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Disciplina: Obras Hidráulicas Aula 3: Variação do escoamento em canais Apresentação As grandes obras da engenharia hidráulica são realmente fabulosas e, por isso, seu estudo é tão criterioso. Construção de grandes estruturas como barragens, por exemplo, requerem um estudo sobre o comportamento do escoamento da água, sua velocidade e sua vazão, ou seja, o modo como essa força impactará na estrutura. O fluxo de água pode apresentar um comportamento muito simples ou um fantástico fenômeno a ser observado, além de podermos aproveitar a particularidade da velocidade associada à massa de água para gerar energia. Objetivos Discutir a variação do escoamento em canais. Definir remanso e ressaltos hidráulicos. Engenharia hidráulica É importante que se conheça a variação do escoamento, pois em muitos casos ele não será uniforme. Ainda que possamos manipular a geometria de um canal e adaptar seu revestimento de modo que velocidade e vazão se enquadrem em projeto, pode ocorrer de uma situação externa alterar o modo de escoamento do canal. Do mesmo modo, a declividade do canal influenciará significativamente no escoamento, pois quanto mais inclinado o canal, maior velocidade será propagada durante seu percurso. A engenharia hidráulica sempre tenta aproximar as condições de suas obras às condições teóricas impostas para o comportamento da água ser o mais uniforme possível. Variação do escoamento em canais Conforme explicado anteriormente, canais uniformes e de escoamento uniforme não existem na natureza e é preciso verificar as condições de um escoamento uniforme. Uma vez que a velocidade não é considerada constante (escoamento variado), a energia específica H para uma determinada área se seção de água e uma determinada vazão, pode ser interpretada como função somente da profundidade do fluxo. 𝐻 𝑒 = 𝑦 + 𝑉2 2 𝑔 → 𝐻 𝑒 = 𝑦 + 1 2 𝑔 𝑄2 𝐴2 → 𝐻 𝑒 = 𝑦 + 𝑄2 𝐴2 2𝑔 Essa relação entre a energia específica He e a profundida do fluxo y resulta em uma curva de energia específica. A curva de energia específica possui duas extremidades (tomemos a curva de linha sólida ABC), AC e CB, em que se percebe que a extremidade CB sempre se aproximará de uma reta a 45º que passa pelo ponto de origem dos eixos He (E) e y. Para qualquer ponto da curva de energia específica, o eixo das ordenadas representa a profundidade do fluxo (y) e o eixo das abcissas representa a energia específica correspondente (He). Gráfico curva de energia específica de diferentes descargas (Fonte: Livro Engenharia Hidráulica – Biblioteca virtual - HOUGHTALEN, R. J.; AKAN, A.O.; HWANG, N.H.C. Engenharia Hidráulica. 4.ed. São Paulo: Pearson, 2012.). Se mantivermos a mesma seção de água e mudarmos apenas a vazão, curvas semelhantes à curva ABC podem ser traçadas. Se a vazão aumenta (Q+ΔQ), a curva se move para a direita (sobe) e se a vazão diminui (Q-ΔQ), a curva se move para a esquerda (desce). e O ponto C da curva representa a profundidade na qual a vazão (Q) pode ser distribuída por meio da seção de água com energia específica mínima. Essa profundidade y é conhecida como profundidade crítica y e o fluxo nessa seção é dito como fluxo crítico. 01 Para esta seção, em uma profundidade menor, o mesmo valor de vazão implicará em uma velocidade maior e uma energia específica maior. Este fluxo é rápido e raso e conhecido como fluxo supercrítico. 