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Geografia II -16

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72 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
de 5 TEP que apresentam aproximadamente o mesmo IDH, cerca 
de 0,7. 
e) os países com altos valores de IDH apresentam um grande 
consumo de energia "per capita" (acima de 7 TEP). 
 
Questão 08 (Enem) 
Para compreender o processo de exploração e o consumo dos 
recursos petrolíferos, é fundamental conhecer a gênese e o 
processo de formação do petróleo descritos no texto abaixo. 
"O petróleo é um combustível fóssil, originado provavelmente de 
restos de vida aquática acumulados no fundo dos oceanos 
primitivos e cobertos por sedimentos. O tempo e a pressão do 
sedimento sobre o material depositado no fundo do mar 
transformaram esses restos em massas viscosas de coloração 
negra denominadas jazidas de petróleo." 
(Adaptado de TUNDISI. "Usos de energia." São Paulo: Atual Editora, 1991.) 
 
As informações do texto permitem afirmar que: 
a) o petróleo é um recurso energético renovável a curto prazo, em 
razão de sua constante formação geológica. 
b) a exploração de petróleo é realizada apenas em áreas marinhas. 
c) a extração e o aproveitamento do petróleo são atividades não 
poluentes dada sua origem natural. 
d) o petróleo é um recurso energético distribuído 
homogeneamente, em todas as regiões, independentemente da 
sua origem. 
e) o petróleo é um recurso não renovável a curto prazo, explorado 
em áreas continentais de origem marinha ou em áreas submarinas. 
 
Questão 09 (Fuvest) 
Com base no mapa, assinale a alternativa correta. 
Consumo de energia "per Capita" 
 
Adap. "Atlas de Peters", 1994. 
 
O consumo de energia é maior em países com 
a) produção de bens intermediários para exportação e transição 
demográfica inicial. 
b) elevada produção na indústria de base e transição demográfica 
concluída. 
c) produção de bens de consumo não duráveis para exportação e 
elevado crescimento vegetativo. 
d) elevada produção na indústria de base e elevado crescimento 
vegetativo. 
e) produção de bens de consumo não duráveis para exportação e 
predomínio de população jovem. 
 
Questão 10 (Ufscar) 
A descoberta de uma grande reserva de petróleo estimada em 26 
bilhões de barris, no sudoeste do Irã, coloca em destaque nos 
noticiários a maior região produtora-exportadora de petróleo 
conhecida como 
a) bacia Caspiana. 
b) Mar do Norte. 
c) Golfo Pérsico. 
d) bacia de Maracaibo e Orenoco. 
e) delta do Níger. 
 
Questão 11 
(Puc-rio) Na "nova" economia mundial, ocorre o declínio da 
importância da indústria em relação às finanças e às 
telecomunicações, muito menos intensivas em energia. No entanto, 
ao longo do ano 2000, o aumento dos preços do petróleo voltou a 
ameaçar a tranqüilidade da economia mundial. 
 
Entre as possíveis resultantes desse fato, temos: 
 
I) o aumento dos custos de transporte e dos custos de produção 
em praticamente toda a cadeia produtiva que usa derivados de 
petróleo como insumos; 
II) a redução dos estoques de petróleo nos países desenvolvidos, 
os maiores consumidores dessa fonte de energia e matéria-prima 
industrial; 
III) o aumento dos gastos com a importação do petróleo, agrava o 
desequilíbrio da balança comercial de alguns países em 
desenvolvimento. 
Está(ão) correta(s) a(s) afirmativa(s): 
a) I. b) II. c) I e II. d) II e III. e) I, II e III. 
 
