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AP2 - DIAGNOSTICO

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UNIVERSIDADE LUTERANA DO BRASIL 
AP2
Como realizar controle de pragas e moléstias em exemplares de citros em áreas urbanas, com produções residenciais sem fins lucrativos
Diagnóstico e controle de Pragas e Moléstias
Professor Vitório Poletto Ferreira
Júlia Benetti
Thalles Marques 
Canoas, Outubro de 2022
1.0 APRESENTAÇÃO
A citricultura, que compreende laranjas, tangerinas, limas e limas ácidas, é uma importante indústria agrícola em todo o mundo. A fácil disponibilidade e os baixos preços de compra são creditados ao crescente consumo global, tornando suas frutas e produtos acessíveis a pessoas de todas as classes sociais.
A cultura enfrenta diferentes problemas com insetos. Dentre as pragas, além de ácaros, cigarrinhas e pulgões, algumas regiões apresentam sérios danos causados pelos curculionídeos-das-raízes (GUEDES & PARRA, 2004).
Existe uma lista das principais doenças causadas por insetos, fungos, bactérias e vírus que podem afetar as culturas dos citros e os meios de prevenção para a mesma, bem como reagir na lavoura caso seja encontrada a presença de qualquer uma delas.
A tabela acima apresenta em lista mais geral as doenças que afetam a cultura de citros e que são mais preocupantes a setores comerciais de grandes produtores.
Como este trabalho tem foco em um pequeno pomar residencial, será apresentado as doenças mais populares, orientando formas de controles mais simples e de baixo custo.
O foco é o auxílio à população que deseja ter um pequeno pomar ou pequenos exemplares de citros para consumo familiar, não tendo a intenção de envolvimento de receituários e profissionais da área, Engenheiros e Técnicos Agrícolas.
2.0 CONTROLE E MANEJO
Relembraremos as doenças selecionadas para estudo e apresentadas na primeira parte do desenvolvimento deste projeto, Avaliação Parcial 2 (AP2) de maneira breve, ressaltando novamente seus agentes causadores, porém com a apresentação dos métodos de manejo e controle de forma prática, e que não seja necessário o vínculo de órgãos licenciados para emissão de receituários, e sim utilizando de métodos fáceis e produtos encontrados em pecuárias, sendo de fácil aquisição, não será entrado em questões de velozes sobre produtos mais acessíveis economicamente.
2.1 DOENÇAS CAUSADAS POR INSETOS
· Moscas das frutas: Mosca do Mediterrâneo (Ceratitis capitata), a mosca sul-americana (Anastrepha fraterculus) e a mosca-da-mandioca (Neosilba spp.).
Controle/Manejo: O controle é realizado com a aplicação de iscas tóxicas, que consiste em uma mistura composta por substância atrativa, proteína hidrolisada ou melaço, na diluição de 5 e 10% respectivamente, e inseticida. 
As iscas tóxicas têm sido uma ferramenta importante para o manejo das moscas-das-frutas no Brasil. De maneira geral, a tecnologia consiste na associação entre um atrativo alimentar que é um agente letal que controla os adultos do inseto ao entrarem em contato ou se alimentarem da mistura.
As iscas quando alguns inseticidas se encontram disponíveis em comércios para pessoa física e sem receituário. 
· Psilídeo Diaphorina citri: É o vetor da bactéria Candidatus Liberibacter spp, causadora do greening (huanglongbing/HLB), O greening é, atualmente, a doença de maior impacto econômico da citricultura mundial.
Controle/Manejo: O principal método ainda é a utilização de mudas sadias, que deve ser adquirido desde o início do cultivar. 
O controle biológico, apesar da conhecida ação de predadores, não tem se mostrado suficiente para manter baixa a infestação desta praga nos pomares. A utilização de inseticidas registrados para a cultura, através de pulverizações, de pincelamento do tronco das plantas ou aplicação no solo, são alternativas recomendadas para o controle químico deste inseto.
