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APOL 2 - HISTÓRIA DA LITERATURA E LIERATURA BRASILEIRA - GABARITOS DAS 5 TENTATIVAS

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HISTÓRIA DA LITERATURA E LIERATURA BRASILEIRA
APOL 2 - GABARITOS DAS 5 TENTATIVAS 
Disciplina(s):
História da Literatura e Literatura Brasileira
Questão 1/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Ainda que Plauto tenha sido muito lido e encenado ao longo dos séculos, ele ainda não é muito conhecido entre nós. No entanto, seus admiradores, reescritores, adaptadores, encenadores e tradutores não analisados neste livro incluem Shakespeare [cuja Comédia dos Erros é uma ampliação multicômica dos Mecnemos, de Plauto), Descartes [...], Hobbes [‘o homem é o lobo do homem’ é citação de Plauto [...]), Lessing [...], Ariano Suassuna [cuja magnífica peça O santo e a porca é uma adaptação-reescrita da Aulularia, de Plauto), entre tantos outros”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GONÇALVES, Rodrigo T. Prefácio. In: _______ (org.) A comédia e seus duplos: o Anfitrião, de Plauto. Curitiba: Kötter Editorial; Cotia: Ateliê, 2017, p. 8.
Plauto teve muitos admiradores entre os escritores de tradição ocidental. Várias de suas peças foram adaptadas e reescritas. Isso se deve a algumas características importantes de sua obra. Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base História da Literatura Ocidental sobre as características da obra de Plauto, leia as afirmativas a seguir:
I. Plauto produziu uma obra popular que soube agradar e fazer rir o público em geral.
II. O dramaturgo empregou uma linguagem rebuscada, voltada para os literatos e a elite romana.
III. Grande encenador, Plauto criou intrigas e complicações tão bem urdidas que renderam inúmeras adaptações.
IV. Suas peças enalteciam os feitos dos deuses e ridicularizavam os homens, meros escravos da vontade divina. 
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	I e III
Você acertou!
As afirmativas I e III estão corretas porque Plauto de fato produziu uma obra popular que atingiu um grande e variado público. Uma das razões disso estava no seu talento de criador de boas intrigas: “[...] O seu teatro ‘é popular; quer fazer rir as massas, e consegue o seu fim, porque Plauto é um sabidíssimo profissional da cena, o criador de todas as intrigas e complicações burlescas para todos os tempos: um gênio do palco’” (livro-base, p. 84, 85) e “A obra de Plauto inspirou muitos outros escritores, entre eles os prestigiados dramaturgos Shakespeare [...] e Molière [...]” (p. 85). As afirmativas II e IV estão erradas porque Plauto não empregou uma linguagem rebuscada e não elogiou os deuses – tanto os criticou quanto os elogiou: “‘Fala a língua do povo, não a dos literatos, ao ponto de criar as maiores dificuldades aos nossos filólogos [...]’” (p. 85) e “Plauto foi acusado de zombar das divindades em muitas ocasiões, pois as figuras que o comediante criou podem muitas vezes ser equiparados a deuses – seja para elogiar, seja para escarnecer” (p. 85).
	
	B
	II e IV
	
	C
	I e II
	
	D
	I e IV
	
	E
	II e III
Questão 2/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a passagem a seguir: 
 “[...] e o rei Xariar continuou a se casar a cada noite com uma jovem filha de mercadores ou de gente do vulgo – com ela ficando uma só noite e em seguida mandando matá-la ao amanhecer – até que as jovens escassearam as mães choraram, as mulheres se irritaram e os pais e as mães começaram a rogar pragas contra o rei, queixando-se ao criador dos céus e implorando ajuda àquele que ouve as vozes e atende às preces”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: Anônimo. Livro das Mil e uma Noites, v. 1, ramo sírio. Trad. Mamede Mustafá Jarouche. São Paulo: Globo, 2005, p. 49. 
O Livro das mil e uma noites é um clássico da literatura mundial. A obra é uma coletânea de histórias maravilhosas que foram produzidas e circularam por várias regiões de cultura árabe. A primeira vez que se ouviu falar no livro foi no século IX, mas boa parte dele foi escrita na segunda metade do século XIII. O que unifica os diversos contos de as Mil e uma noites é a narrativa de Xerazade. Considerando a passagem citada e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, a estratégia de Xerazade na história é:
Nota: 10.0
	
	A
	contar histórias para aguçar a curiosidade do rei e interrompê-las ao amanhecer para continuá-las na noite seguinte.
Você acertou!
“O ponto em comum nas variadas versões reside no modo de organizar os contos, que são narrados por Xerazade, esposa do rei Xariar” (livro-base, p. 99). Xerazade tenta se livrar da fatalidade de ser morta na manhã seguinte, como as demais esposas do rei, mantendo sua curiosidade, contando diferentes histórias. Sua estratégia era contar parte da história, interrompendo-a de manhã, e continuá-la na noite seguinte (p. 99).
	
	B
	contar histórias para Xariar, seu pai, na esperança de que não fosse mandada a uma terra distante, para desposar o filho de um tirano.
	
	C
	livrar-se do ciúme do rei Xariar, contando-lhe histórias edificantes e com final feliz.
	
	D
	convencer o rei Xariar de que o melhor era deixá-la partir e ensinar a outros povos a tradição do Oriente.
	
	E
	ajudar o rei Xariar a escolher novas virgens para se casar. Nos intervalos em que ficava só, ela contava-lhe histórias.
Questão 3/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir 
“Pois o que realmente interessa é investigar como se formou aqui uma literatura, concebida menos como apoteose de cambucás e morubixabas, de sertanejos e cachoeiras, do que como manifestação dos grandes problemas do homem do Ocidente nas novas condições de existência. [...] Estas considerações sugerem alguns dos modos por que se teria processado o ajuste entre a tradição europeia e os estímulos locais, faltando mencionar que os padrões estéticos do momento – os do atualmente chamado Barroco – atuaram como ingrediente decisivo”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CANDIDO, A. Letras e ideias no período colonial. In: CANDIDO, A. Literatura e sociedade. 9. ed. Rio de Janeiro: Ouro sobre Azul, 2006, p. 99-101.
Segundo Antonio Candido, nos dois primeiros séculos da colonização do Brasil, a literatura brasileira elaborou duas características principais para ajustar as formas de expressão europeia à realidade colonial brasileira: a visão religiosa e a visão transfiguradora. Tendo como referência o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre as visões religiosa e transfiguradora, leia as sentenças a seguir, assinalando V para as verdadeiras e F paras as falsas.
I. ( ) A visão religiosa foi, ao mesmo tempo, diretriz ideológica e fundamento estético.
II. ( ) A empresa colonizadora tinha uma espécie de “unidade de intenção”, marcada pela propagação da fé cristã. Essas marcas podem ser identificadas na Carta de Caminha e na obra de José de Anchieta.
III. ( ) A visão transfiguradora é o resultado do espanto ante as novidades da terra. O mundo desconhecido e novo levou o homem europeu a criar, no plano literário, modos de expressar esse lugar desconhecido.
IV. ( ) A visão religiosa elabora, no plano literário, uma apoteose da realidade colonial, calcada na hipérbole, na metáfora, no símile, que tende a uma alegoria do mundo natural.
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V– F– V– V
	
	B
	F– V– V– V
	
	C
	V– V– V– F
Você acertou!
As afirmativas I, II e III são verdadeiras, pois de fato a visão religiosa foi matriz ideológica e estética da literatura que se fazia aqui; que o fator de unidade ideológica da colonização era a expansão da fé cristã; e a visão transfiguradora resultava do espanto em face das novidades encontradas em terras brasileiras. A afirmativa IV é falsa, pois a capacidade de criar uma apoteose da realidade, criando um alegorização do mundo natural se dá dentro do que Candido definiu como visão transfiguradora e não visão religiosa. Podemos identificar essas características no exemplo oferecido pelo crítico sobre o abacaxi:“Lembremos apenas o caso do mundo vegetal, primeiro descrito, depois retocado, finalmente alçado à metáfora. Se em Gabriel Soares de Sousa (1587) o abacaxi é fruta, nas Notícias curiosas e necessárias das cousas do Brasil (1668), de Simão de Vasconcelos, é fruta real, coroada e soberana; e nas Frutas do Brasil (1702), de frei Antônio do Rosário, a alegoria se eleva ao simbolismo moral, pois a régia polpa é doce às línguas sadias, mas mortifica as machucadas – isto é, galardoa a virtude e castiga o pecado” (livro-base, p. 31-34).
	
