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Gestão da Produção Modelos de Gestão da Manufatura: ERP, MRP e MRP II Desenvolvimento do material Vilson Vieira 1ª Edição Copyright © 2021, Afya. Nenhuma parte deste material poderá ser reproduzida, transmitida e gravada, por qualquer meio eletrônico, mecânico, por fotocópia e outros, sem a prévia autorização, por escrito, da Afya. Sumário Modelos de Gestão da Manufatura: ERP, MRP e MRP II Para Início de Conversa... ............................................................................... 3 Objetivo ......................................................................................................... 4 1. ERP – Conceitos e Requisitos Operacionais ........................................ 4 2. MRP – Conceitos de MRP – Requisitos Operacionais – Programa Mestre de Produção. O cálculo do MRP. ............................................... 7 3. MRP II – Conceitos de MRP II – Requisitos Operacionais – O cálculo MRP II ............................................................................................ 22 Referências ......................................................................................................... 27 Para Início de Conversa... Caro aluno, neste capítulo, estudaremos os modelos de gestão da manufatura, com destaque para as ferramentas ERP, MRP e MRP II. A gestão eficiente faz uso de Sistemas Integrados de Gestão, com aplicação das soluções ERP, o que possibilita a extração de relatórios diretamente das áreas principais da organização, permitindo análises precisas por parte do tomador de decisão. Os sistemas de produção MRP são apresentados como mecanismo de gestão da produção, voltados para atender a demanda de mercado. Para tal, faz uso da estrutura de produtos – ou árvore de produto –, do Lead Time e do cronograma de produção, a fim de elaborar o plano de operações. O MPS, que é o modelo de produção aplicado às demandas previsíveis, representa uma solução ótima para cenários de produção puxada. As soluções de MRP II contribuíram na complementação das aplicações de MRP, ao permitir uma análise dos investimentos em Recursos Humanos, do custo de produto, do lucro das operações e das métricas que informam o rumo escolhido pelo plano operacional. As ferramentas de ERP, ao integrarem o MRP e o MRP II, completam a análise de inteligência na tomada de decisão, abrindo caminho à mineração de dados e à inteligência de negócios. Este capítulo trará grandes desafios de aprendizagem, leia com atenção e refaça os exemplos apresentados. Bons estudos! Gestão da Produção 3 Objetivo Compreender a aplicabilidade dos modelos e programas de gestão da produção, considerando suas abrangências e potencialidades. 1. ERP – Conceitos e Requisitos Operacionais Os sistemas de informação estão para as organizações da mesma forma que os fornecimentos de água e energia elétrica estão para as empresas: uma relação de dependência essencial para o negócio. Os sistemas de informação são vitais para o desenvolvimento das atividades da organização. Os sistemas ERP (Enterprise Resource Planning), cuja tradução significa: Sistemas Integrados de Gestão, representam o conjunto de repositórios ou banco de dados em que se pode extrair dados, correlacioná-los e apresentá-los, de forma sintética, ao tomador de decisão. No ERP, os diversos bancos de dados são oriundos de setores vitais da organização, como, por exemplo: financeiro, vendas, estoque, recursos humanos, logística e gestão de suprimentos. A partir deste banco, os dados são cruzados e apresentados em um relatório gerencial. A imagem a seguir ilustra a aplicação e a evolução dos Sistemas ERP, o que contribuiu para uma boa aceitação no mercado, ao sintetizar informações de diversas áreas da empresa, agregando fundamental importância na Gestão da Produção e Operações. Observe: 4 Figura 01: Evolução do ERP. Fonte: COLANGELO FILHO, 2009. Dessa forma, os Sistemas ERP “pinçam” os dados, contidos nos relatórios gerenciais, que são obtidos diretamente da operação e processos de trabalho da empresa. MRP MRP II ERP Os Sistemas ERP mais famosos são: SAP, TOTVS, Linx, Nasajon e Oracle. Cada um desses sistemas possui aplicações e indicações mais direcionadas a realidades específicas de negócio e, claro, há uma variação de preços que exige uma análise técnica para a escolha do melhor sistema para a sua empresa. Os Sistemas ERP ganharam grande destaque devido a suas aplicações ao MRP, sobretudo após o desenvolvimento e a modernização para aplicações de MRP II. Grandes vantagens foram introduzidas aos sistemas ERP com o seu uso no MPS e na árvore de produtos, o que ficou conhecido como “aplicações para