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Análise do Relatório de Supervisão Comportamental do BCV V seminário GTAEDES REGULAÇÃO DOS MERCADOS E CONCORRÊNCIA 1 SUMÁRIO Enquadramento do objeto da regulação e objetivo Enquadramento do objeto da regulação e objetivo Intervenção do Estado no âmbito da eficiência Intervenção do Estado no âmbito da eficiência Intervenção do Estado no âmbito da estabilidade Instrumentos de intervenção económico-sociais do Estado Implicações “teóricas” da intervenção Objeto da Regulação: As atividades de supervisão do setor bancário, segurador e atividades de educação financeira . Enquadramento do objeto da regulação e objetivo se pretende alcançar Objetivo: O objetivo principal da supervisão comportamental é analisar e avaliar o comportamento e a conformidade das instituições financeiras e entidades reguladas em relação às regulamentações, diretrizes e normas estabelecidas pelo Banco de Cabo Verde (BCV). Essas regulamentações podem abranger várias áreas, incluindo a conduta de negócios, a proteção do consumidor, a integridade do mercado e a conformidade regulatória. Avaliar se as instituições financeiras e entidades reguladas estão cumprindo adequadamente as regulamentações estabelecidas pelo BCV. Identificar áreas em que podem ocorrer não conformidades e comportamentos inadequados. Garantir que as instituições financeiras atendam aos padrões éticos e regulatórios para proteger os interesses dos consumidores, manter a estabilidade do sistema financeiro e promover a integridade do mercado. Identificar áreas em que melhorias podem ser necessárias para garantir o cumprimento contínuo das regulamentações e a conduta adequada. Objetivo Principal: Razões que justificam a intervenção pública na economia Em 1º lugar: A eficiência Por razões de melhor afetação de recursos segundo o critério de eficiência de Pareto. O primeiro fundamento da intervenção do Estado numa Economia – corrigir as falhas de mercado. Em 2º lugar: A equidade Melhorar a justiça social/distributiva e assegurar uma melhor igualdade de oportunidades, promover o acesso de todos os bens e serviços essenciais. A intervenção do Estado na economia tem como objetivo garantir: Em 3º lugar: A estabilidade Prevenir situações de instabilidade ou a minimizar os seus efeitos sobre a vida económica e social, isto é, evitar e corrigir todo e qualquer desequilíbrio do mercado. O mercado nem sempre funciona de forma eficiente, surgindo, por vezes, ineficiências ou falhas de mercado. A economia quando entregue ao funcionamento espontâneo dos mecanismos de mercado assenta num ponto ineficiente, ou seja, pontos onde não está a ser maximizada a utilidade dos recursos. Constituem falhas de mercado: Existência de mercados de concorrência imperfeita Como é o caso dos monopólios, em que existe um única empresa a oferecer o bem ou serviço que, impedindo a formação do preço de equilíbrio, anulam a concorrência. Continue acompanhando… Intervenção do Estado no âmbito da eficiência Repor a concorrência ou a evitar a concentração e formação de monopólios. Impacto que a ação de um agente económico tem sobre o bem-estar de outros que não participem nessa ação. As externalidades estão associadas a um custo não só económico mas também social. Podem ser positivas como é o caso das descobertas e invenções realizadas por cientistas, das quais vêm a beneficiar muitas pessoas ou negativas como é o caso da poluição ambiental provocada pelas fábricas. Existências de externalidades Constituem falhas de mercado – continuação… Incentivar a sua produção ou consumo (no caso de a externalidade ser positiva) ou De desincentivar (no caso de a externalidade ser negativa). Continue acompanhando… Bens que devido às suas características não apresentam oferta privada. Os bens públicos apresentam as características de não rivalidade, ou seja, se alguém usufrui do bem não pode impedir outro de usufruir dele também e de não excluibilidade, ou seja, não se pode impedir o acesso de qualquer pessoa a esse bem (defesa e segurança do pais; iluminação publica; pesquisa cientifica). Existência de bens públicos Constituem falhas de mercado – continuação… Dadas estas características, este tipo de bens não se apresenta