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BRIÓFITAS Características gerais As briófitas (do grego bryo, musgo; phyton, planta) são plantas terrestres que evoluíram das algas verdes. São seres pluricelulares, eucariontes, autótrofos fotossintetizantes, aeróbios, criptógamos (do latim crypto, escondido; gamae, gametas), isto é, suas estruturas produtoras de gametas, os gametângios, não são aparentes ou são pouco visíveis. Não formam flores nem sementes. São atraqueófitas (avasculares), ou seja, não apresentam tecidos ou vasos condutores de seiva. Nas briófitas, o transporte de substâncias é feito por difusão de célula a célula. Esse transporte é lento e, por isso, determinante do pequeno porte que essas plantas atingem no ambiente terrestre. Caso fossem de estatura maior, as células mais distantes do solo, que é o local de onde são retirados os nutrientes, morreriam antes de recebê-los. Em geral, possuem apenas alguns milímetros, sendo que as de maior porte raramente ultrapassam os 20 cm de comprimento. Em sua maioria, são espécies terrestres que vivem, preferencialmente, em ambientes úmidos e sombreados, uma vez que são muito suscetíveis à dessecação. Nas matas tropicais, as briófitas são muito abundantes, formando uma cobertura densa, que lembra um aveludado tapete verde sobre pedras, troncos das árvores, barrancos e solos úmidos. Algumas espécies são aquáticas e dulcícolas, sendo encontradas submersas ou flutuando sobre as águas. Não existem espécies marinhas. Musgos Rizoide Cauloide Filoide Hepáticas Antóceros Talo Diversidade de briófitas. Algumas briófitas, como as hepáticas talosas e os antóceros, são ainda muito semelhantes às algas, tendo o corpo formado por um talo, sem órgãos diferenciados, isto é, sem raízes, caule e folhas diferenciados; outras, como os musgos e as hepáticas folhosas, já possuem estruturas diferenciadas rudimentares, denominadas rizoides, cauloides e filoides, que desempenham funções semelhantes às das raízes, dos caules e das folhas verdadeiros. OBSERVAÇÃO Alguns autores utilizam para as briófitas os termos rizoides, caule e folhas; outros, entretanto, preferem os termos rizoides, cauloide e filoides, em função da ausência de tecidos vasculares (vasos condutores de seiva) nessas estruturas. Reprodução A reprodução das briófitas normalmente se faz por metagênese, isto é, alternância de gerações sexuada e assexuada. Vejamos, como exemplo, o ciclo de reprodução de um musgo. Nos musgos, a geração gametofítica (gametófito) é a mais desenvolvida e é autótrofa, e a geração esporofítica (esporófito) é reduzida, heterótrofa, vivendo sobre o gametófito feminino e dependendo dele para a própria nutrição. A rq ui vo B er no ul li MÓDULO 18 FRENTE C 93Bernoulli Sistema de Ensino BIOLOGIA Briófitas e Pteridófitas Rizoide Cauloide Filoide Gametófito masculino (n) Gametófito feminino (n) Esporófito (2n) Gametófitos do musgo. Ao contrário das algas, nas briófitas, os gametângios (órgãos formadores de gametas, presentes nos gametófitos) apresentam uma camada de células estéreis, as quais são protetoras, uma vez que revestem as células que produzem os gametas. Esse revestimento é mais uma adaptação das plantas ao meio terrestre. Os gametângios masculinos, denominados anterídios, localizam-se no ápice do gametófito masculino. Nos anterídios, por mitose, são produzidos os anterozoides (gametas masculinos). Os anterozoides das briófitas são biflagelados e dependem de um meio líquido para sua locomoção. Esse é mais um fator que limita o desenvolvimento dessas plantas a ambientes úmidos. Os gametângios femininos, denominados arquegônios, localizam-se no ápice dos gametófitos femininos. No interior de cada arquegônio, existe apenas uma oosfera (gameta feminino), que é imóvel. Gametófito masculino Gametófito feminino (n) (n) Arquegônios Anterídeo Célula estéril Células produtoras de gametas Colo Célula estéril Células colares do canal Célula central do canal Ventre Arquegônio (gametângio �) Ápice da planta � com arquegônios Ápice da planta � com anterídeo Na época da