a aquisição da lista de materiais” – BOM (Bill Of Material) – ou Lista de Materiais de Produto. Observe a imagem a seguir: Gestão da Produção 5 Figura 02: Evolução do MRP ao ERP. Fonte: MARTINS, 2015. Os Sistemas ERP conseguem integrar diversas áreas da organização em diversas funções. Tendo como grande vantagem a operação toda ser sustentada por uma única plataforma, sem necessitar de plataformas auxiliares, o que torna a ferramenta ERP uma escolha bem interessante para a gestão de operações. Roteiros e centros de trabalho Listas de materiais Planejamento de materiais Plano mestre de produção Gestão de estoques Roteiros e centros de trabalho Listas de materiais Planejamento de materiais Plano mestre de produção Gestão de estoques Controle de lotes Gestão de vendas Controle de fabricação Controle de ordens Gestão financeira Controle de lotes Gestão de vendas Controle de fabricação Controle de ordens Gestão financeira Logística Qualidade Gestão de operações Gestão de receitas Manutenção Gestão de engenharia Roteiros e centros de trabalho Listas de materiais Planejamento de materiais Plano mestre de produção Gestão de estoques MRP - 1970s MRP II - 1980s ERP - 1990s Outra grande vantagem dos Sistemas Integrados é a possibilidade de acesso por parte de toda a organização, nos mais variados setores, áreas e atividades. Veja a imagem a seguir: Figura 03: Visão geral do ERP. Fonte: MARTINS, 2015. Diretoria e Acionistas Funcionários Pessoal Administrativo Pessoal de Chão de Fábrica Relatórios Finanças e ControladoriaVendas e Distribuição Apoio à Serviços Gerenciamento de Recursos Humanos Gerenciamento de Materiais Base de Dados Central Representantes de Vendas e Serviços Manufatura Gestão da Produção 6 O fator de sucesso do ERP é ter aplicações de EDI (Eletronic Data Interchange), que significa Intercâmbio Eletrônico de Dados. Esta facilidade permite a integração de dados em tempo real, ou seja, a venda de uma unidade que passou na leitura óptica do caixa é descontada automaticamente do estoque, o que facilita decisões de aquisição de matéria-prima, comando de produção, análises financeiras e de produtividade. A automação então ganha destaque nas aplicações ERP, e, mais ainda, o sistema apresenta-se disponível a todos os usuários ou colaboradores da organização. A introdução de Sistemas ERP exige que a empresa remodele suas atividades para a gestão por processos e a integração de todas as áreas da organização para este grande sistema. Tal aplicação permite que os relatórios gerenciais sejam utilizados para a melhoria de indicadores de desempenho das áreas funcionais da organização. As soluções em Sistemas Integrados, hoje, permitem o surgimento de áreas como: inteligência de negócios, inteligência competitiva, BI (Business Intelligence) e Mineração de Dados. Tais aplicações muito se assemelham a sistemas executivos de tomada de decisão. 2. MRP – Conceitos de MRP – Requisitos Operacionais – Programa Mestre de Produção. O cálculo do MRP. Para garantir a produção de itens é necessário saber as quantidades necessárias à demanda e à manutenção dos níveis de estoque. Para tal, existe o conceito de árvore de produto ou estrutura de produto. A árvore de produto possui diversositens relacionados à estrutura pai e filho. Os componentes diretos recebem o nome de item pai e os componentes acoplados são chamados de item filho. As etapas de trabalho são divididas em processos operacionais que são desdobrados ao longo do tempo. O tempo para a execução das atividades é chamado de Lead Time. Veja o exemplo na figura a seguir: Gestão da Produção 7 Figura 4: Etapas do processo. Fonte: Adaptado de CORRÊA, 2009. O próximo passo para a aplicação do MRP é o conhecimento da estrutura do produto sendo dividido nas partes que o compõem, assim como nas operações relacionadas a esta etapa. Veja a figura da árvore de produto: Figura 5: Árvore do produto. Fonte: Adaptado de CORRÊA, 2009. A B Lead Time A:1 B:2 C:1 D: 1 E: 2 C 2x D E De forma organizada, o conhecimento da árvore do produto e o Lead Time de todos os seus processos permitem elaborar o cronograma de atividades. Veja o cronograma na imagem a seguir: Figura 6: Cronograma. Fonte: Adaptado de CORRÊA, 2009. A árvore de produto é distribuída em níveis e cada nível traz a sua responsabilidade em relação ao seu respectivo processo produtivo. Veja a seguir: E LT: 2 D LT: 1 C LT: 1 A LT: 1 B LT: 1 X- 4X- 5 X- 3 X- 2 X- 1 Xo Lead Time total de 5 dias Compra de Materiais Lead Time de 2 dias X- 5 X- 3 X- 1 Xo Lead Time de 2 dias Lead Time de 1 dia Fabricação do Componente Montagem do Produto Gestão da Produção 8 Figura 7: Níveis de atividade. Fonte: Adaptado de CORRÊA, 