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A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A 1 2 A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A MESA DIRETORA Presidente - Caio André (PSC) 1º Vice-Presidente - Yomara Lins (União Brasil) 2º Vice-Presidente – Everton Assis (PSL) 3º Vice-Presidente – Lissandro Breval (Avante) Secretário Geral – João Carlos (Republicanos) 1º Secretário – Glória Carrate (PL) 2º Secretário – Jaildo Oliveira (PC do B) 3º Secretário – Ivo Neto (Patriota) Ouvidor – Capitão Carpê (Republicanos) Corregedor – Rosivaldo Cordovil (PSDB) Ficha Técnica Ebook - Atendente de Farmácia Autor: Renata Lima Revisão Pedagógica e EAD: Professora Msc. Victória Corrêa Fortes Proibida a reprodução total ou parcial sem a autorização da editora. A distribuição e download deste e-book são gratuitos dentro da plataforma Escola do Legislativo da Câmara Municipal de Manaus, no entanto, sua comercialização e/ou redistribuição é terminantemente proibida. ©️ Copyright 2022 – Istud Ltda ME Categoria: Formação Básica A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A 3 SUMÁRIO INTRODUÇÃO ...................................................................................4 UNIDADE I ........................................................................................5 Conhecimentos Gerais sobre Farmácia. ..........................................5 Conceito de Farmácia .........................................................................5 Conhecendo os medicamentos e suas especificidades; ................6 Diferença entre Fármaco, medicamento e droga;..........................8 Formas Farmacêuticas .......................................................................9 Classe medicamentosa; .....................................................................10 UNIDADE II .......................................................................................14 Procedimentos e Organização de uma Farmácia ...........................14 Praticas Farmacêuticas em drogarias ..............................................14 Armazenamento correto dos medicamentos e insumos; .............14 Organização e logística de uma Farmácia; ......................................16 Biossegurança; ....................................................................................17 Descarte de Resíduos. ........................................................................18 UNIDADE III ......................................................................................22 Atendimento e postura profissional ................................................22 Qualidade no atendimento; ..............................................................22 Postura profissional; ..........................................................................23 Ética no ambiente de saúde; .............................................................23 Qualificações para um Atendente; ...................................................24 Importância do trabalho em equipe; ...............................................24 UNIDADE IV ......................................................................................27 Conceitos Básicos Farmacêuticos .....................................................27 Atendimento com orientações básicas ao paciente; .....................27 Perigo da automedicação; .................................................................28 Uso e venda racional de medicamentos; .........................................29 Entender as prescrições médicas; ....................................................30 Vias de Administração; .......................................................................37 Técnica básica de um cálculo farmacêutico; ...................................44 Dispensação de medicamentos. .......................................................49 CONSIDERAÇÕES FINAIS .................................................................52 REFERÊNCIAS ...................................................................................53 4 A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A INTRODUÇÃO Atualmente ouve-se falar constantemente em um grande crescimento na indústria e comercio farmacêutico. Observam-se esforços destas organizações em oferecer serviços diferenciados e personalizados, garantindo a fidelidade e a atração de clientes no mercado de consumidor, ou mesmo atraindo clientes da concorrência. Nesse sentido, torna-se necessário que as organizações adotem sistemas que assegurem a qualidade da prestação de serviços, profissionais qualificados, sob pena de perderem competitividade e, consequentemente, fatia de mercado. Percebe-se, no mercado de trabalho, certa carência de profissionais habilitados para atuar como Atendente em farmácias e drogarias. Para tentar reverter esse quadro, o curso tem como objetivo oferecer uma capacitação no intuito de formar profissionais aptos para esta função, já que hoje a área farmacêutica é uma das que mais cresce no Brasil. O curso tem como meta instruir sobre as atividades de um balconista de farmácia, podendo este trabalhar na farmácia comercial respeitando as suas legislações vigentes. Com esse curso de Atendente de Farmácia iremos aprender técnicas de venda, trabalho em equipe, medicamentos, conhecer como funciona uma drogaria e suas legislações, aprender sobre as prescrições medicas e suas diferenças entre outros. Quem irá ministra o curso é nossa professora Renata Pereira Lima do Nascimento, farmacêutica e bioquímica, formada pela Faculdade Cathedral no ano de 2012. Já ministrou vários cursos na área da saúde pela instituição SENAC, incluindo balconista de farmácia. A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A 5 UNIDADE I Conhecimentos Gerais sobre Farmácia. Conceito de Farmácia A Farmácia é uma unidade de prestação de serviços destinada a prestar assistência farmacêutica, assistência à saúde e orientação sanitária individual e coletiva, na qual se processe a manipulação e/ou dispensação de medicamentos magistrais, ou industrializados, cosméticos, insumos farmacêuticos, produtos farmacêuticos e correlatos. As farmácias serão classificadas segundo sua natureza como: I- Farmácia sem manipulação ou drogaria: estabelecimento de dispensação e comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos em suas embalagens originais; II- Farmácia com manipulação: estabelecimento de manipulação de fórmulas magistrais e oficinais, de comércio de drogas, medicamentos, insumos farmacêuticos e correlatos, compreendendo o de dispensação e o de atendimento privativo de unidade hospitalar ou de qualquer outra equivalente de assistência médica. Embora estes conceitos estejam definidos como na legislação acima, atualmente a farmácia e a drogaria são entendidas como postos de atendimento primário à saúde, recurso mais acessível à população. Não são meramente estabelecimentos comerciais de medicamentos, tendo hoje uma gama de produtos e serviços completamente voltados para o bem-estar da população. Em farmácia com manipulação e drogarias ou farmácias sem manipulação realizam se as etapas de aquisição, armazenamento, manipulação (no caso das farmácias com manipulação), conservação, dispensação e avaliação do uso dos medicamentos, a obtenção e a difusão de informação sobre medicamentos e a educação permanente dos profissionais de saúde, do paciente e da comunidade, para assegurar o uso racional de medicamentos. Para que seu funcionamento esteja regularizado perante as autoridades que a fiscalizam, a farmácia sem manipulação ou drogaria ou farmácia com manipulação deve possuir, no mínimo, os seguintes documentos no estabelecimento: - Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela Anvisa; - Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando aplicável; - Licença ou Alvará Sanitário expedido pelo órgão Estadual ou Municipal de Vigilância Sanitária, segundo legislação vigente; - Certidão de Regularidade Técnica, emitido pelo Conselho Regional de 6 A T E N D E N T E D E F A R M Á C I AFarmácia da respectiva jurisdição; - Manual de Boas Práticas Farmacêuticas, conforme a legislação vigente e as especificidades de cada estabelecimento; - Plano de gerenciamento de resíduos sólidos de saúde (PGRSS), conforme Resolução RDC Anvisa nº 306/04. - A Licença Sanitária ou Alvará e a Certidão de Regularidade devem ser afixadas em local visível ao público. Além disso, deve ser afixado no estabelecimento um cartaz informativo, em local visível ao público, contendo as seguintes informações: * Razão social; * Número de inscrição no Cadastro Nacional de Pessoa Jurídica (CNPJ); * Número da Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) expedida pela Anvisa; * Número da Autorização Especial de Funcionamento (AE) para farmácias, quando aplicável; * Nome do Farmacêutico Responsável Técnico, e de seu (s) substituto (s), seguido do número de inscrição no CRF; * Horário de trabalho de cada farmacêutico; * Números atualizados de telefone do Conselho Regional de Farmácia e dos órgãos Estadual e Municipal de Vigilância Sanitária. As farmácias com manipulação e as drogarias ou farmácias sem manipulação devem ser localizadas, projetadas, dimensionadas, construídas ou adaptadas com infraestrutura compatível com as atividades a serem desenvolvidas, possuindo, no mínimo, ambientes para atividades administrativas, recebimento e armazenamento dos produtos, dispensação de medicamentos, sanitários e depósito de material de limpeza. Além disso, deve ser definido um local específico para guarda dos pertences dos funcionários no ambiente destinado às atividades administrativas. A segurança no ambiente de trabalho também deve ser levada em consideração durante a elaboração do projeto de área física e layout da farmácia. Algumas diretrizes nesse sentido foram apontadas no capítulo específico desta Cartilha que trata de biossegurança. Conhecendo os medicamentos e suas especificidades; Os medicamentos são produtos