fecundação, as células do colo se degeneram, deixando um canal cheio de líquido que exerce atração química sobre os anterozoides. Oosfera (gameta ) Oosfera (gameta ) Anterozoide (gameta ) Anterídeo (gametângio ) A rq ui vo B er no ul li A rq ui vo B er no ul li Para ocorrer a fecundação, o anterozoide (gameta masculino) sai do anterídio (gametângio masculino) e, nadando, chega ao arquegônio (gametângio feminino), onde encontra a oosfera (gameta feminino). Oosfera Anterozoides AnterídioArquegônio Arq ui vo B er no ul li A fim de exemplificar o ciclo de vida de uma briófita, veremos o ciclo de vida de um musgo pertencente ao gênero Polytrichum, comumente encontrado sobre barrancos. Nesse gênero, os gametófitos são dioicos, isto é, possuem sexos separados. Assim, existem gametófitos masculinos e gametófitos femininos. Veja o esquema a seguir: Cápsula Cápsula Caliptra Opérculo Oosfera (n) Embrião (2n) Anterozoides (n) Arquegônio (n) com embrião (2n) Fecundação e divisão Peristômio Haste Pé Es po ró fit o (2 n) Cápsula sem caliptra Cápsula sem o opérculo Cápsula sem o opérculo Esporos sendo eliminados GametófitoGametófito (n) Gametófito (n) Ciclo de vida de um musgo. Os gametófitos são haploides (n) e, em seus gametângios, por mitose, são formados os gametas (n). A fecundação ocorre por ocasião de chuvas ou garoas, cujas gotas-d’água, ao atingirem o ápice do gametófito masculino, fazem com que os anterozoides (gametas masculinos) sejam lançados, juntamente a borrifos de água, para fora da planta. Se esses anterozoides caírem no ápice de um gametófito feminino, onde já existe água acumulada, nadam em direção à oosfera, localizada no arquegônio (gametângio feminino), atraídos, provavelmente, pelo líquido que se forma no canal do arquegônio. O anterozoide, atingindo a oosfera, fecunda-a, originando um zigoto (2n). Esse zigoto se desenvolve no interior do arquegônio e, portanto, no ápice do gametófito feminino. Do desenvolvimento desse zigoto forma-se um embrião (2n), que dará origem ao esporófito (2n). Dessa forma, o esporófito se desenvolve no ápice do gametófito feminino. Esse esporófito é formado por um pé (porção basal), por uma haste longa e delicada e por uma cápsula, no interior da qual, por meiose, são formados os esporos (n). Essa cápsula, então, é o esporângio (local do esporófito onde são formados os esporos) dos musgos. Revestindo externamente essa cápsula, existe um capuz, denominado caliptra, constituído por células haploides, originárias dos tecidos haploides do arquegônio que permanece sobre a cápsula. Ao cair, a caliptra expõe o ápice da cápsula, onde existe o opérculo. Este, ao cair, expõe a abertura da cápsula, que apresenta uma estrutura denominada peristômio. O peristômio é um anel de segmentos dentiformes, situados ao redor da abertura da cápsula, os quais auxiliam na expulsão dos esporos. Os esporos, ao caírem em um substrato favorável, germinarão, por mitose, dando origem a um conjunto de filamentos denominado protonema, constituído por células haploides (n). A partir do protonema, por mitose, originam-se novos gametófitos. A rq ui vo B er no ul li Frente C Briófitas e PteridófitasMódulo 18 B IO LO G IA 9594 Bernoulli Sistema de EnsinoColeção 6V As turfeiras No grupo das briófitas, encontramos os esfagnos, musgos do gênero Sphagnum que funcionam como verdadeiras esponjas, já que têm grande capacidade de absorver e reter água. Além de produzirem substâncias bactericidas e fungicidas, as águas onde normalmente essas plantas crescem são bastante ácidas, o que dificulta a decomposição. Assim, com o passar do tempo, as plantas mortas originam camadas escuras que vão se compactando, formando os depósitos de turfa, as turfeiras. As turfeiras, portanto, são formadas por matéria vegetal parcialmente decomposta, encontradas em terrenos alagadiços (charcos, pântanos)e que podem formar camadas de vários metros de espessura e quilômetros de extensão. Em muitas regiões da Alemanha, da Inglaterra e da Escandinávia, existem grandes depósitos de turfas. As turfas são muito utilizadas