2009. A Descrição das Atividades e Componentes da Árvore de Produto: Serão fabricadas 100 unidades do produto A. Na composição deste produto A é necessário o componente B, que possui os subcomponentes I e M. Neste último subcomponente deve-se considerar o dobro de componentes para cada unidade de B. O produto A também é composto pela parte D, com dois subcomponentes para cada unidade de A, e, para finalizar, a parte E, que é formada por 4 subcomponentes para cada unidade de D. Vamos ver isso na prática? A = 100 B = 1 x 100 = 100 A Nível 0 Nível 1 Nível 2 B I M (2) E (4) D (2) I = 1 x 100 = 100 M = 2 x 100 = 200 D = 2 x 100 = 200 E = 4 x 200 = 800 As 100 unidades do produto A possuem 100 componentes de B, 100 subcomponentes de I mais 200 subcomponentes de M. Completam a composição do produto, os 200 subcomponentes de D, com a montagem final de mais 800 subcomponentes de E. Observe que na linguagem do Método Árvore de Produto, os componentes B e D são chamados de item Pai e os subcomponentes I, M e o componente E são chamados de itens Filho. Vamos a mais um exemplo: O produto “Z” é montado com 2 componentes de D; mais 3 de C e 4 de M. O componente D é montado com 3 de Y mais 2 de E. Agora, crie a árvore de produto “Z” com a necessidade de atender a 200 exemplares. Veja a figura a seguir: Gestão da Produção 9 Figura 8: Árvore do produto Z. Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. Z = 200 D = 2 x 200 = 400 Y = 3 x 400 = 1.200 E = 2 x 400 = 800 C = 3 x 200 = 600 M = 4 x 200 = 800 D (2) Y (3) E (2) C (3) Z M (4) Em outro exemplo, P é montado com dois componentes de O, uma parte de Z, duas do componente E, uma de F e mais 4 de D, no nível 1. A parte E é acoplada a 4 subcomponentes de X e uma parte de K. Já K é montado com mais 4 subcomponentes de M, que, por sua vez, é montado com 2 de N e mais 3 de L. Esta montagem atenderá ao pedido de 150 unidades de P. Observe a figura a seguir: Figura 9: Árvore do produto P. Fonte: Elaborado pelo autor, 2020. P E (2) X (4) K M (4) N (2) L (3) O (2) Z F D (4) Gestão da Produção 10 P = 150 E = 2 x 150 = 300 X = 4 x 300 = 1.200 K = 1 x 300 = 300 M = 4 x 300 = 1.200 N = 2 x 1.200 = 2.400 L = 3 x 1.200 = 3.600 O = 2 x 150 = 300 Z = 1 x 150 = 150 F = 1 x 150 = 150 D = 4 x 150 = 600 A seguir, vamos elaborar os cálculos MRP por meio da aplicação de tabelas, tendo como referência o modelo básico apresentado por Corrêa (2009). ▪ Necessidade Bruta é a quantidade necessária do produto. ▪ Estoque Projetado é a quantidade que precisa estar disponível. ▪ Recebimentos de Ordens Planejadas é o recebimento das aquisições ▪ Liberação de Ordens Planejadas é o pedido de aquisições. Veja a tabela a seguir neste exemplo: Registro Básico: 1 2 3 4 5 Necessidade Bruta 80 20 250 300 800 Estoque Projetado 200 Recebimentos de Ordens Planejadas Liberação de Ordens Planejadas Para este exemplo, vamos considerar: Estoque de Segurança: 100 Lead Time: 2 semanas Tamanho do Lote: 300 ou múltiplos O tamanho do lote nos leva a entender que qualquer solicitação de abastecimento (pedido) só pode ser feita a partir de quantidades de 300 em cada lote ou múltiplos deste, de forma que você não precise de toda a quantidade do lote. Gestão da Produção 11 Passo 1: O estoque projetado é de 200 e há uma Necessidade Bruta de 80. O valor atende ao pedido das 80 unidades e sobram 120 para a próxima rodada de atendimento. Veja a seguir: Registro Básico: 1 2 3 4 5 Necessidade Bruta 80 20 250 300 800 Estoque Projetado 200 120 Recebimentos de Ordens Planejadas Liberação de Ordens Planejadas Passo 2: O estoque projetado é de 120 e há uma Necessidade Bruta de 20. O valor atende ao pedido das 20 unidades e sobram 100 para a próxima rodada de atendimento. Veja a seguir: Registro Básico: 1 2 3 4 5 Necessidade Bruta 80 20 250 300 800 Estoque Projetado 200 120 100 Recebimentos de Ordens Planejadas Liberação de Ordens Planejadas Passo 3: O estoque projetado é de 100 e há uma Necessidade Bruta de 250. Então, na semana 1 deve ser feita uma solicitação de um lote ou 300 unidades, por meio de uma Liberação de Ordem Planejada. Duas semanas após, será feita a entrega e o recebimento. O lote solicitado deve ser recebido na semana 3. Agora, vamos somar o estoque anterior mais as mercadorias que foram recebidas no Recebimento de Ordens Planejadas e, com isto, atender à demanda. Da seguinte forma (100 + 300) – 250 = 150. Sobra 150 para a próxima rodada de atendimento. Veja a seguir: Registro Básico: 1 2 3 4 5 Necessidade Bruta 80 20 250 300 800 Estoque Projetado 200 120 100 150 Recebimentos de Ordens Planejadas 300 Liberação de Ordens Planejadas 300 + Gestão da Produção 12 Passo 4: O estoque projetado é de 150 e há