farmacêuticos tecnicamente obtidos ou elaborados, com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico segundo a definição da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). São diferentes de remédios pois são elaborados em laboratório e possuem toda uma regulação para serem comercializados e podem ser obtidos nos seguintes tipos: de referência, similar ou genérico. Muitas pessoas acham que não há diferença entre medicamentos e remédios, que têm o mesmo significado, porém estão enganadas. Os medicamentos são substâncias estudadas, testadas e elaborados pela indústria farmacêutica com o objetivo de diagnosticar, prevenir, curar ou aliviar sintomas. O remédio é mais amplo, se refere a quaisquer tratamentos terapêuticos também contra doenças e alívio dos sintomas. O soro caseiro, um chá, massagem, são todos classificados A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A 7 como remédios, porém não medicamentos, ao contrário, os medicamentos podem ser considerados remédios. Hoje, segundo a Lei nº 9.787 de 1999, os medicamentos podem ser divididos em três principais tipos de medicamentos: o de referência, o similar e o genérico. O medicamento de referência é o produto inovador, aprovado pelo órgão federal e comercializado, cuja eficácia, segurança e qualidade foram devidamente comprovadas cientificamente. Dentro desse tipo existem outras três classes: homeopáticos, que tratam o paciente com pequenas doses que produzem os mesmos sintomas da doença, estimulando o corpo a se recuperar; fitoterápicos, obtidos de raízes, cascas, folhas e sementes; e alopáticos, os mais comuns entre pacientes, a substância química age diretamente sobre os sintomas – eles podem ser industrializados ou manipulados. O medicamento similar é igual ao medicamento de referência em suas características, podendo apenas mudar o tamanho, forma, prazo de validade, embalagem e rotulagem. O medicamento genérico é uma versão mais em conta (em termos econômicos) do medicamento de referência, pois não há uma marca na embalagem, apenas o nome da substância ativa; ele geralmente é produzido após a expiração ou renúncia da proteção da patente e de outros direitos de exclusividade. Mas você pode trocar um medicamento de referência por um similar ou genérico sempre? Essa troca se chama intercambialidade de medicamentos. Antes de 2014 não era possível trocar o medicamento de referência pelo similar, apenas pelo genérico. Mas com o novo regulamento, após um estudo comparativo do medicamento similar com o medicamento de referência a fim de comprovar a eficiência, o medicamento similar entra a lista de medicamentos intercambiáveis aprovados pela Anvisa e pode substituir o de referência. Outro ponto importante para um atendente é entender o significado das tarjas de um medicamento, ele deve saber quais medicamentos podem ser vendidos sem receita e quais os procedimentos de venda de cada tipo de medicamento. a) Não tarjados Os não tarjados ou Medicamentos Isentos de Prescrição (MIPs) apresentam poucos efeitos colaterais ou contra-indicações, desde que usados corretamente e sem abusos, por isso podem ser dispensados sem a prescrição médica. Os MIPs são utilizados para o tratamento de sintomas ou males menores (resfriados, azia, má digestão, dor de dente, etc.). É importante ressaltar que esses produtos estão isentos de prescrição médica, porque a instância sanitária reguladora federal considerou que suas características de toxicidade apontam para inocuidade ou são significativamente pequenas. Porém, a utilização deve ser feita dentro de um conceito de automedicação responsável. 8 A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A b) Tarja vermelha sem retenção da receita A saber, representa os medicamentos vendidos mediante a apresentação da receita, que não fica retida na farmácia. Esses medicamentos têm contraindicações e podem provocar efeitos colaterais graves. Nesse sentido, na tarja vermelha está impressa a mensagem “venda sob prescrição médica”. c) Tarja vermelha com retenção da receita Representa os medicamentos que necessitam de retenção da receita, conhecidos como medicamentos psicotrópicos. Por isso, na tarja vermelha está impresso “venda sob prescrição médica – só pode ser vendido com retenção de receita”. Assim, só podem ser vendidos com receituário especial de cor branca. d) Tarja preta, com retenção da receita Representa os medicamentos que exercem ação sedativa ou que ativam o sistema nervoso central e que, portanto, também fazem parte dos chamados psicotrópicos. Por isso, a tarja preta vem com a inscrição “venda sob prescrição médica – o abuso deste medicamento pode causar dependência”. Tais medicamentos apenas podem ser vendidos com receituário especial de cor azul. e) Tarja amarela Representa os medicamentos genéricos e deve conter a inscrição “Medicamento Genérico”, na cor azul. Diferença entre Fármaco, medicamento e droga; Fármaco, de acordo com a Agência Nacional de Vigilância Sanitária – Anvisa, é a principal substância da formulação do medicamento, responsável pelo efeito terapêutico. Fármaco também é um composto químico obtido por extração, purificação, síntese ou semi-síntese. São os fármacos que dão origem aos medicamentos, sendo o princípio ativo da forma terapêutica. Seguindo as definições oficiais que regulamentam a área de saúde no Brasil, conforme Portaria ministerial n 3.916/MS/GM do Ministério da Saúde, fármaco é a substância química que é o princípio ativo do medicamento. E por medicamento entende-se ser o produto farmacêutico com finalidade profilática, curativa, paliativa ou para fins de diagnóstico. Desse modo, fica fácil de entender a estreita relação entre fármaco e medicamento, sendo o fármaco o princípio ativo para a formulação dos medicamentos que são o produto final para ingestão do paciente na busca da melhoria das condições de saúde. Ou seja, o medicamento é o fármaco beneficiado em doses ou concentrações terapêuticas, com finalidade de curar oudemais ações relacionadas à saúde do paciente. Assim é possível dizer que medicamento é o fármaco beneficiado, de maneira industrial ou em manufatura, em dose ou concentração terapêutica. O mesmo vale para formulações semi-sólidas ou líquidas. Aquele creme que possui um princípio ativo com finalidade de prevenir, curar, tratar ou servir de diagnóstico para patologias também é considerado um medicamento. O conceito de droga faz referência a qualquer substância ou conjunto de substâncias com a capacidade de causar alterações nas funções do organismo, A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A 9 podendo ser benéficas ou não, e nem sempre totalmente conhecidas. Já medicamentos são produtos comerciais finais contendo substâncias com composição química definida, denominadas fármacos, e que são administrados com finalidade terapêutica. Assim, para serem considerados medicamentos, tais preparações precisam necessariamente serem submetidas às normas de produção vigentes, pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (ANVISA). Por outro lado, os remédios abrangem drogas, medicamentos ou quaisquer ações ou métodos não convencionais (massagens, chás, emplastros, benzimentos) que exerçam ações benéficas sobre as funções biológicas e psicológicas do paciente. Embora esses conceitos sejam claros atualmente, essa divisão didática nem sempre ocorreu, uma vez que os conceitos de droga, fármaco e medicamento surgiram após o isolamento e a purificação de substâncias químicas com atividade biológica, mas esse é um assunto para outro tópico. Formas Farmacêuticas As formas farmacêuticas foram desenvolvidas para facilitar a administração de medicamentos a pacientes de faixas etárias diferentes ou em condições especiais, e para permitir seu melhor aproveitamento. Para uma criança, por exemplo, é melhor engolir gotas em um pouco de água do que um comprimido. Além disso, a forma farmacêutica se relaciona à via de administração que vai ser utilizada, isto é, a porta de entrada do medicamento no corpo da pessoa, que pode ser, por via oral, retal, intravenosa, tópica, vaginal, nasal, entre outras. Cada via de administração é indicada para uma situação específica, e apresenta vantagens e desvantagens. Sabemos, por exemplo, que uma injeção é sempre incômoda e muitas vezes dolorosa. No entanto, seu efeito é mais rápido. Lembre-se que não é apenas a forma do medicamento que é importante, a sua via de administração também deverá ser escolhida pelo médico, no ato da prescrição. No quadro abaixo estão relacionadas as vias de administração e as principais formas farmacêuticas existentes. VIA DE ADMINISTRAÇÃO FORMAS FARMACÊUTICAS Via oral (boca) Comprimido, cápsula, pastilhas, drágeas, pós para reconstituição, gotas, xarope, solução oral, suspensão. Via sublingual (debaixo da língua) Comprimidos sublinguais Via parenteral (injetável) Soluções e suspensões injetáveis Via cutânea (pele) Soluções tópicas, pomadas, cremes, loção, gel, adesivos. 