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Epidemiologia do Câncer

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Daniella	Machado		
TURMA	XXVI	
 
TUTORIA IV: PROLIFERAÇÃO CELULAR 
“NOVOS CASOS ATÉ 2025” - MÓDULO 3 
 
1. EXPLICAR OS CÂNCERES MAIS COMUNS EM HOMENS E MULHERES 
o Maior incidência em mulheres: mama, colo retal e pulmão. 
o Maior incidência em homens: pulmão, próstata e colo retal. 
o Maior incidência entre homens e mulheres: mama, próstata 
e pulmão. 
o Maior mortalidade em mulheres: mama, pulmão e cérvix 
uterino. 
o Maior mortalidade em homens: pulmão, fígado e colo retal. 
o Maior mortalidade entre homens e mulheres: pulmão, mama 
e colo retal. 
 
A incidência do câncer depende dos países ou faixa etária. O contato prolongado com determinados 
agentes (exposição ao sol ou a substância química diversas) associa-se a maior risco de diversos tumores. 
Indicando que fatores individuais e ambientais tem real importância na gênese de tumores e que dados 
epidemiológicos tem enorme valor na identificação da agentes causadores de câncer. Como de que limpadores 
de chaminés tinham mais câncer do escroto. Observações cuidadosas dos epidemiologistas estimularam 
estudos em laboratórios que terminaram por isolar, identificar e documentar a ação cancerígena de muitos 
produtos ambientais. Essa investigação contribui para o melhor conhecimento das causas do câncer. 
A epidemiologia clássica procura identificar populações de alto risco para câncer (fumantes, indivíduos 
com certos hábitos alimentares ou pessoas que trabalham em determinados ambientes), a epidemiologia 
molecular preocupa-se com reconhecer dentro das populações mais afetas, os indivíduos com maior risco de 
desenvolver câncer. 
Com os avanços tecnológicos disponíveis avaliar com boa precisão os efeitos de agentes carcinogênicos 
nos níveis celular e molecular. Sabendo-se que os genes RAS e TP53 são alvos de muitos carcinógenos, a 
procura de mutações nesses genes é uma maneira de saber se indivíduos expostos a determinado agente retém 
risco maior de desenvolver uma neoplasia. Em alguns cânceres, há estreita associação entre determinada 
mutação e o agente etiológico implicado. No futuro, pode ser que testes moleculares possam indicar o risco de 
um indivíduo desenvolver câncer. 
Até produzir o efeito, o agente cancerígeno interage com diversos sistemas dos organismos. Sua potência 
depende da ação de enzimas ativadoras, desintoxicadoras e de reparo do DNA. Há variações individuais 
marcantes na capacidade de metabolização de carcinógenos, a identificação de pessoas com grande capacidade 
de ativar carcinógenos e/ou com pouca atividade protetora é essencial dentro de uma população exposta a 
determinado carcinógeno. A exposição ao sol ou tabagismo é mais perigosa em uma pessoa que tenha 
deficiência nos seus sistemas de reparo do DNA ou maior atividade das enzimas ativadoras de carcinógenos. 
Até alguns anos atras, admitia-se que o câncer seria uma consequência – inevitável – do envelhecimento, 
pois durante a vida formam-se células cancerosas. A divisão celular implica duplicação do DNA, gerando 
mutações, mesmo que a uma taxa muito baixa, em idade adulta ou avançada é maior a probabilidade de surgirem 
mutações suficientes para provocar um tipo de câncer, há causas externas que podem ser feitas como medida 
de prevenção ao serem evitadas. 
 
 TUMORES PREVALENTES 
O estudo do câncer contribui de modo substancial para o conhecimento adquirido sobre sua origem. Os 
estudos epidemiológicos estabeleceram a relação de causalidade entre o tabagismo e o câncer de pulmão, e a 
comparação da dieta e das taxas de câncer em diferentes regiões do mundo associou as dietas ricas em gordura 
e com baixo teor de fibras ao desenvolvimento do câncer de cólon. Espera-se que sejam adquiridos 
conhecimentos adicionais sobre as causas do câncer por meio de estudos que relacionam influências externas 
com o desenvolvimento de neoplasias específicas. 
 