	D
	F– V– F– V
	
	E
	F– F– V– V
Questão 4/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a citação a seguir:
“‘Guiomar tivera humilde nascimento; era filha de um empregado subalterno não sei de que repartição do Estado, homem probo, que morreu quando ela contava apenas sete anos, legando à viúva o cuidado de a educar e manter. A viúva era mulher enérgica e resoluta, enxugou as lágrimas com a manga do modesto vestido, olhou de frente para a situação e determinou-se à luta e à vitória’.
A madrinha de Guiomar não lhe faltou naquele duro transe, e olhou por elas, como entendia que era seu dever. A solicitude, porém, não foi tão constante a princípio como veio a ser depois; outros cuidados de família lhe chamavam a atenção”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ASSIS, Machado de. A mão e a luva. In: ASSIS, Machado de A. Romances I. Rio de Janeiro: Garnier, 1993. p. 46. 
O trecho de A mão e a luva, romance da primeira fase de Machado de Assis, já encontrava um sistema literário razoavelmente consolidado no país. O escritor carioca representa o marco desse processo. Livrarias, imprensa e crítica possibilitavam a recepção e a institucionalização da literatura nacional, de obras como esta de Machado, por exemplo. Símbolo deste movimento sociocultural é a criação da Academia Brasileira de Letras, da qual Machado foi o primeiro presidente. Considerando a citação acima e os conteúdos abordados no livro-base Literatura Brasileira sobre a obra de Machado de Assis, leia as sentenças abaixo: 
I – A obra de Machado de Assis é um dos grandes momentos de síntese da literatura brasileira. Comparecem na obra machadiana as contribuições, por exemplo, de José de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo.
II – Machado de Assis, ao consolidar o sistema literário, teve a oportunidade histórica de aprofundar a literatura ao explorar os problemas humanos universais a partir da realidade brasileira.
III – Do ponto de vista formal, há uma intricada elaboração da linguagem literária, em que os não ditos, as ambiguidades, as afirmativas enviesadas e a operação com as técnicas literárias – o foco narrativo, em especial – desempenham papel fundamental.
IV – Machado elabora uma obra que tem em vista questões que se relacionam apenas à realidade brasileira e que, por isso, não podem ser compreendidas e apreciadas como questões universais.
V – Um dos temas centrais da obra machadiana é o destino da população pobre e livre, que tem uma inserção social precária no século XIX.
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 10.0
	
	A
	I, II e III
	
	B
	II e III
	
	C
	I, II, III e V
Você acertou!
As afirmativas I, II, III e V está corretas porque Machado elaborou o que se chamou de síntese da literatura brasileira ao incorporar em sua obra traços de estilo, conteúdo e forma de seus antecessores; ao mesmo tempo o escritor carioca pôde aprofundar e ampliar os temas literários em sua obra, uma vez que as questões de formação, ainda que não resolvidas, já estavam assentadas; seu estilo está marcado por sofisticada elaboração da linguagem e da narrativa, em especial no que diz respeito ao emprego da ambiguidade, da ironia e do uso especioso do narrador; e na primeira fase de sua obra tratou da população remediada do XIX, ou seja, a população livre mas pobre, como é o caso de Guiomar, presente na citação da questão. A afirmativa IV está incorreta porque Machado elabora uma obra que tem em vista questões que transcendem a realidade brasileira, sem abrir mão dessa mesma realidade, inscrevendo-a nas questões universais (livro-base, p. 114-116).
	
	D
	III, IV e V
	
	E
	II, III, IV e V
Questão 5/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“A literatura foi considerada parcela dum esforço construtivo mais amplo, denotando o intuito de contribuir para a grandeza da nação. Manteve-se durante todo o Romantismo este senso de dever patriótico, que levava os escritores não apenas a cantar a sua terra, mas a considerar as suas obras como contribuição ao progresso”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CANDIDO, A. Formação da literatura brasileira: momentos decisivos. São Paulo: Martins, 1959. p. 10.
No trecho acima, Antonio Candido define alguns aspectos sobre uma maior delimitação do papel do escritor após a Independência do Brasil. Considerando o fragmento acima e o livro-base Literatura Brasileira, sobre o papel que o escritor brasileiro assume nesse período, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	era o de propagar as belezas da terra portuguesa como um conforto necessário aos lusitanos que aqui permaneceram.
	
	B
	era o de se tornar um agente ativo no campo cultural para a consolidação da pátria ao promover a independência literária.
Você acertou!
“O escritor é, nesse momento histórico, um agente ativo que, no campo cultural, busca participar da consolidação da pátria ao promover a independência literária do Brasil. Aliás, o sentimento patriótico que toma conta do país recém-independente foi a diretriz ideológica que uniu todos na aspiração de criar uma pátria e uma literatura” (livro-base, p. 78).
	
	C
	era o de criar elegias para o imperador de modo a estimulá-lo a declarar a independência.
	
	D
	era o de promover os ideais revolucionários populares, sobretudo o dos escravos, afim de conquistar a abolição da escravidão.
	
	E
	era garantir os ideais patrióticos, promover a ordem e o progresso e celebrar os êxitos do novo governo.
Questão 6/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir 
“De noite, no dia seguinte, em toda aquela semana pensei o menos que pude nos cinco contos, e até confesso que os deixei muito quietinhos na gaveta da secretária. Gostava de falar de todas as coisas, menos de dinheiro, e principalmente de dinheiro achado; todavia não era crime achar dinheiro, era uma felicidade, um bom acaso, era talvez um lance da Providência. Não podia ser outra coisa. Não se perdem cinco contos, como se perde um lenço de tabaco. Cinco contos levam-se com trinta mil sentidos, apalpam-se a miúdo, não se lhes tiram os olhos de cima, nem as mãos, nem o pensamento, e para se perderem assim totalmente, numa praia, é necessário que... Crime é que não podia ser o achado; nem crime, nem desonra, nem nada que embaciasse o caráter de um homem. Era um achado, um acerto feliz, como a sorte grande, como as apostas de cavalo, como os ganhos de um jogo honesto e até direi que a minha felicidade era merecida, porque eu não me sentia mau, nem indigno dos benefícios da Providência. Nesse mesmo dia levei-os ao Banco do Brasil. Lá me receberam com muitas e delicadas alusões ao caso da meia dobra, cuja notícia andava já espalhada entre as pessoas do meu conhecimento; respondi enfadado que a coisa não valia a pena de tamanho estrondo; louvaram-me então a modéstia, — e porque eu me encolerizasse, replicaram-me que era simplesmente grande”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em:<http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000167.pdf>. Acesso em: 11 ago. 2017. 
O fragmento acima do romance Memórias Póstumas de Brás Cubas corresponde à noite posterior ao achado do embrulho contendo 5 mil réis. Brás Cubas encontra-o na praia e acaba ficando com ele, como se lê acima. Alguns capítulos atrás tinha acontecido algo semelhante: Cubas havia topado com uma moeda de ouro e a encaminhado ao delegado para que estea devolvesse ao dono. Mas os 5 mil réis, valor muito superior, ele não devolveu. No final do episódio fica com o dinheiro e com a fama de grande homem. Os fatos e a forma de contar esses episódios expressam a complexidade da narrativa machadiana. Essa passagem remete ao que Antonio Candido em “Esquema de Machado de Assis” diz da modernidade da obra machadiana. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre o romance de Machado, entre as técnicas machadianas que revelam sua modernidade, segundo Candido, está...
Nota: 10.0
	
	A
	a capacidade de mostrar ao leitor sem contradições ou ironia a realidade das relações sociais do Rio de Janeiro do século XIX, distinguindo claramente o protagonista de seu antagonista.
	
	B
	a habilidade em detalhar os ambientes e os espaços romanescos de modo a expressar como num inventário todas as particularidades da sociedade de seu tempo.
	
	C
	a capacidade em expressar coisas espantosas da forma mais suave possível, fazendo uso da ironia, de forma a fazer com que algo excepcional pareça normal e vice-versa.
Você acertou!
Segundo Antonio Candido, mencionado no livro-base, a técnica de Machado de Assis “consiste essencialmente em sugerir as coisas mais tremendas da maneira mais cândida (como os ironistas do século XVIII); ou em estabelecer um contraste entre a normalidade social dos fatos e a sua anormalidade essencial; ou em sugerir, sob aparência do contrário, que o ato excepcional é normal, e anormal seria o ato corriqueiro. Aí está o motivo da sua modernidade, apesar de seu arcaísmo de superfície” (livro-base, p. 114) As demais alternativas estão erradas porque a ironia está no centro da “poética” machadiana; porque a ideia de escrever de modo realista à semelhança de um inventário é contrária ao estilo de Machado, que usou essa mesma imagem (do inventário) para criticar o realismo de Eça de Queiroz; porque as características psicológicas das personagens de Machado não são elaboradas pelas teorias darwinistas ou deterministas que influenciaram escritores como Aluísio Azevedo, entre outros; porque apesar da vontade de elaborar uma literatura nacional não estivesse fora dos horizontes de Machado, ele jamais empregou linguagem transparente ou grandiloquente, uma vez que empregou a ironia.
	
	D
	a habilidade em elaborar a psicologia e os caracteres das personagens de acordo com as determinações do espaço e da raça às quais elas pertencem.
	
	E
	a vontade de elaborar uma literatura nacional por meio da criação de personagens alegóricos, expressos em uma linguagem transparente e grandiloquente.
Questão 7/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Só a antropofagia nos une. Socialmente. Economicamente. Filosoficamente.
Única lei do mundo. Expressão mascarada de todos os individualismos, de todos os coletivismos. De todas as religiões. De todos os tratados de paz.
Tupi, or not tupi that is the question.
Contra todas as catequeses. E contra a mãe dos Gracos.
Só me interessa o que não é meu. Lei do homem. Lei do antropófago.
Estamos fatigados de todos os maridos católicos suspeitos postos em drama. Freud acabou com o enigma mulher e com os sustos da psicologia impressa”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ANDRADE, Oswald. Manifesto Antropófago. Correio da Manhã, 18 de março de 1924 (ortografia atualizada)
Personalidade polêmica, Oswald de Andrade foi autor de vários manifestos. Os mais conhecidos e importantes são o Manifesto antropófago e o Manifesto pau-brasil. Nesses textos, ao mesmo tempo em que divulgam as ideias modernistas, eles estabelecem os planos e os marcos do modernismo brasileiro. Em grande medida, foi um dos principais responsáveis pela divulgação e concretização do início do modernismo. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, leia as sentenças a seguir, assinalando V para as afirmativas verdadeiras e F paras as afirmativas falsas.
I. ( ) O indígena, na antropofagia, submete-se aos padrões dos heróis de matriz europeia, a fim de legitimá-lo literariamente.
II. ( ) Ao defender um novo mito formador, Oswald retoma muitas discussões iniciadas no romantismo.
III. ( ) Oswald de Andrade propõe a inclusão da lábia brasileira, da malandragem, da língua coloquial na literatura nacional.
IV. ( ) A antropofagia nivela as vanguardas europeias, cujas diferenças são anuladas localmente, misturando-se todas em vista de um projeto de “desidealizar” a representação do Brasil. 
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	V – F – V – V
	
	B
	F – V – V – V
Você acertou!
As afirmativas II, III e IV são verdadeiras, porque Oswald retoma as discussões sobre a língua, por exemplo levantadas pelos românticos, que defendiam uma língua brasileira para representar as coisas locais (livro-base, p. 183); porque as manifestações culturais populares são importantes para o programa modernista, que busca incluir tudo que está “marginalizado em nossa vivência cultural” (livro-base, p. 184); porque as diferenças entre as vanguardas europeias, como entre o futurismo e o surrealismo, aqui eram como que apagadas em nome da afirmação da mistura e do projeto literário nacional (livro-base, p. 185). A afirmativa I é falsa porque a ideia do indígena conformado à matriz europeia é uma ideia romântica, alencariana, e não modernista (livro-base, p. 182).
	
