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ESTIMATIVA 2023-2025 GERAL O câncer de mama feminina é o mais incidente no mundo, com 2,3 milhões (11,7%) de casos novos, seguido pelo câncer de pulmão, com 2,2 milhões (11,4%); cólon e reto, com 1,9 milhão (10,0%); próstata, com 1,4 milhão (7,3%); e pele não melanoma, com 1,2 milhão (6,2%) de casos novos. HOMENS O câncer de pulmão é o mais frequente em homens, com 1,4 milhão (14,3%) dos casos novos, seguido dos cânceres de próstata, com 1,4 milhão (14,1%); cólon e reto, com 1 milhão (10,6%); pele não melanoma, com 722 mil (7,2%); e estômago, com 719 mil (7,1%) MULHERES o câncer de mama é o mais incidente, com 2,3 milhões (24,5%) de casos novos, seguido pelos cânceres de cólon e reto, com 865 mil (9,4%); pulmão, com 771 mil (8,4%); colo do útero, com 604 mil (6,5%); e pele não melanoma, com 475 mil (5,2%) BRASIL - 2023-2025 Mama, com 74 mil (10,5%); próstata, com 72 mil (10,2%); cólon e reto, com 46 mil (6,5%); pulmão, com 32 mil (4,6%); e estômago, com 21 mil (3,1%) casos novos HOMENS Pele não melanoma, com 102 mil (29,9%) casos novos; próstata, com 72 mil (21,0%); cólon e reto, com 22 mil (6,4%); pulmão, com 18 mil (5,3%); estômago, com 13 mil (3,9%); e cavidade oral, com 11 mil (3,2%). MULHERES Pele não melanoma, com 118 mil (32,7%); mama, com 74 mil (20,3%); cólon e reto, com 24 mil (6,5%); colo do útero, com 17 mil (4,7%); pulmão, com 15 mil (4,0%); e tireoide, com 14 mil. BRASIL Em homens, o câncer de próstata é predominante em todas as Regiões, mas, para as de maior IDH, os de cólon e reto ocupam a segunda ou a terceira posição, enquanto, para as de menor IDH, o câncer de estômago é o segundo ou o terceiro mais frequente. Nas mulheres, o câncer de mama é o mais incidente e, nas Regiões com maior IDH, os cânceres de cólon e reto são o segundo ou terceiro mais frequente, mas, nas Regiões de menor IDH, o câncer do colo do útero permanece na segunda posição MATERIAIS COMPLEMENTARES ESTIMATIVA 2023-2025 CÂNCER DE MAMA Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de mama feminina é o mais incidente no país e em todas as Regiões brasileiras. O fator de risco mais importante é a idade > 50 anos Outros fatores de risco estão associados a condições hormonais ou reprodutivas, como nuliparidade, gravidez tardia, menos amamentação; de comportamento, como obesidade, ingestão de bebidas alcoólicas, inatividade física; ocupacionais, como trabalho noturno e as radiações, por exemplo raios X e gama; além de condições genéticas e hereditárias (de 5 a 10% dos casos). CÂNCER DE PRÓSTATA Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de próstata ocupa a segunda posição entre os tipos mais frequentes de câncer. Entre os homens, é o câncer mais incidente no país e em todas as Regiões. O câncer de próstata é composto de diferentes subtipos histológicos, que variam segundo idade ao diagnóstico, etnia, nível de PSA e estadiamento. Mais do que qualquer outro tipo, é considerado um câncer da terceira idade, já que cerca de 75% dos casos novos no mundo ocorrem a partir dos 65 anos. Mundialmente, o câncer de próstata é o quarto mais frequente entre o total de casos de câncer (7,3%). O envelhecimento populacional e o sobrediagnóstico, por conta da disseminação do rastreamento, são os maiores responsáveis pelo aumento da incidência do câncer de próstata no mundo nas últimas décadas A hereditariedade é um fator de risco mais importante do que em outros tipos de câncer. Na América do Norte e no Caribe, há maior incidência em afrodescendentes O excesso de gordura corporal pode potencializar o risco de câncer de próstata avançado Trabalho noturno e exposição a metais, radiações e agentes cancerígenos utilizados durante a produção da borracha estão associados ao risco ocupacional para câncer de próstata CÂNCER DE CÓLON E RETO Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de cólon e reto ocupam a terceira posição entre os tipos de câncer mais frequentes no Brasil. As maiores taxas de incidência são observadas na Região Sudeste para homens e mulheres É uma doença heterogênea, que se desenvolve predominantemente a partir de mutações genéticas em lesões benignas, como pólipos adenomatosos e serrilhados. A estimativa mundial, para o ano de 2020, apontava mais de 1,9 milhão de casos novos de câncer de cólon e reto (10,0%), correspondendo ao terceiro tumor mais incidente entre todos os cânceres. Entre os homens, ocorreram cerca de 1,1 milhão de casos novos, com um risco estimado de 23,40 casos a cada 100 mil homens. Entre as mulheres, 865 mil casos novos, sendo o segundo tumor mais frequente, com taxa de incidência de 16,20 casos a cada 100 mil mulheres. Em 2020 no Brasil morreram mais mulheres do que homens por câncer de cólon e reto. Os principais fatores de risco estão associados ao comportamento, como sedentarismo, obesidade, consumo regular de álcool e tabaco e baixo consumo de fibras, frutas, vegetais e carnes magras. Outros