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Aula 29 – Poesia de 30 I 
 
 
 
 
 
 
119 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
Coitada da bomba atômica 
Que não gosta de matar! 
Coitada da bomba atômica 
Que não gosta de matar 
Mas que ao matar mata tudo 
Animal e vegetal 
Que mata a vida da terra 
E mata a vida do ar 
Mas que também mata a guerra… 
Bomba atômica que aterra! 
Pomba atônita da paz! 
 
Pomba tonta, bomba atômica 
Tristeza, consolação 
Flor puríssima do urânio 
Desabrochada no chão 
Da cor pálida do hélium 
E odor de rádium fatal 
Loelia mineral carnívora 
Radiosa rosa radical. 
 
Nunca mais oh bomba atômica 
Nunca em tempo algum, jamais 
Seja preciso que mates 
Onde houve morte demais: 
Fique apenas tua imagem 
Aterradora miragem 
Sobre as grandes catedrais: 
Guarda de uma nova era 
Arcanjo insigne da paz! 
Vinicius de Moraes 
 
*Loelia - Nome que designa uma família de orquídeas 
 
O poema acima faz referência a um dos momentos mais trágicos do século XX. Relacionando o texto 
ao seu contexto de produção, podemos afirmar que ele: 
a) apesar de apontar seus efeitos negativos, reconhece o uso da bomba atômica como instrumento 
necessário ao estabelecimento da paz naquele momento e que pode novamente se fazer necessário 
em épocas vindouras. 
b) trata a bomba atômica de modo paradoxal, ao reconhecer seu papel no fim da guerra, mas 
ressaltando seu caráter devastador e terrível, que matou para que não houvesse mais mortes. 
c) execra a bomba atômica, enfatizando seu caráter destruidor de tudo que é vivo e apontando a sua 
utilização como algo abominável e desnecessário, puro reflexo da maldade humana na guerra. 
d) mostra que, em uma guerra, algumas atrocidades são necessárias e justificáveis e, ao personificar a 
bomba, afirmando que ela não gosta de matar, acaba exaltando sua criação e utilização. 
e) reconhece a bomba como um grande avanço científico para a época, porém lamenta a sua 
utilização, deixando claro que a sua utilização foi responsável por mais estragos que a guerra 
propriamente dita. 
 
Questão 06 
OLÁ! NEGRO 
Os netos de teus mulatos e de teus cafuzos 
e a quarta e quinta gerações de teu sangue sofredor 
tentarão apagar a tua cor! 
E as gerações dessas gerações quando apagarem 
a tua tatuagem execranda, 
não apagarão de suas almas, a tua alma, negro! 
Pai-João, Mãe-negra, Fulô, Zumbi, 
negro-fujão, negro cativo, negro rebelde 
negro cabinda, negro congo, negro ioruba, 
negro que foste para o algodão de U.S.A. 
para os canaviais do Brasil, 
Anotações 
 
 
 
 
 
 120 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE LITERATURA – (Prof. Steller de Paula) 
para o tronco, para o colar de ferro, para a canga 
de todos os senhores do mundo; 
eu melhor compreendo agora os teus blues 
nesta hora triste da raça branca, negro! 
 
Olá, Negro! Olá, Negro! 
 
A raça que te enforca, enforca-se de tédio, negro! 
E és tu que a alegras ainda com os teus jazzes, 
com os teus songs, com os teus lundus! 
Os poetas, os libertadores, os que derramaram 
babosas torrentes de falsa piedade 
não compreendiam que tu ias rir! 
E o teu riso, e a tua virgindade e os teus medos e a tua bondade 
mudariam a alma branca cansada de todas as ferocidades! 
 
Olá, Negro! 
Lima, Jorge de, Novos poemas ; Poemas escolhidos ; Poemas negros / Jorge de Lima. — Rio de 
Janeiro : Lacerda Ed., 1997. 
 
No poema, Jorge de Lima: 
a) apesar de modernista, insere-se na tradição romântica ao idealizar a figura do negro, sua 
participação na cultura brasileira e a valorização, por eles, de sua própria raça. 
b) Retoma o estilo de Castro Alves, declamatório, hiperbólico e carregado de emoção, ao fazer uma 
dura crítica à escravidão. 
c) adota uma postura crítica, ao revelar o processo de vitimização do negro ao longo da história, mas 
reconhecendo a participação deste na construção da cultura brasileira e ocidental. 
d) enaltece tanto os poetas que cantaram contra a escravidão dos negros, como as personagens que 
lutaram pela libertação dos escravos. 
e) apresenta uma visão desvirtuada da causa negra, ao defender aqueles que, sendo descendentes 
de ex-escravos, tentam apagar e negar sua herança afro-brasileira. 
 
