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História I -5

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Aula 2 – Civilização Hebráica 
 
 
 
 
 
21 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
Questão 05 
Assinalar a opção que identifique corretamente os seguintes eventos: 
l. Saída do Egito sob o comando de Moisés. 
ll. Dispersão dos judeus provocada pelos romanos. 
lll. Divisão dos hebreus em dois reinos: Judá e lsrael. 
lV. Movimento dos judeus para a volta à Terra Prometida. 
V. “Revolta das Pedras”, em Gaza e Cisjordânia, contra a ocupação judaica. 
 
Assim temos, respectivamente: 
a) Diáspora-Êxodo-Cisma-lntifada-Sionismo. 
b) Cisma-Êxodo-Diáspora-Sionismo-lntifada. 
c) Êxodo-Diáspora-Cisma-Sionismo-lntifada. 
d) lntifada-Diáspora-Êxodo-Cisma-Sionismo. 
e) Êxodo-Cisma-Sionismo-Diáspora-lntifada 
. 
 
Anotações 
 
 
 
 
 
 22 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – Prof. Monteiro Jr. 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01 
Os fatos que marcaram a saída dos hebreus da palestina em 70 
d.C., e posteriormente, o seu retorno com o fim da 2º Guerra 
Mundial, foram, respectivamente: 
a) Hégira e Diáspora. 
b) Êxodo e Sionismo. 
c) Diáspora e Êxodo. 
d) Sionismo e Hégira. 
e) Diáspora e Sionismo. 
 
Questão 02 
Diáspora é o termo que designa a dispersão dos hebreus por 
várias regiões do mundo, após serem expulsos de seu território no 
século ll. Somente depois de 1948, com a criação do Estado de 
lsrael, esse povo pôde voltar a se reunir num mesmo país. 
Entretanto, essa reconquista vem sendo, há quase meio século, 
motivo de contendas entres os israelenses e o povo ocupante 
daquela região. O ano de 1995, talvez, seja o marco do 
apaziguamento desses conflitos, uma vez que acordos têm sido 
realizados por seus líderes, sob a chancela da diplomacia 
internacional — o que, infelizmente, não impediu o assassinato do 
primeiro-ministro de lsrael. 
O povo que provocou a dispersão dos hebreus no século ll e o 
povo que manteve o confronto com os israelenses desde 1948 são, 
respectivamente: 
a) os egípcios e os iranianos. 
b) os romanos e os palestinos. 
c) os palestinos e os egípcios. 
d) os romanos e os iranianos. 
e) os egípcios e os palestinos. 
 
Questão 03 
Estabeleça a correspondência entre as colunas, considerando que, 
na Coluna 1, são apresentadas civilizações antigas e, na Coluna 2, 
criações destas civilizações que continuam influenciando nosso 
cotidiano. 
COLUNA 1 
1. Roma 
2. Fenícia 
3. Grécia 
4. Egito 
5. Mesopotâmia 
 
COLUNA 2 
( ) A elaboração desta prova foi possível graças aos símbolos 
que compõem o alfabeto; 
( ) Ainda que se realize anualmente, o vestibular tem o caráter 
de uma verdadeira Olimpíada; 
( ) Um dos cursos mais concorridos, neste vestibular, é o de 
Direito; 
( ) A consulta aos astros indica que você se sairá bem nesta 
prova; 
( ) Falta cerca de um ano, ou seja, aproximadamente, 365 dias 
para o próximo vestibular. 
 
Agora assinale a seqüência correta, de cima para baixo: 
a) 1, 2, 3, 4 e 5. 
b) 1, 3, 5, 2 e 4. 
c) 2, 3, 1, 5 e 4. 
d) 4, 5, 3, 2 e 1. 
e) 2, 1, 3, 4 e 5. 
 
Questão 04 
Sobre as sociedades do antigo Oriente Próximo podemos afirmar 
corretamente: 
01. o recrutamento ao trabalho coletivo, muito comum naquelas 
sociedades, contribuiu para o enfraquecimento do Estado; 
02. a ideologia religiosa exerceu uma marcante influência sobre as 
populações daquelas sociedades; 
03. com exceção da sociedade persa, as demais sofreram no seu 
processo de formação, grande influência da cultura romana; 
04. a grande dependência daqueles povos às condições 
ambientais contribuiu para uma estruturação mística do 
pensamento; 
05. a associação do Rei ao Divino favorecia a concentração dos 
poderes nas mãos dos dirigentes. 
 