10 A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A Via nasal (nariz) Spray e gotas nasais Via oftálmica (olhos) Colírios e pomadas oftálmicas Via auricular (ouvidos) Gotas auriculares ou otológicas e pomadas auriculares Via pulmonar (respiração/aspiração) Aerossol (bombinha) Via vaginal (vagina) Comprimidos vaginais, cremes, pomadas, óvulos. Via retal (ânus) Supositórios e enemas Classe medicamentosa; Um medicamento pode ser classificado pela função química do princípio ativo ou pelo modo como é usado para tratar uma condição particular. Cada droga pode ser classificada em uma ou mais classes terapêuticas. Como a quantidade de medicamentos é muito grande, será destacado os medicamentos mais utilizados no âmbito de uma farmácia. - Medicamentos analgésicos e antipiréticos São medicamentos que agem no combate à dor (analgésicos) e também na diminuição da temperatura corpórea (antipiréticos). São exemplos de medicamentos analgésicos e antipiréticos, o ácido acetilsalicílico, a dipirona e o paracetamol - Medicamentos antiácidos São medicamentos que neutralizam o ácido clorídrico, reduzindo a acidez do suco gástrico. Esses medicamentos removem a dor e a azia - as manifestações mais comuns de doenças do canal digestivo. Para fins médicos, antiácidos são usados há mais de um século. Exemplos: sonrisal, cimetidina. - Medicamentos Antissecretores gástricos São medicamentos que causam a inibição de secreção gástrica de forma indireta. Temos como exemplo: omeprazol, pantoprazol, ranitidina. - Medicamentos antiarrítmicos Os antiarrítmicos são medicamentos utilizados no tratamento sintomático e preventivo da deterioração da função cardíaca devido à taquicardia e ritmo irregular. Sua função é modificar o automatismo, os períodos refratários e a velocidade de condução das células cardíacas. A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A 11 - Medicamentos antibióticos Os antibióticos são medicamentos de origem natural ou sintética que inibem o crescimento ou causam a morte de bactérias. Exemplos: azitromicina, amoxacilina, neomicina, cefalexina. - Medicamentos anticoagulantes Os anticoagulantes são medicamentos que impedem a formação de coágulos no sangue, porque bloqueiam a ação de substâncias que promovem a coagulação. - Medicamentos antieméticos Os medicamentos antieméticos são tipos de produtos químicos que ajudam a aliviar os sintomas de náusea ou vômito. Os medicamentos antieméticos também podem ser usados para tratar náuseas e vômitos causados por outros medicamentos, enjoo frequente de movimento, infecções ou gripe estomacal. Exemplos: plasil, dramin. - Medicamentos antifúngicos Um antifúngico ou antimicótico é uma medicação fungicida ou fungistático farmacêutica utilizada para tratar e prevenir micoses como pé de atleta, dermatofitoses, candidíase, infecções sistémicas como meningite por Cryptococcus spp e outros. Exemplos: fluconazol, tolmicol, miconazol. - Medicamentos antivirais São um grupo de medicamentos que combatem ou controlam doenças virais. Exemplos: aciclovir, zovirax, tamiflu, ganciclovir. - Medicamentos antiparasitários São um grupo de medicamentos que combatem ou controlam doenças parasitárias ou verminoses. Exemplos: metronidazol, albendazol, mebendazol. - Medicamentos anti-hipertensivos O medicamento anti-hipertensivo é definido como qualquer substância ou procedimento usado para reduzir a pressão arterial. Assim sendo, os medicamentos anti-hipertensivos são um grupo de drogas exclusivas para a hipertensão. Exemplos: captopril, atensina, nifedipino, verapamil, enalapril. - Medicamentos laxantes São medicamentos que auxiliam no alívio da constipação. Exemplos: óleo mineral, leite de magnésia.. - Medicamentos antidiarreicos São medicamentos que auxiliam no controle e alívio da diarreia, diminuindo a motilidade intestinal. Exemplos: imosec, floratil. - Medicamentos anti-histamínicos As Gerações dos Anti-Histamínicos. Existem dois tipos principais de anti- histamínicos que incluem: Primeira geração: são remédios, como Hidroxizina ou 12 A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A Clemastina, que diminuem os sintomas de alergia mas que provocam sonolência; Segunda geração: são medicamentos, como Cetirizina ou Desloratadina, que não provocam sono. - Medicamentos anti-inflamatórios Os anti-inflamatórios são remédios que diminuem a produção de substância inflamatórias no corpo, sendo normalmente indicados para o tratamento de vários tipos de dor, como dor de garganta, cólicas menstruais ou dor de cabeça, por exemplo, além de poderem ser usados para baixar a febre. Exemplos: ibuprofeno, nimesulida. - Medicamentos expectorantes São medicações usadas no alívio da tosse, pois causam a liquefação do muco nos brônquios facilitando a expulsão do sistema respiratório. Exemplos: fluimucil, carbocisteína, bromelin. - Medicamentos broncodilatadores Os broncodilatadores são medicamentos que atuam nos brônquios, ajudando no relaxamento e, consequentemente,auxiliando o aumento do calibre das vias respiratórias. Com isso causam a dilatação dos brônquios, causando melhor troca gasosa, melhorando assim a oxigenação dos tecidos. Exemplos: aerolin, aminofilina, teofilina, atrovent, berotec. - Medicamentos corticoides Corticoides, como conhecemos, são uma classe de medicamentos de ação anti-inflamatória e imunossupressora - ou seja, usada para suprimir os mecanismos de defesa do corpo, um procedimento necessário para a realização de transplantes e enxertos, por exemplo. Este medicamento é confeccionado a partir de um hormônio produzido pelo nosso corpo chamado de cortisol, que é produzido nas glândulas suprarrenais. O corticoide, portanto, é um derivado sintético deste hormônio, com o mesmo núcleo, mas a estrutura dele é modificada para potencializar a sua ação e função no organismo. Os corticoides, também conhecidos como corticosteroides, glicocorticoides e anti-inflamatórios esteroidais, são muito potentes e têm as mais diversas indicações para uso. Contudo, por serem uma espécie de hormônio sintético, eles não atuam apenas onde está o problema, e podem acabar alterado o funcionamento de todo o organismo. Seu uso requer cuidados e a indicação médica é fundamental, assim como seguir as orientações de posologia à risca e o protocolo de retirada do medicamento do organismo também A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A 13 - Medicamentos Hipoglicemiantes São medicamentos usados no controle e regulação da glicemia. Exemplos: glifage, glibenclamida, metformina, insulina regular, insulina NPH. - Medicamentos diuréticos Os diuréticos são medicamentos que aumentam o volume de urina produzida, por aumentarem a excreção de água pelos rins em resposta a um aumento da eliminação de sal ou diminuição da sua reabsorção nos túbulos renais. Exemplos: hidrocloratiazida, furosemida. Com tantas classes de medicamentos fica claro a importância de um profissional acompanhando seu uso correto, este profissional da saúde é capacitado orientar os pacientes, principalmente com o intuito de educar e instruir sobre todos os aspectos relacionados ao medicamento, o que colabora evitando erros de automedicação. 14 A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A UNIDADE II Procedimentos e Organização de uma Farmácia Praticas Farmacêuticas em drogarias Boas práticas farmacêuticas é o conjunto de técnicas e medidas que visam assegurar a manutenção da qualidade e segurança dos produtos disponibilizados e dos serviços prestados em farmácias e drogarias, com o fim de contribuir para o uso racional desses produtos e a melhoria da qualidade de vida dos usuários. O objetivo das Boas Práticas de Dispensação em farmácias e drogarias é estabelecer os requisitos gerais de Boas Práticas a serem observadas na assistência farmacêutica aplicada a aquisição, armazenamento, conservação e dispensação de produtos industrializados em farmácias e drogarias. RESOLUÇÃO DE DIRETORIA COLEGIADA – RDC Nº 44, DE 17 DE AGOSTO DE 2009 (Publicada em DOU nº 157, de 18 de agosto de 2009) Dispõe sobre Boas Práticas Farmacêuticas para o controle sanitário do funcionamento, da dispensação e da comercialização de produtos e da prestação de serviços farmacêuticos em farmácias e drogarias e dá outras providências. Armazenamento correto dos medicamentos e insumos; O local de armazenamento deve ser bem ventilado, sem umidade e sem iluminação solar direta. A temperatura deve estar sempre entre 15ºC e 30ºC e a umidade entre 40 e 70%. Se há variações além dessas é necessário o controle por meio de ar-condicionado, ventiladores, exaustores, etc. A construção deve ser de alvenaria, com paredes de cor clara e laváveis e piso de fácil limpeza. O ambiente deve ser mantido em perfeitas condições de higiene, sem a presença de roedores, pássaros ou insetos. O armazenamento incorreto de remédios pode acarretar a falta de ação medicamentosa ou a potencialização de efeitos colaterais, afetando diretamente a saúde dos pacientes e podendo até mesmo interferir na contaminação ambiental. Dessa forma, o farmacêutico não pode deixar de ficar atento a todas as condições de armazenamento de seus medicamentos e correr o risco de gerar qualquer dano à saúde ou ao meio ambiente. A organização dos medicamentos é essencial para evitar confusões e trocas no momento da venda e também para a manutenção do controle do estoque. A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A 15 Caixas pequenas podem ser mantidas em estantes, já as grandes requerem estrados. Entre essas estruturas é fundamental haver espaço livre suficiente para a circulação do ar, dos funcionários e de quaisquer equipamentos, como as empilhadeiras. O acesso ao local de armazenamento deve ser restrito e de preferência próximo ao setor administrativo, para que qualquer movimento suspeito possa ser identificado imediatamente. O transporte dentro da farmácia deve ser feito de forma organizada e com a ajuda de equipamentos específicos de acordo com a quantidade de medicamentos em fluxo. Caixas plásticas ou de isopor são frequentemente utilizadas, assim como lacres. O transporte externo deve levar em conta as condições ambientais, não expondo os medicamentos a extremos de temperatura, umidade ou iluminação e dando-se preferência no momento de descarga aos medicamentos termolábeis. A estocagem dos medicamentos deve ser feita de acordo com o lote e a data de validade dos medicamentos, reduzindo o risco de venda de remédios vencidos e facilitando a identificação de qualquer lote contaminado ou que deva retirado do mercado. Quando for necessário realizar o descarte de medicamentos, isso deve ser feito de acordo com as orientações do fabricante e da vigilância sanitária, sempre respeitando o meio ambiente. Na estocagem de medicamentos utilizamos uma regra básica chamada PVPS, primeiro que vence, primeiro que sai, ou seja, o medicamento ou insumo que está com a data de validade mais perto do vencimento deve ser vendido primeiro e estocado na frente do que tem validade