Modinha do empregado de banco 
Eu sou triste como um prático de farmácia 
sou quase tão triste como um homem que usa costeletas 
Passo o dia inteiro pensando nuns carinhos de mulher 
mas só ouço o tectec das máquinas de escrever. 
 
Lá fora chove e a estátua de Floriano fica linda. 
Quantas meninas pela vida afora 
E eu alinhando no papel as fortunas dos outros. 
Se eu tivesse estes contos punha a andar 
a roda da imaginação nos caminhos do mundo. 
E os fregueses do Banco 
que não fazem nada com estes contos! 
Chocam outros contos pra não fazerem nada com eles 
 
Também se o Diretor tivesse a minha imaginação 
o Banco já não existiria mais 
e eu estaria noutro lugar. 
(Murilo Mendes) 
 
 
Questão 07 (Espm 2013) 
Ainda sobre o poema de Murilo Mendes, assinale a incorreta. O “eu” poético: 
a) questiona o acúmulo de dinheiro na sociedade capitalista: objeto que existe como um meio, não um 
fim. 
b) lastima o fato de os fregueses do Banco estarem preocupados em multiplicar a fortuna, não usufruir 
a vida. 
c) considera os contos chocando e o alinhamento da fortuna alheia os responsáveis pela sua dúvida 
existencial. 
Anotações 
 
Aula 29 – Poesia de 30 I 
 
 
 
 
 
 
121 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
d) põe sua roda da imaginação para funcionar quando se refere aos carinhos de mulher, à chuva e às 
meninas. 
e) deixa subentendida uma oposição entre o ter capitalista e o querer poético. 
 
Questão 08 (Fmp 2016) 
Somos todos poetas 
Assisto em mim a um desdobrar de planos. 
as mãos veem, os olhos ouvem, o cérebro se move, 
A luz desce das origens através dos tempos 
E caminha desde já 
Na frente dos meus sucessores. 
Companheiro, 
Eu sou tu, sou membro do teu corpo e adubo da tua alma. 
Sou todos e sou um, 
Sou responsável pela lepra do leproso e pela órbita vazia do cego, 
Pelos gritos isolados que não entraram no coro. 
Sou responsável pelas auroras que não se levantam 
E pela angústia que cresce dia a dia. 
MENDES, M. A poesia em pânico. Rio de Janeiro: 
Cooperativa Cultural Guanabara, 1938 
 
O texto exemplifica a seguinte afirmativa a respeito da obra de Murilo Mendes: 
a) O estranhamento provocado por metáforas inusitadas instaura uma simbologia especial. 
b) O componente religioso e o tom confessional são característicos de seus poemas. 
c) A estrutura rimada das estrofes é uma característica básica de todos os seus poemas. 
d) A temática de cunho social pauta-se na esperança de eliminação das diferenças sociais. 
e) A ironia de seus textos apoia-se na cuidadosa escolha de palavras de cunho erudito. 
 
Anotações 
 
 
 
 
 
 122 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
CURSO ANUAL DE LITERATURA – (Prof. Steller de Paula) 
EXERCÍCIOS DE FIXAÇÃO 
 
Questão 01(Enem 2ª aplicação 2016) 
Do amor à pátria 
São doces os caminhos que levam de volta à pátria. Não à pátria 
amada de verdes mares bravios, a mirar em berço esplêndido o 
esplendor do Cruzeiro do Sul; mas a uma outra mais íntima, 
pacífica e habitual – uma cuja terra se comeu em criança, uma 
onde se foi menino ansioso por crescer, uma onde se cresceu em 
sofrimentos e esperanças plantando canções, amores e filhos ao 
sabor das estações. 
MORAES, V. Poesia completa e prosa. Rio de Janeiro: Nova Aguilar, 1987. 
 
O nacionalismo constitui tema recorrente na literatura romântica e 
na modernista. No trecho, a representação da pátria ganha 
contornos peculiares porque 
a) o amor àquilo que a pátria oferece é grandioso e eloquente. 
b) os elementos valorizados são intimistas e de dimensão 
subjetiva. 
c) o olhar sobre a pátria é ingênuo e comprometido pela inércia. 
d) o patriotismo literário tradicional é subvertidoe motivo de ironia. 
e) a natureza é determinante na percepção do valor da pátria. 
 
