3 SEGURANÇA DO PACIENTE E DO AMBIENTE 
Conforme foi abordado nos tópicos anteriores, o avanço da tecnologia, associado à globalização, faz 
com que os enfermeiros da era moderna estejam cada vez mais direcionados ao saber-fazer, focando 
suas habilidades para uma assistência de enfermagem com qualidade no cenário de saúde atual, 
sejam elas assistenciais,administra vas, educa vas e/ou gerenciais. 
Desta forma, será abordado, na sequência, que a SAE (sistema zação da assistência de enfermagem) 
é um método que visa aprimorar o cuidado prestado pelo enfermeiro em prol da segurança do 
paciente, buscando proporcionar uma assistência segura e com qualidade, melhorando a 
comunicação entre as equipes, e evidenciando um ambiente seguro e saudável para a prestação do 
cuidar. 
3.1 PORTARIA N. 529/2013 - PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE 
Atualmente, no mundo inteiro, os profissionais de saúde discutem a melhor estratégia para garan r 
a segurança do paciente, sendo considerada uma importante questão de saúde pública. Entender 
que se faz necessário reduzir, ao máximo possível, riscos e danos desnecessários no processo do 
cuidar, é de extrema necessidade para estabelecer o melhor planejamento da assistência à saúde 
do paciente (BRASIL, 2013). 
Em abril de 2013, o MS elaborou estratégias, produtos e ações, por meio de normas e regras, que 
foram direcionadas para os gestores, profissionais e usuários, para redução das ocorrências dos EAs 
(eventos adversos) na assistência à saúde. Essas ferramentas foram direcionadas para o trabalho da 
promoção e prevenção da segurança e saúde dos pacientes. E, a par r dessa data, ficou ins tuído o 
PNSP (Programa Nacional de Segurança do Paciente) em todo território brasileiro (BRASIL, 2013). 
O desenvolvimento de estratégias para a segurança do paciente depende do conhecimento e do 
cumprimento do conjunto de normas e regulamentos que regem o funcionamento dos 
estabelecimentos de saúde, condição básica para que estes estabelecimentos possam dar novos 
passos, como a elaboração de planos locais de qualidade e segurança do paciente, com ações 
monitoradas por indicadores, gerido por uma instância (núcleo) responsável e de uma polí ca de 
es mulo à u lização ro neira de protocolos e diretrizes clínicas (BRASIL, 2014). 
A segurança do paciente é um fator importan ssimo para avaliar a qualidade da assistência, mas, 
infelizmente, é influenciada, apesar das qualificações e avanços na área de saúde, pelas prá cas 
profissionais erradas, que chamaremos de iatrogenia, e que são come das pelos profissionais que 
atuam diretamente ou indiretamente nessa assistência e refletem, diretamente, na qualidade de 
vida dos usuários, pacientes ou clientes que procuram os serviços (públicos ou privados) de saúde. 
Essas iatrogenias podem provocar desagradáveis fatores, tanto para os pacientes como para os 
profissionais e para a organização hospitalar (MIASSO et al., 2006). 
Baseado nas condutas iatrogênicas e na necessidade de redução dos EAs, o Ministério da Saúde 
estabelece a importância para qualquer profissional que atue na assistência à saúde do 
entendimento da compreensão da cultura de segurança do paciente. Essa cultura é definida como 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 26 de 64 
 
valores, a tudes, competências e comportamentos que determinam o comprome mento de 
uma melhor gestão da saúde e da segurança, subs tuindo a culpa e a punição pelas qualificações e 
educações permanentes para aprender com as falhas e melhor gestão da saúde e da segurança, 
subs tuindo a culpa e a punição pelas qualificações e educações permanentes para aprender com 
as falhas e melhorar a atenção e qualidade à saúde (BRASIL, 2013). 
Os eventos adversos devem ser informados, por meio de no ficação digital, ao SNVS (sistema 
nacional de vigilância sanitária), de acordo com a Resolução da Diretória Colegiada 36/2013. E é 
função do serviço de saúde informar os óbitos relacionados aos EA’s em até 72 horas após a 
ocorrência, e preencher corretamente as dez etapas correspondente à inves gação em até 60 dias 
corridos, a par r da data da informação ao SNVS. 
3.2 SEGURANÇA DO PACIENTE 
A Anvisa ins tuiu as ações para segurança do paciente, conforme RDC n. 36/2013, com obje vo de 
prevenir e reduzir a incidência de eventos que gerem danos ao paciente, adotando como escopo de 
atuação para os eventos associados à assistência à saúde, as seis metas da OMS (organização 
mundial da saúde). Estas metas estão trazidas nos seis protocolos de segurança do paciente, 
publicados nas portarias GM/MS 1377/2013 e GM/MS 2.095/2013. 
A OMS, no segundo desafio global para a segurança do paciente, lançou o manual “Cirurgias Seguras 
Salvam Vidas”, com o obje vo de melhorar a segurança da assistência cirúrgica e reduzir o número 
de mortes e complicações cirúrgicas (OMS, 2009). 
E é nesse contexto que os órgãos competentes e legisladores da enfermagem têm implementado 
estratégias, no âmbito nacional, para melhor compreensão e qualificação de como u lizar, 
corretamente, os protocolos e checklists para as intervenções de enfermagem, que possibilitem a 
assistência de qualidade, segura e sem danos aos pacientes (LUZIA; ALMEIDA; LUCENA, 2014). 
4 ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM NO PERIOPERATÓRIO 
Ao longo dos anos, foi necessário oferecer ao paciente uma melhor assistência, baseada em achados 
cien ficos, para garan r prá cas seguras e cuidados da equipe de enfermagem (enfermeiro, 
auxiliares e técnicos) com um olhar holís co, humanizado e seguro para com o paciente nos diversos 
níveis de complexidade da assistência em saúde. 
Esse cuidar é direcionado para uma assistência planejada e con nuada, que chamaremos 
de sistema zação. O ato de planejar o cuidar, requer leitura e conhecimento dos fatos e, tanto no 
âmbito hospitalar e de saúde cole va (pública), os princípios norteadores serão os mesmos; difere 
somente no processo saúde x doença. 
Para complementar os estudos da assistência e sistema zação de enfermagem, o COFEN, através da 
Resolução n. 358, de 15 de outubro de 2009, destaca: 
Toda ins tuição de saúde, pública e privada, sendo que cabe priva vamente ao enfermeiro realizar 
todas as etapas da SAE. A presente resolução organiza o trabalho profissional quanto ao método, 
pessoal e instrumentos, tornando possível a operacionalização do Processo de Enfermagem (PE) 
descrito em cinco etapas: coleta de dados, diagnós co de enfermagem, planejamento de 
enfermagem, implementação e avaliação de enfermagem (COFEN, 2009, on-line). 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 27 de 64 
 
