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PROJETO INTERDISCIPLINAR DE BIOLOGIA E QUÍMICA SOBRE ALIMENTAÇÃO Filipi Cavalcanti Queiroz Peixe, Lindainez Rosendo da Silva, Mirella Henrique Meira da Silva, Ana Beatriz Ferreira Leão, Rayane Lima Gomes1. Subprojeto de Biologia2. Subprojeto de Química3. Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins filipepeixe@hotmail.com , lindainez9@gmail.com , mirellahmeira@gmail.com , beatrizceegp@yahoo.com.br , rayanelg@gmail.com Introdução O alerta aos hábitos não saudáveis da população brasileira, como a prática de uma alimentação irresponsável, é constantemente enfatizado na sociedade por meios de mídias e programas nacionais que combatem doenças crônicas, como hipertensão e diabetes, bem como distúrbios alimentares, principalmente a obesidade que, segundo o Ministério da Saúde, entre os anos de 2006 e 2016 o índice de brasileiros com a doença passou de 11,8% para 18,9%. Mas, apesar dessa realidade, muitas pessoas não buscam se conscientizar para a prática de uma alimentação saudável, sendo o maior público os adolescentes. Sabendo que a escola exerce uma grande influência sobre eles, foi proposto um projeto interdisciplinar de Biologia e Química sobre Alimentação Saudável na Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins, para os alunos do 3º ano do Ensino Médio. Referencial Teórico Atualmente há uma busca maior em promover a aprendizagem do conhecimento científico por meio da interdisciplinaridade, que por sua vez é uma temática que é compreendida como uma forma de trabalhar em sala de aula, no qual se propõe um tema com abordagens em diferentes disciplinas, Biologia e Química, neste caso. É compreender, entender as partes de ligação entre as diferentes áreas de conhecimento, unindo- se para abrir sabedorias, resgatar possibilidades e ultrapassar o pensamento fragmentado. Objetivo 1 Bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID CAPES. 2 Coordenação de área do Subprojeto de Biologia: Betânia Guilherme e Monica Folena 3 Coordenação de área do Subprojeto de Química: Angela Vasconcelos e Ruth do Nascimento Firme O objetivo do projeto foi estimular os estudantes a desenvolverem atividades sobre a prática da alimentação racional, promovendo a construção do conhecimento crítico por meio de intervenções educativas e nutricionais, estimulando-o a assumirem atitudes mais saudáveis contribuindo para melhorar a qualidade de vida e um viver mais saudável hoje e no futuro. Metodologia Realizado no período de 6 meses, a metodologia foi realizada em 11 encontros com uma hora e cinquenta minutos cada. Os dois primeiros encontros se basearam na introdução, levantamento das concepções prévias dos alunos e discussões acerca do tema, onde foi possível esclarecer dúvidas bem como permitir o primeiro contato deles com a Química e Biologia presentes na alimentação, com a leitura de texto sobre Cadeia Alimentar e Alimentos, do livro Química cidadã: volume 3: ensino médio: 3º série, de Wildson Luiz Pereira dos Santos, Gerson de Souza Mól. No terceiro momento, foi realizada a primeira atividade prática no laboratório sobre a Bioquímica dos Alimentos, permitindo aos alunos a identificação dos macronutrientes presentes nos alimentos: Carboidratos, lipídios e proteínas. Os alunos levaram alimentos em que eles acreditaram que possuía tais moléculas e utilizaram sulfato de cobre a 0,5% e hidróxido de sódio para a identificação de Proteínas, iodo ou Lugol para os Carboidratos (amido) e papel vegetal e mufla para os Lipídios. Em seguida, na aula expositiva sobre contaminação de alimentos, o professor responsável expôs os riscos que um alimento mal condicionado pode trazer, a injeção de alimentos contaminados bem como as doenças consequentes a tais atitudes. Tendo como base a discussão anterior, foi proposta a outra atividade prática, dessa vez sobre contaminação de alimentos. Os alunos coletaram amostras biológicas de diversos alimentos e objetos, a fim de cultivar bactérias em meios de cultura e ver seu crescimento, tendo como objetivo uma maior compreensão do mundo microscópico presente no nosso dia a dia. No sexto momento, a aula foi sobre Rótulos, e os alunos levaram embalagens de alimentos, principalmente industrializados, que eles costumam consumir para a partir disso ser realizada uma discussão afim de promover uma maior aprendizagem sobre os valores e tabelas nutricionais presentes nos rótulos Sabendo que a mídia atualmente possui uma alta influência sobre a saúde, o sétimo encontro teve como objetivo a discussão sobre riscos e consequências dela quando o assunto é Alimentos. Mas, levando em consideração que a conscientização para uma prática de alimentação saudável não envolve apenas a compreensão e discussões acerca ,de fatores químicos ou biológicos dos alimentos, foi realizada no encontro seguinte, juntamente com o professor de Educação física, uma avaliação de IMC com os alunos para que eles pudessem através dos cálculos saber se estão acima do peso ideal para cada um e consequentemente alertá-los a procurar um nutricionista a fim de norteá-los melhor, de acordo com a necessidade individual deles. Nos encontros finais ocorreram a preparação para a culminância do Projeto: momento destinado aos alunos levantarem ideias sobre o que iriam apresentar aos outros alunos, com base em tudo o que vivenciaram durante o projeto interdisciplinar. Após isto, houve a degustação de alimentos saudáveis produzidos pelos grupos, divididos na aula anterior. Cada grupo elaborou uma refeição saudável e explicou o que cada alimento continha bem como seus benefícios, baseado no conhecimento químico e biológico discutido em sala. O último encontro se deu na Culminância dos projetos, realizados pelos alunos. Foram apresentados trabalhos com os temas: Compreendendo melhor a Cadeia Alimentar, Leitura de Rótulos, Alimentos alternativos, Componentes Químicos e Biológicos presentes nas frutas e Cozinha Alternativa (comidas feitas a partir de cascas de alimentos). Resultado Diante de todas as atividades realizadas, foi possível observar que o uso da experimentação e da contextualização nas abordagens das aulas, permitiu aos alunos um aprendizado significativo sobre o tema. Tendo como base para tal afirmação a apresentação dos alunos na culminância. Os alunos se dividiram em grupos e apresentaram culinária sustentável, comida vegana, informações sobre a pirâmide alimentar, a confecção de uma célula utilizando frutas como representação de organelas, e a identificação de carboidratos em alimentos e no que isso reflete na nossa alimentação. Referências EM DEZ ANOS, OBESIDADE CRESCE 60% NO BRASIL E COLABORA PARA MAIOR PREVALÊNCIA DE HIPERTENSÃO E DIABETES. Disponível em: < http://portalsaude.saude.gov.br/index.php/cidadao/principal/agencia-saude/28108-em- dez-anos-obesidade-cresce-60-no-brasil-e-colabora-para-maior-prevalencia-de- hipertensao-e-diabetes>. Acesso em: outubro de 2017. OS HÁBITOS ALIMENTARES DOS ADOLESCENTES DO ENSINO MÉDIO E A SUA RELAÇÃO COM O PROBLEMA DO SOBREPESO E DA OBESIDADE. Disponível em: <http://www.diaadiaeducacao.pr.gov.br/portals/pde/arquivos/402-2.pdf>.Acesso em: fevereiro de 2017. A ROBÓTICA LEGO COMO INSTRUMENTO VIABILIZADOR DO ENSINO DA FÍSICA MECÂNICA: UMA ABORDAGEM NOS CONCEITOS DE LANÇAMENTO HORIZONTAL E OBLÍQUO Bruno Barros, Gabriela Barbosa Cupertino, Lucas Mariano Machado, Rayane Gomes, Wolney Cosme Silva André1. Subprojeto de Física e Computação2. Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins professorbrunobarros@bol.com.br , frfc2309@gmail.com , lucasmarianomachado@gmail.com , rayanelg@gmail.com , wolneycosme@gmail.com INTRODUÇÃO A Física é uma ciência de cunho teórico e experimental responsável por investigar fenômenos da natureza. No entanto, Sousa (2010) afirma que “a Física Experimentalfoi praticamente banida do Ensino Médio no Brasil”. O autor explica que essa realidade pode ser atribuída a estruturada dos currículos de física nas escolas, que impedem que haja uma prática de experimental continuada. Uma aula experimental pode ser definida como uma aula em que o próprio aluno pode medir, analisar e tirar suas conclusões a respeito da prática realizada (SOUSA, 2010). Ausubel (1980) confirma que para ocorrer à aprendizagem, é necessário começar daquilo que o aluno já sabe e a partir dessa realidade, os professores devem criar suportes para facilitar a compreensão desses conhecimentos. A robótica educacional e a computação permitiram com que a tecnologia fosse popularizada ao convívio escolar possibilitando a exploração do trabalho em equipe, design, da montagem e programação dos robôs (VASCONCELOS 2017). A partir neste contexto, o objetivo do trabalho é ensinar aos alunos do primeiro ano do ensino médio os conteúdos da Física mecânica: Lançamento Horizontal e Obliquo a partir de um experimento com a robótica utilizando o pensamento computacional. REFERENCIAL TEÓRICO A robótica educacional, além de trabalhar com a montagem de robôs pelos alunos, desafia e desperta a vontade dos mesmos a solucionar problemas, simulando 1 Bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID CAPES. 