maior. Com isso evitamos perda por vencimento na nossa Farmácia. Outro fator importante é a embalagem. Deve-se ficar atento à integridade das embalagens e dos lacres de segurança, já que qualquer tipo de violação pode gerar a contaminação dos medicamentos e colocar a vida do paciente em risco. Alguns equipamentos simples como termômetros e higrômetros são essenciais para o monitoramento das condições do local. Para controle da temperatura podem ser necessários sistemas de condicionamento do ar ou ventiladores. Para melhorar a ventilação, exaustores. Como alguns medicamentos devem ser armazenados sob refrigeração, um refrigerador também se torna necessário e nunca deve-se permitir que os medicamentos sejam armazenados juntamente aos alimentos ou bebidas. Dependendo do volume de vendas da farmácia, equipamentos de transporte como empilhadeiras e carrinhos pode ajudar. Para que o armazenamento seja eficiente, os medicamentos devem ser distribuídos de maneira facilitadora a seu acesso, identificação, manuseio e controle. Além disso tudo, a distribuição deles deverá ser clara para que operações como inventário e balanços possam ocorrem com maior facilidades. As possíveis formas de armazenamento são: - Ordem alfabética Baseia-se no nome genérico do produto, é muito útil, pois permite ao operador estabelecer uma sequência na tomada de pedidos e também no trabalho de contagem. - Forma farmacêutica Baseia-se na organização conforme a forma farmacológica do produto. Além 16 A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A de contribuir com a racionalização do espaço, evita erros na contabilização e no despacho do produto. - Grupo terapêutico Esse modelo organiza os medicamentos por seus grupos terapêuticos. É muito utilizada e auxilia no controle de inventários, pois cobre um amplo número de produtos de uma mesma classe. - Alfanumérico Utiliza um sistema de sinalizações nas áreas, prateleiras e estrados. É indicado paragrandes quantidades, galpões por exemplo. Usar esse modelo de armazenamento exige muita atenção nos registros para que cada item seja colocado no seu devido local. Organização e logística de uma Farmácia; O Brasil é o sexto maior mercado farmacêutico do mundo. E para confirmar isso temos a cada esquina uma farmácia. Para o atual cenário de crescimento e aumento de vendas, a opção para gerenciar tudo isso é: logística, que atenda a todas as demandas, a fim de criar uma visão estratégica e também garantir melhores resultados. A logística farmacêutica se baseia em compra, estoque, transporte, distribuição e armazenamento. Tornando-se um mercado cada vez mais exigente, é preciso ter eficácia em todos os processos, sendo assim é preciso aliar tecnologia a logística. Qualquer negócio precisa de uma boa gestão de estoque para alcançar seus objetivos. E tratando do setor farmacêutico essa realidade não é diferente. Quando falamos em estoque, estamos abordando uma gestão e organização interna precisa para obter resultados. Abaixo estão algumas medidas para melhorar a gestão do estoque: - Crie padrões e regras para a organização do estoque - Desenhe o fluxo de entrada e saída de medicamentos - Controle com rigidez - Defina datas e períodos para compras - Defina o volume mínimo e máximo para cada produto Seguindo essas dicas, dá para ter uma noção da rotatividade do seu estoque, como organizá-lo melhor, além de proporcionar uma visão melhor dos produtos que você tem e os que estão terminando. Caso não se realize o controle de estoque da farmácia duas situações extremas podem ocorrer: ter falta de produtos ou ficar com uma grande quantidade parada no estoque. A desorganização pode fazer com que haja falta de medicamentos. Consequentemente, levar à insatisfação de clientes. Algo que, em meio a concorrência, certamente você não deseja que ocorra. Agora, pense que você fez um pedido grande demais de um determinado item. Além de ficar encalhado no estoque, apenas ocupando espaço, ele corre o risco de atingir sua data de vencimento. Pois, como sabemos, a maioria dos produtos do ramo farmacêutico A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A 17 é perecível ou possui um curto prazo de validade. Logo, a má gestão do estoque pode facilmente resultar em prejuízos financeiros – devido à inutilidade desses produtos após seu vencimento. Assim sendo, podemos mencionar como principais benefícios de realizar o controle de estoque de farmácia: - Evitar que haja falta de produtos; - Otimizar a organização e armazenagem dos medicamentos; - Evitar produtos em excesso e parados no estoque; - Reduzir a perda de mercadorias devido à validade. - Fazer com que o dinheiro gire, permitindo novas compras. Biossegurança; De acordo com a Anvisa, a biossegurança é um conjunto de ações e medidas que visam a prevenção, redução, controle e a eliminação de riscos em relação às atividades profissionais que podem comprometer a saúde humana, do meio ambiente e também dos animais. Ou seja, a biossegurança é uma medida imprescindível nos locais de trabalho que envolvem contato com substâncias, medicamentos e microrganismos de risco, como é o caso das farmácias. Sobretudo, é importante ressaltar que a biossegurança em farmácias vai para além da saúde física dos colaboradores, mas atravessa os impactos ambientais e suas implicações na saúde pública. No ambiente de trabalho podem ser encontrados vários tipos de riscos que devem ser cuidadosamente avaliados a fim de que se adotem medidas preventivas adequadas: - Riscos de acidentes (qualquer fator que possa afetar integridade, bem-estar físico ou moral. Ex.: explosão); - Riscos ergonômicos (fatores que causam desconforto ou afetam a saúde. Ex.: atividades repetitivas e/ou monótonas); - Riscos físicos (ruído, vibração, pressão/temperatura anormal, radiação não ionizante, etc.); - Riscos químicos (poeiras, fumos, névoas, gases, vapores que possam penetrar no organismo pela pele ou por ingestão); - Riscos biológicos (bactérias, fungos, parasitos, vírus, entre outros agentes causadores de doenças). Em relação aos profissionais e colaboradores que trabalham diariamente no setor de farmácias, a biossegurança está ligada às condições em que o profissional está inserido. Ou seja, as instalações, os laboratórios, os tipos de medicamentos ao qual cada profissional está exposto e de que forma se dá a postura e o manuseio dessas substâncias e equipamentos. A biossegurança deve estar presente em todos os processos instituídos nas farmácias, desde a adequação de instalações, aos cuidados no manejo de medicamentos, a organização deles, armazenamento e exposição das substâncias 18 A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A e até mesmo no treinamento dos colaboradores. Os medicamentos e todas as substâncias químicas presentes nesses ambientes devem ser manejados por profissionais qualificados, de acordo com todas as normas de biossegurança em farmácias. Tudo isso se faz importante tendo em vista que esses ambientes, além de armazenar substâncias que podem causar riscos, recebem diariamente pessoas infectadas por diversos contaminantes microbianos. As normas para biossegurança em farmácias envolvem desde a higienização correta, até o armazenamento adequado dos medicamentos. Apesar de ser um desafio para alguns profissionais, esses são os princípios básicos para que qualquer atividade ocorra com segurança no setor de farmácias. Descarte de Resíduos. Os resíduos de drogarias ou farmácias podem ser interpretados como um produto residual, não utilizável, resultante de procedimentos ou atividades exercidas por prestadores de serviços de saúde. A Agência nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) dispõe de um plano de Gerenciamento de resíduos de serviços de saúde que apresenta como os resíduos farmacêuticos e hospitalares devem ser tratados e classificados. As suas classificações podem ser feitas em cinco grupos diferentes: - Grupo A – São considerados os infectantes ou Biológicos. Contam com a possível presença de agentes biológicos, que podem apresentar riscos de infecção. - Grupo B – Podem ser considerados os resíduos que contém substâncias químicas e que podem apresentar riscos à saúde ou ao meio ambiente. Contém características de inflamabilidade, corrosividade, reatividade e toxicidade. Se adequam a categoria produtos hormonais, antimicrobianos, citostáticos, antineoplasticos, imunossupressores, digitálicos, imunomoduladores, anti- retrovirais, quando descartados por serviços de saúde, farmácias, drogarias e distribuidores de medicamentos ou apreendidos e os resíduos e insumos farmacêuticos dos medicamentos controlados pela portaria MS 344/98 e suas atualizações. Também fazem parte do grupo resíduos saneantes, desinfetantes, desinfestantes, reagentes para laboratório, dentre outros. - Grupo C – São quaisquer materiais resultantes de atividades humanas que contenham radionuclídeos em quantidades superiores aos limites de isenção especificados nas normas do CNEN e para os quais a reutilização é imprópria ou não prevista. São considerados resíduos radioativos. - Grupo D – Resíduos comuns que não apresentam riscos biológicos, químicos ou radiológicos. Podem ser equiparados aos resíduos domiciliares, como papel de uso sanitário, fralda, resto alimentar, resíduos de áreas administrativas, equipo de soro e similares. - Grupo E – Materiais perfurantes ou escarificantes como lâminas, agulhas, escalpes, ampolas de vidro, tubos capilares, utensílios de vidro quebrados e similares. A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A 19 É importante salientar que o responsável técnico da farmácia ou drogaria deve dar o destino correto aos resíduos gerados no seu estabelecimento. Os farmacêuticos devem buscar maiores informações quanto ao manejo e descarte dos resíduos, visando prevenir danos tanto à saúde pública quanto ao meio ambiente. Como fazer o gerenciamento dos resíduos de saúde? O gerenciamento dos resíduosde saúde constitui-se em um conjunto