Questão 02 (FGV-RJ 2016) 
Leia o texto abaixo para responder à(s) questão(ões) a seguir. 
Agora me digam: como é que, com tio-avô modinheiro parente de 
Castro Alves, com quem notivagava na Bahia; pai curtidor de um 
sarau musical, tocando violão ele próprio e depositário de canções 
que nunca mais ouvi cantadas, como “O leve batel”, linda, 
lancinante, lúdica e que mais palavras haja em “l’s” líquidos e 
palatais, com versos atribuídos a Bilac; avó materna e mãe 
pianistas, dedilhando aquelas valsas antigas que doem como uma 
crise de angina no peito; dois tios seresteiros, como Henriquinho e 
tio Carlinhos, irmão de minha mãe, de dois metros de altura e um 
digitalismo espantosos, uma espécie de Canhoto (que também o 
era) da Gávea; como é que, com toda essa progênie, poderia eu 
deixar de ser também um compositor popular… 
Vinicius de Moraes, Samba falado: (crônicas musicais). Rio de Janeiro: Beco do 
Azougue, 2008. Adaptado. 
 
O contexto permite concluir que a palavra “progênie”, usada no 
final do texto, pode ser substituída, sem alteração de sentido, por 
a) proficiência. 
b) ascendência. 
c) genialidade. 
d) musicalidade. 
e) descendência. 
 
Questão 03 (FGV-RJ 2016) 
Ao exaltar a canção “O leve batel”, Vinícius de Moraes emprega 
adjetivos que exemplificam um tipo de recurso expressivo de 
natureza sonora que ocorre, de modo mais expressivo, nestes 
versos também de sua autoria: 
a) De repente do riso fez-se o pranto / Silencioso e branco como a 
bruma. 
b) De nada vale ao homem a pura compreensão de todas as 
coisas. 
c) A minha pátria não é florão, nem ostenta / Lábaro não; a minha 
pátria é desolação. 
d) Na melancolia de teus olhos / Eu sinto a noite se inclinar. 
e) Quero ir-me embora pra estrela / Que vi luzindo no céu. 
Questão 04 (Cefet MG 2013) 
SONETO DE SEPARAÇÃO 
De repente do riso fez-se o pranto 
Silencioso e branco como a bruma 
E das bocas unidas fez-se a espuma 
E das mãos espalmadas fez-se o espanto. 
 
De repente da calma fez-se o vento 
Que dos olhos desfez a última chama 
E da paixão fez-se o pressentimento 
E do momento imóvel fez-se o drama. 
 
De repente, não mais que de repente 
Fez-se de triste o que se fez amante 
E de sozinho o que se fez contente. 
 
Fez-se do amigo próximo o distante 
Fez-se da vida uma aventura errante 
De repente, não mais que de repente. 
 
Oceano Atlântico, a bordo do Highland Patriot, a caminho da 
Inglaterra, setembro de 1938. 
Sobre os recursos de linguagem empregados na construção do 
poema, afirma-se: 
I. As semelhanças sonoras entre palavras como “espalmadas” e 
“espanto”, “branco” e “bruma” exemplificam o uso de aliterações no 
texto. 
II. A repetição, ao longo do poema, da expressão “de repente”, 
acentua a ideia do espanto trazido pela separação. 
III. O uso de algumas antíteses no texto demonstra o contraste 
entre os momentos antes e depois da separação. 
IV. No primeiro verso da segunda estrofe, a palavra “vento” 
metaforiza a tranquilidade anterior à separação. 
 
Estão corretas apenas as afirmativas: 
a) I e II. 
b) I e IV. 
c) III e IV. 
d) I, II e III. 
e) II, III e IV. 
 
Questão 05 (G1 - ifpe 2014) 
Amigo Di Cavalcanti 
A hora é grave e 
inconstante. 
Tudo aquilo que prezamos 
O povo, a arte, a cultura 
Vemos sendo desfigurado 
Pelos homens do passado 
Que por terror ao futuro 
Optaram pela tortura. 
Poeta Di Cavalcanti 
Nossas coisas bem-amadas 
Neste mesmo exato instante 
Estão sendo desfiguradas. 
 
Hay que luchar, Cavalcanti 
Como diria Neruda. 
Por isso, pinta, pintor 
Pinta, pinta, pinta, pinta 
Pinta o ódio e pinta o amor 
Aula 29 – Poesia de 30 I 
 
 
 
 
 
 
123 VestCursos – Especialista em Preparação para Vestibulares de Alta Concorrência 
 
Com o sangue de tua tinta 
Pinta as mulheres de cor 
Na sua desgraça distinta 
Pinta o fruto e pinta a flor 
Pinta tudo que não minta 
Pinta o riso e pinta a dor 
Pinta sem abstracionismo 
Pinta a Vida, pintador 
No teu mágico realismo! 
Vinicius de Moraes 
MORAES, V. Amigo Di Cavalcanti. Disponível em: 
<http://www.viniciusdemoraes.com.br>. 
Acesso em: 23set.2013. 
 