	C
	V – V – V – F
	
	D
	F – V – F – V
	
	E
	F – F – V – V
Questão 8/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas.
Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo.
Como que se sentiam ainda na indolência de neblina as derradeiras notas da última guitarra da noite antecedente, dissolvendo-se à luz loura e tenra da aurora, que nem um suspiro de saudade perdido em terra alheia.
A roupa lavada, que ficara de véspera nos coradouros, umedecia o ar e punha-lhe um farto acre de sabão ordinário. As pedras do chão, esbranquiçadas no lugar da lavagem e em alguns pontos azuladas pelo anil, mostravam uma palidez grisalha e triste, feita de acumulações de espumas secas”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: AZEVEDO, Aloísio. São Paulo: Ática, 2011. (Série Bom Livro). p. 38.
Aluísio Azevedo foi um dos expoentes da estética naturalista no Brasil. Entre as especificidades dessa corrente literária estava o poder de fixar as personagens em tipos, a caracterização de homens e mulheres com aspectos animalescos. Azevedo empregando esses processos criou uma galeria de personagens marcantes que compuseram um grande painel social do país. De acordo com o texto acima e o livro-base Literatura Brasileira, sobre as características do romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	as cenas narradas têm poucos detalhes, as descrições são breves, são verdadeiros retratos ou quadros da situação.
	
	B
	os personagens recebem tratamento especial e são caracterizados a partir de sua densidade psicológica.
	
	C
	o grande personagem é o próprio cortiço, cujo ambiente, em grande medida, molda as personagens do romance.
Você acertou!
As alternativas a e b estão incorretas porque o romance é em boa parte composto por minuciosas descrições, as quais têm o papel de estabelecer o ambiente no qual as personagens vão derivar suas características, mais determinadas por aspectos naturais do que psicológicos. As alternativas d e e também estão erradas porque o Cortiço não apresenta um ambiente saudável e edificante, muito pelo contrário, tampouco faz uma apologia do país, algo mais próximo do que fizeram alguns escritores românticos. A alternativa c é a correta pois “o cortiço é apresentado de tal forma que surge diante dos olhos do leitor como mais uma personagem do romance. E, com efeito, o cortiço é talvez a principal personagemdo livro. As personagens estão, em certo sentido, condicionadas ao ambiente. O papel que a descrição cumpre em Azevedo revela talvez uma das principais qualidades de sua obra” (livro-base, p. 133-135).
	
	D
	segundo o determinismo da época, o homem deve ser retratado dentro de um ambiente saudável e edificante, como se lê no Cortiço.
	
	E
	o romance segue a concepção idílica e ufanista que busca descrever e engrandecer a grandeza econômica do país.
Questão 9/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Suas casacas, mais bem cortadas, pareciam feitas de um tecido mais macio e seus cabelos, puxados em caracóis em direção às têmporas, pareciam brilhar com uma pomada mais fina. Possuíam a tez da riqueza, aquela tez branca realçada pela palidez das porcelanas, pelo reflexo dos cetins, pelo verniz dos belos móveis e cuja saúde é mantida por um regime discreto de alimentos requintados. Seus pescoços movimentavam-se à vontade sobre suas gravatas baixas, suas longas suíças caíam sobre colarinhos voltados; enxugavam os lábios em lenços bordados com um grande monograma de onde saía um aroma suave”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FLAUBERT, Gustave. Madame Bovary. Trad. Fúlvia Moretto. São Paulo: Nova Alexandria, 2007, p. 58. 
O trecho citado de Madame Bovary compõe a cena da residência do Marquês d’Andervilles, o castelo de Vaubyessard. É a descrição dos jovens aristocratas presentes no baile do marquês. A cena é expressiva do estilo realista. Pode-se saber muito sobre as personagens pelos detalhes que são mostrados por um narrador quase invisível, como o monograma no lenço perfumado, denunciando o que havia neles de refinado, mas fútil. Considerando o trecho citado e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre o Realismo, é correto afirmar que:
Nota: 10.0
	
	A
	surgiu em meados do século XX e teve como representantes no Brasil Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Lúcio Cardoso.
	
	B
	prezava a subjetividade como forma de romper com a tradição e voltar-se contra as desigualdades sociais.
	
	C
	se notabilizou pela poesia, priorizando temas nacionais, o que vimos no Brasil nas obras de Gonçalves Dias e Castro Alves.
	
	D
	via nos símbolos e na fantasia a forma de chegar mais perto da realidade, como fizeram os poetas franceses Rimbaud e Verlaine.
	
	E
	valorizou o pensamento objetivo, interessou-se por fatos observáveis e procurou mostrar criticamente a sociedade burguesa.
Você acertou!
Emma Bovary é casada com um médico de província, um pequeno-burguês. A vida desse casal é apresentada ao leitor de forma crítica, corrosiva até. O trecho retirado do livro faz parte da atração de Emma pelo universo aristocrático, ao qual não pode aceder, e o qual irá aniquilá-la. Nesse sentido, esse romance realista atende às características dessa corrente, assim apresentada no livro-base: o realismo “[...] prima pelo pensamento objetivo e científico e pelo uso da razão. Surgiu na França, em 1857, com a publicação de Madame Bovary, de Gustave Flaubert [...]. [...] tem como característica o antirromantismo, o que significa ser antissubjetivo e adepto da objetividade [...]. Prefere uma busca da verdade universal e impessoal e o interesse por fatos observáveis [...] é um movimento que mostra de forma crítica a realidade do mundo capitalista e suas contradições” (livro-base, p. 226, 227, 228).
Questão 10/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto: 
“A obra literária de Antero, a poética e a em prosa, atesta de modo patente a contínua e dolorosa luta de um espírito a procurar-se, a dissecar-se e, contemporaneamente, a desintegrar-se pouco a pouco, até o aniquilamento final. A evolução do seu espírito, através dos marcos literários e filosóficos, testemunha de modo claro esse esvaziamento lento de suas forças de reação e de equilíbrio, até culminar num espesso ceticismo de profundas raízes, poderoso a ponto de o arrastar ao suicídio”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa. São Paulo: Cultrix, 1965, p. 262.
Pode-se perceber, pela citação, que a obra do poeta Antero de Quental sofreu constantes modificações. Considerando o texto e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, associe as fases da obra de Quental às suas respectivas características:
1.Primeira fase
2. Segunda fase
3. Terceira fase 
(  ) Irreverência
(  ) Pessimismo
(  ) Lirismo amoroso
(  ) Poesia realista de ação social
(  ) Poesia metafísica
(  ) Erotismo e religiosidade 
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 10.0
	
	A
	2 – 2 – 1 – 3 – 3 – 1
	
	B
	1 – 3 – 2 – 2 – 1 – 3
	
	C
	2 – 3 – 1 – 2 – 3 – 1
Você acertou!
Esta é a sequência correta porque “Antero de Quental [...] foi o líder intelectual da geração realista que deu início ao realismo em Portugal. [...] Sua poesia passa por três fases: 1) lirismo-amoroso, erotismo e religiosidade, cujas principais obras são Raio de extinta luz e Primaveras românticas; 2) poesia realista de ação social e irreverência, que pode ser exemplificada com Odes Modernas; 3) poesia metafísica, como em Sonetos, oposta à poesia do cotidiano de Cesário Verde [...] e que se caracteriza pela preocupação com questões filosóficas eternas do ser humano, uma visão pessimista” (livro-base, p. 241).
	
	D
	3 – 3 – 1 – 2 – 1 – 2
	
	E
	1 – 3 – 1 – 3 – 2 – 2
· 
1. Parte superior do formulário
Parte inferior do formulário
Questão 1/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas.
Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo.
Como que se sentiam ainda na indolência de neblina as derradeiras notas da última guitarra da noite antecedente, dissolvendo-se à luz loura e tenra da aurora, que nem um suspiro de saudade perdido em terra alheia.
A roupa lavada, que ficara de véspera nos coradouros, umedecia o ar e punha-lhe um farto acre de sabão ordinário. As pedras do chão, esbranquiçadas no lugar da lavagem e em alguns pontos azuladas pelo anil, mostravam uma palidez grisalha e triste, feita de acumulações de espumas secas”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: AZEVEDO, Aloísio. São Paulo: Ática, 2011. (Série Bom Livro). p. 38.
Aluísio Azevedo foi um dos expoentes da estética naturalista no Brasil. Entre as especificidades dessa corrente literária estava o poder de fixar as personagens em tipos, a caracterização de homens e mulheres com aspectos animalescos. Azevedo empregando esses processos criou uma galeria de personagens marcantes que compuseram um grande painel social do país. De acordo com o texto acima e o livro-base Literatura Brasileira, sobre as características do romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, é correto afirmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	as cenas narradas têm poucos detalhes, as descrições são breves, são verdadeiros retratos ou quadros da situação.
	