atrativo para a iniciativa privada, resultando numa falha de mercado. O Estado deve, assim, intervir, no sentido de assegurar a sua oferta. Continue acompanhando… Constituem falhas de mercado – continuação… Existência assimetria de informação ocorre quando uma parte de uma transação tem mais acesso à informação relevante do que outra. Continue acompanhando… A existência dessa assimetria faz com que os agentes econômicos não aloquem seus recursos da maneira mais eficiente possível, ou seja, em um cenário first-best. Isso ocorre devido à incerteza em relação ao comportamento do outro agente envolvido na troca, e assim, sobre o retorno esperado da transação. Por isso, um indivíduo pode estar disposto a abrir mão da eficiência alocativa para minimizar o risco e a incerteza da troca. O Estado pode intervir de várias formas oferecendo serviço público para quem não pode pagar, ou melhorando o grau de informação da população. Continue acompanhando… Falhas de mercado Intervenção Concorrência imperfeita Decreto-lei n.º21/2022, de 10 de junho - cria a Autoridade da Concorrência, definindo as suas atribuições, organização e funcionamento. Ex. Eletra, ADS Monopólios, oligópolios Concorrência desleal Externalidades negativa ex. poluição ambiental, fumo de cigarro Proíbição importação de plástico de utilização única Lei nº 99/VIII/2015, de 27 de Agosto, que proibe a produção, importação, comercialização e utilização de sacos de plástico para a embalagem de mercadorias, que não sejam reutilizáveis Externalidades positivo Resolução nº 18/2021 que aprova o Plano Nacional de Introdução e Vacinação contra a COVID-19. ex. educação, progresso científico, vacinação Bens públicos - serviços públicos (ex. iluminação, água, saneamento básico) bens públicos (ex. educação, justiça, segurança) Ineficiência na oferta de certos bens A oferta é garantida pelo Estado através dos bens públicos Decreto-Lei nº 3/2019 - cria a entidade reguladora independente da saúde Decreto-Lei nº 50/2018 - cria a agência reguladora Multisetorial da economia. Assemetria de informação - Aviso n.º 03/2014 de 17 de Outubro Supervisão Comportamental Lei n.º 51/V/98, de 11 de Maio Cria a Bolsa de Valores de Cabo Verde - Lei nº 88/V/98 de 31 de Dezembro - Lei aprova o regime jurídico de protecção e defesa dos consumidores ex. livro de reclamações tem por base a preocupação com um melhor exercício da cidadania Exemplos de intervenção do Estado nas falhas de mercado: O critério de eficiência de Pareto é “individualista”. Reflexão... Há, por vezes, conflitos entre equidade e eficiência Diz respeito somente ao bem-estar de cada indivíduo e não ao bem-estar relativo de indivíduos diferentes. isto é, não diz respeito à desigualdade diretamente É somente a percepção individual de seu próprio bem-estar Devido a esta caraterística, a eficiência pode ser um obstáculo a plena equidade. Continue acompanhando… Intervenção do Estado no âmbito da equidade A repartição primária do rendimento - repartição operada pelo mercado gera situações de desigualdade económica e social Intervenção do Estado Justiça social Redistribuição do rendimento Corrigir a redistribuição efetuada pelo mercado e garantir alguma equidade social. Para evitar a existência de situações de desigualdades económicas e sociais, o Estado, orientado por princípios de justiça social, deverá garantir uma maior equidade entre os cidadãos, efetuando assim uma redistribuição dos rendimentos. O Estado deve assim assegurar a todos os cidadãos o acesso a bens essências e a condições de vida com dignidade. Intervenção do Estado no âmbito da estabilidade Nas economias reguladaspelo mercado ocorrem, por vezes, situações de instabilidade Por exemplo desemprego, aumento de preços, quebra na produção, inflação Para evitar situações de instabilidade, o Estado deve intervir como estabilizador implementando medidas de combate ao desemprego e à inflação, de criação de emprego ou para equilibrar as contas externas, garantindo assim a estabilidade. Intervenção do Estado prevenir situações de instabilidade ou minimizar os seus efeitos. Ao Estado compete agir (regular), promover o desenvolvimento económico(dinamizar), verificar como são aplicadas as normas (fiscalizar) e, para que tudo