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Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 1 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 2 Próximo destino: a aprovação na OAB! Queridos alunos, cada material da Revisão Turbo foi preparado com muito carinho para que você possa absorver, de forma rápida, conteúdos de qualidade! Lembre-se: estamos aqui para ajudar você a dar asas aos seus sonhos! Preparamos um material incrível para ajudar você a concluir essa viagem acertando 40 questões com segurança e chegar ao seu destino dos sonhos: a aprovação na 1ª fase da OAB! Então embarque nessa com a gente! Com carinho, equipe Ceisc. Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 3 Processo do Trabalho Revisão Turbo | 39° Exame da OAB Sumário Aula 12/11/2023 – Turno da noite ................................................................................................ 4 Aula 15/11/2023 – Turno da manhã ........................................................................................... 22 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 4 Aula 12/11/2023 – Turno da noite 1. Procedimento sumaríssimo O procedimento sumaríssimo é o procedimento mais cobrado em prova. Encontra-se previsto na CLT a partir do art. 852-A. Respira, não pira... Olha o artigo! CLT Art. 852-A. Os dissídios individuais cujo valor não exceda a quarenta vezes o salário- mínimo vigente na data do ajuizamento da reclamação ficam submetidos ao procedimento sumaríssimo. Parágrafo único. Estão excluídas do procedimento sumaríssimo as demandas em que é parte a Administração Pública direta, autárquica e fundacional. Assim, não pode ser parte órgão da administração pública direta, autárquica ou fundacional (portanto, as empresas públicas e sociedades de economia mista podem figurar como parte). Ademais, conforme o art. 852-B, nas reclamações enquadradas no procedimento sumaríssimo devem ter pedido certo ou determinado e indicará o valor correspondente. Não se fará citação por edital, incumbindo ao autor à correta indicação do nome e endereço do reclamado. E, a apreciação da reclamação deverá ocorrer no prazo máximo de quinze dias do seu ajuizamento, podendo constar de pauta especial, se necessário, de acordo com o movimento judiciário da Junta de Conciliação e Julgamento. As demandas sujeitas a rito sumaríssimo serão instruídas e julgadas em audiência única, sob a direção de juiz presidente ou substituto, que poderá ser convocado para atuar simultaneamente com o titular (art. 852-C). Muita atenção! No procedimento sumaríssimo, quanto às provas, serão ouvidas até 2 testemunhas para cada parte e elas comparecem na audiência independentemente de Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 5 intimação, sendo possível a sua intimação apenas com prova do convite. Além disso, é possível ter prova pericial, desde que seja essencial para a resolução do caso. Para não esquecer: *Para todos verem: esquema. Resolva a questão a seguir: 1) FGV – 2021 – OAB – 32º Exame de Ordem Unificado – Primeira Fase Melissa era uma empregada terceirizada do setor de limpeza que atuou durante todo o seu contrato em uma sociedade de economia mista federal, que era a tomadora dos serviços (contratante). Após ter sido dispensada e não ter recebido nem mesmo as verbas resilitórias, Melissa ajuizou reclamação trabalhista contra o ex-empregador e contra a sociedade de economia mista federal, requerendo desta a responsabilidade subsidiária por ser tomadora dos serviços. O volume dos pedidos de Melissa alcança o valor de R$ 17.000,00. Considerando os fatos narrados, assinale a afirmativa correta. A) A ação tramitará pelo procedimento sumaríssimo, de modo que Melissa poderá́ conduzir, no máximo, duas testemunhas. B) Diante do valor dos pedidos formulados, a reclamação deverá se submeter ao rito sumário e, da decisão que vier a ser proferida, não caberá́ recurso. C) A reclamação adotará o rito especial misto e será́ possível a citação por edital caso o ex-empregador não seja localizado na fase de conhecimento. D) A demanda observará rito ordinário, independentemente do valor do pedido de Melissa, pois um dos réus é ente público. 2. Reclamação trabalhista e defesa do réu A reclamação trabalhista poderá ser escrita ou verbal. Quando escrita deve: conter a designação do juízo, a qualificação das partes, a breve exposição dos fatos de que resulte o Procedimento sumaríssimo Não pode Administração Pública direta, autárquica e fundacional Citação por edital Testemunhas 2 Comparecem independentemente de intimação Para intimação – prova do convite Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 6 dissídio, o pedido, que deverá ser certo, determinado e com indicação de seu valor, a data e a assinatura do reclamante ou de seu representante (art. 840 da CLT). Oferecida a contestação, ainda que eletronicamente, o reclamante não poderá, sem o consentimento do reclamado, desistir da ação. Reclamação plúrima: sendo várias as reclamações e havendo identidade de matéria, poderão ser acumuladas num só processo, se se tratar de empregados da mesma empresa ou estabelecimento (art. 842 da CLT). Defesa: a parte poderá apresentar defesa escrita pelo sistema de processo judicial eletrônico até a audiência (art. 847 da CLT). Exceção de incompetência territorial: apresentada exceção de incompetência territorial no prazo de cinco dias a contar da notificação, antes da audiência e em peça que sinalize a existência desta exceção, seguir-se-á o procedimento estabelecido neste artigo (art. 800 da CLT). Resolva a questão a seguir: 2) FGV - 2018 - OAB - 27° Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase Seu escritório foi contratado pela empresa Alumínio Brilhante Ltda. para assisti-la juridicamente em uma audiência. Você foi designado(a) para a audiência. Forneceram-lhe cópia da defesa e dos documentos, e afirmaram que tudo já havia sido juntado aos autos do processo eletrônico. Na hora da audiência, tendo sido aberta esta, bem como os autos eletrônicos do processo, o juiz constatou que a defesa não estava nos autos, mas apenas os documentos. Diante disso, o juiz facultou-lhe a opção de apresentar defesa. Nos exatos termos previstos na CLT, você deverá A) entregar a cópia escrita que está em sua posse. B) aduzir defesa oral em 20 minutos. C) requerer o adiamento da audiência para posterior entrega da defesa. D) requerer a digitalização da sua defesa para a juntada no processo. 3. Audiência Conforme a OJ no 245 SDI-1, inexiste previsão legal tolerando atraso no horário de comparecimento da parte na audiência. E, consoante o art. 815 da CLT, à hora marcada, o juiz ou presidente declarará aberta a audiência, sendo feita pelo secretário ou escrivão a chamada das partes, testemunhas e demais pessoas que devam comparecer. Se, até 15 minutos após a hora marcada, o juiz ou presidente não houver comparecido, os presentes poderão retirar-se, devendo o ocorrido constar do livro de registro das audiências. Atenção! Um tema muito cobrado em prova diz respeito ao comparecimento das partes Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 7 na audiência. Sobre a possibilidade de representação e substituiçãodelas, muita atenção ao artigo transcrito a seguir. Respira, não pira... Olha o artigo! CLT Art. 843. A audiência de julgamento deverão estar presentes o reclamante e o reclamado, independentemente do comparecimento de seus representantes salvo, nos casos de Reclamatórias Plúrimas ou Ações de Cumprimento, quando os empregados poderão fazer-se representar pelo Sindicato de sua categoria. § 1o É facultado ao empregador fazer-se substituir pelo gerente, ou qualquer outro preposto que tenha conhecimento do fato, e cujas declarações obrigarão o proponente. § 2o Se por doença ou qualquer outro motivo poderoso, devidamente comprovado, não for possível ao empregado comparecer pessoalmente, poderá fazer-se representar por outro empregado que pertença à mesma profissão, ou pelo seu sindicato. § 3o O preposto a que se refere o § 1o deste artigo não precisa ser empregado da parte reclamada. Observe que, conforme o TST, IN 41, nos termos do art. 843, § 3º, e do art. 844, § 5º, da CLT, não se admite a cumulação das condições de advogado e preposto. Ademais, as consequências do não comparecimento são observadas no seguinte artigo: Respira, não pira... Olha o artigo! CLT Art. 844. O não-comparecimento do reclamante à audiência importa o arquivamento da reclamação, e o não-comparecimento do reclamado importa revelia, além de confissão quanto à matéria de fato. § 1o Ocorrendo motivo relevante, poderá o juiz suspender o julgamento, designando nova audiência. 