Em casos de produção em larga escala e, o controle do greening exige o plantio de mudas sadias, a eliminação das plantas doentes e o controle do psilídeo. A eliminação das plantas é obrigatória por lei e caso não seja obedecida pode gerar multa.
Um pulverizador que se consegue a aquisição sem receituário é o OCTANE, ele é um Inseticida Microbiológico eficaz no controle de Cigarrinha do milho (Dalbulus maidis), Lagarta do algodão (Helicoverpa armigera) e Psilídeo (Diaphorina citri). A aplicação pode ser feita por meio de implementos de pulverização como o turbo pulverizador tratorizado e/ou barra de pulverização, mantendo cuidados em relação ao volume de calda, garantindo boa deposição e cobertura de folhas e, consequentemente, sobre os insetos.
2.2 DOENÇAS CAUSADAS POR FUNGOS
· Verrugose: Dentre as doenças das plantas cítricas, a verrugose é a mais frequente tanto em sementeiras e viveiros como em pomares, afetando somente frutos de laranjas doces.
Controle/Manejo: Excelentes resultados de controle são obtidos com a utilização de um benzimidazol ou ditiocarbamatos na aplicação de florada (2/3 pétalas caídas) e um produto cúprico na pulverização pós-florada. A utilização de cobre na segunda aplicação visa também proteger os frutos contra a melanose.
· Rubelose: Causada pelo fungo Corticium salmonicolor.
Controle/Manejo: A remoção dos ramos doentes, visando a eliminação das fontes de inóculo. Os ferimentos ou cicatrizes na planta devido a retirada dos galhos doentes devem ser protegidas com fungicidas cúpricos. Portanto deve-se efetuar pulverizações com fungicidas de contato em combinação com a poda fitossanitária. É recomendado o tratamento de plantas doentes e as circunvizinhas com óxido cuproso.
· Estiolamento (damping-off): Esta é considerada a principal doença de sementeiras. Ela pode ser causada pelos fungos Rhizoctonia solani, Pythium aphanidermatum, Phytophthora citrophthora, P. nicotianae var. parasitica ou Fusarium spp.
Controle/Manejo: O uso de cultivares resistentes e o plantio em áreas bem drenadas são recomendados. O controle químico da doença não é recomendado, pois não existe fungicida registrado para a cultura. Porém caso realizado a aplicação de fungicidas para controle de podridão de raízes, deve ser realizada conforme orientação técnica, o que pode não ser viável em caso de pomares residenciais e sem fins lucrativos, já que se tem a necessidade de mão de obra licenciada, havendo um custo maior, sendo assim a utilização de mudas resistentes é a melhor opção.
· Gomose: A gomose, ou gomose de Phytophthora, é causada pelos fungos Phytophthora parasitica e P. citrophthora. Esta doença é causada por microrganismos que habitam o solo.
Controle/Manejo: Para controle químico, recomenda-se a realização de pulverizações de fungicidas curativos, nas plantas atacadas e circunvizinhas a cada três meses até a recuperação da planta, em lesões pequenas deve-se fazer a remoção e posterior pintura com pasta bordalesa ou outra pasta cúprica equivalente.
· Melanose: Causada pelo fungo Phomopsis citri leva ao aparecimento de pequenas lesões escuras na superfície dos frutos.
Controle/Manejo: A melanose para ser evitada possui métodos de prevenção que já devem ser praticados no exemplar, sendo elas a remoção do material morto da planta o mais eficiente, além da poda duas vezes ao ano para remoção de galhos danificados. Fertilização balanceada, pois aumenta a resistência da planta, fora o monitoramento de sintomas constantemente. Uma vez afetada existem dois métodos de controle, o químico e o orgânico. 
O controle químico recomenda que haja aplicações de piraclostrobina durante o vigoroso crescimento na primavera e se mostraram eficazes contra o desenvolvimento de melanose em frutos, porém é um produto vendido perante um receituário assinado por um engenheiro, não sendo o recomendado para a população enfoque neste trabalho. Produtos à base de mancozeb e fenbuconazole também são recomendados.