de procedimentos de gestão, planejados e implementados a partir de bases científicas e técnicas, normativas e legais, com o objetivo de minimizar a produção de resíduos e proporcionar aos resíduos gerados, um encaminhamento seguro, de forma eficiente, visando à proteção dos trabalhadores, a preservação da saúde pública, dos recursos naturais e do meio ambiente. Todo estabelecimento de saúde deve conter o PGRSS, Programa de Gerenciamento de Resíduos de Serviços de Saúde. O Regulamento Técnico para o gerenciamento de resíduos de serviços de saúde publicado pela Anvisa, determina as regras de gerenciamento de resíduos de farmácias e drogarias. São orientações sobre a segregação, acondicionamento, identificação, armazenamento, coleta e transporte. Cada PGRSS é único, pois grande parte das informações vem da análise e diagnóstico da situação existente naquele local. Em linhas gerais, é composto de várias etapas, descritas a seguir: • Segregação: esta é a primeira e mais importante operação, pois requer a participação ativa e consciente de todos os funcionários da farmácia para que o manuseio seja seguro e não coloque em risco a comunidade, tampouco os funcionários envolvidos. De acordo com a RDC Anvisa n° 306/04 e a Resolução Conama n° 358/05, 48 COMISSÃO ASSESSORA DE FARMÁCIA os RSS são classificados em cinco grupos, que devem ser segregados, identificados e acondicionados conforme descrito no quadro a seguir: - Grupo A: resíduos biológicos Branco leitoso NBR 9191 - Grupo B: resíduos químicos Laranja com identificação da norma 10004 - Grupo C: rejeitos radioativos Após decaimento segundo a norma CNEM 6905, acondicionar conforme seu tipo de periculosidade (Grupo A, B ou D) - Grupo D: resíduos comuns Caso o resíduo seja classificado como Grupo D reciclável, acondicioná-lo em: I - azul - PAPÉIS II- amarelo - METAIS III - verde - VIDROS IV - vermelho - PLÁSTICOS V - marrom - RESÍDUOS ORGÂNICOS Os demais resíduos classificados como Grupo D: Podem ser acondicionados em saco preto. - Grupo E: resíduos perfurocortantes. Coletor para perfurocortante segundo a NBR 13853 Fonte: Cartilha da Comissão de Resíduos e Gestão Ambiental – CRF- SP (2015) • Acondicionamento: os sacos de acondicionamento devem ser constituídos de material resistente à ruptura e vazamento, impermeável, respeitados os limites de peso de cada saco, sendo proibido o seu esvaziamento ou reaproveitamento. Os sacos devem estar contidos em recipientes de material lavável, resistente à punctura, ruptura e vazamento, com tampa provida de sistema de abertura sem contato manual, com cantos arredondados, e ser resistentes ao tombamento. Os resíduos líquidos devem ser acondicionados em recipientes constituídos de 20 A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A material compatível com o líquido armazenado, resistentes, rígidos e estanques, com tampa rosqueada e vedante. Os resíduos perfurocortantes ou escarificantes (grupo E) devem ser acondicionados separadamente no local de sua geração, imediatamente após o uso, em recipiente rígido, estanque, resistente à punctura, ruptura e vazamento, impermeável, com tampa, contendo a simbologia apropriada, segundo a Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT). • Transporte interno dos RSS: especificar o tipo de carro de coletas, EPIs e demais ferramentas e utensílios necessários. Se possível, esse transporte deve ser feito em horários de menor fluxo de pessoas ou de atividades. • Armazenamento temporário dos RSS: guarda temporária dos recipientes contendo os resíduos já acondicionados, em local próximo aos pontos de geração, visando otimizar o deslocamento entre os pontos geradores e o ponto destinado à disponibilização para coleta externa. • Armazenamento externo: consiste no acondicionamento dos resíduos em abrigo exclusivo e com acesso facilitado para os veículos coletores. • Coleta e transporte externo dos RSS: remoção dos RSS do abrigo de resíduos (armazenamento externo) até a unidade de tratamento ou disposição final, pela utilização de técnicas que garantam a preservação das condições de acondicionamento e a integridade dos trabalhadores, da população e do meio ambiente. • Tratamento de RSS: aplicação de método, técnica ou processo que modifique as características dos riscos inerentes aos resíduos, reduzindo ou eliminando o risco de contaminação, de acidentes ocupacionais ou de danos ao meio ambiente. Há várias formas de se proceder ao tratamento: desinfecção química ou térmica (autoclavagem, micro-ondas, incineração). O tratamento pode ser feito no estabelecimento gerador ou em outro local, sendo essa atividade objeto de licenciamento ambiental e passível de fiscalização e de controle pelos órgãos de vigilância sanitária e de meio ambiente. • Disposição Final dos RSS: consiste na disposição definitiva de resíduos no solo ou em locais previamente preparados para recebê-los, devidamente licenciados pelo órgão ambiental competente. As formas de disposição final dos RSS, atualmente, incluem o aterro sanitário (lixo comum), o aterro de resíduos perigosos e a incineração. • Reciclagem de RSS: pode ser definido como reciclagem “o processo de transformação dos resíduos que utiliza técnicas de beneficiamento para reprocessamento ou obtenção de matéria-prima para fabricação de novos produtos” (RDC Anvisa n° 306/04). Os benefícios da reciclagem são: diminuição da quantidade de resíduos a ser disposta no solo; economia de energia; preservação de recursos naturais e outros. Os resíduos que são utilizados frequentemente na reciclagem são: matéria orgânica; papel; plástico; metal; vidro e entulhos. Conforme previsto na RDC Anvisa n° 306/04, devem ser realizados programas de educação continuada, com o intuito de orientar, motivar, conscientizar e informar permanentemente todos os envolvidos sobre os riscos e procedimentos adequados de manejo, de acordo com preceitos de gerenciamento de resíduos. É preciso manter cópia do PGRSS disponível para consulta, conforme solicitação da autoridade sanitária ou ambiental competente, dos funcionários e do público A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A 21 em geral. É válido salientar que, para realizar o processo de forma regular e segura, é importante a presença de uma empresa especializada e licenciada pelos órgãos ambientais e de saúde para cumprir com segurança todo o processo. 22 A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A UNIDADE III Atendimento e postura profissional Qualidade no atendimento; Cada vez mais é necessário imergir na estratégia de melhor relacionamento com clientes, cativando, surpreendendo e oferecendo melhores processos para atender suas necessidades e expectativas. Os clientes nos tempos atuais estão cada vez mais exigentes e confusos diante das diversas alternativas que lhe são oferecidas no que tange aos produtos, serviços, qualidade, tecnologia, inovação e preços. A busca por cada cliente é questão de competitividade e estratégia Nos dias atuais não basta apenas agradar o cliente, ser educado ou tratá-lo bem, é preciso prever suas necessidades, ou seja, surpreender suas expectativas. É necessário estabelecer um canal de comunicação direto entre o cliente e a empresa, através da comunicação, ouvindo com muita atenção, suas críticas e sugestões transformando elas em especificações de melhores produtos e serviços. Sendo assim, a necessidade do cliente refere-se aos interesses da empresa, pois o cliente satisfeito proporciona aumento do volume de negócios em função de uma fidelidade temporária. A melhoria dos serviços prestados pela empresa dever ter um comprometimento de todos dentro da empresa. Portanto, passa a ser um objetivo específico para se alcançar uma posição de destaque para os clientes, pois não basta à empresa buscar melhorias se os profissionais que nela atuam não estão comprometidos. Foi-se o tempo da prepotência empresarial, porque o poder agora está nas mãos do cliente atravésdo seu direito de escolha. Se uma empresa não procurar conhecer seu cliente para atender suas necessidades e expectativas, certamente haverá um concorrente que irá fazê-lo. As empresas necessariamente terão que se adequar a essa nova era, ou seja, preocupar-se com a excelência da qualidade de seus serviços ou não sobreviverão no mercado. Os clientes atuais querem muito mais do que cortesia, querem serviços que agreguem valor, prestando ao consumidor serviços que, na sua percepção, atendam ou superem suas expectativas. Para a maior parte das pessoas, a qualidade de um serviço é pelo menos 8% mais importante do que seu preço. Sendo que o consumidor está disposto a pagar até 16% a mais por serviços de qualidade. O bom atendimento da empresa levará à satisfação e à fidelidade do consumidor traduzindo-se em mais negócios para a empresa. Fator importantíssimo, na qualidade do atendimento ao cliente é saber ouvi-lo. Estatísticas demonstram que cerca de 80% das inovações tecnológicas foram implantadas a partir de opiniões colhidas de clientes. Na empresa privada brasileira os sistemas de A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A 23 atendimento ao cliente operam através de SAC, como são conhecidos os serviços de atendimento ao cliente. Sensíveis aos direitos, além de à importância central que o cliente vem alcançando nos mercados atuais, algumas empresas de médio, e grande porte no Brasil vêm implantando seus serviços de orientação e atendimento ao cliente visando atender às necessidades e expectativas daqueles que os mantêm. Entre outros resultados, observa-se a recuperação e retenção de clientes, maior eficácia das ações de marketing, maior credibilidade da empresa no mercado, fortalecimento da imagem institucional, criação de um diferencial competitivo e, principalmente, a concretização da missão empresarial. Postura profissional; Postura profissional é o conjunto de características pessoais e condutas adotadas pelo profissional no ambiente de trabalho. Ou seja, todas as escolhas, ações