2. DESCREVER OS FATORES AMBIENTAIS PREDISPONENTES AO CÂNCER 
 
FATORES AMBIENTAIS 
As influências ambientais constituem os fatores de risco dominantes na maioria dos tipos de câncer. Os 
exemplos (que ocorreram nos EUA) incluem o rigoroso rastreamento da incidência do câncer de pulmão de 
“Novos	Casos	até	2025”	–	Módulo	3	 	 		 	 	 										 	 	 	Daniella	Machado				
Tutoria	–	4º	período	UniEVANGÉLICA																	 	 	 					 	 																								TURMA		XXVI	
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acordo com as mudanças nos hábitos de fumar com o decorrer do tempo. A acentuada queda na incidência do 
câncer de estômago no século 20 está relacionada com a redução a exposição a carcinógenos ambientais 
desconhecidos e o recente aumento na incidência do câncer de fígado resulta de uma taxa crescente de infecção 
crônica pelo vírus das hepatites B (HBV) e C (HCV) e da obesidade. Ampla variação geográfica que existe na 
incidência de tipos específicos de câncer. 
O câncer mais comum em homens nos EUA e na maioria dos países de alta renda é o de próstata, todavia 
em outros países de baixa renda, são os de fígado, estômago, esôfago, bexiga, pulmão, orofaringe e de sistema 
imune. 
A incidência de câncer de mama é muito mais alta em mulheres que vivem em países de baixa renda do 
que em de baixa renda. A predisposição racial possa constituir um fator envolvido. 
 
AGENTES INFECCIOSOS 
Aproximadamente 15% de todos os tipos de câncer no mundo são causados, direta ou indiretamente, por 
agentes infecciosos, e a morbidade de cânceres ligados a infecções é aproximadamente 3x maior nos países em 
desenvolvimento do que nos países desenvolvidos. Por exemplo, o papilomavírus humano (HPV), um agente 
transmitido por contato sexual, desempenha um papel etiológico na maioria dos carcinomas do colo do útero e 
em uma fração crescente de câncer de cabeça e pescoço. 
 
TABAGISMO 
Nos EUA, o tabagismo constitui o fator ambiental isolado mais importante que contribui para a morte 
prematura. O FUMO (em especial o cigarro), está implicado no câncer de boca, faringe, laringe, esôfago, 
pâncreas, bexiga e de maneira significativa em cerca de 90% dos cânceres de pulmão. 
 
CONSUMO DE ÁLCOOL 
O uso abusivo de álcool aumenta o risco de carcinoma de orofaringe (menos boca), laringe e esôfago, e 
quando há desenvolvimento de cirrose alcoólica, também o risco de carcinoma hepatocelular. Ademais, o risco 
de cânceres das vias respiratórias superiores e do trato digestório imposto pelo álcool aumenta de modo sinérgico 
quando combinado com o uso de tabaco. 
 
3. RELACIONAR A OCORRÊNCIA CÂNCER COM OUTROS FATORES PREDISPONENETES 
ADQUIRIDOS 
 
RAÇA 
Não é variável biológica distinta, mas pode definir grupos de risco para determinados tipos de câncer. A 
disparidade nas taxas de mortalidade por câncer entre norte-americanos brancos ou de ascendência africana 
persiste, os afro-americanos apresentaram o maior declínio na taxa de mortalidade por câncer durante a última 
década. Nos EUA, os indivíduos hispânicos apresentam menor frequência dos cânceres mais comuns que afetam 
a população branca não hispânica, como a maior incidência de cânceres de estomago, fígado, colo do útero e 
vesícula, bem como certas leucemias. 
 
DIETA (ESTÁ EM DEBATE) 
A ampla variação geográfica na incidência de carcinoma colorretal, carcinoma de próstata e carcinoma 
de mama, estão sendo atribuídos a diferenças na dieta. 
 