Questão 12 (Faap) 
Com a criação da Petrobrás, decidiu-se que a empresa teria 
monopólio nas seguintes atividades, exceto: 
 
a) distribuição dos derivados de petróleo 
b) extração de hidrocarbonetos 
c) importação de petróleo bruto 
d) refino do produto nacional e do importado 
e) transporte marítimo do petróleo para o Brasil 
 
Questão 13 (UFPE) 
Analise as afirmativas a seguir referentes ao assunto "Fontes de 
Energia". 
1) O xisto é uma "rocha energética" estratificada que se encontra 
sempre impregnada de substâncias orgânicas e inorgânicas, 
podendo gerar óleos. 
2) O carvão mineral brasileiro tem uma distribuição geográfica 
muito limitada, sendo, de certa forma, antieconômico o seu 
fornecimento às regiões mais longínquas. 
3) A maior parte dos depósitos carboníferos da América do Sul se 
situa numa estreita faixa que se estende do Sul da Bahia até Santa 
Catarina; esses depósitos aparecem em terrenos pré-cambrianos. 
4) Dos diversos tipos de carvão encontrados no Brasil, a turfa é a 
que é mais explorada, pois possui o maior poder calorífico. 
5) A indústria de extração de carvão, muitas vezes, é responsável 
por graves problemas ambientais, uma vez que a degradação 
causada por essa atividade pode atingir o solo, o ar e a água 
consumida pela população. 
Estão corretas: 
a) 1 e 2 apenas d) 1, 2 e 5 apenas 
b) 3 e 4 apenas e) 1, 2, 3, 4 e 5 
c) 4 e 5 apenas 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA I 
Prof. Fernandes Epitácio 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
FONTES DE ENERGIA II 
ENERGIA NUCLEAR 
A energia nuclear produzida pelas usinas atuais baseia-se na 
fissão do núcleo do Urânio (235U) por bombeamento de nêutrons, 
que libera três nêutrons de calor. 
 
Fonte: TEIXEIRA, Wilson; TOLEDO, M.C.M.de; FAIRCHILD, T.R & TAIOLI, F. 
Decifrando a Terra. São Paulo, Companhia Editora Nacional, 2008.p.480. 
 
O Urânio é o único elemento fissionável que ocorre naturalmente, 
no entanto, para ser utilizado como fonte geradora de energia deve 
ser concentrado até atingir um conteúdo de urânio de 3%, na forma 
de UO2 gerando o que chamamos de urânio enriquecido. O 238U 
também pode ser fissionável, para isso, é necessário um 
bombardeamento de nêutrons para que se transforme em 239Pu 
(Plutônio). 
O sistema de geração de energia por fissão nuclear são chamados 
reatores, e fazem parte das usinas geradoras de eletricidade, eles 
são de dois tipos: 
• BWR (Boiling Water Reactor): Reator de água fervente. 
• PWR (Pressurized Water Reactor): Reator de água pressurizada. 
PAÍSES DEPENDENTES DE ENERGIA NUCLEAR 
País Energia gerada por usinas nucleares 
França 75% 
Lituânia 73% 
Bélgica 58% 
Bulgária 47% 
Eslováquia 47% 
Suécia 47% 
Ucrânia 44% 
Armênia 36% 
Fonte: Agência Internacional de Energia Atômica, 2000. 
 
O ACIDENTE DE CHERNOBYL 
Em 26 de Abril de 1986, o núcleo de um dos reatores da usina 
atômica de Chernobyl, na Ucrânia, explodiu devido a uma falha no 
sistema de refrigeração. O mundo soube do acidente, que foi 
mantido em sigilo, quando a radiação se espalhou e foi percebida 
em outros países. 
O calor – entre 3000 e 4000ºC – incendiou o bloco de grafite, 
provocando uma explosão química e o desmoronamento parcial do 
prédio. As terras num raio de 5 mil quilômetros ao redor da usina 
tiveram de ser abandonadas e assim devem permanecer por várias 
décadas. Cerca de 30 mil pessoas morreram desde então, em 
consequência da radiação recebida. A nuvem de radiação se 
espalhou por vários países europeus (Alemanha, Polônia, Suécia, 
Finlândia e outras repúblicas da antiga União Soviética), afetando a 
saúde de milhões de pessoas (estima-se que 5 milhões de 
pessoas contraíram câncer), contaminando as plantas e os animais 
(inclusive seus subprodutos, como leite e ovos). Muitos produtos 
foram proibidos para consumo e tiveram de ser eliminados. 
COELHO, M.A & TERRA, Lígia. Geografia Geral. São Paulo, Moderna, 2008. 
 