02 Para esta seção, em uma profundidade maior, o mesmo valor de vazão implicará em uma velocidade menor e uma energia específica menor. Este fluxo é tranquilo e conhecido como fluxo subcrítico. Ao observarmos a curva, percebemos que para um mesmo valor de energia específica He1(E1), fora do ponto C, a vazão do canal pode assumir dois valores de y, sejam estes na curva y1 e y2. O valor de y1 representa o fluxo supercrítico e y2 representa o fluxo subcrítico. Essas profundidades são conhecidas como profundidades alternadas. 𝐷 = 𝐴 𝑇 No estado crítico, a energia específica assume um valor mínimo e, a partir deste conceito, podemos obter a profundidade hidráulica da seção, D, que é determinada pela relação entre a largura do topo da seção do canal, T, e a área da água, A. 𝑁 𝐹 = 𝑉 √𝑔𝐷 A partir da profundidade hidráulica da seção, D é possível determinarmos se o fluxo é subcrítico, crítico ou supercrítico por meio do número de Froude, NF. Onde: N = número de Froude V = velocidade do fluido g = aceleração da gravidade D = profundidade hidráulica da seção Sendo assim, se: 01 c F N é menor que 1,0 o fluxo é classificado como subcrítico, pois a velocidade do fluxo é menor que a velocidade da onda de perturbação que viaja sobre a superfície da água. 02 N é igual a 1,0 o fluxo é classificado como crítico, pois a velocidade do fluxo é igual a velocidade da onda de perturbação que viaja sobre a superfície da água. 03 N é maior que 1,0 o fluxo é classificado como supercrítico, pois a velocidade do fluxo é maior que a velocidade da onda de perturbação que viaja sobre a superfície da água. Baseando-se nesses conceitos, para o fluxo crítico é estabelecida a seguinte relação: 𝑄2 𝑔 = 𝐴3 𝑇 = 𝐷𝐴 2 Onde, a partir da área da água se obtém a profundidade crítica, y . Exemplo Imagine que será construído um canal e você, que é responsável pelo projeto, observou que será necessário construir um trecho de transição, pois em determinado ponto haverá uma inclinação do solo por 20,0m de extensão e a diferença entre a linha de referência no início do trecho e no final do mesmo será de 40,0cm (Z). Em seu projeto, você considerou que o canal teria 3,0m de largura e que a vazão é de 15m/s3 a uma profundidade de 3,6 m (y). A perda de energia uniforme (hL) considerada foi de 0,1m. Para este caso analisemos inicialmente que: 𝐻 𝑒 =𝑦+ 𝑄2 𝐴22 𝑔 →𝐻 𝑒 =𝑦+ 152 (3,0×𝑦2 )×2(9,81) →𝐻 𝑒 =𝑦+ 1 ,27 𝑦2 É possível construir a curva de energia específica variando-se o valor de y. Conforme explicado anteriormente, canais uniformes e de escoamento uniforme não existem na natureza e é preciso verificar as condições de um escoamento uniforme. Uma vez que a velocidade não é considerada constante (escoamento variado), a energia específica He para uma determinada área se seção de água e uma determinada vazão, pode ser interpretada como função somente da profundidade do fluxo. 𝐻 𝑒 =𝑦+ 𝑉2 2 𝑔 →𝐻 𝑒 =𝑦+ 1 𝑄2 2 𝑔 𝐴2 →𝐻 𝑒 =𝑦+ 𝑄2 𝐴22 𝑔 Essa relação entre a energia específica He e a profundida do fluxo y resulta em uma curva de energia específica. Y(m) E (m) 0,5 5,60 1,0 2,27 2,0 2,32 3,0 2,32 F F F c 3,0 3,14 4,0 4,07 Gráfico curva de energia específica. É possível calcular a altura crítica e a energia específica a partir da equação: 𝑄2 𝑔 = 𝐴3 𝑇 =𝐷𝐴 2 → 52 9 ,81 = (3𝑦)3 3 =1,37 𝑚 A partir da curva tem-se que para y =1,37 m, H =2,05 m. De posse desses valores verifica-se a velocidade na entrada da transição entre os trechos: 𝑉= 𝑄 𝐴 