decorra como o previsto planificar as ações futuras. Para alcançar a equidade, a estabilidade e a eficiência, o Estado utiliza um conjunto de instrumentos de intervenção: Instrumentos de intervenção económico-sociais do Estado Planeamento Políticas Económicas e socias Orçamento do Estado Instrumentos de intervenção económico-sociais do Estado Planeamento Através do planeamento o Estado fixa um conjunto de objetivos económico-sociais que pretende alcançar em diferentes períodos de tempo, a longo, médio e a curto prazos. O Estado conduz o país de acordo com um plano, efetuando com rigor e de forma fundamentada, de modo a dar resposta às necessidades dos cidadãos. O Estado consegue assim integrar as iniciativas privadas com a ação do Estado. Os planos têm um caráter imperativo quando se aplicam ao setor público, sendo, por isso, obrigatórios e um caráter indicativo quando se destinam a orientar o setor privado, servindo como instrumento de apoio estratégico. O planeamento pode abarcar diferentes períodos de tempo: curto, médio e longo prazos e pode ainda ser indicativo ou imperativo. Imperativo: isto é obrigatório para todos os agentes económicos. Indicativo: ou seja de orientação para o sector público e, ao mesmo tempo serve estimulo ao sector privado. Instrumentos de intervenção económico-sociais do Estado Políticas Económicas e socias São o conjunto de atuações desenvolvidas pelo Estado nas esferas económica e social com vista a atingir objetivos previamente fixados (incentivos ao desenvolvimento, redistribuição do rendimento, realização de investimentos em infraestruturas geradoras de emprego etc.). Na maioria das vezes as políticas económicas são “indissociáveis” das sociais, apresentando-se umas diretamente relacionadas com as outras. Ao definir políticas económicas e sociais o Estado pretende: garantir uma melhor afetação dos recursos; regulamentar a atividade económica; intervir na repartição do rendimento. Instrumentos de intervenção económico-sociais do Estado Políticas Económicas e socias Etapas de construção de uma politica económica: Diagnóstico da situação Formulação de objetivos Escolha de instrumentos Implementação das medidas tomadas Avaliação Exemplos de políticas económico-sociais fiscal monetária de preços de redistribuição do rendimento de educação As políticas económicas e sociais podem ser estruturais, quando têm como objetivo alterar as condições de funcionamento da economia ou conjunturais se pretendem corrigir situações de desequilíbrio que vão ocorrendo na economia. Instrumentos de intervenção económico-sociais do Estado Políticas Monetárias Objetivo: manutenção da estabilidade de preços e a promoção da utilização dos recursos económicos na sua capacidade máxima, Svensson (2011). Principais instrumentos: Enquadramento do crédito (limite de crédito no país) Operações de mercado aberto (comprando e vendendo divida pública para alterar a moeda em circulação) Reservas obrigatórias Fontes: https://centraldoinvestidor.com/politica-monetaria-o-que-e-e-como-isso-afeta-sua-vida/ Instrumentos de intervenção económico-sociais do Estado Orçamento do Estado O Orçamento do Estado é o principal instrumento da política económica e financeira de Cabo Verde. Nele consta o nível de receitas a obter e os limites de despesas autorizados, em cada ano fiscal, para todos os serviços, institutos públicos, fundos autónomos, segurança social e autarquias locais. O Orçamento do Estado é um contrato firmado entre o Governo e a sociedade civil, aprovado pela Assembleia Nacional, em representação do povo. O contrato é oficializado através de uma lei, que é publicada em B.O. e que incorpora a autorização do Governo em cobrar impostos e taxas para que em contrapartida disponibilize educação, saúde, segurança, infraestrutura, transporte, justiça e promova o desenvolvimento da economia em geral. Instrumentos de intervenção económico-sociais do Estado Orçamento do Estado As receitas arrecadadas são utilizadas em serviços e ações visando uma sociedade mais justa e equilibrada, traduzindo-se em Despesas do Estado. O Orçamento do Estado pretende o equilíbrio entre as receitas arrecadadas e as necessidade prioritárias da população. As necessidades são ilimitadas, mas