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Aula 10 – Regiões do IBGE 
 
 
 
 
 
99 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
c) A criação do Estado de Tocantins, desmembrado dos antigos 
Estados de Mato Grosso e Goiás e a sua anexação à Região 
Centro-Oeste. 
d) A diminuição da extensão territorial da Região Nordeste, com a 
anexação do Oeste do Maranhão à Amazônia Legal. 
 
Questão 06 
A divisão do território brasileiro em cinco macrorregiões (Norte, 
Nordeste, Centro-Oeste, Sudeste e Sul) adotada oficialmente pelo 
Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), baseia-se em 
critérios político-administrativos que dificultam uma análise mais 
rigorosa conforme o fenômeno estudado. Sobre as limitações deste 
tipo de divisão regional, é INCORRETO afirmar: 
a) Os diversos elementos que caracterizam a região amazônica 
não terminam nos limites dos estados do Amazonas e Pará com 
Mato Grosso ou Maranhão, mas adentram por enormes trechos 
destas últimas unidades da Federação. 
b) A Divisão Regional do IBGE está muito ligada à organização 
político-administrativa do país, mas, apesar de apresentar falhas, 
acaba sendo largamente utilizada. 
c) Dentro dessa divisão tradicional adotada pelo IBGE o Brasil se 
encontra organizado político-administrativamente em uma 
República Federativa com 27 Estados e um Distrito Federal. 
d) Apesar das limitações dessa divisão regional, ela é bastante 
utilizada pelos pesquisadores, pois ainda hoje os dados estatísticos 
levantados pelo IBGE são organizados levando-se em conta essas 
cinco grandes regiões. 
 
Questão 07 
Os textos abaixo relacionam-se a momentos distintos da nossa 
história. 
―A integração regional é um instrumento fundamental para que 
um número cada vez maior de países possa melhorar a sua 
inserção num mundo globalizado, já que eleva o seu nível de 
competitividade, aumenta as trocas comerciais, permite o aumento 
da produtividade, cria condições para um maior crescimento 
econômico e favorece o aprofundamento dos processos 
democráticos. A integração regional e a globalização surgem assim 
como processos complementares e vantajosos. 
(Declaração de Porto, VIII Cimeira Ibero-Americana, Porto, Portugal, 17 e 18 de 
outubro de 1998) 
 
―Um considerável número de mercadorias passou a ser produzido 
no Brasil, substituindo o que não era possível ou era muito caro 
importar. Foi assim que a crise econômica mundial e o 
encarecimento das importações levaram o governo Vargas a criar 
as bases para o crescimento industrial brasileiro. 
(POMAR, Wladimir. Era Vargas – a modernização conservadora) 
É correto afirmar que as políticas econômicas mencionadas nos 
textos são: 
a) opostas, pois, no primeiro texto, o centro das preocupações são 
as exportações e, no segundo, as importações. 
b) semelhantes, uma vez que ambos demonstram uma tendência 
protecionista. 
c) diferentes, porque, para o primeiro texto, a questão central é a 
integração regional e, para o segundo, a política de substituição de 
importações. 
d) semelhantes, porque consideram a integração regional 
necessária ao desenvolvimento econômico. 
e) opostas, pois, para o primeiro texto, a globalização impede o 
aprofundamento democrático e, para o segundo, a globalização é 
geradora da crise econômica. 
Questão 08 
O processo de urbanização brasileira é um caso recente, marcada 
fundamentalmente nos anos 60 do século XX, apresentando 
características marcantes ao processo de regionalização brasileira, 
conforme verificamos na 
a) disparidade regional do Brasil se torna mais grave com a 
globalização, que ocasionou uma acelerada industrialização do 
Sudeste e um retrocesso do Nordeste. 
b) A divisão regional do Brasil, estabelecida pelo Fundo Monetário 
Internacional – FMI, foi elaborada com base nos aspectos naturais, 
sociais e sobretudo econômicos. 
c) Em decorrência do processo de modernização e dinamização 
das atividades produtivas do Sudeste, as interrelações das 
cidades, estabelecidas pelos fluxos de pessoas, mercadorias, 
capitais e informações, são mais intensas do que nas outras 
regiões do país. 
d) Na economia da região nordeste, o agreste ainda se caracteriza 
pela monocultura de produtos comerciais, voltadas para o mercado 
externo. 
e) Na ocupação do território da região sul, os imigrantes europeus 
ocuparam, apenas, o litoral, não se dirigindo para o interior. 
 