O orgânico recomenda a pulverização de compostos a base de cobre como a calda bordalesa, sendo feito inicialmente na época de queda das pétalas e o secundário após 6/8 semanas, sendo o método orgânico o mais recomendado ao público alvo.
· Pinta preta dos citros: Causada pelo fungo Guignardia citricarpa.Controle/Manejo: O manejo da pinta preta é realizado durante as diferentes fases de desenvolvimento dos frutos. O principal método de manejo é o controle químico por meio de aplicações de fungicidas (cobre e estrobilurina) desde a fase de queda de pétalas, geralmente em setembro/outubro, até o fim do período chuvoso, em março/abril.
Estrobilurina é um fungicida foliares de largo espectro e podem ser usados em uma grande variedade de culturas, em todo mundo.
· Podridão floral dos citros (estrelinha): A podridão floral, é causada pelo fungo Colletotrichum acutatum que afeta os tecidos das flores e de frutos jovens.
Controle/Manejo: Os fungicidas recomendados são pertencentes aos grupos das estrobilurinas e dos triazóis (que possuem um valor de mercado mais elevado). O uso excessivo das estrobilurinas ou dos triazóis no controle da podridão floral pode acarretar seleção de fungos resistentes a esses fungicidas, por isso recomenda-se cautela em sua utilização.
Além do controle químico, que é a principal estratégia no manejo da podridão floral, é possível estabelecer ações associadas à redução ou uniformização do período de florescimento, como uso de irrigação, adubação equilibrada, manutenção da sanidade do pomar e eliminação de plantas debilitadas.
2.3 DOENÇAS CAUSADAS POR BACTÉRIAS
· Cancro cítrico: Causado pela bactéria Xanthomonas citri subsp. Citri.
Controle/Manejo: Como não existe método curativo para a doença, a única forma de eliminar o cancro cítrico é por erradicação do material contaminado. No entanto, só a erradicação das árvores contaminadas não garante a eliminação da bactéria causadora do cancro cítrico. Também é importante eliminar as rebrotas que surgem na área onde foi realizada a erradicação e queima das árvores. Essas rebrotas podem estar contaminadas pelo cancro cítrico. Todo o material (como enxadas) usados na eliminação das rebrotas devem ser pulverizados com bactericida.
· Clorose variegada dos citros (CVC): Causada pela bactéria Xylella fastidiosa.
Controle/Manejo: Podas criteriosas de ramos atacados, antes de as plantas apresentarem frutos miúdos, apresentam bons resultados e diminuem também os focos de infecção. Para o plantio deve-se utilizar mudas sadias e de boa procedência.
Um método preventivo é a por meio de adubação orgânica com micronutrientes, mais especificamente o magnésio, pois a sua carência pode contribuir para a doença
2.4 DOENÇAS CAUSADAS POR VÍRUS
· Morte súbita dos citros (MSC): apesar de não ser confirmada, é de suspeita que o vírus da tristeza seja o agente causador dessa doença. Este vírus é transmitido para, e entre, as plantas através de insetos vetores: os pulgões, especificamente o Toxopter citricidus.
Controle/Manejo: Por se tratar de uma doença associada ao porta-enxerto, o único controle possível é a sua substituição, que pode ser feita de modo radical, com a renovação de áreas com outros porta-enxertos, ou em associação com a subenxertia. Embora essa técnica proporciona uma aparente remissão dos sintomas, ela por si só não permite a recuperação econômica da planta
· Leprose dos citros: É uma doença causada pelo vírus da leprose dos citros (CiLV), transmitida pelo ácaro da leprose (Brevipalpus phoenicis).
Controle/Manejo: O controle químico deverá ocorrer quando a amostragem mostrar que em 2% das folhas ou frutos examinados for observado infestação do ácaro da leprose ou em 10% das folhas ou frutos examinados for observada a infestação do ácaro da leprose conjuntamente com outra espécie de ácaro. O controle é realizado através de pulverização de acaricida. 
