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Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 1 Centro Universitário da FEI ENGENHARIA MECÂNICA - Enfase MECÂNICA AUTOMOBILÍSTICA Disciplina: ME 960_NMC96 - FREIOS Teoria básica / Dimensionamento / Desenvolvimento de Sistemas de freios / A expansão do ABS / Sistema de Freios Seguro para Veículos Inteligentes PROF.GUILHERME RASZL SETEMBRO 2008 Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 2 PREFÁCIO O propósito desta apostila é contemplar as metodologias desde o dimensionamento de sistemas de freios convencionais até as inovações implementadas no inicio deste século. O constante repotenciamento dos veículos levou os fabricantes de freios a preocupar-se mais em conhecer as leis naturais e físicas que regem o funcionamento dos freios. Com isso o conteúdo abordado sobre os sistemas convencionais e dos sistemas avançados foram distribuidos da seguinte maneira: - Teoria básica e princípios fundamentais sobre sistemas de freios - Tipos de freios - Sistema de atuação - Projeto de servo mestre para freios hidráulicos. - Válvulas de corte. - Materiais de atrito e processo de fabricação - Fluido de freio - Desempenho dinâmico do eixo - Análise da distribuição das forças de frenagem. - Dimensionamento de sistemas de freios - Gráfico das forças ótimas de frenagem - Tipos de projetos, configurações e instalações do ABS - A expansão das configurações do ABS - Veículos inteligentes - Aplicações envolvendo tecnologias para automação Veicular - Controle inteligente de veículos autônomos - Sistema de freio por fio“Brake by Wire” BbW - O conceito do “X by Wire” - Freios pneumáticos - ABS para freios pneumáticos Grande parte dos controles inteligentes foram implementadas para ambos objetivos: segurança e o conforto na interface humana. Muitos dos materiais contidos aqui foram desenvolvidos durante meu trabalho como engenheiro de projetos de sistemas de freios, estudando mecanismos Mecatrônicos, consultor como especialista em freios e ensinando projetos de freios. Estudantes em graduação de engenharia e/ou técnicos automotivos serão beneficiados com esse material encontrando fundamentos de conceitos essenciais, e muitos casos típicos com abordagens profundas sobre o projeto de um freio seguro. Nota: Esta apostila destina-se ao curso de graduação de engenharia do Centro Universitário da FEI (projeto/desenvolvimento de freios para o Curso de Engenharia Mecânica – Ênfase Automobilismo da uniFEI). Organizada pelo Prof. Msc Guilherme Raszl, é vedada sua reprodução total ou parcial sem prévia consulta. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 3 Cronograma evolutivo do controle dinâmico veicular Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 4 Indice Introdução Tópicos Fundamentais Sobre Sistemas De Freios Introdução – Histórico Teoria Básica Do Freio. Elementos Do Desempenho De Frenagem. Sistemas De Freios Princípios Fundamentais Do Sistema Importantes Considerações Devem Ser Feitas Para A Temperatura Do Freio Princípios Fundamentais Considerações De Natureza Física, Para O Cálculo Do Processo De Frenagem. Aplica-Se A Seguinte Relação: Fluido Requerido/Eixo = 8 X S’ X Área Do Cilindro De Roda. 2.0 Tipos De Projeto De Freios: Disco E Tambor Diferentes Projetos De Freios Freio A Tambor O Conceito Do Arranjo De Projeto Guiado-Arrastado. Sapatas Do Sistema A Tambor. Freio A Tambor Tipos De Atuação Fator De Freio Freio A Disco Freio À Disco Com Cáliper Do Tipo Fixo Variantes Construtivas De Cáliper E Disco De Freio: O Projeto De Freio A Disco Quanto Ao Arranjo Guiado Arrastado Freio À Disco Com Cáliper Do Tipo Fixo Freio À Disco Com Cáliper Do Tipo Flutuante Freio A Disco Pneumático Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 5 Tipo Com Alavanca Automática De Ajuste Com Deslocamento Axial Disco De Freio Sólido Há Dois Tipos De Rotores Disponíveis Atualmente; Disco De Freio Ventilado Fadiga Térmica. Trincas Térmicas E Choque Térmico Montagem E Manutencão De Discos De Freio. Montagem Do Sistema De Freios: Substituição Das Pastilhas De Freio Para Discos Série “V” Pick-Ups D-20 E F1000. Reparacão Do Disco Para Utilizacão (Acamar) Princípios – Válvulas De Corte Válvulas Do Sistema De Frenagem Válvula Proporcionadora De Corte Fixo Válvula Proporcionadora De Corte Variável Em Função Da Altura Da Suspensão Válvula Proporcionadora De Corte Variável Em Função Da Desaceleração. Válvula De Corte Fixo Funcionamento – Posição Aberta Funcionamento – Posição De Equilíbrio Válvula De Corte Variável Em Função Da Altura Da Suspensão (LCRV) LCRV X Sistemas Eletrônicos Válvula De Corte Variável Em Função Da Desaceleração Do Veículo Funcionamento – Posição Fechada Funcionamento – Posição De Equilíbrio Funcionamento – Gráfico Cálculo De Sistemas De Freios Parâmetros Balanceamento Ideal Dianteiro Aplicação Para Sistemas Com Freio À Disco Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 6 Força De Retardamento Dianteiro Pressão De Linha Dianteira Parâmetros Carga No Material De Atrito Potencia Dissipada No Freio (HP) CrESCimento Da Temperatura (Temperature Rise) Cálculo Para Sistemas De Freios À Tambor Torque Requerido Para Freios Traseiros Rr. Carga Na Lona Dos Freios Traseiros Rr. Potência Dissipada (HP). Balanceamento Cálculo Do "Drag." Dos Freios Dianteiros. Cálculo Do "Drag." Dos Freios Traseiros. Cálculo Do "Drag."Total Do Sistema De Freios. Balanceamento Traseiro Cálculo Do "Cilindro De Roda" Do Freio. Parâmetros De Projeto Categoria De Veículos Classificação Por Categorias Conforme ECE. Distância De Parada Tempo De RESPosta E Teste “Fade” Capacidade De Energia Armazenada. Questionário Para Dimensionamento De Sistemas De Freios. Sistemas Auxiliares Do Freio Vácuo - identificação e origem Funcionamento de um servo - freio O Servo - Freio para aplicação Leve Funcionamento quando o freio está em repouso Aplicando a carga Desaplicando a Carga Funcionamento da válvula de retenção de vácuo Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 7 Componentes que influem na curva de graduação Instalação típica do Servo - Freio - Vácuo assistido com circuito duplo Componentes Que Influem Na Curva De Graduação Instalação Típica Do Servo Freio Vácuo Assistido Com Circuito Duplo. Cilindro Mestre. Cilindro Mestre Simples: Funções Principais Dos Vedador Primário. Principais Componentes Do Cilindro Mestre Duplo: Freios Hidráulicos De Atuação Direta Servo Freio Assistido A Vácuo Colapso Dos Lábios Do Vedador Primário Análise Do Servo Master Vac Desempenho Dinâmico Do Eixo O Balanceamento De Frenagem Para Veículos Classe M1 E N2. Balanceamento Ideal De Frenagem E Os Regulamentos Min % Balanceamento Dianteiro Máx. % Balanceamento Dianteiro Cálculo Do Balanceamento Real Balanceamento De FrenagemCarga No Pneu (Tyre Drag) Carga No Tambor (Drum Drag) Carga No Material De Atrito Folga No Centro Da Sapata (Scl) Requisitos De Fluido De Freio Absorção Das Mangueiras E Tubos Seleção Do Cilindro Mestre Auxílio Á Vácuo Auxílio À Ar Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 8 Detalhes Sobre Cálculo Do AF e AR Exercício: Veículo De Sucata Com Gvw= 10 Toneladas Curvas Para Execução Dos Exercícios Acima: Gráfico 1 Gráfico 2 Gráfico 3 A Função Básica Do Sistema Dinâmica De Frenagem De Um Veículo Simples Análise Da Distribuição Das Forças De Frenagem. Cargas Estáticas No Eixo Cargas Dinâmicas No Eixo. Forças Ótimas De Frenagem. Forças De Frenagem Dinâmica. Frenagem Ótima Em Linha Reta. Eficiência De Frenagem. Análise Da Estabilidade Do Veículo. Análise Da Estabilidade De Frenagem Simplificada Materiais E Processos. Materiais De Atrito E Materiais Dos Componentes De Freios Histórico E Evolução Dos Materiais De Atrito: Características Dos Materiais De Atrito: Matérias-Primas Básicas Que Compõem O Material De Atrito: Tipos De Materiais De Fricção: Material Trançado – Material Extrudado Material Enrolado Tipos De Freios: Freios A Tambor: Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 9 Freios A Disco: