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Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
1 
 
 
 
 
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
2 
 
 
 
Próximo destino: a aprovação na OAB! 
 
Queridos alunos, cada material da Revisão Turbo foi 
preparado com muito carinho para que você possa 
absorver, de forma rápida, conteúdos de qualidade! 
Lembre-se: estamos aqui para ajudar você a dar asas 
aos seus sonhos! 
Preparamos um material incrível para ajudar você a 
concluir essa viagem acertando 40 questões com 
segurança e chegar ao seu destino dos sonhos: a 
aprovação na 1ª fase da OAB! 
 
Então embarque nessa com a gente! 
Com carinho, equipe Ceisc. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
3 
 
Processo Penal 
Revisão Turbo | 39° Exame da OAB 
 
 
 
Sumário 
 
Aula 13/11/2023 – Turno da manhã ............................................................................................. 4 
Aula 15/11/2023 – Turno da noite .............................................................................................. 15 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
4 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 13/11/2023 – Turno da manhã 
 
1. Ação penal 
1.1. Conceito 
Direito subjetivo de pedir/requerer ao Estado-juiz a aplicação do direito objetivo no caso 
concreto. 
 
1.2. Espécies da ação penal 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
Espécies
Pública
Condicionada
Representação
Requisição do 
Ministro da Justiça
Incondicionada
Privada
Personalíssima Exclusiva
Subsidiária 
da pública
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
5 
 
1.2.1. Ação penal pública 
• Manejada pelo Ministério Público através de denúncia; 
• Incondicionada; 
• Condicionada à representação (procuração com poderes especiais - art. 39 do CPP) 
ou requisição. Possível retração (“voltar atrás”) até o oferecimento da denúncia (art. 
25 do CPP) e nos casos da Lei Maria da Penha até o recebimento da denúncia em 
audiência com a presença do Juiz e do Ministério Público (art. 16 da Lei 11.340/06). 
 
1.2.2. Ação penal privada 
• Manejada por advogado através da queixa-crime; 
• Exige procuração com poderes especiais (art. 44 do CPP). 
 
Atenção: 
Art. 24, do CPP 
(...) 
§ 2o - Seja qual for o crime, quando praticado em detrimento do patrimônio ou interesse 
da União, Estado e Município, a ação penal será pública. 
Art. 25. A representação será irretratável, depois de oferecida a denúncia. 
 
1.3. Princípios 
 
 
 *Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
PÚBLICA
Obrigatoriedade: tendo elementos 
e de autoria e materialidade, o 
Ministério Púbico é obrigado a
entrar com a ação penal.
Indisponível: o Ministério Público 
não pode desistir da ação penal 
proposta.
PRIVADA
Conveniência e oportunidade: 
renúncia.
Disponível: perdão.
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
6 
 
1.4. Institutos aplicáveis a ação penal privada 
*Para todos verem: esquemas. 
 
 
 
 
 
 
 
1.5. Perdão 
• Se um aceitar e os outros não, o processo segue contra os que não aceitaram; 
• Aceitação: expressa ou tácita (se o réu não se manifestar em 3 dias). 
 
Art. 58. Concedido o perdão, mediante declaração expressa nos autos, o querelado 
será intimado a dizer, dentro de três dias, se o aceita, devendo, ao mesmo tempo, ser 
cientificado de que o seu silêncio importará aceitação. 
Parágrafo único. Aceito o perdão, o juiz julgará extinta a punibilidade. 
 
 
 Resolva a questão a seguir: 
 
1) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB 
Mauro, um pessoa muito educada e atenciosa, teve, de maneira criminosa, teve imputado a ele um fato 
ofensivo a sua reputação. Tal prática foi realizada por Nidal, Arnaldo e Letícia. Os dois primeiros são 
pessoas não muito confiável e com alguns defeitos, um idoso que esconde a idade e outro com uma 
estranha mania de pintar o cabelo, já Leticinha é uma pessoal incrível com um coração muito grande, 
mas que certamente foi influenciada negativamente pelos outros dois. Mauro, bondoso como sempre, o 
procura na qualidade de advogado e lhe afirma que deseja processar Nidal e Arnaldo, mas que não quer, 
em hipótese alguma, processar Letícia. Você, como Advogado, deverá informar a Mauro que: 
 
A) é possível o processo como ele deseja e quem nem mesmo procuração com poderes específicos será 
necessário. 
B) infelizmente isso não será possível, pois para a ação penal privada vige o princípio da indivisibilidade 
e, por conta disso, ou se processa a todos ou não será possível processar nem um deles. 
C) seria possível, desde que Nidal e Arnaldo concordassem com o perdão em relação a Letícia. 
D) seria possível, pois sendo ação privada cabe apenas ao querelante decidir quem deseja processar 
não sendo possível ao Estado trazer, ainda que por meio de lei, regras a esse respeito. 
 
 
2. Comunicação dos atos processuais 
2.1. Citação e relação processual 
De acordo com o art. 363 do CPP – com a redação determinada pela Lei 11.719/08 - é 
RENÚNCIA:
Antes do 
início da ação 
penal 
Ato unilateral
Quando ofertado 
a um, atinge os
demais.
PERDÃO:
Após o início 
da ação penal 
Ato bilateral
Quando ofertado 
a um, atinge os 
demais.
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
7 
 
com citação que se tem completada a formação do processo. 
 
Art. 363. O processo terá completada a sua formação quando realizada a citação do 
acusado. 
 
2.2. Destinatário da citação 
Será sempre o réu. Não pode ser citada qualquer outra pessoa em seu lugar, nem mesmo 
o Advogado, ainda que possua procuração com poderes para tanto. 
 
2.3. Finalidade da citação 
Como regra o réu é citado para apresentar resposta a acusação. Incorporado ao art. 
396 do CPP pela Lei 11.719/08. 
 
Art. 396. Nos procedimentos ordinário e sumário, oferecida a denúncia ou queixa, o juiz, 
se não a rejeitar liminarmente, recebê-la-á e ordenará a citação do acusado para 
responder à acusação, por escrito, no prazo de 10 (dez) dias. 
 
2.4. Espécies de citação 
Real ou ficta (presumida): 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
Observações: 
a) A citação por edital deve ocorrer quando o destinatário está em local incerto e não 
sabido. O Edital terá um prazo de 15 dias. Se o acusado, citado por edital, (1) não comparecer, 
(2) nem constituir advogado, ficarão suspensos o processo e o curso do prazo prescricional, 
podendo o juiz determinar a produção antecipada das provas consideradas urgentes e, se for o 
caso, decretar prisão preventiva. 
Real
•É aquela realizada na pessoa do réu, 
sendo efetivada por: mandado 
(cumprido por oficial de justiça no 
âmbito da jurisdição do juiz da causa - 
carta precatória, carta rogatória, carta 
de ordem, ofício requisitório).
Ficta
•Efetivada por meio de edital 
(publicado na imprensa ou fixado no 
átrio ou na porta do fórum) ou no 
caso de citação por hora certa.
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
8 
 
b) A citação por hora certa deve ocorrer nos casos em que o oficial de justiça perceber 
que o destinatário está se ocultando para não ser citado. Segue as regras do CPC. Uma vez 
citado por hora certa o processo deve ter seguimento normal (não ficará suspenso). 
 
2.5. Citação: questões pontuais 
a) Réu militar: não é citado por mandado, mas sim por intermédio de seu comandante. 
(art. 358 do CPP). 
b) Funcionário público: deve-se, além de citar o funcionário público, oficiar a sua chefia 
para que não seja interrompida a prestação do serviço (continuidade do serviço público).(art. 359 do CPP). 
c) Réu preso: será citado pessoalmente (art. 360 do CPP). 
 
2.6. Intimações 
Súmulas importantes: 
 
Súmula 310 do STF - Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com 
efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira imediata, 
salvo se não houver expediente, caso em que começará no primeiro dia útil que se seguir. 
Súmula 710 do STF - No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e 
não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem. 
 
