João Calvino_ Boas obras manifestam verdadeira fé salvadora _ Dave Armstrong

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09/06/2020 João Calvino: Boas obras manifestam verdadeira fé salvadora | Dave Armstrong
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CATÓLICO ( //WWW.PATHEOS.COM/CATHOLIC)
8 DE FEVEREIRO DE 2016 POR DAVE ARMSTRONG
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João Calvino: Boas obras manifestam a verdadeira fé
salvadora
 1 COMENTÁRIO (HTTPS://WWW.PATHEOS.COM/BLOGS/DAVEARMSTRONG/2016/02/JOHN-CALVIN-GOOD-
WORKS-MANIFEST-TRUE-SAVING-FAITH.HTML#DISQUS_THREAD)
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(9-4-08)
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* * * * *
Um protestante considerando seriamente a conversão ao catolicismo
escreveu:
“Estou começando a acreditar que este é um dos ensinamentos mais
perigosos da tradição reformada, porque faz com que o pecado seja de
pouca importância. A�nal, se todos os seus pecados foram perdoados -
Passado - Presente - e Futuro, e  nada  pode mudar isso - então onde está o
temor de Deus nesse ensinamento? Alguém pode temer pecar porque
desagrada um Deus Santo e Justo, se pensa que nenhum pecado pode
separá-los de Deus? Esse tipo de crença não pode levar alguém a tratar
Deus como um capacho? . . . ”
“Essa atitude de “tudo foi feito por você por Cristo no Calvário” e não há
nada esperado do cristão, nada que ele possa ou deva fazer para crescer em
justiça e santidade, torna nossa vida como crentes em Cristo, nossa
testemunha do mundo. como luzes brilhando na escuridão sem
importância. Se eu acho que nada é necessário para que eu continue na
graça de Deus, viverei ao acaso e não me importarei em viver uma vida
piedosa e �el a Cristo, meu Senhor. ”
Entendo que a justi�cação foi formalmente separada da santi�cação no
ensino protestante geral e reformado, e isso leva a efeitos deletérios, e
muitas vezes é distorcida e abusada nos círculos protestantes. Eu escrevi
muito sobre isso na minha apologética.
Também estou muito preocupado, no entanto, que somos justos com
nossos irmãos protestantes. Os estudiosos e fundadores mais instruídos do
protestantismo não ensinam e não ensinaram "graça barata" (como
Bonhoe�er o chama). Não devemos julgar escolas de pensamento pelos
piores proponentes deles, mas pelos melhores. Eu mesmo documentei
(mesmo agora em um livro) como Martin Luther insistia fortemente na
prática de boas obras como prova da fé genuína
(http://www.patheos.com/blogs/davearmstrong/2016/02/martin-
http://www.patheos.com/blogs/davearmstrong/2016/02/martin-luther-good-works-prove-authentic-faith.html
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luther-good-works-prove-authentic-faith.html) . João Calvino ensina o
mesmo. Por exemplo:
(http://www.patheos.com/blogs/davearmstrong/2016/02/martin-
luther-good-works-prove-authentic-faith.html)  
http://www.patheos.com/blogs/davearmstrong/2016/02/martin-luther-good-works-prove-authentic-faith.html
http://www.patheos.com/blogs/davearmstrong/2016/02/martin-luther-good-works-prove-authentic-faith.html
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Embora  já tenhamos demonstrado, em certa medida, como a  fé
possui Cristo e nos proporciona o desfrute de seus bene�ícios,
o assunto ainda seria obscuro se não acrescentássemos uma
exposição dos efeitos dele resultantes . A soma do Evangelho,
não sem uma boa razão, é feita para consistir no  arrependimento
e perdão dos pecados ; e, portanto,  onde essas duas cabeças são
omitidas, qualquer discussão sobre fé será escassa e
defeituosa, e de fato quase inútil. Agora, como Cristo nos confere
e obtemos pela fé, tanto a reconciliação livre quanto a novidade de
vida, a razão e a ordem exigem que eu comece aqui a tratar de
ambos. A transição mais curta, no entanto, será da fé ao
arrependimento; para que o arrependimento seja entendido
adequadamente, parecerá melhor como um homem é  justi�cado
livremente somente pela fé ; e, no  entanto, que a santidade da
vida, a  verdadeira  santidade, como é chamada, é inseparável
da livre imputação da justiça .Esse arrependimento nem
sempre segue a fé, mas é produzido por ela, deve ser sem
controvérsia  (ver Calvino em Joann. 1:13). Pois como a pregação do
Evangelho oferece perdão e perdão, a �m de que o pecador,
libertado da tirania de Satanás, o jugo do pecado e a miserável
escravidão da iniquidade possam passar para o reino de Deus, é
certo que  ninguém pode abraçar a graça do Evangelho sem se
retirar dos erros de sua vida anterior para o caminho certo, e
tornando todo o seu estudo praticar o arrependimento .