OBESIDADE 
A epidemia de obesidade nos EUA está se espalhando mundialmente, estando relacionado com o 
aumento do risco de câncer. Os indivíduos com maior sobrepeso na população norte-americana apresentam um 
aumento de 52% (homens) e 62% (mulheres) nas taxas de mortalidade por câncer, em comparação com os 
indivíduos mais magros, podendo deduzir que aproximadamente 14% das mortes por câncer em homens e 20% 
em mulheres estão associadas à obesidade. 
 
HISTÓRICO REPRODUTIVO 
A exposição cumulativa ao longo da vida à estimulação estrogênica (menarca precoce e menopausa 
tardia), sobretudo sem a oposição da progesterona, aumenta o risco de câncer de mama e de endométrio, os 
tecidos responsivos a esses hormônios. É provável que parteda variação geográfica na incidência do câncer de 
mama esteja relacionada com diferentes costumes culturais, que influenciam o momento e o número de 
gestações que uma mulher tem durante sua vida. 
“Novos	Casos	até	2025”	–	Módulo	3	 	 		 	 	 										 	 	 	Daniella	Machado				
Tutoria	–	4º	período	UniEVANGÉLICA																	 	 	 					 	 																								TURMA		XXVI	
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CARCINÓGENOS AMBIENTAIS 
Não são bem caraterizados, escondendo no meio ambiente, no local de trabalho, nos alimentos e nas 
práticas pessoais. Os indivíduos podem ser expostos a fatores carcinogênicos quando estão em ambientes 
externos (raios UV, poluição do ar) água do poço (arsênico, como em Bangladesh), certos medicamentos 
(metotrexato), trabalho (asbesto) ou ficar em casa (carne grelhada, dieta rica em gordura, álcool). 
“Parece que quase tudo o que uma pessoa faz para ganhar a vida ou para se divertir engorda, é imoral, 
ilegal ou, ainda pior, carcinogênico.” 
 
IDADE 
A maior parte dos carcinomas ocorre em adultos 
com mais 55 anos. O câncer constitui a principal causa 
de morte entre mulheres de 40-79 anos e entre homens 
de 60-79 anos. O declínio nas mortes por câncer depois 
dos 80 anos deve-se ao menor número de indivíduos 
que alcançam essa idade. A incidência crescente do 
câncer com a idade é provavelmente explicada pelo 
acúmulo de mutações somáticas que acompanha o 
envelhecimento das células. O declínio da 
Imunocompetência (inflammaging) nos indivíduos idosos 
podendo constituir um fator relacionado. 
Nos EUA, o câncer é responsável por cerca de 
10% de todas as mortes em crianças com menos de 15 
anos, perdendo apenas para os acidentes. Os tipos de câncer que predominam em crianças são diferentes 
daqueles observados em adultos. São causados por mutações herdadas (sobretudo nos genes supressores de 
tumor) e menos probabilidade de se originar da exposição a carcinógenos ambientais (fumo de cigarros). Essa 
diferença explica por que os carcinomas, frequentemente causados por carcinógenos e constituem o tipo geral 
mais comum de tumores em adultos, são mais raros em crianças. A leucemia aguda e neoplasias específicas do 
SNC causam 60% das mortes por câncer na infância. As neoplasias comuns da lactância e da infância incluem 
os denominados tumores de células pequenas redondas e azuis (neuroblastomas, tumor de Wilms, 
retinoblastoma, leucemia linfoblásticas aguda e rabdomiossarcoma). 
 
CONDIÇÕES PREDISPONENTE ADQUIRIDAS 
Distúrbios inflamatórios crônicos e as lesões precursoras abrangem um conjunto diverso de condições, 
estando associadas ao aumento da replicação celular, podendo criar um solo “fértil” para o desenvolvimento de 
tumores malignos. Sendo necessário ciclos repetidos de divisão celular para ocorrer a transformação neoplásica, 
visto que as células em proliferação têm maior risco de sofrer mutações somáticas, levando a carcinogênese. A 
imunodeficiência predispõe a canceres induzidos por vírus. 
 