2o Na hipótese de ausência do reclamante, este será condenado ao pagamento das custas calculadas na forma do art. 789 desta Consolidação, ainda que beneficiário da justiça gratuita, salvo se comprovar, no prazo de quinze dias, que a ausência ocorreu por motivo legalmente justificável. § 3o O pagamento das custas a que se refere o § 2o é condição para a propositura de nova demanda. Já a revelia não produz o efeito se: Art. 844. (...) (...) § 4o (...) I – havendo pluralidade de reclamados, algum deles contestar a ação; II – o litígio versar sobre direitos indisponíveis; III – a petição inicial não estiver acompanhada de instrumento que a lei considere indispensável à prova do ato; IV – as alegações de fato formuladas pelo reclamante forem inverossímeis ou estiverem em contradição com prova constante dos autos; § 5o E, ainda que ausente o reclamado, presente o advogado na audiência, serão aceitos a contestação e os documentos eventualmente apresentados. Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 8 E conforme entendimento consolidado do TST: Súm. no 9 do TST: A ausência do reclamante, quando adiada a instrução após contestada a ação em audiência, não importa arquivamento do processo. Súm. no 74 do TST: I – Aplica-se a confissão à parte que, expressamente intimada com aquela cominação, não comparecer à audiência em prosseguimento, na qual deveria depor. II – A prova pré-constituída nos autos pode ser levada em conta para confronto com a confissão ficta (arts. 442 e 443, do CPC de 2015), não implicando cerceamento de defesa o indeferimento de provas posteriores. III – A vedação à produção de prova posterior pela parte confessa somente a ela se aplica, não afetando o exercício, pelo magistrado, do poder/dever de conduzir o processo. Para não esquecer: representação/substituição e ausência. *Para todos verem: esquema. Resolva a questão a seguir: 3) FGV – 2021- OAB – 33º Exame de Ordem Unificado – Primeira Fase Maurício ajuizou reclamação trabalhista, em agosto de 2021, contra a sua ex-empregadora, a sociedade empresária Sorvetes Glacial Ltda., postulando o pagamento de horas extras e verbas resilitórias. No dia da audiência inaugural, feito o pregão com pontualidade, o autor compareceu acompanhado de seu advogado, estando ainda presente o advogado da empresa, mas ausente o preposto. O advogado do réu requereu que se aguardasse o prazo de 15 minutos, mas diante da negativa do advogado do autor, que não concordou em aguardar, teve início a audiência. O advogado do autor requereu a aplicação da revelia e o advogado do réu informou que havia protocolizado defesa com documentos pelo processo judicial eletrônico (PJe), requerendo que fossem recebidos. Diante da situação e dos termos da CLT, assinale a afirmativa correta. Empregado Doença/motivo poderoso Representar Sindicato ou outro empregado Empregador ... Substituir Gerente ou preposto Reclamante Ausência: arquivamento Pagamento de custas, salvo motivo justificado: 15 dias Reclamada Ausência: revelia/ confissão Aceita contestação e documentos presente o advogado Representação e substituição Ausência Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 9 A) Deverá ser aplicada a revelia em razão da ausência do preposto e desprezada a defesa. B) Há nulidade do ato porque a CLT determina que se aguarde a parte até 15 minutos após o horário designado. C) Sendo a CLT omissa a respeito, caberá ao juiz definir se haverá revelia ou remarcação da audiência. D) A defesa e os documentos apresentados devem ser aceitos. 4. Prazos no Processo do Trabalho Lembre-se que os prazos são contados em dias úteis, com exclusão do dia do começo e inclusão do dia do fim (art. 775 da CLT). Em regra, os prazos recursais são de 8 dias. Para lembrar: trabalho tem 8 letras – prazo de 8 dias. 5. Preparo dos recursos – depósito recursal Sobre o depósito recursal, é necessário observar o art. 899 da CLT. Conforme o § 4o do citado artigo, o depósito recursal será feito em conta vinculada ao juízo. Já o § 7o refere que, no ato de interposição do agravo de instrumento, o depósito recursal corresponderá a 50% do valor do depósito do recurso ao qual se pretende destrancar. E, conforme o § 8o, quando o agravo de instrumento tem a finalidade de destrancar recurso de revista que se insurge contra decisão que contraria a jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho, consubstanciada nas suas súmulas ou em orientação jurisprudencial, não haverá obrigatoriedade de se efetuar o depósito. Respira, não pira... Olha o artigo! CLT Art. 899. (...) § 9o O valor do depósito recursal será reduzido pela metade para entidades sem fins lucrativos, empregadores domésticos, microempreendedores individuais, microempresas e empresas de pequeno porte. § 10. São isentos do depósito recursal os beneficiários da justiça gratuita, as entidades filantrópicas e as empresas em recuperação judicial. § 11. O depósito recursal poderá ser substituído por fiança bancária ou seguro garantia judicial. Ademais, conforme o TST: Súm. no 86 do TST: Não ocorre deserção de recurso da massa falida por falta de pagamento de custas ou de depósito do valor da condenação. Esse privilégio, todavia, não se aplica à empresa em liquidação extrajudicial. Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 10 Súm. no 99 do TST: Havendo recurso ordinário em sede de rescisória, o depósito recursal só é exigível quando for julgado procedente o pedido e imposta condenação em pecúnia, devendo este ser efetuado no prazo recursal, no limite e nos termos da legislação vigente, sob pena de deserção. Súm. no 128 do TST: I – É ônus da parte recorrente efetuar o depósito legal, integralmente, em relação a cada novo recurso interposto, sob pena de deserção. Atingido o valor da condenação, nenhum depósito mais é exigido para qualquer recurso. II – Garantido o juízo, na fase executória, a exigência de depósito para recorrer de qualquer decisão viola os incisos II e LV do art. 5o da CF/1988. Havendo, porém, elevação do valor do débito, exige-se a complementação da garantia do juízo. III – Havendo condenação solidária de duas ou mais empresas, o depósito recursal efetuado por uma delas aproveita as demais, quando a empresaque efetuou o depósito não pleiteia sua exclusão da lide. Súm. no 161 do TST: Se não há condenação a pagamento em pecúnia, descabe o depósito de que tratam os §§ 1o e 2o do art. 899 da CLT. Súm. no 245 do TST: O depósito recursal deve ser feito e comprovado no prazo alusivo ao recurso. A interposição antecipada deste não prejudica a dilação legal. OJ no 140 da SDI-1: Em caso de recolhimento insuficiente das custas processuais ou do depósito recursal, somente haverá deserção do recurso se, concedido o prazo de 5 (cinco) dias previsto no § 2o do art. 1.007 do CPC de 2015, o recorrente não complementar e comprovar o valor devido. Para não esquecer: *Para todos verem: esquema. Resolva a questão a seguir: 4) FGV - 2022 - OAB – 34º Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase Beatriz foi empregada de uma entidade filantrópica por 2 (dois) anos e 3 (três) meses. Terminada a relação de emprego no final de 2021, Beatriz ajuizou reclamação trabalhista 1 (um) mês após, pelo procedimento sumaríssimo, postulando diversos direitos supostamente lesados, além de honorários advocatícios. Regularmente contestado e instruído, o pedido foi julgado procedente em parte, sendo que a ex- empregadora recorreu da sentença no prazo legal juntando o recolhimento das custas. Sobre essa hipótese, de acordo com o que dispõe a CLT, assinale a afirmativa correta. A) O recurso terá o seguimento negado de plano, já que a ex- empregadora não efetuou o depósito recursal. B) O juiz deverá conceder prazo para que a recorrente sane o vício e efetue o recolhimento do depósito recursal, sob pena de deserção. Pela metade Entidades sem fins lucrativos Pequenos Isentos “Lascados” Entidades filantrópicas Substituição Fiança bancária Seguro garantia Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 11 C) O recurso terá seguimento normal e será apreciado desde que a recorrente recolha metade do depósito recursal até a apreciação do recurso pelo relator. D) O recurso está com o preparo adequado porque, diante da natureza jurídica da ex-empregadora, ela é isenta do depósito recursal. 