Por volta de 1970, a enfermeira Wanda de Aguiar Horta, iniciou com PE, a SAE direcionada para CC 
(centro cirúrgico), denominada SAEP (sistema zação da assistência de enfermagem 
perioperatória). 
A SOBECC (sociedade brasileira de enfermeiros em centro cirúrgico, recuperação anestésica e 
centro de material e esterilização) recomenda as prá cas, a promoção e a divulgação da 
enfermagem, desde o momento da divulgação para o paciente da necessidade cirúrgica até a sua 
alta hospitalar (SOBECC, 2007). 
O foco na assistência perioperatória é o paciente e a sua família, que terá como obje vo ajudar a 
compreender a patologia e a necessidade de entender o tratamento, o processo anestésico-cirúrgico 
e a sua melhor recuperação fisiológica e psicológica. 
Conforme a SOBECC (2007), o profissional enfermeiro precisa reduzir os riscos ou agentes agressores 
inerentes ao ambiente do CC e da SRPA (sala de recuperação pós-anestésica), e da u lização dos 
equipamentos ou instrumentais cirúrgicos u lizados nos procedimentos, bem como garan r a 
qualidade da assistência prestada. 
O período perioperatório compreende três fases: 
 a fase pré-operatória; 
 a fase intra-operatória ou transoperatória; e 
 a fase pós-operatória. 
Ressalta-se que a assistência é complexa, peculiar e individualizada em todas as etapas. 
O PPO (período pré-Operatório) pode ser dividido em: 
 PPOM (período pré-operatório mediato); e 
 PPOI (período pré-operatório imediato). 
PPOM 
A SAEP no PPOM é direcionada ao paciente para a realização dos exames clínicos, que irão auxiliar no seu 
quadro clínico. Os exames serão importantes para planejar assistência médica e de enfermagem, aos diversos 
sistemas orgânicos, adequada ao tratamento, e terá o objetivo de diminuir as sintomatologias, e planejar os 
cuidadosnecessários para evitar possíveis complicações no Período Pós-Operatório Cirúrgico (PPOC). 
 
PPOI 
O período PPOI corresponde às primeiras 24 horas antes da cirurgia, e objetiva preparar o corpo do paciente 
de forma fisiológica (jejum, limpeza intestinal, esvaziamento vesical, preparo da pele e administração 
medicamentosa pré-anestésica) e psicológica para o ato cirúrgico (TAUBE, 2006). 
O PPOM é de extrema necessidade no PE e na SAEP e tem que ser seguido para não comprometer 
o bom resultado do ato cirúrgico ou até mesmo provocar sua suspensão. É importante orientar ao 
paciente no PPOM quanto aos riscos inerentes aos fatores do tabagismo, desnutrição, obesidade, 
faixa etária, hipertensão arterial sistêmica, diabetes entre outras patologia e disfunção orgânica. 
Assim, por exemplo, no transoperatório, o médico cirurgião terá dificuldade em controlar o 
sangramento, de um paciente hipertenso; bem como o paciente tabagista apresentara um acúmulo 
de secreções pulmonares, desenvolvendo possivelmente broncopneumonia PO (SOBECC, 2007). 
CENTRO CIRÚRGICO E CME| Página 28 de 64 
 
