Baixe o app para aproveitar ainda mais
Prévia do material em texto
judicial. Acusação deve ser objetiva e subjetivamente falsa. b.5) Consumação – instauração do inquérito ou do processo. b.6) Tentativa é posível. c) Comunicação falsa de crime ou de contravenção – provocar a ação de autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se ter verificado. c.1) Sujeito ativo – qualquer pessoa, inclusive funcionário. c.2) Sujeito passivo – Estado. c.3) Tipo objetivo – dar causa à ação policial pela denúncia de infração que não ocorreu. Pode ser efetivada por vários meios. Se o fato ocorreu, porém de forma diversa do comunicado, não há crime, se parecido. Se o fato foi totalmente diverso, configura-se o tipo. c.4) Tipo subjetivo – vontade de comunicar a falsa ocorrência. Dolo específico é a vontade de provocar a ação da autoridade. c.5) Consumação – com a provocação da ação da autoridade. c.6) Tentativa é possível. d) Auto-acusação falsa – acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente ou praticado por outrem. d.1) Sujeito ativo – qualquer pessoa. d.2) Sujeito passivo – Estado. d.3) Tipo objetivo – acusar-se falsamente, de qualquer modo, ainda que por comunicação anônima. Deve ser feita perante autoridade, policial ou judicial. Não se configura se a auto-acusação for de contravenção ou de fato atípico. Não há o crime se o agente é co-autor do delito e isenta de responsabilidade os demais participantes. d.4) Tipo subjetivo – vontade de acusar-se falsamente. Motivo da conduta é irrelevante nem necessita ser espontânea, basta ser voluntária. d.5) Consumação – quando a auto-acusação chega ao conhecimento da autoridade. d.6) Tentativa é possível. e) Falso testemunho ou falsa perícia – fazer afirmação falsa, negar ou calar a verdade, como testemunha, perito, tradutor ou intérprete em processo judicial, policial ou administrativo, ou em juízo arbitral. e.1) Sujeito ativo – somente aquelas pessoas indicadas no tipo. É crime de mão própria. É irrelevante o compromisso, o dever de dizer a verdade independe de promessa em juízo. Terceiro pode praticar o crime como partícipe, instigando, induzindo o autor imediato. e.2) Sujeito passivo – Estado e, eventualmente, a parte sobre quem irá recair o prejuízo do falso testemunho. e.3) Tipo objetivo – afirmar algo que não corresponde à verdade, ou dizer que não sabe o que realmente sabe ou, quando indagada, cala-se, sabendo a verdade. Pune- se o testemunho que não se coaduna com o que a testemunha tem ciência. Não se pune a 176
Compartilhar