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Geografia I -76

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444 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) 
DARFUR 
Darfur é uma região situada a oeste do país mais extenso da 
África, o Sudão. A terça parte da população é de origem árabe e se 
dedica principalmente ao pastoreio nômade. Os não árabes, como 
o grupo Massalit, os Zaghawa e os Fur, são sobretudo agricultores. 
O fato de os dois grupos terem a terra como base de suas 
economias provocou vários conflitos sobre o direito ao uso da terra. 
 
No entanto, os problemas são mais amplos. Há décadas, a região 
de Darfur tem sido abandonada à própria sorte pelo governo 
sudanês, que negligenciou os investimentos sociais e econômicos 
essenciais nessa região semiárida. As poucas intervenções 
positivas do Estado em Darfur privilegiaram os árabes em 
detrimento dos outros grupos, contribuindo para agravar as 
rivalidades já existentes. A população não árabe de Darfur tem um 
forte sentimento de oposição ao governo, o que estimula a luta 
pela autonomia e pelo fim da discriminação. 
 
Em 2002, rebeldes da aldeia Fur em aliança com os Zaghawa 
formaram o Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA). 
Armados e supostamente apoiados pelo governo do país Chade, 
eles atacaram instalações do governo em 2003. A retaliação foi 
imediata e brutal. O governo, apoiado pela milícia árabe 
Janjaweed, promoveu um massacre cujo saldo atingiu mais de 300 
mil mortos e mais de 2 milhões de refugiados, em apenas 5 
conflitos. 
 
Desde 2004, governo, rebeldes e organizações internacionais 
como a União Africana tentam estabelecer um cessar-fogo. No 
entanto, apesar dos esforços da Missão da União Africana e das 
ONGs para estabelecer a paz, todos os acordos assinados entre 
as partes foram violados por ambos os lados do conflito. 
 
O presidente Omar al Bashir, no poder desde 1989, após o golpe 
militar, é considerado o grande responsável pelos massacres e por 
omissão à situação dramática de Darfur. Em 2009, teve a prisão 
decretada pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra 
em Darfur. 
 
 
 
 
SUDÃO DO SUL – O MAIS NOVO PAÍS DO MUNDO 
 
 
No dia 8 de julho de 2011 o território separou- se oficialmente do 
Sudão. Trata-se do Sudão do Sul, cuja capital é Juba. Essa 
separação foi o resultado de tensões que duraram décadas entre 
as porções norte e sul do país africano. Mais de 2 milhões de 
pessoas morreram no conflito que, além do aspecto territorial e 
econômico também tinha um forte apelo religioso. 
 
Com a independência, já reconhecida pela ONU (Organização das 
Nações Unidas) e diversos países do mundo, inclusive o Brasil, o 
Sudão do Sul agora é governado pelo presidente Salva Kiir. O 
presidente irá encontrar inúmeros problemas para tentar resolver, o 
que não será possível em um curto espaço de tempo. Segundo 
alguns dados levantados pelo site do jornal Estado de São Paulo, 
apenas 15% dos 9 milhões de habitantes sabem ler e a taxa de 
mortalidade infantil é uma das mais altas do planeta. Apenas 1% 
apresenta conta bancária e o país inteiro conta com apenas 320 
quilômetros de estrada. 
 
A questão do petróleo é uma das mais problemáticas na divisão do 
Sudão. A maior parte das reservas está localizada no agora Sudão 
do Sul, porém a maior parte da infraestrutura para refino e 
transporte fica no norte, como se pode ver no mapa abaixo: 
 
 
 
Aula 20 – Conflitos Regionais na Ordem Global II 
 
 
 
 
 