 Resolva a questão a seguir: 
 
2) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB 
Após receber o devido mandado de citação, João, Oficial de Justiça da Comarca de Santiago, vai até o 
endereço constante do mesmo e lá recebe a informação de que o destinatário da ordem, Senhor Arlindo, 
não mora no endereço. Ocorre que ao conversar com moradores da região é informado de que Arlindo 
reside sim no endereço constante do mandado, mas que é muito procurado e, em face disso, está sempre 
se ocultado de oficiais de justiça. Com essa informação o oficial se desloca, mais uma vez, a residência 
de seu Arlindo e, inclusive percebe que seu carro está na garagem, mas é novamente informado que ele 
não se encontra na casa. Diante dessa situação deve o oficial de justiça: 
 
A) devolver o mandado para que seja procedida a citação por edital. 
B) certificar o ocorrido e considerar seu Arlindo citado, pois o mesmo ficará, sem sombra de dúvida, ciente 
de que houve a sua procura. 
C) proceder a citação por hora certa, observadas as regras do processo civil. 
D) colher a assinatura de algum morador da casa e considerar seu Arlindo citado, pois a citação pode 
ocorrer na pessoa da família do destinatário, desde que esse parentesco seja indiscutível. 
 
3. Provas 
• Prova ilegal/ilícita deve ser desentranhada; 
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
9 
 
• É possível a prova emprestada. 
 
 Resolva a questão a seguir: 
 
3) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB 
Pedro foi vítima de um crime de furto de seu computador de trabalho. Tal delito foi praticado mediante 
arrombamento da porta de acesso ao seu escritório. Muito cauteloso, Pedro solicitou a sua secretária 
que, imediatamente, chamasse o marceneiro para arrumar a porta, pois outros objetos de valor havia no 
escritório. Ato contínuo Pedro registrou o boletim de ocorrência sobre o delito. Compareceu ao escritório 
o marceneiro e a porta foi consertada. Em face do registro da ocorrência foi instaurado inquérito policial 
e o delegado determinou que fosse realizada perícia no local do crime. Quando o peito lá comparece a 
porta já estava consertada e a perícia não foi realizada. Diante dessa situação o que deve fazer a 
autoridade policial: 
 
A) dar continuidade ao inquérito sem a perícia 
B) diante do concerto, feito a revelia da autoridade policial, deve o inquérito ser enviado ao judiciário, de 
imediato, pois a perícia era dispensável no caso concreto 
C) de ser realizado o exame de corpo de delito indireto com a oitiva da secretaria e do marceneiro, pois 
ambos viram a porta arrombada. 
D) a perícia pode ser dispensada pela autoridade policial no caso de prisão do autor de delito e de sua 
confissão. 
 
 
3.1. Principais artigos do CPP 
 
Art. 158. Quando a infração deixar vestígios, será indispensável o exame de corpo de 
delito, direto ou indireto, não podendo supri-lo a confissão do acusado. 
Art. 167. Não sendo possível o exame de corpo de delito, por haverem desaparecido os 
vestígios, a prova testemunhal poderá suprir-lhe a falta. 
Art. 158-A. Considera-se cadeia de custódia o conjunto de todos os procedimentos 
utilizados para manter e documentar a história cronológica do vestígio coletado em 
locais ou em vítimas de crimes, para rastrear sua posse e manuseio a partir de seu 
reconhecimento até o descarte. 
Art. 159. O exame de corpo de delito e outras perícias serão realizados por perito oficial, 
portador de diploma de curso superior. 
§ 1o Na falta de perito oficial, o exame será realizado por 2 (duas) pessoas idôneas, 
portadoras de diploma de curso superior preferencialmente na área específica, dentre as 
que tiverem habilitação técnica relacionada com a natureza do exame. 
§ 3o Serão facultadas ao Ministério Público, ao assistente de acusação, ao ofendido, ao 
querelante e ao acusado a formulação de quesitos e indicação de assistente técnico. 
§ 4o O assistente técnico atuará a partir de sua admissão pelo juiz e após a conclusão 
dos exames e elaboração do laudo pelos peritos oficiais, sendo as partes intimadas 
Art. 161. O exame de corpo de delito poderá ser feito em qualquer dia e a qualquer hora. 
Art. 162. A autópsia será feita pelo menos seis horas depois do óbito, salvo se os 
peritos, pela evidência dos sinais de morte, julgarem que possa ser feita antes daquele 
prazo, o que declararão no auto. 
Art. 182. O juiz não ficará adstrito ao laudo, podendo aceitá-lo ou rejeitá-lo, no todo ou 
em parte. 
Art. 184. Salvo o caso de exame de corpo de delito, o juiz ou a autoridade policial 
negará a perícia requerida pelas partes, quando não for necessária ao esclarecimento 
da verdade. 
Art. 185, § 1o O interrogatório do réu preso será realizado, em sala própria, no 
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
10 
 
estabelecimento em que estiver recolhido, desde que estejam garantidas a segurança 
do juiz, do membro do Ministério Público e dos auxiliares bem como a presença do 
defensor e a publicidade do ato. 
§ 2o Excepcionalmente, o juiz, por decisão fundamentada, de ofício ou a requerimento das 
partes, poderá realizar o interrogatório do réu preso por sistema de videoconferência ou 
outro recurso tecnológico de transmissão de sons e imagens em tempo real, desde que a 
medida seja necessária para atender a uma das seguintes finalidades: 
I – prevenir risco à segurança pública, quando exista fundada suspeita de que o preso 
integre organização criminosa ou de que, por outra razão, possa fugir durante o 
deslocamento; 
II – viabilizar a participação do réu no referido ato processual, quando haja relevante 
dificuldade para seu comparecimento em juízo, por enfermidade ou outra circunstância 
pessoal; 
III – impedir a influência do réu no ânimo de testemunha ou da vítima, desde que não seja 
possível colher o depoimento destas por videoconferência, nos termos do art. 217 deste 
Código; 
IV – responder à gravíssima questão de ordem pública. 
Art. 231. Salvo os casos expressos em lei, as partes poderão apresentar documentos 
em qualquer fase do processo. 
Art. 236. Os documentos em língua estrangeira, sem prejuízo de sua juntada imediata, 
serão, se necessário, traduzidos por tradutor público, ou, na falta, por pessoa idônea 
nomeada pela autoridade. 
Art. 242. A busca poderá ser determinada de ofício ou a requerimento de qualquer das 
partes. 
 
4. Recursos criminais 
Além dos recursos criminais em espécies (como por exemplo: apelação, recurso no 
sentido estrito, agravo em execução, entre outros), é muito importante conhecer dois pontos 
relacionados à matéria, quais sejam: a) proibição de reformatio in pejus quando o recurso 
interposto for exclusivo da defesa (art. 617, parte final, do CPP); e b) o efeito extensivo dos 
recursos criminais (art. 580 do CPP). 
a) Proibição de reformatio in pejus quando o recurso for exclusivo da defesa (art. 
617, parte final, do CPP)1: no processo penal quando apenas a defesa interpor recurso, o 
julgamento não poderá prejudicar o acusado. Portanto, a resposta deverá ser melhor para o 
acusado ou manter a situação como está, sob pena de nulidade. 
Por exemplo, Fábio condenado à pena de 6 anos, apenas a defesa interpõe apelação, o 
julgamento pelo Tribunal somentepoderá melhorar a situação ou deixá-la igual, se piorar de 
alguma forma, estaremos diante de uma ilegalidade, que gerará a nulidade do acórdão. 
 