4.0 MEDIDAS INTEGRADAS PARA PREVENÇÃO E CONTROLE DE DOENÇAS EM CITROS EM GERAL
Fugindo do enfoque deste trabalho, de maneira sucinta abaixo encontram-se os métodos a serem seguidos e recomendados para produtores de larga escala e com busca por resultados lucrativos eficientes, utilizando de análises técnicas, laboratoriais e envolvimento de profissionais da área.
· Medidas Regulatórias
· Erradicação e Saneamento
· Escolha de Área para Plantio
· Emprego de Material Propagativo Sadio
· Resistência Varietal
· Proteção Cultural e Biológica
· Proteção Química
 
5.0 REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
GUEDES. V. C. Gerson; PARRA. R. P. José; FIORIN. A. Rubens. Aspectos biológicos da fase adulta dos curculionídeos-das-raízes dos citros. Scielo. Abril de 2007. Disponível em <https://www.scielo.br/j/cr/a/Kj9p3vm6XLRFRTLZ7BxFKPf/?lang=pt> Acesso em Outubro de 2022
EMBRAPA. Citros. Ministério da agricultura, pecuária e abastecimento. Disponível em: <https://sistemasdeproducao.cnptia.embrapa.br/FontesHTML/Citros/CitrosNEPequenosProdutores/sementes.htm> Acesso em Outubro de 2022
AGROSMART cultivo inteligente. Principais pragas da citricultura. Disponível em: <https://agrosmart.com.br/blog/principais-pragas-da-citricultura/> Acesso em Outubro de 2022
JUNIOR. M. Dirceu; NEGRI. D. José; FIGUEIREDO. O. José; JUNIOR. P. Jorgino. CITROS: principais informações e recomendações de cultivo. Instituto Agronômico de Campinas. Boletim Técnico 200 (IAC). 17 de março de 2005. Disponível em <http://www.iac.sp.gov.br/imagem_informacoestecnologicas/43.pdf> Acesso em Outubro de 2022
MATTOS D. Junior. CITROS: principais informações e recomendações de cultivo. Instituto Agronômico - Centro APTA Citros Sylvio Moreira, 2005. Disponível em: <http://www.iac.sp.gov.br/imagem_informacoestecnologicas/43.pdf> Acesso em Outubro de 2022
Estiolamento. Agrolink. Disponivel em <https://www.agrolink.com.br/problemas/estiolamento_1711.html#:~:text=Controle%3A%20O%20uso%20de%20cultivares,ser%20realizada%20conforme%20orienta%C3%A7%C3%A3o%20t%C3%A9cnica.> Acesso em Outubro de 2022
Psilídeo. Agrolink. Disponível em <https://www.agrolink.com.br/problemas/psilideo_505.html> Acesso em Outubro de 2022.
Melanose | Pragas e Doenças. Plantix. Disponível em <https://plantix.net/pt/library/plant-diseases/100128/melanose>. Acesso em Outubro de 2022.
Podridão Floral. FUNDECITROS, Ciência e estabilidade para a citricultura. Disponivel em <https://www.fundecitrus.com.br/doencas/podridao-floral#:~:text=dos%20pomares%20paulistas.-,Manejo,e%20elimina%C3%A7%C3%A3o%20de%20plantas%20debilitadas.> Acesso em Outubro de 2022.
MORTE SÚBITA DOS CITROS O que se sabe sobre a doença até agora. Informativo Centro de Citricultura. Número 100. Disponível em <http://ccsm.br/wp-content/uploads/2017/04/INFORMATIVO_CCSM_09_2003.pdf> Acesso em Outubro de 2022.
ALVES. Mayk. Clorose é a condição de uma planta com pouca clorofila. Agro 2.0. Disponível em <https://agro20.com.br/clorose/> Acesso em 2022.
CANCRO CÍTRICO. ADEAL Agência de Defesa e Inspeção Agropecuária de Alagoas. Disponível em <http://www.defesaagropecuaria.al.gov.br/sanidade-vegetal/cancro-citrico#:~:text=Como%20n%C3%A3o%20existe%20m%C3%A9todo%20curativo,bact%C3%A9ria%20causadora%20do%20cancro%20c%C3%ADtrico.> Acesso em Outubro de 2022

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