HIDRELETRICIDADE 
Nas usinas hidrelétricas, a eletricidade é obtida por meio do 
aproveitamento das águas dos rios. A força hidráulica movimenta 
uma turbina, que aciona o gerador responsável pela transformação 
de energia hidráulica em elétrica. O potencial hidrelétrico de um 
país ou de uma região está diretamente condicionado pela 
morfologia do relevo e pelo regime de chuvas. 
A energia gerada nas usinas não depende de combustíveis fósseis. 
Porém as grandes usinas provocam impactos ambientais e sociais 
profundos, resultantes do alargamento de vastas áreas e da 
necessidade de remoção das pessoas que vivem nelas. A usina de 
Três Gargantas, na China, é um bom exemplo disso. Mais deum 
milhão de pessoas tiveram de ser removidos em razão da 
construção da barragem, cuja represa forma um lago artificial de 
632 quilômetros quadrados que inundou 160 cidades e povoados, 
além de destruir uma importante reserva arqueológica chinesa. 
Instalada em uma área montanhosa a usina tem sido apontada 
como a responsável pela intensificação dos processos erosivos e 
dos deslizamentos de terra nas colinas ao redor da represa. 
PRODUÇÃO E CONSUMO DE HIDRELETRICIDADE 
 
Fonte: Agência Internacional de Energia. Key World Energy Statistics 2007. 
 
Países que dispõem de uma densa rede fluvial em condições de 
aproveitamento energético como os Estados Unidos e o Brasil 
muitas vezes são capazes de suprir uma parcela significativa da 
demanda interna. 
ENERGIA HIDRELÉTRICA NO BRASIL 
Além de ser um recurso renovável, a água é uma das poucas 
fontes utilizadas para a produção de energia que não contribui para 
o aquecimento global – um dos problemas ambientais mais 
discutidos da atualidade. As principais vantagens da construção de 
uma usina hidrelétrica são baixo custo de megawatt; geração de 
empregos, tanto na construção como no funcionamento; e 
desenvolvimento econômico de várias regiões. 
Porém, as hidrelétricas apresentam algumas desvantagens que 
precisam ser avaliadas com cuidado, como desapropriação de 
 
 
 