1 Art. 617 do CPP. O tribunal, câmara ou turma atenderá nas suas decisões ao disposto nos arts. 383, 386 e 387, 
no que for aplicável, não podendo, porém, ser agravada a pena, quando somente o réu houver apelado da 
sentença. 
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
11 
 
b) Efeito extensivo dos recursos criminais (art. 580 do CPP)2: no processo penal 
quando estivermos diante do caso de concurso de agentes, a decisão do recurso interposto por 
um dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, 
aproveitará aos outros. 
Desta forma, se a questão versar sobre questões processuais, como por exemplo, o 
afastamento de uma qualificadora, em razão da ausência de perícia, aproveitará a todos os 
demais, ainda que não tenham recorrido. 
 
 Resolva a questão a seguir: 
 
4) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB 
Nidal, Letícia, Arnaldo e Mauro praticaram o delito de furto qualificado mediante concurso de agentes e 
rompimento de obstáculo. Para ingressarem no local e subtraírem os bens pretendidos danificaram os 
cadeados que protegiam o local, o que restou comprovado com a perícia técnica. Após a devida instrução 
criminal, Arnaldo foi absolvido, porém Nidal, Letícia e Mauro foram condenados. A sentença penal 
condenatória transitou em julgado para o Ministério Público, sendo que apenas a defesa de Mauro 
interpôs recurso de apelação. O objetivo do recurso defensivo era buscar o reconhecimento da prescrição 
da pretensão punitiva, visto que Mauro ao tempo da sentença possuia mais de 70 anos. Diante das 
informações, assinale a alternativa correta: 
 
A) Caso o Tribunal reconheça a prescrição da pretensão punitiva, em razão de Mauro na data da sentença 
possuir mais de 70 anos e por isso o prazo prescricional ficar reduzido pela metade, esta decisão somente 
produzirá efeitos para ele, pois se trata de um motivo pessoal. 
B) Como os demais corréus não recorreram, jamais poderiam ser beneficiados por qualquer decisão que 
sobrevier a partir do recurso interposto pelo réu Mauro, independente do motivo. 
C) Caso seja reconhecida a prescrição da pretensão punitiva, com o argumento de Mauro na data da 
sentença possuir mais de 70 anos, e por isso o prazo prescricional ficar reduzido pela metade, esta 
decisão produzirá efeito a todos os corréus visto que se trata de matéria que envolve o direito de punir do 
Estado. 
D) As decisões no processo penal sempre se estendem a todos os réus, independentemente dos motivos, 
em razão do princípio do favor rei. 
 
 
5. Juizado Especial Criminal – Lei nº 9.099/95 
 No âmbito da Lei 9.099/95 é importante ficarmos atentos aos institutos que chamamos de 
medidas despenalizadoras (os quais evitam que a pessoa venha a ter uma condenação) são 
eles: 
 
 
2 Art. 580 do CPP. No caso de concurso de agentes (Código Penal, art. 25), a decisão do recurso interposto por um 
dos réus, se fundado em motivos que não sejam de caráter exclusivamente pessoal, aproveitará aos outros. 
 
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
12 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
Vou chamar atenção para a composição civil dos danos e para a transação penal. 
Somente serão ofertados esses institutos para as chamadas infrações de menor potencial 
ofensivo (art. 61 da Lei 9.099/95), crimes com pena máxima não superior a 2 anos e as 
contravenções penais (Decreto 3.688/41). 
*Para todos verem: tabela. 
 
Audiência preliminar – art. 72 da Lei 9.099/95 
 
 
Composição civil dos danos (art. 74) 
 
 
Transação (art. 76) 
 
 
Acordo entre as partes. 
 
Em regra, proposta feita pelo Ministério 
Público, o qual sugere a aplicação de uma pena 
restritiva de direito ou pena de multa para evitar o 
oferecimento de uma acusação. 
 
 
 
• Homologado pelo juiz; 
• Sentença irrecorrível (título executivo); 
• Caso seja descumprido: executado 
no juízo civil competente. 
 
 
 
 
Requisitos – art. 76, §2º, da Lei 9.099/95: 
 
• Não ter sido condenado pela prática de crime 
por sentença irrecorrível à pena privativa de 
liberdade; 
• Não ter utilizado outra transação nos últimos 5 
anos; 
• Circunstâncias e personalidade favoráveis. 
 
 
Medidas 
despenalizadoras
Composição 
civil dos danos
Art. 74 da Lei 
9.099/95
Transação 
penal
Art. 76 da Lei 
9.099/95
Suspensão 
condicional do 
processo
Art. 89 da Lei 
9.099/95
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
13 
 
 
• Nos casos de ações penais privadas 
e públicas condicionadas à 
representação o acordo entre as 
partes resulta na extinção da 
punibilidade. 
• Nos casos de ação pública 
incondicionada a lei não traz 
qualquer efeito para fins penais, por 
isso seguimos para a próxima 
possibilidade – seria a transação, se 
preenchidos os requisitos. 
 
 
• Caso haja descumprimento: Súmula 
Vinculante nº 35 do STF. 
• Da sentença que concede transação: caberá 
apelação (art. 76, §5º, da Lei 9.099/95). 
• Súmula 536 do STJ. 
• Não gera antecedentes. 
 
 
 Resolva a questão a seguir: 
 
5) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB 
Victor, revoltado com o comportamento de seu vizinho, que todos os domingos pela manhã resolve aparar 
a grama, produzindo barulho de máquina no único dia que teria possibilidade de descansar, resolve 
danificar o portão da residência com golpes de martelo. Fabrício inconformado com os danos registra 
ocorrência policial, noticiando a ocorrência do crime de dano (art. 163, caput, do CP). Após o termo 
circunstanciado ser encaminhado ao Juizado Especial Criminal, as partes foram intimadas a comparecer 
na audiência preliminar. No dia designado, ambos compareceram ao local, tendo Victor informado que 
praticou o ato numa situação de desespero, pois estava esgotado por não conseguir descansar, se 
desculpou e comprometeu-se a arcar com os danos. Neste caso, como advogado de Victor é correto 
afirmar que: 
 
A) Caso não arque com os danos acordados, como se comprometeu em audiência, Fabrício poderá 
propor queixa-crime no âmbito do Juizado Especial Criminal pela prática do crime de dano, visando 
processá-lo criminalmente. 
B) O acordo de Victor e Fabrício será reduzido a escrito e homologado pelo juiz mediante sentença 
irrecorrível, o qual terá eficácia de título a ser executado no juízo civil competente, em caso de 
descumprimento. 
C) Após a realização do acordo, Victor poderá interpor apelação para discutir o valor ajustado. 
D) O acordo realizado em audiência deverá ser homologado pelo Ministério Público. 
 
 
6. Execução penal – Lei nº 7.210/1984 (LEP) 
A execução das penas e medidas de segurança no Brasil respeitam as regras contidas na 
Lei 7.210/84. 
Ao Juiz da Vara de Execução Penal compete decidir sobre os direitos em sede de 
execução, alguns estão listados no art. 66 da LEP. Lembre-se, que das decisões do Juiz da Vara 
de Execução Penal negando ou concedendo direitos o recurso cabível será o agravo em 
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
14 
 
execução – art. 197 da LEP. 
Durante a execução de uma pena privativa de liberdade, o apenado busca alcançar 
direitos como progressão de regime (art. 112 da LEP), remição de pena (art. 126 da LEP), 
livramento condicional, entre outros. 
*Para todos verem: tabela. 
 
Progressão de regime – crimes comuns (não hediondos) 
 
 
Art. 112. A pena privativa de liberdade será executada em forma progressiva com a 
transferência para regime menos rigoroso, a ser determinada pelo juiz, quando o preso tiver 
cumprido ao menos: 
 
 
 
I - 16% (dezesseis por 
cento) da pena 
 
Se o apenado for primário e o 
crime tiver sido cometido sem 
violência à pessoa ou grave 
ameaça. 
 
 
Ex.: apenado é primário está 
executando pena por peculato 
/ estelionato...II - 20% (vinte por 
cento) da pena 
 
Se o apenado for reincidente em 
crime cometido sem violência à 
pessoa ou grave ameaça. 
 