Aqueles que pensam que o arrependimento precede a fé em vez de
�uir ou ser produzido por ela, como fruto da árvore, nunca
entenderam sua natureza e são movidos a adotar essa visão por
motivos muito insu�cientes.
( Institutos da religião cristã ,  III, 3, 1
(http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.v.iv.html) ; completo;
minhas ênfases)
http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.v.iv.html
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Pois, se tivermos verdadeira comunhão em sua morte, nosso velho
homem é cruci�cado por seu poder, e o corpo do pecado se torna
morto, de modo que  a corrupção de nossa natureza original
nunca mais volte a vigorar  (Rom. 6: 5, 6) . Se somos participantes
de sua ressurreição, somos elevados por ela à novidade de vida, que 
nos conforma à justiça de Deus . . . . Essa  renovação , de fato, não
é realizada em um  momento, um dia ou um ano , mas por um
processo ininterrupto, às vezes até por  um progresso lento,  Deus
abole os restos de corrupção carnal em seus eleitos, os  limpa  da
poluição e os  consagra  como seus templos. ,  restaurando todas
as suas inclinações à  verdadeira pureza , para que, durante toda a
vida, possam praticar o arrependimento e saber que a morte é o
único termo para essa guerra. . . . depois de Paulo, faço a imagem de
Deus consistir em  justiça e verdadeira santidade ; como se em
toda de�nição não fosse necessário tomar a coisa de�nida em sua
integridade e perfeição. Não se nega que haja  espaço para
melhorias ; mas o que sustento é que, quanto mais alguém se
aproxima em semelhança com Deus,  mais a imagem de Deus
aparece nele .
( Inst . ,  III, 3, 9
(http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.v.iv.html) ; minhas
ênfases)
http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.v.iv.html
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Agora podemos entender quais são os  frutos do arrependimento
- viz. o�ícios de  piedade para com Deus , e  amor para com os
homens ,  santidadegeral  e  pureza da vida . Em resumo, 
quanto mais um homem estuda para adequar sua vida ao
padrão da lei divina, mais sinais ele dá de seu arrependimento
. Conseqüentemente, o Espírito, ao exortar-nos ao arrependimento,
traz diante de nós uma vez cada preceito separado da lei; em outro,
os deveres da segunda mesa; embora também existam passagens
nas quais, depois de condenar a impureza em sua fonte no coração,
ele desce depois para  marcas externas, pelas quais se prova que
o arrependimento é sincero. Um retrato disso, que em breve
colocarei diante dos olhos do leitor, quando for descrever a vida
cristã ( infra , capítulo 6). Não coletarei aqui as passagens dos
profetas em que eles ridicularizam  as observâncias frívolas
 daqueles que trabalham para apaziguar a Deus com cerimônias e
mostrar que são meras zombarias; ou  aqueles em que mostram
que a integridade externa da conduta não é a parte principal
do arrependimento , visto que  Deus olha para o coração .