Levando em consideração questões relativas ao texto, analise as 
afirmativas que seguem. 
I. O poema transcrito, tendo em vista as características 
apresentadas, como a sobriedade na linguagem, comparando-se 
com a ousadia da fase anterior, é um exemplar da poesia 
produzida no Segundo Momento Modernista. Neste, entre outros 
objetivos, buscou-se entender a relação homem x universo. 
II. Quanto ao emprego da vírgula, sobretudo em relação ao 
vocativo, percebe-se que ora o poeta segue a regra gramatical, ora 
a infringe. Possivelmente, a omissão desse sinal, na primeira 
estrofe, deva-se à retratação da intimidade com Cavalcanti; a 
presença, na segunda, indica certa formalidade com o pintor. 
III. O estrangeirismo, na segunda estrofe, é empregado por se 
tratar de uma citação direta de Neruda. O emprego dessa 
variedade linguística revela que Vinicius de Moraes fugiu à 
principal proposta de sua Geração Modernista: adotar uma postura 
de valorização do perfil nacional. 
IV. O poema apresenta estrutura paralelística, evidenciada, 
principalmente, pela repetição do vocábulo ‘pinta’. Essa estratégia, 
junto ao emprego de figuras como aliteração e assonância, 
contribui para a obtenção da musicalidade, recurso característico 
do texto poético. 
V. As palavras ‘pintor’ e ‘pintador’ têm sentidos iguais, assim como, 
no texto, ‘Vida’ apresenta a mesma relevância semântica que 
‘fruto’, ‘flor’, ‘riso’ e ‘dor’. Portanto, não há como justificar o 
emprego da inicial maiúscula apenas para o vocábulo ‘Vida’, 
tampouco o ponto de exclamação fechando o poema. 
 
Estão corretas, apenas: 
a) I e II d) II, III e V 
b) I e IV e) III e V 
c) I, II e IV 
 
Questão 06 (Ufpe 2012) 
O sentimento amoroso é um tema inesgotável e tem influenciado 
muitas das produções artísticas, incluindo a poesia e a canção. 
Leia os dois textos abaixo e responda aos itens a seguir. 
 
Texto 1 
Soneto da Separação 
De repente do riso fez-se o pranto 
Silencioso e branco como a bruma 
E das bocas unidas fez-se a espuma 
E das mãos espalmadas fez-se o espanto. 
 
De repente da calma fez-se o vento 
Que dos olhos desfez a última chama 
E da paixão fez-se o pressentimento 
E do momento imóvel fez-se o drama. 
 
De repente, não mais que de repente 
Fez-se de triste o que se fez amante 
E de sozinho o que se fez contente. 
Fez-se do amigo próximo o distante 
Fez-se da vida uma aventura errante 
De repente, não mais que de repente. 
Vinícius de Moraes 
 
Texto 2 
Soneto. 
Por que me descobriste no abandono 
Com que tortura me arrancaste um beijo 
Por que me incendiaste de desejo 
Quando eu estava bem, morta de sono 
 
Com que mentira abriste meu segredo 
De que romance antigo me roubaste 
Com que raio de luz me iluminaste 
Quando eu estava bem, morta de medo 
 
Por que não me deixaste adormecida 
E me indicaste o mar, com que navio 
E me deixaste só, com que saída 
 
Por que desceste ao meu porão sombrio 
Com que direito me ensinaste a vida 
Quando eu estava bem, morta de frio 
Chico Buarque de Holanda. 
 
( ) Tanto Vinícius de Morais quanto Chico Buarque de 
Holanda foram letristas e literatos, e ambos estão localizados na 
segunda fase do Modernismo brasileiro. 
( ) O soneto de Vinícius de Morais expressa, de forma suave e 
equilibrada, uma série de sentimentos dolorosos que estão 
associados à separação de dois amantes. A voz masculina é 
flagrante nas marcas linguísticas. 
( ) A canção de Chico Buarque de Holanda faz uso da forma 
do soneto e revela uma voz feminina que expressa seu espanto 
por ter tido seu amor despertado por uma outra pessoa. 
( ) No texto 2, o último verso dos dois quartetos e da última 
estrofe fazem ver que o sujeito poético se escondia, fugindo da 
vida e de sua expressão máxima, o amor. 
( ) Como os doistextos permitem concluir, o amor e a vida são 
uma aventura errante, que não oferece as garantias de um porto 
seguro. 
 
Questão 07 (Ufrgs 2016) 
Leia o soneto de Luís de Camões e Soneto do amor total, de 
Vinícius de Moraes, abaixo. 
Luís de Camões 
Amor é fogo que arde sem se ver; 
É ferida que dói e não se sente; 
É um contentamento descontente; 
É dor que desatina sem doer; 
 
É um não querer mais que bem querer; 
É solitário andar por entre a gente; 
É nunca contentar-se de contente; 
É cuidar que se ganha em se perder;

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