 
 74 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
terras produtivas para inundação; impactos ambientais, como 
perdas de vegetação e da fauna terrestres; impactos sociais, como 
realocação de moradores e desapropriações; interferência na 
migração de peixes e outras alterações na fauna do rio; perdas de 
heranças históricas e culturais; além de mudanças em atividades 
econômicas e usos tradicionais da terra. 
A primeira hidrelétrica existente foi construída no final do século XIX 
próximo às quedas-d’água das cataratas do Niágara, localizadas na 
fronteira do Canadá com os Estados Unidos, entre os lagos Erie e 
Ontário. Na mesma época, durante o reinado de Dom Pedro II (1841-
1889), o Brasil construiu a primeira hidrelétrica, no município de 
Diamantina, utilizando as águas do ribeirão do Inferno, afluente do rio 
Jequitinhonha, com 0,5MW de potência e linha de transmissão de 
dois quilômetros. 
A primeira hidrelétrica de maior porte começou a ser construída no 
Nordeste (Paulo Afonso I), em 1949, pela Companhia Hidrelétrica do 
São Francisco. As demais hidrelétricas construídas ao longo dos 60 
anos seguintes concentram-se ao longo das regiões Sul, Sudeste e 
Nordeste. No Norte foram construídas Tucuruí, no Pará e Balbina, no 
Amazonas. Nos anos 1990, as regiões Norte e Centro-Oeste 
começaram a ser exploradas com maior intensidade, com a 
construção da usina Serra da Mesa (GO), no rio Tocantins, e outros 
projetos importantes na região Norte. 
Em virtude do predomínio do relevo de planalto e a grande 
disponibilidade de recursos hídricos, as usinas hidrelétricas são muito 
importantes para a geração de energia elétrica no país. Em todo o 
mundo, o Brasil é o país que possui maior potencial hidrelétrico. Os 
mais importantes projetos hidrelétricos, para os próximos anos, estão 
na bacia Amazônica, e vêm enfrentando protestos de ambientalistas 
e embargos da justiça. Entre os projetos, propõem-se a construção 
das usinas de Jirau e Santo Antônio no rio Madeira, a usina de Belo 
Monte, no rio Xingu e as usinas de São Luiz do Tapajós e Jatobá, no 
rio Tapajós. 
De modo geral, as bacias dos principais rios que banham os estados 
do Nordeste e do Sudeste estão com o seu potencial bastante 
aproveitado. Já as bacias do Uruguai, do Tocantins e do Amazonas 
oferecem ainda muito potencial a ser explorado. Na Amazônia, tanto 
as usinas em operação quanto as planejadas têm provocado muita 
polêmica. Embora a ELETRONORTE alegue que elas podem 
beneficiar todo o Brasil, a transmissão dessa energia para o Centro-
Sul tem um custo muito alto, em razão das enormes distâncias. 
POTENCIAL HIDRELÉTRICO POR BACIA – 2008 
 
Fonte: Atlas de energia elétrica do Brasil. Brasília: Aneel, 2008.p.57-58. 
BACIA AMAZÔNICA E DO TOCANTINS ARAGUAIA 
A potência hidráulica da Amazônia é estimada pela Eletrobrás em 
100 milhões de kW, distribuídos ao longo dos rios da bacia 
Amazônica (80%) e da Tocantins-Araguaia (20%). 
A evolução tecnológica alcançada nos setores de transmissão de 
energia vem atenuando o problema da distância entre as bacias 
regionais e os principais centros consumidores do país. Assim o 
aproveitamento da potência hidráulica da bacia Amazônica e da 
Tocantins-Araguaia torna-se uma possibilidade concreta, de que é 
exemplo a implantação no rio Tocantins da usina de Tucuruí, que 
faz parte das obras projetadas pela ditadura militar no Brasil. 
AS USINAS DO RIO MADEIRA 
A partir de 2001, Furnas Centrais Elétricas S/A, deu início a 
construção das usinas hidrelétricas de Santo Antônio e Jirau no rio 
Madeira, entre Porto Velho e Abunã, no estado de Rondônia. Estão 
previstos projetos de aproveitamento múltiplo que ampliará a 
navegação em todo o rio Madeira. Os defensores da instalação 
dessas usinas dizem que elas podem abastecer cerca de 38 
milhões de pessoas e trazer investimentos para a região norte do 
país. Além de gerar empregas ela garantirá a navegabilidade onde 
havia quedas d’água e cachoeiras, uma vez que serão instaladas 
eclusas. 
Aqueles que se opõem ao projeto afirmam que o impacto ambiental 
será maior do que os benefícios econômicos e sociais que as 
obras vão trazer. Alguns afirmam que muitas espécies de peixes 
desaparecerão e que a área inundada, mesmo pequena, provocará 
destruição de áreas verdes importantes e até mesmo de riquezas 
arqueológicas ainda não estudadas. Boa parte da obra já está em 
andamento e tem atraído para a região a mão de obra de milhares 
de trabalhadores. 
BACIA DO SÃO FRANCISCO 
A construção da usina de Três Marias (MG) é um exemplo típico 
dos prejuízos provocados pelo represamento de águas de um 
grande rio ao final do período de estiagem: represa-se tanta água 
que falta água para irrigação e navegação. Das usinas construídas 
no São Francisco, destaca-se, por sua grandiosidade a de 
Sobradinho, que tem um potencial de 1 milhão de kW e é 
administrada pela CHESF (Companhia Hidrelétrica do São 
Francisco). 
USINA CONCESSIONÁRIA POTENCIAL 
Itaparica CHESF 2.500 Mw 
Moxotó CHESF 440 Mw 
Paulo 
Afonso CHESF 2.460 Mw 
Três Marias CEMIG 387,6 Mw 
BACIA DO PARANÁ 
Cerca de 70% da potência instalada no Brasil encontra-se nessa 
região. O grande aproveitamento hidrelétrico deve-se a 
potencialidade natural e à localização. 
Entre as numerosas hidrelétricas nela instaladas, destacam-se as 
do rio Paraná, especialmente o Conjunto Urubupungá, da CESP 
(Companhia Energética de São Paulo) – que abarca duas grandes 
usinas: Ilha Solteira e Jupiá e a usina de Itaipu, que é a maior usina 
hidrelétrica do mundo ainda hoje. Sua construção foi realizada a 
partir de um acordo binacional entre Brasil e Paraguai, ficando a 
Eletrobrás e a Ande (Administración Nacional de Eletricidad) 
responsáveis pela comissão técnica do projeto no ano de 1973. 
Aula 28 – Fontes de Energia II 
 
