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Questão 1/10 - Literatura Brasileira
Leia os fragmentos do poema abaixo:
I
“No meio das tabas de amenos verdores,
Cercadas de troncos – cobertos de flores,
Alteiam-se os tetos d’altiva nação;
São muitos seus filhos, nos ânimos fortes,
Temíveis na guerra, que em densas coortes
Assombram das matas a imensa extensão.”
...........................................................................
IV
“Meu canto de morte,
Guerreiros, ouvi:
Sou filho das selvas,
Nas selvas cresci;
Guerreiros, descendo
Da tribo tupi.
Da tribo pujante,
Que agora anda errante
Por fado inconstante,
Guerreiros, nasci;”
....................................
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: DIAS, G. I-Juca Pirama. In: RAMOS, F. J.
S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 1952. p. 130-131.
Acima temos dois fragmentos do poema I-Juca Pirama, de Gonçalves Dias. Nele, o poeta
maranhense usa um recurso que se convencionou chamar de harmonia imitativa.
Considerando o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é correto
afirmar que harmonia imitativa:
A é a correspondência entre o que se conta e o como se conta, forma de o ritmo
mimetizar os episódios relatados no poema.
Você assinalou essa alternativa (A)
B é o efeito que ocorre em poemas compostos por estrofes de quatro a seis versos,
com cinco ou sete sílabas.
C é o tipo de assimilação vocálica, em que as vogais de uma palavra se tornam
foneticamente semelhantes a outra vogal da mesma palavra.
D é a correspondência harmônica que ocorre em poemas de 14 versos, formados
por duas estrofes de quatro versos e duas de três.
E é o efeito que se obtém em composições poéticas populares antigas,
acompanhadas ou não de música.
Questão 2/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto abaixo:
“O convés, tanto na coberta como na tolda, apresentava o aspecto de um acampamento
nômade. A marinhagem, entorpecida pelo trabalho, caíra numa sonolência profunda,
espalhada por ali ao relento, numa desordem geral de ciganos que não escolhem terreno
para repousar. Pouco lhe importavam o chão úmido, as correntes de ar, as constipações, o
beribéri. Embaixo era maior o atravancamento. Macas de lona suspensas em varais de
ferro, umas sobre outras, encardidas como panos de cozinha, oscilavam à luz moribunda e
macilenta das lanternas. Imagine-se o porão de um navio mercante carregado de miséria.
No intervalo das peças, na meia escuridão dos recôncavos moviam-se os corpos seminus,
indistintos. Respiravam um odor nauseabundo de cárcere, um cheiro acre de suor humano
diluído em urina e alcatrão. Negros, de boca aberta, roncavam profundamente,
contorcendo-se na inconsciência do sono. Viam-se torsos nus abraçando o convés,
aspectos indecorosos que a luz evidenciava cruelmente”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CAMINHA, Adolfo. Bom crioulo. Domínio
Público, p. 20. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000052.pdf>. Acesso em: 28/07/2017.
De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base Literatura Brasileira
sobre o romance naturalista Bom crioulo (1898), de Adolfo Caminha (1867-1897), é correto
afirmar que:
A Além da temática homossexual, o romance denuncia os maus-tratos dispensados
aos marinheiros engajados nas Forças Armadas Brasileiras.
Você assinalou essa alternativa (A)
B o romance revela as condições precárias de certa parcela da população
nordestina e o mundo violento, sem lei nem rei, do qual as personagens fazem
parte.
C o cortiço, onde se passa o romance, é apresentado de tal forma que surge diante
dos olhos do leitor como mais uma personagem do romance.
D o romance apresenta a mulher independente, caracterizada na figura de Maria das
Hortaliças.
E além da temática homossexual, o romance retrata os problemas da periferia do
Recife e as viagens de trem pelo interior do país.
Questão 3/10 - Literatura Brasileira
Leia a passagem de texto:
“O Realismo e o Naturalismo surgiram praticamente no mesmo período histórico, mantendo
os mesmos princípios científicos, filosóficos e artísticos”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CRUZ, Gisele Thiel Della. Rota de
aprendizagem da aula 3. O Realismo e Naturalismo no Brasil, Curitiba, Intersaberes, Slide 13.
Considerando a passagem de texto acima e as informações da Aula 3, Videoaula do Tema
4 – Conceitualização, da disciplina de Literatura Brasileira, assinale a alternativa que
indica as características da estética e da ambientação Realista e Naturalista Brasileira:
A A estética era centralizada na narração dos antigos costumes europeus e a
ambientação atrelava-se à realidade burguesa da época.
B A estética contemporânea era predominante e o enfoque era, estritamente, na
ambientação da realidade urbana.
C A estética concentrou-se na narração de costumes contemporâneos e a
ambientação esteve atrelada ao mundo urbano e ao mundo rural.