e atitudes realizadas diante das mais variadas situações do dia a dia compõem a postura de um profissional. Sendo assim, a postura pode ser boa ou ruim. O colaborador que se preocupa em construir uma boa postura profissional, certamente, tem um diferencial competitivo no mercado. Ele é sempre bem visto pelos seus colegas e superiores, e também lembrado em momentos oportunos. Fora isso, um profissional respeitado e admirado tem mais propriedade para desenvolver seu trabalho, especialmente se for um líder. Um bom profissional é aquele que possui atitudes consistentes, coerentes, racionais e válidas. Também é aquele que respeita a si mesmo, os valores da companhia, os demais e se compromete com os horários. Em resumo, a pontualidade também se encontra nessa lista. Ética no ambiente de saúde; Ética é o conjunto de normas morais pelo qual o indivíduo deve orientar seu comportamento na profissão que exerce e é de fundamental importância em todas as profissões e para todo ser humano, para que possamos viver relativamente bem em sociedade. Com o crescimento desenfreado do mundo globalizado, muitas vezes deixamos nos levar pela pressão exercida em busca de produção, pois o mercado de trabalho está cada vez mais competitivo e exigente, e as vezes não nos deixa tempo para refletir sobre nossas atitudes. Temos que ter a consciência de que nossos atos podem influenciar na vida dos outros e que nossa liberdade acarreta em responsabilidade. De forma ampla a Ética é definida como a explicitação teórica do fundamento último do agir humano na busca do bem comum e da realização individual. Muitos autores definem a ética profissional como sendo um conjunto de 24 A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A normas de conduta que deverão ser postas em prática no exercício de qualquer profissão. Sendo assim, a ação reguladora da ética que age no desempenho das profissões, faz com que o profissional respeite seu semelhante quando no exercício da sua profissão. A ética profissional estudaria e regularia o relacionamento do profissional com sua clientela, visando a dignidade humana e a construção do bem-estar no contexto sócio-cultural onde exerce sua profissão, atingindo toda profissão. Ao falamos de ética profissional estamos nos referindo ao caráter normativo e até jurídico que regulamenta determinada profissão a partir de estatutos e códigos específicos. Assim temos a ética médica, do advogado, do biólogo, do psicólogo, etc, relacionada em seus respectivos códigos de ética. Qualificações para um Atendente; O atendente é o profissional que realiza o primeiro atendimento ao cliente pessoalmente ou por telefone. Além disso, ele anota os pedidos, as encomendas, demonstra produtos e efetua as vendas internas. Os balconistas, também conhecidos como atendentes de farmácia, são grandes colaboradores e suas atribuições, que são inúmeras, devem respeitar a ética do setor e estar sob responsabilidade do farmacêutico, que têm esses profissionais como ‘braço direito’ Pré-requisitos para esta profissão - Ser atento - Ter paciência - Ser responsável - Ser proativo - Ter bom raciocínio lógico - Ser ágil - Ter boa comunicação verbal - Saber trabalhar em equipe - Gostar de atendimento ao público Importância do trabalho em equipe; Equipes, equipes, equipes. De uma forma ou de outra, estamos sempre envolvidos em equipes. Na maior parte do tempo, pertencemos a um time no departamento, no setor ou na unidade de negócios. Pode-se notar que o trabalho em equipe faz parte do nosso dia-a-dia. O trabalho em equipe pressupõe a existência de uma equipe. E o que seria uma equipe? É um pequeno número de pessoas com conhecimentos complementares, comprometidas com propósito, meta de desempenho e abordagem comuns, e pelos quais se mantêm mutuamente responsáveis. Para que haja harmonia neste grupo, é necessário, que se tenham normas bem definidas; objetivos e A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A 25 metas comuns, e seja almejado o mesmo resultado. Não pode haver equipes sem objetivos e metas de desempenho. Afinal as equipes estão para melhorar a eficácia organizacional. Não se trata de uma novidade para aproximar pessoas e aprimorar o clima da empresa. Embora isto deva ocorrer, não é o seu objetivo principal. As equipes se alinham as grandes metas organizacionais, as macro-estratégias e a visão das equipes. Mas cada uma deve construir sua própria visão, com valores e crenças que todo compartilhem. Deve ter sua missão dentro de um escopo mais amplo, universal, de forma a não limitar suas ações e a criatividade necessária para inovar. A corrente funcionalista explica muito bem a idéia de trabalhar em equipe. Para esta corrente, cada integrante (parte) possui uma função, é todos juntos fazem com que esse grupo (todo) funcione em harmonia. Fazendo uma analogia com o corpo humano, cada órgão tem a sua tarefa, mas se um órgão para de funcionar adequadamente, prejudicará a harmonia existente no corpo, ocorrendo um desequilíbrio em todo o sistema. Pode-se observar que para trabalhar em equipe ocorre a interdependência entre os integrantes, sendo importante a confiança e um bom relacionamento interpessoal. Sem competências individuais bem distribuídas, basta uma maçã estragada para arruinar o trabalho da equipe. Neste trabalho, é fundamental que todos os integrantes tenham ética, pois irá garantir comportamentos de respeito e solidariedade, atribuindo qualidade aos relacionamentos. Além disso, é preciso, que o grupo cultive a prática do diálogo como forma de propiciar a interação de pessoas de pensamentos diferentes, a aprendizagem coletiva, o crescimento individual e a circulação do conhecimento. Vale ressaltar que a cooperação é um outro item de grande valor neste trabalho. A cooperação tem que substituir a competição interna. Conflito sim, pois provoca crescimento entre as pessoas diferentes, pela prática do melhor diálogo, mas confronto não porqueestabelece pela discussão a derrota de um para que o outro saia vitorioso. A solidariedade e a coesão também tem um grande valor no trabalho em equipe, pois quanto mais coeso, mais os integrantes se sentem fortemente ligados a ele, provavelmente não violarão suas regras. É importante ressaltar que a submissão não pode paralisar a criatividade e a inovação, limitando o desempenho da equipe. Todo grupo é composto por diferentes indivíduos, sendo importante estar consciente das diversas maneiras como influenciamos e distorcemos as informações sobre o outro e o ambiente que nos cerca. Por isso é fundamental ter a capacidade de se colocar no lugar do outro, facilitando a compreensão das suas atitudes, dificuldades e desejos (empatia). A equipe será mais produtiva quanto mais inteligente for, quanto melhor tiver consciência de suas emoções e souber lidar com elas. Qual é a importância em trabalhar em equipes? Em primeiro lugar, elas rompem a rigidez hierárquica das empresas baseadas em compartimentos, facilitando o processo de comunicação interna; as equipes reúnem conhecimentos de várias áreas, aproximando pessoas diferentes, proporcionando a todas crescimento; através do grupo, o conhecimento flui melhor, e para que haja um bom fluxo, o conhecimento tem 26 A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A que rolar para encontrar outro e produzir um terceiro (só assim há inovação); o trabalho em equipe proporciona o despertar do líder que há em cada pessoa, criando oportunidades de exercício da liderança; e por fim neste trabalho gera comprometimento, cooperação, aprendizagem e transformação. Qual a diferença entre grupo de trabalho e trabalho em equipe? Bom, o primeiro possui um líder formalmente definido (autoritário), cada integrante representa o seu setor, defende o seu espaço e se manifesta em nome dele, nota-se um comportamento individualista; segue diretrizes e metas organizacionais; sempre visando os produtos de trabalhos individuais; realiza reuniões formais, buscando eficiência; avalia-se a partir dos resultados da organização e discute, decide e delega implementação. Os integrantes não têm a possibilidade de dialogar sobre o assunto e chegar numa conclusão comum nem mesmo dar opiniões ou realizar críticas. Agora o trabalho em equipe existe uma liderança compartilhada (democrática); os indivíduos se integram à equipe e procuram agregar conhecimentos; há a imposição de suas próprias metas; visa o produto de trabalhos coletivos; estimula- se nas reuniões o diálogo, praticam-se dinâmicas para solução de problemas; tem avaliação direta de seus produtos e por último dialoga, decide e implementa ações em conjunto. Nota-se que, o mesmo proporciona o estímulo nos integrantes de otimizar os seus conhecimentos, visto que o crescimento e o desenvolvimento da equipe torna possível o aperfeiçoamento dos integrantes como também na própria organização. Os críticos do trabalho em equipe afirmam que decidindo em grupo a responsabilidade é diluída, ninguém assume quando a coisa não dá certo. Isso não é verdade quando se trata de uma equipe autêntica. Ela é avaliada coletivamente pela empresa. Todos sentirão quando os resultados não forem satisfatórios e suas metas não cumpridas. O nível de contribuição individual será avaliado pela própria equipe. Pode-se perceber que o trabalho em equipe é fundamental para o desenvolvimento e o sucesso profissional do indivíduo e para o crescimento da organização. Então para saber trabalhar em equipe é necessário, respeitar o próximo como ser humano; saber ouvir o colega; ter um espírito de cooperação; compartilhar idéias e respeitar a opinião do próximo. Uma equipe é como uma família, tendo que se manter unida com respeito, honestidade, confiança para que seja possível a realização de um trabalho eficaz, criativo e de qualidade A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A 27 UNIDADE IV Conceitos Básicos Farmacêuticos Atendimento com orientações básicas ao paciente; Um processo de atendimento começa com a identificação