6. Recursos em espécie 6.1. Recurso ordinário O recurso ordinário é o recurso que cabe da sentença, equivalendo à apelação do processo civil. Mas, ele também tem uma segunda hipótese de cabimento: das decisões do TRT em ações de competência originária, tais como a AR, MS e DC. Respira, não pira... Olha o artigo! CLT Art. 895. Cabe recurso ordinário para a instância superior: I – das decisões definitivas ou terminativas das Varas e Juízos, no prazo de 8 (oito) dias; e II – das decisões definitivas ou terminativas dos Tribunais Regionais, em processos de sua competência originária, no prazo de 8 (oito) dias, quer nos dissídios individuais, quer nos dissídios coletivos. Conforme o § 1o do art. 895, nas reclamações sujeitas ao procedimento sumaríssimo, o recurso ordinário: “II – será imediatamente distribuído, uma vez recebido no Tribunal, devendo o relator liberá-lo no prazo máximo de dez dias, e a Secretaria do Tribunal ou Turma colocá-lo imediatamente em pauta para julgamento, sem revisor III – terá parecer oral do representante do Ministério Público presente à sessão de julgamento, se este entender necessário o parecer, com registro na certidão IV – terá acórdão consistente unicamente na certidão de julgamento, com a indicação suficiente do processo e parte dispositiva, e das razões de decidir do voto prevalente. Se a sentença for confirmada pelos próprios fundamentos, a certidão de julgamento, registrando tal circunstância, servirá de acórdão”. E, conforme o § 2o, os Tribunais Regionais, divididos em Turmas, poderão designar Turma para o julgamento dos recursos ordinários interpostos das sentenças prolatadas nas demandas sujeitas ao procedimento sumaríssimo. Ademais, conforme entendimento consolidado do TST: Súm. no 158 do TST: Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho, em ação rescisória, é cabível recurso ordinário para o Tribunal Superior do Trabalho, em face da organização judiciária trabalhista. Súm. no 201 do TST: Da decisão de Tribunal Regional do Trabalho em mandado de segurança cabe recurso ordinário, no prazo de 8 (oito) dias, para o Tribunal Superior do Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 12 Trabalho, e igual dilação para o recorrido e interessados apresentarem razões de contrariedade. 6.2. Recurso de revista O recurso de revista é o recurso que cabe das decisões TRTs em recurso ordinário e agravo de petição. Respira, não pira... Olha o artigo! CLT Art. 896. Cabe Recurso de Revista para Turma do Tribunal Superior do Trabalho das decisões proferidas em grau de recurso ordinário, em dissídio individual, pelos Tribunais Regionais do Trabalho, quando: a) derem ao mesmo dispositivo de lei federal interpretação diversa da que lhe houver dado outro Tribunal Regional do Trabalho, no seu Pleno ou Turma, ou a Seção de Dissídios Individuais do Tribunal Superior do Trabalho, ou contrariarem súmula de jurisprudência uniforme dessa Corte ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal; b) derem ao mesmo dispositivo de lei estadual, Convenção Coletiva de Trabalho, Acordo Coletivo, sentença normativa ou regulamento empresarial de observância obrigatória em área territorial que exceda a jurisdição do Tribunal Regional prolator da decisão recorrida, interpretação divergente, na forma da alínea a; c) proferidas com violação literal de disposição de lei federal ou afronta direta e literal à Constituição Federal. O recurso de revista, dotado de efeito apenas devolutivo, será interposto perante o Presidente do Tribunal Regional do Trabalho, que, por decisão fundamentada, poderá recebê-lo ou denegá-lo (§ 1o). Conforme o § 1o-A, sob pena de não conhecimento, é ônus da parte: “I – indicar o trecho da decisão recorrida que consubstancia o prequestionamento da controvérsia objeto do recurso de revista; II – indicar, de forma explícita e fundamentada, contrariedade a dispositivo de lei, súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho que conflite com a decisão regional; III – expor as razões do pedido de reforma, impugnando todos os fundamentos jurídicos da decisão recorrida, inclusive mediante demonstração analítica de cada dispositivo de lei, da Constituição Federal, de súmula ou orientação jurisprudencial cuja contrariedade aponte; IV – transcrever na peça recursal, no caso de suscitar preliminar de nulidade de julgado por negativa de prestação jurisdicional, o trecho dos embargos declaratórios em que foi pedido o pronunciamento do tribunal sobre questão veiculada no recurso ordinário e o trecho da decisão regional que rejeitou os embargos quanto ao pedido, para cotejo e verificação, de plano, da ocorrência da omissão”. Atenção! Das decisões proferidas pelos Tribunais Regionais do Trabalho ou por suas Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 13 Turmas, em execução de sentença, inclusive em processo incidente de embargos de terceiro, não caberá recurso de revista, salvo na hipótese de ofensa direta e literal de norma da Constituição Federal (§ 2o). A divergência apta a ensejar o recurso de revista deve ser atual, não se considerando como tal a ultrapassada por súmula do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal, ou superada por iterativa e notória jurisprudência do Tribunal Superior do Trabalho (§ 7o). Quando o recurso se fundar em dissenso de julgados, incumbe ao recorrente o ônus de produzir prova da divergência jurisprudencial, mediante certidão, cópia ou citação do repositório de jurisprudência, oficial ou credenciado, inclusive em mídia eletrônica, em que houver sido publicada a decisão divergente, ou ainda pela reproduçãode julgado disponível na internet, com indicação da respectiva fonte, mencionando, em qualquer caso, as circunstâncias que identifiquem ou assemelhem os casos confrontados (§ 8o). Nas causas sujeitas ao procedimento sumaríssimo, somente será admitido recurso de revista por contrariedade a súmula de jurisprudência uniforme do Tribunal Superior do Trabalho ou a súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal e por violação direta da Constituição Federal (§ 9o). Cabe recurso de revista por violação a lei federal, por divergência jurisprudencial e por ofensa à Constituição Federal nas execuções fiscais e nas controvérsias da fase de execução que envolvam a Certidão Negativa de Débitos Trabalhistas (CNDT), criada pela Lei nº 12.440/2011 (§ 10). Quando o recurso tempestivo contiver defeito formal que não se repute grave, o Tribunal Superior do Trabalho poderá desconsiderar o vício ou mandar saná-lo, julgando o mérito (§ 11). Da decisão denegatória caberá agravo, no prazo de 8 (oito) dias (§ 12). O relator do recurso de revista poderá denegar-lhe seguimento, em decisão monocrática, nas hipóteses de intempestividade, deserção, irregularidade de representação ou de ausência de qualquer outro pressuposto extrínseco ou intrínseco de admissibilidade (§ 14). Transcendência: a transcendência é um requisito para a admissibilidade de recurso de revistas, consistindo basicamente em ter a causa uma relevância social, para além dos interesses apenas das partes. CLT Art. 896-A. O Tribunal Superior do Trabalho, no recurso de revista, examinará previamente se a causa oferece transcendência com relação aos reflexos gerais de Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 14 natureza econômica, política, social ou jurídica. § 1o São indicadores de transcendência, entre outros: I – econômica, o elevado valor da causa; II – política, o desrespeito da instância recorrida à jurisprudência sumulada do Tribunal Superior do Trabalho ou do Supremo Tribunal Federal; III – social, a postulação, por reclamante-recorrente, de direito social constitucionalmente assegurado; IV – jurídica, a existência de questão nova em torno da interpretação da legislação trabalhista. 