os recursos são limitados A assimetria de informação pode influenciar a determinação de preços em vários contextos econômicos. Quando há assimetria de informação, uma das partes em uma transação possui informações mais completas ou mais precisas do que a outra parte, o que pode afetar as decisões de preços e as condições de mercado. A seguir, estão algumas maneiras pelas quais a assimetria de informação pode afetar a determinação de preços: Seleção Adversa Risco Moral Seleção Adversa A seleção adversa ocorre quando uma parte com informações incompletas ou limitadas toma decisões com base em características que são desconhecidas ou mal compreendidas pela outra parte. Isso pode levar a preços inadequados ou a decisões de transações não eficientes. Por exemplo temos investimentos em ativos os gestores de ativos que administram fundos de investimento podem enfrentar o problema da seleção adversa se não tiverem informações completas sobre as estratégias de investimento dos investidores. Isso pode afetar a capacidade do gestor de tomar decisões de investimento apropriadas. Risco Moral: O risco moral ocorre quando uma das partes, após a transação, toma ações que não podem ser monitoradas pela outra parte devido à assimetria de informação. Isso pode resultar em preços mais altos e condições contratuais mais restritivas. Por exemplo, em contratos de empréstimos, os mutuários podem assumir riscos adicionais após a concessão do empréstimo, uma vez que o credor não pode monitorar suas ações. “dependem da forma como ela é materializada e dos instrumentos utilizados.” Implicações “teóricas” da intervenção Política Monetária: Implicações Teóricas: A intervenção do BCV na política monetária, como a definição das taxas de juros, pode afetar a oferta de dinheiro, a inflação e o crescimento econômico. Observação nos Dados: Os dados econômicos, como as taxas de juros, a oferta de dinheiro (M1 e M2) e as taxas de inflação, podem mostrar como as ações do BCV afetam a economia. Taxa de Câmbio: Implicações Teóricas: Intervenções na taxa de câmbio, como compra ou venda de moeda estrangeira, podem influenciar a taxa de câmbio nominal e real, afetando o comércio internacional e a competitividade das exportações. Observação nos Dados: Os dados de taxas de câmbio e balança comercial podem revelar como as intervenções do BCV impactam as transações internacionais. Estabilidade Financeira: Implicações Teóricas: Intervenções para garantir a estabilidade financeira podem incluir medidas para evitar crises bancárias, regulamentações para proteger os depositantes e salvamentos de instituições financeiras em dificuldades. Observação nos Dados: A análise de dados financeiros e relatórios de estabilidade financeira pode mostrar se as intervenções do BCV estão mantendo a estabilidade do sistema financeiro. “dependem da forma como ela é materializada e dos instrumentos utilizados.” Implicações “teóricas” da intervenção Crescimento Econômico: Implicações Teóricas: Políticas de estímulo econômico, como redução das taxas de juros ou aumento dos gastos públicos, podem ser usadas pelo BCV para impulsionar o crescimentoeconômico. Observação nos Dados: O crescimento do Produto Interno Bruto (PIB), os investimentos e a criação de empregos são indicadores econômicos que podem refletir os resultados das intervenções do BCV. Distribuição de Renda e Desigualdade: Implicações Teóricas: Intervenções podem ter implicações na distribuição de renda e desigualdade. Por exemplo, políticas de transferência de renda podem ser parte das intervenções para reduzir a desigualdade. Observação nos Dados: Estudos sobre desigualdade de renda e distribuição de benefícios sociais podem ajudar a entender o impacto das políticas do BCV na sociedade. Confiança do Investidor e Consumidor: Implicações Teóricas: A forma como as políticas econômicas são comunicadas e implementadas pode influenciar a confiança dos investidores e consumidores. Observação nos Dados: Pesquisas de confiança do consumidor e do empresariado são conduzidas regularmente e podem mostrar como as pessoas percebem a economia em resposta às intervenções do BCV. Implicações “teóricas” da intervenção Política Monetária: Por exemplo, se o BCV reduz as taxas de