2 Coordenadores das áreas de física e computação - Carlos A. C. Bosco e Adenilton Silva. dificuldades que terão que enfrentar na vida, demandando esforços cognitivos para suas construções (DINIZ; SANTOS, 2014). Em seu trabalho, Melo (2009) afirma que a robótica pode ser tida como um meio que permite diversas interações, uma delas é a percepção da importância dos modelos físicos, propiciando ao estudante a percepção de um fenômeno através de um experimento. D’Abreu (1999) afirma que a robótica foi transformada a ponto de ser “lembrada como uma grande mediadora no processo de ensino e aprendizagem”. Para o autor, a robótica tem demonstrado que crianças e adolescentes possuem certa facilidade em lidar com temas referentes à Ciência, em especial nos conteúdos de física e matemática, quando é utilizada a robótica educacional LEGO nas atividades em sala de aula. METODOLOGIA A atividade foi realizada na sala de aula e no laboratório de física da Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins que fica localizada na Av. Gen. Newton Cavalcante, S/N - Vila da Inabi, Camaragibe, Pernambuco. Com a turma do 1º A do Curso Técnico em Logística e contou com a participação de 24 educandos. A mesma conta com 28 Kits LEGO, nos quais foram utilizados para o processo de aprendizagem de conteúdos de física. A atividade foi realizada em três encontros com a duração total de 4 horas e foi dividida nas seguintes etapas: Aplicação do Questionário de verificação anterior à ação (QVA); aula expositiva dialogada, onde foi discutido os fenômenos físicos lançamento oblíquo e lançamento horizontal; oficina prática de robótica que consistiu em fazer os alunos usarem um o robô de arremesso pré- montado, para realizarem o experimento para obter as medidas das distâncias do arremesso da bola de acordo com o ângulo de arremesso e a força aplicada; Aplicação do Questionário de verificação posterior à ação (QVP); e fechamento da atividade. RESULTADOS E CONSIDERAÇÕES FINAIS Foi possível constatar três resultados na avaliação dos discentes nos questionários anteriores e posteriores: Melhoria; Decaimento; Inalterável. Foi possível observar que os casos invariáveis nunca houve justificativa das questões por parte dos educandos. Para a piora podemos atribuir ao fato dos tempos de duração das provas terem sido diferentes e observamos que as justificativas desse grupo estavam em menor quantidade em relação às respostas anteriores, atribuímos esse fato ao tempo que pode ter sido insuficiente. No grupo de melhoria podemos observar que houve um aumento nas justificativas, bem como uma melhor compreensão sobre a física envolvida. Dito isto consideramos os resultados aceitáveis e desejamos ampliar e aperfeiçoar esse projeto. REFERÊNCIAS AUSUBEL, D. P., NOVAK, J. D., HANESIAN, H. Psicologia educacional. Trad. Eva Nick. 2 ed. Rio de Janeiro, Interamericana, 1980. 626 p. MELO, M. M. L. Robótica e Resolução de Problemas: Uma Experiência com o Sistema Lego Mindstorms no 12º ano. 2009. 202 f. Dissertação (Mestrado em Ciências da educação)- Faculdade de Psicologia e de Ciências da Educação, Universidade de Lisboa, Lisboa. 2009. VASCONCELOS, I. N., A Física dos Sensores usados em Robótica e Automação. Recife. 2017. 46 p. SOUSA, A. J., A importância da Física Experimental no processo de ensino e aprendizado. Uberlândia. 2010. 39 p. DINIZ, R.; SANTOS, M. A utilização da Robótica Educacional LEGO nas aulas de Física do 1º ano do ensino médio e suas contribuições na aprendizagem. In: CONGRESSO IBERO-AMERICANO DE CIÊNCIA, TECNOLOGIA, INOVAÇÃO E EDUCAÇÃO, 18., 2014, Buenos Aires. Anais... Buenos Aires, 2014. D’ABREU, J. V. V. Desenvolvimento de Ambientes de Aprendizagem Baseados no Uso de Dispositivos Robóticos. In: SIMPÓSIO BRASILEIRO DE INFORMÁTICA NA EDUCAÇÃO, 5., 1999, Curitiba. Anais... Curitiba, 1999. SEMENTES DO CONHECIMENTO: ATIVIDADES PRÁTICAS DE BIOLOGIA VEGETAL NO ENSINO MÉDIO Betânia Cristina Guilherme, Fernando Miguel da Silva, Marcio James Goncalves de Lima, Maria Mylena Oliveira da Cruz, Rayane Lima Gomes,1. Subprojeto de Biologia2. Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins fmiguell.bio@gmail.com , myle97@gmail.com, betaguilherme@yahoo.com.br , rayanelg@gmail.com Introdução A extraordinária riqueza biológica brasileira, grande parte ainda desconhecida, encontra-se em situação de crise (MOTTA, 2015), causada entre outros fatores, pela falta de compreensão que as populações têm sobre a importância dessa biodiversidade para sua própria qualidade de vida (EGG, 1996; FONSECA, 2007). Tal compreensão pode ser alcançada através da educação escolar, ferramenta fundamental para o esclarecimento desses aspectos e formação de pessoas comprometidas com a sobrevivência dos ecossistemas (BURNHAM, 1993). CHENG; MONROE (2010) destacam é necessário compreender de como os jovens entendem e lidam com temas ambientais é indispensável para formar pessoas dispostas e com habilidades para resolver problemas relacionados a esta temática. Objetivos Descrever as experiências práticas sobre os grupos de plantas, distinguindo- os quanto às suas características morfológicas através de atividade prática de laboratório. Referencial teórico O ensino de Botânica tem sido feito de maneira desestimuladora e descontextualizada da realidade cotidiana dos estudantes, fundamentado na 1 Bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID CAPES. 2 Coordenação de área do Subprojeto de Biologia: Betânia Cristina Guilherme e Monica Folena. exposição teórica e limitado na exposição de conteúdos de livros (KUENZER, 2000). Segundo Santos e Ceccantini (2004) grande parcela dos professores negligencia a exposição dos conteúdos de Botânica durante o ano escolar, tornando-o elemento secundário ou até mesmo excluindo-o do conteúdo programático anual. Metodologia As atividades foram desenvolvidas na Escola Técnica Estadual Alcides Nascimento Lins, em Camaragibe - Pernambuco, no período de maio a junho de 2017, tendo como público alvo os estudantes das turmas do 3° ano do ensino médio. Foram abordadas as temáticas de Biologia relativas ao 2° bimestre do ano escolar, “Diversidade dos seres vivos”, Módulo 2 – “O reino das plantas”. Assim, foram realizadas exposições teóricas dos assuntos em sala de aula, somadas às atividades práticas em laboratórioguiadas por roteiros temáticos elaborados para cada tema (1 – Briófitas e Pteridófitas e 2 - Angiospermas - Flor). As atividades práticas consistiam em um levantamento inicial das concepções prévias dos estudantes, seguido de discussão e observação das estruturas vegetativas e reprodutivas de exemplares de plantas ao estereomicroscópio. Por fim, foi solicitado aos alunos que confeccionassem um relato da aula prática a partir dos desenhos do material observado. Resultados Aula prática de Briófitas e Pteridófitas Na fase de análise do conhecimento prévio, realizado a partir de desenhos realizados pelos próprios estudantes no quadro, foi possível fazer uma reflexão coletiva acerca da visão equivocada dos estudantes sobre os grupos de plantas, permitindo organizar e redefinir alguns conceitos básicos. Em seguida, durante a organização do conhecimento os estudantes observaram diversos exemplares da flora nativa podendo assim fazer correlações com experiências vividas relatadas por eles: o uso de samambaias e Briófitas em brincadeiras na infância, um aumento no número das Briófitas em período chuvoso, a presença destes organismos em ambientes sombreados, entre outras situações. Durante a observação de exemplares botânicos através do estereomicroscópio, os estudantes desenharam e identificaram os grupos e responderam os tópicos propostos para discussão. Aula prática de Angiospermas - Flores Mais uma vez, desenhos feitos no quadro pelos estudantes deram início à discussão, nos quais os estudantes evidenciaram um padrão de flor trazido do ensino infantil: ‘‘A flor de margarida’’ (Inflorescência capítulo). Foram debatidas questões, como a identificação do sexo destas flores, já que nenhum estudante ilustrou estruturas reprodutivas no desenho, ou determinou o sexo das flores. Cinco estudantes foram convocados para encenar uma apresentação teatral sobre a reprodução das flores, que serviu de base para aprofundar o debate sobre a reprodução das angiospermas e para a redefinição dos conceitos até então apresentados. Considerações finais A realização destas intervenções na unidade escolar proporcionou uma maior participação e envolvimento dos estudantes nas atividades escolares, além de uma melhor compreensão dos temas relacionados à botânica. Ultrapassando as restrições impostas no livro didático, inclusive permitindo o reconhecendo dos representantes da flora local e debatendo sobre a importância da conservação da biodiversidade do planeta. Referências bibliográficas. CHENG, J. C. H.; MONROE, M. C. Connection to Nature: Children‟s Affective Attitude Toward Nature. Environment and Behavior, v. 44, n. 1, p. 31–49, 2010. BURNHAM, T. F. Educação Ambiental e reconstrução do currículo escolar. Caderno CEDES, vs. 29, p. 21-28, 1993. EGG, A. B. La Amazonia posible: recursos, problemas y posibilidades de una de las mas intrigantes regiones del planeta. In: PAVAN, C. (Org). Uma estratégia Latino- Americana para a Amazônia. São Paulo: Fundação Memorial da América Latina, p. 21-33, 1996. FONSECA, M. J. C. F. A biodiversidade e o desenvolvimento sustentável nas escolas do ensino médio de Belém (PA), Brasil. Educação e Pesquisa, São Paulo, v. 33, n. 1, p. 63-79, 2007. KUENZER, A.Z. (org.) Construindo uma proposta para os que vivem do trabalho. São Paulo: Cortez, 2000. MOTTA, R. S. The economics of biodiversity in Brazil: the case of forest conversion. Institute for Applied Economic Research – ipea, 2015. SANTOS, D. Y. A. C., CECCANTINI, G. Propostas para o ensino de botânica manual do curso para atualização de professores dos ensinos fundamental e médio - São Paulo. Universidade de São Paulo, 2004. A CRIATIVIDADE EM JOGO: ALGUMAS FERRAMENTAS INOVADORAS DE ENSINO E APRENDIZAGEM APLICADAS AO ENSINO DE HISTÓRIA NA ESCOLA TÉCNICA ESTADUAL ALCIDES DO NASCIMENTO LINS Adriana de Souza Albuquerque, Bruno Barros da Silva, João Lucas dos Santos Souza, Johnny Rodriguez Alves da Silva1. Subprojeto de História2. Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins adriana.s.albuquerque96@gmail.com, professorbrunobarros@hotmail.com, joaolucas9628@gmail.com, joohnny906@gmail.com INTRODUÇÃO O presente trabalho é resultado de uma série de intervenções didáticas realizadas no mês de junho de 2017, com turmas de 1º e 2º ano do Ensino Médio da Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins, mediante a supervisão do professor de história da instituição em questão, Bruno Barros da Silva, nas quais foram trabalhados os seguintes conteúdos: “A cidadania na Grécia e Roma Antiga” com as turmas de 1º ano, e “Os conflitos religiosos e geopolíticos na península árabe: Israel x Palestina” com as turmas de 2º ano. OBJETIVO Desenvolver uma prática que permitisse alcançar algumas das finalidades previstas para o Ensino Médio pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional, promulgada em 20 de dezembro de 1996, sendo estas: “a preparação básica para o trabalho e a cidadania” e “o aprimoramento como pessoa humana, incluindo a formação ética e o desenvolvimento da autonomia intelectual e do pensamento crítico” (BRASIL, 1997, p. 35). REFERENCIAL TEÓRICO Sabendo que o ensino de história é mais do que o ensino de nomes, datas e acontecimentos, fundamentamos nossa prática no trabalho do historiador Fernando Seffner, que entende o ensino de história como um ensino de situações históricas capaz de partir de questões da atualidade para o estudo de situações do passado (SEFFNER, 2013). 1 Bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID CAPES. 2 Coordenação de área do Subprojeto de História: Lucas Victor Silva e Jeannie Menezes. METODOLOGIA A atividade proposta consistiu na elaboração de um material lúdico pelos estudantes, do qual teria por objetivo expressar aquele conhecimento que fora construído durante a primeira etapa da intervenção, sendo destinada aos próprios estudantes a escolha destes materiais a serem produzidos, isto é, uma prática pedagógica que, conforme sugerem os PCN, “supera a padronização e estimula a criatividade e o espírito inventivo [...] no aprender a conhecer e no aprender a fazer, como dois momentos da mesma experiência humana, superando-se a falsa divisão entre teoria e prática.” (BRASIL, 1999, p. 08). RESULTADOS Diante dessa proposta, os estudantes desenvolveram diversas ideias para os materiais a serem elaborados, estas que variaram entre paródias musicais, poemas, jornais e principalmente jogos, não se restringindo a versões de tabuleiro, mas também de cartas, sendo estas não apenas aceitas bem como incentivadas, pois assim como a historiadora Carla Beatriz Meinerz, “compreendemos o jogo como prática cultural que pressupõe a interação social, e exploramos essa temática a partir do reconhecimento do potencial presente na apropriação do lúdico em experimentações pedagógicas de construção do conhecimento histórico na escola” (MEINERZ, 2013, p. 103). De modo a tornar a atividade uma prática de ensino, e não apenas uma avaliação da aprendizagem, os bolsistas tiveram papel fundamental como orientadores nas produções, seja quanto às dúvidas dos estudantes, mas principalmente empregando a tarefa como uma ferramenta que possibilitasse uma progressão no ensino daqueles conteúdos previstos. A partir da dinâmica realizada fora possível identificar que os materiais não foram elaborados simplesmente com o saber histórico, mas também como um reflexo das vivências dos estudantes, como também, dos bolsistas que os orientaram, isto é, como aponta Michel de Certeau, interpretações e produções baseadas no lugar social do historiador, nesse caso, dos bolsistas PIBID, do professor de história da instituição de ensino em questão, bem como dos próprios estudantes. O fato de tal experiência nos possibilitar a produçãode um conhecimento histórico fundado em uma combinação do lugar social de todos aqueles envolvidos no projeto nos leva a refletir sobre a viabilidade, ou até mesmo necessidade, como afirma o historiador Luís Fernando Cerri, de se pensar e construir um saber histórico para além do meio acadêmico, um saber histórico mais próximo da realidade da sociedade visto que “os problemas e as potencialidades do ensino-aprendizagem de história não estão restritos à relação professor – aluno na sala de aula, mas envolvem o meio em que o aluno e o professor vivem” (CERRI, 2001, p. 110). CONSIDERAÇÕES FINAIS Podemos afirmar que a proposta apresentada, se bem empregada, permite ao professor lançar situações-problemas aos estudantes de modo a estimular a cooperação e o trabalho em equipe, mais que isso, proporciona à sala de aula uma atmosfera de experimentação, criatividade e associação de teoria e prática, como também a construção de um saber histórico munido de trocas de experiências, e capaz de estimular o desenvolvimento de uma consciência histórica fomentada por práticas além do conhecimento acadêmico. REFERÊNCIAS BRASIL. Ministério de Educação e Cultura. LDB - Lei nº 9394/96, de 20 de dezembro de 1996. Estabelece as diretrizes e bases da Educação Nacional. Brasília: MEC, 1996. CERRI, Luís Fernando. Os conceitos de consciência histórica e os desafios da Didática da História. Revista de História Regional, Ponta Grossa, PR, v. 6, n.2, p. 93- 112, 2001.Disponível em: <http://www.revistas2.uepg.br/index.php/rhr/article/view/2133/1614>. Acesso em: 26 set. 2017. SEFFNER, Fernando. Aprendizagens significativas em História: critérios de construção para atividades em sala de aula. In: GIACOMONI, Marcello Paniz; PEREIRA, Nilton Mullet (orgs.). JOGOS E ENSINO DE HISTÓRIA, 1ª edição, Porto Alegre, Evangraf, 2013. O TEATRO COMO PROPOSTA METODOLÓGICA PARA A DISCUSSÃO DE GÊNERO: A LITERATURA RODRIGUIANA EM CENA Ailton Gomes da Silva Júnior, Bruno Barros da Silva, Josiane Maria de Melo1. Subprojeto de Letras2. Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins ailtongomesqq@hotmail.com , professorbrunobarros@hotmail.com, josianemmelo@gmail.com INTRODUÇÃO Face às novas transformações que vêm acontecendo nas estruturas das escolas, no que tange a implementação de um ensino técnico junto ao regular e, consequentemente, um ensino integral, pensar em propostas metodológicas alternativas que fujam de aulas mais tradicionais e que despertem o interesse do estudante, torna-se necessário no processo de ensino e aprendizagem. Nesse contexto, foi realizado um projeto de teatro sobre a literatura moderna de Nelson Rodrigues, com foco nas questões de gênero, tendo como bibliografia o seu livro de contos “A vida como ela é...”, com a participação de dois professores (português e filosofia/sociologia) e um bolsista do Programa de Bolsa de Iniciação à Docência da UFRPE (PIBID-UFRPE) na Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins, em Camaragibe. OBJETIVOS Proporcionar, através da perspectiva teatral, uma nova interdisciplinar proposta de ensino e aprendizagem, fazendo com que os discentes conheçam o gênero textual teatro, relacionem a vida e a obra de Nelson Rodrigues com o contexto da época e as questões de gênero atreladas e compreendam a literatura moderna através do uso da teatralidade. Além disso, fazer com que eles percebam a importância da arte teatral não só como uma alternativa para obtenção do conhecimento cognitivo, como também no desenvolvimento das capacidades afetiva, social e motora. REFERENCIAL TEÓRICO O trabalho teve como ponto de partida teórico a própria obra de Nelson Rodrigues, “A vida como ela é...”, onde foi disponibilizado para todos os estudantes em PDF. 1 Bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID CAPES. 2 Coordenação de área do Subprojeto de Letras: Sandra Melo Entretanto, na elaboração do planejamento das atividades, uma pesquisa bibliográfica acerca dos principais autores que tratam da temática foi essencial para a construção didática do projeto. Assim, este trabalho teve como marcas teóricas a relação entre o Teatro-Educação como proposta contemporânea do teatro na educação e a ludicidade, por Alexandre Santiago da Costa e outros autores e Vygostky, com suas afirmações sobre linguagem e a importância do uso da arte no desenvolvimento humano. PERÍODO DE REALIZAÇÃO DA ATIVIDADE O projeto teve início em março de 2017 e teve sua culminância realizada em junho de 2017. Os encontros aconteciam semanalmente, em todas as quartas-feiras, com duração de 1h20min. METODOLOGIA E RESULTADOS Apesar de ser um projeto de cunho prático, com encenação de peças teatrais, houve a preocupação de trazer também uma parte mais teórica. Não querendo dizer com isso que esses são elementos dissociados, mas que o teatro foi por si só uma ferramenta metodológica para o estudo da literatura rodriguiana e suas questões de gênero. Dessa forma, o projeto teve basicamente dois momentos. Primeiramente, houve as intervenções do bolsista sobre a vida e a obra do autor, introduzindo as características do teatro moderno e a abordagem de Nelson sobre as questões de gênero em seus contos. Posteriormente, iniciou-se o estudo do próprio texto, analisando os contos escolhidos pelos estudantes e também realizando dinâmicas de teatralização desses contos em sala de aula. Finalizando, dessa forma, com os ensaios para a realização das peças. Verificou-se com o projeto que utilizar o teatro como proposta metodológica de ensino não só obtêm um feedback positivo por partes dos estudantes, como também um bom resultado na construção do conhecimento objetivado. Isso porque ao fugir de aulas mais tradicionais e empregar metodologias alternativas no ensino integral possibilita um maior interesse do estudante no processo construtivo do conhecimento que vai desde o estudo do texto até a sua roteirização e encenação. Em um questionário de avaliação feito pelo bolsista pibidiano com 26 alunos participantes do projeto, todos responderam que usar o teatro-educação como proposta metodológica é um caminho válido e que conseguiram absorver cognitivamente a literatura rodriguiana e a sua reflexão de gênero, confirmando isso ao informar ao público, ao final de cada apresentação, informações a respeito da obra e vida de Nelson. CONSIDERAÇÕES FINAIS Nesse sentido, como aponta os estudos de Vigostky, a arte é um elemento fundamental para a vida do ser humano, pois ela faz a mediação entre o homem e o mundo. Usar o teatro como um processo educativo em sala de aula não só desperta o interesse profundo no estudante de participar de uma aula diferenciada, como também proporciona o desenvolvimento das esferas emocional, social, motora e cognitiva, despertando experiências que vão além do ensino de conteúdos por si só. Assim, construindo também cidadãos prontos integralmente não só na dimensão cognitiva, como também afetiva. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS COSTA, Alexandre Santiago da. Teatro - Educação e ludicidade: novas perspectivas em educação. Revista da Faced, ní 08, 2004 RODRIGUES, Nelson. A vida como ela é... J. Ozon Editor, Rio, 1961. VYGOTSKY, L. S. Psicologia da arte. São Paulo: Martins Fontes, 2001. ALÉM DA SALA DE AULA, ALGUMAS HISTÓRIAS: UMA REFLEXÃO SOBRE A CONSTRUÇÃO DO CONHECIMENTO HISTÓRICO A PARTIR DA PARTICIPAÇÃO DOS ESTUDANTES DA ETE-ANL NA 9ª ONHB Bruno Barros da Silva,, Lucas Victor Silva, Renan Moura de Freitas1 Subprojeto de História2. Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins professorbrunobarros@hotmail.com, lucasvictor@uol.com.br, renanmourafr@gmail.com INTRODUÇÃO A participação dos alunos na 9º Olimpíada Nacional em História do Brasil se revelou uma oportunidadesignificativa de aprendizado e de desenvolvimento de uma consciência histórica nas escolas. Particularmente, na Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins, a presença dos alunos interessados no evento proporcionou uma experiência dinâmica para além da sala de aula. Durante as várias semanas de duração da Olímpiada de História do Brasil, grupos de alunos participaram e dialogaram sobre os conteúdos propostos pelas provas, tendo como consequência um olhar renovado sobre o conhecimento histórico. Nesse sentido, esse trabalho faz parte de uma pesquisa ainda em andamento sobre o impacto que essa participação gerou para os alunos. Além disso, busca-se identificar que outro olhar sobre a história foi desenvolvido e suas formas de articulação com os conteúdos trabalhados durante o ano letivo na escola. OBJETIVO Analisar qual foi o papel da 9ª Olimpíada Nacional em História do Brasil na ETE Alcides do Nascimento Lins, atentando para a construção do conhecimento histórico, a produção da consciência histórica sobre representações do passado, além da contribuição do evento para a vida escolar e social dos alunos. Examinar os aspectos positivos e negativos provenientes da mediação escolar no processo de participação dos alunos nas olimpíadas também serão pesquisados, bem como a divulgação do evento, disponibilidade de salas para a realização das atividades nas fronteiras da escola, participação e suporte de professores e materiais didáticos para pesquisa. 1Bolsistas PIBID da UFRPE - ETE Alcides do Nascimento Lins 2Coordenação de área do Subprojeto de História: Lucas Victor Silva e Jeannie Menezes. REFERENCIAL TEÓRICO As olimpíadas de história do Brasil podem ser compreendidas como um momento de aprendizado e, por meio do diálogo entre as equipes participantes, unidas à análise dos conteúdos que são propostos, produzem um novo olhar sobre o passado. Nessa pesquisa, é fundamental entender o conhecimento do passado como um processo singular, no qual envolve os conhecimentos prévios dos alunos. A partir da participação nas Olimpíadas, se obtém um novo olhar sobre as representações do passado e com isso se contribui para o desenvolvimento da consciência histórica. Nesse sentido, é essencial referenciar o olhar da pesquisa sobre esse processo de complexificação da consciência histórica, entendo como: A suma das operações mentais com as quais os homens interpretam sua experiência da evolução temporal de seu mundo e de si mesmos, de forma tal que possam orientar, intencionalmente, sua vida prática no tempo [...], o modo pelo qual a relação dinâmica entre experiência do tempo e intenção no tempo se realiza no processo da vida humana. (RÜSEN, 2010, p. 57). Essa nova orientação no tempo será o olhar aplicado ao contato particular com o conhecimento histórico proporcionado pela participação nas olimpíadas. Essa âncora se amarra com uma das principais funções do ensino de história que é o fortalecimento do pensamento crítico e a produção de sentido histórico para a vida dos alunos. PERÍODO DE REALIZAÇÃO A 9ª Olimpíada Nacional em História do Brasil aconteceram entre os dias 08 de Maio até 20 de Agosto, no ano de 2017. Dividida em diversas fases, os grupos possuem atividades diferentes em cada fases. Os grupos participantes da ETE Alcides do Nascimento Lins chegaram até a terceira fase, isto é, praticaram as atividades até o dia 27 de Maio. A participação dos alunos durante esse período será analisada posteriormente com realização de entrevistas e coleta de dados. A pesquisa está em andamento e será concluída para apresentação no 1º Seminário Estadual do PIBID e PIBID Diversidade do Estado de Pernambuco. METODOLOGIA Para a realização dessa pesquisa, serão aplicados questionários após o fim das Olimpíadas de História. Serão realizadas entrevistas com alunos que participaram do evento e com o professor de história responsável por orientar os grupos. Além disso, será realizada a avaliação do rendimento que os alunos obtiveram, levando em consideração as diversas variantes dentro da participação nas olimpíadas como orientação efetiva, disponibilidade de horários para discussão das atividades e ambientes de realização das provas. RESULTADOS Os resultados estão sendo produzidos e analisados a partir da coleta de dados com alunos e professores participantes da 9ª ONHB. CONSIDERAÇÕES FINAIS As Olimpíadas de História do Brasil podem representar um importante elemento para o ensino e aprendizagem. Existem várias óticas de estudo em relação a participação dos alunos em olimpíadas. Foi nítida durante a ocorrência do evento situações de experiência teórica e pratica da história. Um novo sentido histórico foi produzido e percebido pelas reações dos alunos, que dialogavam com entusiasmo sobre os conteúdos e questões. Com a coleta de dados, na qual está sendo realizada, ficarão mais nítidos os aspectos positivos e negativos da participação dos alunos e da escola. Posteriormente, será possível construir uma discussão que poderá ajudar professores a estimular um aprendizado criativo da história, que vá além da sala de aula. Será possível repensar de que maneira a ONHB poderá ser um momento de estratégia didática para o aprendizado dos alunos e, ainda, uma oportunidade de aproximação com o sentido da história para a vida. REFERÊNCIAS RÜSEN, Jörn. Razão histórica: teoria da história: fundamentos da ciência histórica. 1ª reimpressão. Brasília: Editora UNB, 2010. RÜSEN, Jörn. Reconstrução do passado. Brasília: Editora UnB, 2007 CERRI, Luis Fernando. Ensino de história e consciência histórica. Rio de Janeiro: Editora FGV, 2011. REZENDE, Flávia; OSTERMANN, Fernanda. Olimpíadas de ciências: uma prática em questão. Ciência & Educação, Bauru, v.18, n.1, p.245-256, 2012. Disponível em: http://www.scielo.br/pdf/ciedu/v18n1/15.pdf; Acesso em: 17 out. 2017. DEPARTAMENTO DE HISTÓRIA DA UNIVERSIDADE ESTADUAL DE CAMPINAS (UNICAMP). Regulamento da 9ª Olimpíada Nacional em História do Brasil. Campinas, SP: Unicamp, 2007. Disponível em: https://www.olimpiadadehistoria.com.br/paginas/onhb9/regulamento; Acesso em: 10 out. 2017. CERTEAU, Michel de. A Escrita da História. 2.ed. Rio de Janeiro: Forense Universitária, 2002. O ENSINO-APRENDIZAGEM DE GÊNEROS TEXTUAIS/DISCURSIVOS EM DIFERENTES PERSPECTIVAS DO ENSINO MÉDIO Isoila Cristiane Correia, Josiane Melo, Málini de Figueiredo Ferraz, Renata Pimentel Teixeira,, Valéria Gomes1. Subprojeto de Letras2. Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins3 isoilacrisufrpe@outlook.com , josianemmelo@gmail.com , maliniferraz@hotmail.com , renatapimentel@gmail.com , lelavsg@gmail.com Ao se discutirem os gêneros textuais com os alunos da Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins, nas turmas dos 1º anos A e B de Eventos e 1º ano B de Logistica e nas turmas dos 2ª anos A e B de Eventos e Logistica foi utilizado o pressuposto teórico de MARCUSCHI (2008), que afirma que o trato da língua materna faz uso de questões relativas a processos argumentativos e o raciocínio crítico, ou seja, os discentes não apenas exerceram a língua materna, mas também a habilidade crítica – reflexiva ao analisar as informações coerentes e pertinentes à notícia elaborada e à resenha, tendo em vista que em tais gêneros o autor atribui juízo de valor a um objeto. Sendo assim, o objetivo central é sair do ensino normativo para o reflexivo, no qual o texto é a produção linguística com função comunicativa e inserida na prática social. Como observa MARCUSCHI (2008), sem limitar a ação discursiva, mas sim analisar as funções, os objetivos e a linguagem de cada gênero textual em cada contexto discursivo. SANTOS, MENDONÇA e CAVALCANTE (2006) também afirmam que é preciso trabalhar com a diversidade junto ao texto, ou seja, saber distinguirum do outro a partir de suas características e que gênero utilizar de acordo com o público- alvo e o suporte. Durante a intervenção pedagógica, em sala de aula, acerca do Gênero Notícia, foram abordadas sua definição, características, estrutura e elementos principais. Em 1 Bolsista do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência - PIBID CAPES. 