Questão 09 
Em recente estudo denominado “As regiões brasileiras pós-
Tocantins: ensaio para um novo arranjo”, um estudo do CEBRAP 
defende a criação da região Noroeste, a partir de uma redivisão da 
atual região Norte. O novo mapa regional do Brasil ficaria assim: 
 
(Adaptado de Cebrap, 2007) 
 
Em relação à nova proposta e à atual divisão regional, é correto 
afirmar: 
a) Observa-se na nova proposta que o estado do Tocantins 
deixaria de integrar o atual Centro-Oeste. 
b) A nova região seria uma fusão de atuais estados da região Norte 
com estados do Centro-Oeste. 
c) A atual região Norte já contempla uma unidade econômica e 
política, compondo um espaço regional único e padronizado, tanto 
no âmbito econômico, como fisiográfico. 
d) Os critérios para o novo nódulo regional baseiam-se, 
prioritariamente, em aspectos econômicos, uma vez que os 
estados da nova região, compõem um vetor regional comum. 
e) Aspectos físicos seriam preponderantes na nova divisão, 
separando a região norte entre estados que possuem a formação 
amazônica, como o Amazonas, daqueles que não a possuem, 
como o Maranhão. 
 
 
 
 
 100 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
Questão 10 
O Brasil é uma República Federativa que apresenta muitas 
desigualdades regionais. Confrontando-se dois aspectos - a 
igualdade jurídica entre os Estados-membros e as disparidades 
econômicas entre as regiões - pode-se afirmar que: 
a) o desequilíbrio econômico regional vem sendo, ao menos 
parcialmente, atenuado pelo menor número de representantes do 
Sudeste no Congresso Nacional, em comparação aos do Norte e 
Nordeste (somados). 
b) a região Norte é a menos representada no Congresso Nacional, 
fato notável principalmente no Senado, derivando daí uma situação 
de desigualdade perante as demais regiões. 
c) a região Sul goza de ampla maioria de representação no 
Congresso Nacional, o que lhe tem permitido obter vantagens na 
redistribuição dos repasses federais. 
d) o princípio da igualdade, garantido pelo número fixo de 
senadores por Estado, permite uma distribuição equilibrada dos 
repasses federais, entre as diferentes regiões do país. 
e) os Estados nordestinos, apesar de sua pouca representatividade 
no Congresso, vêm assumindo liderança na definição das políticas 
monetária e cambial no país. 
 
Questão 11 
OS QUATRO BRASIS 
Poderíamos, grosseiramente, reconhecer a existência de quatro 
Brasis, ou seja, regiões específicas dentro do país. Num desses 
Brasis, verifica-se a implantação mais consolidada dos dados da 
ciência, da técnica e da informação, além de uma urbanização 
importante, com um padrão de consumo das empresas e das 
famílias mais intenso. Nele se produzem novíssimas formas 
específicas de terciário superior, um quaternário e um quinquinário 
ligados à finança, à assistência técnica e política e à informação 
em suas diferentes modalidades. 
SANTOS, M. e SILVEIRA, M. O Brasil. Território e sociedade no início do século 
XXI. Rio de Janeiro: Record, 2001, p. 268-269. Adaptado. 
 
A descrição dos aspectos geográficos mencionados individualiza o 
complexo regional denominado: 
a) Meridional. 
b) Meio Norte. 
c) Amazônia. 
d) Nordeste. 
e) Concentrada. 
 
Questão 12 
Em maio de 1969, foi aprovada a divisão regional do Brasil em 
cinco grandes regiões, para fins estatísticos e didáticos. Em outra 
divisão, o espaço geográfico brasileiro foi dividido em três grandes 
unidades territoriais. Para estas duas divisões, os critérios 
utilizados foram, respectivamente: 
a) político-administrativo e econômico-fiscal. 
b) geoeconômicoe político-administrativo. 
c) econômico e político-administrativo. 
d) político-administrativo e geoeconômico. 
e) administrativo e econômico-fiscal. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA I 
Prof. Fernandes Epitácio 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
COMPLEXOS GEOECONÔMICOS 
A DIVISÃO GEOECONÔMICA 
Há outra divisão regional do território brasileiro que não 
acompanha os limites estaduais, havendo estados que possuem 
parte do território em uma região e parte em outra. Trata-se da 
divisão elaborada em 1967 pelo geógrafo Pedro Pinchas Geiger. É 
uma classificação que considera a formação histórico-econômica 
do Brasil e a recente modernização econômica, que se manifestou 
nos espaços urbano e rural, estabelecendo novas formas de 
relacionamento entre os lugares do território brasileiro e criando 
uma nova dinâmica no relacionamento entre a sociedade e a 
natureza. Assim, o oeste do Maranhão integra a Amazônia e o 
restante o Nordeste, com atuação, respectivamente, da SUDAM e 
da SUDENE. O Norte de Minas Gerais (Vale do Jequitinhonha) 
integra o Nordeste, com atuação da SUDENE e do BNB e o 
restante o Centro-Sul. O Norte do Mato Grosso e o Tocantins são 
amazônicos e o restante dos territórios integra a região Centro-Sul. 
 