Qualquer um que seja moderadamente versado nas Escrituras
entenderá por si mesmo, sem ser lembrado pelos outros, que 
quando ele tem a ver com Deus, nada é ganho sem começar
com os afetos internos do coração.. Há uma passagem de Joel que
não ajudará um pouco na compreensão dos outros: "Rasgue seu
coração, e não suas vestes" (Joel 2:13). Ambos também são
brevemente expressos por James nas seguintes palavras: “Puri�cai
vossas mãos, ó pecadores; e puri�cai vossos corações, tendenciosos
”(Tiago 4: 8). Aqui, de fato, o acessório é colocado primeiro; mas a
fonte e o princípio são posteriormente apontados - viz. que 
sujeiras ocultas devem ser enxugadas, e um altar erguido para
Deus no coração. Além disso, existem certos exercícios externos
que empregamos em particular como remédios para nos humilhar
e domesticar nossa carne, e em público, para testemunhar nosso
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arrependimento. Estes têm sua origem naquela vingança da qual
Paulo fala (2 Cor. 7: 2), pois quando a mente está angustiada, ela
naturalmente se expressa em saco, gemidos e lágrimas, evita o
ornamento e todo tipo de espetáculo, e abandona tudo. delícias.
Então, quem sente o quão grande é a rebelião da carne, tenta todos
os meios para contê-la. Além disso, quem considera certo o quão
doloroso é ter ofendido a justiça de Deus, não pode descansar até
que, em sua humildade, tenha dado glória a Deus. Tais exercícios
são freqüentemente mencionados pelos escritores antigos quando
falam dos  frutos do arrependimento .
( Inst . ,  III, 3, 16
(http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.v.iv.html) ; minhas
ênfases)
Além disso, se é verdade, e nada pode ser mais certo, do que um
resumo completo do Evangelho é incluído nessas duas cabeças - viz.
arrependimento e remissão de pecados, não vemos que  o Senhor
justi�ca seu povo livremente e, ao mesmo tempo, os renova à
verdadeira santidade pela santi�cação de seu Espírito ? João, o
mensageiro enviado diante da face de Cristo para preparar seus
caminhos, proclamou: "arrepende-se, porque o reino dos céus está
próximo" (Mt 11:10; 3: 2). Ao convidá-los ao arrependimento, ele os
exortou a reconhecer que eram pecadores e, em todos os aspectos,
condenados diante de Deus, para que assim pudessem ser 
induzidos seriamente a buscar a morti�cação da carne e um 
novo nascimento no Espírito .
( Inst . ,  III, 3, 19
(http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.v.iv.html) ; minhas
ênfases)
http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.v.iv.html
http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.v.iv.html
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Quando os santos se con�rmam e consolam-se repetidamente com
a lembrança de sua inocência e integridade, e às vezes até se abstêm
de proclamá-los, isso é feito de duas maneiras: seja porque
comparando sua boa causa com a má causa dos ímpios, eles
sentem-se seguros da vitória, não tanto pelo elogio de sua própria
justiça, mas pela condenação justa e merecida de seus adversários;
ou porque,  revendo-se diante de Deus, mesmo sem qualquer
comparação com os outros, a pureza de sua consciência lhes dá
algum conforto e segurança. A razão anterior será considerada
posteriormente (cap. 17, seção 14 e cap. 20, seção 10); mostremos
agora brevemente, em relação a este último, como está de acordo
com o que dissemos acima, que não podemos ter con�ança nas
obras diante da barra de Deus, que não podemos nos gloriar em
nenhuma opinião de seu valor. O acordo está aqui, que  quando o
ponto considerado é a constituição e o fundamento da
salvação, os crentes, sem prestar qualquer respeito às obras,
direcionam seus olhos apenas para a bondade de Deus . Nem se
voltam para ele apenas em primeira instância, quanto ao início da
bem-aventurança, mas descansam nela como a conclusão. Assim, a
consciência sendo fundada, edi�cada e estabelecida é mais
estabelecida pela  consideração das obras, na medida em que
são provas de que Deus habita e reina em nós. Uma vez que,
então, essa con�ança nas obras não tem lugar, a menos que
você tenha previamente �xado toda a sua con�ança na
misericórdia de Deus, não deve parecer contrário ao que
depende . Portanto, quando excluímos a con�ança nas obras,
queremos apenas dizer que a mente cristã não deve voltar ao mérito
das obras como um auxílio à salvação, mas deve se concentrar
inteiramente na livre promessa de justi�cação. Mas não
proibimos nenhum crente de con�rmar e apoiar essa fé pelos
sinais do favor divino para com ele . Pois se, quando lembramos
os dons que Deus nos concedeu, são como raios do semblante
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divino, pelos quais somos capacitados a contemplar a mais alta luz
de sua bondade; muito mais é este o caso com o dom de boas
obras, que mostra que recebemos o espírito de adoção .