Questão 05 
Considere as afirmativas abaixo. 
l. A cultura hebraica sofreu marcante influência dos povos do Egito 
e da Mesopotâmia. 
ll. A religião hebraica evolui do politeísmo para uma religião ética e 
monoteísta. 
lll. Liderado por Moisés, o povo hebreu realizou a Diáspora, saindo 
do Egito para retornar à Palestina. 
lV. A sociedade criada pelos hebreus desenvolveu precocemente a 
propriedade privada da terra. 
 
Considerando as proposições acima, pode-se afirmar que são 
corretas as de números: 
a) l, ll, lll, lV. d) l, lll, lV. 
b) l, ll, lll. e) ll, lll, lV. 
c) l, ll, lV. 
 
Questão 06 
Quantos aos hebreus é correta a afirmação que: 
a) foram o primeiro povo a elaborar uma religião monoteísta. 
b) sua religião sempre foi politeísta. 
c) durante toda a sua história tiveram uma religião monoteísta. 
d) foram um dos únicos povos da chamada Antigüidade oriental 
que durante a maior parte de sua história teve uma religião 
monoteísta. 
e) adotaram facilmente a religião politeísta dos romanos. 
 
Questão 07 
Sobre os povos da Antigüidade Oriental, é correto afirmar: 
a) A agricultura foi o principal fator de enriquecimento e 
desenvolvimento dos hebreus, devido ao aproveitamento das 
águas através de complexos e amplos sistemas de irrigação. 
b) A religião constituiu a principal herança deixada pelos 
egípcios, de onde provém o monoteísmo judaico. 
c) O comércio marítimo marcou a presença histórica dos 
fenícios, que estabeleceram contatos com diversos povos, ao 
longo da costa do Mar Mediterrâneo. 
d) A guerra de conquista foi a principal característica dos 
sumérios, povo que construiu um império que se estendia do 
Egito às fronteiras da Índia. 
e) A escrita cuneiforme, uma das mais importantes formas de 
registro escrito, produzido em blocos de argila, foi a principal 
contribuição dos persas, povo que habitou a Mesopotâmia. 
Aula 2 – Civilização Hebráica 
 
 
 
 
 
23 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
Questão 08 
Leia as afirmações abaixo a respeito do judaísmo e do cristianismo 
primitivo. 
I. O Deus judaico era um Deus essencialmente nacional, enquanto 
o Deus cristão era universal. 
II. Ao contrário do Deus judaico que possuía, ao lado da bondade, 
alguns atributos de maldade e vingança, o Deus cristão era 
essencialmente bom. 
III. O cristianismo preocupava-se mais com os problemas terrenos 
do que com a vida eterna. 
 
Da leitura dessas afirmações, podemos dizer, corretamente que: 
a) apenas I é verdadeira. 
b) apenas II é verdadeira. 
c) apenas I e III são verdadeiras. 
d) apenas II e III são verdadeiras. 
e) apenas I e II são verdadeiras. 
 
Questão 09 
A lei da antiga civilização judaica, também conhecida como “código 
deuteronômico”, estabelecia uma série de regras que envolviam 
desde os alimentos consumidos aos relacionamentos pessoais. A 
lei dizia: “Com homem não te deitarás como se fosse mulher: é 
abominação” (Lv. 18:22). Em outro trecho, o mesmo tema é 
retomado: “Se um homem se deitar com outro homem, como se 
fosse mulher, ambos praticaram coisa abominável; serão mortos; o 
seu sangue cairá sobre eles” (Lv. 20:13). 
Os fragmentos da lei evidenciam, no cotidiano da antiga civilização 
judaica, 
a) a superioridade do papel do homem sobre o da mulher. 
b) a intolerância às práticas e relacionamentos homossexuais. 
c) a existência de pena de morte para todas as transgressões. 
d) a igualdade de direitos entre homens e mulheres. 
e) a dura punição em relação aos crimes sexuais. 
 