Levando em consideração o transoperatório, SOBECC (2007) aponta que esse período cirúrgico se 
inicia com a chegada do indivíduo no centro cirúrgico e termina com a entrada dele na sala de 
recuperação anestésica, UTI ou unidade de internação. Pode ainda, ser dividida em dois momentos 
diferentes: PIO (período intra-operatório) e PTO (período (transoperatório). O primeiro ocorre na 
recepção do paciente no centro cirúrgico, e o segundo será a sua permanência na sala cirúrgica. 
Considerada a segunda fase da SAEP, é no período transoperatório que o enfermeiro, por meio de 
intervenções de enfermagem efe vas e planejadas, poderá minimizar os riscos aos pacientes 
decorrentes do procedimento anestésico cirúrgico (SMELTZER; BARE, 2005). 
O período transoperatório, que se caracteriza pela permanência do indivíduo na sala operatória, 
consiste quando o procedimento anestésico cirúrgico é realizado. O acompanhamento é feito por 
toda equipe de enfermagem (auxiliares ou técnicos de enfermagem), que deverão oferecer ao 
indivíduo apoio, atenção e respeito às suas necessidades, além de seguir as prescrições do 
enfermeiro (SOBECC, 2007). 
Terminando o PTO, imediatamente se inicia o POI (período pós-operatório imediato), que pode 
começar em sala operatória e terminar quando o paciente é transferido para a SRPA. 
O PPO é subdividido em POI (período pós-operatório imediato) e POM (período pós-operatório 
mediato). 
 A recuperação do paciente até as primeiras 24 horas após cirurgia é considerado POI. Nesse 
período, existe a necessidade de observar o quadro clínico de recuperação do paciente com 
total segurança e parâmetros avançados para prevenir problemas comuns como: 
hemorragia, dor, febre, náuseas, vômitos e processos infecciosos. 
 O POM corresponde à assistência voltada para as primeiras 24 horas após o ato cirúrgico, 
podendo se estender até o sé mo dia, e após o sé mo dia, até o recebimento da alta 
(MALAGUTTI; BONFIM, 2009). 
 O Ideal seria que os pacientes em POI fossem encaminhados da SO para a SRPA para 
avaliação dos parâmetros hemodinâmicos de recuperação do ato anestésico-cirúrgico, até 
um período de uma a seis horas para o controle e recuperação dos seus reflexos, e transferido 
para a UTI (unidade de terapia intensiva) quando o quadro clínico es ver insa sfatório ou 
após cirurgias de longo período, para permanecer em SRPA, e para a enfermaria quando 
es ver estabilizado clinicamente (LOPES, 2016). 
Em resumo, podemos dizer que a comunicação e o relacionamento interpessoal são essenciais na 
fase pré-operatória; no transoperatório é preciso habilidade com equipamentos e materiais 
envolvidos nos procedimentos anestésico-cirúrgicos e estar atento para as intercorrências que 
coloquem em risco a vida do paciente; na fase pós-operatória, além de conhecimento sobre o 
aparato tecnológico, a observação de sinais vitais, controle da dor e o restabelecimento da 
consciência também estão somados aos inúmeros conhecimentos necessários à manutenção dos 
sistemas cardiovascular, respiratório, renal, neurológico entre outros. Têm-se, ainda, a necessidade 
de dominar conhecimentos peculiares a cada intervenção cirúrgica que demanda assistência 
imediata e individualizada (LOPES, 2016). 
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4.1 POSICIONAMENTO DO PACIENTE PARA CIRURGIA 
O posicionamento do paciente cirúrgico é um procedimento que exige extrema competência e 
importância para o PE e SAEP, porque promove o acesso à intervenção no sí o ou local da cirurgia, 
devendo ser realizado corretamente, garan ndo segurança para o paciente e, dessa forma, evitando 
comprome mentos dos tecidos, órgãos e complicações durante e após o ato cirúrgico. 
FIQUE DE OLHO 
O posicionamento cirúrgico do paciente é procedimento importante na assistência de enfermagem 
no período perioperatório. O principal obje vo desse procedimento é promover a ó ma exposição 
do sí o cirúrgico e, ao mesmo tempo, a prevenção de complicações, decorrentes do 
posicionamento cirúrgico (MIRANDA; FOGAÇA; RIZZETTO, 2016). 
Observe abaixo, conceitos e algumas recomendações, segundo Lopes et al, 2016, para o 
posicionamento do paciente, na mesa cirúrgica. 
Decúbito dorsal ou supina : A equipe de enfermagem posiciona o paciente de costas (região dorsal), 
com membros superiores e inferiores estendidos, apoiado e fixado em talas cirúrgicas. acolchoar o 