( Inst . ,  III, 14, 18
(http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.v.xv.html) ;
completo; minhas ênfases)
http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.v.xv.html
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Quando os crentes, portanto, sentem sua  fé fortalecida por uma
consciência de integridade e nutrem sentimentos de exultação, é
justamente porque  os frutos de seu chamado os convencem de
que o Senhor os admitiu em um lugar entre seus �lhos .
Portanto, quando Salomão diz: “No temor do Senhor há forte
con�ança” ( Pro. 14:26
(http://www.ccel.org/ccel/bible/asv.Prov.14.html#Prov.14.26) ),
e quando os santos às vezes pedem ao Senhor que os ouça, porque
caminharam diante de seu rosto em simplicidade e integridade (
Gên. 24:10
(http://www.ccel.org/ccel/bible/asv.Gen.24.html#Gen.24.10) ;  2
Reis 20: 3
(http://www.ccel.org/ccel/bible/asv.iiKgs.20.html#iiKgs.20.3) ),
essas expressões não se aplicam ao fundamento de uma consciência
�rme, mas são válidas somente quando tomadas  a posteriori .
Para não há onde o temor de Deus possa dar total segurança , e
os santos estão sempre conscientes de que qualquer integridade que
possuam se mescla a muitos restos da carne. Mas, como  os frutos
da regeneração os fornecem uma prova de que o Espírito Santo
habita neles , experimentando Deus como um Pai em questão de
tanto momento, eles são fortalecidos em grau leve para aguardar
sua assistência em todas as suas necessidades. Mesmo isso eles não
poderiam fazer, se não tivessem percebido anteriormente que a
bondade de Deus lhes é selada pornada além da certeza da
promessa.
( Inst . ,  III, 14, 19
(http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.v.xv.html) ; minhas
ênfases)
http://www.ccel.org/ccel/bible/asv.Prov.14.html#Prov.14.26
http://www.ccel.org/ccel/bible/asv.Gen.24.html#Gen.24.10
http://www.ccel.org/ccel/bible/asv.iiKgs.20.html#iiKgs.20.3
http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.v.xv.html
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De fato, Calvino condena expressamente esse tipo de doutrina cristã
corrompida da salvação, ou soteriologia, no pensamento anabatista (que é
muito mais a origem dos erros que observamos hoje):
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Alguns anabatistas da atualidade confundem algum tipo
indescritível de excesso frenético pela regeneração do Espírito,
sustentando que os �lhos de Deus são restaurados a um estado de
inocência e, portanto, não  precisam se preocupar em conter a
luxúria da carne. ; que eles têm o Espírito para o seu guia, e sob a
sua agência  nunca erra .Seria incrível que a mente humana
pudesse prosseguir para tal  insanidade , se eles não declarassem
aberta e exultantemente seu dogma. É realmente  monstruoso , e
ainda assim, é justo que aqueles que decidiram transformar a
palavra de Deus em mentira sejam punidos por sua  audácia
blasfema . É realmente verdade que toda distinção entre base e
honorável, justa e injusta, bem e mal, virtude e vício, é
abolida? A distinção, dizem eles, é da maldição do velho Adão, e
disso somos isentos por Cristo. Não haverá diferença, portanto,
entre prostituição e castidade, sinceridade e habilidade, verdade e
falsidade, justiça e roubo. Fora com medo vaidoso! (eles dizem), o
Espírito não fará com que você faça algo errado, desde que com
sinceridade e ousadia se deixe à sua agência. Quem não se
surpreende com doutrinas tão monstruosas?  E, no entanto,
essa �loso�a é popular entre aqueles que, cegos por luxúrias
insanas, abandonaram o senso comum. Mas que tipo de Cristo,
ore, eles fabricam? que tipo de espírito eles lançam?
