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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-255

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256 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. 
• O desenvolvimento de agranulocitose 
com propiltiouracil não é dose-depen-
dente e é reversível com a descon-
tinuação da droga. O paciente deve 
ser orientado a procurar atendimento 
médico e suspender a medicação se 
ocorrer febre, dor de garganta, rash, 
icterícia ou artralgias com o uso do 
medicamento. 
• Outros fármacos podem ser emprega-
dos como terapia adjuvante no trata-
mento sintomático dos pacientes tire-
otóxicos. Entre elas, os antagonistas 
-adrenérgicos são efetivos em antago-
nizar os efeitos catecolaminérgicos da 
tireotoxicose, reduzindo taquicardia, 
tremor, palpitações e ansiedade. Blo-
queadores do canal da cálcio também 
podem ser utilizados para controle da 
taquicardia e prevenção de taquiarrit-
mias supraventriculares. Essas drogas 
devem ser descontinuadas quando o 
paciente estiver eutireóideo. 
HIPOTIREOIDISMO 
O hipotireoidismo é a mais frequente 
disfunção da tireoide, sendo resultante de 
tireoidite autoimune crônica (tireoidite de 
Hashimoto), destruição apoptótica das cé-
lulas da tireoide ou deficiência de iodo em 
áreas endêmicas. Essas patologias resultam 
em produção insuficiente do hor111ônio ti-
reoidiano e são denominados hipotireoi-
dismo primário. A incidência na população 
em geral é de aproximadamente 1-2%, 
podendo alcançar 100/o em indivíduos com 
mais de 65 anos. O hipotireoidismo central 
ocorre menos frequentemente e é resultan-
te da falência de secreção de TSH (hipoti-
reoidismo secundário) ou mesmo de TRH 
(hipotireoidismo terciário). 
Tiroxina (levotiroxina) 
Nomes comerciais. Euthyrox®, Levoid®, 
Puran T4®, Synthroid®. 
Apresentações. Cpr de 25, 50, 75, 88, 
100, 112, 125, 150, 175 e 200 µ,g. 
Usos. Hipotireoidismo de qualquer etiolo-
gia, supressão do TSH. 
Contraindicações relativas. IAM recente e 
insuficiência suprarrenal não tratada. 
Posologia 
Adultos 
Doses iniciais de 50 µ,g! dia, aumentando-
se 25 µ,g a cada 3-4 semanas, até que o 
efeito seja alcançado; ou 1,7 µ,g/kg nos 
casos sintomáticos e 1,0 µ,g/kg nos as-
sintomáticos. A dose de manutenção é, 
em geral, de 75-125 µ,g/dia. Reposição 
hormonal para supressão do TSH em pa-
cientes com carcinoma diferenciado da 
tireoide: 2,0-3,0 µ,g/kg/dia durante 7-10 
dias. Ajustar a dose a cada 4-6 semanas, 
conforme TSH sérico no hipotireoidismo 
primário ou T4 sérico no secundário. 
Crianças 
• 0-3 meses: 10-15 µ,g/kg/ dia. 
• 3-6 meses: 8-10 µ,g/kg/dia. 
• 6-12 meses: 6-8 µ,g/kg/ dia. 
• 1-5 anos: 5-6 µ,g/kg/dia. 
• 6-12 anos: 4-5 µ,g/kg/dia. 
• > 12 anos: 2-3 µ,g/kg/dia. 
• Ajustar a dose a cada 4-6 semanas, con-
forme TSH sérico no hipotireoidismo 
primário ou T4 sérico, no secundário. 
Modo de administração. VO. Deve ser ad-
ministrada com o estômago vazio, pelo 
menos 1 hora antes dos alimentos. Ad-
ministrar com intervalos de 4 horas com 
drogas como colestiramina, sulfato ferro-
so, sucralfato e hidróxido de alumínio. 
Parâmetros farmacocinéticos 
• Pico plasmático: 2-4 h. 
• Início de ação: 3-5 dias. 
• Biotransformação: metabolismo hepá-
tico a triiodotironina, seu metabólito 
ativo.

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