em agricultura para melhorar a capacidade de retenção de água no solo, além de fornecerem nutrientes diversos para as plantas cultivadas. Quando secas, são muito utilizadas como combustível para aquecimento doméstico, substituindo, em certos casos, a lenha ou o carvão. PTERIDÓFITAS Características gerais As pteridófitas (do grego pterion, feto; phyton, planta) são as primeiras traqueófitas (plantas que possuem vasos condutores de seiva, isto é, plantas vasculares). Assim, possuem um sistema de transporte eficiente com tecidos especializados na condução e distribuição de água, minerais e substâncias orgânicas entre os órgãos vegetais. A aquisição desse sistema condutor foi uma das mais importantes adaptações das plantas ao ambiente terrestre e aparece pela primeira vez na escala evolutiva em pteridófitos. A presença de vasos lenhosos (xilemáticos) e vasos l iberianos (floemáticos) possibi l itou um desenvolvimento maior no porte dessas plantas no ambiente terrestre. Apresentam as seguintes características gerais: são pluricelulares, eucariontes, autótrofas e aeróbias; traqueófitas (vasculares); criptógamas, ou seja, não formam flores e, consequentemente, não produzem sementes; cormófitas, isto é, possuem órgãos diferenciados e especializados em determinadas funções. Seus órgãos são raízes, caules e folhas com cutícula protetora e estômatos; tipicamente terrestres, vivendo, preferencialmente, em locais úmidos e sombrios, existindo, entretanto, algumas espécies aquáticas (dulcícolas). Algumas espécies são epífitas, isto é, crescem sobre outras plantas sem prejudicá-las. As pteridófitas podem ser subdivididas em três grupos principais: licopodíneas, equisetíneas e filicíneas. SelaginellaLicopodium Equisetum A rq ui vo B er no ul li Licopodíneas – São pteridófitas cujo aspecto se assemelha ao dos musgos. Os principais representantes pertencem aos gêneros Lycopodium e Selaginella. Equisetíneas – São pteridófitas que possuem caules articulados com nós e entrenós. As folhas são pequenas e nascem nos nós. Os principais representantes são os do gênero Equisetum, conhecidos também por cavalinhas ou rabo-de-cavalo. Entre as filicíneas terrestres, existem espécies de caule aéreo, ereto e com folhas bem desenvolvidas, como a samambaiaçu, frequente em florestas tropicais. Folha Caule Filicíneas – São as pteridófitas que apresentam o maior número de espécies (cerca de 9 mil). Possuem grande diversidade de formas e de habitat. A maioria vive em ambiente terrestre, embora existam algumas espécies aquáticas (Salvinia e Azolla). O Samambaiaçu é uma pteridófita arborescente que pode apresentar, na base de seu caule ereto, uma trama de raízes adventícias de grande volume. Essa trama, conhecida popularmente por xaxim, era muito utilizada como vaso para diferentes tipos de plantas ornamentais. Atualmente está ameaçado de extinção. A rq ui vo B er no ul li Báculo Avenca Báculo Rizoma Samambaia Raízes Samambaias e avencas – São filicíneas terrestres de porte intermediário, muito utilizadas como plantas ornamentais. São muito comuns em florestas temperadas e tropicais e possuem caule do tipo rizoma (caule subterrâneo que cresce paralelamente à superfície do solo). As folhas jovens das filicíneas têm o ápice enrolado em função do maior crescimento inicial da face superior da folha em relação à inferior. Essas folhas recebem o nome de báculo. Muitas filicíneas são epífitas, isto é, crescem sobre o tronco de outras plantas sem prejudicá-las. É o caso, por exemplo, da Platycerium alcicorne, popularmente conhecida por chifre-de-veado. Folha assimiladora Folha coletora Árvore hospedeira Platycerium alcicorne – Uma filicínea epífita conhecida popularmente como chifre-de-veado. A planta possui folhas coletoras, circulares, que se fixam ao tronco, e folhas assimiladoras ramificadas. O Platycerium alcicorne, como as demais epífitas, utiliza outras plantas apenas como suporte, tendo nutrição independente. Reprodução Apesar de já terem conseguido mais independência do que as briófitas em relação ao meio aquático, as