Reconhecemos um Cristo, e seu único Espírito, a quem os profetas
predisseram e o Evangelho proclama como realmente manifestado,
mas não ouvimos nada desse tipo a respeito dele. Esse Espírito
não é patrono de assassinato, adultério, embriaguez, orgulho,
contenda, avareza e fraude, mas o autor do amor, castidade,
sobriedade, modéstia, paz, moderação e verdade. Ele não é um
espírito de vertigem, apressando-se precipitadamente e
precipitadamente, sem considerar o certo e o errado, mas cheio de
sabedoria e entendimento, pelo qual ele pode distinguir
devidamente entre justiça e injustiça. Ele instiga não à
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licenciosidade sem lei e sem restrições, mas, discriminando entre
legal e ilegal, ensina temperança e moderação. Mas por que insistir
mais em refutar esse frenesi brutal? Para os cristãos, o Espírito do
Senhor não é um fantasma turbulento, que eles mesmos
produziram sonhando, ou que foram recebidos por outros; mas eles
procuram religiosamente o conhecimento dele nas Escrituras, onde
duas coisas são ensinadas a respeito dele; primeiro isso Ele nos é
dado para santi�cação, para que possa nos puri�car de toda
iniqüidade e contaminação, e nos levar à obediência da justiça
divina , uma obediência que não pode existir a menos que as
concupiscências a que esses homens dariam rédeas soltas sejam
domadas e subjugadas; segundo,  que  apesar de puri�cados por
sua santi�cação, ainda somos assolados por muitos vícios e
muita fraqueza, desde que �quemos presos na prisão do corpo
. Assim, é que, situados a uma grande distância da perfeição,
devemos sempre nos esforçar para  progredir e  lutar
diariamente  com o mal pelo qual somos enredados. Daí, também,
segue-se que, sacudindo a preguiça e a segurança,  devemos estar
atentos, para não sermos desprevenidos nas armadilhas da nossa
carne; a menos que, de fato, presumimos pensar que �zemos
um progresso maior do que o apóstolo, que foi golpeado por
um mensageiro de Satanás, a �m de que sua força possa ser
aperfeiçoada em fraqueza , e que dá a sua própria pessoa uma
verdadeira, não uma representação �ctícia do con�ito entre o
Espírito e a carne ( 2 Cor. 12: 7
(http://www.ccel.org/ccel/bible/asv.iiCor.12.html#iiCor.12.7) ,  9
(http://www.ccel.org/ccel/bible/asv.iiCor.12.html#iiCor.12.9) ; 
Rom. 7: 6
(http://www.ccel.org/ccel/bible/asv.Rom.7.html#Rom.7.6) ).
http://www.ccel.org/ccel/bible/asv.iiCor.12.html#iiCor.12.7
http://www.ccel.org/ccel/bible/asv.iiCor.12.html#iiCor.12.9
http://www.ccel.org/ccel/bible/asv.Rom.7.html#Rom.7.6
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( Inst . ,  III, 3, 14
(http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.v.iv.html) ; completo;
minhas ênfases)
Calvino novamente dissipa caricaturas de sua soteriologia (coisas que hoje
são ensinadas por alguns protestantes que são muito menos astutos e
bíblicos do que Calvino e Lutero) em outra passagem:
http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.v.iv.html
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Nossa  última frase pode refutar a  calúnia insolente de certos
homens ímpios ,  que primeiro nos acusam de destruir boas
obras  e afastar os homens do estudo deles, quando dizemos que
homens não são justi�cados e não merecem salvação pelas obras. ;
e, em  segundo lugar, tornar os meios da justi�cação muito
fáceis , quando dizemos que ela consiste na livre remissão de
pecados e,  assim, seduzir os homens a pecar, aos quais eles já
estão muito inclinados. Essas calunias, digo, são su�cientemente
refutadas por essa única frase; no entanto, responderei brevemente
a ambos. A alegação é que a justi�cação pela fé destrói boas obras. . .