 
AMAZÔNIA 
A Amazônia, imensa região que abrange o norte e uma parte do 
centro do país, ainda é a região menos povoada do Brasil, embora 
nas últimas décadas venha passando por um intenso processo de 
povoamento. Durante vários séculos, permaneceu esquecida 
porque os colonizadores não encontraram na região quase nada 
de importante para explorar. 
Até hoje, a Amazônia apresenta grandes vazios demográficos, 
áreas com baixíssimas densidades demográficas – às vezes, até 
menos de um habitante por quilômetro quadrado. Nela, 
encontramos os mais numerosos grupos indígenas, os habitantes 
originais de nosso país. Em todo caso, o povoamento vem 
avançando: em 1970, a densidade demográfica regional era de 0,9 
hab/km² e, em 2008, já era de 4hab/km². 
 
AMAZÔNIA TRANSNACIONAL: UMA NOVA ESCALA DE AÇÃO 
O novo valor estratégico atribuído à natureza amazônica 
tornou patente que ela não se restringe à Amazônia Brasileira, 
mas, sim, envolve a extensa Amazônia sul-americana. Os 
ecossistemas florestais não obedecem os limites políticos dos 
países, e muitas nascentes dos rios amazônicos localizam-se 
fora do território nacional. Esta situação, que em outras partes 
do planeta geram conflitos geopolíticos entre nações, no caso 
da Amazônia pode e deve ser fundamento para uso conjunto e 
complementar dos recursos em prol do desenvolvimento 
regional, tal como ocorre com a formação de blocos 
supranacionais no mundo contemporâneo. 
BECKER, Bertha K. Amazônia: geopolítica na virada do III milênio. Rio de Janeiro: 
Garamond, 2003.p.53. 
CENTRO-SUL 
O Centro-Sul do país, que se desenvolveu economicamente depois 
do Nordeste, é uma região mais industrializada, onde se destacam 
cidades como Brasília, Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba, Rio e 
Janeiro e São Paulo. 
 
 
Engarrafamento em São Paulo. 
 
• Maior densidade rodoferroviária. 
• Melhores e maiores universidades. 
• Maiores cidades. 
 
 
Vista aérea de parte da cidade de São Paulo. 
 
NORDESTE 
• Graves problemas sociais (pobreza, fome, etc.). 
• Piores indicadores sociais do país. 
• Sub-Regiões com características diferentes. 
 
SUB-REGIÕES NORDESTINAS 
 
 
 
 
 
 102 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
Observando a região nordestina de Leste para o Oeste, temos 
Zona da Mata (extremamente úmida), Agreste (Subumido), Sertão 
(Semiárido) e o Meio Norte (Bastante úmido). 
 
• Zona da Mata: Ocupa a parte oriental da região Nordeste, área 
dominada pelo clima tropical úmido (quente e chuvoso). O índice 
pluviométrico é de aproximadamente 2.000 mm/ano e as médias 
térmicas variam entre 24ºC e 26º C. O ambiente quente e úmido 
favoreceu o desenvolvimento da floresta Tropical, mata exuberante 
e com grande diversidade de espécies. Originalmente a floresta 
ocupava grande parte dessa sub-região. A Zona da Mata 
apresenta-se como a região mais importante do Nordeste do ponto 
de vista econômico. Nela concentram-se dois segmentos 
industriais: indústrias têxtil e alimentícia, agroindustriais (sobretudo 
usinas de açúcar e álcool) e indústrias extrativistas minerais. 
 
Além das atividades industriais, na Zona da Mata desenvolvem-se 
importantes atividades econômicas ligadas ao meio rural, 
predominando os latifúndios monocultores de cana-de-açúcar, 
fumo e cacau, que atendem ao consumo industrial e ao comércio 
exterior. 
 
