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444 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) DARFUR Darfur é uma região situada a oeste do país mais extenso da África, o Sudão. A terça parte da população é de origem árabe e se dedica principalmente ao pastoreio nômade. Os não árabes, como o grupo Massalit, os Zaghawa e os Fur, são sobretudo agricultores. O fato de os dois grupos terem a terra como base de suas economias provocou vários conflitos sobre o direito ao uso da terra. No entanto, os problemas são mais amplos. Há décadas, a região de Darfur tem sido abandonada à própria sorte pelo governo sudanês, que negligenciou os investimentos sociais e econômicos essenciais nessa região semiárida. As poucas intervenções positivas do Estado em Darfur privilegiaram os árabes em detrimento dos outros grupos, contribuindo para agravar as rivalidades já existentes. A população não árabe de Darfur tem um forte sentimento de oposição ao governo, o que estimula a luta pela autonomia e pelo fim da discriminação. Em 2002, rebeldes da aldeia Fur em aliança com os Zaghawa formaram o Exército Popular de Libertação do Sudão (SPLA). Armados e supostamente apoiados pelo governo do país Chade, eles atacaram instalações do governo em 2003. A retaliação foi imediata e brutal. O governo, apoiado pela milícia árabe Janjaweed, promoveu um massacre cujo saldo atingiu mais de 300 mil mortos e mais de 2 milhões de refugiados, em apenas 5 conflitos. Desde 2004, governo, rebeldes e organizações internacionais como a União Africana tentam estabelecer um cessar-fogo. No entanto, apesar dos esforços da Missão da União Africana e das ONGs para estabelecer a paz, todos os acordos assinados entre as partes foram violados por ambos os lados do conflito. O presidente Omar al Bashir, no poder desde 1989, após o golpe militar, é considerado o grande responsável pelos massacres e por omissão à situação dramática de Darfur. Em 2009, teve a prisão decretada pelo Tribunal Penal Internacional por crimes de guerra em Darfur. SUDÃO DO SUL – O MAIS NOVO PAÍS DO MUNDO No dia 8 de julho de 2011 o território separou- se oficialmente do Sudão. Trata-se do Sudão do Sul, cuja capital é Juba. Essa separação foi o resultado de tensões que duraram décadas entre as porções norte e sul do país africano. Mais de 2 milhões de pessoas morreram no conflito que, além do aspecto territorial e econômico também tinha um forte apelo religioso. Com a independência, já reconhecida pela ONU (Organização das Nações Unidas) e diversos países do mundo, inclusive o Brasil, o Sudão do Sul agora é governado pelo presidente Salva Kiir. O presidente irá encontrar inúmeros problemas para tentar resolver, o que não será possível em um curto espaço de tempo. Segundo alguns dados levantados pelo site do jornal Estado de São Paulo, apenas 15% dos 9 milhões de habitantes sabem ler e a taxa de mortalidade infantil é uma das mais altas do planeta. Apenas 1% apresenta conta bancária e o país inteiro conta com apenas 320 quilômetros de estrada. A questão do petróleo é uma das mais problemáticas na divisão do Sudão. A maior parte das reservas está localizada no agora Sudão do Sul, porém a maior parte da infraestrutura para refino e transporte fica no norte, como se pode ver no mapa abaixo: Aula 20 – Conflitos Regionais na Ordem Global II 445 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência QUESTÃO BASCA E QUESTÃO IRLANDESA A questão basca, ou questão dos bascos, é um conflito territorial e étnico surgido no final do século XV e início do XVI com a unificação da Espanha em um só reino e a anexação da porção sul da região à Espanha e da porção norte da região à França. O País Basco, como pode ser chamado, é composto por sete regiões tradicionais: Álava, Biscaia, Guipúscoa e Navarra que compõem o território de Hegoalde na Espanha, e Baixa Navarra, Lapurdi e Sola que compõem o território de Iparralde na região francesa. Oficialmente, o território de Iparralde é considerado uma parte do Departamento Francês dos Pirineus Atlânticos. E, Hegoalde, é considerada uma comunidade autônoma denominada Euzkadi separada da Comunidade Foral de Navarra, ambas constituintes da Monarquia Constitucional Espanhola. PAÍS BASCO A principal característica da questão