. que quando a fé é tão louvada, as obras são privadas de seu devido
lugar. Mas e se eles forem bastante enobrecidos e
estabelecidos? Não sonhamos com uma fé desprovida de boas
obras, nem com uma justi�cativa que possa existir sem elas: a
única diferença é que, embora reconheçamos que fé e obras
estão necessariamente conectadas, colocamos justi�cação na
fé, não em obras. Como isso é feito é facilmente explicado, se nos
voltarmos apenas para Cristo, a quem nossa fé é direcionada e de
quem ela deriva todo o seu poder. Por que, então, somos justi�cados
pela fé? Porque pela fé apreendemos a justiça de Cristo, que só nos
reconcilia com Deus. Essa fé, no entanto, você não pode
apreender sem ao mesmo tempo apreender a santi�cação ;
pois Cristo "nos é feito sabedoria, e justiça, e santi�cação e
redenção" ( 1 Cor. 1:30
(http://www.ccel.org/ccel/bible/asv.iCor.1.html#iCor.1.30)
). Cristo, portanto, justi�ca ninguém, sem também santi�cá-lo
. Essas bênçãos são unidas por um laço perpétuo e inseparável.
Aqueles a quem ele ilumina por sua sabedoria, ele redime;
quem ele redime, ele justi�ca; a quem ele justi�ca, santi�ca.
Mas, como a questão se refere apenas à  justi�cação e santi�cação
, a eles vamos nos limitar. Embora façamos uma distinção entre
eles, ambos são inseparavelmente compreendidos em Cristo
http://www.ccel.org/ccel/bible/asv.iCor.1.html#iCor.1.30
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. Você obteria justi�cação em Cristo? Você deve possuir
anteriormente Cristo. Mas você não pode possuí-lo sem ser
participante de sua santi�cação: pois Cristo não pode ser
dividido . Visto que o Senhor, portanto, não nos concede o desfrute
dessas bênçãos sem se conceder,  ele concede os dois ao mesmo
tempo, mas nunca um sem o outro . Assim, parece verdade que
somos justi�cados não sem, e ainda não pelas obras, uma vez
que na participação de Cristo, pela qual somos justi�cados,
está contida não menos santi�cação do que justi�cação .
( Inst . ,  III, 16, 1
(http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.v.xvii.html) ; minhas
ênfases)
Em terceiro lugar, Calvino nega que sua visão "reformada" seja superada
pela objeção dos comentários de Tiago sobre fé e obras. Ele mostra
novamente que aqueles que se entregariam ao pecado alegando que já eram
justi�cados, fazem de maneira errada e contrária ao seu ensino:
http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.v.xvii.html
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Eu nego, então, que a passagem de Tiago, que eles estão
constantemente segurando diante de nós como se fosse o escudo de
Aquiles, lhes dá o menor semblante. Para deixar isso claro, vamos
primeiro atender ao escopo do apóstolo e depois mostrar em que
consiste a alucinação deles. Como naquela época (e o mal existe na
Igreja desde então), havia  muitos que, embora dessem provas
manifestas de sua in�delidade, negligenciando e omitindo
todas as obras peculiares aos crentes , deixaram de falsamente
não se gloriar em nome de fé, James aqui dissipa sua  vã con�ança .
Sua intenção, portanto, é não derrogar em nenhum grau o poder da
verdadeira fé, mas mostrar quão absurdamente esses
insigni�cantes reivindicavam apenas o nome vazio, e
descansando satisfeitos com ele, sentiam-se seguros em
indulgência desenfreada no vício .
( Inst . ,  III, 17, 11
(http://www.ccel.org/ccel/calvin/institutes.v.xviii.html) ;
minhas ênfases)
Lutero e Calvino representam o pensamento protestante dominante,
“magisterial” ou clássico em teologia. Eles não ensinam graça barata e
separam completamente as obras da fé, como se fossem literalmente
antitéticas, mas ensinam que elas são organicamente relacionadas, mesmo
que formalmente separem, em abstrato, santi�cação da justi�cação, em
termos da própria salvação. 
Muitos protestantes hoje, de fato, parecem não entender isso e ensinar de
outra maneira, e são corretamente condenados ao fazê-lo, tanto pelas
Escrituras, Calvino quanto Lutero. Mas devemos ter cuidado para não
projetar em Lutero e Calvino as distorções dos protestantes posteriores que
nada têm a ver com seus ensinamentos.
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