Questão 10 
Falou o Senhor a Moisés e a Arão, dizendo-lhes: 
Dizei aos filhos de Israel: São estes os animais que comereis de 
todos os quadrúpedes, que há sobre a terra: 
todo que tem unhas fendidas, e o casco divide em dois e rumina, 
entre os animais, esse comereis. 
Destes, porém, não comereis: (...). 
Também o porco, porque tem unhas fendidas, e o casco dividido, 
mas não rumina (...) 
da sua carne não comereis, nem tocareis no seu cadáver (...). 
Levítico 11: 1-4, 7-8. 
 
Ao longo de sua história e formação como povo, os judeus 
observaram diversas leis dietéticas que não eram encaradas 
apenas como mandamento religioso, mas também como 
regulamento sanitário. A proibição quanto ao consumo da carne de 
porco atesta 
a) a crença,entre os judeus, de que esse animal é imundo 
(impuro). 
b) um sinal da rejeição desse alimento nas sociedades antigas. 
c) a impossibilidade de se criar porcos nas áridas terras do 
Oriente Médio. 
d) o desconhecimento da existência desse animal pelos antigos 
judeus. 
e) o caráter sagrado desse animal na perspectiva da religião 
judaica 
 
 
 
 
 
 
 
CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL 
Prof. Monteiro Jr. 
VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
 
Aula 3 - CIVILIZAÇÃO FENÍCIA 
 
POVOAMENTO E LOCALIZAÇÃO 
Os fenícios eram povos de origem semita pertencentes ao ramo 
dos Cananeus. Entre si denominavam-se Cananeus e sidonianos. 
O nome Fenícios lhes foi atribuído pelos gregos. Originalmente a 
palavra expressava a cor avermelhada que os gregos acreditavam 
ver na pele dos fenícios. 
 
Os fenícios não eram autóctones – habitantes primitivos da terra ou 
descendentes das raças que sempre ali habitaram –. Segundo 
Heródoto, eles teriam vindo do oceano Índico, provavelmente 
tenham emigrado do território situado entre o Mar Morto e o Mar 
Vermelho e se estabeleceram na Síria, na região chamada de 
Canaã. 
 
O território da Fenícia, na Antigüidade, corresponde a maior parte 
do atual Líbano. O limite sul atingia o Monte Carmelo e ao norte 
limitava-se com a cidade de Árado; a leste, com a cadeia 
montanhosa do Líbano e a oeste com o mar. Formado por uma 
estreita faixa de terra de aproximadamente 200 quilômetros ao 
longo do Mar Mediterrâneo, em uma região montanhosa, os 
fenícios possuíam diminutas áreas adequadas para a agricultura. 
Contudo, a costa acidentada, a existência de inúmeros portos 
naturais, e a presença de uma floresta que fornecia uma grande 
quantidade de madeira (cedro do Líbano) para a fabricação de 
navios determinaram, em grande parte, o seu desenvolvimento 
histórico, voltado para o comércio marítimo, dividida em cidades-
estados autônomas e sujeita a dominação política de grandes 
potências. 
 
ECONOMIA 
Com reduzidas áreas férteis, os fenícios até desenvolveram 
atividades agrícolas, como o plantio de cereais, vinhas e oliveiras e 
a pecuária que eram importantes para a sua sobrevivência. 
Contudo, suas principais atividades econômicas eram o comércio 
marítimo e o artesanato. As florestas forneciam madeira para a 
construção de navios. Produziam vidros transparentes, fabricavam 
jóias de marfim, âmbar, prata e ouro e, principalmente, vendiam 
tecidos tingidos com púrpura, tintura retirada do múrice, molusco 
encontrado comumente no litoral. 
 
Vendendo os seus produtos ou simplesmente intermediando 
produtos de outros países, os fenícios foram exímios navegantes e 
comerciantes. Em suas viagens, durante o dia orientavam-se pelo 
Sol e à noite pela constelação da Ursa Maior. Seus barcos 
combinavam remos e velas, proporcionando grande velocidade. 
Para os fenícios tudo era mercadoria. Comércio e pirataria eram 
sinônimos. As aldeias costeiras eram comumente saqueadas pelos 
fenícios que raptavam homens, mulheres e crianças para vendê-
los como escravos. 
 