 
 
 
 
75 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
HIDRELÉTRICAS EM FUNCIONAMENTO NO PAÍS 
 
Fonte: Ministério de Minas e Energia, 2009. 
 
PRINCIPAIS HIDRELÉTRICAS DO BRASIL 
REGIÕES LOCALIZAÇÃO USINA 
Norte Rio Tocantins - PA Tucuruí 
Nordeste Rio S.Francisco – MG/BA/SE/AL 
Três Marias, Paulo Afonso, 
Sobradinho e Moxotó. 
Sudeste Rio Paraná – SP/MS/PR 
Jupiá, Ilha Solteira e Porto 
Primavera. 
Sul Iguaçú - PR Descalvado. 
A Eletrobras, criada como parte do esforço de modernização 
industrial do país, passou décadas vendendo energia às indústrias 
pela metade do preço praticado no mercado internacional. 
Produzindo a custos elevados, vendendo a preços subsidiados e 
arcando com elevadas taxas de juros sobre capitaisinternacionais 
tomados de empréstimo, a estatal chegou aos anos 1990 em 
situação financeira caótica. Em 1995, ela e suas quatro subsidiárias 
de âmbito regional – CHESF, FURNAS, ELETROSUL e 
ELETRONORTE – foram incluídas no Programa Nacional de 
Desestatização e, no ano seguinte, foi criada a ANEEL para 
fiscalizar as empresas públicas e privadas que operam no setor. 
Em 2000, 20% da geração e 80% da distribuição de energia 
elétrica já haviam sido privatizados. 
O governo Lula interrompeu o programa de privatizações, 
mantendo a Eletrobras e suas subsidiárias na condição de 
empresas estatais. Contudo, elaborou um novo modelo para o 
setor elétrico destinado a atrair investimentos privados para a 
construção de usinas hidrelétricas e termelétricas. No centro do 
novo modelo está a garantia de remuneração, a preços mais 
elevados, da energia gerada pelas novas usinas. Evitando a 
concorrência das “velhas energias”, produzida em usinas que já 
amortizaram seus custos, o modelo procura atrair capitais privados 
para a ampliação da capacidade de geração e distribuição de 
eletricidade no país. 
POLÊMICA DE BELO MONTE 
O debate nacional sobre a exploração do potencial amazônico 
transformou-se em polêmica política nacional, com a decisão de 
construção da usina de Belo Monte, no rio Xingu, nas proximidades 
da cidade de Altamira (PA), por onde passa a rodovia 
Transamazônica. Originalmente, a proposta de Belo Monte foi 
entregue pela Eletronorte em 1990. 
A hidrelétrica teria a capacidade de geração de mais de 11.000 MW 
e inundaria uma área de 1.225 quilômetros quadrados. 
Do ponto de vista estritamente energético, Belo Monte pode elevar 
a oferta de energia para o Sistema Interligado Nacional, o que 
beneficia praticamente todo o país, exceto as regiões remotas com 
sistemas de abastecimento isolado. É um projeto grande em 
tamanho. Como terceira maior usina hidrelétrica do mundo (atrás 
da chinesa Três Gargantas e da binacional Itaipu), Belo Monte será 
um gigante com força limitada. Apesar de o projeto prever a 
capacidade instalada de 11.233 MW, a oferta média de energia não 
passará de 4.500 MW médios. A relação entre potência instalada e 
geração firme que poderá ser extraída da usina será de 40% do 
poder das turbinas que receberão as águas do Xingu. É uma das 
piores relações potência/energia firme do sistema elétrico 
brasileiro. Sobre isso, a Eletrobras --controladora da Eletronorte, 
que será a operadora de Belo Monte-- diz que o baixo fator de 
carga (nome técnico para essa medida de eficiência do projeto) é 
compensado pelo fato de que a hidrelétrica poderá melhorar o 
aproveitamento das usinas instaladas em outras bacias 
hidrográficas. Enquanto Belo Monte puder gerar a plena carga os 
mais de 11 mil MW, outras usinas das regiões Sudeste, Centro-
Oeste, Nordeste ou Sul poderão "descansar" e recuperar o nível de 
água de seus reservatórios. 
A construção de Tucuruí impulsionou a ideia de utilização do vasto 
potencial dos afluentes do Amazonas para a produção de 
eletricidade destinada a atender aos mercados do Centro-Sul. 
Balbina serviu para mostrar os desastrosos custos ambientais 
dessa ideia. Mesmo assim, continua a avançar o projeto do 
aproveitamento hidrelétrico de Belo Monte, no rio Xingu, no Pará, 
que rivalizaria em capacidade de geração com Itaipú. 
 