basca é que os bascos lutam para manter sua identidade como povo, sua língua, cultura e modo de vida. Ao invés de serem incorporados e suplantados por outra cultura, como a maioria dos povos que habitaram a Península Ibérica e a Europa. Outro ponto interessante é o apoio que a luta armada do grupo guerrilheiro ETA (Euzkadi Ta Askatana, que em vasconço significa “Pátria Basca e Liberdade”) tem da população basca. O ETA surgiu em 1959 como um movimento socialista fundado através da união de diversos grupos políticos que atuavam na região. Desde a Guerra Civil Espanhola (1936-39) e do bombardeio à cidade de Guernica pelos nazistas alemães como represália ao apoio do povo basco aos republicanos, então aliados dos anarquistas e socialistas e, a proibição do vasconço em todo o território basco pelo general Franco, o sentimento nacionalista basco foi se tornando cada vez mais forte. Estes fatos, também contribuíram para que o ETA decidisse pela luta armada e tivessem o apoio da população. Com o final da ditadura de Franco em 1975 e os direitos cedidos pela Constituição de 1978 que defende o respeito pela diversidade cultural e linguística, e de um estatuto especial assegurando à Catalunha, à Galiza e ao País Basco o direito de utilizar suas próprias línguas e ainda outros direitos que lhes confere certa autonomia, a guerrilha do grupo ETA começa a perder força ante a população basca. Desta forma, em março de 2006 o ETA declara uma trégua que durou apenas 14 meses. O ETA já decretou várias tréguas desde 1981, mas, apenas oito delas foram de fato efetivadas. Atualmente o Partido Nacionalista Basco (PNV) tenta um acordo com o governo espanhol para a realização até o final de 2008, em caráter consultivo e, até 2010 de forma definitiva, de dois plebiscitos onde o povo basco decidirá sobre o tipo de governo a ser adotado e sobre a relação política entre o País Basco e a Espanha. QUESTÃO IRLANDESA A Irlanda é uma ilha localizada a oeste da Inglaterra e dela separada pelo Mar da Irlanda (de 18 a 193 km de largura). Durante o início de sua colonização a Irlanda, ou Eire, em irlandês, era dividido em diversas tribos distribuídas em cinco regiões distintas: Ulster, Connacht, Meath, Leinster e Munster. Devido à fragilidade dessa situação a Irlanda foi muitas vezes invadida por outros povos como os vikings e, principalmente, os celtas. Mas, a questão irlandesa se iniciou com a conquista da região por Henrique II, O Plantageneta, da Inglaterra. Em 1175 Henrique II firmou o Tratado de Windsor segundo o qual a Irlanda passaria a ser regida pelas leis inglesas. Além do que, o domínio do território pelos ingleses significava que a partir de então os irlandeses teriam de pagar tributos à Inglaterra dentro da hierarquia vigente no feudalismo. Para piorar a situação, Henrique VIII, em 1534, rompe com a Igreja Católica iniciando a chamada ”Reforma Protestante”, a partir da qual a Inglaterra passou a adotar a religião Anglicana, fundada por ele, como religião oficial. Assim, a Irlanda que era de maioria católica se viu obrigada por Henrique VIII a adotar o anglicanismo. Mas, devemos lembrar que a questão da Irlanda não começou por causa da religião e sim por causa do sentimento nacionalista irlandês, ou seja, por questões políticas e territoriais que se iniciaram com a ocupação feita pelo outro Henrique, o II. A religião apenas foi incorporada ao conflito já existente. Assim, manter a religião católica passou a ser encarado como uma forma de protesto contra os ingleses. O que é perfeitamente compreensívelse entendermos que naquela época a religião era ligada ao estado, sendo muitas vezes utilizada como forma de garantir o poder. A discriminação e a exploração sofrida pelos irlandeses fizeram com que eclodissem diversas revoltas, sendo a mais expressiva delas em 1641 e que foi reprimida violentamente por Oliver Cromwell que havia tomado o poder na Inglaterra e proclamado a República Inglesa consolidando o poder dos ingleses obre a região. Mas as revoltas continuaram, tendo como episódios mais importantes a eclosão da Revolução de 1798 encabeçada pelo grupo secreto “Irlandeses Unidos”, o movimento nacionalista de 1829 que conseguiu alguns direitos políticos aos católicos, a epidemia de tifo e a fome decorrente da queda na produção agrícola devido a uma praga em 1847 e 1948 e que foi responsável pela morte de mais de 800.000 pessoas e a imigração da maior parte da população e, por fim da independência da Irlanda, declarada em 1921. 