2 Coordenação de área do Subprojeto de Letras: Sandra Melo. 3 Registramos a colaboração necessária para a realização deste trabalho por parte das professoras Sandra Helena (Coordenadora do PIBID – Letras) e Rubenita Silva (Professora participante da Escola Técnica Alcides do Nascimento Lins). seguida, foi proposta a atividade de produção textual com as turmas dos 1º A e B de Eventos e o 1º B de Logística. A metodologia utilizada consistiu na transformação de uma cena do filme “O Alto da Compadecida” em uma notícia. Foi percebido que, inicialmente, houve certa dificuldade nessa criação, pois muitos fizeram a descrição da cena sem obedecer à estrutura do gênero Notícia, além disso, foram também notórias as dificuldades no quesito ortográfico, como acentuação, pontuação, paragrafação e separação silábica. Após verificação textual e observação dos textos produzidos, houve o momento de reescrita com a turma do 1ºB de Eventos e 1º B de Logística – a reescrita não foi realizada no 1ºA Eventos por motivos de horário e realização de outras atividades na escola. Alguns conseguiram se aproximar do que foi pedido na produção da atividade, mas outros, mesmo com a reescrita, não conseguiram alcançar os objetivos propostos na elaboração e produção da atividade, fizeram as devidas alterações, mas mantiveram uma estrutura apenas descritiva do vídeo. O terceiro momento para essa produção foi a criação de uma notícia pelos próprios estudantes, que desenvolveriam um tema, acontecimento e, posteriormente, a construção do texto. Após a escrita tendo como base o vídeo apresentado em sala, a reescrita e a criação, pode-se observar o melhor resultado no terceiro momento, quando a maioria atingiu o objetivo. Este processo de intervenção em sala e aplicações de atividades, ocorreu no período de 24/04/2017 a 29/05/2017. Nas turmas do 2º ano A e B do integrado de eventos e logística, durante os dias 05 de junho de 2017 e 27 de junho de 2017, foi trabalhado o gênero resenha, que é indicado pelo conteúdo programático da escola. Para isso, foi utilizado o livro didático, que traz exemplos de resenhas de filmes, para leitura em sala de aula e estímulo dos alunos a identificar as características principais do gênero citado. Em seguida, foi apresentada uma resenha do filme “O leitor”, encontrada na internet, visto que se trata de uma exibição que aborda o analfabetismo e os campos de concentrações na época do nazifascismo, ou seja, neste momento foi trabalhado não apenas o gênero resenha, como também o texto, a partir da contextualização histórica que trata a narrativa e da ressalva em relação a importância da escrita. O terceiro momento foi marcado pela sugestão da produção textual do referido gênero, visto que os alunos foram incentivados a construir uma resenha de um livro de sua escolha e, nesse momento foi percebida a dificuldade semelhante à que se constatou no trabalho do gênero notícia nos primeiros anos, visto que a maioria dos discentes realizaram a descrição do livro e não propriamente a resenha do mesmo. Por último, após verificação da aluna PIBID, houve a reescrita em sala de aula. RESULTADOS ALCANÇADOS Os estudantes, ao reverem suas produções textuais, após os devidos apontamentos, tiveram a oportunidade de aperfeiçoá-las, sendo assim foi observada melhora significativa nas produções em relação à coesão e coerência e às questões ortográficas. É notório que, apesar de serem de turmas diferentes, os estudantes apresentam alto índice de dificuldade da construção textual e a organização de ideias. Em relação à coesão, apesar da melhora, é necessário um futuro trabalho didático do aluno PIBID com a ETE – Alcides do Nascimento Lins em relação à estruturação da sequência do texto e ao uso de conectivos (que, porém, no entanto…). Outro recurso da gramática normativa que é importante frisar por não estabelecer vínculo com o padrão é a acentuação e a separação silábica. Dessa forma, percebe-se que, apesar dos diferentes graus de turmas e dos distintos gêneros, os problemas em relação à gramática normativa são regulares, ou seja, esperava-se o domínio de certos conteúdos por parte dos alunos, porém é frequente a presença de deslizes em relação ao padrão culto da norma de língua escrita. Também é possível concluir que, após todas as etapas das atividades propostas, como a escrita, reescrita e criação, a reescrita é uma ferramenta de grande importância e validade no processo de ensino-aprendizagem nas atividades de produção textual. Com ele é possível um aprofundamento maior na identificação de dificuldades que uma turma e/ou grupo de alunos apresentam. REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS: MARCUSCHI, L.A. Produção textual, análise de gêneros e compreensão. São Paulo: Parábola, 2008 SANTOS, C.F; MENDONÇA, M.; CAVALCANTI, M.C.B. Diversidade textual: os gêneros na sala de aula. Belo Horizonte: Autêntica, 2006. AS INTER-RELAÇÕES ENTRE O MOVIMENTO HIP HOP E OS ASPECTOS SOCIAIS URBANOS Alan Gabriel Mira Silva, Alexandre Ferreira Cordeiro, Beatriz Moura da Silva, Carlos Eduardo Sousa Barbosa1, Josiane Maria de Melo2. Subprojeto da área de Educação Física3. Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins. E-mails: alangabrielmss@gmail.com, alexandre.fc100@gmail.com, beatrzmoura@outlook.com, cadusb2@gmail.com, josianemmelo@gmail.com. O presente relato de experiência é o resultado do projeto interdisciplinar “As inter- relações entre o movimento Hip Hop e os aspectos sociais urbanos”, realizado na Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins, situada no município de Camaragibe-PE, cujo tema é o movimento Hip Hop, intitulado "Festival de Cultura Corporal e Consciência Urbana", desenvolvido pelos integrantes do Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID- UFRPE). O projeto foi desenvolvido com os estudantes do Ensino Médio dos 2º anos (A e B) dos cursos de Eventos e Logística, sendo orientado por uma perspectiva interdisciplinar, onde estabeleceram interfaces as seguintes áreas do conhecimento curricular: Artes, Geografia e Educação Física. O festival foi apresentado e vivenciado pelos alunos na 2ª Unidade didática escolar, pois o conteúdo abordado pelo professor era Dança e se conectava diretamente com a proposta do projeto. Tomamos como referencial teórico o conceito de “função social da escola” conforme a Pedagogia Histórico-Critica, pelo método da prática social (GASPARIN, 2002), e dois princípios curriculares da abordagem Crítico-Superadora da Educação Física (COLETIVO DE AUTORES, 1992): A relevância social e a contemporaneidade do conteúdo, para fundamentar a escolha e desenvolvimento do tema do projeto. Sendo a cultura Hip Hop considerada um movimento de contestação, o objetivo do projeto, foi compreender e superar criticamente a imagem marginalizada dos 1 Bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência –PIBID-CAPES 2 Supervisora da Escola Técnica Estadual Alcides do Nascimento Lins – PIBID. 3 Coordenadores de área do Subprojeto de Educação Física: Eduardo Jorge Souza da Silva e Erika Suruagy Assis de Figueiredo. pertencentes a este movimento, refletindo sobre a visão de consumo imposta pelos grandes veículos midiáticos que tentam reduzir a cultura Hip Hop a uma forma de mercadoria a ser comprada e consumida por sua forma estética. Para tratar do conteúdo, delimitamos comoprocedimentos de ensino, a partir da prática social dos estudantes, a exposição do conteúdo pelos pibidianos, a promoção de debates, a vivência de oficinas de Breaking e Street Ball, e rodas de diálogo como formas de sistematização das novas aprendizagens construídas pelos estudantes. Metodologicamente para abordagem dos conteúdos, nos aproximamos do que preconiza Gasparin (2002), e partimos da prática social dos estudantes, onde o Hip Hop se apresenta como elemento cultural aglutinador dos jovens em diferentes espaços de suas vidas. Para a problematização do tema com os estudantes foi realizado um estudo bibliográfico (novos conhecimentos) sobre a história do movimento Hip Hop e sua relação com a resistência político-cultural dos moradores dos bairros periféricos, tanto nos Estados Unidos quanto no Brasil, foram tratados sistematicamente os cinco elementos que compõem o movimento, o Breaking, Grafite, o DJ, o MC, e o próprio conhecimento. Este processo instrumentalizou com novos conhecimentos e reflexões sobre a prática social dos participantes, ampliando assim suas compreensões e explicações sobre o significado do Hip Hop como movimento cultural, este processo permitiu a observação e registro de novas e importantes aprendizagens no espaço e tempo pedagógicos de vivência do projeto. Como produto, pudemos observar e registrar a ampliação do entendimento, da compreensão dos estudantes sobre o Hip Hop como movimento cultural e social, sendo os mesmos capazes de novas aproximações explicativas e criticas das contradições e possibilidades que sua prática social pode proporcionar. Destacamos ainda como resultado, as ricas possibilidades de se vivenciar e aprender conteúdos específicos da área da Educação Física, como a Dança e o Esporte, compreendidos como fenômenos da Cultura Corporal social e historicamente