Como grandes navegantes, os fenícios alargaram fronteiras do 
mundo. Hegemonizaram o comércio pelo mediterrâneo, atingiram o 
Mar Negro e o oceano Atlântico, realizaram a primeira viagem de 
circunavegação da África, percorreram o litoral inglês e há indícios 
de que estiveram até na América. A Pedra da Gávea, no Rio de 
Janeiro, traz inscrições que alguns especialistas afirmam que 
foram feitas pelos fenícios. 
Os fenícios fundaram importantes feitorias ou colônias ao longo do 
Mar Mediterrâneo com Cartago, Cádiz, Marselha, Chipre, Sicília, 
Sardenha e Trípole. As rotas marítimas fenícias eram envoltas em 
mistério pois os fenícios não queriam que outros povos 
descobrissem o rumo dos seus navios. 
 
ORGANIZAÇÃO POLÍTICA 
Os fenícios jamais se centralizaram politicamente e desenvolveram 
o conceito de cidades-estados como Ugarit, Sídon, Biblos, Tiro e 
Arad. Cada cidade era administrada por dois Sufestas (altos 
magistrados), pertencentes a oligarquia mercantil. Algumas 
cidades em momentos diferentes exerciam a hegemonia 
econômica sobre as demais em função do controle das principais 
rotas de comércio. Não era uma dominação política e sim 
econômica. As cidades alimentavam rivalidades recíprocas e 
preferiam alianças com outros Estados mais fortes como o Egito ou 
os Hebreus, à época do Rei Salomão. 
 
As cidades fenícias caíram sob jugo dos assírios. Posteriormente 
estiveram sob o domínio caldaico e, sucessivamente, persa, greco-
macedônico e romano. 
 
CULTURA E RELIGIÃO 
O traço cultural mais característicos dos fenícios foi a ausência de 
originalidade. Como comerciantes acabaram incorporando padrões 
culturais de vários povos que entraram em contato. Por exemplo, 
as sepulturas fenícias eram ornamentadas sob motivos 
mesopotâmicos ou egípcios. Assim os fenícios eram mais 
habilidosos do que criativos. 
 
A atividade comercial intensa transformou os fenícios em 
importantes elos culturais de povos para os quais, por via direta, 
somente mais tarde entrariam em contato. Para os escritores 
antigos como Heródoto, Tucídides e Estrabão intermediaram a 
divulgação de idéias e técnicas. Para o geógrafo Estrabão, os 
fenícios se constituíam na fonte utilizada para as rotas narradas 
pelo poema Odisséia, atribuído a Homero. 
 
O grande legado cultural dos fenícios foi a invenção do alfabeto 
desenvolvido a partir dos caracteres cuneiformes mesopotâmicos e 
da escrita hieroglífica egípcia. Mesmo tão grandioso invenção era 
envolta em um sentido prático: a necessidade de simplificar o 
registro das transações comerciais. O alfabeto fenício era uma 
escrita fonética para representar o som das palavras e constituído 
apenas por consoantes. Foram os gregos que introduziram as 
vogais no alfabeto. 
 
A Religião Fenícia era politeísta e seus deuses eram locais. Cada 
cidade tinha seu Deus (Baal) ou Deusa (Baalat) protetora. Astarte 
era a Deusa da fecundidade; Melkart, Deus protetor de Tiro, era 
violento e guerreiro; Aliyan era o deus das águas e fontes. 
 
A Religião Fenícia era trágica e violenta em seus rituais. Em cultos 
realizados ao ar livre e em locais elevados, seres humanos eram 
mortos e aos deuses eram oferecidos os sacrifício de sua vidas. 
A sociedade Fenícia era de classes e possibilitava mobilidade 
social, de acordo com o acúmulo de riquezas. A oligarquia 
mercantil constituía a camada dominante juntamente com 
sacerdotes e os altos funcionários reais. Havia uma camada 
intermediária constituída por trabalhadores livres empregados na 
Aula 3 – Civilização Fenícia e Persa 
 
 
 
 
 
25 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
pesca, agricultura, artesanato e marinha. Na base da pirâmide 
social estavam os escravos, mercadoria empregada nas trocas e 
trabalhadores em atividade, agrícolas ou remadoras do navio. 
 