6.3. Embargos de declaração Os embargos de declaração são cabíveis para sanar omissão, obscuridade, contradição ou manifesto equívoco nos pressupostos de admissibilidade. Buscam, pois sanar um vício e não a reforma da decisão. Respira, não pira... Olha o artigo! CLT Art. 897-A. Caberão embargos de declaração da sentença ou acórdão, no prazo de cinco dias, devendo seu julgamento ocorrer na primeira audiência ou sessão subsequente a sua apresentação, registrado na certidão, admitido efeito modificativo da decisão nos casos de omissão e contradição no julgado e manifesto equívoco no exame dos pressupostos extrínsecos do recurso. Os erros materiais poderão ser corrigidos de ofício ou a requerimento de qualquer das partes (§ 1o). Os embargos de declaração interrompem o prazo para interposição de outros recursos, por qualquer das partes, salvo quando intempestivos, irregular a representação da parte ou ausente a sua assinatura (§ 3o). CLT Art. 897-A. (...) § 2o Eventual efeito modificativo dos embargos de declaração somente poderá ocorrer em virtude da correção de vício na decisão embargada e desde que ouvida a parte contrária, no prazo de 5 dias. OJ no 142 da SDI-1: É passível de nulidade decisão que acolhe embargos de declaração com efeito modificativo sem que seja concedida oportunidade de manifestação prévia à parte contrária. 6.4. Agravo de instrumento O agravo de instrumento é o recurso que cabe diante de decisão denegatória de recurso. Ou seja, quando o juízo a quo não remete o recurso para o juízo ad quem. Respira, não pira... Olha o artigo! Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 15 CLT Art. 897. Cabe agravo, no prazo de 8 (oito) dias: b) de instrumento, dos despachos que denegarem a interposição de recursos. O agravo de instrumento interposto contra o despacho que não receber agravo de petição não suspende a execução da sentença (§ 2o). O agravo será julgado pelo Tribunal que seria competente para conhecer o recurso cuja interposição foi denegada (§ 4o). Sob pena de não conhecimento, as partes promoverão a formação do instrumento do agravo de modo a possibilitar, caso provido, o imediato julgamento do recurso denegado, instruindo a petição de interposição: obrigatoriamente, com cópias da decisão agravada, da certidão da respectiva intimação, das procurações outorgadas aos advogados do agravante e do agravado, da petição inicial, da contestação, da decisão originária, do depósito recursal referente ao recurso que se pretende destrancar, da comprovação do recolhimento das custas e do depósito recursal a que se refere o § 7o do art. 899 da CLT; facultativamente, com outras peças que o agravante reputar úteis ao deslinde da matéria de mérito controvertida (§ 5o). O agravado será intimado para oferecer resposta ao agravo e ao recurso principal, instruindo-a com as peças que considerar necessárias ao julgamento de ambos os recursos (§ 6o). Provido o agravo, a Turma deliberará sobre o julgamento do recurso principal, observando-se, se for o caso, daí em diante, o procedimento relativo a esse recurso (§ 7o). O agravo de instrumento cabe em recurso ordinário, recurso de revista, recurso extraordinário, recurso adesivo e agravo de petição. Não cabe em embargos ao TST, pois, nesse caso, caberia agravo regimental. O depósito recursal será de 50% do valor do recurso que se pretende destrancar (no ato de interposição – art. 899, § 7o). Não será necessário, no entanto, em recurso de revista quando contrariar jurisprudência uniforme do TST, consubstanciada nas súmulas ou OJs. 6.5. Embargos ao TST Este recurso é utilizado quando já há uma decisão do TST, podendo ser subdividido em embargos de divergência – nos dissídios individuais – e embargos infringentes – nos dissídios coletivos. Respira, não pira... Olha o artigo! Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 16 CLT Art. 894. No Tribunal Superior do Trabalho cabem embargos, no prazo de 8 (oito) dias: I – de decisão não unânime de julgamento que: a) conciliar, julgar ou homologar conciliação em dissídios coletivos que excedam a competência territorial dos Tribunais Regionais do Trabalho e estender ou rever as sentenças normativas do Tribunal Superior do Trabalho, nos casos previstos em lei; e b) (VETADA) II – das decisões das Turmas que divergirem entre si ou das decisões proferidas pela Seção de Dissídios Individuais, ou contrárias a súmula ou orientação jurisprudencial do Tribunal Superior do Trabalho ou súmula vinculante do Supremo Tribunal Federal. 6.6. Agravo de petição O agravo de petição está previsto no art. 897, a, da CLT. Ele cabe, no prazo de 8 (oito) dias, das decisões do Juiz ou Presidente, nas execuções. Das decisões na execução – agravo de petição (Ao, Ao). O agravo de petição só será recebido quando o agravante delimitar, justificadamente, as matérias e os valores impugnados, permitida a execução imediata da parte remanescente até o final, nos próprios autos ou por carta de sentença (§ 1o). 6.7. Recurso extraordinário A competência é do Superior Tribunal Federal. O recurso extraordinário é interposto das decisões proferidas pelo Tribunal Superior do Trabalho, desde que agridam a Constituição Federal, no prazo de 15 (quinze) dias. Previsão no art. 102, III, da CF/1988. Requisitos: • Esgotamento das vias recursais trabalhistas; • Prequestionamento da matéria constitucional; • Ofensa literal e direta à Constituição. 6.8. Agravo interno O agravo interno é o recurso cabível diante de decisão de relator e tem por finalidade levar a discussãoda matéria para o colegiado. CPC Art. 1.021. Contra decisão proferida pelo relator caberá agravo interno para o respectivo órgão colegiado, observadas, quanto ao processamento, as regras do regimento interno do tribunal. Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 17 Resolva a questão a seguir: 5) FGV – 2021 – OAB – 33º Exame de Ordem Unificado – Primeira Fase Renata, professora de Artes, lecionou na Escola do Futuro. Em sede de reclamação trabalhista, um de seus pedidos foi julgado improcedente, sendo certo que o que você̂ pleiteava, na qualidade de advogado(a) de Renata, estava fundamentado na aplicação incontroversa de súmula do TST a respeito da matéria. Ainda assim, o TRT respectivo, ao julgar seu recurso, manteve a decisão de primeira instância. Considerando que a referida decisão não deixou margem à oposição de embargos de declaração, assinale a opção que indica a medida jurídica a ser adotada. A) Interposição de agravo de instrumento. B) Interposição de agravo de petição. C) Ajuizamento de ação rescisória. D) Interposição de recurso de revista. 7. Execução Para ter uma execução é preciso ter título executivo, são títulos executivos: 1) Execução de títulos judiciais (art. 876 da CLT): • Decisões passadas em julgado; • Decisões das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; • Acordos, quando não cumpridos (art. 831 da CLT); • Créditos previdenciários decorrentes de sentença condenatória. 2) Execução de títulos extrajudiciais (art. 876 da CLT): • Termos de ajustamento de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho; • Termos celebrados na Comissão de Conciliação Prévia (CCP); • Certidão da dívida ativa da União (multas da fiscalização). Respira, não pira... Olha o artigo! CLT Art. 876. As decisões passadas em julgado ou das quais não tenha havido recurso com efeito suspensivo; os acordos, quando não cumpridos; os termos de ajuste de conduta firmados perante o Ministério Público do Trabalho e os termos de conciliação firmados perante as Comissões de Conciliação Prévia serão executadas pela forma estabelecida neste Capítulo. Parágrafo único. A Justiça do Trabalho executará, de ofício, as contribuições sociais previstas na alínea a do inciso I e no inciso II do caput do art. 195 da Constituição Federal, e seus acréscimos legais, relativas ao objeto da condenação constante das sentenças que Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 18 proferir e dos acordos que homologar. Também são títulos executivos: • Cheque e nota promissória (art. 13 da IN TST no 39/2016); • Multas (art. 114, VII, da CF/1988 e art. 784, IX, do CPC); • Sentença arbitral. 