construída, a partir das necessárias interações com outras áreas do conhecimento escolar, o que reafirma a possibilidade de a um só tempo, superarmos “problemas de aprendizagem” e avançarmos na qualificação de uma “formação para a cidadania” a partir da diversificação dos diferentes conteúdos da área Educação Física, tematizando-se projetos que destaquem a contemporaneidade e a relevância social dos mesmos para a vida dos estudantes na escola, bem como para o processo de nossa formação como pibidianos e futuros professores. Referências: COLETIVO DE AUTORES. Metodologia do Ensino de Educação Física. São Paulo: Cortez, 1992. GASPARIN, João Luiz. Uma Didática para a Pedagogia Histórico-Crítica. Campinas: Autores Associados, 2002. REFLEXÃO SOBRE O USO DE OBJETOS LÚDICOS PARA O DESENVOLVIMENTO DE ENSINO-APRENDIZAGEM Claudilene Anália da Silva, Mariana Pereira Franco, Thaís Maia Galvão de Souza, Rafael Félix Sub-projeto de Matemática1. Escola Técnica Estadual Alcides Nascimento Lins klene.mu@oi.com.br, thaismaia.galvao@gmail.com Introdução Procurar novas formas de explorar e avaliar o conhecimento matemático é um desafio que os professores da educação básica necessitam superar todos os dias, a cada aula. Enquanto futuras professoras e estudantes da Licenciatura em Matemática da Universidade Federal Rural de Pernambuco (UFRPE) esse é um desafio também nosso. Assim, a partir de intervenções propiciadas pelo Programa Institucional de Bolsas de Iniciação à Docência (PIBID) na Escola Técnica Estadual Alcides Nascimento Lins, se pôde observar a existência de características avaliativas bem definidas, utilizadas pelos professores de matemática, que desencadearam reflexões e consequentemente a iniciativa de trabalhar em novas propostas avaliativas. Na escola referida acima, o processo avaliativo divide-se em duas etapas, cujo resultado final é obtido através da média das notas correspondentes a essas etapas. A primeira é realizada por meio de atividades cuja quantidade, realização e pontuação são definidas pelo professor, visto que a pontuação máxima do somatório das atividades é 10 (dez). Na disciplina de Matemática essa etapa é realizada, em geral, a partir da divisão da sala em grupos para realização de uma atividade objetiva. Já a segunda etapa constitui-se de uma prova individual e sem consulta tendo 10 (dez) como pontuação máxima. Nesse contexto, podemos levantar a reflexão sobre o aspecto da avaliação como "um processo contínuo de pesquisas que visa interpretar os conhecimentos, habilidades e atitudes do aluno" (Piletti, 1989. p.190), assim, "não limitando-se a instrumentos quantitativos mas se completando e perfazendo-se predominantemente através de dados qualitativos" (Piletti, 1989. p. 193). E para Piaget (1935) é necessário um ambiente que desafie as habilidades e capacidades que os alunos possuem; 1 Coordenação da area de Matemática: Angela Didier. condições de aproximações que possibilitem o despertar do interesse do aluno; e por fim, a capacidade do professor de dirimir conflitos cognitivos que devem gerar nos próprios alunos. Nesse sentido ressaltamos que o PIBID é um projeto que permite a interação entre ensino superior e o ensino básico na tentativa de buscar solucionar problemas que são identificados no processo de ensino-aprendizagem nas escolas, permitindo aos futuros docentes vivenciar na prática os desafios do ensino. Assim, utilizando-se das práticas do PIBID durante algumas intervenções feitas em sala de aula, as pibidianas Thaís Maia e Mariana Franco desenvolveram duas atividades, utilizadas como método avaliativo: Máquina de Funções e Geometria Analítica e Cônicas com GeoGebra, voltadas para o 1º e 3º ano do Ensino Médio, respectivamente. As atividades supracitadas objetivavamuma maior compreensão dos conceitos por parte dos alunos e permitiam que eles pudessem utilizar os seus conhecimentos prévios a fim de estabelecer estratégias próprias para a resolução, sendo dado destaque ao fato que “[...] o cotidiano nos informa que a heterogeneidade é um dos fios com que se tece o processo avaliativo.” (Esteban, 2000) Metodologia Atentando-se ao fato das atividades refletirem, por muitas vezes, o processo de ensino-aprendizagem, buscou-se uma análise das atividades avaliativas comumente utilizadas na disciplina de Matemática e a possibilidade de integrar a essas, elementos que tornassem evidentes, além do desempenho cognitivo, as capacidades do aluno de lidar com novas situações de modo criativo e interagir com os demais estudantes a fim de juntos buscarem novas soluções. A primeira atividade, Máquina de Funções, desenvolvida a partir de intervenções no 1º ano sobre o conteúdo de função afim, utilizou-se de um jogo apresentado e desenvolvido na dissertação Jogos matemáticos para o ensino de função(Borba, 2008) para que em grupo os estudantes pudessem identificar os elementos constituintes do conteúdo em estudo e analisar os dados obtidos. Já a segunda atividade foi desenvolvida no laboratório de matemática da escola com a turma do 3º ano e utilizou-se do software GeoGebra, que, embora tenha sido criado com a finalidade de ser utilizado em sala de aula do ensino básico é comumente utilizado no ensino superior da área de Matemática. Geometria Analítica e Cônicas com GeoGebra foi uma atividade desenvolvida para abordar problemas envolvendo os temas inter-relacionados em estudo, destacando que, para a resolução dos mesmos, os estudantes – em grupo – deveriam selecionar quais recursos lhes seriam mais úteis e como utilizá-los a partir dos dados informados no problema. Considerações finais A partir de observações das dificuldades encontradas no âmbito escolar para a dinamização da realização de atividades avaliativas, foi levantada a possibilidade de, por meio da utilização de recursos lúdicos e de intervenções realizadas através do PIBID, promover atividades relacionadas ao conteúdo e ao contextodo estudante. A partir da realização de questões e problemas, as atividades propostas pelas pibidianas Mariana Franco e Thais Maia Galvão, desencadearam a melhoria do aspecto cognitivo dos estudantes e promoveram a interação destes, trazendo a possibilidade de uma atividade avaliativa dinâmica e participativa, tendo como elementos norteadores além do conteúdo em estudo, a criatividade e interação dos estudantes. Referências BORBA, F. M.. Jogos matemáticos para o ensino de função – Dissertação Universidade Luterana do Brasil. Canoas, 2008. BRASIL, Ministério da Educação/Secretaria da Educação Básica. Parâmetros Curriculares Nacionais: Matemática – séries iniciais. Brasília: SEB, 1999. PIAGET, J. Sobre a Pedagogia: textos inéditos. Casa do Psicólogo. São Paulo, [1935] 1998. PILETTI, C. Didática Geral. Editora Ática. São Paulo, 1989. ESTEBAN, M. T. Avaliar: ato tecido pelas imprecisões do cotidiano. Disponível em: http://23reuniao.anped.org.br/textos/0611t.pdf. Acessado em: 09/10/17. A MONITORIA PARA DIAGNÓSTICO DOS IMPASSES NA PRODUÇÃO TEXTUAL ESCOLAR A PARTIR DO GÊNERO CRÔNICA Jefferson José Rodrigues da Silva,Jessica Jordanny Rosa Barreto,Nathaly Caldas1 Subprojeto da área de Letras2. Escola Trajano de Mendonça. E-mails: jessicajrb@hotmail.com, jeffersonpiaf@gmail.com, nathalycaldas@hotmail.com3 Introdução O ensino de gêneros textuais tem sido o foco de muitas discussões entre pesquisadores e professores de língua portuguesa. O primeiro entrave do ensino de gêneros textuais é que muitas vezes os alunos aprendem que cada gênero é bem definido, ou seja, cada um tem um formato próprio a ser seguido. É certo que todo gênero textual tem suas particularidades, e muito comum também que textos que pertençam a um mesmo gênero tenham traços em comum. Contudo, o texto não é um protótipo do gênero. A classificação dos textos por gênero é outra questão conflituosa. Classificar um texto apenas por sua forma não é o caminho, como já mencionado, mas classificá-lo por sua função, aliada a sua forma, também não soluciona o problema. Para BAKHTIN (2003), é necessário que dominemos os gêneros (textuais) para que possamos utilizá-los com propriedade, ou seja, precisamos nos familiarizar com os diversos gêneros textuais que circulam na sociedade para que assim possamos refletir sobre seus usos; esse conhecimento nos traria maior propriedade para produção de gêneros textuais. Os livros didáticos, comumente, caracterizam os tipos textuais (texto narrativo: situação inicial>>conflito>>clímax>>desfecho). Esse tipo de organização não é o problema, o problema consiste no fato de os livros não explicam que os tipos textuais não ocorrem isoladamente, mas sim de maneira híbrida. O trabalho de ensino de gênero é necessário para que nossos alunos compreendam que para se produzir um determinado gênero textual não basta a classificação dos livros didáticos, mas muito além disso, é necessário que o aluno compreenda as ocorrências comunicativas dos gêneros textuais. As dificuldades que 1Bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID CAPES. 