ALFABETO FENÍCIO 
“Em 1.500 a.C., a escrita hieroglífica egípcia e a escrita cuneiforme 
babilônica (herdada dos sumérios), juntamente com a escrita 
chinesa do leste, eram as linguagens escritas mais importantes do 
mundo. Todas eram tremendamente complicadas e não havia 
motivo para que não permanecessem complicadas até hoje como a 
chinesa. 
 
Entre os egípcios e babilônios, existiam os cananeus, que 
habitavam a costa oriental do Mar Mediterrâneo. (Foram chamados 
fenícios pelos gregos.) Eram negociantes que, entre outras coisas, 
agiam como intermediários entre egípcios e babilônios. Era 
necessário que esses negociantes conhecessem tanto a linguagem 
egípcia como a babilônica e esta era uma tarefa realmente difícil. 
 
Um cananeu desconhecido resolveu simplificar a escrita 
inventando uma espécie de taquigrafia. Pensou que poderia dar 
um símbolo separado para cada um dos sons emitidos pelos seres 
humanos na linguagem falada. Assim, seria possível construir 
palavras de qualquer língua, usando esses símbolos sonoros, que 
já tinham sido usados pelos egípcios, que preservavam tal 
esquema para as sílabasou para palavras completas. O inventor 
cananeu tinha a idéia de que os sons-símbolos deveriam ser 
usados exclusivamente e que as palavras seriam construídas com 
eles combinados. 
 
Os dois primeiros símbolos dessa coleção foram o Aleph (que era 
o símbolo usado para designar o boi) e o beth (símbolo que 
significava casa). Para os gregos, que passaram a adotar esse 
sistema, tornaram-se alfa e beta, e nós ainda conhecemos o 
sistema de símbolos como o alfabeto. 
 
O alfabeto fenício, que foi o primeiro a ser usado, em 1.500 a.C., 
revolucionou a escrita, tornando muito mais fácil ler e escrever, 
ampliando portanto as oportunidades literárias. Essa é a uma 
invenção que parece ter ocorrido somente uma vez na história 
humana. O alfabeto não foi inventado independentemente por 
qualquer outra sociedade. Todos os alfabetos em uso nos dias 
atuais (inclusive este em que está escrito e impresso este livro), 
descendem daquele primeiro alfabeto fenício.” 
 
O ALFABETO FENÍCIO E SEU SIGNIFICADO 
 
 
CIVILIZAÇÃO PERSA 
 
POVOAMENTO E LOCALIZAÇÃO 
A Pérsia antiga corresponde ao atual planalto do Irã, localizado ao 
leste da Mesopotâmia, entre o mar Cáspio e o Golfo Pérsico. Este 
território foi povoado em torno de 2000 a.C. por povos indo-
europeus que emigraram do sul da Rússia e da Ásia Central. O 
Planalto do Irã foi então dividido em dois grupos principais: Os 
Medos que ocuparam a região norte e os Persas que ocuparam o 
sul do planalto do Irã, se constituindo assim em dois reinos 
independentes. 
 
A UNIFICAÇÃO POLÍTICA 
Os Medos inicialmente exerceram a hegemonia sobre todo o 
planalto iraniano, dominando inclusive os persas. O apogeu do 
reino Média ocorreu no governo de Ciáxares (625 a 585 a.C.) que 
derrotou invasores citas e, aliados com os caldeus, destruiu o 
poder belicoso dos assírios. 
 
Em torno de 550 a.C., Ciro, o grande, comandou a rebelião dos 
persas contra o domínio dos medos. Vitorioso, unificou os dois 
reinos e tornou-se o primeiro Xá – título de Imperador – do império 
persa. Em pouco mais de vinte anos, Ciro comandou a formação 
do maior, mais poderoso e mais organizado império até então 
conhecido. 
 