 
 
 
 
 
 76 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE GEOGRAFIA – (Prof. Fernandes Epitacio) 
PROÁLCOOL 
A utilização do álcool como combustível automobilístico no Brasil 
começou na segunda metade da década de 1970, quando o mundo 
amargava os efeitos da crise do petróleo. Então, o governo 
brasileiro implantou o PROÁLCOOL (Programa Nacional do 
Álcool), concedendo isenção fiscal e outras formas de subsídios 
(como empréstimos a juros abaixo das taxas de mercado) aos 
produtores de álcool (usineiros) e às indústrias automobilísticas, 
para que estas desenvolvessem tecnologia para a produção de 
motores a álcool. 
O PROÁLCOOL possibilitou a oferta de veículos e combustível 
mais baratos aos consumidores brasileiros. O governo acreditava 
numa gradativa substituição do veículo a gasolina pelo veículo a 
álcool. De fato, na segunda metade da década de 1980, as vendas 
de carros a álcool chegaram a ser responsáveis por 96% do 
mercado de veículos. No início da década de 1990 a queda no 
preço do petróleo diminuiu a diferença entre o preço do álcool e da 
gasolina. 
Nos anos 2000, mudanças geopolíticas geraram um 
reordenamento internacional. Entre os motivos destacam-se: 
• A expansão acelerada da economia de países emergentes como 
os BRIC (Brasil, Rússia, Índia e China), que elevou a demanda por 
recursos energéticos alternativos. 
• A instabilidade geopolítica no Oriente Médio a partir das 
intervenções militares norte-americanas no Afeganistão e Iraque. 
• A problemática ambiental. 
Esse novo contexto geopolítico revalorizou as commodities, entre 
as quais o petróleo, levando o governo brasileiro a revitalizar o 
Proálcool. 
Novos subsídios estatais passaram a ser concedidos a essa cadeia 
produtiva, que se estende do plantio de cana-de-açúcar às 
revendedoras de veículos flex, o que tem estimulado a expansão 
do plantio da cana pelo país afora. 
BIODIESEL 
O biodiesel é um combustível renovável, pois é produzido a partir 
de fontes vegetais (soja, mamona, dendê, girassol, entre outros), 
misturado com etanol (proveniente da cana-de-açúcar) ou metanol 
(pode ser obtido a partir da biomassa de madeiras). Ou seja, um 
combustível parcialmente limpo, orgânico e renovável. 
O ano de 1983 marca a inauguração do laboratório de pesquisas 
em biodiesel proveniente da soja na Universidade Federal do 
Paraná, que serviu de sustentação para a criação vinte anos depois 
do Programa Nacional de Produção de Biodiesel (PNPB) do 
Governo Federal, que tem os seguintes objetivos: 
• Introduzir o biodiesel na matriz energética brasileira para que se 
torne sustentável. 
• Gerar emprego e renda, especialmente no campo (inclusão 
social). 
• Reduzir emissões de poluentes e gastos com importação de 
petróleo e derivados. 
• Exigir e fiscalizar rigorosamente a qualidade. 
• Usar distintas espécies oleaginosas: mamona, palma, girassol, 
algodão, soja, amendoim, etc. 
 