7.1. Citação do executado Cita-se o executado para que pague em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de penhora. Respira, não pira... Olha o artigo! CLT Art. 880. Requerida a execução, o juiz ou presidente do tribunal mandará expedir mandado de citação do executado, a fim de que cumpra a decisão ou o acordo no prazo, pelo modo e sob as cominações estabelecidas ou, quando se tratar de pagamento em dinheiro, inclusive de contribuições sociais devidas à União, para que o faça em 48 (quarenta e oito) horas ou garanta a execução, sob pena de penhora. O mandado de citação deverá conter a decisão exequenda ou o termo de acordo não cumprido (§ 1o). A citação será feita pelos oficiais de diligência (§ 2o). Se o executado, procurado por duas vezes no decurso de 48 (quarenta e oito) horas, não for encontrado, far-se-á citação por edital, publicado no jornal oficial ou, na falta deste, afixado na sede da Junta ou Juízo, durante 5 (cinco) dias (§ 3o). Conforme o art. 882 da CLT, o executado que não pagar a importância reclamada poderá garantir a execução mediante depósito da quantia correspondente, atualizada e acrescida das despesas processuais, apresentação de seguro-garantia judicial ou nomeação de bens à penhora, observada a ordem preferencial estabelecida no art. 835 do CPC. 7.2. Penhora De acordo com o art. 883 da CLT, não pagando o executado, nem garantindo a execução, seguir-se-á a penhora dos bens, tantos quantos bastem ao pagamento da importância da condenação, acrescida de custas e juros de mora, sendo estes, em qualquer caso, devidos a partir da data em que for ajuizada a reclamação inicial. Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 19 Para a penhora, observam-se as normas do Código de Processo Civil quanto à ordem e a impenhorabilidade de bens. Já conforme o art. 883-A da CLT, a decisão judicial transitada em julgado somente poderá ser levada a protesto, gerar inscrição do nome do executado em órgãos de proteção ao crédito ou no Banco Nacional de Devedores Trabalhistas (BNDT), nos termos da lei, depois de transcorrido o prazo de 45 (quarenta e cinco) dias a contar da citação do executado, se não houver garantia do juízo. 7.3. Embargos à execução Os embargos à execução, ou embargos do executado, estão previstos no art. 884 da CLT. Respira, não pira... Olha o artigo! Art. 884. Garantida a execução ou penhorados os bens, terá o executado 5 (cinco) dias para apresentar embargos, cabendo igual prazo ao exequente para impugnação. A matéria de defesa será restrita às alegações de cumprimento da decisão ou do acordo, quitação ou prescrição da dívida (§ 1o). Se, na defesa, tiverem sido arroladas testemunhas, poderá o Juiz ou o Presidente do Tribunal, caso julgue necessários seus depoimentos, marcar audiência para a produção das provas, a qual deverá se realizar dentro de 5 (cinco) dias (§ 2o). Somente nos embargos à penhora poderá o executado impugnar a sentença de liquidação, cabendo ao exequente igual direito e no mesmo prazo (§ 3o). Julgar-se-ão na mesma sentença os embargos e as impugnações à liquidação apresentadas pelos credores trabalhista e previdenciário (§ 4o). Considera-se inexigível o título judicial fundado em lei ou ato normativo declarados inconstitucionais pelo Supremo Tribunal Federal ou em aplicação ou interpretação tidas por incompatíveis com a Constituição Federal (§ 5o). A exigência da garantia ou penhora não se aplica às entidades filantrópicas e/ou àqueles que compõem ou compuseram a diretoria dessas instituições (§ 6o). Fique atento ao prazo: 5 (cinco) dias contados da garantia ou penhora. O prazo começa a fluir do depósito da importância da condenação ou assinatura do termo de penhora. Dispensa do cumprimento da garantia do juízo: Fazenda Pública (arts. 910 do CPC e 100 da CF/1988). Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 20 7.4. Prescrição intercorrente – art. 11-A da CLT Ocorre a prescrição intercorrente no processo do trabalho no prazo de dois anos. A fluência do prazo prescricional intercorrente inicia-se quando o exequente deixa de cumprir determinação judicial no curso da execução. A declaração da prescrição intercorrente pode ser requerida ou declarada de ofício em qualquer grau de jurisdição. 7.5. IDPJ Aplica-se ao processo do trabalho o incidente de desconsideração da personalidade jurídica previsto no CPC. Art. 855-A, §1º. Da decisão interlocutória que acolher ou rejeitar o incidente: I - na fase de cognição, não cabe recurso de imediato; II - na fase de execução, cabe agravo de petição, independentemente de garantia do juízo; III - cabe agravo interno se proferida pelo relator em incidente instaurado originariamente no tribunal. Resolva a questão a seguir: 6) FGV - 2022 - OAB - 34° Exame de Ordem Unificado - Primeira Fase Numa reclamação trabalhista que se encontra na fase de execução e diante da extrema complexidade dos cálculos, o juiz determinou a liquidação a cargo de um peritojudicial. Apresentado o laudo, em que pese ambas as partes discordarem das contas apresentadas pelo especialista, elas foram homologadas pelo juiz. A sociedade empresária garantiu o juízo e ajuizou embargos à execução, enquanto o exequente apresentou impugnação à sentença de liquidação. O juiz julgou improcedentes ambas as ações, mantendo a homologação já feita. Somente a sociedade empresária interpôs agravo de petição no prazo legal. Sobre o caso, considerando os fatos narrados e o entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta. A) No prazo de contrarrazões, o exequente poderá, querendo, interpor agravo de petição de forma adesiva. B) O recurso adesivo não é aceito na Justiça do Trabalho porque a CLT é omissa a respeito. C) Caberá ao exequente apenas apresentar contrarrazões, pois o recurso adesivo só tem cabimento para os recursos ordinário e de revista. D) Agravo de petição adesivo é aceito na seara trabalhista, sendo necessário que a matéria nele veiculada esteja relacionada com a do recurso interposto pela parte contrária. 8. Ações especiais 8.1. Ação rescisória A ação rescisória cabe nas hipóteses previstas pelo art. 966 do CPC, pois o art. 836 da Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 21 CLT direciona para o procedimento comum, apenas referindo que o depósito prévio será de 20%. Respira, não pira.... Olha o artigo! CLT Art. 836. É vedado aos órgãos da Justiça do Trabalho conhecer de questões já decididas, excetuados os casos expressamente previstos neste Título e a ação rescisória, que será admitida na forma do disposto no Capítulo IV do Título IX da Lei no 5.869, de 11 de janeiro de 1973 – Código de Processo Civil, sujeita ao depósito prévio de 20% (vinte por cento) do valor da causa, salvo prova de miserabilidade jurídica do autor. Sobre as hipóteses de cabimento, utiliza-se o CPC: Art. 966. A decisão de mérito, transitada em julgado, pode ser rescindida quando: I – se verificar que foi proferida por força de prevaricação, concussão ou corrupção do juiz; II – for proferida por juiz impedido ou por juízo absolutamente incompetente; III – resultar de dolo ou coação da parte vencedora em detrimento da parte vencida ou, ainda, de simulação ou colusão entre as partes, a fim de fraudar a lei; IV – ofender a coisa julgada; V – violar manifestamente norma jurídica; VI – for fundada em prova cuja falsidade tenha sido apurada em processo criminal ou venha a ser demonstrada na própria ação rescisória; VII – obtiver o autor, posteriormente ao trânsito em julgado, prova nova cuja existência ignorava ou de que não pôde fazer uso, capaz, por si só, de lhe assegurar pronunciamento favorável; VIII – for fundada em erro de fato verificável do exame dos autos. Fique atento também ao que dispõe a Súm. no 100 do TST, sobre o prazo decadencial: “I – O prazo de decadência, na ação rescisória, conta-se do dia imediatamente subsequente ao trânsito em julgado da última decisão proferida na causa, seja de mérito ou não. (...) V – O acordo homologado judicialmente tem força de decisão irrecorrível, na forma do art. 831 da CLT. Assim sendo, o termo conciliatório transita em julgado na data da sua homologação judicial. (...) IX – Prorroga-se até o primeiro dia útil, imediatamente subsequente, o prazo decadencial para ajuizamento de ação rescisória quando expira em férias forenses, feriados, finais de semana ou em dia em que não houver expediente forense. Aplicação do art. 775 da CLT. (...)”. A Súm. no 299 do TST, por sua vez, trata da prova do trânsito em julgado, referindo que: “I – É indispensável ao processamento da ação rescisória a prova do trânsito em julgado da decisão rescindenda. II – Verificando o relator que a parte interessada não juntou à inicial o documento comprobatório, abrirá prazo de 15 (quinze) dias para que o faça (art. 321 do CPC de 2015), sob pena de indeferimento. III – A comprovação do trânsito em julgado da decisão rescindenda é pressuposto processual indispensável ao tempo do ajuizamento da ação rescisória. Eventual trânsito em julgado posterior ao ajuizamento da ação rescisória não reabilita a ação proposta, na medida em que o ordenamento jurídico não contempla a ação rescisória Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 22 preventiva. IV – O pretenso vício de intimação, posterior à decisão que se pretende rescindir, se efetivamente ocorrido, não permite a formação da coisa julgada material. Assim, a ação rescisória deve ser julgada extinta, sem julgamento do mérito, por carência de ação, por inexistir decisão transitada em julgado a ser rescindida”. 