2Coordenadora de área do Subprojeto de Letras PIBID-UFRPE (Apoio CAPES): Professora Sandra Helena Dias de Melo. 3O trabalho foi orientado pelas professoras Renata Pimentel e Sherry Almeida, do Departamento de Letras da UFRPE-Recife. os alunos apresentam na hora da produção textual e um gênero é o reflexo da deficiência do ensino e da concepção de gênero textual na escola. Objetivos O presente trabalho objetiva estudar e destacar a importância da monitoria como um possível diagnóstico sobre a dificuldade dos alunos do ensino médio em identificar e produzir diferentes gêneros textuais. Visto que esse é um dos maiores impasses apresentados pelos alunos do ensino médio que, apesar do nível escolar, ainda apresentar dificuldades –básicas- de leitura, interpretação e de produção textual; principalmente tratando-se de gêneros textuais, como a crônica que foi utilizada em nosso estudo. Referencial teórico Os PCN’s propõem, sobre o ensino de gêneros textuais, que o aluno deve ter meios de expandir e articular conhecimentos que possam ser mobilizados em inúmeras situações de uso da língua mediante as situações vividas frequentemente por esse aluno. Dessa forma, o documento prevê que a escola ofereça meios para que o aluno articule os conhecimentos e as competências por meio da linguagem na realização de atividades sociais. Partindo desse referencial teórico, nosso trabalho irá monitorar essa ocorrência com alunos do 2º ano do ensino médio. Metodologia A metodologia do nosso trabalho consiste em três etapas: 1) Os alunos do 2º ano do ensino médio estavam estudando o gênero textual crônica quando iniciamos nosso trabalho na escola. Os alunos aprenderam a cerca do gênero em questão de acordo com os pressupostos do livro. Não acrescentamos nenhuma informação para não influir no processo. Os alunos lerem crônicas e responderam exercícios que envolviam compreensão textual e questões sobre a composição do gênero. 2) Após esse processo inicial, os alunos foram convidados a produzir um texto no gênero crônica. Os alunos tiveram a livre escolha de tema. A produção textual aconteceu em sala de aula, nos espaços reservados às intervenções do PIBID. Não foi permitido que os alunos levassem a atividade para casa para que não houvesse intervenções externas. 3) Os alunos tiveram dois encontros de 2h para produzirem o texto. Após isso, corrigimos as crônicas, identificamos as dificuldades de produção textual e demos um feedback aos alunos, para que assim pudéssemos refletir juntos sobre o ensino dos gêneros textuais e as falhas em seus mecanismos. Período de realização das atividades Este trabalho foi desenvolvido em dois encontros semanais nos meses de maio e de junho de 2017. Resultados No decorrer do processo de monitoria, observamos –no que compete à produção textual do gênero crônica- que as dificuldades apresentadas pelos alunos, numa escala de maior ocorrência para menor, foram: falhas de compreensão estrutural do gênero produzido (a maioria dos textos não se realizaram na forma de crônica, ou realizaram-se parcialmente), A temática cotidiana, característica do gênero crônica, não foi encontrada nos textos, assim como, os alunos não conseguiram diferenciar uma crônica de outros gêneros narrativos. Considerações finais No decorrer do estudo foi possível perceber que a produção de textual ainda esbarra em muitas dificuldades. Viu-se que não basta apenas ler e interpretar. O incentivo à produção é válido e de suma importância no que preconiza o conceito de exercitar a escrita e estimular a criatividade dos alunos. Referências BAKHTIN, Mikhail. Estética da criação verbal. São Paulo: Ática, 2003. BAKHTIN, M. (1952-53/1979) Os gêneros do discurso. In: ____ Estética da criação verbal. São Paulo: Martins Fontes, 1992, pp. 277-326. BATISTA, A. A. G. Aula de Português – Discurso e saberes escolares. São Paulo, Martins Fontes, 1997.. BRASIL. Parâmetros Curriculares Nacionais: 3º e 4º ciclos do Ensino Fundamental: Língua Portuguesa. Brasília/DF: MEC/SEF, 1998. DOMINÓ E DAMAS: UMA VIAGEM MÁGICA E LÚDICA PELA MATEMÁTICA Heitor Anderson Buonafina Silva, José Orlando de Melo, Juliely Rodrigues de Araujo1, Leticia Rayane Silva dos Anjos2, Marcelo Barbosa da Costa3. Subprojeto da área de Matemática4. Escola Trajano de Mendonça e Escola Silva Jardim. E-mails: heitorabs1@gmail.com,.orlando.melo@bol.com.br, juliely17@hotmail.com, lelerayane@hotmail.com, mcosta.matematica@gmail.com Introdução A utilização de jogos em sala de aula é uma forma lúdica de atrair o interesse do aluno pela matéria, inclusive quando envolve conhecimentosmatemáticos que irão desenvolver o seu entendimento em relação aos assuntos propostos. Observando isso foi que surgiu a ideia de se trabalhar com o dominó e o jogo de damas nas escolas. Deve ser feita uma análise de como será trabalhado cada um dos jogos em sala de aula objetivando ajudar no desenvolvimento cognitivo do estudante de forma lúdica e atrativa. Nas literaturas há referências à aplicação desses jogos em sala de aula, além disso, há diversas maneira de trabalhar com o dominó. Uma delas é utilizando fórmulas matemáticas para que os alunos treinem as resoluções de problemas. Objetivos Analisar a forma com que o dominó ajuda os estudantes a relembrar e ter domínio dos assuntos relacionados a potenciação, radiciação e suas propriedades. O objetivo do jogo de Damas é trabalhar transtornos de déficits de atenção, hiperatividade entre outros, que atrapalham a concentração do aluno, motivando o desenvolvimento de um raciocínio lógico e dedutivo. Referencial teórico O dominó dos números racionais, foi trabalhado numa turma do EJA para desenvolver a noção decimais, frações, etc., e os que aplicaram o dominó comentam que os jogos são formas lúdicas de aprendizagem se bem planejados pelo professor podem trazer vários benefícios ao aluno. (ALMEIDAS, DANTAS E CRUZ, 2013) 1 Bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID CAPES. 2 Orientador do Subprojeto. Professor do Departamento de Química da UFRPE 3 Co-orientadora do Subprojeto. Mestranda do PPGEC da UFRPE 4 Coordenadora de área do Subprojeto: Ruth Nascimento Firm e (Química). O dominó de frações foi aplicado em 3 turmas do 7º ano em um colégio estadual por alunos Pibidianos com o objetivo de desenvolver autonomia, concentração e raciocínio lógico. Essa aplicação obteve resultados positivos, pois atraiu a atenção do aluno, os motivou, melhorou a aprendizagem e houve uma melhora no rendimento dos estudantes. (PAGE, SOUZA E MORAIS, 2014) Os professores do ensino básico têm poucos conhecimentos de como aproveitar os recursos de utilizar os jogos em aula para garantir um melhor desempenho na disciplina lecionada (MOTA, 2009). O jogo de Damas ajuda os estudantes a se concentrarem melhor, obter autocontrole de suas emoções, ajuda a desenvolver habilidades do raciocínio lógico, estes são aspectos muitos importantes para a construção de conhecimentos e aprendizagem na matemática. (LIMA E CARVALHO, 2013) Período de realização da atividade de referência do Relato O jogo do dominó matemático envolvendo os problemas com potenciação e radiciação foi iniciado na Escola Trajano de Mendonça com turmas do 1º e 2º ano dessa escola entre os meses de Maio e Junho de 2017. Há, entretanto, um planejamento de aplicar nos meses de Outubro e Novembro, desse ano, o mesmo jogo na escola Silva Jardim, além do jogo de Damas que será trabalhado com os alunos no mês de Novembro. Metodologia empregada e seus resultados Foram utilizados 5 jogos de dominós nesse trabalho e colocados fórmulas matemáticas em cada peça criando um novo jogo, o dominó matemático. O objetivo do jogo é ajudar os alunos a resolverem questões que envolva potenciação e radiciação. Após a confecção do jogo, o mesmo foi levado para sala de aula do 1º Ano do Ensino Médio da escola Trajano de Mendonça e feita uma explicação sobre os conteúdos citados. Em seguida dividiu-se a sala em 5 grupos de 4 jogadores e na sequência distribuíram-se os dominós, um para cada grupo. As regras são semelhantes às de um jogo de dominó comum, observando que só podiam-se juntar peças contendo cálculos com peças contendo as respostas dos mesmos. Foi observado que havia dificuldades de muitos alunos na resolução de problemas que envolviam potência e a partir disso o jogo proporcionou o entendimento de algumas potências como as de expoentes um e zero. Essa atividade despertou a percepção de que as potências envolvem multiplicação de um mesmo número, ou seja, a base. Considerações finais ou conclusões O jogo foi aplicado apenas na EREM Trajano de Mendonça, devido à saída da mesma, do projeto do PIBID, durante o planejamento do trabalho com dominó. Devido à essa transição de escolas, não foi possível realizar a parte prática mais detalhada nas escolas com questionário para medir o nível de desenvolvimento a partir da utilização do dominó, apenas um trabalho de observação na Trajano de Mendonça. A ideia estender esse trabalho com o dominó matemático e jogo de damas à EREM Silva Jardim, entre os meses de Outubro e Novembro/2017. Como foi descrito por alguns autores citados anteriormente, os jogos são formas lúdicas de incentivar o estudo, a compreensão e a aprendizagem dentro do ensino básico. Referências ALMEIDA, Elionardo Rochelly Melo de; DANTAS, Jurandilma Santos; CRUZ, Maisa Dantas Silveira. Análise sobre importância do uso dos jogos lúdicos na disciplina de matemática no ensino de jovens e adultos. In: IX Congresso de Iniciação Científica do IFRN. 2013. Disponível em: <http://www2.ifrn.edu.br/ocs/index.php/congic/ix/paper/viewFile/1284/67>. Acesso em: 07 Out. 2017. PAGEL, Aline Roberta; SOUZA, Rosangela Vitorino de; MORAES, Gezelda Christiane. Aulas lúdicas no ensino da matemática: dominó de Frações. In: XII EPREM – Encontro Paranaense de Educação Matemática Campo Mourão. 2014. Campo Mourão. Disponível em: <http://sbemparana.com.br/arquivos/anais/epremxii/ARQUIVOS/POSTERES/Autores/POA001.pdf>. Acesso em: 07 Out. 2017. LIMA, Laerton de; CARVALHO, Tadeu Fernandes de. Matemática, jogos e linguagens: estudo com ênfase no ensino fundamental. Anais do XVI Encontro de Iniciação Científica. In: I Encontro de Iniciação em Desenvolvimento Tecnológico e Inovação. 