	B
	os personagens recebem tratamento especial e são caracterizados a partir de sua densidade psicológica.
	
	C
	o grande personagem é o próprio cortiço, cujo ambiente, em grande medida, molda as personagens do romance.
As alternativas a e b estão incorretas porque o romance é em boa parte composto por minuciosas descrições, as quais têm o papel de estabelecer o ambiente no qual as personagens vão derivar suas características, mais determinadas por aspectos naturais do que psicológicos. As alternativas d e e também estão erradas porque o Cortiço não apresenta um ambiente saudável e edificante, muito pelo contrário, tampouco faz uma apologia do país, algo mais próximo do que fizeram alguns escritores românticos. A alternativa c é a correta pois “o cortiço é apresentado de tal forma que surge diante dos olhos do leitor como mais uma personagem do romance. E, com efeito, o cortiço é talveza principal personagem do livro. As personagens estão, em certo sentido, condicionadas ao ambiente. O papel que a descrição cumpre em Azevedo revela talvez uma das principais qualidades de sua obra” (livro-base, p. 133-135).
	
	D
	segundo o determinismo da época, o homem deve ser retratado dentro de um ambiente saudável e edificante, como se lê no Cortiço.
	
	E
	o romance segue a concepção idílica e ufanista que busca descrever e engrandecer a grandeza econômica do país.
Questão 2/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a passagem a seguir: 
“Em literatura, os anos de 1930 a 1945 são os anos do reposicionamento ideológico e do novo compromisso, político e social, que substitui a euforia pan-estética do Modernismo inicial; e, ao mesmo tempo, a institucionalização, na prática literária individual de prosadores e poetas, das conquistas expressivas efetuadas pela primeira geração modernista”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed.  Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 521. 
Diferentemente do grupo homogêneo reunido em torno de uma mesma proposta como foram os modernistas de 1922, a segunda geração modernista gerou tendências distintas que resultaram em estilos marcantes de seus poetas e prosadores. Apesar das diferenças, elas são de algum modo herança das conquistas expressivas da primeira geração como se lê na passagem acima. Considerando a passagem e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, os dois livros considerados marcos iniciais da segunda geração são...
Nota: 0.0
	
	A
	A bagaceira, de José Américo de Almeida, e Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade.
A bagaceira, de José Américo de Almeida, considerado pelos historiadores como a primeira obra do chamado romance de 30 ou romance regionalista de 30, foi publicado em 1928, no mesmo ano que Macunaíma, obra-síntese do “modernismo heroico”. O livro de estreia de Carlos Drummond de Andrade (o qual, ainda que fortemente influenciado por Mário de Andrade, marca algumas tendências inequívocas de sua obra ao longo da década de 1940) é Alguma poesia, de 1930, ou seja, é contemporâneo de Libertinagem, de Bandeira. (Livro-base, p. 195, 196).
	
	B
	A bagaceira, de José Américo de Almeida, e Sapato florido, de Mário Quintana.
	
	C
	O quinze, de Rachel de Queiroz, e Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade.
	
	D
	O quinze, de Rachel de Queiroz, e Alguma poesia, de Carlos Drummond de Andrade.
	
	E
	Fogo morto, de José Lins do Rego, e Claro enigma, de Carlos Drummond de Andrade.
 
Questão 3/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia os versos a seguir: 
“- Ó filho de Peleo, coração flâmeo! Devo-te
Pôr a par de um lutuoso evento (antes jamais
tivesse acontecido!): Pátroclo está morto!
Em torno ao corpo nu, que Héctor, elmo-faiscante,
Espoliou, lutam". Disse. E a dor, nuvem escura,
eclipsou o herói. [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: HOMERO. Ilíada. Trad. Haroldo de Campos. São Paulo: Arx, 2002, p. 231.
A passagem, citada de um dos poemas épicos escritos supostamente por Homero no século VIII a.C, narra a morte de Pátroclo, episódio decisivo dessa narrativa. Considerando esses versos e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, assinale a alternativa que apresenta corretamente o título desse épico e a síntese de sua história:
Nota: 0.0
	
	A
	Trata-se da Odisseia, livro que narra as aventuras de Ulisses durante o retorno a sua casa, a ilha de Ítaca.
	
	B
	É a Eneida, epopeia que narra a fuga de Eneias, de Tróia, até a sua chegada à Itália, onde funda Roma.
	
	C
	Trata-se da Odisseia, narrativa que conta a ira de Aquiles e sua participação na guerra de Troia.
	
	D
	É a Ilíada, narrativa que conta a guerra de Troia – desencadeada pelo rapto de Helena – e a participação de Aquiles.
Trata-se da Ilíada, que narra a Guerra de Troia, conflagrada depois do rapto de Helena pelo troiano Páris. Aquiles é o grande guerreiro grego, que, inicialmente, recusa-se a participar da guerra, mas acaba participando depois da morte de Pátroclo por Heitor, o grande guerreiro troiano. Ele entra na luta e mata Heitor (livro-base, p. 54, 55).
	
	E
	É a Ilíada, obra que conta o duelo entre Ulisses e Heitor durante a guerra de Troia.
 
Questão 4/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a passagem de texto: 
“Reunindo condições pessoais e históricas propiciadoras do trabalho intelectual, Eça de Queirós tornou-se dos maiores prosadores em Língua Portuguesa, alcançando ser, na esteira de Garret, uma espécie de divisor de águas linguístico entre a tradição e a modernidade”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa. São Paulo: Cultrix, 1965, p. 279.
Considerando a passagem citada e os conteúdos o livro-base História da Literatura Universal, no que diz respeito às características da obra de Eça de Queirós, marque (V) para as afirmativas verdadeiras e (F) para as falsas:
I. ( ) Eça de Queiróz escreveu romances históricos que resgataram o período medieval português.
II. ( ) Na perspectiva temática, Eça de Queiróz faz críticas à monarquia, à Igreja e à classe burguesa.
III. ( ) A linguagem utilizada por Eça de Queiróz busca naturalidade e precisão, evitando o rebuscamento desnecessário.
IV. ( ) Em O primo Basílio, Eça de Queiróz demonstra um clara influência romântica, ao retratar uma história de amor entre dois primos. 
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	V – V – F – F
	
	B
	V – F – V – V
	
	C
	F – F – V – F
	
	D
	F – V – V – F
As afirmativas II e III são verdadeiras porque “Eça aderiu aos ideais realistas, passando a escrever contra a monarquia, a Igreja e a burguesia. Com linguagem original, rigorosa precisão e naturalidade, expôs o quadro político dos anos 1870” (livro-base, p. 242). As afirmativas I e IV são falsas, porque Eça não escreveu romances históricos assentados no período medieval, quem fez isso foi Alexandre Herculano; e, em O primo Basílio, inspirado em Madame Bovary, narra-se uma trama realista – não romântica – centrada no adultério de Luísa com seu primo Basílio, um ex-namorado de juventude (p. 242).
	
	E
	V – V – V – F
Questão 5/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Medeia – [...] De todos os seres que respiram e pensam, nós outras, as mulheres, somos as mais miseráveis. Precisamos primeiro comprar muito caro um marido, para depois termos nele um senhor absoluto da nossa pessoa, segundo flagelo ainda pior que o primeiro. [...] Para uma mulher abandonar o marido é escandaloso, repudiá-lo impossível. [...] O homem, dono do lar, sai para distrair-se de seu tédio junto de algum amigo ou de pessoas de sua idade; mas nós, é preciso não termos olhos a não ser para eles [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: EURÍPIDES. Medeia. In: ÉSQUILO; SÓFOCLES; EURÍPIDES. Prometeu acorrentado; Édipo Rei; Medeia. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 171.
Autor de tragédias gregas, Eurípides levou para o palco situações ligadas ao dia a dia da sociedade grega e à condição da mulher. Entre suas maiores criações estão as personagens femininas, como Medeia. Considerando o fragmento citado e o livro-base História da Literatura Universal, o tema central da tragédia Medeia é...
Nota: 0.0
	
	A
	a mulher que procura se vingar da cidade de Atenas por ciúmes.
	
	B
	a mãe que mata os próprios filhos por ciúmes e ódio ao marido.
Esta é a alternativa correta porque Eurípedes “escreveu por volta de 100 peças, tornou-se mais popular que Ésquilo e Sófocles e teve os enredos de suas tragédias aproveitados por dramaturgos posteriores [...]. Sua versão do mito de Medeia, a história da mãe que mata os próprios filhos por ciúmes, emocionou os gregos e é encenada até hoje” (livro-base, p. 69, 70).
	
	C
	a escrava que se rebela contraa sua condição de opressão.
	
	D
	a mãe que superprotege os filhos em suas aventuras.
	