445 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
QUESTÃO BASCA E QUESTÃO IRLANDESA 
A questão basca, ou questão dos bascos, é um conflito territorial e 
étnico surgido no final do século XV e início do XVI com a 
unificação da Espanha em um só reino e a anexação da porção sul 
da região à Espanha e da porção norte da região à França. O País 
Basco, como pode ser chamado, é composto por sete regiões 
tradicionais: Álava, Biscaia, Guipúscoa e Navarra que compõem o 
território de Hegoalde na Espanha, e Baixa Navarra, Lapurdi e Sola 
que compõem o território de Iparralde na região francesa. 
Oficialmente, o território de Iparralde é considerado uma parte do 
Departamento Francês dos Pirineus Atlânticos. E, Hegoalde, é 
considerada uma comunidade autônoma denominada Euzkadi 
separada da Comunidade Foral de Navarra, ambas constituintes 
da Monarquia Constitucional Espanhola. 
 
PAÍS BASCO 
 
 
A principal característica da questão basca é que os bascos lutam 
para manter sua identidade como povo, sua língua, cultura e modo 
de vida. Ao invés de serem incorporados e suplantados por outra 
cultura, como a maioria dos povos que habitaram a Península 
Ibérica e a Europa. Outro ponto interessante é o apoio que a luta 
armada do grupo guerrilheiro ETA (Euzkadi Ta Askatana, que em 
vasconço significa “Pátria Basca e Liberdade”) tem da população 
basca. O ETA surgiu em 1959 como um movimento socialista 
fundado através da união de diversos grupos políticos que atuavam 
na região. Desde a Guerra Civil Espanhola (1936-39) e do 
bombardeio à cidade de Guernica pelos nazistas alemães como 
represália ao apoio do povo basco aos republicanos, então aliados 
dos anarquistas e socialistas e, a proibição do vasconço em todo o 
território basco pelo general Franco, o sentimento nacionalista 
basco foi se tornando cada vez mais forte. Estes fatos, também 
contribuíram para que o ETA decidisse pela luta armada e 
tivessem o apoio da população. 
Com o final da ditadura de Franco em 1975 e os direitos cedidos 
pela Constituição de 1978 que defende o respeito pela diversidade 
cultural e linguística, e de um estatuto especial assegurando à 
Catalunha, à Galiza e ao País Basco o direito de utilizar suas 
próprias línguas e ainda outros direitos que lhes confere certa 
autonomia, a guerrilha do grupo ETA começa a perder força ante a 
população basca. Desta forma, em março de 2006 o ETA declara 
uma trégua que durou apenas 14 meses. O ETA já decretou várias 
tréguas desde 1981, mas, apenas oito delas foram de fato 
efetivadas. Atualmente o Partido Nacionalista Basco (PNV) tenta 
um acordo com o governo espanhol para a realização até o final de 
2008, em caráter consultivo e, até 2010 de forma definitiva, de dois 
plebiscitos onde o povo basco decidirá sobre o tipo de governo a 
ser adotado e sobre a relação política entre o País Basco e a 
Espanha. 
 
QUESTÃO IRLANDESA 
A Irlanda é uma ilha localizada a oeste da Inglaterra e dela 
separada pelo Mar da Irlanda (de 18 a 193 km de largura). Durante 
o início de sua colonização a Irlanda, ou Eire, em irlandês, era 
dividido em diversas tribos distribuídas em cinco regiões distintas: 
Ulster, Connacht, Meath, Leinster e Munster. Devido à fragilidade 
dessa situação a Irlanda foi muitas vezes invadida por outros povos 
como os vikings e, principalmente, os celtas. 
 
Mas, a questão irlandesa se iniciou com a conquista da região por 
Henrique II, O Plantageneta, da Inglaterra. Em 1175 Henrique II 
firmou o Tratado de Windsor segundo o qual a Irlanda passaria a 
ser regida pelas leis inglesas. Além do que, o domínio do território 
pelos ingleses significava que a partir de então os irlandeses teriam 
de pagar tributos à Inglaterra dentro da hierarquia vigente no 
feudalismo. 
 