uma Necessidade Bruta de 300. Então, na semana 2 deve ser feita uma solicitação de um lote ou 300 unidades, por meio de uma Liberação de Ordem Planejada. Após duas semanas, será feita a entrega e o recebimento. O lote solicitado será recebido na semana 4. Agora, vamos somar o estoque anterior mais as mercadorias que foram recebidas no Recebimento de Ordens Planejadas e, com isto, atender à demanda. Da seguinte forma (150 + 300) – 300 = 150. Sobram 150 unidades para a próxima rodada de atendimento. Veja a seguir: Registro Básico: 1 2 3 4 5 Necessidade Bruta 80 20 250 300 800 Estoque Projetado 200 120 100 150 150 Recebimentos de Ordens Planejadas 300 300 Liberação de Ordens Planejadas 300 300 Passo 5: O estoque projetado é de 150 e há uma Necessidade Bruta de 800. Então, na semana 3 deve ser feita uma solicitação de três lotes ou 900 unidades, por meio de uma Liberação de Ordem Planejada. Após duas semanas, será feita a entrega e o recebimento. O lote será recebido na semana 5. Agora, vamos somar o estoque anterior mais as mercadorias que foram recebidas no Recebimento de Ordens Planejadas e, com isto, atender à demanda. Da seguinte forma (150 + 900) – 800 = 250. Sobram 250 unidades para a próxima rodada de atendimento. Observe que, neste caso, nunca ficou menos de 100 unidades disponíveis para a entrega, devido à observância de manter um estoque mínimo. Veja a seguir: Registro Básico: 1 2 3 4 5 Necessidade Bruta 80 20 250 300 800 Estoque Projetado 200 120 100 150 150 250 Recebimentos de Ordens Planejadas 300 300 900 Liberação de Ordens Planejadas 300 300 900 Vamos agora para um outro caso com as características aseguir: Vamos trabalhar o MRP neste novo caso. Veja: Estoque de Segurança: 0 Lead Time: 1 semana Tamanho do Lote: mínimo Gestão da Produção 13 Registro Básico: 1 2 3 4 5 Necessidade Bruta 200 250 40 120 Estoque Projetado 360 Recebimentos de Ordens Planejadas Liberação de Ordens Planejadas Passo 1: O estoque projetado é de 360 e há uma Necessidade Bruta de 200. Então, o valor atende ao pedido das 200 unidades e sobram 160 para a próxima rodada de atendimento. Veja a seguir: Registro Básico: 1 2 3 4 5 Necessidade Bruta 200 250 40 120 Estoque Projetado 360 160 Recebimentos de Ordens Planejadas Liberação de Ordens Planejadas Passo 2: O estoque projetado é de 160 e não há vendas na segunda semana, ou seja, a Necessidade Bruta está zerada. Veja a seguir: Registro Básico: 1 2 3 4 5 Necessidade Bruta 200 250 40 120 Estoque Projetado 360 160 160 Recebimentos de Ordens Planejadas Liberação de Ordens Planejadas Passo 3: O estoque projetado é de 160 e há uma Necessidade Bruta de 250. Então, é feito um pedido, por meio da Liberação de Ordens Planejadas, de 90 unidades na semana 2 e um recebimento, por meio de Ordens Planejadas, na semana seguinte. Ao receber o pedido, somamos as 160 unidades às 90, temos então 250 unidades, o que atende ao pedido das 250. Como o estoque pode ficar zerado, a semana 3 foi atendida. Vamos para a próxima rodada de atendimento. Veja a seguir: Registro Básico: 1 2 3 4 5 Necessidade Bruta 200 250 40 120 Estoque Projetado 360 160 160 0 Recebimentos de Ordens Planejadas 90 Liberação de Ordens Planejadas 90 Gestão da Produção 14 Passo 4: O estoque projetado está zerado e há uma Necessidade Bruta de 40 unidades na semana 4. Então, é feito um pedido, por meio da Liberação de Ordens Planejadas, de 40 unidades, na semana 3, e um recebimento, por meio de Ordens Planejadas, na semana seguinte, a fim de atender à demanda. Veja: Registro Básico: 1 2 3 4 5 Necessidade Bruta 200 250 40 120 Estoque Projetado 360 160 160 0 0 Recebimentos de Ordens Planejadas 90 40 Liberação de Ordens Planejadas 90 40 Passo 5: O estoque projetado está zerado e há uma Necessidade Bruta de 120 unidades, na semana 5. Então, é feito um pedido, por meio da Liberação de Ordens Planejadas, de 120 unidades, na semana 4, e o recebimento, por meio de Ordens Planejadas, na semana seguinte, a fim de atender à demanda. Observe: Registro Básico: 1 2 3 4 5 Necessidade Bruta 200 250 40 120 Estoque Projetado 360 160 160 0 0 0 Recebimentos de Ordens Planejadas 90 40 120 Liberação de Ordens Planejadas 90 40 120 Programa Mestre de Produção O planejamento das operações produtivas considera os horizontes de curto, médio e longo prazos e os níveis de produção ajustam-se a esta informação e passam a determinar os níveis de produção para atender à demanda que possua pouca oscilação. Figura 10: Hierarquia de decisões de Planejamento. Fonte: Adaptado de CORRÊA, 2009. Longo prazo Mês 1 Sem 1 Sem 2 Sem 3 Sem 4 Semana 12 Semana 1 Segunda Terça Quarta Quinta Sexta Semana 2 Semana 3 Semana 4 Mês 2 Mês 3 Mês 18 Grupos e famílias