 
 
III - 25% (vinte e cinco 
por cento) da pena 
 
Se o apenado for primário e o 
crime tiver sido cometido com 
violência à pessoa ou grave 
ameaça. 
 
 
 
IV - 30% (trinta por cento) 
da pena 
 
 
Se o apenado for reincidente em 
crime cometido com violência à 
pessoa ou grave ameaça. 
 
 
 
 Resolva a questão a seguir: 
 
6) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB 
Carlos é primário, foi condenado à pena de 5 anos, pela prática de homicídio simples, na modalidade 
tentada, praticado em 20/03/2020. Iniciou a execução da sua pena e seus familiares estão confusos com 
os direitos em sede de execução penal, por isso contrataram o seu escritório de advocacia para esclarecer 
as dúvidas sobre progressão de regime. Considerando as informações, assinale a alternativa correta: 
 
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
15 
 
A) Carlos não terá direito à progressão de regime, visto que praticou crime hediondo com resultado morte. 
B) Carlos terá direito à progressão de regime quando completar ao menos 40% do cumprimento da pena, 
considerando que é primário e praticou crime hediondo. 
C) Carlos deverá cumprir ao menos 25% da pena, visto que é primário e praticou crime com violência à 
pessoa. 
D) Carlos deverá cumprir ao menos 50% da pena, visto que é primário e praticou crime hediondo com 
resultado morte. 
 
 
 
7. Revisão criminal 
Trata-se de ação penal de impugnação, prevista no artigo 621 do CPP, que visa modificar 
a coisa julgada penal em prol do acusado. As hipóteses de cabimento estão no artigo 621 do 
CPP, vejamos: 
 
Art. 621 do CPP. A revisão dos processos findos será admitida: 
I - quando a sentença condenatória for contrária ao texto expresso da lei penal ou à 
evidência dos autos; 
II - quando a sentença condenatória se fundar em depoimentos, exames ou documentos 
comprovadamente falsos; 
III - quando, após a sentença, se descobrirem novas provas de inocência do condenado 
ou de circunstância que determine ou autorize diminuição especial da pena. 
 
Aula 15/11/2023 – Turno da noite 
 
1. Competência 
• Limite da jurisdição; 
• Advém de uma regra legal. 
 
 
Veja o esquema a seguir... 
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
16 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
1.1. Guia de competência 
*Para todos verem: esquema. 
 
• Prefeito: Tribunal de Justiça; 
• Governador: Superior Tribunal de Justiça; 
• Deputado Federal/Senador: Supremo Tribunal Federal; 
• Juiz em atividade: Tribunal que atua, independentemente do local do crime; 
• Promotor em atividade: Tribunal que atua, independentemente do local do crime. 
 
 
 
*Para todos verem: esquemas. 
 
 
 
 
 
Matéria
Absoluta 
improrrogável
Pessoa
Absoluta 
improrrogável
Lugar
Relativa 
prorrogável
O autor tem foro por 
prerrogativa de função?1
Se a resposta for não à pergunta 
1, passamos a analisar em qual 
justiça será julgado.
2
Jurisprudência STF e STJ: no caso de Deputados Federais/Senadores e
Governador, há dois critérios para foro de prerrogativa: 1) Esteja no
cargo/diplomado; 2) Crime tenha relação com o cargo.
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
17 
 
• Militar Eleitoral; 
• Comum (Estadual ou Federal). 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
• Regra: lugar de consumação | teoria do resultado; 
• Exceção: JECRIM | teoria da atividade. 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
• Não sabendo o local do crime: domicílio ou residência do réu; 
• Mais de um domicílio: prevenção; 
• Não tem residência certa ou ignorado o paradeiro: juiz que primeiro tomar 
conhecimento. 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1.2. Causas de modificação da competência 
Território/jurisdição3
PREVENÇÃO
Quando incerta 
dívida
Crime permanente 
(sequestro)
Infração 
continuada
Jurisprudência: crimes contra à vida (dolosos ou culposos) devem levar em
consideração a comunidade que foi atingida e a produção da prova | teoria da
atividade.
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
18 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
Ainda, o Código de Processo Penal prevê: 
 
 
Art. 70. A competência será, de regra, determinada pelo lugar em que se consumar a 
infração, ou, no caso de tentativa, pelo lugar em que for praticado o último ato de 
execução. 
[...] 
§ 4º Nos crimes previstos no art. 171 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 
1940 (Código Penal), quando praticados mediante depósito, mediante emissão de 
cheques sem suficiente provisão de fundos em poder do sacado ou com o pagamento 
frustrado ou mediante transferência de valores, a competência será definida pelo local do 
domicílio da vítima, e, em caso de pluralidade de vítimas, a competência firmar-se-á pela 
prevenção. 
 
1.3. Como resolver questões sobre modificação de competência? 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
Atenção: no processo por crimes praticados fora do território brasileiro, será competente 
o juízo da Capital do Estado onde houver por último residido o acusado. Se este nunca tiver 
residido no Brasil, será competente o juízo da Capital da República. 
CONEXÃO
Intersubjetiva: simultaneidade, 
concurso ou reciprocidade 
Objetivas: material ou probatória
CONTINÊNCIA
Concurso de pessoas ou uma 
pessoa em concurso de crimes
Júri + outro crime
Tudo vai à Júri, exceto 
crime eleitoral, crime militar 
e ato infracional
Conexão e continência
Lugar do crime mais grave
Infrações da mesma 
categoria
Lugar de maior número de 
infrações
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171
http://www.planalto.gov.br/ccivil_03/decreto-lei/Del2848.htm#art171
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
19 
 
1.4. Justiça Federal 
• Tribunal Regional Federal: revisão criminal; 
• Não é recurso, é ação autônoma de impugnação. 
*Para todos verem: esquema. 
 Resolva a questão a seguir: 
 
 
7) FGV - 2019 - OAB - 29º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Anderson, Cláudio e Jorge arquitetam um plano para praticar crime contra a agência de um banco, 
empresa pública federal, onde Jorge trabalhava como segurança. Encerrado o expediente, em 
03/12/2017, Jorge permite a entrada de Anderson e Cláudio no estabelecimento e, em conjunto, destroem 
um dos cofres da agência e subtraem todo o dinheiro que estava em seu interior. Após a subtração do 
dinheiro, os agentes roubam o carro de Júlia, que trafegava pelo local, e fogem, sendo, porém, presos 
dias depois, em decorrência da investigação realizada. Considerando que a conduta dos agentes 
configura os crimes de furto qualificado (pena: 2 a 8 anos e multa) e roubo majorado (pena: 4 a 10 anos 
e multa, com causa de aumento de 1/3 até metade), praticados em conexão, após solicitação de 
esclarecimentos pelos envolvidos, o(a) advogado(a) deverá informar que 
 
A) a Justiça Federal será competente para julgamento de ambos os delitos conexos. 
B) a Justiça Estadual será competente para julgamento de ambos os delitos conexos. 
C) a Justiça Federal será competente para julgamento do crime de furto qualificado e a Justiça Estadual, 
para julgamento do crime de roubo majorado, havendo separação dos processos. 
D) tanto a Justiça Estadual quanto a Federal serão competentes, considerando que não há relação de 
especialidade entre estas, prevalecendo o critério da prevenção. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
2. Prisão 
*Para todos verem: esquema 
 
Juiz Federal:
1. Nunca julga 
contravenção 
2. Julga crimes 
(crime político)
3. Bens, interesses ou 
serviços da União, autarquia 
e empresa pública
Prisões 
cautelares
Preventiva
Art. 311, 312, 313 
e 318-A do CPP
Temporária Lei 7.960/89
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
20 
 
2.1.Temporária (só cabível na fase do inquérito policial) 
• 05 dias, prorrogáveis por mais 05 dias; 
• Crime hediondo: 30 dias prorrogáveis por mais 30 dias. 
 