446 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) O feito conseguido com a atuação do “Sinn Féin” (Nós Sozinhos), movimento nacionalista fundado em 1905, se deu através da eleição de maioria irlandesa ao Parlamento britânico em 1918 criando as condições para que o Sinn Féin proclamasse a independência da Irlanda. Mas, a Inglaterra só viria a reconhecê-la em 1921 através da assinatura de um tratado onde a Irlanda, com exceção da região do Ulster, passaria a ser independente, mas, ainda um domínio inglês. Nesse ínterim, entre 1918 e 1921, surgiu um grupo guerrilheiro irlandês que tinha como objetivo a independência da Irlanda e depois sua unificação com a região de Ulster ainda sob domínio britânico. O “Irish Republican Army”, ou IRA, foram responsáveis por uma série de atentados aos protestantes residentes na Irlanda, principalmente na região de Ulster que mais tarde passaria a se chamar Irlanda do Norte. Só em 1937 através da promulgação da Constituição Irlandesa é que foi conseguida a independência de fato e a Irlanda passou a chamar-se Eire. Mais, uma vez a Inglaterra demorou a reconhecer o fato, o que foi feito em 1949 quando, também, foi concedida autonomia ao território de Ulster que passou a se chamar Irlanda do Norte. Mas os conflitos e a atuação do IRA continuam. A reivindicação agora é pela união das duas Irlandas em uma só e por causa da intolerância religiosa provocada por grupos guerrilheiros de ambos os lados. Os Unionistas Protestantes, da Irlanda do Norte, preferem continuar aliados da Grã-Bretanha alegando que caso houvesse a unificação eles seriam perseguidos pela maioria católica do Eire, incentivando, inclusive, a criação de grupos guerrilheiros protestantes como o Esquadrão da Morte. Em 1994 foi assinado um tratado de paz entre a Irlanda do Norte e o Eire, mas, ambos os lados romperam vários o tratado. Em 1998 foi assinado um novo tratado, mas os atentados continuam. Em 2007, formou-se um governo de coalizão, reunindo o Partido Unionista Democrático (DUP) e o Sinn Féin, garantindo à Irlanda do Norte o retorno à autonomia regional. Nesse mesmo ano, o exército britânico encerrou uma intervenção militar de quase quatro décadas. Em outubro de 2009, o Exército Irlandês de Libertação Nacional (INLA), facção radical e dissidente do Exército Republicano Irlandês (IRA) que não havia aceitado o acordo de paz proposto em 1998, declarou a renúncia da luta armada e à violência, acrescentando mais um componente no fortalecimento do processo de solução pacífica na disputa entre católicos e protestantes. Aula 20 – Conflitos Regionais na Ordem Global II 447 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência EXERCÍCIOS DE APRENDIZAGEM Questão 01 No mundo atual presenciamos conflitos étnicos, religiosos e povos sem um Estado-Nação definido, como no caso o povo curdo. A população curda chega a 26,3 milhões nos principais países onde essa população vive. (TAMDJIAN,2005) Com base na informação, é CORRETO afirmar que os curdos vivem principalmente: a) Na faixa de gaza entre a Palestina e Israel em que os conflitos são frequentes mediante a disputa de territórios, o povo curdo sofre a violência e é excluso de direitos. b) Na antiga Alemanha Oriental, com o fim da guerra fria os curdos ficaram sem pátria. c) Nas Repúblicas Independentes da antiga União das Repúblicas Soviéticas como Lituânia, Estônia, Letônia, em que as disputas pelo território têm ocorrido com um grande número de genocídio. d) Em países do Oriente Médio como Turquia, Síria, Irã, Iraque e Armênia em que os curdos não têm direitos políticos e são discriminados pelos governos. e) Em países do Oriente Médio como Arábia Saudita, Iraque, Iêmen, Israel, Líbano e Jordânia em que o petróleo tem sido um dos fatores pela disputa do território em que os curdos ficaram exclusos e sem pátria. Questão 02 Sobre os conflitos étnicos e a questão das nacionalidades, assinale a alternativa correta. a) Os conflitos étnicos da Irlanda têm como principal foco o rompimento da supremacia britânica sobre os