 
Usina sucroalcooleira na Zona da Mata Alagoana. 
 
 
A IMPORTÂNCIA HISTÓRICA DA CANA 
 
A palavra “nordeste” é hoje uma palavra desfigurada pela 
expressão “obras do Nordeste” que quer dizer “obras contra 
as secas”. E quase não sugere senão as secas. Os sertões de 
areia seca rangendo debaixo dos pés. Os sertões de 
paisagens duras doendo nos olhos. Os mandacarus. Os bois e 
os cavalos angulosos. As sombras leves como umas almas do 
outro mundo com medo do sol. Mas esse Nordeste de figuras 
de homens e de bichos se alongando quase em figuras de El 
Greco é apenas um lado do Nordeste. 
 
O outro Nordeste. Mais velho que ele é o Nordeste de árvores 
gordas, de sombras profundas, de bois pachorrentos, de gente 
vagarosa e às vezes arredondada quase em sanchos-panças 
pelo mel de engenho, pelo peixe cozido com pirão, pelo 
trabalho parado e sempre o mesmo, pela opilação, pela 
aguardente, pela garapa de cana, pelo feijão de coco, pelos 
vermes, pela erisipela, pelo ócio, pelas doenças que fazem a 
pessoa inchar, pelo próprio mal de comer terra. Um Nordeste 
onde nunca deixa de haver um mancha de água: um avanço de 
mar, um rio, um riacho, o esverdeado de uma lagoa. Onde a 
água faz da terra mais mole o que quer: inventa ilhas, 
desmancha istmos e cabos, altera a seu gosto a geografia 
convencional dos compêndios. Um Nordeste com a cal das 
casas de telha tirada das pedras do mar, com uma população 
numerosa vivendo de peixe, de marisco, de caranguejo, com 
as mulheres dos mucambos lavando as panelas e os meninos 
na água dos rios, com alguns caturras ainda iluminando as 
casas de azeite de peixe. 
 
Um Nordeste oleoso onde noite de lua parece escorrer um 
óleo gordo das coisas e das pessoas. Da terra. Do cabelo 
preto das mulatas e das caboclas. Das árvores lambuzadas de 
resinas. Das águas. Do corpo pardo dos homens que 
trabalham dentro do mar e dos rios, na bagaceira dos 
engenhos, no cais do Apolo, nos trapiches de Maceió. Esse 
Nordeste da terra gorda e de ar oleoso é o Nordeste da cana-
de-açúcar. 
FREYRE, Gilberto. Nordeste: aspectos da influência da cana sobre a vida e a 
paisagem do Nordeste do Brasil. 7ed. São Paulo: Global, 2004. 
 
• Agreste: Apresenta características naturais tanto da Zona da 
Mata como do Sertão, pois nos seus trechos mais úmidos 
desenvolve-se a floresta Tropical, enquanto nas áreas mais secas 
predomina a Caatinga. 
 
REGIÃO METROPOLITANA DO AGRESTE ALAGOANO 
 
Fonte: Estado de Alagoas – Secretaria de Estado da Cultura – 
Superintendência de Identidade e Diversidade Cultural 
 
Nessa sub-região destacam-se as pequenas e médias 
propriedades rurais policultoras, que produzem principalmente 
mandioca, feijão, milho e hortaliças, além de criar gado para o 
fornecimento de leite e seus derivados. O desenvolvimento das 
atividades agropecuárias no Agreste contribuiu para o crescimento 
de cidades como Campina Grande (PB), Caruaru e Garanhuns 
(PE) Arapiraca (AL) e Feira de Santana (BA). 
 
• Sertão: Compreende as áreas dominadas pelo clima semiárido, 
que apresenta temperaturas elevadas (entre 24ºC e 28º C) e duas 
estações bem definidas: uma seca outra chuvosa. O Sertão é amaior sub-região nordestina ocupando mais de 50% do território 
nordestino, chegando até o litoral, nos estados do Rio Grande do 
Norte e do Ceará. 
 
A economia sertaneja baseia-se na agropecuária, atividade que 
sofre diretamente os impactos das condições climáticas, sobretudo 
na época das estiagens. Pecuária bovina e agricultura de 
subsistência são as principais atividades econômicas da área. 
 