2.2. Flagrante 
Art. 302. Considera-se em flagrante delito quem: 
I - está cometendo a infração penal (próprio) ; 
II - acaba de cometê-la (próprio); 
III - é perseguido, logo após, pela autoridade, pelo ofendido ou por qualquer pessoa, em 
situação que faça presumir ser autor da infração (impróprio); 
IV - é encontrado, logo depois, com instrumentos, armas, objetos ou papéis que façam 
presumir ser ele autor da infração (presumido). 
 
Observações: juiz, MP e família devem ser imediatamente comunicados: 
• Em 24 horas; 
• Deve ser expedida a nota de culpa; 
• Deve o APF ser enviado ao Juiz (que marcará audiência de custódia); 
• Falta de testemunha não impede o flagrante; 
 
Art. 304 § 2º Se o juiz verificar que o agente é reincidente ou que integra organização 
criminosa armada ou milícia, ou que porta arma de fogo de uso restrito, deverá denegar a 
liberdade provisória, com ou sem medidas cautelares. 
 
2.3. Preventiva 
• Cabe na fase do IP ou da ação penal; 
• Não pode ser decretada de ofício pelo juiz; 
• Quando ilegal deve ser relaxada (art. 5º, LXV da CF); 
• Quando não mais necessária deve ser revogada (art. 316 do CPP); 
• Admissibilidade prevista no art. 313 do CPP. 
 
Cabível: 
 
 
 
 
 
 
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
21 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
• Deve ser revista a cada noventa dias; 
• Possível ser domiciliar (art. 318 do CPP); 
• Direito da mulher gestante ou mãe de criança ou pessoa deficiente (art. 318-A do 
CPP). 
 
 Resolva a questão a seguir: 
 
 
8) FGV - 2022 - OAB - 36º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Vitor respondia ação penal pela suposta prática do crime de ameaça (pena: 01 a 06 meses de detenção 
ou multa) contra sua ex-companheira Luiza, existindo medida protetiva em favor da vítima proibindo o 
acusado de se aproximar dela, a uma distância inferior a 100m. 
Mesmo intimado da medida protetiva de urgência, Vitor se aproximou de Luiza e tentou manter com ela 
contato, razão pela qual a vítima, temendo por sua integridade física, procurou você, como advogado(a), 
e narrou o ocorrido. Nessa ocasião, Luiza esclareceu que, após a denúncia do crime de ameaça, Vitor 
veio a ser condenado, definitivamente, pela prática do delito de uso de documento falso por fatos que 
teriam ocorrido antes mesmo da infração penal cometida no contexto de violência doméstica e familiar 
contra a mulher. 
Com base nas informações expostas, você, como advogado(a) de Luiza, deverá esclarecer à sua cliente 
que 
 
A) não poderá ser decretada a prisão de Vitor, pois não há situação de flagrância. 
B) não poderá ser decretada a prisão preventiva de Vitor, pois o crime de ameaça tem pena inferior a 04 
anos e ele é tecnicamente primário. 
P
re
v
e
n
ti
v
a
Ordem pública;
Ordem econômica;
Assegurar a aplicação da lei penal;
Conveniência da instrução criminal;
Descumprimento de qualquer das obrigações impostas 
por força de outras medidas cautelares;
Houver dúvida sobre a identidade civil da pessoa ou 
quando esta não fornecer elementos suficientes para 
esclarecê-la.
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
22 
 
C) poderá ser decretada a prisão preventiva de Vitor, pois, apesar de o crime de ameaça ter pena máxima 
inferior a 04 anos, o autor do fato é reincidente. 
D) poderá ser decretada a prisão preventiva de Vitor, mesmo sendo tecnicamente primário, tendo em 
vista a existência de medida protetiva de urgência anterior descumprida. 
 
 
3. Inquérito policial 
3.1. Conceito 
Procedimento administrativo com a finalidade de buscar elementos de autoria (quem fez) 
e de materialidade (qual o delito) para que uma futura ação penal seja proposta. 
Presidido pelo Delegado de Polícia. 
 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
3.2. Natureza jurídica 
Natureza jurídica é de procedimento administrativo. 
 
3.3. Outras formas de investigação 
 
Artigo 4º do CPP. A polícia judiciária será exercida pelas autoridades policiais no território 
de suas respectivas circunscrições e terá por fim a apuração das infrações penais e da sua 
autoria. Parágrafo único. A competência definida neste artigo não excluirá a de 
autoridades administrativas, a quem por lei seja cometida a mesma função. 
 
3.4. Investigação pelo Ministério Público 
• Procedimento investigatório criminal: PIC; 
Preparatório
Prepara uma 
futura ação 
penal.
Inquisitivo
Não há ampla defesa e 
contraditório, que ficarão 
postergados/diferidos 
para a ação penal.
Sigiloso
Não se aplica ao MP, ao juiz 
e ao advogado (que tem 
acesso ao inquérito, 
inclusive sem procuração);
Ao advogado é exigida 
procuração quando for caso 
de segredo de justiça.
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
23 
 
• Teoria dos poderes implícitos; 
• A fundamentação para que o MP possa investigar. 
 
*Para todos verem: esquemas. 
 
 
 
• Em caso de denúncia anônima, deve ser realizada uma investigação prévia para 
ver a viabilidade da denúncia; 
• Elementos informativos são diferentes de provas? Sim! (art. 155 do CPP). 
 
 
*Para todos verem: esquema 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Respeito aos direitos fundamentais
Situações que tem cláusula de reserva de jurisdição 
Respeitar prerrogativas dos advogados
Investigação realizadas por membros
Formas de 
início
Ação penal 
incondicionada
Ex officio
Requisição do 
juiz ou Ministério 
Público
Requerimento da 
vítima ou de seu 
representante 
legal
Notícia de 
qualquer pessoa
Auto de prisão 
em flagrante
Ação penal 
pública 
condicionada
Representação 
da vítima ou 
representante 
legal
Ação penal 
privada
Se a vítima buscar a 
delegacia de polícia 
autorizando o início 
da investigação
INQUÉRITO POLICIAL:
- Elementos informativos;
- Não há contraditório e 
ampla defesa.
AÇÃO PENAL: 
- Provas;
- Há contraditório e ampla 
defesa.
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
24 
 
Atenção: não se pode condenar com base exclusiva em elementos informativos. 
 
3.5. Características do inquérito policial 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
3.6. Encerramento do IP 
 *Para todos verem: esquema. 
 
Características
Obrigatório
Discricionário
Dispensável
Informativo
Escrito
Sigiloso
Inquisitivo
Indisponível
Temporário
Delegado 
encaminha os 
autos ao juiz
Requer novas 
diligências
Oferece 
denúncia
Arquivamento
Juiz concorda
Encaminha ao 
chefe do MP
Concorda com o 
arquivamento
Discorda do 
arquivamento, 
determinando 
que outro 
ofereça a 
denúncia ou ele 
mesmo oferece 
Juiz discorda
Juiz encaminha 
ao MP
Ministério 
Público
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
25 
 
 Resolva a questão a seguir: 
 
 
9) FGV - 2018 - OAB - 27º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Após receber denúncia anônima, por meio de disque-denúncia, de grave crime de estupro com resultado 
morte que teria sido praticado por Lauro, 19 anos, na semana pretérita, a autoridade policial, de imediato, 
instaura inquérito policial para apurar a suposta prática delitiva. Lauro é chamado à Delegacia e apresenta 
sua identidade recém-obtida; em seguida, é realizada sua identificação criminal, com colheita de digitais 
e fotografias. Em que pese não ter sido encontrado o cadáver até aquele momento das investigações, a 
autoridade policial, para resguardar a prova, pretende colher material sanguíneo do indiciado Lauro para 
fins de futuro confronto, além de desejar realizar, com base nas declarações de uma testemunha 
presencial localizada, uma reprodução simulada dos fatos; no entanto, Lauro se recusa tanto a participar 
da reprodução simulada quanto a permitir a colheita de seu materialsanguíneo. É, ainda, realizado o 
reconhecimento de Lauro por uma testemunha após ser-lhe mostrada a fotografia dele, sem que fossem 
colocadas imagens de outros indivíduos com características semelhantes. Ao ser informado sobre os 
fatos, na defesa do interesse de seu cliente, o(a) advogado(a) de Lauro, sob o ponto de vista técnico, 
deverá alegar que 
 