Aplicação: Processos De Fabricação: Disco De Freio De Cerâmica: Disco De Freio De Ferro Fundido: Ensaios De Durabilidade E Controle Do Nível De Atrito: Equipamentos Chase: Equipamentos Krauss: Considerações Finais: Fluido De Freio Características Dos Fluidos Ponto De Ebulição Viscosidade Lubrificação Efeito Sobre A Borracha Ph Corrosão Resistência À Oxidação Tolerância À Água Compatibilidade Perda Por Evaporação E Resíduos Tipos De Fluido Para Freios ESPecificação E Requisitos Histórico ESPecificação “ABNT” Formulações De Abnt 3 (“Dot 3”) Solventes Primários 50% A 70% Em Volume Solventes Secundários 15% A 30% Em Volume Lubrificantes 10% A 30% Em Volume Inibidores De Corrosão Formulações De Abnt 4 (“Dot 4”) Formulações De Abnt 5 (“Dot 5”) Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 10 Formulações De Abnt 5.1 (“Dot 5.1”) Análises Físicoquímicas De Performance De Fluidos Hidráulico Enchimento Do Fluído De Freio Em Uma Linha De Montagem De Veículos Propriedades Do Fluido Ponto De Ebulição Viscosidade Ação Sobre As Vedações. Principios, Projetos E Instalação De ABS Princípios, Tipos De Projetos, Configurações E Instalação De ABS - Princípio Da Frenagem - Limitações No Desempenho De Frenagem - Princípio Do ABS - O Adicionado E O Integrado - Componentes Principais - ABS Com Arranjos De 4x4 Até 2x2 - ABS Para Carros Passageiros (Circuitos Hidráulicos) - ABS Para Caminhões (Circuitos Hidráulicos E Pneumáticos) ABS – Antilock Braking System (Sistema De Freios Antitravamento) Conceito Do Freio Automotivo Sistema De Freio Anti-Travante & Controle Eletrônico De Tração Informações Gerais Tipo Integrado Tipo Integrado Montado No Circuito Terminologias Utilizadas Em ABS Sistema Com Uma Válvula Solenóide E Uma Válvula Hidráulica Sistema Com 2 Válvulas Solenóide E 2 Válvulas Hidráulicas Sistema Com 4 Válvulas Solenóide E 4 Válvulas Hidráulicas- ABS 4x4 Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 11 Comparativo Dos Diversos Sistemas: Frenagens Plenas Sob A Mesma Velocidade. Sistema De Freio Anti-Travante ( ABS) Sistema De Controle De Tração (ETC) DESCrição Geral Visão Geral Do Sistema ABS/ETC Princípio Operacional Básico Controle ABS Condições Normais Durante Frenagem Anti-Travante E Intervenção Do Controle De Tração Componentes Do Sistema ABS E ABS / ETC Sensores De Velocidade Da Roda E Aneis De Pulso Sensores De Velocidade Das Rodas Dianteiras Sensores De Velocidade Das Rodas Traseiras Modulador Hidráulico Lâmpada De Advertência ABS Lâmpadas De Advertência Do Controle Eletrônico De Tração (ETC) Interruptor Do Controle Eletrônico De Tração (ETC) Cilindro-Mestre Do Freio Posição De Instalação Dos Componentes ABS E ABS / ETC Princípios De Funcionamento -Exceto ABS/ETC Frenagem Sem Sistema Anti-Travante Frenagem Anti-Travante Funcionamento Do Módulo De Controle ABS Funcionamento Do Modulador Hidráulico Frenagem Sem ABS Manutenção De Pressão Redução De Pressão Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 12 Acumuladores Aumento De Pressão (Formação) Funcionamento Do Cilindro-Mestre Funcionamento E Teste Da Lâmpada De Advertência Princípios De Funcionamento ABS / ETC Exceto ABS Frenagem Sem Sistema Anti-Travante E Sem Controle Eletrônico De Tração Frenagem Anti-Travante Controle Eletrônico De Traçao Funcionamento Do Módulo De Controle ABS/ETC Funcionamento Do Modulador Hidráulico Frenagem Sem Sistema Antifurto (Pases ABS E ECT) Estado Do Modulador Hidráulico: Controle De Torque Do Motor Funcionamento Do Cilindro-Mestre Funcionamento E Teste Das Lâmpadas De Advertência ABS E Trac 0ff ABS Para Carros Com Tração Na Roda Dianteira: Fatores Chaves Para ESColha Do Arranjo. Curva Da Utlilização Da Adesão Expansão Das Configurações Do ABS Tendências Futuras O ESC É A Soma Das Funções: Sistemas De Distribuição Eletrônica De Força De Frenagem (EBD); Sistema De Assistência Aos Freios Segurança Em Primeiro Lugar. EBD (Distribuição Eletrônica Da Força De Frenagem) LSD Traseiro (Diferencial De Deslizamento Limitado) Freio Eletrônico Proporcional (EBP) Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 13 Sistemas De Controle De Tração (TCS, ASR); Sistemas De Controle De Estabilidade (YCS, ESC, ESP). Controle Ativo De Guinada Active Yaw Control (AYC Ou YCS) O S-AWC Super Controle Nas Quatro Rodas – Sistematic Os Sistemas Atuais De Estabilidade ESC E RSA / RSC Objetivo Alertas De Estabilidade Do Rolamento (RSA) Controle Da Estabilidade De Rolamento (RSC Objetivos Do Desenvolvimento Da Assistência Da Estabilidade Do Veículo Vehicle Stability Assist (VSA) O Sistema De Assistência Da Estabilidade Do Veículo (VSA) Como O Sistema Opera Controle Comportamento Sobresterçante: Deteção E Controle Controles Subesterçante Na Manobra Em Curva Sistema Energizado Deteção E Controle Controle Do Inicio Do Deslizamento Em Linha Reta. Controle Freando Sob Manobra Em Curva Frenagem Normal ABS Ativo – Liberação Da Pressão Intervenção Do VSA – Aumento Da Pressão Intervenção Do VSA – Liberação Da Pressão Sistemas De Freio “X By Wire” Ou “Brake By Wire” (Bbw) Veículos Inteligentes Estrutura De Um Veículo Inteligente Sistemas Mecatrônicos Embarcados Destacam-Se Os Seguintes Sistemas Mecatrônicos Instrumentação Aplicações Envolvendo Tecnologias Para Automação Veicular Sistemas De Apoio Ao Motorista Identificação De Obstáculos Em Pontos Cegos Ao Motorista Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro emVeículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 14 Aviso De Abandono De Pista: Pode Ser Alertado. Sistema De Navegação: Sistema De Comunicação Inter-Veicular: Frenagem De Emergência: Estacionamento Automático Em Vagas Paralelas: Manobra De Veículos Articulados: Controle Inteligente De Veículos Autônomos Pirâmide De Controle Estrutura Dos Diferentes Níveis De Controladores Sistemas De Controle De Velocidade (ACC). Controle Dos Sub-Sistemas Mecatrônicos Controle Do Desvio Lateral Veículos Em Comboio X-By-Wire 11 Freios Pneumáticos Tipos De Projetos, Configurações E Instalação De ABS ABS Para Caminhões (Circuitos Hidráulicos E Pneumáticos) Sistema Pneumáticos De Freios ABS Norma Ece – Anexo 13 “2010” Componentes ABS ASR Unidade Eletrônica Ecu Ciclo Do ABS Diagrama De Freio Pneumático ABS Cavalo Mecânico Aumento De Pressão ABS Cavalo Mecânico Redução De Pressão ABS Cavalo Mecânico Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 15 Conservação De Pressão ABS Reboque Aumento De Pressão ABS Reboque Redução De Pressão ABS Reboque Conservação De Pressão ABS (Painel De Instrumentos) Cavalo Mecânico Evolução Dos Componentes Módulo De Controle Eletrônico, De 1978 A 2003 Configurações: Comercial, Semi-Reboque Caminhões De 7 E 8 Ton Caminhões Médios 13 A 17 Ton 4 X 2 (Sem Válvula Sensível A Carga) Caminhões Semi-Pesado 17 A 26 Ton 6 X 2 (Sem Válvula Sensível A Carga) Bibliografia Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 16 Tópicos fundamentais sobre Sistemas de Freios Introdução – Histórico Teoria Básica Do Freio. Introdução – Histórico Há relatos que os freios hidráulicos não existiam até o inicio do século 20, e os automóveis da época utilizavam cabos metálicos para acionarem o seu sistema de freios. Antes de 1925 os automóveis usavam freios de contração externa, montadas na transmissão ou nas rodas do eixo traseiro, com o propósito de evitar influencia do freio na dirigibilidade. Freio de contração externa com 1. Alavanca 2. Articulação 3. Guarnição única ou em duas peças Esta configuração de freio expunha o material de atrito ao tempo, lama, água e areia, o que prejudicava bastante a sua ação. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 17 A partir de 1927 passaram a ser utilizado os freios com sapatas internas e, a partir desta época verificou-se um acentuado desenvolvimento dos materiais de atrito, junto com a industria fornecedora de pastilhas e lonas. Outros projetos de Freios de contração externa: A necessidade de um atritante que conferisse ao material de atrito boa resistência mecânica e suportasse altas temperaturas redundou à utilização do amianto Após esta etapa, verificou-se maior desenvolvimento com fibras alternativas, com puro propósito de substituir o amianto. Entretanto as características conferidas pelo amianto a consistência do material dificilmente foram encontradas em sua totalidade para um único tipo de fibra. Dessa maneira, a resistência térmica, baixo custo, estabilidade do atrito e facilidade de processamento com equipamentos convencionais, são características encontradas apenas no amianto. Teoria básica do freio. Energia – Conceito Efeito do Peso e Velocidade sobre os freios Energia de Frenagem e a Potência do Veículo Como o tempo afeta a Potência Os fabricantes de freio hoje estão mais preocupados em conhecer mais sobre as leis naturais e físicas que regem o funcionamento do freio; Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 18 1 O torque requerido para 1 frenagem 2 A capacidade de absorção da energia liberada para uma única frenagem. Estas duas condições determinam o projeto matemático para definir qualquer freio. Se um freio é requerido para trabalhar a um regime maior do que a sua própria capacidade, com certeza um ou mais de seus componentes irá falhar. 1 O freio é uma máquina térmica que transforma energia cinética em energia térmica. 2 Seu trabalho é gerar calor a uma taxa controlada e dissipá-lo para a atmosfera. Há dois tipos de energia: Cinética Térmica O veículo, ou qualquer outro corpo pode ter energia potencial ou energia cinética. Se o veículo está parado no topo de um morro, representa que certa quantidade de energia potencial existe. Se nós dermos um empurrão então ele começaria rodar o morro abaixo, a energia potencial começaria a se tornar energia cinética as quais mantém-se aumentando a medida que a velocidade do veículo aumenta. Energia: baseado no peso e velocidade A qualquer momento dado, o veículo representa uma certa quantidade de energia cinética baseado na sua Velocidade e Peso. Se quisermos ir devagar com o veículo conforme vai descendo o morro, nós devemos encontrar uma maneira de absorver a energia cinética. Isto é facilmente feito pela conversão em energia térmica através dos freios e dissipação da energia térmica para a atmosfera Estabelecendo os limites Entretanto, nós devemos ser capazes de fazer isto e controlar a aplicação do freio a uma taxa que nós mesmos consideramos adequada e segura, caso contrário, se o veículo não estiver dimensionado para desenvolver uma frenagem tão rápida, quanto necessária para o momento, certamente vamos estar sob risco de uma falha ou acidente. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 19 Efeito do Peso e Velocidade sobre os freios 1-Energia de frenagem deve ser aumentada à medida que aumenta a massa do veículo. Ex.: Um veículo com 4,6 toneladas precisa de duas vezes de energia de frenagem que necessitaria um veículo com 2,3 toneladas rodando com a mesma velocidade 2 - A cada unidade de tempo a velocidade é quadrática, isto é, a velocidade é multiplicada dois a dois. Energia de Frenagem e a Potência do Veículo Exemplo: 1 HP é a energia requerida para levantar 14.968,8 Kg (33.000 lbs) na altura de 0,3048 m (1 pé) no tempo de 1minuto. Para ver quanto de energia o freio deve absorver, vamos considerar um "trailer" puxado com um caminhão com peso total combinado de 27200 Kg rodando a 96 Km/h. Referência: V1=30Km/h Se o peso é dobrado a energia de frenagem deve ser dobrada Se a velocidade é (2V1)dobrada a eenneerrggiiaa ddee ffrreennaaggeemm ddeevvee sseerr qquuaaddrrááttiiccaa oouu 22xx22 == 44 V2=60Km/h Referência: V1=30Km/h Se o peso e a velocidade são ambos dobrado a energia de frenagem deve ser aumentada em 8 vezes. SSee aa vveelloocciiddaaddee éé aauummeennttaaddaa mmaaiiss uummaa vveezz nnoovvaammeennttee ddaa mmeessmmaa vveelloocciiddaaddee ((VV11xx33 == 33VV11)) aa eenneerrggiiaa ddeevvee sseerr aauummeennttaaddaa ddee 33xx33 == 99 V3=90Km/h Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 20 Usando a fórmula da energia cinética ( 2** 2 1 VME = ), a energia pode ser calculada: M = massa (o peso do veículo dividido pela gravidade de 9,81 m/s²) V = velocidade do veículo em m/s, Substituindo os valores na fórmula: ( ) 2 2 2 7,26* 81,9 27200* 2 1 ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛⋅⋅ ⋅ = smKg s mE ( ) 2 2 2 7,26* 81,9 27200* 2 1 ⎟ ⎠ ⎞ ⎜ ⎝ ⎛⋅⋅ ⋅ = s mKg s mE mKgmKgE ⋅⋅⋅≅⋅⋅⋅= 10000000988308 Se o veículo fosse requerido parar em 1 minuto poderíamos dizer que este valor dividido por 14968,8 x 0,3048, isto é, 4562,5 Kgm (equivalente a 1 HP) resultaria em uma potência de 220 HP. Entretanto, em frenagens de pânico o veículo deve ser parado em 6 segundos ou menos. Seis segundos são 1/10 de um minuto, assim a potência que o freio deve absorver seria de 2200 HP ao invés de 220 HP. Seis segundos são 1/10 de um minuto, assim a potência que o freio deve absorver seria de 2200 HP ao invés de 220 HP. A energia pode ser convertida na forma de calor. Um BTU (British Thermal Unit) é a quantidade de calor necessária para aumentar a temperatura de 0,45 Kg (1 lb) de água de 1,8°C (1 °F). Isto é também equivalente a aproximadamente 0,252 Kcal (778 ft x lb) de ENERGIA. O calor gerado no nosso exemplo de uma única parada é suficiente para aumentar a temperatura de 23,5 Kg de água a partir do ponto de congelamento até a ebulição em 6 segundos. Assim; 0,1781 Kcal/Seg. = 1HP Quantidade de calor gerada para 2200 HP em 6 segundos Q = 0,1781 * 2200 * 6 seg. => Q = 2350 Kcal c = 1 Kcal/Kg * °C Q = m * c * (∆t) m = Q/c*∆ t m = 2350/1 * 100 = 23,5 Kg Massa equivalente a 23,5 Kg de água Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 21 Energia de Frenagem e a Potência do Veículo Freios em cada eixo de veículo são projetados para absorver em torno de 50 a 60 HP continuadamente (veículos pesados).Freios podem realizar este trabalho sem qualquer dano ao material de atrito, tambores e discos ou outros componentes periféricos do freio. Entretanto, quando os freios são exigidos a absorver acima do especificado o material de fricção pode queimar e desintegrar-se, os discos e tambores sofrerão choques térmicos cíclicos, advindo à fadiga térmica e consequentemente as trincas que levam disco e tambores à falha total. Conclusão: 1- Um motor com 100 HP pode acelerar um veículo à velocidade de 96 Km/h em 1 minuto 2- Os freios são exigidos para freiar o mesmo veículo a 96 Km/h em 6 segundos 3-Os freios devem absorver e dissipar energia equivalente a 10 vezes a potência do motor, ou seja, 1000HP. Trabalho para entregar. Devido a forte tendência no mercado de aumentar a capacidade de carga e potência dos veículos, a diretoria de uma montadora local decidiu lançar um novo modelo repotenciado e mais capaz. A concorrência praticamente obrigou a empresa utilizar o mesmo sistema de freios na plataforma antiga sem considerar a velocidade e peso. Característica do veículo: Veículo 1984 Veículo 2000 Velocidade 126 km/h 150 km/h Peso 3170 kg 3500 kg Após 3 meses de lançamento houve reclamações dos usuários com a baixa durabilidade das pastilhas, trincas nos discos e coifas queimadas: CCoommoo oo tteemmppoo aaffeettaa aa PPoottêênncciiaa Potência de 100HP Potência de 100HP Parado um minuto 96 Km/h Potência requerida de 1000HP Potência de 100HP 6 segundos 96 Km/h parada Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 22 - Você como responsável pela empresa fornecedora de freios novos, que argumento usaria para justificar-se junto à montadora? Transformação de Energia Cinética em Energia Térmica <discoquente> - Elementos do desempenho de frenagem. Sistemas de Freios Princípios fundamentais do sistema - Função do sistema de Frenagem. Um veículo é levado para uma rodovia naturalmente pelas forças de tração produzidas pelos pneus. Qualquer força de frenagem, esterçamento ou aceleração deve ser gerada por pequenas áreas de contato do pneu na superfície da pista. Somente forças iguais ou menores do que o produto da força normal e o coeficiente de atrito pneu/pista podem ser transmitidos pela superfície do pneu à roda. Até mesmo um sistema ideal de frenagem não pode utilizar mais tração do que o pneu e a pista possam dar. A operação segura de um veículo motorizado requer um continuo ajuste de sua velocidade para circular nas condições de trafego. Os freios e pneus com o sistema de direção são os mais importantes elementos na precaução de um acidente crítico. Eles devem trabalhar perfeitamente com segurança sob qualquer operação adversa, incluindo pistas escorregadias, molhadas ou secas, quando o veículo estiver vazio ou totalmente carregado, quando a pista é reta ou curva, com pastilhas novas ou totalmente desgastadas (fim de vida), com freios molhados ou secos, Projeto Manufatura Competição Montagem Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 23 quando aplicado por um motorista novato ou experimentado. Quando a frenagem ocorre em pista lisa ou aderente, ou quando o trailer puxar. A utilização geral de um freio pode ser formulada em termos de três funções básicas. O sistema de freio deve prover o seguinte: 1. Desacelerar um veículo até parar. 