Para piorar a situação, Henrique VIII, em 1534, rompe com a Igreja 
Católica iniciando a chamada ”Reforma Protestante”, a partir da 
qual a Inglaterra passou a adotar a religião Anglicana, fundada por 
ele, como religião oficial. Assim, a Irlanda que era de maioria 
católica se viu obrigada por Henrique VIII a adotar o anglicanismo. 
 
Mas, devemos lembrar que a questão da Irlanda não começou por 
causa da religião e sim por causa do sentimento nacionalista 
irlandês, ou seja, por questões políticas e territoriais que se 
iniciaram com a ocupação feita pelo outro Henrique, o II. A religião 
apenas foi incorporada ao conflito já existente. Assim, manter a 
religião católica passou a ser encarado como uma forma de 
protesto contra os ingleses. O que é perfeitamente compreensívelse entendermos que naquela época a religião era ligada ao estado, 
sendo muitas vezes utilizada como forma de garantir o poder. 
 
A discriminação e a exploração sofrida pelos irlandeses fizeram 
com que eclodissem diversas revoltas, sendo a mais expressiva 
delas em 1641 e que foi reprimida violentamente por Oliver 
Cromwell que havia tomado o poder na Inglaterra e proclamado a 
República Inglesa consolidando o poder dos ingleses obre a 
região. 
 
Mas as revoltas continuaram, tendo como episódios mais 
importantes a eclosão da Revolução de 1798 encabeçada pelo 
grupo secreto “Irlandeses Unidos”, o movimento nacionalista de 
1829 que conseguiu alguns direitos políticos aos católicos, a 
epidemia de tifo e a fome decorrente da queda na produção 
agrícola devido a uma praga em 1847 e 1948 e que foi responsável 
pela morte de mais de 800.000 pessoas e a imigração da maior 
parte da população e, por fim da independência da Irlanda, 
declarada em 1921. 
 
 
 
 
 446 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) 
O feito conseguido com a atuação do “Sinn Féin” (Nós Sozinhos), 
movimento nacionalista fundado em 1905, se deu através da 
eleição de maioria irlandesa ao Parlamento britânico em 1918 
criando as condições para que o Sinn Féin proclamasse a 
independência da Irlanda. Mas, a Inglaterra só viria a reconhecê-la 
em 1921 através da assinatura de um tratado onde a Irlanda, com 
exceção da região do Ulster, passaria a ser independente, mas, 
ainda um domínio inglês. 
 
Nesse ínterim, entre 1918 e 1921, surgiu um grupo guerrilheiro 
irlandês que tinha como objetivo a independência da Irlanda e 
depois sua unificação com a região de Ulster ainda sob domínio 
britânico. O “Irish Republican Army”, ou IRA, foram responsáveis 
por uma série de atentados aos protestantes residentes na Irlanda, 
principalmente na região de Ulster que mais tarde passaria a se 
chamar Irlanda do Norte. 
 
Só em 1937 através da promulgação da Constituição Irlandesa é 
que foi conseguida a independência de fato e a Irlanda passou a 
chamar-se Eire. Mais, uma vez a Inglaterra demorou a reconhecer 
o fato, o que foi feito em 1949 quando, também, foi concedida 
autonomia ao território de Ulster que passou a se chamar Irlanda 
do Norte. 
 
Mas os conflitos e a atuação do IRA continuam. A reivindicação 
agora é pela união das duas Irlandas em uma só e por causa da 
intolerância religiosa provocada por grupos guerrilheiros de ambos 
os lados. Os Unionistas Protestantes, da Irlanda do Norte, 
preferem continuar aliados da Grã-Bretanha alegando que caso 
houvesse a unificação eles seriam perseguidos pela maioria 
católica do Eire, incentivando, inclusive, a criação de grupos 
guerrilheiros protestantes como o Esquadrão da Morte. 
 