	E
	a mãe que chora a morte dos filhos na guerra.
Questão 6/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Licenciado em Medicina na capital brasileira (1832), [...] estreara nas letras com um volume de Poesias (rio de janeiro, 1832) de nítido cunho neoclássico. Mas a viagem à Europa (1833-1837), imprescindível coroamento de todo itinerário acadêmico, pusera-o, em Paris, diante da nova realidade literária encarnada pelo Romantismo. Daí tinham saído por um lado, o manifesto programático, isto é, a revista Niterói, publicada na capital francesa, em 1836, por um grupinho de jovens intelectuais brasileiros que haviam feito [dele] seu líder”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: STEGAGNO-PICCHIO, Lucia História da literatura brasileira. 2. ed.  Rio de Janeiro: Nova Aguilar/Lacerda Editores, 2004, p. 164.
As ideias românticas começaram a circular no Brasil recém-independente graças às vozes de intelectuais e poetas radicados, boa parte deles, em Paris. Foram as atividades desses homens que marcaram o início do Romantismo no Brasil. Considerando o fragmento acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira, é considerada como marco inicial do romantismo no Brasil a publicação do livro:
Nota: 0.0
	
	A
	Iracema, de José de Alencar.
	
	B
	Suspiros poéticos e saudades, de Gonçalves de Magalhães.
É considerada como marco inicial do romantismo no Brasil a publicação do livro Suspiros poéticos e saudades (1836), de Gonçalves de Magalhães (1811-1882). (Livro-base, p. 78). As outras obras, com exceção de O Ateneu, pertencem a fases posteriores do romantismo (Macário – 1852; Iracema – 1865; Canção do Exílio – 1846). O livro de Raul Pompeia inclui-se entre o que se chama de romance psicológico (livro-base, p 132).
	
	C
	Canção do exílio, de Gonçalves Dias.
	
	D
	O Ateneu, de Raul Pompeia.
	
	E
	Macário, de Álvares de Azevedo.
 
Questão 7/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia os versos a seguir: 
“Canto I 
No meio do caminho desta vida
me vi perdido numa selva escura,
solitário, sem sol e sem saída
 
Ah, como armar no ar uma figura
dessa selva selvagem, dura, forte,
que, só de eu a pensar, me desfigura?
 
É quase tão amargo como a morte;
mas para expor o bem que eu encontrei,
outros dados darei da minha sorte.
 
Não me recordo ao certo como entrei,
tomado de uma sonolência estranha,
quando a vera vereda abandonei.
.................................................................”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALIGHIERI, Dante. Canto I – Inferno. Divina Comédia. Trad. Augusto de Campos.  In: CAMPOS, A. Invenção. São Paulo: Arx, 2003, p.193.
No trecho, estão reproduzidos os primeiros versos da Divina Comédia, escrita no século XIV, por Dante Alighieri. Essa obra marca um período decisivo de mudanças na Europa. Considerando os versos citados e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, entre as mudanças que surgem nesse período, estão:
Nota: 0.0
	
	A
	a descoberta das Américas, o início da acumulação do capital e a consolidação do Renascimento.
	
	B
	a ascensão de Carlos Magno, o incentivo às produções intelectuais e a redação da Canção de Rolando.
	
	C
	a consolidação das colônias americanas, o surgimento da prensa tipográfica e a redação d’ Os Lusíadas, de Luís de Camões.
	
	D
	o declínio da Idade Média, a urbanização de várias regiões da Europa e o início da retomada dos ideais da cultura greco-romana.
O século XIV é um período em que as cidades começam a crescer (urbanização), o que muda o ritmo da vida europeia drasticamente. O regime feudal centrado na figura de um senhor controlando seu feudo e seus servos começa a desaparecer, dando lugar as cidades-Estado, como Florença, Veneza, na Itália, ou Flandres e Antuérpia, na Holanda. Os motivos ligados às canções de gesta vão dando lugar a temas mais centrados no homem como é o caso da Divina Comédia, em que a personagem central, alter ego do autor, se vê às voltas com a sua condição de pecador a qual por sua vez se vincula a suas escolhas, a seu livre-arbítrio, já apontando para o Humanismo, que viria um século depois. Para tanto, as obras do período começam a recuperar temas da Antiguidade greco-romana, como é o caso da obra de Dante, em que transitam figuras, seres e entidades do mundo antigo pagão e do mundo cristão. “Os acontecimentos históricos que se desdobram entre os séculos XI e XIV contribuíram para tornar a existência mais complexa. A urbanização promovida pela decadência do regime feudal e o surgimento dos comerciantes [...] fez com que surgissem aglomerações urbanas. [...] Todos esses acontecimentos trouxeram reflexos na produção literária com o declínio da Idade Média [na qual] já se podem antever as características que serão desenvolvidas no renascimento, como a retomada de ideais da cultura greco-romana” (livro-base, p. 105-106).
	
	E
	a expansão do império inglês, a industrialização e o surgimento do romance realista.
 
Questão 8/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a citação a seguir:
“‘Guiomar tivera humilde nascimento; era filha de um empregado subalterno não sei de que repartição do Estado, homem probo, que morreu quando ela contava apenas sete anos, legando à viúva o cuidado de a educar e manter. A viúva era mulher enérgica e resoluta, enxugou as lágrimas com a manga do modesto vestido, olhou de frente para a situação e determinou-se à luta e à vitória’.
A madrinha de Guiomar não lhe faltou naquele duro transe, e olhou por elas, como entendia que era seu dever. A solicitude, porém, não foi tão constante a princípio como veio a ser depois; outros cuidados de família lhe chamavam a atenção”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ASSIS, Machado de. A mão e a luva. In: ASSIS, Machado de A. Romances I. Rio de Janeiro: Garnier, 1993. p. 46. 
O trecho de A mão e a luva, romance da primeira fase de Machado de Assis, já encontrava um sistema literário razoavelmente consolidado no país. O escritor carioca representa o marco desse processo. Livrarias, imprensa e crítica possibilitavam a recepção e a institucionalização da literatura nacional, de obras como esta de Machado, por exemplo. Símbolo deste movimento sociocultural é a criação da Academia Brasileira de Letras, da qual Machado foi o primeiro presidente. Considerando a citação acima e os conteúdos abordados no livro-base Literatura Brasileira sobre a obra de Machado de Assis, leia as sentenças abaixo: 
I – A obra de Machado de Assis é um dos grandes momentos de síntese da literatura brasileira. Comparecem na obra machadiana as contribuições, por exemplo, de José de Alencar e Joaquim Manuel de Macedo.
II – Machado de Assis, ao consolidar o sistema literário, teve a oportunidade histórica de aprofundar a literatura ao explorar os problemas humanos universais a partir da realidade brasileira.
III – Do ponto de vista formal, há uma intricada elaboração da linguagem literária, em que os não ditos, as ambiguidades, as afirmativas enviesadas e a operação com as técnicas literárias – o foco narrativo, em especial – desempenham papel fundamental.
IV – Machado elabora uma obra que tem em vista questões que se relacionam apenas à realidade brasileira e que, por isso, não podem ser compreendidas e apreciadas como questões universais.
V – Um dos temas centrais da obra machadiana é o destino da população pobre e livre, que tem uma inserção social precária no século XIX.
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 0.0
	
	A
	I, II e III
	
	B
	II e III
	
	C
	I, II, III e V
As afirmativas I, II, III e V está corretas porque Machado elaborou o que se chamou de síntese da literatura brasileira ao incorporar em sua obra traços de estilo, conteúdo e forma de seus antecessores; ao mesmo tempo o escritor carioca pôde aprofundar e ampliar os temas literários em suaobra, uma vez que as questões de formação, ainda que não resolvidas, já estavam assentadas; seu estilo está marcado por sofisticada elaboração da linguagem e da narrativa, em especial no que diz respeito ao emprego da ambiguidade, da ironia e do uso especioso do narrador; e na primeira fase de sua obra tratou da população remediada do XIX, ou seja, a população livre mas pobre, como é o caso de Guiomar, presente na citação da questão. A afirmativa IV está incorreta porque Machado elabora uma obra que tem em vista questões que transcendem a realidade brasileira, sem abrir mão dessa mesma realidade, inscrevendo-a nas questões universais (livro-base, p. 114-116).
	
	D
	III, IV e V
	
	E
	II, III, IV e V
Questão 9/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto abaixo: 
“O convés, tanto na coberta como na tolda, apresentava o aspecto de um acampamento nômade. A marinhagem, entorpecida pelo trabalho, caíra numa sonolência profunda, espalhada por ali ao relento, numa desordem geral de ciganos que não escolhem terreno para repousar. Pouco lhe importavam o chão úmido, as correntes de ar, as constipações, o beribéri. Embaixo era maior o atravancamento. Macas de lona suspensas em varais de ferro, umas sobre outras, encardidas como panos de cozinha, oscilavam à luz moribunda e macilenta das lanternas. Imagine-se o porão de um navio mercante carregado de miséria. No intervalo das peças, na meia escuridão dos recôncavos moviam-se os corpos seminus, indistintos. Respiravam um odor nauseabundo de cárcere, um cheiro acre de suor humano diluído em urina e alcatrão. Negros, de boca aberta, roncavam profundamente, contorcendo-se na inconsciência do sono. Viam-se torsos nus abraçando o convés, aspectos indecorosos que a luz evidenciava cruelmente”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CAMINHA, Adolfo. Bom crioulo. Domínio Público, p. 20. <http://www.dominiopublico.gov.br/download/texto/bn000052.pdf>. Acesso em: 28/07/2017. 
De acordo com os conteúdos abordados nas aulas e no livro-base Literatura Brasileira sobre o romance naturalista Bom crioulo (1898), de Adolfo Caminha (1867-1897), é correto afirmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	Além da temática homossexual, o romance denuncia os maus-tratos dispensados aos marinheiros engajados nas Forças Armadas Brasileiras.
Esta é a alternativa correta porque o tema central de Bom crioulo é a relação homossexual entre Aleixo e Amaro, protetor e protegido. Comprovando a tese naturalista de que o meio influencia na formação do caráter e dos comportamentos, Adolfo Caminha procura demonstrar que a forma com que os marinheiros se encontravam a bordo da corveta beneficiou os comportamentos de Aleixo e Amaro. Além disso, denuncia os castigos físicos sofridos pelos marinheiros, como as chibatadas. A maioria dos marinheiros era negra, escravos ou ex-escravos (Livro-base, p. 131). As demais alternativas referem-se a outros romances, como o Cortiço, ou mencionam temáticas, personagens ou espaços que não dizem respeito aos do romance de Adolfo Caminha, como a periferia de Recife, Maria das Hortaliças ou o cortiço.
	