A) o inquérito policial não poderia ser instaurado, de imediato, com base em denúncia anônima 
isoladamente, sendo exigida a realização de diligências preliminares para confirmar as informações 
iniciais. 
B) o indiciado não poderá ser obrigado a fornecer seu material sanguíneo para a autoridade policial, ainda 
que seja possível constrangê-lo a participar da reprodução simulada dos fatos, independentemente de 
sua vontade. 
C) o vício do inquérito policial, no que tange ao reconhecimento de pessoa, invalida a ação penal como 
um todo, ainda que baseada em outros elementos informativos, e não somente no ato viciado. 
D) a autoridade policial, como regra, deverá identificar criminalmente o indiciado, ainda que civilmente 
identificado, por meio de processo datiloscópico, mas não poderia fazê-lo por fotografias. 
 
 
 
4. Instrução criminal 
4.1. Procedimento comum3 ordinário (arts. 394 a 405 do CPP)4 
 
 
3 De acordo com o art. 394 do CPP, o procedimento penal será: comum (ordinário, sumário ou sumaríssimo) ou 
especial (Ex.: Procedimento do Júri; Procedimento da Lei de Drogas; Lei 8.038/90; Procedimento para apuração 
dos crimes imateriais – art. 524 do CPP, entre outros). 
4 Aplicado aos crimes cuja PENA MÁXIMA prevista seja IGUAL ou SUPERIOR a 4 anos – art. 394, §1º, I, CPP, 
desde que não haja previsão de aplicação de procedimento especial. 
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
26 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
Recursos: 
• Apelação: art. 593 do CPP; 
• Embargos declaratórios: art. 382 do CPP. 
 
4.2. Oferecimento da denúncia ou queixa-crime 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
 
4.3. Rejeição da denúncia ou queixa 
Causas de rejeição da denúncia ou queixa-crime: 
a) Inepta: ausência dos requisitos do art. 41 do CPP, quando necessários. 
b) Ausência de condição ou dos pressupostos para a ação penal. Exemplo: 
legitimidade/ausência de representação. 
c) Ausência de justa causa: ausência de elementos mínimos para a acusação. 
Oferecimento 
da denúncia 
ou queixa-
crime
Juiz
Rejeita 
liminarmente 
a denúncia ou 
queixa-crime.
Recebe a 
denúncia ou 
queixa-crime: 
art. 396, CPP.
Citação
Resposta à 
acusação: art. 
396-A do CPP;
Prazo 10 dias;
Poderá sustentar 
tudo que interesse 
a defesa, até 
mesmo postular a 
rejeição tardia da 
peça acusatória. 
Juiz
Absolve 
sumariamente: 
art. 397 do CPP;
OU
Designa a 
audiência de 
instrução e 
julgamento: art. 
400 do CPP.
Sentença: 
arts. 386 e 
387 do CPP.
A denúncia ou queixa conterá (art. 41 do CPP):
A exposição do fato criminoso, com todas as suas 
circunstâncias;
A qualificação do acusado ou esclarecimento 
pelos quais se possa identificá-lo;
A classificação do crime;
Quando necessário, o rol de testemunhas.
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
27 
 
 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
Súmula 707 do STF. Constitui nulidade a falta de intimação do denunciado para oferecer 
contrarrazões ao recurso interposto da rejeição da denúncia, não a suprindo a nomeação 
de defensor dativo. 
 
4.4. Recebimento da denúncia ou queixa-crime 
• Decisão irrecorrível; 
• Poderá ser atacada através de habeas corpus, que não é recurso. 
 
4.5. Citação 
*Para todos verem: esquema. 
 
 
Réu não encontrado: 
• Se o acusado comparece ao processo, segue normalmente; 
• Se não comparece nem constitui defensor: o processo ficará suspenso e contagem 
de prescrição - art. 366 do CPP. 
 
Súmula 415 do STJ: O período de suspensão do prazo prescricional é regulado pelo 
máximo da pena cominada. 
Qual o recurso cabível contra a rejeição da 
denúncia ou queixa?
Recurso em sentido estrito - RESE - art. 581, I, 
do CPP - 5 dias
Exceção: JECRIM - art. 82 da Lei 9.099 - 
APELAÇÃO - 10 dias
Citação
Real/pessoal
Ficta/presumida
Hora certa: acusado se oculta 
para não ser citado.
Edital: acusado não é 
encontrado para ser citado.
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
28 
 
4.6. Resposta à acusação – art. 396–A do CPP 
Prazo: 10 dias. 
 
Súmula 710 do STF: No processo penal, contam-se os prazos da data da intimação, e 
não da juntada aos autos do mandado ou da carta precatória ou de ordem. 
Súmula 310 do STF: Quando a intimação tiver lugar na sexta-feira, ou a publicação com 
efeito de intimação for feita nesse dia, o prazo judicial terá início na segunda-feira imediata, 
salvo se não houver expediente, caso em que começará no primeiro dia útil que se seguir. 
 
Observação: é possível a defesa solicitar na resposta à acusação que o juiz análise 
novamente a hipótese de rejeição da denúncia ou queixa. 
 
4.7. Absolvição sumária 
 
Art. 397 do CPP. A decisão de absolvição sumária, após transitar em julgado, produz 
efeito de coisa julgada material, não podendo mais ser modificada. 
 
 
*Para todos verem: esquema. 
Excludentes de culpabilidade, exceto inimputabilidade Atipicidade da condutaExtinção da 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Se não houver absolvição sumária é obrigatória a designação de audiência. 
 
4.8. Audiência 
Art. 400 do CPP. 
 *Para todos verem: esquema. 
 
Excludentes de ilicitude
Excludentes de culpabilidade, exceto inimputabilidade
Atipicidade da conduta
Extinção da punibilidade
Oitiva do 
ofendido
Oitiva da 
acusação/ 
defesa
Peritos/ 
acareações/ 
reconhecimento 
de pessoas e 
coisas
Interrogatório
Debates 
orais/ 
alegações 
orais
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
29 
 
Poderá ocorrer a conversão dos debates orais em memoriais em razão da 
complexidade/número de acusados/ pendência de diligências. 
Prazo: 05 dias. 
 
 Resolva a questão a seguir: 
 
 
10) FGV - 2020 - OAB - 31º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Caio foi denunciado pela suposta prática do crime de estupro de vulnerável. Ocorre que, apesar da 
capitulação delitiva, a denúncia apresentava-se confusa na narrativa dos fatos, inclusive não sendo 
indicada qual seria a idade da vítima. Logo após a citação, Caio procurou seu advogado para 
esclarecimentos, destacando a dificuldade na compreensão dos fatos imputados. 
O advogado de Caio, constatando que a denúncia estava inepta, deve esclarecer ao cliente que, sob o 
ponto de vista técnico, com esse fundamento poderia buscar 
 
A) a rejeição da denúncia, podendo o Ministério Público apresentar recurso em sentido estrito em caso 
de acolhimento do pedido pelo magistrado, ou oferecer, posteriormente, nova denúncia. 
B) sua absolvição sumária, podendo o Ministério Público apresentar recurso de apelação em caso de 
acolhimento do pedido pelo magistrado, ou oferecer, posteriormente, nova denúncia. 
C) sua absolvição sumária, podendo o Ministério Público apresentar recurso em sentido estrito em caso 
de acolhimento do pedido pelo magistrado, mas, transitada em julgado a decisão, não poderá ser 
oferecida nova denúncia com base nos mesmos fatos. 
D) a rejeição da denúncia, podendo o Ministério Público apresentar recurso de apelação em caso de 
acolhimento do pedido pelo magistrado, mas, uma vez transitada em julgado a decisão, não caberá 
oferecimento de nova denúncia. 
 