INFLAMAÇÃO CRÔNICA 
Virchow foi o primeiro e propor relação de causa e efeito entre inflamação crônica e câncer. A amplitude 
dessa associação é evidente, o risco de câncer é maior em indivíduos afetados por uma ampla variedade de 
doenças inflamatórias crônicas (infecciosas e não infecciosas. Os tumores que surgem em relação com a 
inflamação crônica são em sua maior parte carcinomas. Por causa da lesão tecidual, esses distúrbios são 
acompanhados de proliferação compensatória de células, com finalidade de reparar os danos. Em alguns casos, 
a inflamação crônica aumenta o reservatório de células-tronco teciduais, sendo particularmente suscetíveis à 
transformação. As células imunes ativadas produzem espécies reativas de oxigênio (ROS) que causam dano ao 
DNA, bem como mediadores inflamatórios, que promovem a sobrevida das células, mesmo na presença de dano 
genômico. Um exemplo é o diagnóstico e o tratamento efetivo da gastrite por Helicobacter pylori com antibióticos, 
podendo suprimir uma condição inflamatória crônica, 
elevando ao desenvolvimento de câncer gástrico. 
 
LESÕES PRECURSORAS 
São alterações morfológicas localizadas, que 
identifica um campo de epitélio com risco aumentando de 
transformação maligna. Essas alterações assumem a forma 
de hiperplasia, metaplasia ou displasia. As lesões 
precursoras que consistem em hiperplasia surgem em 
consequência de exposição crônica a fatores tróficos. Uma 
“Novos	Casos	até	2025”	–	Módulo	3	 	 		 	 	 										 	 	 	Daniella	Machado				
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das lesões precursoras mais comum é a hiperplasia endometrial, que é causada pela estimulação estrogênica 
sustentada do endométrio. Outras lesões “de risco” consistem em neoplasias benignas. Uma lesão clássica é o 
adenoma viloso do cólon, que evolui para o câncer em cerca de 50% dos casos, mas deve-se ressaltar que a 
maioria dos tumores benignos raramente sofre transformação e outros de modo algum (lipoma). Não se sabe o 
porquê desses tumores não sofrerem transformação maligna, podendo estar correlacionado com a transformação 
maligna dos tumores benignos e a instabilidade genômica (desenvolvendo câncer). 
 
IMUNODEFICIÊNCIA E CÂNCER 
Em especial os com déficits da imunidade de células T, correm risco aumentado de câncer, principalmente 
de tipos de câncer causados por vírus oncogênicos, visto que esses indivíduos têm uma incidência maior do que 
o normal de infecção crônica por vírus. Esses tumores associados a vírus incluem linfomas, certos carcinomas e 
alguns sarcomas e proliferações semelhantes ao sarcoma. 
 
PREDISPOSIÇÃO GENÉTICA E ENTRE FATORES AMBIENTAIS E HEREDITÁRIOS 
Em algumas famílias, o câncer é um traço hereditário, devido a mutações de linhagem germinativa em 
um gene supressor de tumor. É difícil separar as contribuições hereditárias e não hereditárias, visto que as 
interações são complexas, sobretudo quando o desenvolvimento de tumor depende da ação de múltiplos genes. 
Mesmo em cânceres com um componente hereditário bem definido, o risco de desenvolvimento desse câncer 
pode ser acentuadamente influenciado por fatores não genéticos. Como em mulheres que herdam cópias 
mutadas dos genes supressores de tumor BRCA1 ou BRCA2 que é quase 3x maior em mulheres nascidas depois 
de 1940 do que aquelas nascidas antes desse ano, talvez devido a mudanças na história reprodutiva. 
Por outro lado, os fatores genéticos podem alterar a probabilidade de desenvolvimento de cânceres 
induzidos por carcinógenos ambientais. Isso se deve ao polimorfismo em algumas enzimas, como o sistema 
citocromo P-450, influencia a conversão de pró-carcinógenos em carcinógenos ativos. Exemplo, é a mutação nos 
genes P-450, que confere suscetibilidade ao câncer de pulmão induzido por tabagismo.

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