𝑚 → 𝑉= 15 (3,0×3,6) → 𝑉=1,39 𝑚⁄𝑠 A altura de velocidade pode ser expressa pela diferença entre a linha de carga e a linha-d’água: 𝑉2 2 𝑔 = 1 ,392 2 (9,81) → 𝑉2 2 𝑔 = 0,10 𝑚 A partir daí pode ser calculada a altura de energia total na entrada da transição, medida em relação à linha de referência: 𝐻 𝑇 =𝑍+𝑦+ 𝑉2 2 𝑔 →𝐻 𝑇 =0,40+3,60+0,10→𝐻 𝑇 =4,10 𝑚 Na saída da transição, a energia total disponível é reduzida em 0,10 m (perda de energia uniforme, h ), logo a energia específica medida com relação ao fundo do canal é igual a: 𝐻 𝑒 =𝐻 𝑇 −ℎ 𝐿 →𝐻 𝑒 =4,10−0,10=4,00 𝑚 Graficamente, os dados obtidos poderiam ser representados da seguinte forma: Remanso hidráulico c ec L Em canais abertos, o fluxo gradualmente variado é diferente do fluxo uniformee do fluxo rapidamente variado, pois a alteração na profundidade da água no canal acontece muito gradativamente com a distância. Enquanto no fluxo uniforme, a profundidade da água permanece um valor constante (profundidade uniforme), no fluxo gradualmente variado, as alterações de velocidade ocorrem gradualmente com a distância, de modo que os efeitos da aceleração no fluxo entre duas seções adjacentes são desprezíveis. Exemplo As condições de fluxo uniforme podem deixar de ser satisfeitas quando se executa uma barragem em um rio. A barragem causa a sobre-elevação das águas, influenciando o nível da água a uma grande distância a montante. É isso que se denomina remanso ou remonte hidráulico. Observe a imagem a seguir: Remanso hidráulico e Barragem com ressalto hidráulico. (Fonte: Expedia <https://www.expedia.com.br/things-to-do/passeio-na-represa-de- itaipu.a287973.detalhes-das-atividades> ). Na análise de fluxos gradualmente variados, o papel da profundidade crítica, yc é muito importante, determinando uma seção de controle em fluxos de canais a céu aberto quando se considera a relação entre declividade do canal e sua vazão. O traçado da curva de remanso é determinado pelas relações existentes entre a profundidade normal y e a profundida crítica, y , e dependendo da declividade, geometria, rugosidade e vazão, classificam os canais a céu aberto em canais acentuados, críticos, medianos, horizontais e adversos. Essa classificação depende das condições de fluxo no canal, conforme a posição relativa entre a profundidade normal y e a profundida crítica, y , de acordo com o seguinte: n c n c 1 Canais Acentuados y / y <1,0, ou seja, y < y . Curvas S. 2 Canais Críticos y / y =1,0, ou seja, y = y . Curvas C. 3 Canais Medianos Canais Medianos: y / y >1,0, ou seja, y > y . Curvas M. 4 Canais Horizontais S0 = 0. Curvas H. 5 Canais Adversos S0 < 0. Curvas A. Dessa forma, ao se considerar uma determinada seção e a profundidade real na mesma, y, é possível analisar o tipo de canal e a curva característica deste. As curvas são divididas em tipo 1, 2 e 3. Curva Tipo 1 Ocorre quando as relações y / y >1,0 e y / y >1,0. Neste caso, a curva do perfil da superfície da água está acima, tanto da linha da profundidade crítica, quanto da linha da profundidade normal do canal. A profundidade da água aumenta na direção do fluxo. Curva Tipo 2 Ocorre quando profundidade da água, y, está entre a profundidade crítica y e a profundidade normal, y . Neste caso, a curva do tipo 2 não existe em canais críticos, onde y = y . Nenhuma profundidade existe entre elas. A profundidade da água diminui na direção do fluxo. n c n c n c n c n c n c c n c n n c