irlandeses, dentro da Grã-Bretanha. Neste caso, a Irlanda do Norte e a Irlanda do Sul uniram-se contra ingleses e escoceses. b) Os conflitos étnicos mais recentes, ocorridos na África, opõem as populações tribais locais ao colonizador. Em Angola, por exemplo, as tribos locais uniram-se contra a população de origem portuguesa, o antigo dominador. c) Os conflitos entre árabes e judeus são essencialmente de fundo religioso, alimentando a oposição entre palestinos e judeus. Neste caso, os conflitos por território são apenas secundários tendo, mesmo, deixado de fazer parte da pauta de negociações, na última década. d) A “Questão Basca” envolve a reivindicação dos bascos quanto ao aumento da autonomia política e também cultural, junto ao governo espanhol, bem como uma possível independência do País Basco. e) Os curdos pertencem a uma etnia de origem libanesa, sendo um povo de características raciais e culturais muito homogêneas. Vivem na província do Curdistão, no leste da Turquia e reivindicam maior liberdade religiosa, não se envolvendo em conflitos pela posse de território. Questão 03 Observe o mapa. (Simielli, 2007. Adaptado.) Conflitos políticos, de matriz religiosa, geram contestações fronteiriças entre os países I e II, que são, respectivamente, a) Paquistão e Índia. b) China e Índia. c) Afeganistão e Paquistão. d) Bangladesh e China. e) Bangladesh e Afeganistão. Anotações 448 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Italo Trigueiro) Questão 04 “(...) a intensidade do processo de globalização provoca graves efeitos desestabilizadores, criando um terreno fértil para a fragmentação social e territorial. Uma globalização que aprofunda as desigualdades sociais, nacionais e regionais e gera um fenômeno brutal de exclusão, tem produzido reações como o nacionalismo tribal, o separatismo e conflitos violentos, que estão marcando o fim do século. São os fatores ‘disfuncionais’, destrutivos e regressivos que constituem perigosos ‘efeitos colaterais’ da globalização da economia.” (Adaptado de VIZENTINI, Paulo Fagundes in http://educaterra.terra.com.br/vizentini) Sobre o processo descrito no texto, é correto afirmar que: a) mesmo com a integração em curso o continente europeu ainda vive manifestações separatistas, como ocorre na Bélgica, com a rivalidade entre Flandres e Valônia. b) é possível associar o sentimento nacionalista aos integrantes do IRA (Exército Republicano Irlandês), o que impede qualquer acordo de paz com os britânicos. c) as disputas regionais na Espanha foram definitivamente resolvidaspelos acordos assinados, durante o ano de 2007, por galegos, bascos e catalães. d) na América, uma das mais importantes manifestações separatistas ocorre no Canadá, onde os moradores de Quebec buscam autonomia cultural ante o domínio francês. e) mesmo com um governo de origem indígena, a Bolívia não consegue superar as disputas entre os nativos e os criollos, como atesta o movimento separatista andino. Questão 05 “No próximo domingo, o atentado terrorista às torres gêmeas do World Trade Center, em Nova York, e a outros alvos nos Estados Unidos completa 10 anos. O ataque mudou a história do país e marcou o mundo todo. Em 11 de setembro de 2001, dois aviões sequestrados por terroristas da Al Qaeda foram jogados contra as torres gêmeas. Outra aeronave caiu no prédio do Pentágono, em Washington DC. Um quarto avião foi derrubado em uma cidade do estado da Pensilvânia. Ele ia em direção a Washington, mas caiu quando os passageiros e a tripulação tentaram dominar os terroristas e retomar o controle. Quase três mil pessoas morreram nos ataques. Quem tinha idade suficiente para se dar conta do impacto daquele acontecimento ainda hoje consegue se lembrar de onde estava quando recebeu a notícia. Com a ajuda da cobertura ao vivo da imprensa internacional, as cenas da tragédia ganharam o mundo e chocaram até os que não eram exatamente fãs dos EUA.” (Disponível em: <http://exame.abril.com.br/economia/mundo/album-de-fotos/ 11 de-setembro-cenas-do-dia-que-mudou-a-historia-dos-eua>. Acesso em: 3 set. 2011). A imprensa tem divulgado muitas notícias acerca dos atentados terroristas, nos Estados Unidos, há dez anos. O governo norte-americano vem tomando medidas no sentido de evitar que novos ataques