 
5. Procedimento especial dos crimes dolosos contra a vida 
O procedimento especial para apuração dos crimes dolosos contra a vida, divide-se em 
duas fases, vejamos: 
• 1ª fase do procedimento do júri: arts. 406 a 421 do CPP; 
• 2ª fase do procedimento do júri: arts. 422 a 497 do CPP.Neste procedimento serão julgados os crimes dolosos contra a vida, tentados ou 
consumados, previstos no artigo 74, §1, do CPP, quais sejam: homicídio doloso, aborto, 
infanticídio e instigação, induzimento, auxílio ao suicídio. 
Obs.: 1) Se um crime doloso contra a vida tiver sido cometido com outro de outra espécie, 
por exemplo, crime de estupro, ambos serão julgados no tribunal do júri, em face da conexão, 
nos termos do art. 78, I, do CPP. 
Obs.: 2) Fique atento em crimes que em regra não são da competência do Júri, como é o 
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
30 
 
caso do latrocínio (Súmula 603 do STF) e lesão corporal seguida de morte. 
 
5.1. Primeira fase do júri: arts. 406 – 421 do CPP 
A primeira fase é muito similar ao procedimento comum ordinário, porém com as suas 
particularidades, vejamos: 
a) Quando ocorre um crime doloso contra à vida, após a apuração dos indícios de autoria/ 
participação, bem como a materialidade, teremos o oferecimento da denúncia ou queixa (art. 406 
do CPP). 
b) O juiz pode proferir uma decisão de rejeição se presentes às hipóteses do art. 395 CPP. 
Ou pode receber a denúncia ou queixa, quando irá determinar a citação do acusado para 
apresentar a resposta a acusação no prazo de 10 dias (art. 406 CPP). 
c) No artigo 406, §§ 4º e 5º prevê que nessa primeira fase a defesa e a acusação terão 
direito à 08 testemunhas. 
d) Apresentada a resposta à acusação, diferente do rito ordinário, o juiz, é dada vista à 
acusação (art. 409 CPP), pelo prazo de 05 dias para que o MP se manifesta sobre documentos 
e alegações trazidos na resposta. O MP se manifestando o juiz designará audiência do artigo 
411 do CPP. 
e) A ordem de inquirição será a mesma, primeiro a vítima (se possível), testemunhas de 
acusação, testemunhas de defesa, peritos, reconhecimento de pessoas ou coisas, acareações, 
oitiva do acusado e por fim alegações finais orais. 
f) As decisões do juiz que encerram a primeira fase do júri, são decisões próprias do juiz 
da Vara Criminal do Tribunal do Júri e podem ser: 
• Pronúncia (art. 413 do CPP): que é a decisão que vai conduzir o réu para a segunda 
fase; 
• Impronúncia (art. 414 do CPP); 
• Absolvição sumária, que ocorre após a instrução (art. 415 do CPP); 
• Desclassificação (art. 419 do CPP). 
O juiz vai pronunciar quando, após a instrução, estiver convencido da materialidade ou 
dos indícios de autoria ou participação do acusado. O juiz não pode julgar, ele tem que fazer 
uma fundamentação (art. 413, §1º, CPP) indicando de forma comedida a sua fundamentação. 
Por exemplo: o juiz não poderá dizer de forma peremptória que não existiu a legítima defesa, se 
fizer ele estará usurpando as funções dos jurados o que gera uma nulidade da decisão de 
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 Processo Penal 
31 
 
pronúncia. 
 *Para todos verem: esquemas. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 Resolva a questão a seguir: 
 
 
11) FGV – 2022 - OAB – 34° Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Ao término da instrução criminal no processo em que Irineu foi denunciado pelo crime de homicídio doloso 
consumado que vitimou Alberto, o advogado de Irineu teve a palavra em audiência para fazer suas 
alegações finais (juízo de admissibilidade da acusação). No curso do inquérito policial o Delegado de 
Polícia representou ao juízo competente pelo incidente de insanidade mental, cujo laudo afirmou que, na 
data em que o crime foi praticado, Irineu era inteiramente incapaz de entender o caráter ilícito do fato. 
Ouvidas as testemunhas arroladas na denúncia, Roberta, cliente que estava no bar em que aconteceu o 
Pronúncia
Art. 413 do CPP
RESE - art. 581, 
IV, do CPP
Impronúncia
Art. 414 do CPP
Apelação - art. 
416 do CPP
Absolvição 
sumária
Art. 415 do CPP
Apelação - art. 
416 do CPP
Desclassificação
Art. 419 do CPP
RESE - art. 581, II, 
do CPP
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 Processo Penal 
32 
 
crime, declarou que Irineu tinha traços semelhantes àqueles da pessoa que efetuou o disparo de arma 
de fogo, mas não poderia afirmar com certeza a autoria. No mesmo sentido foi o depoimento de Laércio, 
que era garçom daquele estabelecimento comercial. Rui, que estava no caixa do bar, e Ana, a gerente, 
disseram não ter condições de reconhecer o réu. Irineu sempre negou a autoria do homicídio. Você, como 
advogado(a) de defesa de Irineu, em alegações finais, deve sustentar a tese de 
 
A) nulidade do processo desde a decisão que determinou o exame de insanidade mental, pois o Delegado 
de Polícia não poderia representar pelo incidente de insanidade mental, por não ter qualidade de parte. 
B) absolvição sumária, em razão do laudo do exame de insanidade mental ter afirmado que Irineu era 
absolutamente incapaz, por doença mental, sem condições, à época, de entender o caráter ilícito do fato. 
C) impronúncia de Irineu, posto que a prova testemunhal não revelou a existência de indícios suficientes 
de autoria. 
D) despronúncia, em razão das declarações de Rui e Ana, que não reconheceram Irineu como autor do 
disparo de arma de fogo. 
 
5.2. Segunda fase do júri: arts. 422 a 497 do CPP 
Em relação à segunda fase do Júri, o regramento está previsto nos artigos 422 a 497 do 
CPP. Nesta fase, temos a presença dos jurados, que irão compor o conselho de sentença (art. 
425 do CPP). 
*Para todos verem: esquema. 
 
Poderá ocorrer o desaforamento – nos termos dos arts. 427 e 428 do CPP – que resulta 
na alteração da competência territorial, ou seja, determinado processo será julgado em comarca 
diversa daquela inicialmente competente. Muita atenção: quem decide sobre o 
desaforamento é o Tribunal de Justiça ou Tribunal Regional Federal. 
Para fins de estudo, é muito importante retomar os artigos que podem resultar em nulidade 
do julgamento, quando não observados. Vejamos: 
 
Art. 478. Durante os debates as partes não poderão, sob pena de nulidade, fazer 
referências 
I – à decisão de pronúncia, às decisões posteriores que julgaram admissível a acusação 
ou à determinação do uso de algemas como argumento de autoridade que beneficiem ou 
prejudiquem o acusado 
Preparação do 
processo para 
julgamento em 
plenário: art. 
422 - 431 do 
CPP.
Sessão plenária 
- Sorteio do 
conselho de 
sentença (arts. 425 
e 463 do CPP);
- Instrução em 
plenário: art. 472 
do CPP.
-Debates orais: 
art. 476, CPP;
- Réplica e 
tréplica;
-Votação dos 
jurados: quesitos.
- Sentença do 
juiz presidente;
- Apelação: art. 
593, III, do CPP.
 