pteridófitas ainda necessitam da água para a reprodução, uma vez que os seus anterozoides (gametas masculinos) precisam de um meio líquido para se deslocarem ao encontro das oosferas (gametas femininos). Dessa forma, a vegetação de pteridófitas é mais abundante em locais úmidos, embora existam espécies que vivam em regiões áridas. Nesse caso, entretanto, as plantas permanecem em estado de vida latente quando as condições do meio se tornam desfavoráveis. A rq ui vo B er no ul li A reprodução das pteridófitas normalmente se faz por metagênese (alternância de gerações). No ciclo de vida haplôntico-diplôntico (haplodiplobiôntico) das pteridófitas, ao contrário do que acontece nas briófitas, o esporófito (2n) é a fase mais desenvolvida e duradoura, e o gametófito (n), também chamado de protalo, constitui a fase temporária de menor duração. Assim como nas briófitas, as pteridófitas possuem gametângios (anterídios e arquegônios) revestidos e protegidos por células estéreis e apresentam oogamia. O esporófito, dependendo da espécie, produz esporos de tamanhos iguais ou de tamanhos diferentes. Quando os esporos são iguais, a pteridófita é dita isosporada; quando têm tamanhos diferentes, a pteridófita é heterosporada. Nas heterosporadas, os esporos maiores são chamados de megásporos, e os menores, micrósporos. Soro Arquegônio com embrião (2n) Início da formação do protalo Esporófito Esporângio Fecundação Oosfera Arquegônio Anterozoide Anterídio Protalo (Gametófito) Ciclo de vida de uma pteridófita isosporada. A figura anterior representa o ciclo de reprodução da samambaia-de-metro (Polypodium sp.). O “pé” de samambaia (planta com raízes, caule e folhas) é o esporófito (2n). Suas folhas são compostas por unidades menores, chamadas folíolos. Em certas épocas do ano, na face inferior de determinados folíolos, denominados esporofilos, surgem pequenos pontos escuros, chamados soros. Cada soro é um conjunto de esporângios que, por meiose, produzem os esporos (n), que são liberados para o meio exterior onde encontrando condições favoráveis, originam um gametófito, também conhecido por protalo. Esse gametófito é monoico, isto é, possui anterídio (gametângio masculino) e arquegônio (gametângio feminino). Esse gametófito é cordiforme (tem forma que lembra um coração), possui rizoides para a fixação no substrato e, apesar de pouco desenvolvido, é clorofilado, portanto, capaz de fabricar o seu próprio alimento. Quando a maturidade sexual é atingida, os anterozoides, que são pluriflagelados, deixam os anterídios e se deslocam em direção ao arquegônio, que contém a oosfera (gameta feminino). Com a fecundação (fusão dos gametas), forma-se o zigoto (2n). Enquanto o gametófito (protalo) inicia um processo de degeneração, o zigoto se desenvolve, originando um novo esporófito, dependente do gametófito apenas nos estágios iniciais de seu desenvolvimento. Frente C Briófitas e PteridófitasMódulo 18 B IO LO G IA 9796 Bernoulli Sistema de EnsinoColeção 6V Arquegônios Anterídeos Protalo Folha Raízes Caule Soro Soro Esporângio # Samambaias – O esporófito é diploide (2n) e se origina do zigoto, e o gametófito é haploide (n) e se origina do esporo. O esporófito é assexuado e produz esporos (unidades assexuadas de reprodução), e o gametófito é sexuado e produz gametas (unidades sexuadas de reprodução). O esporófito é duradouro ou persistente (produz esporos e se mantém vivo), ao passo que o gametófito é passageiro ou temporário (após a formação do zigoto, o gametófito se degenera). Tanto o esporófito quanto o gametófito são clorofilados e, portanto, autótrofos.Podemos resumir o ciclo de vida de uma pteridófita isosporada por meio do seguinte esquema: Esporófito (2n) com esporângios R! Esporos (n) Oosfera (n) Zigoto (2n) Anterozoide (n) Gametófito ou protalo (n) monoico (com anterídeo e arquegônio) Fecundação Ciclo de vida de uma pteridófita isosporada. Em certas pteridófitas, como as do gênero Selaginella, os esporângios se encontram agrupados em ramos terminais modificados, denominados espigas ou estróbilos. Esses