Curva Tipo 3 Ocorre quando as relações y / y <1,0 e y / y <1,0. Neste caso, a curva do perfil da superfície da água está abaixo, tanto da linha da profundidade crítica, quanto da linha da profundidade normal do canal. A profundidade da água aumenta na direção do fluxo. Em resumo, as características das curvas de perfil da superfície da água podem ser expressas da seguinte maneira: Características das curvas de perfil da superfície da água Canal Símbolo Tipo Declividade Profundidade Curva Mediano M 1 S > 0 y > y > y M-1 Mediano M 2 S > 0 y > y > y M-2 Mediano M 3 S > 0 y > y > y M-3 Crítico C 1 S > 0 y > y = y C-1 Crítico M 3 S > 0 y = y > y C-3 Acentuado S 1 S > 0 y > y > y S-1 Acentuado S 2 S > 0 y > y > y S-2 Acentuado S 3 S > 0 y > yn > y S-3 Horizontal H 2 S = 0 y > y H-2 Horizontal H 3 S = 0 y > y H-3 Adverso A 2 S < 0 y > y A-2 Adverso A 3 S < 0 y > y A-3 Características das curvas de perfil da superfície da água. Em resumo, as características das curvas de perfil da superfície da água podem ser expressas da seguinte maneira: Classificação de fluxos gradualmente variados. A curva M1 representa um Canal Mediano, de declividade S0>0, em que a profundidade da água é maior que a profundidade natural e a profundidade crítica. O formato representativo do perfil da água é representado pelo formato da curva. Na prática, o traçado aproximado da curva de remanso pode ser obtido por diversos métodos de repetição. Um desses métodos é conhecido como Método Direto (Direct Step Method), embora este método seja aplicável apenas a canais prismáticos com declividade e seção transversal uniformes, pois estes mantêm as mesmas relações geométricas nas seções transversais ao longo de todo o canal. Neste método, as equações de fluxo gradualmente variado são reorganizadas para determinar a distância ∆L entre duas profundidades de fluxo selecionadas. c n 0 n c 0 n c 0 n c 0 n c 0 n c 0 c n 0 c n 0 c 0 c 0 c 0 c 0 c ∆𝐿= 𝑦 𝐷 + 𝑉 𝐷 2 2𝑔 − 𝑦 𝑈 + 𝑉 𝑈 2 2𝑔 𝑆0 − 𝑆 𝑒 Onde: ∆L = distância entre duas profundidades de fluxo selecionadas 𝑦 𝐷 + 𝑉 𝐷 2 2 𝑔 = energia específica na seção superior 𝑦 𝑈 + 𝑉 𝑈 2 2 𝑔 = energia específica na seção inferior S = declividade do canal S = declividade de energia Para o fluxo subcrítico, os cálculos começam na extremidade inferior e progridem até a superior e no fluxo supercrítico acontece o oposto. Relações de energia em um perfil de superfície da água. Desse modo, o cálculo do perfil da superfície da água, definido como as alterações ao longo da extensão do canal, pode ser realizado com base nas considerações sobre a energia. Assista ao vídeo a seguir. Remanso escrevendo https://youtu.be/rAN6Ji_-iB4 Pode acontecer do escoamento se tornar gradualmente variado, entretanto, essa situação pode mudar caso ocorram ressaltos hidráulicos. Nestas situações o escoamento passa a ser bruscamente variado. Em fluxos rapidamente variados, acontecem alterações rápidas na profundidade da água em curta distância. Uma mudança significativa nas velocidades da água que está associada à rápida variação da área da seção transversal da água. Essa alta taxa de desaceleração do fluxo implica em uma perda de energia alta. Por isso, calcular a profundidade da água utilizando os princípios da energia deixa de ser um método confiável. Ressaltos hidráulicos ( ) ( ) ( ) ( ) 0 e Saltos hidráulicos ou ressaltos hidráulicos podem ocorrer naturalmente em canais abertos, mas