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88 Elvino Barros, Helena M. T. Barros & Cols. Idiossincrasia - Reações nocivas por sensibilidade peculiar a uma droga, em geral por polimorfismo genético. Hipersensibilidade alérgica - Reação claramente não relacionada à dose ad- ministrada, envolvendo o sistema imunológico. Exemplo: anafilaxia. Pseudoalergia - Reação similar à alergia, mas não mediada pelo sistema imune. Tolerância - Após administração repetida, contínua ou crônica de um fármaco ou droga na mesma dose, gera diminuição progressiva da intensidade dos efeitos farmacológicos, gerando necessidade de aumento da dose para manu- tenção do efeito inicial. Exemplo: tolerância à carbamazepina, reduzindo seu efeito anticonvulsivante. Intolerância ou sensibilidade- Doses menores do que as usuais produzem as respostas antecipadas. A classificação dos efeitos adversos ainda gera controvérsias, havendo diferentes tipos de propostas. Uma delas lista os tipos de reações adversas a fár1nacos de A a H/U: A - Relacionadas à dose do medicamento. Exemplo: taquicardia com bronco- dilatador -agonista não seletivo. B- Envolvem interação do microrganismo com o hospedeiro. Exemplo: resis- tência aos antibióticos. C - Devido às características químicas e à concentração do agente. Exemplo: flebite por medicamentos injetáveis; lesão no trato gastrintestinal (TGI) por irritante local. D- Em consequência do método de administração. Exemplo: infecção no sítio de administração. E - Manifestações de retirada de um medicamento usado cronicamente. Exem- plo: opioides, benzodiazepínicos, nicotina, antidepressivos tricíclicos, clonidi- na. F - Ocorrem somente nos indivíduos sucetíveis, sendo geneticamente deter- minadas. Exemplo: hemólise por sulfonamidas em indivíduos com defici- ência de G6PD, porfiria. G- Genotoxicidade. Exemplo: talidomida causando focomelia. H - Pela ativação do sistema imune. Exemplo: choque anafilático por penicili- na. U - Não classificadas. Hoje em dia, as reações adversas são ainda frequentemente classificadas de acordo com a proposta de Rawlins e Thompson (Tab. 7.1): Tipo A - Causadas por toxicidade conhecida da droga; são dose-dependentes e relacionadas ao efeito da droga. Potencialmente preveníveis pelo ajuste de doses, são produzidas por superdosagem relativa (ou de extensão), por efeitos colaterais, por citotoxicidade, por interações medicamentosas e por alterações na forma farmacêutica. Engloba toxicidade, efeitos colaterais e secundários, interações. Tipo B (''Bizarro'') - São de natureza idiossincrásica (por polimorfismo) ou causadas por hipersensibilidade (alergias). Ocorrem desde as doses iniciais do fár1naco; não são previsíveis e, por isso, não podem ser prevenidas pelo ajuste
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