esporângios estão protegidos por pequenas folhas em forma de escamas. Estróbilo Selaginella Megasporângio Microsporângio Pteridófita heterosporada. A rq ui vo B er no ul li A rq ui vo B er no ul li Em um mesmo estróbilo, há megasporângios (produtores de megásporos) e microsporângios (produtores de micrósporos). A Selaginella é, portanto, uma pteridófita heteróspora ou heterosporada. Na heterosporia,os gametófitos (protalos) são dioicos, isto é, há dois tipos de protalos, um somente masculino (originário do micrósporo),outro somente feminino (originário do megásporo). O ciclo de uma pteridófita heterosporada, como o da Selaginella, pode ser resumido segundo o esquema a seguir: Esporófito (2n) com megasporângio e microsporângio Gametófito masculino (microprotalo) contendo anterídio Gametófito feminino (megaprotalo) contendo arquegônio R! R! Fecundação Megásporos (n) Micrósporos (n) Anterozoide (n)Oosfera (n) Zigoto (2n) Ciclo de vida de uma pteridófita heterosporada. Embora nas pteridófitas a reprodução se faça, normalmente, por meio da metagênese, nesse grupo de plantas também pode ocorrer reprodução apenas por processos assexuados. As pteridófitas que possuem caule do tipo rizoma (samambaias, avencas) podem apresentar reprodução vegetativa (assexuada) em função, justamente, do tipo de caule que possuem. O rizoma pode, em determinados pontos, desenvolver brotos que dão origem a novos indivíduos. Rizoma Reprodução assexuada em samambaia – A formação de brotos no rizoma origina novos indivíduos. A rq ui vo B er no ul li EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 01. (UFPR) Existem dois grupos de vegetais com as formas gerais de reprodução quase idênticas: ambos possuem gametófito (n) e esporófito (2n). Indique a correta, entre as combinações a seguir. A) As pteridófitas possuem o gametófito como fase permanente e o esporófito como fase transitória. B) As briófitas possuem o gametófito como fase permanente e o esporófito como fase transitória. C) Nas briófitas, a fase permanente é a diploide, enquanto a haploide é a transitória. D) Nas pteridófitas, a fase permanente é a haploide e a transitória, a diploide. E) Nas briófitas, tanto o gametófito como o esporófito são permanentes. 02. (UFG-GO) O ciclo de vida das pteridófitas apresenta mais adaptações ao ambiente terrestre que o das briófitas. Quanto a essas características evolutivas, julgue os itens a seguir. ( ) As briófitas estão restritas aos ambientes áridos, enquanto as pteridófitas vegetam em vários ambientes, pois são seres ricos em lignina. ( ) As pteridófitas são plantas que fazem o transporte rápido da seiva, enquanto nas briófitas o transporte é feito de célula a célula. ( ) Nas briófitas, o transporte de água e nutrientes percorre as pequenas distâncias, por difusão, por isso essas plantas têm tamanho reduzido. ( ) As pteridófitas, ao contrário das briófitas, apresentam um ciclo de vida com geração esporofítica bem desenvolvida. 03. (UFU-MG) Assinale a alternativa que completa as lacunas corretamente: Nas samambaias, os esporos que germinam crescem, formando I , em que se veem os anterídios e os arquegônios, responsáveis pelo surgimento dos anterozoides e das oosferas. Da união de um anterozoide com uma oosfera surgirá II , que, por mitose, formará III , que é a fase dominante. A) I – esporângio, II – célula-ovo, III – prótalo. B) I – esporófito, II – zigoto, III – gametófito. C) I – prótalo, II – célula-ovo, III – esporângio. D) I – gametófito, II – zigoto, III – esporófito. 