são mais comuns em estruturas construídas com o objetivo de dissiparem energia. Podemos entendê-los como uma sobre-elevação brusca da superfície da água, mudando o regime de escoamento de uma profundidade menor que a crítica para outra maior que esta, em consequência do retardamento do escoamento em regime rápido. Para ocorrer o salto hidráulico, é necessário que a profundidade seja inferior à crítica. Observa-se esse fenômeno frequentemente em barragens após a represagem da água. Ressalto hidráulico em uma barragem (Fonte: Wikipedia <https://te.wikipedia.org/wiki/%E0%B0%A6%E0%B0%B8%E0%B1%8D%E0%B0%A4%E0%B1%8D%E0%B ). Ressalto como escoamento bruscamente variado (Fonte: Ebah <https://www.ebah.com.br/content/ABAAgkNYAH/artigo-hidraulica> ). O ressalto hidráulico pode se apresentar em duas formas: Salto elevado Com um grande turbilhonamento, que faz certa porção do líquido rolar contra a corrente. Neste caso, o ar entranhado permite uma certa aeração do líquido. Superfície agitada Mas sem remoinho e sem retorno do líquido. Essa segunda forma ocorre quando a profundidade inicial não se encontra muito abaixo do valor crítico. Os saltos hidráulicos convertem um fluxo supercrítico de alta velocidade (contrária ao fluxo) em um fluxo subcrítico de baixa velocidade (no sentido do fluxo). De modo análogo, uma profundidade supercrítica de baixo estágio (y ) transforma-se em uma profundidade subcrítica de alto estágio (y ). Essas profundidades são conhecidas comoprofundidade inicial (y ) e profundidade sequente (y2) do salto hidráulico. A relação entre elas pode ser expressa como: 𝑦2 𝑦1 = 1 2 1 +8 𝑁 2 𝐹1 −1 Onde NF1 é o número de Froude do fluxo que se aproxima. 𝑁 𝐹1 = 𝑉 𝑔𝑦1 Saiba mais Assista ao vídeo Resalto Hidráulico <https://youtu.be/K8JG6xF-_0A> . Dica Você sabia que a construção da Usina Hidrelétrica de Itaipu foi considerada uma obra grandiosa e pôs fim a uma contenda diplomática de mais de duzentos anos entre Brasil Paraguai? Leia os textos e assista aos vídeos sobre a construção da barragem <https://www.itaipu.gov.br/nossahistoria> . 1 2 1 (√ ) √ Atividade 1. A profundidade y na qual a vazão pode ser distribuída por meio da seção de água com energia específica mínima é conhecida como profundidade crítica y e o fluxo nessa seção é o fluxo crítico. Para esta seção, em uma profundidade menor, o mesmo valor de vazão implicará em uma velocidade maior e uma energia específica maior. Este fluxo é rápido e raso e é conhecido como fluxo supercrítico. Do mesmo modo, para esta seção, em uma profundidade maior, o mesmo valor de vazão implicará em uma velocidade menor e uma energia específica menor. Este fluxo é tranquilo e conhecido como fluxo subcrítico. Também podemos determinar se um fluxo é crítico ou subcrítico por meio no Número de Froude. Dessa forma, para os valores de N =1,35, 1,0 e 0,82 qual será o tipo de fluxo nas seções analisadas? a) Subcrítico, crítico e supercrítico. b) Supercrítico, subcrítico e crítico. c) Supercrítico, crítico e subcrítico. d) Subcrítico, supercrítico e crítico. e) Crítico, supercrítico e subcrítico. 