de produtos e recursos Produtos e recursos de inércia média Componentes e recursos de inércia pequena Operações e alocação detalhada de recursos Médio prazo Curto prazo Curtíssimo prazo Gestão da Produção 15 O Plano Mestre de Produção recebe nomes como MPS (Master Production Schedule) que se aplica às demandas previsíveis que ajustam a produção a volumes conhecidos. Este modelo atende às estratégias de qualidade e aperfeiçoamento de processos, como será demonstrado no exemplo a seguir, com as seguintes características: Lote:100 Não podemos ter o estoque zerado. Passo 1: Em estoque há disponível mercadorias para atender à demanda, em mãos, há 80 unidades, e a demanda é de 60. Então, o valor atende à demanda e sobram 20 unidades para a segunda semana. Registro Básico: Agosto Setembro 1 2 3 4 1 2 3 4 Demanda 60 60 60 60 70 70 70 70 Disponível MPS Em mãos 80 Veja como ficou: Registro Básico: Agosto Setembro 1 2 3 4 1 2 3 4 Demanda 60 60 60 60 70 70 70 70 Disponível 20 MPS Em mãos 80 Passo 2: Em estoque disponível há 20 unidades de mercadorias para atender à demanda de 60 unidades, na segunda semana. Para atender à demanda, inicia-se a produção pelo MPS de um lote (100 unidades) que, somado ao estoque disponível, passa a ter 120 unidades, sendo a demanda de apenas 60 unidades. Então, a demanda é atendida e sobram 60 unidades para a terceira semana. Registro Básico: Agosto Setembro 1 2 3 4 1 2 3 4 Demanda 60 60 60 60 70 70 70 70 Disponível 20 60 MPS 100 Em mãos 80 Gestão da Produção 16 Passo 3: Em estoque, há disponível mercadorias para atender à demanda de 60 unidades, mas é necessária a produção de mais um lote para que o estoque não fique zerado de mercadorias. Logo, a demanda é atendida e sobram 100 unidades para a quarta semana. Registro Básico: Agosto Setembro 1 2 3 4 1 2 3 4 Demanda 60 60 60 60 70 70 70 70 Disponível 20 60 100 MPS 100 100 Em mãos 80 Passo 4: No estoque de agosto, na semana 4, há disponível 100 unidades de mercadorias, a fim de atender à demanda de 60 unidades. O valor atende à demanda e sobram 40 unidades para a segunda semana. Registro Básico: Agosto Setembro 1 2 3 4 1 2 3 4 Demanda 60 60 60 60 70 70 70 70 Disponível 20 60 100 40 MPS 100 100 Em mãos 80 Passo 5: Em estoque, na primeira semana de setembro, há disponível 40 unidades de mercadorias, a fim de atender à demanda 70 unidades. Será necessário acionar a produção de mais um lote para que o estoque não fique zerado de mercadorias. Então, sobe a produção de um lote que, somado ao estoque disponível, atende à demanda, sobrando 70 unidades para a segunda semana. Registro Básico: Agosto Setembro 1 2 3 4 1 2 3 4 Demanda 60 60 60 60 70 70 70 70 Disponível 20 60 100 40 70 MPS 100 100 100 Em mãos 80 Passo 6: Em estoque, na segunda semana de setembro, há disponível 70 unidades de mercadorias para atender à demanda de 70 unidades, mas é necessário acionar a produção de mais um lote para que o estoque não fique zerado de mercadorias. Logo, é necessária a produção de um lote que, somado ao estoque disponível, atenderá à demanda e ainda deixará uma sobra de 70 unidades para a segunda semana. Gestão da Produção 17 Registro Básico: Agosto Setembro 1 2 3 4 1 2 3 4 Demanda 60 60 60 60 70 70 70 70 Disponível 20 60 100 40 70 100 MPS 100 100 100 100 Em mãos 80 Passo 7: Em estoque na terceira semana de setembro há disponível 100 unidades de mercadorias para atender à demanda de 70 unidades. Não é necessário, portanto, acionar o MPS para esta semana. Registro Básico: Agosto Setembro 2 3 4 1 2 3 4 Demanda 60 60 60 60 70 70 70 70 Disponível 20 60 100 40 70 100 30 MPS 100 100 100 100 Em mãos 80 Passo 8: Em estoque, na última semana de setembro, há disponível 30 unidades de mercadorias, a fim de atender à demanda, que é de 70. Será necessário, portanto, acionar a produção de mais um lote para que o estoque não fique zerado de mercadorias. Logo, devemos subir a produção de um lote que, somado ao estoque disponível, atenderá à demanda, deixando uma sobra de 60 unidades para a segunda semana. Veja este atendimento: Registro Básico: Agosto Setembro 1 2 3 4 1 2 3 4 Demanda 60 60 60 60 70 70 70 70 Disponível 20 60 100 40 70 100 30 60 MPS 100 100 100 100 100 Em mãos 80 Agora, vamos trabalhar em um outro caso com as seguintes características: Produção livre, ou seja, sem lotes definidos Produção Puxada, pode haver momentos de estoque zerado. Gestão da Produção 18 Observe a régua de produção a seguir: Registro Básico: Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 Demanda 10 30 35 35 35 40 40 40 Disponível MPSEm mãos 20 Passo 1: Em mãos, há disponível 20 unidades de mercadorias, para atender à demanda de 10 unidades. Logo, a quantidade