04. (PUC-SP) Considere as seguintes características: I. Alternância de gerações com esporófito predominante sobre o gametófito. II. Presença de tecidos de condução. III. Ocorrência de meiose espórica. Um musgo (briófita) e uma samambaia (pteridófita) apresentam em comum A) I e II. B) II e III. C) apenas I. D) apenas II. E) apenas III. 05. (Cescem-SP) Um musgo apresenta o aspecto indicado na figura a seguir: I II Que letra da tabela a seguir indica corretamente o que representam as estruturas I e II? I II A) Gametófito feminino e haploide Esporófito diploide B) Gametófito dioico e diploide Esporófito haploide C) Gametófito masculino e haploide Esporófito diploide D) Esporófito diploide Gametófito dioico e haploide E) Esporófito haploide Gametófito feminino e haploide EXERCÍCIOS PROPOSTOS 01. (PUC Minas) São características das briófitas: A) Fase gametofítica dominante, esporófito dependente do gametófito, fecundação dependente da água. B) Fase esporofítica dominante, gametófito dependente do esporófito, fecundação dependente da água. C) Fase gametofítica dominante, esporófito independente do gametófito, fecundação independente da água. D) Fase esporofítica dominante, gametófito independente do esporófito, fecundação independente da água. E) Fase gametofítica dominante, esporófito reduzido a uma célula gamética, fecundação independente da água. Frente C Briófitas e PteridófitasMódulo 18 B IO LO G IA 9998 Bernoulli Sistema de EnsinoColeção 6V https://youtu.be/F4PzlqQstn0 https://youtu.be/VETm4rx-5I0 02. (UniEVANGÉLICA) Leia o texto e analise a figura a seguir. Durante uma excursão, promovida pela disciplina de Biologia, um aluno coletou um espécime com a seguinte descrição: 1. Foi coletado em um ambiente úmido e sombreado. 2. Estava formando um tapete verde sobre a superfície. 3. A análise do espécime através de uma lupa demonstrou o aspecto conforme esquema da figura a seguir. cápsula esporos filoide es po ró fit o ga m et óf ito cauloide rizoide haste Disponível em: <http://www.brasilescola.com/biologia>. Acesso em: 25 set. 2013. Com os dados anteriores, verifica-se que o espécime é A) um musgo (Briófita). B) um fungo (Basidiomiceto). C) uma alga (Clorofícea). D) uma avenca (Pteridófita). 03. (UFV-MG) A figura a seguir corresponde a duas plantas com parte de suas estruturas morfológicas e reprodutivas indicadas por I, II, III e IV. I II III IV Observe a representação e indique a afirmativa correta. A) As duas plantas são vascularizadas e apresentam folhas clorofiladas. B) A estrutura indicada por I é diploide e corresponde ao prótalo. C) II indica os anterozoides haploides produzidos pelo esporângio. D) III corresponde a soros 2n que produzem os esporos nas pteridófitas. E) As estruturas indicadas por IV são gametófitos haploides. 04. (UESPI) As plantas avasculares são pequenas e são comuns em ambientes sombreados. Sobre suas características reprodutivas, observe o ciclo de vida exemplificado a seguir e assinale a alternativa correta. 4 3 5 1 2 A) Na cápsula, ocorre a meiose, formando-se esporos haploides que são eliminados no solo (1). B) Cada esporo desenvolve-se formando gametófitos unicamente masculinos (2). C) Anterozoides haploides fecundam oosferas diploides (3), ocorrendo a seguir divisões meióticas sucessivas. D) O arquegônio com o embrião diploide (4) desenvolve- se formando uma estrutura haploide. E) O esporófito (5) representa a fase assexuada do ciclo reprodutivo. 05. (FAMECA-SP) Uma samambaia realiza o ciclo reprodutivo conhecido como metagênese ou alternância de gerações. Em relação à reprodução, é correto afirmar que uma samambaia produz A) gametas (oosfera e anterozoides); após a fecundação, o zigoto resultanteirá originar o gametófito chamado protalo dioico. B) soros, que são conjuntos de esporângios, onde ocorrem meioses; estas geram vários esporos que são levados pelo vento e cada um origina um protalo. C) esporângios, contendo vários esporos haploides; estes, por sua vez, são transportados pelo vento e originam esporófitos duradouros. D) esporos por meiose, que se transformam em soros; estes, por sua vez, contêm embriões, que são levados pelo vento e originam um esporófito. E) esporos por mitose, que são levados pelo vento e originam vários protalos hermafroditas; estes, por sua vez, são capazes de gerar gametas que, após a fecundação, geram vários zigotos. 