	B
	o romance revela as condições precárias de certa parcela da população nordestina e o mundo violento, sem lei nem rei, do qual as personagens fazem parte.
	
	C
	o cortiço, onde se passa o romance, é apresentado de tal forma que surge diante dos olhos do leitor como mais uma personagem do romance.
	
	D
	o romance apresenta a mulher independente, caracterizada na figura de Maria das Hortaliças.
	
	E
	além da temática homossexual, o romance retrata os problemas da periferia do Recife e as viagens de trem pelo interior do país.
 
Questão 10/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a citação: 
“O domínio próprio da tragédia situa-se nessa zona fronteiriça onde os atos humanos vêm articular-se com as potências divinas, mas onde revelam seu verdadeiro sentido, ignorado até por aqueles que os praticam e por eles são responsáveis, inserindo-se numa ordem que ultrapassa o homem e a ele escapa”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: VERNANT, Jean-Pierre; VIDAL-NAQUET, Pierre. Mito e Tragédia na Grécia Antiga. São Paulo: Brasiliense, 1988. p. 17.
A citação de Jean Pierre Vernant e Pierre Vidal-Naquet comentam sobre o sentido da tragédia. Na Poética, Aristóteles descreve as características da tragédia, mencionando a catarse como um dos seus elementos centrais. Considerando a citação e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre a catarse, é correto afirmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	é o processo de alívio e purificação experimentado pelo público diante da punição da personagem que cometeu uma ação incorreta aos olhos dos deuses.
A tragédia para Aristóteles deve levar ao bem. Nesse sentido, a catarse ocorre no momento decisivo da tragédia em que uma personagem que violou uma lei divina, ainda que a desconheça, é punida, e tal punição é sentida como um alívio pelo público por não estar no lugar dela: “Quando o público se depara com as ações incorretas do vilão e o vê sendo castigado, ao se identificar com esse personagem, teme ser punido como ele, sente alívio por não estar em seu lugar e passa por um processo de purificação, que o faz querer imitar apenas as ações virtuosas do herói [...]” (livro-base, p. 52).
	
	B
	é o sentimento de satisfação em face da identificação do público com uma personagem virtuosa da tragédia, a qual segue estritamente as regras prescritas pelos deuses.
	
	C
	é o sentimento de ódio ao vilão da tragédia que cometeu uma ação considerada radicalmente estranha à cultura do público.
	
	D
	é a revolta do público pela condenação injusta sofrida pela personagem, sinalizando uma ruptura em relação às regras divinas.
	
	E
	é o amor que a personagem principal tem pelo vilão da tragédia, como ocorre com Medeia em relação a Jasão.
· 
 Questão 1/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Eram cinco horas da manhã e o cortiço acordava, abrindo, não os olhos, mas a sua infinidade de portas e janelas alinhadas.
Um acordar alegre e farto de quem dormiu de uma assentada sete horas de chumbo.
Como que se sentiam ainda na indolência de neblina as derradeiras notas da última guitarra da noite antecedente, dissolvendo-se à luz loura e tenra da aurora, que nem um suspiro de saudade perdido em terra alheia.
A roupa lavada, que ficara de véspera nos coradouros, umedecia o ar e punha-lhe um farto acre de sabão ordinário. As pedras do chão, esbranquiçadas no lugar da lavagem e em alguns pontos azuladas pelo anil, mostravam uma palidez grisalha e triste, feita de acumulações de espumas secas”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: AZEVEDO, Aloísio. São Paulo: Ática, 2011. (Série Bom Livro). p. 38.
Aluísio Azevedo foi um dos expoentes da estética naturalista no Brasil. Entre as especificidades dessa corrente literária estava o poder de fixar as personagens em tipos, a caracterização de homens e mulheres com aspectos animalescos. Azevedo empregando esses processos criou uma galeria de personagens marcantes que compuseram um grande painel social do país. De acordo com o texto acima e o livro-base Literatura Brasileira, sobre as características do romance O cortiço, de Aluísio Azevedo, é correto afirmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	as cenas narradas têm poucos detalhes, as descrições são breves, são verdadeiros retratos ou quadros da situação.
	
	B
	os personagens recebem tratamento especial e são caracterizados a partir de sua densidade psicológica.
	
	C
	o grande personagem é o próprio cortiço, cujo ambiente, em grande medida, molda as personagens do romance.
As alternativas a e b estão incorretas porque o romance é em boa parte composto por minuciosas descrições, as quais têm o papel de estabelecer o ambiente no qual as personagens vão derivar suas características, mais determinadas por aspectos naturais do que psicológicos. As alternativasd e e também estão erradas porque o Cortiço não apresenta um ambiente saudável e edificante, muito pelo contrário, tampouco faz uma apologia do país, algo mais próximo do que fizeram alguns escritores românticos. A alternativa c é a correta pois “o cortiço é apresentado de tal forma que surge diante dos olhos do leitor como mais uma personagem do romance. E, com efeito, o cortiço é talvez a principal personagem do livro. As personagens estão, em certo sentido, condicionadas ao ambiente. O papel que a descrição cumpre em Azevedo revela talvez uma das principais qualidades de sua obra” (livro-base, p. 133-135).
	
	D
	segundo o determinismo da época, o homem deve ser retratado dentro de um ambiente saudável e edificante, como se lê no Cortiço.
	
	E
	o romance segue a concepção idílica e ufanista que busca descrever e engrandecer a grandeza econômica do país.
Questão 2/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“[...] Deus disse: ‘Que a terra verdeje de verdura: ervas que deem semente e árvores frutíferas que deem sobre a terra, segundo sua espécie, frutos contendo sua semente’, e assim se fez. A terra produziu verdura: ervas que dão semente segundo sua espécie, árvores que dão, segundo sua espécie, frutos contendo sua semente, e Deus viu que isso era bom. Houve uma tarde e uma manhã: terceiro dia”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GORGULHO, G. da S.; STORNIOLO, I.; ANDERSON, A. F. (coordenadores). Gênesis. In: ______. A Bíblia de Jerusalém. Trad. Vários. Nova edição revista. São Paulo: Paulinas,1985, p.31, 32.
As narrativas consideradas inaugurais da história da literatura universal têm semelhanças de forma e conteúdo que as aproximam para além das diferenças contextuais que as geraram. Considerando o fragmento de texto citado e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre questões e temas comuns a essas obras, é correto afirmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	Os temas mais recorrentes eram os relativos aos tratados de etiqueta, ligados às cortes das cidades-Estado regidas por príncipes e afins.
	
	B
	As questões que aparecem em todos esses textos se ligam às perguntas sobre a constituição da literatura e dos gêneros literários.
	
	C
	A questão da autonomia da mulher em face da dominação patriarcal está presente nesses textos inaugurais.
	
	D
	Entre as questões centrais estavam as reflexões sobre a criação do mundo, do homem, do lugar de onde vem o homem ou para onde ele vai.
Textos como o Gilgamesh, O livro dos Mortos, o Velho Testamento, entre outros buscam responder a essas questões: “Pensando nessas obras tidas como inaugurais, uma das questões centrais, que inquietava os primeiros pensadores ou artistas, era a de compreender a criação do mundo ou saber quem somos nós e de onde viemos. Assim, as primeiras narrativas tinham como tema a criação do mundo e eram longos textos, provavelmente em versos [...] (livro base, p. 32). As demais alternativas estão erradas porque não eram temas comuns à discussão sobre a etiqueta da corte, debate que começou no Renascimento, com obras como O cortesão, entre outras; nem sobre os gêneros literários, ainda que haja passagens sobre a origem da linguagem, o poder das palavras, etc. A discussão inicial sobre gêneros se dará na esfera da filosofia, com Platão e Aristóteles; tampouco se discutem a autonomia da mulher, algo que só virá muito mais tarde, ainda que já na Antiguidade haja personagens femininas poderosas como Antígone e Medeia e até Xerazade, das Mil e uma noites; e muito menos os feitos de cavalaria, que são temas pertencentes à literatura medieval.
	
	E
	Os temas estavam ligados aos feitos dos heróis de cavalaria, cuja ênfase recaía nos valores como a honra, coragem e a fortaleza.
Questão 3/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Medeia – [...] De todos os seres que respiram e pensam, nós outras, as mulheres, somos as mais miseráveis. Precisamos primeiro comprar muito caro um marido, para depois termos nele um senhor absoluto da nossa pessoa, segundo flagelo ainda pior que o primeiro. [...] Para uma mulher abandonar o marido é escandaloso, repudiá-lo impossível. [...] O homem, dono do lar, sai para distrair-se de seu tédio junto de algum amigo ou de pessoas de sua idade; mas nós, é preciso não termos olhos a não ser para eles [...]”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: EURÍPIDES. Medeia. In: ÉSQUILO; SÓFOCLES; EURÍPIDES. Prometeu acorrentado; Édipo Rei; Medeia. São Paulo: Abril Cultural, 1980, p. 171.
Autor de tragédias gregas, Eurípides levou para o palco situações ligadas ao dia a dia da sociedade grega e à condição da mulher. Entre suas maiores criações estão as personagens femininas, como Medeia. Considerando o fragmento citado e o livro-base História da Literatura Universal, o tema central da tragédia Medeia é...
Nota: 0.0
	
	A
	a mulher que procura se vingar da cidade de Atenas por ciúmes.
	