das necessidades e desejos dos clientes e passa por questões importantes como a comunicação da empresa, drogaria ou farmácia, a definição dos produtos oferecidos, a estrutura da loja, as formas de pagamento e a capacitação da equipe de vendas. Se todas as farmácias e drogarias oferecem um mix de produtos parecidos e serviços semelhantes, um dos fatores que vai diferenciar uma loja ou uma rede de farmácias e drogarias é o atendimento. Para ser um bom atendente de farmácia algumas atribuições são essenciais como: - Conhecer as substâncias, mercadorias, produtos encontrados no mercado; O colaborador da empresa deve conhecer todos os produtos oferecidos para seus clientes, afim de ser rápido na venda e no atendimento. Deve conhecer outros produtos que não sejam oferecidos em sua drogaria, mas estão disponíveis em outros locais para poder dar uma informação de poder tirar dúvidas de quem procura seu estabelecimento. - Conhecer sua drogaria e suas especificidades; Todo trabalhador deve conhecer seu local de trabalho, suas especificidades, qualidades, produtos, sistemas. Quando começamos a trabalhar em uma empresa devemos saber suas características, seu público alvo, suas metas e objetivos, para, assim, contribuirmos e somarmos com o crescimento da mesma. - Buscar constante atualização; Como membro da equipe, e trabalhador na área da saúde, que é uma área em constante evolução e descobertas, temos a “obrigação” de nos atualizarmos sempre. Além disso o comercio é uma área que precisamos nos atualizar sempre para poder cativar e conquistar ainda mais clientes. - Ser crítico quanto a utilização das drogas; Mesmo trabalhando em um comercio e querendo vender e atingir metas, não podemos esquecer que trabalhamos primeiramente em um ambiente de saúde. Temos que ser críticos e avaliar muito bem a situação e individualidade de cada cliente/paciente que iremos receber. Atender sempre de maneira consciente pois estamos lhe dando com saúde de cada um. Todas essas características são de suma importância para ser um bom profissional 28 A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A dentro de uma drogaria. Quando o cliente entra na farmácia ou drogaria, ele está querendo solucionar um problema, um desejo ou uma necessidade. Quanto mais o atendente se empenhar em encontrar uma solução para esses anseios do cliente, mais ético ele será. Perigo da automedicação; A automedicação, muitas vezes vista como uma solução para o alívio imediato de alguns sintomas pode trazer conseqüências mais graves do que se imagina. O uso de medicamentos de forma incorreta pode acarretar o agravamento de uma doença, uma vez que sua utilização inadequada pode esconder determinados sintomas. Se o remédio for antibiótico, a atenção deve ser sempre redobrada, pois o uso abusivo destes produtos pode facilitar o aumento da resistência de microorganismos, o que compromete a eficácia dos tratamentos. Outra preocupação em relação ao uso do remédio refere-se à combinação inadequada. Neste caso, o uso de um medicamento pode anular ou potencializar o efeito do outro. Entre os riscos mais freqüentes para a saúde daqueles que estão habituados a se automedicar estão o perigo de intoxicação e resistência aos remédios. Todo medicamento possui riscos que são os efeitos colaterais. Causas da automedicação A variedade de produtos fabricados pela indústria farmacêutica, a facilidade de comercialização de remédios e a própria cultura e comodidade assimilada pela sociedade que vê na farmácia um local onde se vende de tudo; a grande variedade de informações médicas disponíveis, sobretudo em sites, blogs e redes sociais, também está entre os fatores que contribuem para a automedicação. A descoberta de medicamentos é um importante processo do sistema de saúde mundial, com utilidade no tratamento e na cura de enfermidades. No entanto, o uso de remédios para problemas de saúde é visto, muitas vezes, como uma solução imediata paraaliviar sintomas como dores e mal-estar. Os efeitos das substâncias presentes nos remédios têm sido subestimados e a automedicação é, hoje, uma prática comum entre os brasileiros, podendo causar graves danos ao organismo. Automedicação Automedicar-se é o ato de ingerir remédios para aliviar sintomas, sem qualquer orientação médica no diagnóstico, prescrição ou acompanhamento do tratamento. No Brasil, cerca de 35% dos medicamentos são adquiridos nas farmácias por pessoas que estão se automedicando. Possíveis complicações de se automedicar Todo remédio possui efeitos colaterais e, quando ingerido de forma incorreta, pode causar mais malefícios que benefícios ao organismo. Fique atento às possíveis complicações: Intoxicação - usar doses inadequadas de remédios pode causar diversos A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A 29 impactos na saúde, desde a ineficácia do tratamento, até overdose da substância no organismo, que leva a intoxicação. Interação medicamentosa - há risco de um medicamento ingerido reagir em contato com outro que a pessoa usa de forma contínua. Neste caso, um pode anular ou potencializar os efeitos do outro. Alívio dos sintomas que mascara o diagnóstico correto da doença - usar remédios para aliviar imediatamente dor e mal-estar pode esconder a real causa daqueles sintomas. Dessa forma, a doença não é tratada corretamente e pode se agravar. Reação alérgica - ingerir medicamentos que não foram prescritos por um profissional da saúde pode causar reações não esperadas no organismo. Dependência - algumas substâncias proporcionam mais chances de vício quando tomadas em doses incorretas e por tempo além do indicado por um médico. Resistência ao medicamento - o uso indiscriminado de um remédio pode facilitar o aumento da resistência dos microrganismos àquela substância. No caso dos antibióticos, por exemplo, pode prejudicar a eficácia de tratamentos em infecções futuras. A automedicação gera também outro mau hábito: o de acumular remédios em casa. Esta prática pode causar problemas graves, como: Confusão entre medicamentos; Ingestão de substâncias após vencimento; Ineficácia no tratamento causada pelo mau armazenamento do remédio; Ingestão acidental por crianças. Antes de ingerir qualquer medicamento, o ideal é realizar uma consulta com um profissional da saúde, que vai levar em consideração características do seu metabolismo e poderá diagnosticar seus sintomas. Não tome nenhum medicamento sem o conhecimento de seu médico. Pode ser perigoso para sua saúde. Uso e venda racional de medicamentos; De acordo com a Organização Mundial da Saúde (OMS), utilizamos os medicamentos de forma racional quando recebemos essas drogas em doses adequadas às nossas necessidades individuais no momento e após indicação médica. Utilizar doses menores ou maiores pode trazer prejuízos para a sua saúde, por isso, respeite sempre o que for indicado pelo profissional da saúde que consultou. Porém, quando se observa, mostra uma realidade bastante diferente. Pelo menos 35.0% dos medicamentos adquiridos no Brasil são feitos através de automedicação. Os medicamentos respondem por 27.0% das intoxicações no Brasil, e 16.0% dos casos de morte por intoxicações são causados por medicamentos. Além disso, 50.0% de todos os medicamentos são prescritos, dispensados ou usados inadequadamente, e os hospitais gastam de 15 a 20.0% de seus orçamentos para lidar com as complicações causadas pelo mau uso dos mesmos. 30 A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A A proposta de alívio imediato do sofrimento, como em um passe de mágica, é um apelo atraente, mas tem seu preço. Este preço nem sempre se restringe ao desembolso financeiro, e pode ser descontado na própria saúde. Os requisitos para o uso racional de medicamentos são muito complexos e envolvem uma série de variáveis, em um encadeamento lógico. Para que sejam cumpridos, devem contar com a participação de diversos atores sociais: pacientes, profissionais de saúde, legisladores, formuladores de políticas públicas, indústria, comércio, governo. Quando se trata de venda de medicamentos, principalmente os isentos de prescrição, deve ter todo cuidado, pois algumas pessoas fazem uso de forma descontrolada e outros podem mascarar um problema grave que o paciente tenha. Dando um exemplo bem simples, temos os analgésicos, medicamentos que aliviam a dor. Um paciente pode estar fazendo uso de um analgésico por conta própria para alivio de uma dor de cabeça a um certo tempo, porém ele não sabe o motivo dessa dor frequente. Nesse caso o correto seria ele procurar ajuda medica para saber qual o motivo desse dor, assim ele irá solucionar essa questão da dor frequente. Nós, como atendentes de uma drogaria, devemos sempre estar atentos aos nossos clientes/pacientes, que muitas vezes frequentam nosso estabelecimento. Devemos sempre auxiliar nessa questão de alto medicação e uso correto. Quando iremos vender ao nosso paciente devemos ler atentamente a prescrição e passar todas as informações necessárias. Muitas vezes eles vêm até nossa drogaria e não sabem o que tem escrito e como administrar aquela medicação que lhe foi passada. Por isso um atendente é de extrema importância para orientar e ajudar no tratamento correto de um enfermo. Entender as prescrições médicas; A prescrição é um documento com valor legal, pelo qual se responsabilizam aqueles que prescrevem, dispensam e administram os medicamentos, e tem por objetivo tornar claras as instruções aos pacientes e demais profissionais de saúde, garantindo a fidelidade da interpretação e a objetividade da informação. Conforme determina a Resolução CFF nº 357/2001, a avaliação e interpretação das prescrições quanto aos aspectos técnicos e legais é uma atribuição conferida ao farmacêutico durante a dispensação. De acordo com a Resolução CFF nº 357/2001, quando a dosagem ou posologia dos medicamentos prescritos ultrapassar os limites farmacológicos, ou a prescrição apresentar incompatibilidade/interação com demais medicamentos