2013. Campinas. Disponível em: <https://www.puc-campinas.edu.br/websist/Rep/Sic08/Resumo/2013819_155619_161531537_ resxpa.pdf>. Acesso em: 08 Out. 2017. MOTA, Paula Cristina Costa Leite de Moura. Jogos no ensino da matemática. 2009. Dissertação (Mestrado em Matemática/Educação) - Universidade Portucalense Infante D. Henrique Departamento de Inovação, Ciência e Tecnologia. Porto. Portugal. Disponível em: <http:// repositorio.uportu.pt/jspui/bitstream/11328/525/2/TMMAT%20108.pdf>. Acesso em: 07 Out. 2017. INTERVENÇÕES EXPERIMENTAIS NA EREM TRAJANO DE MENDONÇA Carlos Eduardo Gomes da Silva, Higo Henrique C. Gomes Silva, Irina Cibele e Silva, Sára Raysa Silva Peçanha1 Subprojeto da área de Química2. Escola Trajano de Mendonça. E-mails: Higohcg6@gmail.com, irinacibele@gmail.com, sarapecanha@hotmail.com Introdução Este trabalho consiste em um relato de experiências vivenciadas em intervenções práticas na escola Trajano de Mendonça, para os alunos de 1º e 3º ano, com o objetivo de contribuir para que eles consigam usar conhecimentos químicos de maneira mais crítica no cotidiano e não como algo completamente distante de suas respectivas realidades. As intervenções desenvolvidas tiveram como foco: Ácidos e Bases, e Petróleo, que são temas importantes e atuais, envolvendo não só conceitos de química, mas também outros que entram no âmbito político e social. Por isso, foi trabalhada tanto a teoria quanto a prática, por meio de experimentos simples.Para ambos os casos houve a preocupação de deixar claro o porquê aquilo estava sendo estudado. O uso temas tem a finalidade de contextualizar o ensino, pois, não havendo uma articulação entre conteúdos e contextos, teoria e prática, o que for estudado não será muito relevante à formação do indivíduo, nem contribuirá para o desenvolvimento cognitivo deste. Porém, segundo Wartha, Silva e Bejarano (2012), o ensino de Química não tem oferecido condições para que o aluno compreenda conceitos quanto a sua aplicação no dia-a-dia. Buscando contribuir para modificar esse cenário, os objetivos dotrabalho são: desenvolver os temas ácidos e bases, e petróleo como forma de abordar e articular aspectos químicos e sociais; promover o desenvolvimento de um pensamento crítico dos alunos em torno de ambos os temas, visando assim articulação entre o conhecimento científico e o senso comum; identificar outros temas que inicialmente parecem não ter relação com as intervenções desenvolvidas, como por exemplo, a adulteração da gasolina devido à solubilidade das substâncias, apontando para possíveis abordagens interdisciplinares 3 no ensino de química. 1Bolsistas do Programa Institucional de Bolsa de Iniciação à Docência – PIBID CAPES. 2Coordenadoras de área do Subprojeto de Química PIBID-UFRPE (Apoio CAPES): professoras Ruth Firme e Maria Angela Vasconcelos. 3Fátima Bastos e Luciano Marques (Professores de Química da Trajano de Mendonça), Nadja Azeredo (Supervisora da Escola Silva Jardim)e Neilton Barbosa (ex-bolsista do PIBID-UFRPE). Referencial Teórico Na literatura, alguns trabalhos versam sobre diferentes abordagens de conteúdos químicos em sala de aula, assim como o uso de ferramentas que permitam uma aplicação prática daquilo que muitas vezes é visto só como teoria. Para este trabalho tomamos por base dois desses trabalhos: Estudo de ácidos e bases e o desenvolvimento de um experimento sobre a força dos ácidos (ZAPP et al., 2012), e Petróleo: Um tema para o ensino de química (SANTA MARIA et al.,2002). A partir deles foram propostas as intervenções feitas neste trabalho, pois se adequavam com as necessidades dos alunos da escola. Essas intervenções buscaram abordar o conhecimento químico de diferentes formas, buscando promover alfabetização científica, ou seja, formar cidadãos em ciência e tecnologia, considerando que esta é uma necessidade do mundo contemporâneo (SANTOS e SCHNETZLER, 1997). Metodologia O plano para o desenvolvimento das aulas foi feito em conjunto com os professores de química da escola Trajano de Mendonça, baseando-se no que os mesmos tinham visto em sala de aula sobre os assuntos abordados. Com base nesses conhecimentos já estabelecidos, foram discutidas as necessidades de cada turma, assim como o tempo disponível para a realização das atividades, visto que o cronograma escolar é o máximo possível respeitado pela escola. A quantidade de aulas (Duas em cada turma, visto que eram cinco primeiros e segundos anos) necessárias foi definida e aproximadamente 40 alunos participaram em cada turma. No início das aulas foi aplicado um questionário para levantar conhecimentos prévios dos alunos e, posteriormente, um novo teste foi aplicado para verificar se os alunos adquiriram novos conhecimentos a partir da intervenção, e como forma de coleta de dados sobre a avaliação de aprendizagem. A estrutura da escola também foi um ponto importante para analisar, visto que a mesma não possui laboratório totalmente estruturado. As atividades experimentais foram pensadas para serem realizadas na própria sala de aula, fazendo um balanço entre a parte teórica e experimental. Os dados foram obtidos através de debate em sala de aula, posteriormente a realização das atividades e testes para análise de respostas, fazendo comparação do antes e depois. Resultados de Discussão Na turma do 1º ano, quando perguntados inicialmente sobre o que entendiam sobre ácidos e bases, os alunos apresentaram algumas respostas bem parecidas, podendo assim notar que essas respostas existem no senso comum. São exemplos de respostas: “Ácido é aquilo que é azedo”, “Ácido é algo que queima”, “Ácido queima e base também, mas o que muda é o gosto”. Da mesma forma, na turma do 3º ano, quando perguntados sobre petróleo, os alunos responderam: “O Petróleo é importante, pois gera muito dinheiro”, “O petróleo faz parte da economia e sempre passa nos jornais, pois o Brasil tem muito petróleo”. Essas foram respostas apresentadas por mais da metade dos alunos presentes na aula. Um ponto interessante é que, nas duas turmas, quando indagados sobre a parte química desses temas, os alunos não souberam responder, caracterizando uma limitação muito grande com relação aos assuntos. No debate e pós-teste, foi notada uma mudança significativa dos alunos, principalmente com relação aos conceitos químicos envolvendo cada assunto. Isso foi bastante significativo e gerou opiniões em torno de assuntos mais específicos, como o pH das substâncias e a importância dos subprodutos do petróleo na sociedade atual. Além disso, verificamos que a abordagem dos temas promoveu curiosidade e mais participação dos alunos, que continuaram na sala mesmo após as aulas. Esse parece um indício de que, com esse tipo de abordagem os alunos tendem a ver a química de como um tipo de conhecimento que tem relação com o que acontece na sociedade. Considerações Finais Os trabalhos desenvolvidos conseguiram chamar a atenção dos alunos de maneira positiva, isso foi percebido durante todo o desenvolvimento das aulas, quando os mesmos faziam perguntas e participavam. Essa participação conseguiu amenizar as dificuldades de espaço encontradas, assim como o tempo de duas aulas que não teria sido suficiente se as intervenções não tivessem fluído. Referências ZAPP, E.; NARDINI, G. S.; COELHO, J. C.; SANGIOGO, F. A. - Estudo de Ácidos e Bases e o Desenvolvimento de Um Experimento Sobre a “Força” dos Ácidos. Química Nova na Escola. Vol. 37, Nº 4, p. 278-284, Novembro 2012. SANTA MARIA, L. C.; AMORIM, M. C. V.; AGUIAR, M. R. M. P.; SANTOS, Z. A. M.; CASTRO, P. S. C. B. G.; BALTHAZAR, R. G. - Petróleo: Um Tema Para o Ensino de Química. Química Nova na Escola. Nº 15, Maio 2002. SANTOS, W. L. P.; MORTIMER, E. F. - Uma Análise de Pressupostos Teóricos do CTS No Contexto da Educação Brasileira. Ensaio Pesquisa em Educação em Ciências (BH). Vol. 2, Nº 2, Julho 2009. RELATO DE EXPERIÊNCIA NO PIBID BIOLOGIA NA EREM TRAJANO DE MENDONÇA, FEVEREIRO A JUNHO DE 20171 Andralina Milina Ferreira dos Santos, Betânia Cristina Guilherme, Eric Bernardino Gadelha Rocha, Heitor Anderson Buonafina Silva, Luciana Martins das Chagas.2 Subprojeto da área de Biologia.3 Escola Trajano de Mendonça. E-mails: milina.santos@gmail.com, betaguilherme@yahoo.com.br, ericbg.rocha@gmail.com , heitorabs1@gmail.com, luciana.chagas1978@gmail.com Introdução Um problema registrado no processo de Ensino e Aprendizagem nas aulas de genética trata-se principalmente pela complexidade dos conteúdos que por muitas vezes são abstratos. Devido a essa problemática, novas metodologias se tornam indispensáveis para auxiliar as aulas teóricas, a fim de diminuir a distância entre o que o educador fala para o conhecimento prévio que a turma possui. Destacamos o uso de Jogos didáticos, uma vez que estimulam os estudantes à participarem mais das aulas, além de ser uma ferramenta eficiente para melhorar a abstração como propõe dois dos quatro pilares da educação: Aprender a conhecer e Aprender a fazer. Neste sentido, um simples jogo pode tornar prazeroso para o desenvolvimento cognitivo dos estudantes em determinados conteúdos que são extremamente maçantes e complicados. Logo, torna-se imprescindível sensibilizar os estudantes quanto as inovações da ciência para que possam se posicionar de forma ética pensando sempre nos interesses coletivos, respeitando as diferenças e os direitos humanos. Objetivos: ● Sensibilizar os estudantes a respeito dos estudos com células - tronco; ● Construir um personagem e sua geração parental utilizando um jogo didático de genética; ● Diferenciar genótipo de fenótipo. 1Agradecimento às professoras coordenadoras do PIBID Biologia, Mônica Lopes Folena Araújo e Betânia Cristina Guilherme, à coordenadora geral do PIBID URFPE,