A TRISTE PARTIDA 
Setembro passou com oitubro e novembro 
Já tamo em dezembro 
Aula 11 – Regiões Geoeconômicas 
 
 
 
 
 
103 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
Meu Deus que é de nós 
Assim fala o pobre do sêco Nordeste 
Com medo da peste 
Da fome feroz 
Patativa do Assaré 
 
O Polígono das Secas compreende a área do Nordeste brasileiro 
reconhecida pela legislação como sujeita à repetidas crises de 
prolongamento das estiagens e, consequentemente, objeto de 
especiais providências do setor público. Constitui-se o Polígono 
das Secas de diferentes zonas geográficas, com distintos índices 
de aridez. Em algumas delas o balanço hídrico é acentuadamente 
negativo, onde somente se desenvolve a caatinga hiperxerófila 
sobre solos finos. Em outras, verifica-se balanço hídrico 
ligeiramente negativo, desenvolvendo-se a caatinga hipoxerófila. 
Existem também áreas no Polígono, de balanço hídrico positivo e 
presença de solos bem desenvolvidos. Contudo, na área 
delimitada pela poligonal, ocorrem, periodicamente, secas 
anômalas que se traduzem na maioria das vezes em grandes 
calamidades, ocasionando sérios danos à agropecuária nordestina 
e graves problemas sociais. 
 
POLÍGONO DAS SECAS 
 
Fonte: INPE/Centro de Pesquisas da Universidade de São Paulo. 
 
O Polígono das Secas foi criado pela lei nº. 1348 de 10-2-1951. 
Desde o império, o governo brasileiro adota uma postura de 
combate aos efeitos da seca, valendo-se da construção de açudes 
para represar os rios locais e, assim, conseguir reservatórios de 
água para tornar perenes os rios temporários. Em 1909, foi criada 
a Inspetoria de Obras contra as Secas (IOCS) que mais tarde 
transformou-se em DNOCS (Departamento Nacional de Obras 
Contra a Seca). 
 
Simone Affonso da Silva (2014) 
• Meio Norte: Formada pelos estados do Piauí e Maranhão, é uma 
área de transição entre o Sertão e a Amazônia. Os índices de 
pluviosidade são elevados na porção oeste e diminuem em direção 
ao leste e sul. Encerra a Zona dos Cocais, área de vegetação 
peculiar, caracterizada por extensos babaçuais. 
 
 
Trabalho feminino da colheita de babaçu. 
 
O PRECONCEITO CONTRA O NORDESTINO 
 
“O Nordeste, como recorte espacial, como uma identidade 
regional à parte, nem sempre existiu, como faz crer quase toda 
a produção artística, literária e acadêmica contemporâneas, 
que normalmente se referem ao Nordeste como este tendo 
existido desde o período colonial; os portugueses já teriam 
desembarcado no Nordeste e teria sido esta a área onde 
primeiro se efetivou a implantação da colonização portuguesa, 
com o sucesso da produção açucareira. Esta designação 
Nordeste para nomear uma região específica do país, tendo 
pretensamente uma história particular, só vai surgir, no 
entanto, muito recentemente, na década de 10 do século XX. 
Antes, a divisão regional do Brasil se fazia apenas entre o 
Norte, que abrangia todo o atual Nordeste e toda a atual 
Amazônia e o Sul que abarcava toda a parte do Brasil que 
ficava abaixo do estado da Bahia. Por isso, ainda hoje, os 
nordestinos são comumente chamados de nortistas em São 
Paulo ou em outros estados do Sul e do Sudeste e os 
moradores destas regiões dizem que vão passar férias no 
Norte, para se referirem ao Nordeste. Isto indica, também, que 
a criação da ideia de Nordeste e, consequentemente, da ideia 
de ser nordestino, surgiram nesta própria área, foram 
produzidas pelas elites políticas e pelos letrados deste próprio 
espaço, não foi uma criação feita de fora, por membros das 
elites de outras regiões. O sentimento, as práticas e os 
discursos regionalistas que irão dar origem à região que 
conhecemos, hoje, como Nordeste, emergiram entre as elites 
ligadas às atividades agrícolas e agrárias tradicionais, como à 
produção do açúcar, do algodão ou ligadas à pecuária, mesmo 
que muitos destes vivessem nas cidades, exercessem 
profissões liberais ou fossem comerciantes, de parte do então 
chamado Norte do país, no final do século XIX. Este 
regionalismo, como vimos, é fruto da própria forma como se 
constituiu o Estado Nacional brasileiro, caracterizando, por um 
lado, pela centralização das decisões, e por outro, por sua 
 
 
 
 
 104 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
presença episódica e sua incapacidade de dar soluções para 
os problemas que afetam os interesses das elites de certas 
áreas do país, notadamente daquelas que representavam 
áreas que eram ou se tornaram periféricas do ponto de vista 
econômico ou que ficavam distantes do centro das decisões 
políticas.” 
JÚNIOR, Durval Muniz de Albuquerque. Preconceito contra a origem geográfica e 
de lugar: as fronteiras da discórdia. São Paulo: Ed. Cortez, 2007, p. 90. 
 