calcâneo, o sacro, o cóccix, o olecrano, a escápula, a tuberosidade isquiá ca e o occipital. Podemos 
citar como exemplo as cirurgias da região craniana, região do tronco e região peritoneal. 
Decúbito ventral ou prona : A equipe de enfermagem posiciona o paciente com a região anterior 
para baixo, com os membros superiores estendidos e apoiado em tala cirúrgica. É importante 
proteger os seios e acomodar a genitália masculina em posição lateral. Proteger o dorso dos pés, a 
cintura escapular, o olecrano, a espinha ilíaca e a patela. Atenção para o sistema respiratório ficar 
em vulnerabilidade. Podemos citar como exemplo as cirurgias que os órgãos se localizam em 
posicionamento posterior do corpo. 
SIMS (lateral) : A equipe de enfermagem posiciona o paciente lateralmente (esquerdo ou direito) e 
mantem o alinhamento espinhal. Deve observar orelhas, colocar um apoio sob a cabeça, a região da 
axila e entre os membros inferiores, manter os mesmos em contato com a mesa flexionada na região 
do quadril e a superior es cada. Podemos citar como exemplo as cirurgias do sistema renal. 
Litotomia ou ginecológicas : A equipe de enfermagem posiciona o paciente em decúbito dorsal, 
membros inferiores flexionados, afastados e apoiadas em perneiras acolchoadas, e os membros 
superiores estendidos e apoiados. U lizar acolchoamento nos estribos. Ter duas pessoas para 
levantar lentamente as pernas com leve rotação do quadril, posicionar os joelhos com leve flexão. 
Podemos citar como exemplo as cirurgias do aparelho reprodutor feminino e região perineal. 
Trendelenburg : A equipe de enfermagem posiciona o paciente em decúbito dorsal onde a parte 
superior do dorso do tronco (tórax e abdome) são abaixadas e os membros inferiores são elevados. 
Podemos citar como exemplo as cirurgias do tronco, pelve e membros superiores e inferiores. 
Trendelenburg reverso : A equipe de enfermagem posiciona o paciente ao contrário do 
posicionamento de trendelenburg. Podemos citar como exemplo as cirurgias da região abdominal e 
região craniana. 
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Fowler : A equipe de enfermagem posiciona o paciente sentado ou semissentado na mesa de 
cirúrgica. Posicionamento preferencial para pacientes que apresentem desconforto respiratório. 
Podemos citar como exemplo as cirurgias de tronco para inserção do dreno de tórax. 
Canivete : A equipe de enfermagem posiciona o paciente em decúbito ventral, com o membro 
inferior e a região torácica sobre a mesa e região pélvica posterior levementeinclinada. Podemos 
citar como exemplo as cirurgias da região anal. 
4.2 ANESTESIA : TIPOS, ESTÁGIOS, MÉTODOS DE ADMINISTRAÇÃO 
Anestesiar é o ato de tornar insensível, indiferente ou eliminar totalmente ou parcialmente a 
sensibilidade orgânica. Então, podemos entender que anestesia é o procedimento cirúrgico de 
suspender reflexos e sensibilidades (total ou parcial) do corpo humano. É um 
procedimento realizado pelo médico anestesiologista ou anestesista que, tem como obje vo 
principal evitar dor para a realização de cirurgias, no período intra-operatório (SMELTZER; BARE, 
2005). 
O anestesiologista é o profissional médico responsável em prestar os cuidados desde o processo de 
avaliação do paciente no período pré-operatório mediato e imediato, podendo prescrever 
medicações pré-anestésica, administrar e controlar as condições fisiológicas e hemodinâmicas do 
paciente durante o período de transoperatório e prestar assistência na SRPA (POSSARI, 2003). 
Os fármacos ou drogas anestésicas são classificados conforme o poder que têm para fazer o paciente 
perder a sensibilidade em todo o corpo ou em partes dele. Então, temos os diferentes pos de 
anestesias, conforme Hinkler; Cheever (2006): 
 anestésicas gerais - são causadoras de processo de depressão ou rebaixamento do 
funcionamento do sistema nervoso central; 
 anestésicas regionais - são causadoras de rebaixamento ou perda de sensibilidade em uma 
determinada região do corpo; 
 anestésicas locais - são ausadoras da perda de sensibilidade dos tecidos em uma local 
específico do sí o cirúrgico; e 
 anestésicas combinadas - são combinações dos procedimentos gerais e regionais (HINKLER; 
CHEEVER, 2006). 
Para Sobecc (2017), o procedimento anestésico é associado a três importantes fatores: 
 es mular o relaxamento das fibras musculares; 
 neutralizar sensações dolorosas (mantendo ou não o nível de consciência); e 
 