Você assinalou essa alternativa (C)
D A estética e a ambientação eram restritas aos costumes e a realidade rural.
E Apesar de terem surgido no mesmo período histórico, a estética e a ambientação
Naturalista e Realista não possuem características em comum.
Questão 4/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto:
“[...] a ideia de sistema literário implica que só se pode falar em literatura nacional quando
as obras aí produzidas são também aí recebidas e fecundadas”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MORAES, Anita Martins Rodrigues de. A
Literatura Brasileira sob a ótica de Antônio Cândido. Revista Itinerários, Araraquara, n. 30, p. 65-84, jan./jun. 2010.
Considerando o fragmento do texto-base acima e as informações da Aula 1, Videoaula do
Tema 2 – Contextualizando, da disciplina de Literatura Brasileira, assinale a alternativa
que apresenta a tríade de elementos que formam um sistema literário, segundo Antônio
Cândido:
A Manifestações literárias, literatura propriamente dita e transformação literária.
B Quem produz a obra, as condições para isso e o público leitor.
Você assinalou essa alternativa (B)
C Língua, temas e imagens partilhadas.
D Articulação, elaboração e tradição literária.
E Tratamento da linguagem, coesão nacional e compromisso cívico.
Questão 5/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir:
“A miséria e os miseráveis que haviam perdido suas habitações na derrubada violenta do
cortiço [o Cabeça de Porco] tinham à disposição o morro contíguo – e as madeiras da
demolição que a própria prefeitura lhes permitira recolher. Barracos de madeira já estavam
disseminados no morro de Santo Antônio, ponto privilegiado da cidade, e logo estariam
presentes no da Providência, nos anos que se seguiram às picaretas de Barata Ribeiro. Na
vizinhança do Cabeça de Porco, surgia a ‘Favela’, apelido que seria dado ao morro da
Providência pelas tropas vindas de Canudos em 1897, as quais estacionaram ali e
acabaram denominando o local [com esse] nome por associação a plantas com favas,
comuns tanto no morro carioca quanto nas cercanias do arraial de Antônio Conselheiro, o
Belo Monte”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GARCEZ, P. C. G. Habitação e vizinhança:
limites da privacidade no surgimento das metrópoles brasileiras. In: SEVCENKO, Nicolau. História da Vida Privada no Brasil,
v. 3. Organização Fernando A. Novais. São Paulo: Cia. Das Letras, 1998, p. 141.
As mudanças ocorridas no final do século XIX e início do século XX na então capital do
Brasil, o Rio de Janeiro, alçaram o país à modernização. Houve um verdadeiro “bota
abaixo” dos casebres e cortiços da área central da cidade e, em seu lugar, foram
construídas amplas avenidas, ou bulevares ao estilo parisiense. Os pobres foram
empurrados para a periferia fazendo surgir as favelas cariocas. No interior do Brasil a
miséria e a exploração rural, assim como o voto a cabresto, mostravam as mazelasde um
país desigual. Esse cenário atravessou temas e estilos da literatura brasileira desse período
entressecular. De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base Literatura
Brasileira, a produção literária brasileira que antecipa o movimento modernista da década
de 1920, marcada por uma produção de transição e consolidação do sistema literário
brasileiro, ficou conhecida como:
A Arcadismo, marcado pela produção antibarroca de Tomás Antônio Gonzaga.
B Romantismo, alicerçado na produção de José de Alencar.
C Romantismo, marcado pela figuração e valorização do índio brasileiro.
D Realismo pela transição de uma literatura influenciada pelos padrões europeus a
uma literatura de caráter e convenções nacionais.
E Pré-modernismo, marcado por autores como Euclides da Cunha, que supera uma
visão inicial determinista dos fatos e passa a problematizar aspectos da realidade.
Você assinalou essa alternativa (E)
Questão 6/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir:
“O pré-modernismo foi uma questão mal resolvida. O termo pré-modernismo foi criado por
Alceu de Amoroso Lima, na Contribuição à história do modernismo [...] para referir-se à
produção literária do primeiro vintênio do século XX. A definição e a delimitação mais
precisa do termo seria, entretanto, empreendida por Alfredo Bosi (1966), já na década de
1960, ao apontar os dois sentidos possíveis para a interpretação da literatura do período: 1.
“dando ao prefixo ‘pré’ uma conotação meramente temporal de anterioridade’ 2. ‘dando ao
mesmo elemento um sentido forte de precedência temática e formal em relação à literatura
modernista’”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: LEITE, Sylvia H. T. de A. O
pré-modernismo em São Paulo. Revista de Letras, v. 35, pp. 167-184, 1995, p. 167.