	B
	a mãe que mata os próprios filhos por ciúmes e ódio ao marido.
Esta é a alternativa correta porque Eurípedes “escreveu por volta de 100 peças, tornou-se mais popular que Ésquilo e Sófocles e teve os enredos de suas tragédias aproveitados por dramaturgos posteriores [...]. Sua versão do mito de Medeia, a história da mãe que mata os próprios filhos por ciúmes, emocionou os gregos e é encenada até hoje” (livro-base, p. 69, 70).
	
	C
	a escrava que se rebela contra a sua condição de opressão.
	
	D
	a mãe que superprotege os filhos em suas aventuras.
	
	E
	a mãe que chora a morte dos filhos na guerra.
Questão 4/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Ainda que Plauto tenha sido muito lido e encenado ao longo dos séculos, ele ainda não é muito conhecido entre nós. No entanto, seus admiradores, reescritores, adaptadores, encenadores e tradutores não analisados neste livro incluem Shakespeare [cuja Comédia dos Erros é uma ampliação multicômica dos Mecnemos, de Plauto), Descartes [...], Hobbes [‘o homem é o lobo do homem’ é citação de Plauto [...]), Lessing [...], Ariano Suassuna [cuja magnífica peça O santo e a porca é uma adaptação-reescrita da Aulularia, de Plauto), entre tantos outros”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: GONÇALVES, Rodrigo T. Prefácio. In: _______ (org.) A comédia e seus duplos: o Anfitrião, de Plauto. Curitiba: Kötter Editorial; Cotia: Ateliê, 2017, p. 8.
Plauto teve muitos admiradores entre os escritores de tradição ocidental. Várias de suas peças foram adaptadas e reescritas. Isso se deve a algumas características importantes de sua obra. Considerando o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base História da Literatura Ocidental sobre as características da obra de Plauto, leia as afirmativas a seguir:
I. Plauto produziu uma obra popular que soube agradar e fazer rir o público em geral.
II. O dramaturgo empregou uma linguagem rebuscada, voltada para os literatos e a elite romana.
III. Grande encenador, Plauto criou intrigas e complicações tão bem urdidas que renderam inúmeras adaptações.
IV. Suas peças enalteciam os feitos dos deuses e ridicularizavam os homens, meros escravos da vontade divina. 
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 0.0
	
	A
	I e III
As afirmativas I e III estão corretas porque Plauto de fato produziu uma obra popular que atingiu um grande e variado público. Uma das razões disso estava no seu talento de criador de boas intrigas: “[...] O seu teatro ‘é popular; quer fazer rir as massas, e consegue o seu fim, porque Plauto é um sabidíssimo profissional da cena, o criador de todas as intrigas e complicações burlescas para todos os tempos: um gênio do palco’” (livro-base, p. 84, 85) e “A obra de Plauto inspirou muitos outros escritores, entre eles os prestigiados dramaturgos Shakespeare [...] e Molière [...]” (p. 85). As afirmativas II e IV estão erradas porque Plauto não empregou uma linguagem rebuscadae não elogiou os deuses – tanto os criticou quanto os elogiou: “‘Fala a língua do povo, não a dos literatos, ao ponto de criar as maiores dificuldades aos nossos filólogos [...]’” (p. 85) e “Plauto foi acusado de zombar das divindades em muitas ocasiões, pois as figuras que o comediante criou podem muitas vezes ser equiparados a deuses – seja para elogiar, seja para escarnecer” (p. 85).
	
	B
	II e IV
	
	C
	I e II
	
	D
	I e IV
	
	E
	II e III
Questão 5/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“A literatura que se escreve no Brasil é já a expressão de um pensamento e sentimento que se não confundem mais com o português e em forma que, apesar da comunidade da língua, não é mais inteiramente portuguesa. É isto absolutamente certo desde o Romantismo, que foi a nossa emancipação literária, seguindo-se naturalmente à nossa independência política”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: VERÍSSIMO, José. História da literatura brasileira. Rio de Janeiro: Francisco Alves; Paris: Livraria Aillaud e Bertrand, 1916, p. 1. 
Um dos problemas que se impõe ao domínio do estudioso de História da literatura brasileira é definir, primeiramente, quando ela começou. Nesse sentido, ao longo dos estudos de literatura do Brasil, que se iniciam com Silvio Romero em 1888, diferentes marcos iniciais foram sugeridos. Considerando o fragmento de texto acima e os conteúdos abordados no livro-base Literatura Brasileira sobre os marcos iniciais da literatura brasileira, leia as afirmativas abaixo: 
I – Silvio Romero escolheu como marco inicial o ano de 1500, embora sugira outras quatro alternativas para delimitar o início de nossa literatura.
II – José Veríssimo escolheu o poema Prosopopeia (1601), de Bento Teixeira, como o autor que marca o início da literatura brasileira.
III – José Veríssimo escolhe Prosopopeia como marco inicial da literatura brasileira porque antes desta obra não havia imprensa no Brasil, tecnologia que chega aqui em 1601.
IV – O crítico e historiador da literatura Antonio Candido elege o romantismo e o arcadismo como “momentos decisivos” da formação da literatura brasileira.
V – Para Antonio Candido apenas no arcadismo e no romantismo surgem as condições necessárias para a constituição de um sistema literário: autor, obra e público.
Estão corretas apenas:
Nota: 0.0
	
	A
	as afirmativas I, II e III.
	
	B
	as afirmativas II e III.
	
	C
	as afirmativas I, II, IV e V.
As afirmativas I, II, IV e V estão corretas porque “O principal problema que se impõe ao estudioso da história literária brasileira é delimitar o momento em que nossa literatura começou. Sílvio Romero, nosso primeiro historiador literário, optou pelo ano de 1500, embora tenha oferecido no prefácio à segunda edição (1903) de sua História da literatura brasileira (1888) outras quatro alternativas de marco inicial. José Veríssimo, autor de outra História da literatura brasileira (1916), escolheu o poema Prosopopeia (1601), de Bento Teixeira, como o início da literatura brasileira. [...] Antonio Candido elege o arcadismo e o romantismo como os momentos decisivos da formação da literatura brasileira. Para o crítico literário, é somente nesses momentos históricos (ou seja, a partir do século XVIII) que surgem as condições necessárias para a constituição de nossa literatura. Quais seriam essas condições? [...] O ‘sistema literário’ — constituído por autor, obra e público — só toma forma na história literária brasileira a partir do arcadismo e do romantismo. E a consolidação da literatura brasileira, para continuarmos na perspectiva de Antonio Candido, só se realiza completamente com Machado de Assis” A questão III está incorreta porque a imprensa só chega ao Brasil no século XIX, com a instalação da Corte de D. João VI no Brasil, em 1808” (livro-base, p. 15,16,17).
	
	D
	as afirmativas III e IV.
	
	E
	as afirmativas I e V.
Questão 6/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Suas casacas, mais bem cortadas, pareciam feitas de um tecido mais macio e seus cabelos, puxados em caracóis em direção às têmporas, pareciam brilhar com uma pomada mais fina. Possuíam a tez da riqueza, aquela tez branca realçada pela palidez das porcelanas, pelo reflexo dos cetins, pelo verniz dos belos móveis e cuja saúde é mantida por um regime discreto de alimentos requintados. Seus pescoços movimentavam-se à vontade sobre suas gravatas baixas, suas longas suíças caíam sobre colarinhos voltados; enxugavam os lábios em lenços bordados com um grande monograma de onde saía um aroma suave”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FLAUBERT, Gustave. Madame Bovary. Trad. Fúlvia Moretto. São Paulo: Nova Alexandria, 2007, p. 58. 
O trecho citado de Madame Bovary compõe a cena da residência do Marquês d’Andervilles, o castelo de Vaubyessard. É a descrição dos jovens aristocratas presentes no baile do marquês. A cena é expressiva do estilo realista. Pode-se saber muito sobre as personagens pelos detalhes que são mostrados por um narrador quase invisível, como o monograma no lenço perfumado, denunciando o que havia neles de refinado, mas fútil. Considerando o trecho citado e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre o Realismo, é correto afirmar que:
Nota: 0.0
	
	A
	surgiu em meados do século XX e teve como representantes no Brasil Graciliano Ramos, José Lins do Rego e Lúcio Cardoso.
	
	B
	prezava a subjetividade como forma de romper com a tradição e voltar-se contra as desigualdades sociais.
	
	C
	se notabilizou pela poesia, priorizando temas nacionais, o que vimos no Brasil nas obras de Gonçalves Dias e Castro Alves.
	
	D
	via nos símbolos e na fantasia a forma de chegar mais perto da realidade, como fizeram os poetas franceses Rimbaud e Verlaine.
	