 propor condições fisiológicas e hemodinâmicas para a realização do procedimento 
terapêu co de intervenção cirúrgica. 
No PE e SAEP o enfermeiro assume a função gerencial, e a sua equipe auxilia com os procedimentos 
assistenciais simples da intervenção. A equipe de enfermagem deve checar, juntamente com o 
médico anestesiologista, o carro de emergência e anestesia, observando se todos os materiais 
necessários estão corretamente posicionados e em perfeitas condições de uso, bem como adequar 
o paciente em posicionamento ideal para o procedimento (MIASSO, et al.,2006). 
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Bueno et al (2002) afirma que a posição mais usada é o decúbito lateral fetal, com os região dos 
joelhos próximos a região abdominal e a região mentual (queixo) encostada na região torácica. É 
necessário manter o paciente imóvel com as mãos na região da nuca até o final do procedimento 
anestésico. 
Durante o procedimento de administração do anestésico geral, é importante que o paciente se 
posicione em decúbito dorsal, logo após a indução anestésica e, para facilitar a visualização do 
procedimento de intubação, das vias aéreas, é importante hiperestender o pescoço do paciente, 
sem ocasionar complicações, assegurando conforto e bem-estar ao mesmo. 
É preciso desenvolver o PE e a SAEP no PIO, de forma que o enfermeiro do CC esteja respaldado 
legalmente, embora, muitos profissionais, ainda permitam que o técnico ou o auxiliar de 
enfermagem prestem a assistência ao paciente anestesiado com respaldo do anestesiologista, 
chegando até mesmo a delegar essa responsabilidade a tais profissionais. Porém, essa é 
uma atribuição priva va e exclusiva do enfermeiro. 
4.3 TERMOS TÉCNICOS EM CIRURGIAS 
Segundo Carvalho (2016), a u lização de uma terminologia apropriada fornece definição de termos 
cirúrgicos, descreve os pos de cirurgias, facilita o preparo de instrumentais cirúrgicos e 
equipamentos para cada po de procedimento e, ainda, facilita o entendimento de todos e 
proporciona uniformização da linguagem. 
Prefixos/raiz Nome Significado 
Ex (externo, fora) +oftalmo (olho) Exoftalmia Projeção acentuada do globo ocular 
Circun (ao redor) + cisão (separação) Circuncisão ou postectomia Excisão do prepúcio 
Sufixo Significado do sufixo Significado da palavra 
Tomia Incisão, corte 
Laparotomia: abertura da cavidade 
abdominal 
Stomia 
Comunicar um órgão tubular ou oco 
com o exterior através de uma "boca" 
Colostomia: abertura cirúrgica na 
parede abdominal para comunicar uma 
porção do cólon com o exterior 
Ectomia Retirar parcial ou totalmente um órgão Esplenectomia: retirada do baço 
Plastia Reparação plástica Rinoplastia: correção do nariz 
Ráfia Sutura 
Herniorrafia: sutura para correção da 
hérnia 
Pexia Fixação Nefropexia: elevação e fixação do rim 
Scopia 
Visualização da cavidade através de 
aparelhos especiais 
Laparoscopia: visualização da cavidade 
abdominal 
Quadro 1 - A cirurgia e os jargões cien ficos Fonte: CARVALHO, 2016 (Adaptado). 
PraCegoVer: a ilustração mostra um quadro com termos técnicos u lizados no ambiente da cirurgia. Como prefixos tem "ex" e 
"circun". Já os sufixos aparecem em maior número (sete). São eles: "tomia", "stomia", "ectomia", "plas a", "ráfia", "pexia" e 
"scopia". 
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5 ADMISSÃO DO PACIENTE NA SRPA 
A SRPA (sala de recuperação pós-anestésica) é um setor do CC (área sica) formada por médicos, 
enfermeiros e equipe de enfermagem, habilitados a prestar assistência mul profissional de alta 
complexidade e assistências individualizadas (AMANTE, et al., 2008), e tem início no término ou 
durante POI. 
5.1 QUEM TEM ACESSO 
Essa área é des nada, exclusivamente, aos pacientes induzidos no procedimento anestésico-
cirúrgico, onde se encontram monitorizados e permanecem sobre os cuidados da equipe até 
a recuperação dos seus reflexos, consciência e sinais vitais. 
Amante (2008) afirma que a sistema zação da assistência em enfermagem no período pós-
anestésico é de importância e atribuição priva va do profissional enfermeiro. É quando o 
profissional recebe informações do período transoperatório, relacionadas com a condição geral do 
paciente, po de cirurgia, anestésico administrado, complicação ocorrida nesse período, 
posicionamento do paciente durante a intervenção médica, localização adequada da placa do bisturi 
elétrico, cura vos, sondas e drenos. 
5.2 TRATAMENTO DE ENFERMAGEM NA SRPA: ESCORE DE ALDRETE 
A recuperação pós-anestésica é um processo dinâmico, que inicia ainda na sala de operações e 
estende-se até a recuperação completa do paciente, a qual depende da técnica e dos fármacos 
anestésicos u lizados (SOBECC, 2003). 
O tempo de permanência do paciente na sala de recuperação pós-anestésica é fundamental no 
manejo do fluxo de pacientes cirúrgicos e repercute tanto na capacidade de atendimento do centro 
cirúrgico quanto no custo global do paciente. Os critérios de alta da SRPA podem ser sistema zados 
através de protocolos assistenciais, como a escala de Aldrete e Kroulik, por critérios empíricos ou 
pelo anestesiologista que realizou o procedimento anestésico ao estabelecer um horário para alta 
(KINGDON; NEWMAN, 2006). 
O enfermeiro e sua equipe devem ter conhecimento para aplicação correta desse índice, que avalia 
vários parâmetros, tais como: a vidade muscular, respiração, circulação, consciência e saturação 
periférica. Claro que a sua aplicabilidade, não descarta avaliações complementares. (KINGDON; 
NEWMAN, 2006). 
Escala composta por cinco parâmetros para avaliação com pontuação de 0 a 2, sendo zero a pior resposta e dois a melhor resposta. 
Total de 10 pontos. É utilizada como um critério para alta do paciente na SRPA se tiver pontuação > ou = 8. 
Consciência 
 