A EVOLUÇÃO HISTÓRICA 
Sob o comando de Ciro, os Persas conquistaram militarmente a 
Lídia, na Ásia Menor e a Mesopotâmia. Tido como um grande 
comandante militar, há uma tendência da historiografia romântica 
em heroificar Ciro e transformar a história na epopéia dos grandes 
homens. Nada mais equivocado. É impossível atribuir os triunfos 
militares dos Persas apenas ao comando do seu líder. A história é 
ação coletiva como ensinou o teatrólogo alemão Bertold Brecht no 
poema “perguntas de um trabalhador que lê”: “... Uma vitória em 
cada página, quem cozinhava os banquetes da vitória? Um grande 
homem a cada dez anos. Quem pagava as despesas? Tantos 
relatos. Tantas perguntas.” 
 
Na verdade, Ciro foi aceito pelos medos como novo imperador sem 
maiores resistências. Havia um sentimento de consangüinidade 
natural entre medos e persas e a chamada “conquista” dos medos 
deve ser melhor caracterizada como mudança de dinastia. A 
expansão imperialista persa foi favorecida pela decadência dos 
impérios da antigüidade oriental. Além disso o território persa era 
possuidor de poucas terras férteis, onde os desertos se estendiam 
por mais da metade do território. O crescimento da população era 
um convite para conquistas territoriais para além das fronteiras 
primitivas. 
 
Creso, rei da Lídia, se sentiu ameaçado pelos persas. Segundo 
Heródoto, Creso consultou o oráculo de Delfos para orientar suas 
ações. Recebeu como resposta que deveria iniciar uma guerra 
preventiva e que, se assumisse o comando das ações, destruiria 
um grande exército. Assim o fez. Porém o exército destruído foi o 
seu. Assim os persas anexaram o seu reino. Em 539 a.C. Ciro 
comandou a ocupação da Mesopotâmia pelos persas. Seu triunfo 
foi possível graças a dissensões internas dos caldeus. Judeus e 
sacerdotes babilônicos se aliaram aos persas que acabaram por 
conquistar todo o Crescente Fértil. 
 
 
 
 
 26 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE HISTÓRIA GERAL – Prof. Monteiro Jr. 
Durante a conquista da Babilônia, Ciro revelou a estratégia de 
convivência com os povos dominados que acabaria caracterizando 
também a atuação dos demais imperadores persas. Ciro não 
permitiu que seus soldados saqueassem os templos babilônicos e 
chegou, inclusive, a visitar um dos templos da religião local para 
reverenciar seus deuses. Os judeus, escravizados no “Cativeiro 
Babilônico”, foram libertos e puderam regressar a Palestina. Os 
persas procuraram assim respeitar os costumes, leis e religiões 
dos povos subjugados. Boa forma de dominação... 
 
Apesar dessa aparente liberdade, o imperialismo persa era 
baseado na opressão. Os povos conquistados pagavam altos 
tributos, seus cidadãos não podiam ocupar cargos públicos e eram 
“convidados” à participação nas guerras ao lado do exército persa. 
Isto explica a ocorrência de tantas rebeliões contra o domínio 
persa. 
 
Ciro morreu em 529 a.C. como conseqüência de ferimentos de 
guerras. Seu sucessor foi seu filho Cambises, que comandou o 
exército persa na célebre Batalha de Pelusa (525 a.C.), anexando 
o Egito ao império Persa. 
 
O império Persa ardia em revoltas internas. Caldeus, elamitas e 
medos lutavam contra o seu domínio. Conspiradores tramavam 
contra o imperador ausente. Cambises tentou regressar do Egito 
para aplacar as revoltas. Não conseguiu chegar a Pérsia sendo 
assassinado no caminho. 
 
Dário I, um nobre poderoso, esmagou as revoltas internas e tomou 
posse do trono. Sob o seu comando o Império Persa atingiu seu 
apogeu, consolidando domínios anteriores conquistados e 
ampliando-os ainda mais. Dário expandiu o reino do vale do rio 
Indo até o norte da Grécia. 
 