prescritos ou de uso do paciente, o farmacêutico solicitará confirmação ao prescritor, podendo não atender à prescrição na ausência ou negativa de confirmação. Neste caso, devem ser expostos os motivos da negativa por escrito, com nome A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A 31 legível, número do CRF e assinatura do farmacêutico, em duas vias, sendo uma via entregue ao paciente e outra arquivada no estabelecimento com assinatura do paciente. Esses motivos também podem ser transcritos no verso da prescrição que será devolvida ao paciente. Segundo o Código de Ética Farmacêutica (Resolução CFF nº 596/2014), é direito do farmacêutico, desde que devidamente justificado, realizar ou não o atendimento de qualquer prescrição. A prescrição de medicamentos no Brasil somente é permitida a profissionais legalmente habilitados, como os médicos, médicos- veterinários, dentistas, farmacêuticos, enfermeiros, biomédicos e nutricionistas. Cabe esclarecer que algumas das profissões acima citadas possuem certas limitações quanto às prescrições, e o farmacêutico deve consultar as regulamentações específicas de cada área de atuação (CRF-SP, 2016b) Por exemplo, as prescrições (inclusive as Notificações de Receita e Receitas de Controle Especial) de cirurgiões-dentistas e médicos-veterinários só poderão ser aviadas quando relacionadas com o uso odontológico e veterinário, respectivamente. Vale lembrar que não podem ser dispensados medicamentos cujas receitas estiverem ilegíveis, com rasuras ou emendas ou que possam induzir a erros ou confusão. Atualmente existem diversos tipos de receitas, para diversos tipos de medicamentos e o atendente precisa saber conferir se a receita está válida, conferindo todos seus itens obrigatórios para evitar qualquer tipo de problema para a farmácia. - Identificação do emitente: o nome do médico deve ser impresso ou carimbado de forma legível, contendo seu nome completo, especialidade médica e o número doCRM. - Identificação do usuário: nome e endereço completo do paciente. - Nome do medicamento ou da substância (sob a forma de Denominação Comum Brasileira – DCB), dosagem ou concentração, forma farmacêutica, quantidade (em algarismo arábico e por extenso) e posologia. - Data da emissão: deve conter a data do dia em que a receita foi emitida. - Assinatura do médico: o médico deve assinar a receita, caso os dados do médico estejam impressos na receita, não há necessidade do carimbo. - Endereço: deve conter o endereço completo e telefone para contato, do consultório médico. 32 A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A O farmacêutico poderá realizar a prescrição de medicamentos e outros produtos com finalidade terapêutica, cuja dispensação não exija prescrição médica, incluindo medicamentos industrializados e preparações magistrais - alopáticos ou dinamizados -, plantas medicinais, drogas vegetais e outras categorias ou relações de medicamentos que venham a ser aprovadas pelo órgão sanitário federal para prescrição do farmacêutico. MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO (MIPs) Os MIPs, apesar de não necessitarem de prescrição médica para serem adquiridos, apresentam riscos à saúde. A fim de minimizá-los, a orientação do farmacêutico torna-se imprescindível Quando se trata de MIPs, a orientação farmacêutica costuma ser decorrente da solicitação de um MIP específico – automedicação – ou de alguma solução para o problema de saúde relatado pelo paciente – prescrição farmacêutica. Acabar com a automedicação é impossível, mas é possível minimizá-la, cabendo haver uma estreita relação entre farmacêutico e paciente. Disposição de MIPs em farmácias e drogarias A RDC da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) nº 41/2012 torna facultativa a disposição dos MIPs ao alcance dos usuários nas farmácias e drogarias. Considerando que os MIPs compõem uma categoria em que a intervenção farmacêutica pode ser um dos principais fatores para o sucesso farmacoterapêutico e para a segurança do paciente, o livre acesso aos medicamentos pode desestimular a busca pela orientação e acarretar práticas prejudiciais à saúde. Dessa forma, é recomendável manter todos os medicamentos em área de acesso restrito aos funcionários do estabelecimento, conforme determina o parágrafo A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A 33 1º do artigo 40 da RDC Anvisa nº 44/2009, que permanece em vigor: Art. 40 - §1º - Os medicamentos deverão permanecer em área de circulação restrita aos funcionários, não sendo permitida sua exposição direta ao alcance dos usuários do estabelecimento. Vale lembrar que a responsabilidade pela dispensação dos MIPs é do farmacêutico. Portanto, se um paciente adquirir o produto sem orientação, por simplesmente ter tido acesso ao medicamento disponível em uma gôndola e sofrer algum dano ou agravo a sua saúde, o farmacêutico poderá responder administrativamente e na justiça comum. MEDICAMENTOS SOB PRESCRIÇÃO São considerados medicamentos sob prescrição médica aqueles cuja dispensação exija apresentação de prescrição e que apresentem tarja (vermelha ou preta) em sua embalagem porém, trataremos nesse item as classes de medicamentos que possuem regras especiais para prescrição e dispensação. Dispensação de medicamentos antimicrobianos O farmacêutico possui papel fundamental na promoção do uso racional de antimicrobianos e deve contribuir no combate às infecções e à resistência bacteriana. Assim, é essencial que o profissional domine o disposto na RDC Anvisa nº 20/2011, que regulamenta o controle de medicamentos à base de substâncias antimicrobianas. Essa resolução é válida para antimicrobianos de uso oral, dermatológico, ginecológico, oftálmico e otorrinolaringológico, incluindo os manipulados, e se aplica a farmácias e drogarias privadas e públicas que disponibilizem medicamentos mediante ressarcimento (ex.: Programa Farmácia Popular do Brasil). A prescrição dos medicamentos abrangidos pela RDC Anvisa nº 20/2011 deverá ser realizada por profissionais legalmente habilitados. O receituário deve ser escrito de forma legível, sem rasuras e em duas vias, sendo que: 1ª via: será devolvida ao paciente com anotação comprovando atendimento; 2ª via: será retida no estabelecimento farmacêutico. Apesar de não existir um modelo de receituário específico para a prescrição de antimicrobianos, a receita deve conter, obrigatoriamente, as informações que constam no modelo: 34 A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A O farmacêutico poderá completar apenas os dados de idade e sexo do paciente, caso o prescritor não tenha preenchido, garantindo o acesso do paciente ao tratamento sem acarretar prejuízo sanitário, uma vez que esses dados visam ao aperfeiçoamento do monitoramento do perfil farmacoepidemiológico do uso destes fármacos. No ato da dispensação, o farmacêutico deve registrar os dados abaixo nas duas vias e reter a segunda via no estabelecimento: I - data da dispensação; II - quantidade aviada do antimicrobiano; III - número do lote do medicamento dispensado; IV - rubrica do farmacêutico, atestando o atendimento, no verso da receita. Conforme determina a RDC Anvisa nº 20/2011, a dispensação de antimicrobianos deve atender essencialmente ao que foi prescrito. Nas situações em que não for possível a dispensação da quantidade exata por motivos de inexistência no mercado de apresentação farmacêutica com a quantidade adequada ao tratamento, deve ocorrer a dispensação da quantidade superior mais próxima ao prescrito, de maneira a promover o tratamento completo ao paciente, evitando- se desse modo, a resistência bacteriana e promovendo uma melhor relação risco- benefício para o paciente. Em situações de tratamento prolongado, a receita deverá conter a indicação de uso contínuo, com a quantidade a ser utilizada para cada 30 dias. Ela poderá ser usada para aquisições posteriores dentro de um período de 90 dias a contar da data de sua emissão. Assim, cada dispensação deve ser realizada de modo que o medicamento seja suficiente para 30 dias de tratamento no mínimo, A T E N D E N T E D E F A R M Á C I A 35 sendo também permitida a dispensação de todo medicamento em um único atendimento, ou seja, a venda de toda a quantidade para uso por 90 dias. Caso queira comprar a quantidade suficiente para um mês, o paciente poderá realizar todas as compras no mesmo estabelecimento ou em locais diferentes a cada mês. Realizando todas as compras em um mesmo estabelecimento, o farmacêutico deve reter a segunda via da receita no primeiro atendimento e atestar cada dispensação mensal na parte da frente (anverso) de ambas as vias. Se o paciente optar por comprar em outra farmácia ou drogaria, a cada compra o farmacêutico deve conferir que a prescrição é para um tratamento prolongado e que já houve uma venda anterior. Deve então fazer uma cópia da via do paciente e atestar o novo atendimento no anverso de ambas as vias. No caso de tratamentos relativos a programas do Ministério da Saúde que exijam períodos diferentes de tratamento, a prescrição e a dispensação deverão atender às diretrizes do programa. A receita é válida em todo o território nacional por dez dias a contar da data de sua emissão. Por fim, não existe previsão na legislação vigente da existência de receituário de emergência para a dispensação de antimicrobianos, devendo a prescrição ser realizada em receituário privativo do prescritor ou de estabelecimento de saúde. Medicamentos sujeitos a controle especial Os critérios e procedimentos para a autorização, o comércio, o transporte, a prescrição, a escrituração, a guarda, os balanços, a embalagem, o controle e a fiscalização de substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial são estabelecidos pela Portaria SVS/MS n° 344/1998 e pela instrução normativa aprovada pela Portaria SVS/MS nº 06/1999. As substâncias e medicamentos sujeitos a controle especial são divididos em listas constantes no Anexo I da Portaria SVS/MS n° 344/1998,