2 Está lúcido e orientado no tempo e no espaço 
1 Desperta, se solicitado 
0 Não responde 
Atividade Motora 
 
2 Movimenta os quatro membros 
1 Movimenta dois membros 
0 É incapaz de mover os membros voluntariamente ou sob comando 
Respiração 
 
2 É capaz de respirar profundamente ou de tossir livremente 
1 Apresentaçãode dispneia ou limitação da respiração 
0 Tem Apneia 
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Circulação 
 
2 PA em 20% do nível pré-anestésico 
1 PA em 20-49% do nível anestésico 
0 PA em 50% do nível pré-anestésico 
Saturação de Oxigênio 
 
2 É capaz de manter saturação de 02 maior que 92% respirando em ar ambiente. 
1 Necessita de O₂ para manter saturação maior que 90% 
0 Apresenta saturação de O₂ menor que 90%, mesmo com suplementação de Oxigênio 
 
Quadro 2 - Escala de Aldrete e Kroulik Fonte: CARVALHO, 2016 (Adaptado). 
#PraCegoVer: A imagem mostra um quadro com a escala de Aldrete e Kroulik. O material é feito 
em cima de parâmetros como: consciência, a vidade, motora, respiração, circulação e satauração 
de oxigênio, que ficam na coluna da esquerda. Na coluna do meio fica a pontuação (de 0 a 
2), sendo zero a pior resposta e dois a melhor. E, por sua vez, na coluna da direita são colocadas os 
resultados das avaliações de cada um desses parâmetros. A ferramenta serve como critério para a 
alta do paciente na sala de recuperação. 
Enfim, é sempre recomendável que o profissional enfermeiro esteja atento às legislações, normas, 
ro nas e protocolos atualizados de saúde que envolvem condutas e procedimentos adequados e 
desejados para a segurança do paciente. O enfermeiro compõe a equipe mul profissional de saúde, 
e os seus cuidados serão sempre baseados em evidências e em uma prá ca cien fica que envolva a 
sistema zação da assistência em enfermagem no perioperatório. 
É ISSO AÍ! 
Nesta unidade, você teve a oportunidade de: 
 conhecer as noções e conceitos sobre biossegurança e equipamentos de proteção 
individuais; 
 compreender os fundamentos legais e princípios da NR-32 em saúde; 
 aprender conceitos importantes do centro cirúrgico e central de material de esterilização; 
 estudar sobre o processo de sistema zação da assistência de enfermagem perioperatória e 
as suas terminologias cirúrgicas; 
 conhecer e aprender sobre processo anestésico cirúrgico e admissão do paciente na SRPA; 
 avaliar o paciente cirúrgico desde sua admissão até o processo de sua alta do centro 
cirúrgico. 
REFERÊNCIAS 
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CENTRO DE ESTUDOS DE ENFERMAGEM E NUTRIÇÃO. GOIÁS, V. 2, N. 2, 150-152, JAN/SET. 2013. 
AMANTE, ET AL. IMPLEMENTAÇÃO DA SISTEMATIZAÇÃO DA ASSISTÊNCIA DE ENFERMAGEM (SAE) NA SALA DE RECUPERAÇÃO PÓS-ANESTÉSICA (SRPA). 2008. 21F. TRABALHO 
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DISPONÍVEL: HTTP://BVSMS.SAUDE.GOV.BR/BVS/SAUDELEGIS/ANVISA/2013/RDC0036_25_07_2013.HTML. ACESSO EM: 8 MAR. 2020. 
BRASIL. VOCÊ SABIA QUE PODE COLABORAR PARA UM CUIDADO MAIS SEGURO E COM QUALIDADE NOS SERVIÇOS DE SAÚDE? BRASÍLIA, DF: ANVISA, 2012. 
BRASIL, NORMA REGULAMENTADORA 32 - SEGURANÇA E SAÚDE NO TRABALHO EM SERVIÇOS DE SAÚDE. PORTARIA GM N. 485, DE 11 DE NOVEMBRO DE 2005. DIÁRIO 
OFICIAL DA UNIÃO, BRASÍLIA, DF, DE 16 DE NOVEMBRO DE 2005 B. 
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BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. DOCUMENTO DE REFERÊNCIA PARA O PROGRAMA NACIONAL DE SEGURANÇA DO PACIENTE. BRASÍLIA DF: MINISTÉRIO DA SAÚDE, 2014. 
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BRASIL. MINISTÉRIO DA SAÚDE. PORTARIA N. 2.095, DE 24 DE SETEMBRO DE 2013. APROVA OS PROTOCOLOS DE SEGURANÇA DO PACIENTE. DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, 25 
SET 2013. DISPONÍVEL EM: HTTP://BVSMS.SAUDE.GOV.BR/BVS/SAUDELEGIS/GM/2013/PRT2095_24_09_2013.HTML. ACESSO EM: 7 MAR. 2020. 
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SAÚDE. DIÁRIO OFICIAL DA UNIÃO, BRASÍLIA, N. 219, 16 NOV. 2005. SEÇÃO 
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SOBECC. ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO, RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA E CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO. DIRETRIZES DE PRÁTICAS 
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SOBECC. SOCIEDADE BRASILEIRA DE ENFERMEIROS DE CENTRO CIRÚRGICO, RECUPERAÇÃO ANESTÉSICA E CENTRO DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO. PRÁTICAS 
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TAUBE, S. A. M. O PROCESSO DE TRABALHO DA ENFERMEIRA NA CENTRAL DE MATERIAL E ESTERILIZAÇÃO: UMA PERSPECTIVA TECNOLÓGICA AOS INSTRUMENTOS. CURITIBA, 
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CUIDADO E SAÚDE, UFG, 2007 
 