aconteçam. Sobre esses ataques, podemos afirmar que: a) foram planejados por Saddam Hussein, notável inimigo dos Estados Unidos, que se aliou à rede terrorista Al Qaeda. b) no dia 11 de setembro de 2001, dois aviões foram jogados sobre o principal símbolo religioso dos norte- americanos, o World Trade Center, lugar que estava repleto de pessoas em oração. c) o ódio da Al Qaeda aos Estados Unidos se justifica, em grande parte, devido à perseguição norte- americana ao Estado de Israel. d) os atentados de 11 de setembro mudaram a forma de os norte-americanos se comportarem, desencadeando uma verdadeira caça aos comunistas. e) os atentados de 11 de setembro mostraram ao mundo a vulnerabilidade dos Estados Unidos e despertaram nos norte-americanos um sentimento de ódio a Osama Bin Laden, culminando com sua morte, em Islamabad, capital do Paquistão, em maio de 2011. Questão 06 Os dois documentos abaixo reproduzidos dizem respeito a aspectos das relações internacionais no início do século XXI. Anotações Aula 20 – Conflitos Regionais na Ordem Global II 449 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência Analisando a imagem e o fragmento textual, é possível inferir que a) a reação bélica dos EUA a esses ataques contou com o respaldo do Conselho de Segurança da ONU, que se indignou com a ação terrorista em Nova Iorque. b) a geopolítica no mundo pós-Guerra Fria foi abalada e surgiram outras formas de contestação ao poder que se pretende hegemônico. c) a destruição de um símbolo do capitalismo internacional fragilizou a economia estadunidense, desencadeando o maior abalo financeiro das últimas décadas. d) a política externa dos EUA tornou-se pacifista, em claro antagonismo àquela adotada no período da Guerra Fria. Questão 07 O terrorismo é uma forma violenta de protesto conhecida desde a Antiguidade, sendo uma tentativa de desestabilização de algum regime. A imagem acima se refere ao atentado terrorista de 11 de setembro de 2001 em Nova York. Este tipo de atentado trata-se: a) Da primeira “onda terrorista”, iniciada no final do século XIX e início do XX. Nessa época, ninguém se sentia seguro e a salvo do terrorismo. No ano de 1894, por exemplo, um anarquista italiano assassinou o presidente francês Sai Carnot. b) De uma forma de terrorismo, bem semelhante à guerra. Sua principal finalidade é controlar algum território sem semear pânico. c) De um atentado que aborda o “velho terrorismo”, especialmente aquele do fim do século XIX e início do XX, formado por organizações anarquistas ou nacionalistas com propostas políticas bem definidas. d) Do terrorismo atual, também chamado de pós-moderno ou de global. O atentado que destruiu as duas torres do World Trade Center, em Nova York representa bem o “novo terrorismo”. e) Do terrorismo que procura eliminar figuras estratégicas do regime que combate, evitando atingir pessoas inocentes. A destruição das torres gêmeas em Nova York é um exemplo clássico. Questão 08 “O terrorismo é o grande assunto do momento. Ele afetou as bolsas de valores e as perspectivas decrescimento das economias, a começar pela norte-americana - a mais poderosa do globo - e vem suscitando uma série de discussões sobre como evitá-lo, com algumas propostas que, se adotadas, vão certamente alterar algumas de nossas rotinas do dia a dia. E também a ordenação geopolítica mundial começa a sofrer significativas modificações em função do desenrolar dos acontecimentos, em especial da luta contra o terrorismo”. VESENTINI, José William. Terrorismo e Nova Ordem Mundial, 2012. O terrorismo, assim, é uma ação desesperada e violenta, feita por grupos (ou eventualmente por um indivíduo) que almejam determinados ideais. De acordo com as alternativas abaixo, assinale qual NÃO corresponde aos ideais terroristas. a) Mudar alguma coisa na vida política e social, derrubar um regime, lutar contra uma potência colonialista ou imperialista. b) Lutar pela união dos povos, com objetivos de liberdade mundial, evitando atingir inocentes. c) Alterar radicalmente os valores de uma sociedade. d) Alcançar uma independência nacional ou controlar um território. e) Semear o pânico, desestabilizar as instituições e com isso suscitar mudanças radicais. Anotações
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