atende à demanda, restando 10 unidades para a segunda semana. Veja: Registro Básico: Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 Demanda 10 30 35 35 35 40 40 40 Disponível 10 MPS Em mãos 20 Passo 2: Em estoque, na semana 2, há disponível 10 unidades de mercadorias para atender à demanda de 30 unidades. Para tal, inicia-se a produção, pelo MPS, de 20 unidades. Nesta modalidade de produção puxada, não há problema em trabalhar com o estoque zerado. Logo, a demanda será atendida e o estoque ficará zerado. Registro Básico: Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 Demanda 10 30 35 35 35 40 40 40 Disponível 10 0 MPS 20 Em mãos 20 Passo 3: Em estoque, na terceira semana, o estoque está zerado e há uma demanda de 35 unidades. Logo, é necessário subir a produção MPS de 35 unidades. Desta forma, a demanda será atendida e o estoque ficará zerado para a próxima semana. Veja: Registro Básico: Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 Demanda 10 30 35 35 35 40 40 40 Disponível 10 0 0 Gestão da Produção 19 MPS 20 35 Em mãos 20 Os passos 4, 5, 6, 7 e 8 atuam com a mesma operação, produzindo para atender ao que está vendido. É uma autêntica produção puxada. Veja: Registro Básico: Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 Demanda 10 30 35 35 35 40 40 40 Disponível 10 0 0 0 0 0 0 0 MPS 20 35 35 35 40 40 40 Em mãos 20 Produção Nivelada: Vamos conhecer outra modalidade de aplicação do Plano Mestre de Produção, popularmente chamado de MPS, em uma aplicação da Produção Nivelada. Nesta aplicação, devido à baixa oscilação da demanda, é possível continuar trabalhando com o conceito de pouca produção, porém constante. Tal forma de aplicação reduz estresse, ganha em qualidade no produto final, abre espaço para a customização do produto e ainda dispõe de tempo para o desenvolvimento de pesquisa e inovação em processos. A característica marcante deste modelo de produção é a continuidade da produção em ritmos baixos, o que permite mais atenção e cuidados na produção. No caso apresentado, a demanda está distribuída em 8 semanas e possui os quantitativos 15, 22 e 30, que são repetidos em alguns dias e alterados em outros. O MPS ficará constante com a produção de 18 unidades. O estoque inicial é o disponível em mãos de semanas anteriores, observe: Registro Básico: Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 Demanda 15 15 15 22 22 22 30 30 Disponível MPS Em mãos 66 A partir do estoque em mãos, somada à unidade produzida pelo MPS, vamos atender à demanda e, o que sobrar, passa a ser o disponível da próxima semana, (66 + 18) – 15 = 69). Observe: Gestão da Produção 20 Registro Básico: Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 Demanda 15 15 15 22 22 22 30 30 Disponível 69 MPS 18 Em mãos 66 Para a segunda semana, a partir da soma do estoque em mãos (69) com a unidade produzida pelo MPS (18), será possível atender à demanda, restando para a próxima semana (69 + 18) – 15 = 72 unidades). Veja: Registro Básico: Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 Demanda 15 15 15 22 22 22 30 30 Disponível 69 72 MPS 18 18 Em mãos 66 Para a terceira semana, com o estoque em mãos (72) somado à unidade produzida pelo MPS (18), vamos atender à demanda, o que sobrar passa + + a ser o disponível para a próxima semana. Observe: Registro Básico: Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 Demanda 15 15 15 22 22 22 30 30 Disponível 69 72 75 MPS 18 18 18 Em mãos 66 E o mesmo processo valerá para as semanas seguintes. Veja: Registro Básico: Semanas 1 2 3 4 5 6 7 8 Demanda 15 15 15 22 22 22 30 30 Disponível 69 72 75 71 67 63 51 39 MPS 18 18 18 18 18 18 18 18 Em mãos 66 + + Gestão da Produção 21 3. MRP II – Conceitos de MRP II – Requisitos Operacionais – O cálculo MRP II Os cálculos de MRP II agregam informações como: investimento em mão de obra, participação do comercial nos processos de produção e vendas, informações relacionadas ao custo e ao lucro dos produtos produzidos ou vendidos pela organização. De forma geral, o MRP II traz informações para a tomada de decisão em relação ao retorno do investimento e o MRP cuida da gestão de recursos internos para atender aos desafios e metas de produção. Então, podemos pensar que um completa o outro. A seguir, será descrito o MRP II por meio de um exemplo prático aplicado a uma análise básica do MRP II, com metodologia desenvolvida pelo Grupo FOCEL empresa especializada em soluções de Consultoria e Treinamento Gerencial, com os trabalhos e pesquisas elaborados por Oliveira (2020). Vamos abordar os seguintes aspectos na análise básica do MRP II: a. Necessidades líquidas e prazo para entregar o produto b. Descobrir os custos: ▪ mão