8.2. Acordo extrajudicial O processo de homologação de acordo extrajudicial terá início por petição conjunta, sendo obrigatória a representação das partes por advogado. E, as partes NÃO poderão ser representadas por advogado comum. No prazo de quinze dias a contar da distribuição da petição, o juiz analisará o acordo, designará audiência se entender necessário e proferirá sentença. Sendo cabível RO no caso de sentença não homologatória do acordo; A petição de homologação de acordo extrajudicial suspende o prazo prescricional da ação quanto aos direitos nela especificados. O prazo prescricional voltará a fluir no dia útil seguinte ao do trânsito em julgado da decisão que negar a homologação do acordo. 8.3. Dissídio coletivo Frustrada a negociação coletiva, podem as partes, de comum acordo, instaurar dissídio coletivo de natureza económica. Prerrogativa – das entidades sindicais. Excecionalmente, tem-se a competência do MPT, em caso de greve – interesse público. A sentença normativa não pode ter prazo superior a 4 anos. Celebrado o acordo, ou transitada em julgado a decisão, seguir-se-á o seu cumprimento. Decorrido mais de 1 (um) ano de sua vigência, caberá revisão das decisões que fixarem condições de trabalho, quando se tiverem modificado as circunstâncias que as ditaram, de modo que tais condições se hajam tornado injustas ou inaplicáveis. Aula 15/11/2023 – Turno da manhã 1. Competência material da Justiça do Trabalho A competência material da Justiça do Trabalho está estabelecida no art. 114 da CF/1988: Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 23 Art. 114. Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar: I – as ações oriundas da relação de trabalho, abrangidos os entes de direito público externo e da administração pública direta e indireta da União, dos Estados, do Distrito Federal e dos Municípios; II – as ações que envolvam exercício do direito de greve; III – as ações sobre representação sindical, entre sindicatos, entre sindicatos e trabalhadores, e entre sindicatos e empregadores; IV – os mandados de segurança, habeas corpus e habeas data, quando o ato questionado envolver matéria sujeita à sua jurisdição; V – os conflitos de competência entre órgãos com jurisdição trabalhista, ressalvado o disposto no art. 102, I, o; VI – as ações de indenização por dano moral ou patrimonial, decorrentes da relação de trabalho; VII – as ações relativas às penalidades administrativas impostas aos empregadores pelos órgãos de fiscalização das relações de trabalho; VIII – a execução, de ofício, das contribuições sociais previstas no art. 195, I, a, e II, e seus acréscimos legais, decorrentes das sentenças que proferir; IX – outras controvérsias decorrentes da relação de trabalho, na forma da lei. Além disso, temos que observar os posicionamentos consolidados do TST e STF sobre o tema. Súm. Vinc. no 23 do STF: A Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ação possessória ajuizada em decorrência do exercício do direito de greve pelos trabalhadores da iniciativa privada. Súm. no 62 do STJ: Compete à Justiça Estadual processar e julgar o crime de falsa anotação na Carteira de Trabalhoe Previdência Social, atribuído à empresa privada. Súm. no 189 do TST: A Justiça do Trabalho é competente para declarar a abusividade, ou não, da greve. Súm. no 300 do TST: Compete à Justiça do Trabalho processar e julgar ações ajuizadas por empregados em face de empregadores relativas ao cadastramento no Programa de Integração Social (PIS). Súm. no 363 do STJ: Compete à Justiça estadual processar e julgar a ação de cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente. Súm. no 368 do TST: I – A Justiça do Trabalho é competente para determinar o recolhimento das contribuições fiscais. A competência da Justiça do Trabalho, quanto à execução das contribuições previdenciárias, limita-se às sentenças condenatórias em pecúnia que proferir e aos valores, objeto de acordo homologado, que integrem o salário de contribuição. Súm. no 389 do TST: I – Inscreve-se na competência material da Justiça do Trabalho a lide entre empregado e empregador tendo por objeto indenização pelo não-fornecimento das guias do seguro-desemprego. II – O não-fornecimento pelo empregador da guia necessária para o recebimento do seguro-desemprego dá origem ao direito à indenização. Súm. no 392 do TST: Nos termos do art. 114, inc. VI, da Constituição da República, a Justiça do Trabalho é competente para processar e julgar ações de indenização por dano moral e material, decorrentes da relação de trabalho, inclusive as oriundas de acidente de trabalho e doenças a ele equiparadas, ainda que propostas pelos dependentes ou sucessores do trabalhador falecido. O Plenário do Supremo Tribunal Federal (STF) decidiu que cabe à Justiça Comum julgar processos decorrentes de contrato de previdência complementar privada. A decisão ocorreu nos recursos extraordinários (REs) no 586.453 e no 583.050. A matéria teve repercussão geral reconhecida e, portanto, passa a valer para todos os processos semelhantes que tramitam nas Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 24 diversas instâncias do Poder Judiciário. O Supremo Tribunal Federal, na Ação Direta de Inconstitucionalidade (ADI) no 5.326, entendeu que a competência é da Justiça comum para a autorização de trabalho de menor, pois o legislador, no Estatuto da Criança e do Adolescente (ECA), determinou que o juiz da Infância e da Juventude fosse a autoridade judiciária responsável pelos processos de tutela integral dos menores. Para não esquecer: *Para todos verem: esquema. Resolva a questão a seguir: 7) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB Luiz sofreu um acidente de trabalho e está incapacitado para o trabalho, pretendendo ajuizar uma ação em face do empregador para indemnização pelos danos resultantes do acidente. Carmelinda é advogada e ajuizou uma ação de alimentos para Maria Eduarda, perante a Justiça Estadual, porém não recebeu seus honorários contratuais e pretende cobrar a cliente judicialmente. A empresa Máquinas e Motores fez uma alteração fraudulenta nas anotações da CTPS do empregado Guilherme, o que enseja a prática de um crime, sendo que o empregado pretende que seja apurada a responsabilidade criminal da empregadora. Sobre o caso, considerando os casos narrados, assinale a afirmativa correta. A) Apenas Luiz poderá ajuizar a ação perante a Justiça do Trabalho. B) Luiz e Carmelinda terão suas ações julgadas perante a Justiça do Trabalho. C) Carmelinda e a empresa Máquinas e Motores terão as ações perante a Justiça do Trabalho. D) Todos terão suas ações processadas e julgadas perante a Justiça do Trabalho. N à O t e m c o m p e tê n c ia Crime Servidor estatutário Benefício (INSS) Complementação de aposentadoria Cobrança ajuizada por profissional liberal contra cliente Autorização do trabalho do menor Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 25 2. Honorários de sucumbência Na justiça do trabalho os honorários são fixados entre 5% e 15%, conforme art. 791-A da CLT. Os honorários são devidos também nas ações contra a Fazenda Pública e nas ações em que a parte estiver assistida ou substituída pelo sindicato de sua categoria. Na hipótese de procedência parcial, o juízo arbitrará honorários de sucumbência recíproca, vedada a compensação entre os honorários. São devidos honorários de sucumbência na reconvenção. Resolva a questão a seguir: 8) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB Em uma reclamação trabalhista que tramitou perante a Justiça do Trabalho houve parcial procedência sendo o reclamante condenado a pagar 10% a título de honorários de sucumbência para o advogado da reclamada, sobre os pedidos julgados improcedentes, e a reclamada condenada a pagar 20% a título de honorários para o advogado da reclamante, sobre os pedidos julgados procedentes. Sobre o caso, considerando os fatos narrados e conforme a CLT, assinale a afirmativa correta. A) Não é possível a condenação em honorários recíprocos na Justiça do Trabalho. B) É possível a condenação em honorários recíprocos, mas o percentual da reclamada está incorreto, pois o limite é de 15%. C) É possível a condenação em honorários recíprocos, os percentuais estão corretos, e é possível a compensação de honorários. D) Se o reclamante for advogado e estiver atuando em causa própria, são indevidos honorários de sucumbência. 