2. Na análise de fluxos gradualmente variados, o papel da profundidade crítica, y é muito importante, determinando uma seção de controle em fluxos de canais a céu aberto quando considera-se a relação entre declividade do canal e sua vazão. Por meio da profundidade crítica é possível traçar a da curva de remanso, de acordo com as relações existentes entre a profundidade normal y e a profundida crítica, y , e dependendo da declividade, geometria, rugosidade e vazão, classificando assim os canais a céu aberto como: a) Canais supercríticos (S), críticos (C), medianos (M), horizontais (H) e aleatórios (A). b) Canais subcríticos (S), críticos (C), mesclados (M), horizontais (H) e aleatórios (A).. c) Canais acentuados (S), críticos (C), mesclados (M), horizontais (H) e adversos (A). d) Canais acentuados (S), críticos (C), medianos (M), horizontais (H) e adversos (A). e) Canais subcríticos (S), críticos (C), medianos (M), horizontais (H) e acentuados (A). 3. Os saltos hidráulicos convertem um fluxo supercrítico de alta velocidade (contrária ao fluxo) em um fluxo subcrítico de baixa velocidade (no sentido do fluxo). De modo análogo, uma profundidade supercrítica de baixo estágio (y ) transforma-se em uma profundidade subcrítica de alto estágio (y ). Essas profundidades são conhecidas como profundidade inicial (y ) e profundidade sequente (y ) do salto hidráulico. Analisando um projeto em que há um ressalto hidráulico, a profundidade inicial é igual a 2,50m e o Número de Froude nessa seção é igual a 1,1, qual será a profundidade sequente? a) 3,60m. b) 1,14m. c) 2,85m. d) 9,68m. e) 1,40m. c F c n c 1 2 1 2 4. Saltos hidráulicos ou ressaltos hidráulicos podem ocorrer naturalmente em canais abertos, mas são mais comuns em estruturas construídas com o objetivo de dissiparem energia. Podemos entendê-los como uma sobre-elevação brusca da superfície da água, mudando o regime de escoamento de uma profundidade menor que a crítica para outra maior que esta, em consequência do retardamento do escoamento em regime rápido. Em quais tipos de estruturas de obras hidráulicas é mais comum se observar os ressaltos hidráulicos? a) Portos. b) Galerias de águas pluviais. c) Barragens. d) Piscinas. e) Lagos artificiais. 5. O traçado da curva de remanso é determinado pelas relações existentes entre a profundidade normal yn e a profundida crítica, yc, e dependendo da declividade, geometria, rugosidade e vazão, os canais são classificados. Deste modo, o que significa dizer que um canal é classificado com a curva M1? a) Canal mediano, de declividade maior que um. b) Canal mediano, de declividade igual zero. c) Canal mediano, de declividade menor que zero. d) Canal mediano, de declividade menor que um. e) Canal mediano, de declividade maior que zero. Referências AZEVEDO NETO, J.M. Manual de Hidráulica. 9.ed. São Paulo: Blucher 2015. HOUGHTALEN, R. J.; AKAN, A.O.; HWANG, N.H.C. Engenharia Hidráulica. 4.ed. São Paulo: Pearson, 2012. Próximos Passos Precipitação e escoamento; Parâmetros hidrológicos; Bacia hidrográfica. Explore mais Leia a matéria Usina de Belo Monte ameaça peixes raros do rio Xingu <https://noticias.uol.com.br/meio- ambiente/ultimas-noticias/ag-estado/2018/04/18/usina-de-belo-monte-ameaca-peixes-raros-do-rio-xingu.htm> . Acesso em: 9 jul. 2018. Assista ao vídeo Escoamento gradualmente variado: remanso em canal trapezoidal <https://youtu.be/f1- izE8Asww> . Acesso em: 20 mai. 2018. Assista ao vídeo Escoamento gradualmente variado: remanso em canal de seção circular <https://youtu.be/pX5CX7kZWDM> . Acesso em: 20 mai. 2018. Assista ao vídeo Ressalto hidráulico: teoria e cálculos <https://youtu.be/tF4nTBPCsFY> . Acesso em: 20 maio 2018.
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