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Direito Administrativo - Resumo-176

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judicial. Acusação deve ser objetiva e subjetivamente falsa.
b.5) Consumação – instauração do inquérito ou do processo.
b.6) Tentativa é posível.
c) Comunicação falsa de crime ou de contravenção – provocar a ação de
autoridade, comunicando-lhe a ocorrência de crime ou de contravenção que sabe não se
ter verificado.
c.1) Sujeito ativo – qualquer pessoa, inclusive funcionário.
c.2) Sujeito passivo – Estado.
c.3) Tipo objetivo – dar causa à ação policial pela denúncia de infração que não
ocorreu. Pode ser efetivada por vários meios. Se o fato ocorreu, porém de forma diversa
do comunicado, não há crime, se parecido. Se o fato foi totalmente diverso, configura-se
o tipo.
c.4) Tipo subjetivo – vontade de comunicar a falsa ocorrência. Dolo específico
é a vontade de provocar a ação da autoridade.
c.5) Consumação – com a provocação da ação da autoridade.
c.6) Tentativa é possível.
d) Auto-acusação falsa – acusar-se, perante a autoridade, de crime inexistente
ou praticado por outrem.
d.1) Sujeito ativo – qualquer pessoa.
d.2) Sujeito passivo – Estado.
d.3) Tipo objetivo – acusar-se falsamente, de qualquer modo, ainda que por
comunicação anônima. Deve ser feita perante autoridade, policial ou judicial. Não se
configura se a auto-acusação for de contravenção ou de fato atípico. Não há o crime se o
agente é co-autor do delito e isenta de responsabilidade os demais participantes.
d.4) Tipo subjetivo – vontade de acusar-se falsamente. Motivo da conduta é
irrelevante nem necessita ser espontânea, basta ser voluntária.
d.5) Consumação – quando a auto-acusação chega ao conhecimento da
autoridade.
d.6) Tentativa é possível.
e) Falso testemunho ou falsa perícia – fazer afirmação falsa, negar ou calar a
verdade, como testemunha, perito, tradutor ou intérprete em processo judicial, policial
ou administrativo, ou em juízo arbitral.
e.1) Sujeito ativo – somente aquelas pessoas indicadas no tipo. É crime de mão
própria. É irrelevante o compromisso, o dever de dizer a verdade independe de promessa
em juízo. Terceiro pode praticar o crime como partícipe, instigando, induzindo o autor
imediato.
e.2) Sujeito passivo – Estado e, eventualmente, a parte sobre quem irá recair o
prejuízo do falso testemunho.
e.3) Tipo objetivo – afirmar algo que não corresponde à verdade, ou dizer que
não sabe o que realmente sabe ou, quando indagada, cala-se, sabendo a verdade. Pune-
se o testemunho que não se coaduna com o que a testemunha tem ciência. Não se pune a
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