06. (Unesp–2018) O musgo Dawsonia superba pertence à classe Brydae e apresenta tecidos condutores especializados, conhecidos como hadroma e leptoma, responsáveis pela condução de seiva bruta e elaborada, respectivamente. Entretanto, esses organismos não são considerados plantas vasculares, pois as paredes das células do hadroma não apresentam lignina. Disponível em: <www.criptogamas.ib.ufu.br> (Adaptação). A) Relacione os dois tecidos que conduzem as seivas nas plantas vasculares com o hadroma e com o leptoma da espécie superba. B) Cite uma vantagem da espécie superba em relação aos musgos que não apresentam hadroma e leptoma. Qual a importância da lignina para as plantas vasculares? 07. (UNITAU-SP–2016) O diagrama a seguir representa o ciclo reprodutivo dos musgos. Com o auxílio do diagrama e dos conhecimentos sobre a biologia desses organismos, assinale a alternativa incorreta com relação à reprodução das briófitas. esporófito jovem esporófito adulto esporos gametófito masculino gametófito feminino protonema anterídio arquegônio esporângios maduro A) O esporófito jovem e o adulto são diploides (2n). B) A formação dos esporos ocorre por sucessivas mitoses do esporângio maduro. C) Os gametófitos, masculino e feminino, são haploides (n). D) Anterídio e arquegônio têm característica haploide (n). E) O protonema haploide (n) é resultado de divisões mitóticas dos esporos. 08. (UFJF-MG–2016) O gênero Sphagnum (Anthocerophyta) possui espécies que são comumente chamadas musgos de turfeira e possuem grande importância ecológica por formarem a turfa, que cobre 1% da superfície terrestre do planeta. Na primeira guerra mundial foram muito utilizados na limpeza de ferimentos, por absorverem até 20 vezes seu peso em água e pela presença de metabólitos bactericidas em sua constituição. Sobre musgos de turfeira, marque a alternativa correta. A) Os musgos podem ocorrer em diferentes habitats, incluindo o ambiente marinho e terrestre. B) Possuem ciclo de vida com alternância de gerações haploide e diploide, com fase haploide persistente. C) São considerados avasculares, por possuírem esporófito efêmero e dependente. D) São formados por três sistemas de tecidos, no sistema fundamental encontra-se o parênquima. E) O esporófito libera as sementes pela abertura da cápsula, após o opérculo ser eliminado. 09. (UFJF-MG–2015) Sobre os processos reprodutivos das briófitas e pteridófitas, é correto afirmar: A) A reprodução assexuada em briófitas e pteridófitas ocorre por fragmentação, processo em que pedaços de um indivíduo adulto geram novos gametófitos. B) A reprodução sexuada em briófitas e pteridófitas envolve, obrigatoriamente, a formação de micrósporos e megásporos. C) Uma condição comum à reprodução sexuada das briófitas e pteridófitas consiste na produção de anterozóides flagelados no interior de anterídios. D) Nas briófitas e nas pteridófitas, a produção dos esporos ocorre no interior de estruturas diploides, as quais correspondem à fase dominante do ciclo de vida. E) A ausência de tecidos vasculares nas briófitas e pteridófitas limita a fecundação em ambientes aquáticos ou úmidos, uma vez que os anterozóides precisam nadar até a oosfera. 10. (UEL-PR–2015) As samambaias pertencem ao grupo das pteridófitas, as quais possuem características adaptativas que permitiram a conquista do ambiente terrestre com mais eficiência que o grupo das briófitas. Sobre as adaptações morfológicas e reprodutivas que possibilitaram o sucesso das pteridófitas no ambiente terrestre, considere as afirmativas a seguir. I. A predominância da fase esporofítica. II. O aparecimento dos tecidos xilema e floema. III. O desenvolvimento de rizoides para fixação. IV. O surgimento dos esporos para reprodução. Assinale a alternativa correta. A) Somente as afirmativas I e II são corretas. B) Somente as afirmativas I e IV são corretas. C) Somente as afirmativas III e IV são corretas. D) Somente as afirmativas I, II e III são corretas. E) Somente as afirmativas II, III e IV são corretas. 