juros, isso pode levar a um aumento na oferta de dinheiro e potencialmente estimular o crescimento econômico. Taxa de Câmbio: Se o BCV vender moeda estrangeira, isso pode levar a uma apreciação da moeda nacional, afetando as exportações. Estabilidade Financeira: Por exemplo, observar as taxas de inadimplência, o capital regulatório dos bancos e os relatórios de risco bancário pode ajudar a avaliar a estabilidade financeira. Crescimento Econômico: Um aumento no PIB e nos investimentos após a implementação de políticas de estímulo pode indicar que as intervenções estão promovendo o crescimento econômico. Parte superior do formulário Distribuição de Renda e Desigualdade: Se essas políticas estão reduzindo a desigualdade, isso pode ser observado nas estatísticas de distribuição de renda e na melhoria das condições de vida das camadas menos favorecidas da população. Confiança do Investidor e Consumidor: Se a confiança do investidor e do consumidor aumentar após a implementação de políticas econômicas, isso pode indicar que as intervenções estão gerando otimismo e, possivelmente, um aumento nos investimentos e no consumo. Que outros mecanismos são utilizados tornar a política eficiente? Eficiência alocativa: é um estado da economia no qual a produção está alinhada com as preferências do consumidor; em particular, todo bem ou serviço é produzido até o ponto em que a última unidade forneça um benefício marginal aos consumidores igual ao custo marginal de produção. Eficiência econômica: é a ideia de que é impossível melhorar a situação de uma certa parte sem impor um custo sobre outra. Se a situação é economicamente ineficiente, se torna possível beneficiar pelo menos uma das partes sem impor custos sobre as outras. Eficiência administrativa: significa que o gestor público deve gerir a coisa pública com efetividade, economicidade, transparência e moralidade visando cumprir as metas estabelecidas. Eficiência técnica: ocorre quando a economia está operando na sua fronteira de possibilidades de produção. Isso acontece quando a produção de um bem é obtida ao menor custo possível, dadas a produção do outro bem. Exemplo de política eficiente Moratória de credito; Redução de taxa de incidência de BCV; Investimento no programa de Educação(isenção de propinas nas escolas Públicas). Na nossa opinião é justificada porque através do regulamento criados pela entidade publica e estadual no controlo e vigência do setor econômico. A intervenção é justificada? Continue acompanhando… Análise de custo e benefício social da intervenção Com o objetivo de corrigir as imperfeições e lacunas de um mercado imperfeito ou incompleto, a regulação de um setor econômico deve buscar eficiência na gestão de custos, aproximando-se assim do ideal de concorrência perfeita. Em outras palavras, a eficiência representa o padrão da concorrência ideal. Assim é possível argumentar que a intervenção do Estado pode ser justificada: Primeiro, os mecanismos de regulação, como o Return on Rate Base (RoR), têm como objetivo principal promover a eficiência econômica. Eles incentivam as empresas reguladas a serem mais eficientes na produção e a controlarem seus custos. Isso pode levar a uma melhor alocação de recursos no setor regulado, o que beneficia toda a sociedade. Continue acompanhando… Análise de custo e benefício social da intervenção Além disso, mecanismos como o Limite de Preço são mais transparentes para os consumidores. Isso significa que os consumidores podem entender melhor como os preços são determinados e, portanto, tomar decisões mais informadas sobre seus gastos. A regulação também pode incentivar a inovação nas empresas reguladas,especialmente quando se trata de redução de custos e melhoria na qualidade dos serviços. Isso é positivo para a sociedade, pois leva a melhores produtos e serviços. Outro ponto importante é a prevenção de lucros excessivos por parte das empresas reguladas. A regulação, incluindo o RoR, ajuda a garantir que essas empresas não obtenham lucros injustificados à custa dos consumidores. A alocação de custos é um desafio, mas os mecanismos regulatórios podem ajudar a evitar distorções na distribuição de custos entre diferentes atividades, o que é benéfico para a economia como