de obra empregada diretamente à atividade. ▪ unitários do produto produzido. c. Preço mínimo para a comercialização do produto. Vamos a um exemplo prático do MRP II aplicado ao produto K. O primeiro passo requer a descrição da árvore de produto aplicada ao item K. Veja: Figura 11: Árvore de Produto 01: Produto K. Fonte: Adaptado de OLIVEIRA, 2020. Na apresentação da árvore do produto K, observa-se que o subcomponente L, necessita de 2 partes na montagem de K. O mesmo ocorre com o subcomponente M e N com necessidades de acoplamento de 2 e 4 partes para atender a uma unidade de k. K L (2) M (2) N (4) Gestão da Produção 22 A capacidade de construção e montagem para produzir K é de 60 unidades diárias, considerando uma jornada de trabalho de 8h/d. O tempo necessário, também chamado de Lead Time, para a aquisição dos componentes L e M é de 2 dias. Já a aquisição do componente N, só poderá ocorrer em lotes mínimos de 310 unidades, conforme a disponibilidade das empresas fornecedoras. E, para esta necessidade, o Lead Time é de 2 dias, com lotes de 310 unidades. Mas é válido informar que qualquer aquisição superior, o fornecedor mais próximo pode atender em 3 dias. O produto fabricado K recebe incrementos de customização. Para este trabalho, se faz necessário 1 dia de trabalho de pessoal especializado em Design de Produto. Sendo muito importante destacar que este trabalho só pode ser executado preliminarmente aos procedimentos operacionais de montagem do produto. Então, vamos aos quesitos operacionais do MRP II: Fase - A I – A demanda a ser atendida é de 240 unidades e o desafio do gerente de Planejamento Produção e Controle é calcular a necessidade líquida do produto, assim como o tempo de entrega. Sobre Necessidade Líquida (NL), considera-se a necessidade de produção e aquisição, descontados do que estiver em estoque. Ou seja, se a Necessidade Bruta (NB) ou demanda fosse de 50 unidades, existindo em estoque 15 unidades, a necessidade líquida para este cenário é de 35 unidades. Vamos considerar a realidade apresentada na tabela a seguir, que apresenta a Necessidade Bruta e a Necessidade Líquida dos componentes do produto K em atender requisitos de Montagem (M) e de Compra (C) de componentes, conforme a Tabela 1. Item Estoque NB NL M ou C K 60 240 180 M L 80 320 240 C M 100 320 220 C N 130 620 490 C Tabela 01: Necessidades para K. Fonte: Adaptado de OLIVEIRA, 2020. Tendo as informações da tabela anterior, o próximo passo é gerar a inteligência com os dados apresentados até o momento. Vamos lá. ▪ Calcular a necessidade líquida do produto K, que será obtida com dados da tabela: Gestão da Produção 23 NL= NB - Estoque 240- 60= 180 unidades de k ▪ Calcular o Lead Time (LT) de construção do produto K. LT = NL/ Capacidade de Produção 180 / 60 = 3 dias A próxima fase inclui detalhar mais dados a respeito do Lead Time em relação às etapas que constituem o produto K. Então, o cronograma geral para atender à demanda do produto poderá ser informado. Observe os próximos passos. ▪ Calcular o LT de aquisições para a etapa D.Além da descrição do LT informado no caso relacionado ao produto D, podemos também elaborar nossas deduções para encontrar o seu LT. Lote mínimo para aquisição: 310, que leva 2 dias para a entrega. Então, os 490 componentes irão necessitar de mais um dia para a sua entrega, por ser uma quantidade superior ao lote mínimo. 490 > 310 (lote até 2 dias) = 3 dias serão necessários. O LT das etapas L e M são informados anteriormente e representam 2 dias. Com isto, vamos montar o cronograma de LT. Observe o cronograma a seguir: Atividade: Dia: 1º 2º 3º 4º 5º 6º K X X X L X X M X X N X X X Customização X Tabela 02: Cronograma de LT. Fonte: Adaptado de OLIVEIRA, 2020. Observe, na tabela anterior, que o LT de K é de 3 dias e não pode congregar outras tarefas, pois seu estágio é de montagem final. E as etapas de aquisição / compra dos subcomponentes L e M, precisam de 2 dias, e a etapa N precisa de 3 dias. Não podemos esquecer que também há uma customização aplicada ao item, que deve ser feita antes da montagem final. K = precisa de 3 dias separadamente, L e M = 2 dias, N precisa de 3 dias, mas com exceção de K, podem ocorrer junto com L e M, assim a Gestão da Produção 24 customização precisa de 1 dia. O total, portanto, é o LT de 6 dias como sendo o tempo necessário para entregar o produto K. Mais dados serão necessários para a construção dos cálculos de MRP II, como a mão de obra necessária para atender ao cronograma de atividades para a entrega do item K. Mão de obra para atender a demanda de K: Atividade : Colaborador: Operacional Colaborador: Design de Inovação K 3 - L 1 - M 1 - N 2 - Customização: - 1 Tabela 03: Mão de obra K. Fonte: Adaptado de OLIVEIRA, 2020. A tabela anterior informa a quantidade de trabalhadores e chama a atenção para a necessidade do trabalho de um profissional para elaborar a customização do produto K. A função é de Design. Para cada profissional empenhado neste projeto, haverá a seguinte remuneração: ▪ A remuneração ou custo de cada colaborador será de R$12,00/h. ▪ A remuneração ou custo do profissional de Design de Inovação será de R$32,00/h. Em continuação aos quesitos operacionais do MRP II: Fase - B II – A área de finanças da empresa, solicita ao Gerente de Planejamento e Controle da Produção, as informações relacionadas aos custos de: ▪ Custos gerais de Mão de Obra Direta (MOD). ▪ Os custos unitários relacionados à MOD do item K. Para atender à solicitação do departamento financeiro, será apresentada a tabela Custos de MOD, que nos informará o investimento ou custo da mão de obra e também os custos unitários da mão de obra direta. Veja: Atividade Colaboradores Custo / hora Lead Time (dias) Horas de Trabalho Custo / Operação K 3 12,00 3 72 864,00 Gestão da Produção 25 L 1 12,00 2 16 192,00 M 1 12,00 2 16 192,00 N 2 12,00 3 48 576,00 Customização 1 32,00 1 8 256,00 Custo Total (R$) 2.080,00 NL K Unidades Montadas 180 CT / CU Custo Unitário de MOD (R$/Un.) 11,55 Tabela 04: Custos de MOD. Fonte: Adaptado de OLIVEIRA, 2020. Obs. ¹: O caso nos apresenta no início que a carga horária de trabalho é de 8h/dia. Obs. ²: NL K (necessidade líquida de K). O Custo Unitário de MOD é fornecido na divisão entre Custo Total / Custo Unitário ou CT / CU. Obs. ³: O cálculo das horas de trabalho para K é explicada da seguinte forma: 3 (colaboradores) x 3 (LT) x 8h (carga horária) x R$ 12,00 (custo/h) = R$ 864,00. E finalizando os quesitos operacionais do MRP II: Fase - C III – A área comercial solicita o cálculo do menor preço possível de comercialização do produto. Veja que essa informação é importante para elaborar o planejamento financeiro e as receitas de vendas da empresa. ▪ Calcular o menor valor de venda possível para o item K (mínimo). São considerados os seguintes dados da empresa em relação ao custo unitário de insumos e impostos. Esses dados foram obtidos da realidade operacional da empresa que produz o item K, ou seja, tais valores são informados. Veja a seguir: ▪ Custo unitário de matéria prima = R$ 42,00 ▪ Custos de impostos (% impostos + margem de contribuição) = 40 % Considerando as informações anteriores, vamos calcular o Preço Mínimo (PM) para comercializar o produto K na fórmula: Gestão da Produção 26 PM= (Custo Unitário MOD + custo unitário MP) /1- (% impostos + MC Mínima) Na aplicação da fórmula, o Custo Unitário (preço mínimo) é desenvolvido a seguir: PM = 42 + 11,55 / (1 – 0.4) = 53.55 / 0.60 = R$ 32.13 PM = R$ 32.13 Os Sistemas de Gestão Integrada ERP representaram um salto de qualidade na gestão eficiente das operações, pois permitem a extração de dados de operação em tempo real. As soluções de MRP e suas aplicações permitem a análise dos diversos processos necessários à produção e representam uma ferramenta eficiente ao apresentar a régua de produção para acompanhamento e atendimento da demanda sendo complementado pelos estudos de Lead Time, árvore do produto e MPS. Já o MRP II traz como contribuição ótima a complementação da ferramenta MRP ao permitir analisar os investimentos em Mão de Obra Direta, os custos das atividades e as mensurações para o Comercial e Gestão de Suprimentos. Concluindo o estudo deste capítulo, as ferramentas de EDI preenchem uma lacuna importante na gestão de negócios ao apresentar soluções de mineração de dados e inteligência empresarial. Referências COLANGELO FILHO, L. Implantação de Sistemas ERP: um enfoque de longo prazo. São Paulo: Atlas, 2009. CORRÊA, H. L.; CORRÊA, C. A. Administração de Produção e de Operações: manufatura e serviços – uma abordagem estratégica. São Paulo: Atlas, 2009. MARTINS, P. G.; LAUGENI, F. P. Administração da Produção. 3ª ed. São Paulo: Saraiva, 2015. OLIVEIRA, M. A. F. Treinamento Grupo FOCEL – Gestão de Valor e Sustentabilidade. 2020. RITZMAN, L. P.; KRAJEWSKI, L. J. Administração da Produção e Operações. São Paulo: Pearson, 2004. SLACK, N. et al. Administração da Produção. São Paulo: Atlas, 2006. Gestão da Produção 27 Modelos de Gestão da Manufatura: ERP, MRP e MRP II Para Início de Conversa... Objetivo 1. ERP – Conceitos e Requisitos Operacionais 2. MRP – Conceitos de MRP – Requisitos Operacionais – Programa Mestre de Produção. O cálculo do MRP. 3. MRP II – Conceitos de MRP II – Requisitos Operacionais – O cálculo MRP II Referências
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