11. (UEFS-BA–2015) 1 3 4 2 O esquema reproduz, de forma simplificada, o ciclo reprodutivo das pteridófitas. Considerando-se as informações expressas na ilustração e os conhecimentos a respeito da reprodução desse grupo vegetal, é correto afirmar: A) Na etapa sexuada 1, ocorre a liberação dos esporos de dentro dos ovários. B) Na etapa 2, se caírem em um substrato adequado, os esporos germinam, dando origem ao embrião. C) Na etapa 3, ocorre produção de gametas masculinos e femininos que se unem, originando o prótalo hermafrodita. D) No esporângio das plantas, através de meiose, as células diploides são transformadas em haploides. E) Na fase assexuada, as paredes do anterídio se rompem, liberando os anterozoides, que nadam até o arquegônio, penetrando por um canal, atingindo a oosfera. Frente C Briófitas e PteridófitasMódulo 18 B IO LO G IA 101100 Bernoulli Sistema de EnsinoColeção 6V https://youtu.be/M9OcK1kDPXI https://youtu.be/KCSGTimQJMY https://youtu.be/eTysE9FLqK4 https://youtu.be/fekXul0Y-nc https://youtu.be/eWnVs7kKu5Q https://youtu.be/AmcYpzZKmkQ GABARITO Aprendizagem Acertei ______ Errei ______ • 01. B • 02. F V V V • 03. D • 04. E • 05. A Propostos Acertei ______ Errei ______ • 01. A • 02. A • 03. D • 04. A • 05. B 06. • A) O hadroma possui função semelhante à do xilema, nas plantas vasculares, e o leptoma tem função semelhante à do floema; • B) A presença de hadroma e leptoma torna mais eficiente a condução de nutrientes nos musgos que possuem esses tecidos. A lignina aumenta a sustentação mecânica das plantas vasculares e evita o colabamento dos vasos condutores de seiva. • 07. B • 08. B • 09. C • 10. A • 11. D • 12. A • 13. C • 14. Esse vegetal é uma briófita. As briófitas são encontradas em ambientes úmidos, pois necessitam da água para realizar seu processo reprodutivo. A meiose é esporofítica, ou seja, a meiose ocorre na formação dos esporos. Ela é representada pela letra B. Seção Enem Acertei ______ Errei ______ • 01. A Meu aproveitamento Total dos meus acertos: _____ de _____ . ______ % 12. (PUC-SP) No esquema a seguir, que representa o ciclo reprodutivo da filicíneas, os eventos A, B e C são, respectivamente, Esporófito Esporo GametófitoZigoto III II IV I A B C A) meiose, germinação e fecundação. B) germinação, meiose e fecundação. C) fecundação, germinação e meiose. D) germinação, fecundação e meiose. E) meiose, fecundação e fecundação. 13. (UERN) No ciclo de vida da pteridófitas, os esporos liberados atingem o solo e podem desenvolver os gametângios, também conhecido como prótalos. Nos mesmos indivíduos, os prótalos diferenciam-se em masculino e feminino sendo, portanto, hermafrodita. A figura representa o prótalo e suas estruturas. Observe. I II III Assinale a afirmativa correta. A) Os arquegônios (II) produzem as oosferas – gametas femininos. B) Os arquegônios (I) produzem os anterozoides – gametas masculinos. C) Na posição II estão os anterídios, que produzem os anterozoides – gametas masculinos. D) Os anterídios estão na posição I, o arquegônio na posição II e os rizoides na posição III. 14. (UERJ–2015) As principaisetapas do ciclo de vida de um vegetal encontrado nos dias de hoje estão representadas no esquema a seguir. Nele, as letras A, B e C correspondem aos tipos de divisões celulares que ocorrem durante o desenvolvimento desse vegetal. Esporo (n) Zigoto (2n) Embrião (2n) Esporófito (2n) Gametófito (n) Gameta (n)Fecundação A B C Sabendo que a fase dominante do seu ciclo de vida é o gametófito, identifique o tipo de ambiente em que frequentemente é encontrado esse vegetal, justificando sua resposta. Indique, também, a letra correspondente ao tipo de divisão celular desse vegetal na qual ocorre a meiose, justificando sua resposta. SEÇÃO ENEM 01. Em uma região de mata, há grande quantidade de musgos e samambaias. Todos os musgos são pequenos, atingindo, no máximo, poucos centímetros de altura, ao passo que algumas samambaias chegam a ter até 2 metros. Essa diferença de tamanho se justifica pelo fato de os musgos A) não possuírem vasos condutores de seiva. B) dependerem da água do meio para a reprodução. C) serem menos resistentes ao ataque dos predadores. D) terem uma fase haploide de curta duração. E) realizarem pouca fotossíntese. Frente C Módulo 18 102 Coleção 6V https://youtu.be/AMD52FicB6M
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