O pré-modernismo abrangeu um período literário compreendido entre 1902 e 1922. Nessa
fase de transição coexistiram tendências opostas. Em grande medida, a literatura deu
ênfase às questões da realidade nacional, com preocupações socioculturais. Considerando
o fragmento de texto acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, relacione os
autores pré-modernistas abaixo às suas respectivas obras:
1) Lima Barreto
2) Euclides da Cunha
3) Monteiro Lobato
4) Graça Aranha
( ) Clara dos Anjos
( ) Canaã
( ) Os sertões
( ) Urupês
Agora, marque a sequência correta:
A 1, 2, 3, 4
B 1, 4, 2, 3
Você assinalou essa alternativa (B)
C 2, 3, 4, 1
D 3, 2, 4, 1
E 3, 1, 2, 4
Questão 7/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir:
“A grande noite do poeta seria, porém, a de 7 de setembro de 1868, quando recitou, com
voz vibrante e, mais do que nunca, arrebatado de emoção, ‘Tragédia no mar’, que depois
tomaria o nome de ‘O navio negreiro’. [...] O poema foi escrito para ser recitado em voz alta.
[...] E é em voz alta que esse poema em seis movimentos, cada um deles a pedir uma
inflexão diferente, trabalha em nós e nos comove e nos revolta”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: SILVA, Alberto Costa e. Castro Alves.
São Paulo: Cia. das Letras, 2006, p. 98 (Coleção Perfis Brasileiros).
E leia um fragmento de “O Navio Negreiro”:
‘Stamos em pleno mar… Doudo no espaço
Brinca o luar – dourada borboleta;
E as vagas após ele correm… cansam
Como turba de infantes inquieta.
‘Stamos em pleno mar… Do firmamento
Os astros saltam como espumas de ouro…
O mar em troca acende as ardentias,
– Constelações do líquido tesouro…
..........................................................”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALVES, C. O navio negreiro. In: RAMOS,
F. J. S. da. Grandes poetas românticos do Brasil. São Paulo: LEP, 1952, p. 795.
Conhecido como poeta dos escravos, porque defendia a abolição da escravidão, Castro
Alves difundiu seus versos em teatros, nas ruas e em salões literários ou íntimos. Suas
apresentações provocavam forte impacto nos auditórios por que passava. Considerando os
fragmentos de texto, o poema acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira,
sobre a poesia de Castro Alves é correto afirmar que:
A a obra de Castro Alves se desenvolveu por um grande período, e dividiu-se em
três fases: amorosa, sacra e satírica.
B o grande traço de sua poesia é o desalento, que transparece nos poemas em que
critica a escravidão.
C seus versos apresentam uma visão pessimista do futuro, o que explica a dureza e
rigidez de seus versos.
D a eloquência é o ponto forte de seu estilo, que expressa o entusiasmo com que via
a experiência humana e a natureza.
Você assinalou essa alternativa (D)
E inconformado com a escravidão, Castro Alves escreveu uma obra melancólica,
que o inseriu na segunda geração romântica.
Questão 8/10 - Literatura Brasileira
Leia o texto abaixo:
“Há duas espécies de artistas. Uma composta dos que veem normalmente as coisas e, em
consequência, fazem arte pura, guardados os eternos ritmos da vida, e adotados, para a
concretização das emoções estéticas, os processos clássicos dos grandes mestres. [...] A
outra espécie é formada dos que veem anormalmente a natureza e a interpretam à luz das
teorias efêmeras, sob a sugestão estrábica das escolas rebeldes, surgidas cá e lá como
furúnculos da cultura excessiva”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALAMBERT, F. A semana de 22. A
aventura modernista no Brasil. São Paulo: Scipione, 1992.
Esse texto é um marco da crítica ao movimento modernista. Nele o autor faz a crítica da
exposição da pintora Anita Malfatti, em 1917. Embora reconheça o talento da pintora, critica
sua adesão aos estilos da pintura de vanguarda europeia, julgando serem formas
passageiras, que não teriam espaço nem continuidade no campo das artes visuais.
Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, esse
texto e seu autor são, respectivamente:
A Aspectos da Literatura Brasileira - Mário de Andrade
B Manifesto Antropofágico - Oswald de Andrade
C Canaã - Graça Aranha
D Instinto de Nacionalidade - Machado de Assis
E Paranoia ou Mistificação - Monteiro Lobato
Você assinalou essa alternativa (E)
Questão 9/10 - Literatura Brasileira
“A Praça da Alegria apresentava um ar fúnebre. De um casebre miserável, de porta e
janela, ouviam-se gemer os armadores enferrujados de uma rede e uma voz tísica e
aflautada de mulher, cantar em falsete a ‘gentil Carolina era bela’, doutro lado da praça,
uma preta velha, vergada por imenso tabuleiro de madeira, sujo, seboso, cheio de sangue e
coberto por uma nuvem de moscas, apregoava em tom muito arrastado e melancólico:
‘Fígado, rins e coração!’. Era uma vendedora de fatos de boi. As crianças nuas, com as
perninhas tortas pelo costume de cavalgar as ilhargas maternas, as cabeças avermelhadas
pelo sol, a pele crestada os ventrezinhos amarelentos e crescidos, corriam e guinchavam,
empinando papagaios de papel. Um ou outro branco, levado pela necessidade de sair,
atravessava a rua, suado vermelho afogueado, à sombra de um enorme chapéu-de-sol. Os
cães, estendidos pelas calçadas, tinham uivos que pareciam gemidos humanos,
movimentos irascíveis, mordiam o ar querendo morder os mosquitos. Ao longe, para as
bandas de São Pantaleão, ouvia-se apregoar: ‘Arroz de Veneza! Mangas! Macajubas!’ Às
esquinas, nas quitandas vazias, fermentava um cheiro acre de sabão da terra e
aguardente”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: AZEVEDO, A. de. O mulato. Domínio
Público, p. 2. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/ua00023a.pdf>. Acesso em: 12 jul. 2017.
A passagem acima reproduz parte do segundo parágrafo do romance O mulato, de Aluísio
de Azevedo. Publicado no mesmo ano da edição em livro de Memórias póstumas de Brás
Cubas, em 1881, foi um sucesso de público. Ligado à estética realista-naturalista no Brasil,
no trecho acima é possível perceber algumas das características centraisdessa escola,
características que criam efeitos de objetividade e realismo buscados por essa escola
literária. Considerando a passagem acima e os conteúdos do livro-base Literatura
Brasileira, entre as características da estética realista-naturalista que ajudam a criar o
efeito de objetividade e realismo temos:
A a descrição e a redução das peripécias.
Você assinalou essa alternativa (A)
B a narração e grande número de peripécias.
C o narrador intruso e a digressão.
D grande número de peripécias e a descrição.
E redução das peripécias e fluxo de consciência.
Questão 10/10 - Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir:
“D. Glória não conhecia S. Bernardo, e essa ignorância me ofendeu, porque para mim S.
Bernardo era o lugar mais importante do mundo.
— Uma boa fazenda! Não há lá essa água podre que se bebe por aí. Lama. Não senhora,
há conforto, há higiene.
Glória retificou a espinha, ergueu a voz e desfez o ar apoucado:
— Não me dou. Nasci na cidade, criei-me na cidade. Saindo daí, sou como peixe fora da
água. Tanto que estive cavando transferência para um grupo na capital. Mas é preciso muito
pistolão. Promessas...
— Ah! É professora?
— Não. Professora é minha sobrinha.
— Aquela moça que estava com a senhora em casa do dr. Magalhães?
— Sim.
— E como é a graça de sua sobrinha, d. Glória?
— Madalena. Veja o senhor. Fez um curso brilhante...
[...]
Essa conversa, é claro, não saiu de cabo a rabo como está no papel. Houve suspensões,
repetições, mal-entendidos, incongruências, naturais quando a gente fala sem pensar que
aquilo vai ser lido. Reproduzo o que julgo interessante. Suprimi diversas passagens,
modifiquei outras. [...] É o processo que adoto: extraio dos acontecimentos algumas
parcelas; o resto é bagaço”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: RAMOS, Graciliano. São Bernardo. Rio
de Janeiro: Record, p. 75-78.
Com o romance São Bernardo, de 1934, Graciliano Ramos consolidou o que se chamou de
“romance de 30”. Tendo como referência o fragmento acima, retirado da obra São Bernardo,
e sua leitura do livro-base Literatura Brasileira sobre o romance São Bernardo, leia as
sentenças abaixo:
I – Proprietário da fazenda São Bernardo, Paulo Honório é personagem e narrador do
romance. Narrando em primeira pessoa, Honório conta a história quando se encontra
solitário na fazenda.
II – No romance, Paulo Honorário conta a história de seu casamento com Madalena, o
suicídio dela e a decadência da fazenda.
III – O romance tem um narrador em terceira pessoa, onisciente, que mostra ao leitor o que
se passa com Paulo Honório e, ao mesmo tempo, as expectativas de Madalena sobre o
casamento.
IV - O romance pode ser compreendido como uma crítica ao capitalismo. Paulo Honório, por
exemplo, em vários momentos sobrepõe seus interesses pessoais e financeiros aos de
camaradagem e sentimentos afetivos.
Estão corretas apenas as afirmativas:
A I e II.
B II e III.
C I, II e IV.
Você assinalou essa alternativa (C)
D I, III e IV.
E I e III.

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