 
 
LITORAL 
A fronteira marítima brasileira tem aproximadamente 7.370 km que 
se estende desde a foz do Oiapoque, na divisa do Amapá com a 
Guiana Francesa, até o arroio do Chuí, na divisa do Rio Grande do 
Sul com o Uruguai, e caracteriza-se por uma enorme diversidade 
de paisagens litorâneas. 
 
 
Para um estudo mais detalhado dividiremos o nosso litoral em três 
áreas: Setentrional, Oriental e Meridional. 
 
LITORAL SETENTRIONAL 
• Do Cabo Orange (AP) ao Cabo de São Roque (RN). 
• Área rebaixada devido à extensa plataforma continental, 
facilmente inundada daí a presença de mangues, praias e dunas. 
(PA, MA, PI, CE). 
• Principais Acidentes Geográficos: Golfão Amazônico, Golfão 
Maranhense e as Baías de São José e São Marcos (As marés 
mais altas do país, no Maranhão). 
• Principais Portos: Santana (AP), Itaqui (MA), Pecém e Mucuripe 
(CE) e Areia Branca (RN). 
 
LITORAL ORIENTAL 
• Domínio das barreiras de corais e dos recifes areníticos. 
• Principais Acidentes Geográficos: Ponta do Seixas (PB), Ilha 
Itamaracá (PE), Baía de Todos os Santos e Ilhéus (BA), Fernando 
de Noronha (PE), Ilhas de Trindade e Martim Vaz (1.200km do ES). 
• Principais Portos: Recife e Suape (PE), Salvador e Ilhéus (BA), 
Vitória e Tubarão (ES). 
 
LITORAL MERIDIONAL 
• Do Cabo de São Tomé (RJ) ao Arroio do Chuí (RS). 
• Principais Acidentes Geográficos: Ilha Grande (RJ), Baía da 
Guanabara (RJ) Ilha de São Sebastião (SP), Baía de Paranaguá 
(PR) Ilha de Santa Catarina (SC). 
• Principais Portos: Rio de Janeiro e Sepetiba (RJ), Santos (SP) 
Paranaguá (PR), Rio Grande (RS). 
 
A REGIONALIZAÇÃO DE ACORDO COM O MEIO TÉCNICO-
CIENTÍFICO-INFORMACIONAL 
 
Fonte: SANTOS, Milton; SILVEIRA, Maria Laura. O Brasil: território e sociedade no 
início do século XXI. Rio de Janeiro/São Paulo: Record, 2001.p.268. 
 
De acordo com o professor Milton Santos e a professora Maria 
Laura Silveira, no contexto da Terceira Revolução Industrial ou 
Revolução Técnico-Científica e do processo de globalização, 
aparece uma configuração espacial que pode ser denominada 
meio técnico-científico-informacional. Tendo em mente essa 
configuração, o professor Milton Santos e a professora Maria Laura 
SIlveira apresentaram essa proposta de regionalização para o 
território brasileiro que leva em consideração uma série de 
aspectos: a quantidade de recursos tecnológicos avançados (redes 
de telecomunicações e de energia, equipamentos de informática); 
o volume de atividades econômicas modernas na área financeira 
(bancos, bolsa de valores, financeiras), comercial (shoppings 
centers, empresas de comércio eletrônico) de serviços (provedores 
de acesso à Internet, agências de publicidade e consultorias), 
industriais (empresas que utilizam robôs e sistemas informatizados) 
e a situação da agropecuáriaem relação à mecanização e a 
integração a indústria. A partir dessa regionalização o Brasil é 
dividido em “quatro brasis”, considerando também o processo 
histórico de ocupação da área. 
	SEMANA 11 - GEOGRAFIA I - REGIÕES GEOECONÔMICAS - FERNANDES
	NORDESTE

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