um todo. Continue acompanhando… Análise de custo e benefício social da intervenção Por fim, a regulação permite que as empresas reguladas se adaptem às condições em constante mudança do mercado. Isso garante que os preços e práticas estejam alinhados com as necessidades econômicas em evolução. No entanto, é importante mencionar que existem desvantagens, como o aumento dos custos de capital e o risco de desincentivar a inovação em alguns casos. Continue acompanhando… Análise de custo e benefício social da intervenção Exemplo: ELECTRA,SA Por ser monopólio tem poder no mercado, a ausência de regulação resulta em preços elevados e baixa qualidade dos serviços, prejudicando os consumidores. A intervenção do Estado é justificada pela necessidade de promover eficiência, transparência e inovação, além de evitar lucros excessivos e distorções na alocação de custos. A regulação permite que a Electra S.A se adapte às mudanças do mercado, protegendo os interesses dos consumidores e garantindo um funcionamento mais eficiente e equitativo do setor elétrico. Nesse caso, a intervenção do Estado visa garantir um equilíbrio econômico-financeiro para os operadores e a sustentabilidade dos serviços públicos de energia elétrica. A atualização das tarifas leva em consideração a evolução dos preços dos combustíveis, a persistência dos efeitos da crise mundial e a necessidade de proteger os interesses dos consumidores. Essa ação regulatória demonstra como a intervenção do Estado é fundamental para assegurar o funcionamento adequado e a acessibilidade dos serviços essenciais à população. Para avaliar a eficácia da intervenção é necessário considerar vários fatores, incluindo: Conformidade Regulatória: A medida em que as instituições financeiras em Cabo Verde cumprem as regulamentações e recomendações emitidas pelo BCV. Uma alta taxa de conformidade pode ser um indicativo positivo. Proteção do Consumidor: A capacidade da supervisão em proteger os interesses dos consumidores bancários, incluindo a transparência de produtos financeiros, a prevenção de práticas enganosas e a resolução eficaz de reclamações. Estabilidade Financeira: A capacidade da supervisão em manter a estabilidade do sistema financeiro, prevenindo crises bancárias e promovendo a resiliência das instituições financeiras. Prevenção de Atividades Ilícitas: A eficácia da supervisão em identificar e prevenir atividades ilícitas, como a lavagem de dinheiro e fraudes, que possam ocorrer no setor bancário. Eficiência da intervenção vs objetivos da intervenção e efeitos colaterais Práticas Éticas e Responsabilidade Corporativa: A supervisão deve incentivar práticas éticas eresponsabilidade social corporativa no setor financeiro. Feedback de Stakeholders: A percepção das instituições financeiras, consumidores e outros stakeholders sobre a eficácia da supervisão comportamental. Indicadores Econômicos: A influência da supervisão comportamental nas condições econômicas em Cabo Verde, incluindo o acesso ao crédito, investimentos e crescimento econômico. Concorrência no Setor: A supervisão também pode afetar a concorrência no setor bancário. É importante avaliar se a supervisão incentiva uma competição justa e eficaz. Eficiência da intervenção vs objetivos da intervenção e efeitos colaterais Existem efeitos colaterais positivos associados a essa supervisão, que podem incluir: Proteção do Consumidor Confiança no Sistema Financeiro Estabilidade Financeira Prevenção de Fraude e Lavagem de Dinheiro Desenvolvimento de Práticas Éticas Inovação Responsável Redução de Reclamações de Consumidores Acesso a Serviços Financeiros Desenvolvimento Econômico Concorrência Justa Existem efeitos colaterais negativos associados a essa supervisão, que podem incluir: Custos Adicionais para as Instituições Financeiras Restrições à Inovação Complexidade Burocrática Restrições de Empréstimos Reputação e Confiabilidade Necessidade de Recursos e Tempo Adicionais Conformidade Complexa e Difícil Encerramento de Instituições Financeiras Impacto na Inclusão Financeira A sabedoria suprema é ter sonhos bastante grandes para não se perderem de vista enquanto os perseguimos. (FAULKNER, William, 1929) Obrigado!
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