 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem 
 Processo Penal 
33 
 
II – ao silêncio do acusado ou à ausência de interrogatório por falta de requerimento, em 
seu prejuízo. 
Art. 479. Durante o julgamento não será permitida a leitura de documento ou a exibição 
de objeto que não tiver sido juntado aos autos com a antecedência mínima de 3 (três) dias 
úteis, dando-se ciência à outra parte. 
Parágrafo único. Compreende-se na proibição deste artigo a leitura de jornais ou qualquer 
outro escrito, bem como a exibição de vídeos, gravações, fotografias, laudos, quadros, 
croqui ou qualquer outro meio assemelhado, cujo conteúdo versar sobre a matéria de fato 
submetida à apreciação e julgamento dos jurados. 
 
Ao final do julgamento, após a decisão dos jurados, o juiz irá sentenciar. Lembre-se que 
da sentença proferida pelo juiz Presidente do Tribunal do Júri, caberá o recurso de 
apelação, previsto no art. 593, III, do CPP. 
 
6. Recursos 
 
*Para todos verem: quadro. 
 
Recurso Base legal Prazo Dicas importantes 
 
 
 
 
 
 
Recurso em 
sentido estrito 
 
 
 
 
 
 
 
Arts. 581 a 592 do 
CPP 
 
 
Súmula707 do STF 
 
 
Art. 294, § único, do 
CTB 
 
 
 
 
5 dias (interposição) 
 
 
2 dias (razões) 
 
 
2 dias (contrarrazões) 
 
Recurso cabível das decisões do 
juiz de 1º grau. 
 
Hipóteses de cabimento – art. 581 
do CPP 
 
Em regra, a decisão que rejeita a 
peça acusatória é recorrível via 
Recurso no sentido estrito. 
OBS.: No JECRIM utiliza-se 
apelação. No júri caberá RESE para 
pronúncia e desclassificação. 
 
As hipóteses previstas nos incisos 
XII, XVII, XIX e XXIII do art. 581 do 
CPP são passíveis de Agravo em 
Execução, pois estão revogados 
tacitamente. 
 
Atenção a nova hipótese do inc. 
XXV. 
 
Juízo de retratação: art. 589 do 
CPP 
 
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 Processo Penal 
34 
 
 
 
 
 
 
Apelação 
 
 
 
 
 
Arts. 593 a 603 do 
CPP 
 
 
5 dias (interposição) 
 
8 dias (razões) 
 
8 dias (contrarrazões) 
 
15 dias (assistente da 
acusação não habilitado) 
 
 
Súmula 705 do STF. 
Possibilidade de apresentar razões 
perante o Tribunal de Justiça 
(razões extemporâneas e 
irregularidade) – art. 600, §4º do 
CPP. 
 
Limitadas as hipóteses de apelação 
no Tribunal do Júri – art. 593, III, do 
CPP: somente em virtudes daqueles 
fundamentos legalmente 
estabelecidos (Súmula 713 do STF). 
 
 
 
 
 
Apelação no 
JECRIM 
 
 
 
 
Art. 82 da Lei 
9.099/96 
 
 
 
 
10 dias (interposição 
e razões em conjunto) 
 
10 dias 
(contrarrazões) 
 
 
Prazo único. 
Não se aplica o art. 600, §4º do 
CPP. 
Julgado pela TRC (Turma 
Recursal Criminal). 
Cabimento contra a rejeição da 
peça acusatória. 
 
 
Embargos 
declaratórios do 
CPP 
 
Art. 382 CPP 
(sentença) 
 
Art. 619 do CPP 
(acórdão) 
 
 
 
2 dias para oposição 
 
Dirimir ambiguidade, contradição 
ou omissão. 
De acordo com a doutrina, os 
embargos do CPP interrompem o 
prazo para eventual recurso cabível. 
 
Embargos 
declaratórios do 
JECRIM 
 
 
Art. 83 da 
Lei 9.099/95 
 
5 dias para oposição 
Dirimir obscuridade, contradição ou 
omissão. 
Expressamente, conforme consta 
na Lei, os embargos interrompem o 
prazo para interposição de recurso. 
Embargos 
infringentes e de 
Nulidades 
 
Art. 609, § único, do 
CPP 
 
10 dias para 
oposição 
 
Recurso privativo da defesa. 
Decisão não unânime e 
desfavorável ao réu. 
 
 
 
Carta 
testemunhável 
 
 
 
Art 639, ss... 
do CPP 
 
 
 
48 horas 
 
Denegar recurso ou quando admiti-
lo obstar à sua expedição e 
seguimento. 
Recurso residual, utilizado quando 
não houve recurso próprio. 
(Ex: denegar RESE ou Agravo em 
Execução.) 
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 Processo Penal 
35 
 
 
 
Recurso Ordinário 
Constitucional em 
Habeas Corpus 
 
 
 
Art. 102, II, “a” da CF 
e 
105, II, “a” da CF 
 
 
5 dias 
 
Cabível de decisão denegatória de 
Habeas Corpus proferida no âmbito 
dos Tribunais. 
Lembrar que se o habeas corpus for 
denegado por juiz de direito, caberá 
RESE. 
Recurso Ordinário 
em mandado de 
segurança 
 
Art.105, II, “b” da CF 
e 
Art.33 da lei 8.038/90 
 
15 dias 
 
Cabível de decisão denegatória 
de mandado de segurança no 
âmbito do TJ’S e TRF’S. 
 
Recurso especial Art. 105, III, CF 15 dias 
 
Exigência do prequestionamento da 
matéria objeto de recurso. 
 
 
Recurso 
extraordinário 
 
 
Art. 102, III, da CF 
 
 
15 dias 
 
Exigência do prequestionamento da 
matéria objeto de recurso. 
Demonstração da repercussão 
geral. 
 
Agravo em 
Execução Penal 
 
Art. 197 da LEP 
 
5 dias 
Súmula 700 do STF 
 
Cabível contra as decisões 
proferidas pelo Juiz da Vara de 
Execução Criminal. 
 
 
 Resolva a questão a seguir: 
 
 
12) FGV – 2019 - OAB – 28° Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase 
Marcus, advogado, atua em duas causas distintas que correm perante a Vara Criminal da Comarca de 
Fortaleza. Na primeira ação penal, Renato figura como denunciado em ação penal por crime de natureza 
tributária, enquanto, na segunda ação, Hélio consta como denunciado por crime de peculato. 
Entendendo pela atipicidade da conduta de Renato, Marcus impetra habeas corpus, perante o Tribunal 
de Justiça, em busca do “trancamento” da ação penal. Já em favor de Hélio, impetra mandado de 
segurança, também perante o Tribunal de Justiça, sob o fundamento de que o magistrado de primeira 
instância, de maneira recorrente, não estava permitindo o acesso aos autos do processo. 
Na mesma data são julgados o habeas corpus e o mandado de segurança por Câmara Criminal do 
Tribunal de Justiça do Ceará, sendo que a ordem de habeas corpus não foi concedida por maioria de 
votos, enquanto o mandado de segurança foi denegado por unanimidade. 
Intimado da decisão proferida no habeas corpus e no mandado de segurança, caberá a Marcus 
apresentar, em busca de combatê-las, 
 
A) Recurso ordinário constitucional, nos dois casos. 
B) Recurso em sentido estrito e recurso ordinário constitucional, respectivamente. 
C) Embargos infringentes, nos dois casos. 
D) Embargos infringentes e recurso ordinário constitucional, respectivamente. 
 
 
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 Processo Penal 
36 
 
Gabaritos das questões: 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
1 – B 2 – C 3 – C 4 – A 5 – B 6 – C 7 – A 
8 – D 9 – A 10 – A 11 – C 12 – A 
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 Processo Penal 
37 
 
 
https://ceisc.com.br/listagem/8
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