3. Provas Sobre o ônus da prova, fique atento ao que dispõe o art. 818 da CLT. Respira, não pira... Olha o artigo! CLT Art. 818. O ônus da prova incumbe: I – ao reclamante, quanto ao fato constitutivo de seu direito; II – ao reclamado, quanto à existência de fato impeditivo, modificativo ou extintivo do direito do reclamante. Conforme o artigo citado, nos casos previstos em lei ou diante de peculiaridades da causa relacionadas à impossibilidade ou à excessiva dificuldade de cumprir o encargo nos termos deste artigo ou à maior facilidade de obtenção da prova do fato contrário, poderá o juízo atribuir o ônus da prova de modo diverso, desde que o faça por decisão fundamentada, caso em que deverá Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 26 dar à parte a oportunidade de se desincumbir do ônus que lhe foi atribuído (§ 1o). A decisão deverá ser proferida antes da abertura da instrução e, a requerimento da parte, implicará o adiamento da audiência e possibilitará provar os fatos por qualquer meio em direito admitido. E a decisão não pode gerar situação em que a desincumbência do encargo pela parte seja impossível ou excessivamente difícil (§§ 2o e 3o). E o TST já consolidou entendimento no seguinte sentido: Súm. no 212 do TST: O ônus de provar o término do contrato de trabalho, quando negados a prestação de serviço e o despedimento, é do empregador, pois o princípio da continuidade da relação de emprego constitui presunção favorável ao empregado. Súm. no 338 do TST: I – É ônus do empregador que conta com mais de 10 (dez) [leia-se 20] empregados o registro da jornada de trabalho na forma do art. 74, § 2o, da CLT. A não- apresentação injustificada dos controles de frequência gera presunção relativa de veracidade da jornada de trabalho, a qual pode ser elidida por prova em contrário. II – A presunção de veracidade da jornada de trabalho, ainda que prevista em instrumento normativo, pode ser elidida por prova em contrário. III – Os cartões de ponto que demonstram horários de entrada e saída uniformes são inválidos como meio de prova, invertendo-se o ônus da prova, relativo às horas extras, que passa a ser do empregador, prevalecendo a jornada da inicial se dele não se desincumbir. Súm. no 460 do TST: É do empregador o ônus de comprovar que o empregado não satisfaz os requisitos indispensáveispara a concessão do vale-transporte ou não pretenda fazer uso do benefício. Súm. no 461 do TST: É do empregador o ônus da prova em relação à regularidade dos depósitos do FGTS, pois o pagamento é fato extintivo do direito do autor (art. 373, II, do CPC de 2015). OJ no 233 da SDI-1: A decisão que defere horas extras com base em prova oral ou documental não ficará limitada ao tempo por ela abrangido, desde que o julgador fique convencido de que o procedimento questionado superou aquele período. 3.1. Intérprete Conforme o art. 819 da CLT, o depoimento das partes e testemunhas que não souberem falar a língua nacional será feito por meio de intérprete nomeado pelo juiz ou presidente. Proceder-se-á da forma indicada, quando se tratar de surdo-mudo, ou de mudo que não saiba escrever (§ 1o). As despesas decorrentes do disposto neste artigo correrão por conta da parte sucumbente, salvo se beneficiária de justiça gratuita (§ 2o). 3.2. Testemunhas Cada uma das partes não poderá indicar mais de três testemunhas, salvo quando se tratar de inquérito, caso em que esse número poderá ser elevado a seis (art. 821 da CLT). No procedimento sumaríssimo, o número de testemunhas é de duas para cada parte. E Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 27 só será deferida intimação de testemunha que, comprovadamente convidada, deixar de comparecer. Não comparecendo a testemunha intimada, o juiz poderá determinar sua imediata condução coercitiva. Respira, não pira.... Olha o artigo! CLT Art. 825. As testemunhas comparecerão a audiência independentemente de notificação ou intimação. Parágrafo único. As que não comparecerem serão intimadas, ex officio ou a requerimento da parte, ficando sujeitas a condução coercitiva, além das penalidades do art. 730, caso, sem motivo justificado, não atendam à intimação. Também, conforme a CLT (art. 822), as testemunhas não poderão sofrer qualquer desconto pelas faltas ao serviço, ocasionadas pelo seu comparecimento para depor, quando devidamente arroladas ou convocadas. Se a testemunha for funcionário civil ou militar, e tiver de depor em hora de serviço, será requisitada ao chefe da repartição para comparecer à audiência marcada (art. 823). O juiz ou presidente providenciará para que o depoimento de uma testemunha não seja ouvido pelas demais que tenham de depor no processo (art. 824). E conforme o art. 828 da CLT, toda testemunha, antes de prestar o compromisso legal, será qualificada, indicando o nome, nacionalidade, profissão, idade, residência, e, quando empregada, o tempo de serviço prestado ao empregador, ficando sujeita, em caso de falsidade, às leis penais. Os depoimentos das testemunhas serão resumidos, por ocasião da audiência, pelo secretário da Junta ou funcionário para esse fim designado, devendo a súmula ser assinada pelo Presidente do Tribunal e pelos depoentes. Respira, não pira.... Olha o artigo! CLT Art. 829. A testemunha que for parente até o terceiro grau civil, amigo íntimo ou inimigo de qualquer das partes, não prestará compromisso, e seu depoimento valerá como simples informação. E consoante o TST: Súm. no 357 TST: Não torna suspeita a testemunha o simples fato de estar litigando ou de ter litigado contra o mesmo empregador. 3.3. Perícia Segundo o art. 790-B da CLT, a responsabilidade pelo pagamento dos honorários periciais Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 28 é da parte sucumbente na pretensão objeto da perícia, ou seja, quem paga não é necessariamente quem perdeu na perícia, mas sim no pedido que ensejou a perícia. Ao fixar o valor dos honorários periciais, o juízo deverá respeitar o limite máximo estabelecido pelo Conselho Superior da Justiça do Trabalho (§ 1o). O juízo poderá deferir parcelamento dos honorários periciais (§ 2o). O juízo não poderá exigir adiantamento de valores para realização de perícias (§ 3o). Nesse caso, caberá mandado de segurança: OJ no 98 da SDI-2: É ilegal a exigência de depósito prévio para custeio dos honorários periciais, dada a incompatibilidade com o processo do trabalho, sendo cabível o mandado de segurança visando à realização da perícia, independentemente do depósito. Quando o sucumbente for beneficiário da gratuidade da justiça a União ficará responsável pelo pagamento do perito, conforme entendimento do STF e do TST. Lembre-se! Súm. no 457 do TST: A União é responsável pelo pagamento dos honorários de perito quando a parte sucumbente no objeto da perícia for beneficiária da assistência judiciária gratuita, observado o procedimento disposto nos arts. 1o, 2o e 5o da Resolução no 66/2010 do Conselho Superior da Justiça do Trabalho – CSJT. Não confunda a responsabilidade pelos honorários periciais com a responsabilidade pelos honorários do assistente técnico, pois, de acordo com a Súm. no 341 do TST, a indicação do perito assistente é faculdade da parte, a qual deve responder pelos respectivos honorários, ainda que vencedora no objeto da perícia. Para lembrar: *Para todos verem: esquema. Perito Sucumbente Salvo JG Assistente técnico Parte Ainda que vencedora Intérprete Sucumbente Salvo JG Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 29 Resolva a questão a seguir: 9) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB Numa reclamação trabalhista foi requerido pelo autor adicional de insalubridade, razão pela qual foi designada perícia técnica. O reclamante não apresentou quesitos e nem indicou assistente técnico. A reclamada apresentou assistente técnico. A perícia não constatou a existência de insalubridade, mas o juiz, baseado na prova documental e testemunhal, condenou a reclamada ao pagamento do adicional de insalubridade. Sobre o caso, considerando os fatos narrados, as disposições da CLT e o entendimento consolidado do TST, assinale a afirmativa correta. A) A parte reclamante será a responsável pelo pagamento dos honorários periciais, pois foi a sucumbente na perícia. B) A parte reclamante arcará tanto com os honorários periciais como com o assistente técnico, pois a perícia não constatou a insalubridade. C) A reclamada arcará com os honorários do perito, por ser a sucumbente na pretensão objeto da perícia, e do assistente técnico, por ser uma faculdade da parte a indicação. D) A reclamada arcará sempre com os honorários periciais, independentemente do resultado da perícia ou sentença. 