Em 1994 foi assinado um tratado de paz entre a Irlanda do Norte e 
o Eire, mas, ambos os lados romperam vários o tratado. Em 1998 
foi assinado um novo tratado, mas os atentados continuam. 
 
Em 2007, formou-se um governo de coalizão, reunindo o Partido 
Unionista Democrático (DUP) e o Sinn Féin, garantindo à Irlanda 
do Norte o retorno à autonomia regional. Nesse mesmo ano, o 
exército britânico encerrou uma intervenção militar de quase quatro 
décadas. 
Em outubro de 2009, o Exército Irlandês de Libertação Nacional 
(INLA), facção radical e dissidente do Exército Republicano 
Irlandês (IRA) que não havia aceitado o acordo de paz proposto 
em 1998, declarou a renúncia da luta armada e à violência, 
acrescentando mais um componente no fortalecimento do 
processo de solução pacífica na disputa entre católicos e 
protestantes. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
Aula 20 – Conflitos Regionais na Ordem Global II 
 
 
 
 
 
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EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM 
 
Questão 01 
No mundo atual presenciamos conflitos étnicos, religiosos e povos sem um Estado-Nação definido, 
como no caso o povo curdo. A população curda chega a 26,3 milhões nos principais países onde essa 
população vive. 
(TAMDJIAN,2005) 
 
Com base na informação, é CORRETO afirmar que os curdos vivem principalmente: 
a) Na faixa de gaza entre a Palestina e Israel em que os conflitos são frequentes mediante a disputa 
de territórios, o povo curdo sofre a violência e é excluso de direitos. 
b) Na antiga Alemanha Oriental, com o fim da guerra fria os curdos ficaram sem pátria. 
c) Nas Repúblicas Independentes da antiga União das Repúblicas Soviéticas como Lituânia, Estônia, 
Letônia, em que as disputas pelo território têm ocorrido com um grande número de genocídio. 
d) Em países do Oriente Médio como Turquia, Síria, Irã, Iraque e Armênia em que os curdos não têm 
direitos políticos e são discriminados pelos governos. 
e) Em países do Oriente Médio como Arábia Saudita, Iraque, Iêmen, Israel, Líbano e Jordânia em que 
o petróleo tem sido um dos fatores pela disputa do território em que os curdos ficaram exclusos e sem 
pátria. 
 
Questão 02 
Sobre os conflitos étnicos e a questão das nacionalidades, assinale a alternativa correta. 
a) Os conflitos étnicos da Irlanda têm como principal foco o rompimento da supremacia britânica sobre 
os irlandeses, dentro da Grã-Bretanha. Neste caso, a Irlanda do Norte e a Irlanda do Sul uniram-se 
contra ingleses e escoceses. 
b) Os conflitos étnicos mais recentes, ocorridos na África, opõem as populações tribais locais ao 
colonizador. Em Angola, por exemplo, as tribos locais uniram-se contra a população de origem 
portuguesa, o antigo dominador. 
c) Os conflitos entre árabes e judeus são essencialmente de fundo religioso, alimentando a oposição 
entre palestinos e judeus. Neste caso, os conflitos por território são apenas secundários tendo, 
mesmo, deixado de fazer parte da pauta de negociações, na última década. 
d) A “Questão Basca” envolve a reivindicação dos bascos quanto ao aumento da autonomia política e 
também cultural, junto ao governo espanhol, bem como uma possível independência do País Basco. 
e) Os curdos pertencem a uma etnia de origem libanesa, sendo um povo de características raciais e 
culturais muito homogêneas. Vivem na província do Curdistão, no leste da Turquia e reivindicam maior 
liberdade religiosa, não se envolvendo em conflitos pela posse de território. 
 
Questão 03 
Observe o mapa. 
 
(Simielli, 2007. Adaptado.) 
 
Conflitos políticos, de matriz religiosa, geram contestações fronteiriças entre os países I e II, que são, 
respectivamente, 
a) Paquistão e Índia. 
b) China e Índia. 
c) Afeganistão e Paquistão. 
d) Bangladesh e China. 
e) Bangladesh e Afeganistão. 
 
