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Fisiologia de sementes Prof. Rafael de Oliveira Xavier Sementes e ciclo de vida das plantas • Gimnospermas e Angiospermas – formação de uma semente contendo o embrião após a fecundação dos óvulos contidos no microesporófito feminino: proteção e nutrição • Intervalo entre formação da semente e germinação: período em que a semente permanece em um estado inativo (metabolismo reduzido) de duração variável. • Vantagem: maior probabilidade de que a germinação ocorrerá quanto as condições forem adequadas para a crescimento inicial do novo indivíduo. • Falta de germinação mesmo sob condições adequadas: sementes com dormência. • Quebra/superação da dormência depende de um tratamento adicional: abrasão física (escarificação (dormência física), alternância de luz e temperatura, etc...). Estrutura das sementes • Três elementos básicos: embrião, tecido de reserva e camada externa protetora (testa). • Angiospermas: reservas consistem no endosperma resultante da dupla fecundação. • Fusão entre testa da semente do fruto e testa da semente: pericarpo, típico das gramíneas (cariopse). • Ampla variação estrutural e fisiológica: • Alguns micro-gramas (e.g. orquídeas) a vários kg. • Presença do endosperma – endospérmicas ou não-endospérmicas. • Resistência ao resfriamento/dessecação: ortodoxas ou recalcitrantes. Lodoicea maldivica – semente com até 30 kg Nutrição durante a germinação – perisperma e cotilédones. Composição do endosperma: lipídeos, amido e proteínas Dormência de sementes • Falta de germinação (i.e. emergência de radícula) de uma semente viável mesmo com condições adequadas de água, oxigênio e temperatura: semente dormente. • Tempo adicional para dispersão e germinação sob condições adequadas (e.g. climas sazonais). • Distinção estado de quiescência e estado de dormência: • Quiescência: falta de germinação por falta de água, oxigênio, temperatura. • Dormência: necessidade de estímulos ambientais adicionais. Dormência de sementes • Classificação quanto ao momento de entrada no estado de dormência: • Dormência primária ou inata: desde a dispersão. • Dormência secundária: entrada devido a condições desfavoráveis. Dormência de sementes • Mecanismos de dormência: • Exógena ou imposta pela testa: efeitos externos ao embrião inibem a germinação (impermeabilidade à água, trocas gasosas, rigidez, inibidores). Barriguda - Ceiba glaziovii • Endógena ou do embrião: intrínseca ao embrião (induzida pelo ácido abscísico). Fitormônios e germinação • Ácido abscísico: inibição da germinação Giberelina: estímulo à germinação. • Regulação dos níveis: síntese e desativação. • Proteínas DELLA: inibição da germinação na ausência de giberelina, que promove sua degradação. • Redução dos níveis de ABA e aumento dos níveis de giberelina (e.g. resfriamento): germinação. • Mudança na sensibilidade aos hormônios durante o desenvolvimento . • Etileno e brassinosteróides: estímulo indireto à germinação (redução de ABA). Razão ABA/GA determinante para a germinação Quebra da dormência • Sementes pequenas: presença de luz ou fotoperíodo (período diário de luz). • Clima temperado: necessidade de dias mais curtos ou longos para germinação, com envolvimento do fitocromo. • Exigência de luz: falta de germinação em sementes enterradas. • Condições de temperatura e umidade: • Estratificação: resfriamento das sementes para quebra de dormência. • Pós-maturação: mudanças de temperatura e umidade, com redução dos níveis de ABA e aumento nos níveis de giberelinas. Quebra da dormência • Germinação induzida por compostos químicos: nitrato e carriquinolida (presente na fumaça). Comuns em espécies nativas de savanas Quebra da dormência • Dormência induzida pela testa (exógena): uso de ácidos e escarificação mecânica. Germinação • Início: absorção de água pela semente(embebição) final: emergência de parte do embrião, geralmente a raiz (radicula). • Dependência de umidade, temperatura e oxigênio. • Água: mudanças na pressão de turgor induzidas pela absorção de água dependente do potencial hídrico. Germinação • Fase 1: absorção de água (embebição) Fase 2: reinício do metabolismo e emergência do embrião. Fase 3: absorção de água e mobilização de reservas. Mobilização de reservas da semente • Objetivo: suprimento de nutrientes até que a planta faça fotossíntese. • Principais locais de armazenamento: endosperma e cotilédones. • Amiloplastos – armazenamento de amido. • Oleossomos ou corpos lipídicos – armazenamento de lipídios (ciclo do glioxilato). Matsushima e Hisano 2019 – amiloplastos em sementes de cevada Mobilização de reservas da semente • Sementes de cereais: camada periférica (aleurona) que libera amilase durante o processo de mobilização das reservas. • Processo estimulado pela liberação de giberelina pelo embrião. • Via de transdução de sinal: expressão de genes associados com produção de amilase. • ABA – inibição de enzimas que hidrolisam as reservas. Slide 1: Fisiologia de sementes Slide 2: Sementes e ciclo de vida das plantas Slide 3: Estrutura das sementes Slide 4 Slide 5 Slide 6: Dormência de sementes Slide 7: Dormência de sementes Slide 8: Dormência de sementes Slide 9: Fitormônios e germinação Slide 10: Quebra da dormência Slide 11: Quebra da dormência Slide 12: Quebra da dormência Slide 13: Germinação Slide 14: Germinação Slide 15: Mobilização de reservas da semente Slide 16: Mobilização de reservas da semente Slide 17