fatores de risco estão associados a condições genéticas ou hereditárias, como doença inflamatória intestinal crônica e histórico pessoal ou familiar de adenoma ou câncer colorretal, e ocupacionais, como exposição a radiações, por exemplo, raios X e gama. Os cânceres de cólon e reto apresentam alto potencial para prevenção primária, com a promoção à saúde por meio de estímulo a hábitos de vida e dietéticos saudáveis, e secundária, a partir da detecção precoce. Em razão de sua história natural, são passíveis de ações de rastreamento e de diagnóstico precoce. CÂNCER DE PULMÃO Sem considerar os tumores de pele não melanoma, os cânceres de traqueia, brônquio e pulmão ocupam a quarta posição entre os tipos de câncer mais frequentes. Na Região Sul, são observadas as taxas de incidência mais elevadas para homens e mulheres. Existem quatro tipos histológicos principais de câncer de pulmão, cada qual com diferentes características morfológicas, moleculares e etiológicas É um tumor com diagnóstico geralmente tardio, pois os sintomas iniciais são inespecíficos Observa-se, no mundo, um declínio na tendência das taxas de incidência de câncer de pulmão em MATERIAIS COMPLEMENTARES homens nas últimas quatro décadas, ao contrário do que vem acontecendo com as taxas de incidência em mulheres. Essa diferença é reflexo dos padrões de iniciação e cessação do tabagismo. Mundialmente, o câncer de pulmão é o segundo mais incidente, com 2,2 milhões de casos novos, o que corresponde a 11,4% de todos os tipos de câncer. Entre homens, ocupa a primeira posição e, entre as mulheres, a terceira. Os principais fatores de risco são o tabagismo e a exposição passiva ao tabaco, responsável por cerca de 85% dos casos diagnosticados. Outros fatores de risco importantes são aqueles associados às exposições ocupacional e ambiental. Cerca de 29 agentes foram reconhecidos como cancerígenos, como os presentes na produção de alumínio, no processo de gaseificação de carvão e do coque, na mineração de hematita (subterrânea), nas fundições de ferro e aço, na exposição a metais (arsênico, cádmio, cromo hexavalente, arsênio, berílio, níquel) e nas poeiras (amianto, sílica, poeira de couro e de madeira). Além disso, há ainda, como fatores de risco, a combustão de motores a diesel, a poluição do ar e as radiações. Muitos desses agentes têm um efeito sinérgico com o tabagismo. CÂNCER DE ESTÔMAGO Sem considerar os tumores de pele não melanoma, o câncer de estômago ocupa a quinta posição entre os tipos de câncer mais frequentes. O câncer de estômago, também chamado de câncer gástrico, é classificado segundo o estadiamento (localizado ou avançado), a localização anatômica (proximal ou distal) e os subtipos histológicos. A principal causa de câncer de estômago é a infecção pela bactéria Helicobacter pylori, particularmente prevalente na África, na América Latina e na Ásia. A bactéria Helicobacter pylori é causa necessária, mas não suficiente. Os fatores de risco estão associados a características genéticas e hereditárias do hospedeiro, como anemia perniciosa e lesões pré-cancerosas, características das cepasde Helicobacter pylori, condições associadas ao comportamento, como excesso de peso e obesidade, consumo de alimentos preservados no sal, alimentação com baixa ingestão de frutas, vegetais e fibra integral, consumo de álcool e tabaco e ocupacionais, como trabalho na produção da borracha e exposição a radiações, por exemplo raios X e gama. CÂNCER DE COLO DE ÚTERO Está em 6º sem considerar os tumores de pele. MATERIAIS COMPLEMENTARES O câncer do colo do útero, também chamado de câncer cervical, é causado pela infecção persistente por alguns tipos do papilomavírus humano (HPV), chamados de tipos oncogênicos; A infecção por HPV é causa necessária para o desenvolvimento do câncer do colo do útero. As infecções que persistem estão relacionadas a 12 tipos considerados oncogênicos, especialmente os HPV 16 e 18, e têm maior risco de progressão para lesões precursoras que, se não identificadas, confirmadas e tratadas, podem evoluir para o câncer ao longo de vários anos. Cofatores conhecidos associados à progressão da doença incluem a infecção pelo vírus da imunodeficiência humana (HIV) e outras condições imunossupressoras, como tabagismo, multiparidade e uso prolongado de contraceptivos orais. Atualmente, o câncer do colo do útero é considerado passível de erradicação, por meio da vacinação contra os tipos de HPV oncogênicos mais prevalentes e do rastreamento e tratamento das lesões precursoras. A estratégia global proposta pela Organização Mundial da Saúde (OMS) para acelerar a eliminação da doença como problema de saúde pública inclui as seguintes metas, que devem ser alcançadas até 2030: 90% das meninas totalmente vacinadas contra HPV aos 15 anos; 70% das mulheres submetidas a um teste de rastreamento de alta performance aos 35 e aos 45 anos; e 90% das mulheres identificadas com lesões precursoras e câncer recebendo tratamento.