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Medicamentos na Prática Clinica - Barros - 1ed-684

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Contraindicações. Alteração do estado 
mental, glaucoma de ângulo fechado, 
obstrução intestinal, miastenia grave, aca-
lasia. 
Posologia. Iniciar com 1-2 mg/dia, au-
mentando 2 mg em intervalos de 3-5 dias. 
Dose usual de 5-15 mg/dia, em 3-4 ad-
ministrações. A retirada deve ser gradual, 
em 1-2 semanas, para evitar sintomas de 
abstinência. 
Modo de administração. VO. A droga é 
melhor tolerada se administrada com os 
alimentos. 
Parâmetros farmacocinéticos 
• Pico de ação: 1 h. 
• Meia-vida: 3,3-4, lh. 
• Eliminação: na urina. 
Ajuste para conforme função hepática e 
renal. Usar com cautela na IH. Sem infor-
mação na IR. 
Efeitos adversos. Os mais comuns são fo-
tofobia, boca seca, constipação, confusão 
mental, retenção urinária, sonolência, 
náuseas. Também pode ocorrer taquicar-
dia, agitação, cefaleia, tontura, nervosis-
mo, pele seca, rash, midríase, déficit cog-
nitivo, hipotensão ortostática. 
Interações. Síndrome anticolinérgica pode 
ocorrer como uso de amantadina, anal-
gésicos narcóticos, fenotiazinas e outros 
antipsicóticos, antidepressivos tricíclicos, 
IMAOs, quinidina, alguns antiarrítmicos e 
anti-histamínicos. O uso com outros de-
pressores do SNC potencializa o seu efei-
to sedativo. Pode aumentar a degradação 
gástrica e diminuir a absorção de levodo-
pa; o contrário ocorre com a digoxina. Os 
efeitos terapêuticos dos agentes colinér-
gicos, como tacrina, donepezila, rivastig-
mina e galantamina, são antagonizados. 
Evitar o consumo de álcool. 
Gestação e lactação. Categoria de risco C 
na gestação. A secreção no leite materno 
é desconhecida; usar com cautela na lac-
tação. 
Medicamentos na prática clínica 685 
Comentários 
• Não é aconselhável usar a droga por 
mais de três meses. 
• Em idosos, o anticolinérgico de escolha 
é o biperideno, pelo menor potencial 
de efeitos adversos. 
• Orientar os pacientes para terem cuida-
do ao operar máquinas e dirigir auto-
móveis pelo risco de sedação. , 
• E recomendada a verificação periódi-
ca da pressão intraocular pelo risco de 
glaucoma, principalmente em idosos. 
ANTIGLUTAMATÉRGICOS 
A amantadina, o único representante anti-
glutamatérgico, aumenta a liberação de do-
pamina por meio de um mecanismo ainda 
desconhecido e inibe a sua recaptação. Além 
disso, exerce efeito direto nos receptores pós-
sinápticos da dopamina na fenda sináptica. 
Também bloqueia os receptores NMDA. 
A amantadina pode ser usada como 
abordagem inicial no tratamento da 
doença de Parkinson e é útil no controle 
das discinesias, resultante principalmente , 
do uso de levodopa. E utilizada também 
no tratamento dos transtornos de mo-
vimentos induzidos por medicamentos. 
Em geral, não é tão eficaz quanto os an-
ticolinérgicos no tratamento das reações 
distônicas agudas e tampouco é eficaz no 
tratamento da discinesia tardia e da acati-
sia induzidas por antipsicóticos típicos. A 
resposta máxima ocorre em poucos dias, 
mas, após aproximadamente dois meses, , 
começa a reduzir a sua eficácia. E bem to-
lerada em pacientes idosos. 
Amantadina 
Nome comercial. Mantidan®. 
Apresentação. Cpr de 100 mg. 
Usos. Doença de Parkinson, sintomas ex-
trapiramidais induzidos por drogas, infec-
ção pelo vírus influenza A.

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