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UNIDADE 3 ENFERMAGEM CIRÚRGICA - 
ABORDAGEM ASSISTENCIAL DO CUIDAR 
 
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INTRODUÇÃO 
Você está na unidade Enfermagem Cirúrgica abordagem assistencial do cuidar. Conheça aqui a 
SAEP (sistema zação da assistência de enfermagem perioperatória) - direcionada para a recepção e 
admissão do paciente no setor de clínica cirúrgica e centro cirúrgico, bem como para os cuidados e 
complicações cirúrgicas do período pré-operatório, transoperatório e pós-operatório para 
minimização ou eliminação dos riscos relacionados às disfunções orgânicas e infecções hospitalares. 
Entenda que a AEP (assistência de enfermagem perioperatória) é considerada vital para a 
compreensão das intervenções na fase pós-cirúrgica, e é uma das a vidades do enfermeiro. 
Compreender a ferida cirúrgica, processo de cicatrização e as suas complicações, é de extrema 
importância para uma assistência cirúrgica baseada em evidências cien ficas para a segurança do 
paciente no setor de clínica cirúrgica e centro cirúrgico. 
Bons estudos! 
1 NOÇÕES PRELIMINARES 
A unidade de Enfermagem cirúrgica - abordagem assistencial do cuidar é considerada um desafio 
para os profissionais da saúde, principalmente no campo prá co do conhecimento de uma área 
fechada, crí ca e complexa como a CC (clínica cirúrgica) e o CC (centro cirúrgico) ou BC (bloco 
cirúrgico). 
Clínica 
cirúrgica 
É uma área des nada ao atendimento, recepção e admissão do paciente durante 
a fase do pré-operatório e pós-operatório, ou seja, admite os pacientes que irão 
fazer a intervenção cirúrgica, realizando os procedimentos e o preparo sico e 
mental do paciente, bem como os cuidados pós-cirúrgico. 
Centro 
cirúrgico 
É a área do ambiente hospitalar que tem por obje vo principal executar o ato 
anestésico-cirúrgico no período transoperatório, proporcionando a recuperação 
do paciente por meio de procedimentos para diagnós co, reparação e remoção. 
A clínica cirúrgica e o centro cirúrgico têm por finalidade que os pacientes passem pela cirurgia em 
um ambiente terapêu co seguro, com recursos materiais e humanos suficientes para a redução das 
ocorrências de riscos evitáveis. Para desenvolver prá cas eficientes, eficazes e resolu vas, a equipe 
mul profissional cirúrgica, na qual se incluem o enfermeiro e os técnicos de enfermagem, deve ter 
conhecimento e habilidade especial para lidar com inúmeras situações em que os erros poderão 
custar a vida de alguém ou um dano à integridade sica e biopsicossocial do paciente e família. Após 
o ato ou intervenção cirúrgica, o paciente é recepcionado na SRPA ( sala de recuperação pós-
anestésica ) , área anexa ao CC, localizada no mesmo setor para favorecer rápida transferência e 
assistência necessária para o paciente sobre indução anestésica da sala operatória a SRPA, de modo 
a não proporcionar alterações fisiológicas no transporte do paciente no ato pós-anestésico, ou o seu 
rápido retorno à sala operatória, caso ocorra a necessidade de complicações anestésico-cirúrgicas. 
FIQUE DE OLHO 
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Não podemos esquecer que, além do procedimento cirúrgico, precisamos nos preocupar com a 
recuperação e a cicatrização da incisão intencional, realizada pelos cirurgiões, chamada de ferida 
cirúrgica. 
Geralmente, essas incisões se apresentam limpas, sem contaminações e são de curta duração, ou 
seja, a recuperação do tecido epitelial trauma zado intencionalmente ocorre em tempo adequado 
e esperado, quando não apresenta complicações. 
O entendimento desta disciplina se faz necessário para a implementação da SAEP, diante do avanço 
da tecnologia, associado à clínica cirúrgica e centro cirúrgico, e faz com que os enfermeiros estejam 
treinados, habilitados e direcionados ao saber-fazer, focando nas promoções, prevenções e 
intervenções de enfermagem para uma assistência operatória capaz de desenvolver planos 
assistenciais com as finalidades de avaliar os cuidados e os resultados alcançados pelo paciente no 
ambiente terapêu co envolvendo as fases cirúrgicas. 
Assista aí 
1.1 ADMISSÃO OU RECEPÇÃO DO PACIENTE NO AMBIENTE HOSPITALAR 
O ato de aceitar, entrar ou ingressar em um recinto ou ambiente é chamado de admissão. Dessa 
forma, podemos dizer que a entrada ou permanência de um paciente recepcionado por um 
profissional, seja administra vo ou de saúde, em um hospital é denominado de admissão 
hospitalar. Lembrando que essa entrada ao ambiente hos l hospitalar requer adaptação, conforto 
e segurança para o paciente, seguido de cuidados da equipe mul profissional de saúde. 
Recepcionar o paciente de forma correta pode ser considerada uma estratégia relevante no 
atendimento hospitalar e, preferencialmente, deve contar com profissional treinado, habilitado e 
qualificado para que possa fornecer informações importantes referentes à permanência do paciente 
no setor de internação ou enfermaria. O enfermeiro é o profissional da equipe de saúde responsável 
por admi r o paciente nas unidades de internações no âmbito hospitalar ou unidade de saúde. 
As diversas ações administra vas e de saúde prestadas pelo enfermeiro têm por obje vo o cuidado 
ou assistência integral ao paciente, englobando a esfera sica, mental e espiritual – conforme a 
preconização de um atendimento holís co e humanizado (LAUTERT; ZINI; GLANZNER, 2006). 
No ato da admissão e quando o paciente es ver acomodado confortavelmente em uma unidade ou 
setor do hospital, faz-se necessário orientar o paciente e seus familiares, fornecendo informações 
das ro nas do hospital, dos horários de alimentação, da medicação, da higiene, do jejum, do 
acompanhante e do ambiente sico hospitalar, informando-se também os horários para visitas e os 
cuidados com os pertences e objetos pessoais. Além disso, é importante preparar o paciente, de 
forma integral, para o ato cirúrgico, caso necessite. 
Cada ser humano é único, individual, par cular, e apresenta situações ou circunstâncias de saúde 
específicas. É comum o profissional enfermeiro perceber que, ao se aproximar o momento da 
intervenção cirúrgica, o paciente sente-se atemorizado e estressado, não só pelo setor do centro 
cirúrgico e seus componentes como equipamentos, paramentação da equipe e pessoas estranhas, 
como, também, pela recepção e abordagem inicial a unidade cirúrgica, entendendo que cada 
indivíduo reage de forma diferente aos seus receios e preocupações. 
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1.2 ADMISSÃO OU RECEPÇÃO DO PACIENTE NA CLÍNICA CIRÚRGICA 
Podemos dizer que a recepção e a permanência de um paciente na clínica cirúrgica, pré-operatório 
e pós-operatório, é denominado de admissão na clínica cirúrgica. 
As informações ou orientações de saúde nos diversos tempos cirúrgicos são diferentes. Por exemplo, 
na fase do pré-operatório, as orientações correspondem ao procedimento cirúrgico, incluindo 
cuidados gerais, específicos, necessidades biopsicossociais, bem como informações aos familiares 
do paciente e planejamento da assistênciamul profissional a serem realizados nesse período 
cirúrgico (CARVALHO, 2012). 
 
Quadro 1 - Períodos Cirúrgicos Fonte: CARVALHO, 2012 (Adaptado). 
#PraCegoVer: A imagem mostra um esquema organizacional e didá co dos períodos cirúrgicos. Fase 
pré-operatória (tomada de decisão para ocorrer a intervenção cirúrgica e transferência para o bloco 
cirúrgico), logo após fase transoperatória (ocorre a cirurgia ou intervenção cirúrgica e admissão na 
SRPA), em seguida, tem-se a fase pós-operatória (admissão na unidade da SRPA e ambiente da clínica 
cirúrgica ou domiciliar). 
Após o conforto do paciente na enfermaria e no leito se inicia o processo de enfermagem, composto 
por cinco etapas: inves gação, diagnós co, planejamento, implementação e avaliação das ações de 
enfermagem, para que ocorra a sistema zação da assistência em enfermagem no centro cirúrgico. 
Lembrando que a SAEP é priva va e exclusiva do profissional enfermeiro. 
 