Fonte: Atlas do Biodiesel. 
 
VANTAGENS E DESVANTAGENS DO BIODIESEL? 
• Gera emprego e renda no campo, diminuindo o êxodo rural. 
• Trata-se de uma fonte de energia renovável, dependendo da 
plantação de grãos oleaginosos no campo. 
• Deixa as economias dos países menos dependentes dos 
produtores de petróleo. 
• Produzido em larga escala e com uso de tecnologias, o custo de 
produção pode ser mais baixo do que os derivados de petróleo. 
• Se o consumo mundial for em larga escala, serão necessárias 
plantações em grandes áreas agrícolas. Em países que não 
fiscalizam adequadamente seus recursos florestais, poderemos ter 
um alto grau de desmatamento de florestas para dar espaço para a 
plantação de grãos. Ou seja, diminuição das reservas florestais do 
nosso planeta. 
• Com o uso de grãos para a produção do biodiesel, poderemos ter 
o aumento no preço dos produtos derivados deste tipo de matéria-
prima ou que utilizam eles em alguma fase de produção. Exemplos: 
leite de soja, óleos, carne, rações para animais, ovos entre outros. 
ENERGIAS MODERNAS DE UM MUNDO MODERNO 
• BIOLÓGICAS: São consideradas as possíveis fontes do século 
XXI, em substituição as fontes mais utilizadas nos dias atuais. 
Calcula-se que 30% do total da energia consumida no planeta será 
oriunda da biomassa1. 
• BIOGÁS: É o gás liberado pela decomposição de certas 
bactérias do esterco, da palha, do lixo, etc. O equipamento 
utilizado para produzi-lo é chamado de biodigestor. São 
apropriados para a utilização em pequenas unidades. China e Índia 
são grandes exemplos de países que adotam os biodigestores nas 
zonas rurais e urbanas. 
• SOLAR: É aquela aproveitada da incidência de raios solares na 
superfície terrestre. Pode ser utilizada deforma passiva 
simplesmente para o aquecimento de água ou mesmo de 
ambientes, sendo que, nos últimos anos, cada vez mais unidades 
coletoras de calor podem ser vistas sobre os telhados nas cidades. 
A energia fototérmica está relacionada ao aquecimento de líquidos 
ou gases pela absorção dos raios solares ocasionando seu 
 
1 Biomassa: é o conjunto de organismos que podem ser aproveitados 
como fonte de energia – plantas das quais se extrai álcool, como a 
cana-de-açúcar; lenha e carvão; alguns óleos vegetais, como a soja, a 
mamona e o dendê, etc. 
	SEMANA 28 - GEOGRAFIA I - FONTES DE ENERGIA II - FERNANDES

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