4. Liquidação 4.1. Liquidação de sentença Atenção: sobre a liquidação de sentença, você precisa ficar de olho no art. 879 da CLT, pois ele é muito cobrado em prova. Respira, não pira.... olha o artigo! CLT Art. 879. Sendo ilíquida a sentença exequenda, ordenar-se-á, previamente, a sua liquidação, que poderá ser feita por cálculo, por arbitramento ou por artigos. § 1o Na liquidação, não se poderá modificar, ou inovar, a sentença liquidanda nem discutir matéria pertinente à causa principal. § 1o A - A liquidação abrangerá, também, o cálculo das contribuições previdenciárias devidas. § 1o B - As partes deverão ser previamente intimadas para a apresentação do cálculo de liquidação, inclusive da contribuição previdenciária incidente. § 2o - Elaborada a conta e tornada líquida, o juízo deverá abrir às partes prazo comum de oito dias para impugnação fundamentada com a indicação dos itens e valores objeto da discordância, sob pena de preclusão. § 3o - Elaborada a conta pela parte ou pelos órgãos auxiliares da Justiça do Trabalho, o juiz procederá à intimação da União para manifestação, no prazo de 10 (dez) dias, sob pena de preclusão. A atualização do crédito devido à Previdência Social observará os critérios estabelecidos na legislação previdenciária.O Ministro de Estado da Fazenda poderá, mediante ato fundamentado, dispensar a manifestação da União quando o valor total das verbas que integram o salário de contribuição, na forma do art. 28 da Lei no 8.212/1991, ocasionar perda de escala Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 30 decorrente da atuação do órgão jurídico (§§ 4o e 5o do art. 879 da CLT). Tratando-se de cálculos de liquidação complexos, o juiz poderá nomear perito para a elaboração e fixará, depois da conclusão do trabalho, o valor dos respectivos honorários, com observância, entre outros, dos critérios de razoabilidade e proporcionalidade (§ 6o). Ainda de acordo com o artigo citado, a atualização dos créditos decorrentes de condenação judicial será feita pela Taxa Referencial (TR), divulgada pelo Banco Central do Brasil, conforme a Lei no 8.177/1991. Porém, o STF declarou inconstitucional essa correção – valendo o IPCA-E e a SELIC (STF – ADC no 58/DF 0076586-62.2018.1.00.0000 – rel. Gilmar Mendes – Tribunal Pleno – j. 18-12-2020 – Data de publicação 7-4-2021). Resolva a questão a seguir: 10) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB Após ser prolatada uma sentença ilíquida, foi iniciada a liquidação, com a apresentação dos cálculos pela parte reclamada. O juiz imediatamente homologou tais cálculos, fundamentando que atitude em prol da celeridade processual. Analisando tais cálculos, a parte reclamante constata que não foram incluídas as contribuições sociais e que a correção aplicada foi feita pela TR. Sobre a situação, com base no que dispõe a CLT, assinale a afirmativa correta. A) Agiu corretamente o magistrado, podendo o exequente fazer agravo de petição de tal decisão. B) Agiu corretamente o magistrado, mas o exequente somente poderá discutir tais cálculos no prazo dos embargos à execução. C) Não agiu corretamente o magistrado, pois deveria ter aberto prazo de 8 dias para impugnação pela parte adversa. D) Não agiu corretamente o magistrado, pois deveria ter aberto prazo de 8 dias para impugnação pela União. 4.2. Inquérito judicial para apuração de falta grave Trata-se de ação judicial proposta pelo empregador em face do empregado, prevista nos arts. 853 a 855 da CLT. É ação constitutiva (negativa) necessária para apuração de falta grave que autoriza a resolução do contrato de trabalho do empregado estável. Empregado estável + falta grave = inquérito. Conforme o art. 494 da CLT, o empregado acusado de falta grave poderá ser suspenso de suas funções, mas a sua despedida só se tornará efetiva após o inquérito e verificada a procedência da acusação. A suspensão perdurará até a decisão final do processo. Reconhecida a inexistência de falta grave praticada pelo empregado, fica o empregador obrigado a readmiti-lo no serviço e a pagar-lhe os salários a que teria direito no período da Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 31 suspensão (art. 495). Quando a reintegração do empregado estável for desaconselhável, dado o grau de incompatibilidade resultante do dissídio, especialmente quando for o empregador pessoa física, o tribunal do trabalho poderá converter aquela obrigação em indenização devida (art. 496). Respira, não pira... Olha o artigo! CLT Art. 853. Para a instauração do inquérito para apuração de falta grave contra empregado garantido com estabilidade, o empregador apresentará reclamação por escrito à Junta ou Juízo de Direito, dentro de 30 (trinta) dias, contados da data da suspensão do empregado. Lembre-se! Será permitido a cada parte trazer seis testemunhas para a audiência. 4.3. Mandado de segurança O mandado de segurança é o meio impugnativo constitucional para a proteção de direito individual, próprio, líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data. Ele pode se impetrado tanto por pessoa física quanto jurídica. Respira, não pira... olha o artigo! Constituição Federal Art. 5o (...) LXIX – conceder-se-á mandado de segurança para proteger direito líquido e certo, não amparado por habeas corpus ou habeas data, quando o responsável pela ilegalidade ou abuso de poder for autoridade pública ou agente de pessoa jurídica no exercício de atribuições do Poder Público; (...) Atenção às súmulas sobre mandado de segurança. Súm. no 414 do TST: I – A tutela provisória concedida na sentença não comporta impugnação pela via do mandado de segurança, por ser impugnável mediante recurso ordinário. É admissível a obtenção de efeito suspensivo ao recurso ordinário mediante requerimento dirigido ao tribunal, ao relator ou ao presidente ou ao vice-presidente do tribunal recorrido, por aplicação subsidiária ao processo do trabalho do artigo 1.029, § 5o, do CPC de 2015. II – No caso de a tutela provisória haver sido concedida ou indeferida antes da sentença, cabe mandado de segurança, em face da inexistência de recurso próprio. III – A superveniência da sentença, nos autos originários, faz perder o objeto do mandado de segurança que impugnava a concessão ou o indeferimento da tutela provisória. Súm. no 418 do TST: A homologação de acordo constitui faculdade do juiz, inexistindo direito líquido e certo tutelável pela via do mandado de segurança. OJ no 98 da SDI-2: É ilegal a exigência de depósito prévio para custeio dos honorários periciais, dada a incompatibilidade com o processo do trabalho, sendo cabível o mandado de segurança visando à realização da perícia, independentemente do depósito. Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 32 Resolva a questão a seguir: 11) Questão Autoral Ceisc | Revisão Turbo 39° Exame da OAB Luana é engenheira e trabalhou na empresa Construções Total. Ao ser dispensada, ajuizou ação trabalhista em face da ex-empregadora, buscando sua reintegração, pois teria sido dispensada enquanto detentora de estabilidade. Após contestada e instruída a causa, o juiz prolatou sentença de procedência do petitório e deferiu a tutela provisória para a sua imediata reintegração, Com base na jurisprudência consolidada do TST, assinale a afirmativa correta. A) Da decisão caberá Mandado de Segurança. B) Da decisão caberá Recurso Ordinário. C) Da decisão caberá instauração de inquérito para apuração de falta grave pelo empregador. D) Da decisão poderá ser feito agravo de instrumento. Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 33 Gabaritos das questões: 1 – A 2 – B 3 – D 4 – D 5 – D 6 – A 7 – A 8 – B 9 – C 10 – C 11 – B Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 34 https://ceisc.com.br/listagem/8 Revisão Turbo | 39º Exame de Ordem Processo do Trabalho 35
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