Para facilitar a administração de um império tão grandioso, Dário 
dividiu o reino persa em vinte e uma satrapias ou províncias. Para 
cada satrapia havia duas grandes autoridades locais, ambas 
subordinadas ao imperador: o Sátrapa, encarregando por assuntos 
de jurisdição civil, e o General, encarregado do comando militar da 
província. 
 
Para evitar conspirações nas satrapias, era indicado um secretário 
em cada província para examinar a correspondência do Sátrapa e 
delatar quaisquer atos de traição. Além disso, a cada ano, o rei 
enviava os inspetores especiais (“os olhos e ouvidos do rei”), 
munidos de poderosa guarda, para fiscalizar a lealdade do 
Sátrapa. 
 
A estratégia fundamental da conduta do Estado tinha como objetivo 
a eficiência militar e a segurança política. Dário ordenou a 
construção de uma imensa cadeia de estradas para controlar seu 
vasto império.As quatro capitais do Império: Susa, Persépolis, 
Babilônia e Ecbátana, eram interligadas entre si e as diversas 
províncias. 
 
O comércio acabou se desenvolvendo bastante através das 
estradas reais onde transitavam soldados e mercadorias. A 
unificação do padrão monetário com a implantação de uma moeda 
de ouro, o dárico, também facilitou as transações mercantis. 
 
A expansão imperialista atingiu seu apogeu durante o governo de 
Dário. Na perspectiva marxista, o desenvolvimento histórico de um 
modelo econômico e social baseado na exploração, traz dentro de 
si as sementes da sua desintegração. Com efeito, o apogeu persa 
foi seguido pela sua decadência que se acentuou no reinado de 
Xerxes, que sucedeu Dário. 
 
O expansionismo persa pela Ásia menor gerou conflitos com as 
colônia gregas daquela região. Os gregos, ameaçados pelas 
pretensões imperialistas de Dário, iniciaram as revoltas nas áreas 
coloniais contra os pesados impostos e as obrigações de serviço 
militar, exigidos pelos persas. Eis a origem das Guerras Médicas, o 
confronto entre gregos e persas. 
 
 
 
Os persas acabaram sofrendo derrotas sucessivas diante dos 
gregos. Em 490 a.C. o exército de Dário foi vencido na mitológica 
batalha de Maratona. Em 480 a.C. a marinha de Xerxes sofreuum 
revés na batalha de Salamina e, finalmente em 479 a.C. os persas 
foram definitivamente derrotados na Batalha de Platéia. 
 
As derrotas militares diante dos gregos e as constantes revoltas 
nas províncias provocaram o declínio persa. No ano de 334 a.C. os 
persas acabaram caindo sob o jugo dos macedônicos, 
comandados por Alexandre Magno. 
 
O ESTADO PERSA 
O Estado Persa era uma monarquia despótica do direito divino. O 
monarca, denominado Xá, era tido como representante de Deus. 
Em tese, não havia limite para a autoridade real que não seguia 
constituição ou princípio de justiça devendo respeito apenas a 
Deus. Na prática, contudo, havia limite para o exercício do poder 
real, que devia respeitar as leis consuetudinárias de medos e 
persas e o poder dos principais nobres. 
 
A dominação do Estado era ideológica, em que o Xá era tido como 
representante de Deus, e coercitiva, reprimindo com violência as 
revoltas populares. Assim eram preservados os privilégios dos 
aristocratas, nobres e sacerdotes. 
 
SOCIEDADE 
A sociedade persa, dividida em classes, possuía pequena 
mobilidade. A classe dominante era constituída pela família real, os 
sacerdotes, a nobreza, os comandantes militares e alguns ricos 
comerciantes. Sustentando os privilégios aristocráticos estavam os 
artesãos, escravos e camponeses. 
 
Organizado sob o modo de produção asiático, o Estado era 
proprietário nominal das terras. 
 
CULTURA 
A produção cultural persa não possuía originalidade e foi 
assimilada de outros povos. Os persas incorporaram contribuições 
culturais distintas como o calendário solar egípcio, a escrita 
cuneiforme dos sumérios e a moeda criada pelos Lídios. 
	SEMANA 03 - H. GERAL - CIVILIZAÇÕES FENÍCIA E PERSA - MONTEIRO - após correção do professor

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