Anotações 
 
 
 
 
 
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Questão 04 
“(...) a intensidade do processo de globalização provoca graves efeitos desestabilizadores, criando um 
terreno fértil para a fragmentação social e territorial. Uma globalização que aprofunda as 
desigualdades sociais, nacionais e regionais e gera um fenômeno brutal de exclusão, tem produzido 
reações como o nacionalismo tribal, o separatismo e conflitos violentos, que estão marcando o fim do 
século. São os fatores ‘disfuncionais’, destrutivos e regressivos que constituem perigosos ‘efeitos 
colaterais’ da globalização da economia.” 
 (Adaptado de VIZENTINI, Paulo Fagundes in http://educaterra.terra.com.br/vizentini) 
 
Sobre o processo descrito no texto, é correto afirmar que: 
a) mesmo com a integração em curso o continente europeu ainda vive manifestações separatistas, 
como ocorre na Bélgica, com a rivalidade entre Flandres e Valônia. 
b) é possível associar o sentimento nacionalista aos integrantes do IRA (Exército Republicano 
Irlandês), o que impede qualquer acordo de paz com os britânicos. 
c) as disputas regionais na Espanha foram definitivamente resolvidaspelos acordos assinados, 
durante o ano de 2007, por galegos, bascos e catalães. 
d) na América, uma das mais importantes manifestações separatistas ocorre no Canadá, onde os 
moradores de Quebec buscam autonomia cultural ante o domínio francês. 
e) mesmo com um governo de origem indígena, a Bolívia não consegue superar as disputas entre os 
nativos e os criollos, como atesta o movimento separatista andino. 
 
Questão 05 
“No próximo domingo, o atentado terrorista às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e 
a outros alvos nos Estados Unidos completa 10 anos. O ataque mudou a história do país e marcou o 
mundo todo. Em 11 de setembro de 2001, dois aviões sequestrados por terroristas da Al Qaeda foram 
jogados contra as torres gêmeas. Outra aeronave caiu no prédio do Pentágono, em Washington DC. 
Um quarto avião foi derrubado em uma cidade do estado da Pensilvânia. Ele ia em direção a 
Washington, mas caiu quando os passageiros e a tripulação tentaram dominar os terroristas e retomar 
o controle. Quase três mil pessoas morreram nos ataques. Quem tinha idade suficiente para se dar 
conta do impacto daquele acontecimento ainda hoje consegue se lembrar de onde estava quando 
recebeu a notícia. Com a ajuda da cobertura ao vivo da imprensa internacional, as cenas da tragédia 
ganharam o mundo e chocaram até os que não eram exatamente fãs dos EUA.” 
(Disponível em: <http://exame.abril.com.br/economia/mundo/album-de-fotos/ 
11 de-setembro-cenas-do-dia-que-mudou-a-historia-dos-eua>. Acesso em: 3 set. 2011). 
 
A imprensa tem divulgado muitas notícias acerca dos atentados terroristas, nos Estados Unidos, há 
dez anos. O governo norte-americano vem tomando medidas no sentido de evitar que novos ataques 
aconteçam. Sobre esses ataques, podemos afirmar que: 
a) foram planejados por Saddam Hussein, notável inimigo dos Estados Unidos, que se aliou à rede 
terrorista Al Qaeda. 
b) no dia 11 de setembro de 2001, dois aviões foram jogados sobre o principal símbolo religioso dos 
norte- americanos, o World Trade Center, lugar que estava repleto de pessoas em oração. 
c) o ódio da Al Qaeda aos Estados Unidos se justifica, em grande parte, devido à perseguição norte-
americana ao Estado de Israel. 
d) os atentados de 11 de setembro mudaram a forma de os norte-americanos se comportarem, 
desencadeando uma verdadeira caça aos comunistas. 
e) os atentados de 11 de setembro mostraram ao mundo a vulnerabilidade dos Estados Unidos e 
despertaram nos norte-americanos um sentimento de ódio a Osama Bin Laden, culminando com sua 
morte, em Islamabad, capital do Paquistão, em maio de 2011. 
 