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Quadro 2 - Processo de Enfermagem Fonte: COFEN, 2012 (Adapado). 
#PraCegoVer: A imagem mostra um esquema organizacional e didá co do processo de 
enfermagem. No primeiro momento, temos a inves gação (coleta de dados e obtenção de 
informação), no segundo momento, o diagnós co de enfermagem (interpretação dos dados), no 
terceiro momento, temos o planejamento de enfermagem (elaboração dos cuidados de 
enfermagem), no quarto momento, temos a implementação de enfermagem (realização prá co 
dos cuidados de enfermagem) e no quinto e úl mo, temos a avaliação de enfermagem (avalia os 
cuidados de enfermagem que foram prestados aos pacientes). 
O PE (processo de enfermagem) é sistema zado pelo enfermeiro, que tem o obje vo de prestar 
cuidados clínicos de acordo com a patologia do ser humano que se encontra internado ou vai se 
submeter a um procedimento cirúrgico. As orientações são fornecidas ao paciente, por meio do 
enfermeiro, a par r do momento da internação até a sua alta. 
Por meio da SAEP, o enfermeiro elabora um plano assistencial de cuidados de enfermagem para o 
paciente, o qual deverá ser executado pela equipe de auxiliares e técnicos de enfermagem. Esse 
plano assistencial foi elaborado de acordo com análise do diagnós co de enfermagem, avaliado pelo 
enfermeiro no momento inicial do PE, examinando-se os problemas sicos e mentais levantados, as 
necessidades afetadas e o grau de dependência do paciente. No decorrer dos dias de hospitalização, 
e de acordo com a melhora orgânica do paciente, é feito o planejamento da alta hospitalar. Neste 
momento, a família e o paciente são orientados pelo profissional médico e pelo enfermeiro para os 
cuidados de saúde necessários quando retornarem ao domicílio (MALAGUTTI; BONFIM, 2009). 
1.3 ADMISSÃO OU RECEPÇÃO DO PACIENTE NO CENTRO CIRÚRGICO 
A recepção e a permanência de um paciente, realizada pelo enfermeiro e a sua equipe, no setor do 
centro cirúrgico, correspondente ao período do transoperatório, é denominado de admissão no 
centro cirúrgico. 
É ro na de um centro cirúrgico, a elaboração diária de um mapa cirúrgico realizado pelo enfermeiro 
líder ou coordenador para organizar a demanda cirúrgica solicitada pelos médicos cirurgiões. Esse 
mapa deve conter o nome do paciente, dia, hora e o nome da cirurgia, equipamentos e 
instrumentais cirúrgicos, solicitação ou não de bolsa de componentes de hemoderivados, reserva 
no setor de unidade de terapia intensiva, preferência de sala operatória, de acordo com o porte e a 
demanda cirúrgica e o possível grau de contaminação da cirurgia (CARVALHO, 2016). 
A admissão do paciente no CC tem por obje vo prestar uma assistência humanizada 
mul profissional para reduzir, ao máximo possível, os riscos internos de desenvolver infecção 
hospitalar no ato anestésico-cirúrgico. Para isso, é preciso minimizar o grau de ansiedade do 
paciente para que ocorra uma melhor recuperação da disfunção orgânica. É importante recordar 
que cada ser humano que se submete a uma intervenção cirúrgica é único. Por isso, a necessidade 
de um planejamento diferenciado um do outro para melhor segurança de todos (KINGDON; 
NEWNAN, 2016). 
De acordo com estudo de SOBECC (2017), existe uma organização no ato da admissão do paciente 
no CC e, preferencialmente, deve ser realizado pela equipe de enfermagem, que recepciona o 
paciente com princípios é cos legais, iden ficando-o e se iden ficando. É indicado observar, 
detalhadamente, no prontuário documentos importantes como exames, registros e protocolos, 
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anotando no prontuário o horário, condições e aspectos clínicos do paciente, registrar e confirmar 
a realização dos cuidados e procedimentos pré-operatórios tais como: jejum, tricotomia, 
administração medicamentosa de pré-anestésicos, re rada e armazenamento adequado de 
próteses, adornos, entre outros objetos, registrar e comunicar à equipe médica se tem alergia 
medicamentosa ou cirurgias prévias. Todas as informações precisam ser registradas, garan ndo 
e camente o sigiloso das informações, com a finalidade de garan r seguramente o andamento das 
cirurgias. 
Todas as informações e etapas cirúrgicas têm como meta a segurança dos pacientes internados que 
serão subme dos à intervenção cirúrgica, visando minimizar as intercorrências, eventos adversos e 
a mortalidade. 
2 COMPLICAÇÕES CIRÚRGICAS E CUIDADOS PÓS-OPERATÓRIO 
Complicação cirúrgica pode ser definida como uma intercorrência ou evento inesperado em um 
procedimento ou intervenção médico cirúrgico, que não poderia ser, em geral, previsto pela equipe 
profissional médica. Normalmente, essas intercorrências ocorram após o ato cirúrgico em um 
período chamado de PO (pós-operatório). 
2.1 PÓS-OPERATÓRIO 
O período do PO se inicia no momento da admissão na SRPA e estende-se até o período após a alta 
do paciente do ambiente hospitalar. Esse período cirúrgico pode ser divido em três momentos: 
 POI (período pós-operatório) : Período operatório que tem início nas primeiras 24 horas 
após o ato cirúrgico. Pode ser considerado um período complexo e crí co, em que se deve 
ter muita atenção da equipe médica de anestesiologista e por parte da equipe de 
enfermagem. 
 POM (pós-operatório mediato) : Período operatório que tem início após as primeiras 24 
horas da cirurgia até o sé mo dia que o paciente se encontra internado, seguido de alta 
hospitalar. 
 POT (pós-operatório tardio) : Período operatório que tem início após os primeiros sete dias 
e pode durar até a úl ma avaliação médica. Geralmente, ocorre em ambiente domés co. 
Durante o POI, a equipe médica e de enfermagem precisa avaliar clinicamente e orientar o paciente 
quanto à homeostase dos diversos tecidos e órgãos do corpo, desconforto, dor e seu alívio, 
promoção e prevenção de complicações pós-operatórias, plano de cuidados adequados e sua alta 
hospitalar. 
A unidade ou setor de pós-operatório atende aos pacientes oriundos CC e SRPA e que foram 
subme dos a diversas categorias de cirurgias, de acordo com a necessidade e urgência. Essas 
categorias podem incluir as cirurgias de reparação de hemorragias, cálculos renais, catarata, hérnias 
simples e cirurgias plás cas, bem como cirurgias para alívio ou correção orgânica e até para 
diagnós co de doenças (SMELTZER; BARE, 2005).

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