	E
	valorizou o pensamento objetivo, interessou-se por fatos observáveis e procurou mostrar criticamente a sociedade burguesa.
Emma Bovary é casada com um médico de província, um pequeno-burguês. A vida desse casal é apresentada ao leitor de forma crítica, corrosiva até. O trecho retirado do livro faz parte da atração de Emma pelo universo aristocrático, ao qual não pode aceder, e o qual irá aniquilá-la. Nesse sentido, esse romance realista atende às características dessa corrente, assim apresentada no livro-base: o realismo “[...] prima pelo pensamento objetivo e científico e pelo uso da razão. Surgiu na França, em 1857, com a publicação de Madame Bovary, de Gustave Flaubert [...]. [...] tem como característica o antirromantismo, o que significa ser antissubjetivo e adepto da objetividade [...]. Prefere uma busca da verdade universal e impessoal e o interesse por fatos observáveis [...] é um movimento que mostra de forma crítica a realidade do mundo capitalista e suas contradições” (livro-base, p. 226, 227, 228).
Questão 7/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“O ramo mais original da poesia mediterrânea encontra-se na península ibérica, entre os galego-portugueses; três cancioneiros famosos, o da Ajuda, o da Vaticana e o Códex Colocci-Brancun, contêm quase 2000 poesias de 200 poetas: entre aquelas, uma variedade bastante grande de cantigas de amor, cantigas de amigo, cantigas de maldizer; e entre estes, poetas muito finos, os galegos Martin Códax, João Airas e Airas Nunes [...]. Os trovadores portugueses são os únicos que suportariam a comparação com os provençais, se tivessem mais originalidade”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: CARPEAUX, O. M. História da Literatura Ocidental, v. I. 2ª ed. Rio de Janeiro: Alhambra, 1978, p. 172.
Considerando o fragmento citado e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre o Trovadorismo português, leia as sentenças abaixo:
I. Nas cantigas de amigo, o trovador escreve os poemas do ponto de vista masculino.
II. O Trovadorismo origina-se de “trovador”, que designao compositor da cantiga (porque o poema era cantado com acompanhamento musical).
III. Nas cantigas de amor galego-portuguesas, é nítida a influência do trovadorismo provençal.
IV. A música e a poesia não têm relação alguma durante o Trovadorismo. 
Estão corretas apenas as afirmativas:
Nota: 0.0
	
	A
	I e II
	
	B
	II e IV
	
	C
	II e III
As afirmativas II e III estão corretas, porque a palavra trovador é que dá origem ao nome do estilo – trovadorismo –, que está ligado por sua vez a uma poesia acompanhada de música. As cantigas de amor têm origem provençal (livro-base, p. 114). As afirmativas I e IV estão erradas, porque, nas cantigas de amigo, o trovador escreve os poemas do ponto de vista feminino; e os poemas eram cantados com acompanhamento musical (p. 114-115).
	
	D
	I e IV
	
	E
	III e IV
 
Questão 8/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto a seguir: 
“Verdes mares bravios de minha terra natal, onde canta a jandaia nas frondes da carnaúba;
Verdes mares, que brilhais como líquida esmeralda aos raios do sol nascente, perlongando as alvas praias ensombradas de coqueiros;
Serenai, verdes mares, e alisai docemente a vaga impetuosa, para que o barco aventureiro manso resvale à flor das águas.
Onde vai a afouta jangada, que deixa rápida a costa cearense, aberta ao fresco terral a grande vela?
Onde vai como branca alcíone buscando o rochedo pátrio nas solidões do oceano?
Três entes respiram sobre o frágil lenho que vai singrando veloce, mar em fora
Um jovem guerreiro cuja tez branca não cora o sangue americano; uma criança e um rafeiro que viram a luz no berço das florestas, e brincam irmãos, filhos ambos da mesma terra selvagem
A lufada intermitente traz da praia um eco vibrante, que ressoa entre o marulho das vagas:
— Iracema!”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: ALENCAR, José de. Iracema – Lenda do Ceará. In: ALENCAR, J. Obras de ficção de José de Alencar. v. VIII. 4. ed. Rio de Janeiro: José Olympio, 1957. p. 29.
O trecho acima é a abertura do romance Iracema, de José de Alencar, lançado em 1865. Junto com O guarani, é o romance mais conhecido de Alencar, obras que marcaram uma das fases do romantismo brasileiro. Considerando a citação acima e os conteúdos do livro-base Literatura Brasileira sobre as primeiras manifestações românticas, leia as sentenças abaixo e depois assinale com V as verdadeiras e F as falsas.
I. ( ) O indianismo foi uma forma compensatória de encontrar um correspondente aos temas lendários e cavalheirescos da literatura romântica europeia. 
II. ( ) O indígena foi retomado por autores como Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães, José de Alencar e Teixeira e Sousa.
III. (  ) Do ponto de vista estético o momento mais alto ficou para Gonçalves Dias. Sua obra, em linhas gerais, concilia o rigor formal, derivado da tradição neoclássica, e o sentimentalismo, marca central da estética romântica.
IV. ( ) Poema I-Juca Pirama, organizado em dez partes, conta a história de um jovem branco, que, em viagem pelo interior do Brasil, cai prisioneiro da tribo dos Timbiras.
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	V– F– V– V
	
	B
	F– V– V– V
	
	C
	V– V– V– F
As afirmativas I, II e III são verdadeiras, pois o indianismo foi uma adaptação do romance histórico romântico usando a matéria local, como fez José de Alencar, por exemplo. Os índios foram protagonistas também das obras de Gonçalves Dias, Gonçalves de Magalhães e Teixeira de Sousa. Entre eles, o poeta mais sofisticado e completo, reconhecido assim por seus contemporâneos, foi Gonçalves Dias. A afirmativa IV é falsa, porque o poema “I-Juca Pirama”, organizado em dez partes, conta a história de um jovem guerreiro tupi que cai prisioneiro da tribo dos Timbiras (livro-base, p. 83-85).
	
	D
	F– V– F– V
	
	E
	F– F– V– V
Questão 9/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia o fragmento de texto: 
“A obra literária de Antero, a poética e a em prosa, atesta de modo patente a contínua e dolorosa luta de um espírito a procurar-se, a dissecar-se e, contemporaneamente, a desintegrar-se pouco a pouco, até o aniquilamento final. A evolução do seu espírito, através dos marcos literários e filosóficos, testemunha de modo claro esse esvaziamento lento de suas forças de reação e de equilíbrio, até culminar num espesso ceticismo de profundas raízes, poderoso a ponto de o arrastar ao suicídio”.
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: MOISÉS, Massaud. A Literatura Portuguesa. São Paulo: Cultrix, 1965, p. 262.
Pode-se perceber, pela citação, que a obra do poeta Antero de Quental sofreu constantes modificações. Considerando o texto e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal, associe as fases da obra de Quental às suas respectivas características:
1.Primeira fase
2. Segunda fase
3. Terceira fase 
(  ) Irreverência
(  ) Pessimismo
(  ) Lirismo amoroso
(  ) Poesia realista de ação social
(  ) Poesia metafísica
(  ) Erotismo e religiosidade 
Agora, marque a sequência correta:
Nota: 0.0
	
	A
	2 – 2 – 1 – 3 – 3 – 1
	
	B
	1 – 3 – 2 – 2 – 1 – 3
	
	C
	2 – 3 – 1 – 2 – 3 – 1
Esta é a sequência correta porque “Antero de Quental [...] foi o líder intelectual da geração realista que deu início ao realismo em Portugal. [...] Sua poesia passa por três fases: 1) lirismo-amoroso, erotismo e religiosidade, cujas principais obras são Raio de extinta luz e Primaveras românticas; 2) poesia realista de ação social e irreverência, que pode ser exemplificada com Odes Modernas; 3) poesia metafísica, como em Sonetos, oposta à poesia do cotidiano de Cesário Verde [...] e que se caracteriza pela preocupação com questões filosóficas eternas do ser humano, uma visão pessimista” (livro-base, p. 241).
	
	D
	3 – 3 – 1 – 2 – 1 – 2
	
	E
	1 – 3 – 1 – 3 – 2 – 2
Questão 10/10 - História da Literatura e Literatura Brasileira
Leia a citação a seguir:
“Do outro lado da cerca, pelos espaços entre as flores curvas, eles estavam tacando. Eles foram para o lugar onde estava a bandeira e eu fui seguindo junto à cerca. Luster estava procurado na grama perto da árvore florida. Eles tiraram a bandeira e a tacaram outra vez. Então puseram a bandeira de novo e foram até a mesa, ele tacou e o outro tacou. Então eles andaram e eu fui seguindo junto à cerca. Luster veio da árvore florida e nós seguimos junto à cerca e eles pararam e nós paramos e eu fiquei olhando através da cerca enquanto Luster procurava na grama”
Após esta avaliação, caso queira ler o texto integralmente, ele está disponível em: FAULKNER, William. O som e a fúria. Trad. Paulo Henriques Brito. São Paulo: CosacNaify, 2004, p. 5.
O fragmento reproduz o início do romance de Faulkner, O som e a fúria. Nesse início de romance, o narrador é alguém que sofre de deficiência mental. No decorrer do livro, aparecerão outros narradores, cujas histórias não correm linearmente nem em espaços comuns. Esses recursos de alguma forma buscavam exprimir a falta de sentido decorrente dos efeitos da Primeira Guerra Mundial, da crise econômica, entre outros eventos que abalaram a vida na Europa e nas Américas nas primeiras décadas do século XX.  Considerando essas informações, o fragmento de texto e os conteúdos do livro-base História da Literatura Universal sobre o Modernismo, assinale a alternativa correta:
Nota: 0.0
	
	A
	O Modernismo reforçou o uso de um formato literário muito semelhante ao do Romantismo.
	
	B
	O romance de Faulkner, O som e a fúria, utiliza uma cronologia narrativa tradicional, marcada por uma linearidade que busca dar sentido ao caos gerado pelas duas grandes guerras mundiais.
	
	C
	O Modernismo foi marcado pelo sentimento de saudosismo e melancolia em relação ao passado.
	
	D
	As obras modernistas valorizavam a vida no campo (bucolismo) e criticavam a vida nos centros urbanos.
	
	E
	O desejo de ruptura com o passado foi uma das marcas do Modernismo.
Comentário: A afirmativa está correta porque a ruptura com os modelos literários tradicionais estava no

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