Questão 06 
Os dois documentos abaixo reproduzidos dizem respeito a aspectos das relações internacionais no 
início do século XXI. 
 
Anotações 
 
Aula 20 – Conflitos Regionais na Ordem Global II 
 
 
 
 
 
449 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
Analisando a imagem e o fragmento textual, é possível inferir que 
a) a reação bélica dos EUA a esses ataques contou com o respaldo do Conselho de Segurança da 
ONU, que se indignou com a ação terrorista em Nova Iorque. 
b) a geopolítica no mundo pós-Guerra Fria foi abalada e surgiram outras formas de contestação ao 
poder que se pretende hegemônico. 
c) a destruição de um símbolo do capitalismo internacional fragilizou a economia estadunidense, 
desencadeando o maior abalo financeiro das últimas décadas. 
d) a política externa dos EUA tornou-se pacifista, em claro antagonismo àquela adotada no período da 
Guerra Fria. 
 
Questão 07 
O terrorismo é uma forma violenta de protesto conhecida desde a Antiguidade, sendo uma tentativa de 
desestabilização de algum regime. 
 
A imagem acima se refere ao atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 em Nova York. Este tipo 
de atentado trata-se: 
a) Da primeira “onda terrorista”, iniciada no final do século XIX e início do XX. Nessa época, ninguém 
se sentia seguro e a salvo do terrorismo. No ano de 1894, por exemplo, um anarquista italiano 
assassinou o presidente francês Sai Carnot. 
b) De uma forma de terrorismo, bem semelhante à guerra. Sua principal finalidade é controlar algum 
território sem semear pânico. 
c) De um atentado que aborda o “velho terrorismo”, especialmente aquele do fim do século XIX e início 
do XX, formado por organizações anarquistas ou nacionalistas com propostas políticas bem definidas. 
d) Do terrorismo atual, também chamado de pós-moderno ou de global. O atentado que destruiu as 
duas torres do World Trade Center, em Nova York representa bem o “novo terrorismo”. 
e) Do terrorismo que procura eliminar figuras estratégicas do regime que combate, evitando atingir 
pessoas inocentes. A destruição das torres gêmeas em Nova York é um exemplo clássico. 
 
Questão 08 
“O terrorismo é o grande assunto do momento. Ele afetou as bolsas de valores e as perspectivas 
decrescimento das economias, a começar pela norte-americana - a mais poderosa do globo - e 
vem suscitando uma série de discussões sobre como evitá-lo, com algumas propostas que, se 
adotadas, vão certamente alterar algumas de nossas rotinas do dia a dia. E também a ordenação 
geopolítica mundial começa a sofrer significativas modificações em função do desenrolar dos 
acontecimentos, em especial da luta contra o terrorismo”. 
VESENTINI, José William. Terrorismo e Nova Ordem Mundial, 2012. 
 
O terrorismo, assim, é uma ação desesperada e violenta, feita por grupos (ou eventualmente por um 
indivíduo) que almejam determinados ideais. De acordo com as alternativas abaixo, assinale 
qual NÃO corresponde aos ideais terroristas. 
a) Mudar alguma coisa na vida política e social, derrubar um regime, lutar contra uma 
potência colonialista ou imperialista. 
b) Lutar pela união dos povos, com objetivos de liberdade mundial, evitando atingir inocentes. 
c) Alterar radicalmente os valores de uma sociedade. 
d) Alcançar uma independência nacional ou controlar um território. 
e) Semear o pânico, desestabilizar as instituições e com isso suscitar mudanças radicais. 
 
Anotações

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