2. Manter a velocidade do veículo durante a operação de descida de uma ladeira 3. Sustentar o veículo estacionado em uma rampa Desaceleração envolve a transformação da energia cinética ou potencial do veículo em energia térmica. Importantes fatores de engenharia de projeto de freios devem ser inclusos considerando a estabilidade de frenagem, distribuição de forças de frenagem, coeficiente de atrito pneu/pista de utilização, frenagem em curvas, modulação do esforço de pedal, distancia de parada, frenagem em "fade", e desgaste do freio. Manter a velocidade do veículo em descida de serra significa transformar energia potencial em térmica. Importantes considerações devem ser feitas para a temperatura do freio, material de atrito em fade, vaporização do fluido de freio em freios hidráulicos, e ajuste de freios quando forem pneumáticos. Sustentar um veículo estacionado em uma rampa com freio de estacionamento é principalmente um problema de força de transmissão entre a aplicação da alavanca de transmissão e o pneu. Entretanto, desde que um freio de estacionamento pode ser utilizado como freio do veículo em uma parada de emergência, ambos os fatores térmico e dinâmico veículo devem ser considerados pela engenharia de projetos. Importantes fatores de engenharia de projeto de freios devem ser inclusos considerando a estabilidade de frenagem tais como; Distribuição de forças de frenagem, Coeficiente de atrito pneu/pista de utilização, Frenagem em curvas, Modulação do esforço de pedal, Distancia de parada, Frenagem em "fade“ Desgaste do freio Importantes considerações devem ser feitas para a temperatura do freio Material de atrito em fade , Vaporização do fluido de freio em freios hidráulicos, Ajuste de freios quando forem pneumáticos, Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 24 Sustentar um veículo estacionado em uma rampa com freio de estacionamento é principalmente um problema de força de transmissão entre a aplicação da alavanca de transmissão e o pneu A função básica do sistema de freios é reduzir a velocidade do veículo, para manter sua velocidade durante a descida de uma rampa, sustentar um veículo estacionado após ter parado na ausência do condutor e na situação de emergência (Por Ex.: Falha em um circuito do sistema) ser capaz de desacelerar o veículo até parar. Logo, estas funções básicas do sistema devem ser executadas durante uma operação normal dos freios, e para um menor desempenhode frenagem possível, durante uma falha no sistema de freio Consequentemente, freios podem ser agrupados da seguinte forma: 1 Utilizados para toda situação de frenagem normal => designado como freio de serviço, 2 Quando se utiliza a capacidade parcial do sistema de freio devido alguma falha no sistema (sistema secundário) => freio de emergência, 3 Quando o veículo deve ficar estacionado na ausência do motorista=> designado como freio de estacionamento Princípios Fundamentais COMO FUNCIONA O SISTEMA DE FREIOS. Sabemos que os automóveis utilizam no seu sistema de freios o fluido. Sua utilização vem sendo pesquisada e aperfeiçoada desde que o Sr. Blaise Pascal, filósofo, físico e matemático francês, nascido em 19 de junho de 1623, estudou pressões hidráulicas e descobriu fundamentos importantíssimos, denominados “LEIS DE PASCAL”. Uma destas leis diz o seguinte: Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 25 “A pressão exercida sobre um liquido em câmara selada transmite-se por igual em todas as direções”. A proporção adequada na relação esforço de pedal X deslocamento no sistema de freios é de 8:1 CONSIDERAÇÕES DE NATUREZA FÍSICA, PARA O CÁLCULO DO PROCESSO DE FRENAGEM. O funcionamento do freio hidráulico tem por base a aplicação da “Lei de Pascal”. O motor desenvolve uma potência que leva o veículo do estado de repouso até a respectiva velocidade. Essa potência precisa ser total ou parcialmente transformada quando se deseja diminuir a velocidade do veículo ou pará-lo totalmente, tarefa que cabe ao freio. O freio atua no sentido de transformar a energia cinética do veículo em calor, através do atrito. ESQUEMA DE UM SISTEMA DE FREIO CONVENCIONAL Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 26 Considerações de natureza física, para o cálculo do processo de frenagem. Aplicando-se a relação de conforto por eixo Para produzir um dado deslocamento S’ de um volume de fluído requerido para um determinado cilindro mestre. Para freios a Tambor Aplica-se a seguinte relação: Fluido Requerido/Eixo = 8 x S’ x área do cilindro de roda. Tipos de projeto de freios: Disco e Tambor Neste capitulo serão apresentados as vantagens e desvantagens dos projetos usados para freios hidráulicos a tambor e disco. Curso da sapata, desgaste e ajuste, auto energização, auto travamento, e a geração do torque de frenagem serão discutidos. A adoção de equações para compor a geração do torque dos freios a disco e tambor é apresentada Diferentes projetos de freios Freio a tambor As características do tipo de atrito de freios usados em aplicações automotivas podem ser classificadas em radial ou tambor e axial ou freio a disco. Freios a tambor típicos subdividem em banda externa e sapatas de freios externos. Sapatas de freios tipicamente subdividem-se em de acordo com os seguintes arranjos: leading - trailing (guiada - arrastada), two leading, ou freios duo-servo. Os freios a tambor podem ser divididos de acordo com o tipo de ancoragem da sapata em sapatas suportadas por apoio deslizante paralelo ou inclinadas, ou sapatas pivotadas. O suporte de apoio sustenta a extremidade da sapata, o qual permite o deslizamento relativo sobre o apoio fixo. A atuação da sapata de freio pode ser agrupada em cilindro de roda hidráulico, cunha, came, e atuação por alavanca mecânica. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 27 Freio a tambor As classificações básicas de sapatas para freios hidráulicos são ilustradas na figura 21. No caso de montagem sapatas leading-trailing e two-leading cada sapata de freio tem seu próprio suporte ou ancoragem no suporte fixo do freio (espelho). Com o freio duo-servo somente a sapata secundária é ancorada no suporte fixo do freio (espelho), em alguns casos pivotada. A sapata primária é empurrada contra a base da sapata secundária através do qual aumenta o torque efetivo do freio duo-servo. O conceito do arranjo de projeto Guiado-Arrastado. Sapata Primária (Guiada) : Tende a se mover no sentido de rotação do tambor Sapata Secundária (Arrastada) : Recebe a ação do cilindro de roda contrário ao sentido de rotação do tambor. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 28 Sapatas do sistema a tambor. Os freios a tambor podem ser divididos de acordo com o tipo de ancoragem da sapata em sapatas suportadas por apoio deslizante paralelo ou inclinada, ou sapatas pivotadas O suporte de apoio sustenta a extremidade da sapata, o qual permite o deslizamento relativo sobre o apoio fixo Sapata apoio deslizante Sapatas pivotadas Freio a tambor A atuação da sapata de freio pode ser agrupada em cilindro de roda hidráulico, cunha, came, e atuação por alavanca mecânica Tipos de atuação Sistema de freio Tambor: 4 diferentes arranjos de projetos de freios 1. Simplex - Sapatas de freios; 1 Guiada, outra Arrastada 2. Duplex - Sapatas de freios; 2 Guiadas ou, (depende do sentido)2 Arrastadas 3. Duo-Duplex - Sapatas de freios; 2 Guiadas ou, (indep. do sentido)2 Guiadas 4. Duo-Servo - Sapatas de freios; 1 Guiada, 1 Duplamente guiada. (indep. do sentido) cilindro de roda hidráulico cunha came alavanca mecânica Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 29 1. Simplex - Sapatas de freios; 1 Guiada, outra Arrastada É a configuração mais simples adotada de freio a tambor. Ao inverter o sentido de rotação do tambor, a sapata secundária passa a ser primária e a primária, passa a ser secundária 2. Duplex - Sapatas de freios; 2 Guiadas ou, (depende do sentido)2 Arrastadas Possui dois cilindros de roda Cada um aciona uma das sapatas de maneira simultânea, e de tal forma que em um sentido de rotação do tambor, ambas são primárias e, no sentido oposto, as duas são secundárias. 3. Duo-Duplex - Sapatas de freios; 2 Guiadas ou, (indep. do sentido)2 Guiadas Possui 2 cilindros de roda, que aplicam forças simultâneas nas sapatas de tal forma que o comportamento do sistema independe do sentido de rotação do tambor. 4. Duo-Servo - Sapatas de freios; 1 Guiada, 1 Duplamente guiada. (indep. do sentido) Possui apenas 1 cilindro de roda A força aplicada na sapata primária recebe a reação do tambor que é transferida para a sapata secundária. Essa reação soma-se à própria ação do pistão na sapata secundária, provocando assim um maior desgaste na sapata secundaria Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 30 A peça dos componentes básica do projeto do freio duo-servo é ilustrada na figura 23. A força de reação da sapata primária na base da sapata é usada como a aplicação de força na sapata secundária atuando através do mecanismo de regulagem. A principal vantagem do freio duo- servo é o seu alto torque de frenagem ou alto fator de freio para uma dada força de entrada do cilindro de roda empurrando a sapata separadamente. A maior desvantagem do projeto do duo- servo é sua alta variação de torque de frenagem para pequenas variações no coeficiente do material de atrito. Por exemplo, coeficiente de atrito da lona aumenta 15% devido a umidade, condições térmicas, ou outros fatores operacionais podem afetar o torque resultante aumentandona faixa de 40% a 50%. Este aumento drasticamente desproporcional no torque do freio traseiro pode causar travamentos prematuros no freio traseiro e, assim, a perda total da estabilidade durante a frenagem. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 31 Freios a tambor têm predominantemente aplicação para sistemas de freios pneumáticos em veículos médios e pesados, veículos tratores, trailers na América. Acima de 90% dos veículos pesados equipados com freios pneumáticos usam o projeto atuado por S-came ou cunha. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 32 Os freios S-Came usam o projeto de sapata leading-trailing .As sapatas são aplicadas mecanicamente pela rotação do came elaborado na forma de um S, desta maneira são chamados de freio S-Came. Um típico projeto de S-Came para ser instalado em eixos de trailers é mostrado na figura 24. Sua principal parte é: leading (lado de cima) e trailing (base) da sapata, S-came, alavanca automática ajustavel (automatic slack adjuster), e câmara pneumática de freio. Figura 24 – Freio a tambor pneunático Fator de Freio Relação entre a força exercida pelo cilindro de roda na sapata e a força que a sapata exerce na parede do tambor. C*Ft/N ForçadaAumento f FFreiodeFator ⋅⋅⇒⋅=⋅⋅ Fator de freio para freio simplex 0,0 1,0 2,0 3,0 4,0 5,0 6,0 0 0,1 0,2 0,3 0,4 0,5 0,6 0,7 Nivel de atrito lona fa to r d e fr ei o co rr es po nd en te secundaria Primária Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 33 Figura 8 – Grafico do fator de freio. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 34 Freio a disco Há dois tipos de freio a disco disponíveis atualmente; 1. tipo fixo 2. tipo flutuante FREIO À DISCO COM CÁLIPER DO TIPO FIXO Um típico projeto de Freio a disco é ilustrado na figura 26. O rotor ou disco roda através de um caliper. O embolo força as pastilhas contra o disco e produz o torque do freio. O projeto de um caliper fixo é ilustrado na figura 27. O caliper é solidamente fixado no suporte, o qual possui dois ou quatro êmbolos que empurram as pastilhas. Freios a disco fixos possuem desgaste entre pastilhas internas e externas mais balanceadas com menos desgaste cônico do que os projetos de pinças deslizantes. Eles não requerem ancoragem ou articulação integral no suporte da pastilha. Eles são instalados com elementos de fixação padrão, não possui buchas, olhais ou suporte para prender molas, e necessitam de pouca manutenção. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 35 Um típico projeto de Freio a disco deslizante é mostrado na figura 28. Somente um ou dois êmbolos são usados no lado interno. A pressão hidráulica empurra o embolo e a pastilha contra o disco e simultaneamente o êmbolo da carcaça empurra em direção oposta aplicando a pastilha externa contra o disco. Freios a disco deslizante oferecem um grande número de vantagens sobre o projeto de pinça fixa. Eles são facilmente instalados no espaço disponível das rodas porque não possuem embolo no lado externo do freio. Eles estão menos sujeitos ao aquecimento do fluido de freio quando da operação do que a pinça fixa, desta maneira existe menor risco potencial de vaporização do fluido de freio, quase sem pontos de vazamentos, e de fácil manutibilidade quando é necessário executar a sangria. Outro típico projeto de Freio a disco deslizante é mostrado abaixo. Somente um ou dois êmbolos são usados no lado interno. Carcaça perfil barra de reação (Reaction Beam) Freios a disco deslizante oferecem um grande número de vantagens sobre o projeto de pinça fixa. 1. Eles são facilmente instalados no espaço disponível das rodas porque não possuem embolo no lado externo do freio; 2. Eles estão menos sujeitos ao aquecimento do fluido de freio quando da operação do que a pinça fixa; 3. Em conseqüência da anterior existe menor risco potencial de vaporização do fluido de freio; Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 36 4. Quase sem pontos de vazamentos; 5. Fácil manutibilidade quando é necessário executar a sangria. As maiores desvantagens do freio a disco deslizante são o potencial torque residual gerado devido o insuficiente retorno das pastilhas porque uma única gaxeta de um embolo deve prover folga suficiente para as duas pastilhas. Há um aumento potencial na ocorrência do squeal (ruído) devido ao grande numero de graus de liberdade deste projeto quando comparado com projeto de pinças fixas, e ainda em alguns projetos a eficiência é reduzida devido à corrosão das superfícies deslizantes. Atualmente todas as pinças modernas possuem a buchas guias seladas e lubrificadas para inibir contaminação e corrosão. Os problemas citados tendem a ser mais pronunciado para freios a disco com êmbolos maiores do que 2 ou 2,25 polegadas no diâmetro. Caminhões para cargas médias nos E.U.A geralmente usam freios à disco nas quatro rodas em conexão com sistema pressurizados hidraulicamente. VARIANTES CONSTRUTIVAS DE CÁLIPER E DISCO DE FREIO: O projeto de Freio a Disco quanto ao arranjo Guiado - Arrastado Freios a disco deslizante devem ser montados verificando o sentido de rotação do disco para manter o arranjo do lado guiado e arrastado correto conforme estabelecido no projeto. Dependendo do lado de instalação do suporte fixo, as folgas de montagem entre sede da pinça e pino do suporte, devem seguir rigorosamente as dimensões especificadas no desenho do produto. O lado guiado possue uma folga de montagem mais justa, enquanto que o arrastado possue maior folga. Durante a montagem há ações especificas para evitar a montagem invertida entre a pinça e o suporte. A ocorrência deste erro pode provocar a falha do sistema com a quebra do suporte. Os sistemas de freio à disco podem ser divididos em 2 grandes grupos quanto à configuração construtiva do cáliper ou popularmente conhecido como “pinça de freio”. A “pinça de freio” é a parte que contém o(s) êmbolo(s). No cáliper ficam alojadas nas pastilhas de freio. A força gerada pelo êmbolo é transmitida às pastilhas que atuam no disco de freio proporcionando um torque de frenagem. Os freios à disco foram projetados para equipar os freios das rodas dianteiras dos veículos, mas devido à sua eficiência, praticidade e baixo custo de manutenção estão sendo, também, largamente empregados nos freios das rodas traseiras dos veículos, como também em veículos de médio e grande porte. O primeiro grupo de freio à disco é o tipo Fixo. O segundo grupo é chamado de freio à disco tipo Flutuante. As vantagens, configuração e aplicação destes tipos de freio serão examinadas a seguir. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 37 O rotor, ou popularmente conhecido como disco de freio, é dividido basicamente em dois grupos: tipo Ventilado ou tipo Sólido. Freio a disco Deslizante: Desvantagens As maiores desvantagens do freio a disco deslizante são: 1. O potencial torque residual gerado devido o insuficiente retorno das pastilhas porque uma única gaxeta de um embolo deve prover folga suficientepara as duas pastilhas. 2. Há um aumento potencial na ocorrência do squeal (ruído) devido ao grande numero de graus de liberdade deste projeto quando comparado com projeto de pinças fixas, e ainda em alguns projetos a eficiência é reduzida devido à corrosão das superfícies deslizantes. 3. Atualmente todas as pinças modernas possuem buchas guias seladas e lubrificadas para inibir contaminação e corrosão. Obs: Os problemas citados tendem a ser mais pronunciado para freios a disco com êmbolos maiores do que 2 ou 2,25 polegadas no diâmetro. Caminhões para cargas médias nos E.U.A geralmente usam freios à disco nas quatro rodas em conexão com sistema pressurizados hidraulicamente Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 38 - FREIO À DISCO COM CÁLIPER DO TIPO FIXO Este conjunto é constituído por uma estrutura sólida fixada por parafusos. E caracterizada por um circuito hidráulico longo. Na configuração de cáliper do tipo fixo, existem êmbolos dos dois lados do disco de freio, razão pela qual o circuito hidráulico é mais elaborado. Neste tipo de freio à disco a sangria é mais difícil de ser realizada, devido à configuração do circuito hidráulico dentro da carcaça do cáliper. Este circuito fica mais suscetível a entrada de ar. Em conseqüência de o sistema ser composto por uma estrutura sólida e de difícil acesso às pastilhas, a manutenção é mais trabalhosa. Utilizando a montagem do tipo fixo, minimiza-se a possibilidade de surgir ruídos durante a frenagem, já que a estrutura fixa é mais robusta e não está sujeita a vibrações provenientes da união de uma ou mais peças. Também devido à um conjunto maior, é esperado que o custo deste sistema seja alto. Embora não faça parte do escopo deste trabalho discutir sobre as pastilhas, as mesmas podem ser ancoradas ao cáliper ou “pinadas”. Uma vantagem proporcionada pelo sistema de freio tipo fixo é que o desgaste das pastilhas internas e externas é mais homogêneo. O cáliper de freio do tipo fixo possui pistões de ambos os lados do disco, proporcionando um torque residual de frenagem muito baixo, comparado com o outro sistema que será visto posteriormente. Isto ocorre porque os êmbolos possuem gaxeta quadrada de ambos os lados, permitindo o retorno rápido do êmbolo, chamado de roll back, assim que a pressão da linha é reduzida em conseqüência do alívio do esforço no pedal realizado pelo motorista. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 39 A figura abaixo ilustra um freio do tipo fixo com 2 êmbolos de cada lado (C). Também é possível perceber que o cáliper é formado por uma única estrutura rígida. Devido às características mencionadas anteriormente, os freios do tipo fixo são utilizados em aplicações que necessitem alto desempenho ou veículos que demandem alta energia de frenagem. FREIO À DISCO COM CÁLIPER DO TIPO FLUTUANTE Uma outra variação construtiva que passa a ser discutida agora é o freio à disco do tipo Flutuante ou Deslizante. Nesta configuração de freio, existe um êmbolo de apenas um lado do disco, normalmente do lado interno. Ao contrário do sistema tipo Fixo, que foi abordado no item anterior, o cáliper não é formado por uma peça única. A pinça de freio é composta por uma peça popularmente chamada de punho, que ancora a pastilha de freio do lado oposto ao êmbolo. O cáliper propriamente dito é uma peça que complementa o punho. O acionamento do freio ocorre de maneira similar ao sistema do tipo fixo. Entretanto, devido à ausência de êmbolo nos 2 lados do disco, existem particularidades. O êmbolo aciona a pastilha interna contra o disco de freio, ocorrendo um movimento de reação que empurra a carcaça para trás, puxando a pastilha externa contra o disco. A figura a seguir ilustra o funcionamento do freio tipo flutuante. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 40 Esta configuração construtiva possui a vantagem de poder ser instalada em espaços reduzidos, e sendo relativamente leve. O fato do punho não ser ancorado na lateral ocasiona um desgaste irregular da pastilha interna em relação a externa, principalmente em veículos leves. O deslocamento relativo do punho e do cáliper (lado do êmbolo) é guiado por uma haste que possui acabamento superficial elevado, com a finalidade de reduzir atritos. Estas guias podem ser do tipo seladas ou com guias abertas. As guias seladas permitem utilização de pastilhas com formatos diferentes no lado interno e externo, com a desvantagem de permitir entrada de sujeira, que ocasionam aumento do arraste (torque residual). As guias seladas permitem um funcionamento sempre isento de atrito. O torque residual nestes freios é maior, se comparado com o sistema de freios do tipo Fixo. Isto ocasiona um arraste maior. Este arraste corresponde ao intervalo de tempo em que o motorista liberou o pedal, mas a pastilha de freio ainda esta em contato com o disco gerando atrito e um torque residual de frenagem. Na figura a seguir pode se observar a haste guia, o punho, o êmbolo e o sangrador, que corresponde ao conjunto completo de um sistema de freio do tipo flutuante. Atualmente, o freio a disco do tipo flutuante é o mais utilizado comercialmente, principalmente devido às suas dimensões reduzidas e a boa relação custo X benefício. A partir de agora, será analisado o tipo de rotores disponíveis atualmente, que podem ser do tipo ventilado ou sólido. O tipo de rotor a ser utilizado esta basicamente ligado a dois fatores: custo objetivo e desempenho de frenagem requerido. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 41 Freio a Disco Pneumático Freios a disco pneumáticos usando projeto de pinças deslizante são ilustrados na figura 29 mostrando o disco ventilado, mecanismo de acionamento blindado, alavanca automática de ajuste, e câmara pneumática. A rotação da alavanca automática de ajuste (slack adjuster), gira uma espiga com rosca, o qual cria um deslocamento axial forçando as pastilhas interna e externa contra o disco. Abrindo-se com giro a pinça a troca das pastilhas é feita com facilidade. Tipo com alavanca automática de ajuste com deslocamento axial Tipo com alavanca de atuação direta no caliper Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 42 A rotação da alavanca automática de ajuste (slack adjuster), gira uma espiga com rosca, o qual cria um deslocamento axial forçando as pastilhas interna e externa contra o disco. Abrindo-se com giro a pinça a troca das pastilhas é feita com facilidade. DISCO DE FREIO SÓLIDO Há dois tipos de rotores disponíveis atualmente; 3. tipo sólido 4. tipo ventilado O rotor sólido tem uma capacidade limitada de absorver a energia liberada durante uma frenagem. A falta de um sistema, ou mecanismo adequado, para facilitar a troca de calor com o meio (ar) faz com que este sistema tenha desempenho de frenagem reduzido, isto porque após frenagens seguidas, o disco já não consegue mais liberar a energia absorvida (rejeitar calor) e perd e a capacidade de frenagem, ocasionando o “fading” e o aumento da distância requerida para frenagem. A vantagem deste tipo de rotor esta na facilidade de fabricação. A simplicidade do processo de fabricação garante um baixo custo do produto final. Na figura acima, um rotor do tipo sólido, sem qualquer mecanismo adicionalque auxilie na troca de calor com o meio. • Disco ventilado, • Mecanismo de acionamento blindado, • Alavanca automática de ajuste, • Câmara pneumática. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 43 DISCO DE FREIO VENTILADO Os rotores do tipo ventilado podem contar com diversos mecanismos, para auxiliar a troca de calor com o meio. Devido a essa alta capacidade de troca de calor, é o sistema de melhor performance para competição, embora também utilizado em automóveis de produção. Não é o objetivo deste capitulo discutir seus diferentes materiais. A Wilwood produz mais de 120 tipos de geometrias diferentes para rotor do disco. Basicamente, são 3 as geometrias: a) rotores que se assemelham aos rotores de uma bomba, rodando para sugar ou expulsar o ar (mais utilizados em competições); b) rotores com palhetas retas (mais utilizados na rua); c) rotores com pinos. Cada uma das diferentes geometrias desempenha bem sua função para um dado custo de produção. Porém, a maioria dos rotores para freios de competição se assemelha aos rotores de uma bomba. A função principal dos furos nos discos é a de redução de peso. De acordo com a Wilwood e a Brembo, os furos atrapalham a refrigeração e diminuem a vida do disco. Já os canais ou trilhos no disco apareceram no tempo em que amianto ainda era usado como material de atrito. Este e materiais orgânicos tendem a se “esfarelar” e sujar o disco, diminuindo assim sua performance. Os canais limpam estes restos de pastilha que sobram no disco. Canais e furos se tornaram populares para uso na rua simplesmente por seu valor estético. Os elementos chave para desenvolver um rotor de alta performance são: a) o diâmetro do rotor; b) a resistência do material ao contínuo processo de aquecimento e resfriamento; c) a estabilidade do material a choques térmicos; d) eficiência do rotor na dissipação de calor causada pelo atrito entre disco e pastilha; e) fazer o rotor o mais leve possível para reduzir massa não suspensa e massa girante. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 44 FADIGA TÉRMICA. TRINCAS TÉRMICAS E CHOQUE TÉRMICO A frenagem proporcionada por um sistema de freios a disco induz esforços mecânicos e térmicos no rotor. Ocorrem os seguintes gradientes de temperatura no rotor devido a frenagem. • Diferença de temperatura circunferencial, devido ao resfriamento do disco a partir do término do contato da pastilha, até que se inicie o contato novamente: • Diferença de temperatura do centro até a extremidade da espessura, devido ao resfriamento mais lento do núcleo e o resfriamento superficial mais rápido (sentido transversal do disco). <<ddiissccooqquueennttee11>> A figura abaixo mostra como a temperatura varia em 4 pontos diferentes (A, B, C e D) em função do tempo. Pode-se notar que após um determinado tempo todos os pontos atingem a mesma temperatura e passam a ter a mesma variação. Antes deste ponto a temperatura varia diferentemente para cada ponto. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 45 A primeira figura mostra a deformação em escala, que aparece no disco após ser submetido aos esforços de frenagem. A segunda figura mostra as tensões residuais que surgem no disco durante resfriamento. A última figura mostra o surgimento da trinca após frenagem. Estes gradientes de temperatura induzem esforços ou tensões no disco. As maiores tensões que podem ser induzidas ao disco devido este gradiente de temperatura é a tensão induzida por aquecimento seguido de rápido resfriamento, que pode ocorrer dependendo das condições de dirigibilidade. Dois fenômenos térmicos levam ao surgimento de tensões residuais e esforços no disco, ocasionando trincas: Choques Térmicos; que pode ocorrer tanto por aquecimento excessivo quanto no aquecimento seguido por resfriamento brusco em uma única freada; Fadiga Térmica; ocorre após diversos ciclos de aquecimento e resfriamento severos, resultando em tensões residuais que excedem o limite de resistência do material do disco. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 46 Abaixo, uma figura exemplifica o mecanismo de formação da trinca no disco de freio. A análise do mecanismo do aparecimento trincas a partir de tensões residuais mostra que um dos principais requisitos que um disco de freios deve possuir é uma alta condutibilidade térmica. Desta maneira, pode-se reduzir os gradientes de temperatura entre a superfície e o interior do disco. No gráfico a seguir, pode-se notar que quanto maior a condutibilidade térmica do material, menor será o comprimento da trinca, comprovando a afirmação anterior. Um dos métodos utilizados para aumentara condutibilidade térmica e conseqüentemente o aparecimento de trinca no Fofo cinzento e a adição de Carbono. Entretanto, quando se aumenta a quantidade de Carbono no Fofo cinzento, perde-se a uma característica desejada que é a resistência mecânica. O gráfico abaixo evidencia o aumento da condutibilidade térmico do material com a adição de Carbono. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 47 Adicionando elementos de liga ao material, como por exemplo, Vanádio, Cromo e Molibdênio podem-se aumentar a resistência do Fofo cinzento, porém a adição destes elementos causa um efeito contrário ao do Carbono, ou seja, reduzem a condutibilidade térmica do material. Portanto, é necessário adicionar um destes elementos de liga na menor quantidade possível. Existe um compromisso entre resistência mecânica e condutibilidade. A composição química do material que consegue satisfazer a estas necessidades só pode ser determinada empiricamente. A tabela seguir mostra a composição de vários materiais testados e suas respectivas propriedades físicas e mecânicas. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 48 Para determinar a melhor composição química um teste foi proposto no Paper: “Development of High Thermal Conductivity Cast lron for Brake Disk Rotors”. Utilizou-se o disco de freio do veículo Nissan 300ZX, com diâmetro de 280 mm e espessura de 30 mm. Os discos de freio foram fabricados com as características de cada material proposto na tabela da página anterior. Os demais parâmetros do teste eram: rotação do disco correspondente a uma velocidade do carro de 260 Km/h. Desaceleração do disco equivalente a uma desaceleração no veículo de 0,2 g. Foram realizadas 100 desacelerações nestas condições. Após a conclusão do estudo realizado, foram feitas análises dos discos de freio e comparado com a composição química dos mesmos. Todos as propriedades do disco foram analisadas e chegou-se a seguinte conclusão: Não há relação entre a resistência do material e a formação de trincas; Rotores fabricados com Fofo de alta condutibilidade térmica ao acrescentar Molibdênio em uma certa quantidade reduziam o comprimento da trinca, porém este efeito reduzia quando se aumentava a quantidade e iniciava formação de bainita na matriz da estrutura; Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 49 A composição ideal do Fofo para um disco de freio com diâmetrode 260 mm e espessura de 30 mm é a seguinte: Carbono 3,7 a 4% Silício :1,4 a 2% Molibdênio 0,5 a 0,6% Na figura a seguir, pode-se ver claramente uma trinca provocada por choque térmico, em função de superaquecimento do material do disco. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 50 MONTAGEM E MANUTENCÀQ DE DISCOS DE FREIO. A manutenção do sistema de freios a disco compreende a verificação e, quando necessário, efetuar a substituição de componentes que possuem desgaste. Devido a importância que o sistema de freios possui no automóvel, deve-se observar o seguinte: 1 - Substituir os discos de freio quando atingirem as espessuras mínimas, que varia em função do fabricante e do modelo do disco de freios. A partir da espessura mínima, o disco não tem mais condições de garantir os requisitos especificados em projeto; • Verifique se os discos estão empenados, se apresentam sulcos empenamento na superfície, ou ainda, rebarbas nas suas borda Verifique também a espessura dos discos. • Se houver sulcos, espelhamento ou rebarbas na superfície d disco, deve-se então retificá-lo para que haja um perfeito assentamento das pastilhas. Este processo também vai evite ruídos e desgaste excessivo e irregular das pastilhas. 2- Na troca de pastilhas sempre substituir ou retificar os discos de freio, para garantir o paralelismo entre as faces e também assegurar que também que a área de contato da pastilha com o disco seja preservada; 3 - A espessura dos discos de freio do mesmo eixo deve ser igual para garantir que o curso no pedal não aumente em função d deslocamento do cilindro de roda um pouco maior em um dos lados assegurando uma torque de frenagem homogêneo em ambos os lados; 4-Trocar sempre os discos de freio e as pastilhas de freio do mesmo eixo, pois a força de frenagem, varia em função do material de atrito; 5- Lavar os discos de freio com desengraxante antes de ser montado no veículo, para garantir que o coeficiente de atrito entre o disco e a pastilhas seja suficiente para proporcionar o torque de frenagem requerido; 6 - Limpar as faces de contato entre o disco de freio e o cubo, como indicado na figura, retirando todas as oxidações e rebarbas da face de encosto do cubo. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 51 7-Evitar contaminar a superfície dos discos e das pastilhas de freio durante o manuseio. O disco de freio suporta, durante as frenagens altas temperaturas e esforços mecânicos extremos, O uso de discos de freio com espessura abaixo da mínima especificada pelo fabricante poderá ocasionar sérios problemas, como: • Maior possibilidade de superaquecimento dos freios devido á menor quantidade de material; • Menor resistência mecânica da peça, podendo ocorrer empenamento, trincas ou até mesmo a quebra total do disco de freio; • Travamento do êmbolo da pinça de freio. O aparecimento de vibrações no veículo durante as frenagens não está relacionado somente aos discos de freio, há outras causas listadas a seguir, que contribuem para o problema da vibração: Após montado no veículo, a oscilação máxima (paralelismo) permitida no conjunto disco /cubo /rolamento não deve exceder aos seguintes valores: Automóveis: 0, l0 mm. Pick-Up (A/C/D - 10/20, F-1000, F-4000, etc): 0,13 mm Para realizar esta medição, deve-se fixar o disco de freio ao cubo (com os próprios parafusos da roda) e encostar a ponta de contato do relógio comparador 5 mm abaixo da borda do disco de freio. Girando a face do disco, faz-se a leitura do relógio comparador, como indicado na figura: • A folga axial nos rolamentos das rodas não deve exceder a 0,054mm, caso contrário deverão ser substituídos ou se for possível reparados. Para medir a folga axial nos rolamentos de roda, deve-se empurrar o cubo para trás, encostando a ponta de contato do relógio comparador no centro da face do cubo, puxando o rolamento para frente e fazendo a leitura, como indicado na figura: Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 52 • A oscilação lateral (paralelismo) do cubo não deve exceder a 0,05 mm. Para medir a oscilação lateral do cubo, encoste a ponta de contato do relógio comparador próximo a sua borda. Deve- se girar o cubo de roda e fazer a leitura, como indicado na figura abaixo. • Aplicação ou montagem incorreta dos rolamentos: • Impurezas na face de encosto do disco e cubo; • Desbalanceamento das rodas; • Problemas na suspensão; • Freio traseiro com tambor ovalizado, que não é objeto de estudo deste trabalho. Outro cuidado que deve ser tomado pelo usuário do veículo é com relação ao fluido de freio, O fluido de freio é basicamente uma composição de etileno-glicol, e não óleo, como muitos leigos imaginam. O fluido de freio tem uma característica higroscópica, ou seja, pode absorver Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 53 água. A substituição do fluido de freio deve ser feita periodicamente. A periodicidade varia em função das condições de uso do veículo. Em uso severo, a troca deve ser feita no período de 1 ano. Consultando o manual de serviço de uma montadora de automóveis, descobrimos que o prazo recomendado para troca é de 2 anos, A seguir será exemplificado o procedimento de troca das pastilhas de freio e do fluido utilizado em oficinas de reparo. Mais a frente será discutido o processo de montagem do sistema de freios em uma linha de montagem. • Retire a tampa do reservatório do fluido de freio e coloque um pano limpo e que não solte fiapos. Isso parque na movimentação das pinças, quando se retiram às pastilhas, pode espirrar um, pouco de fluido para fora. Não deixe cair fluido de freio na pintura, pois é corrosivo. • Em alguns casos, a fixação das pastilhas dentro da pinça de freio pode ser feita por pinos de sustentação (Fusca, por exemplo). Estes pinos seguram as pastilhas dentro da pinça, Para retirar os pinos, use um pequeno martelo e um punção (de diâmetro parecido ao do pino). Antes, porém, observe a existência de algum arame, ou outro elemento de fixação que pode estar preso aos pinos. Estes elementos de fixação podem ser removidos usando uma pequena chave de fenda. Veja a posição ideal para liberar os pinos (que saem batendo com o punção e martelo), que deve ser no sentido do seu lado mais fino para o mais grosso, caso contrário eles não saem. Retire a mola em cruz que dá pressão ás pastilhas. • Com isso, as pastilhas podem ser retiradas com as mãos ou com auxilio de alicate. Com as pastilhas já retiradas, aproveite para limpar a parte interior da pinça de freio, removendo o pó acumulado. Use um pincel ou mesmo jatos de ar comprimido. Cuidado com os olhos e evite fumar durante a operação, pois a fuligem das pastilhas de freio, em alguns casos, pode ser prejudicial à saúde. Evite aspirar esta fuligem. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 54 • Com tudo limpo, observe o estado das peças em geral e, sobretudo do disco de freio. Muitas vezes, principalmente quando a troca de pastilhas foi muito adiada, o disco de freio pode ter sofrido um desgaste acentuado. Observam-se então, riscos acentuados ou até mesmo empenamento, que só poderão ser resolvidos através de uma retifica, ou em casos extremos, até mesmo sua troca completa. • Como as pastilhas novas têm maior espessura,é preciso recuar o(s) pistão (ões) da pinça, usando uma chave de fenda grande. Introduza a chave de fenda no interior da pinça e faça uma alavanca entro a pinça e o pistão. Um pouco de força e o pistão já está recuado deixando espaço para as novas pastilhas. • Antes, porém, é aconselhável limpar as bordas da pastilha nova para facilitar sua movimentação dentro da pinça. Isso também evite ruídos e diminui o tempo de assentamento da pastilha e do disco Morte as pastilhas, coloque os pinos, molas e os grampos. Em caso de dúvida na montagem, podo se observar a roda oposta (que ainda não foi desmontada). • Em alguns tipos de freio, principalmente em carros mais atuais, pinça de freio pode ser do tipo flutuante. Sua manutenção é muito fácil. A pinça, neste caso, é constituída por duas partes; um corpo fixo preso à suspensão, que serve de sustentação para a parte móvel. Esta por sua vez, contém as pastilhas de freio e o(s) pistão (ões), que, por serem móveis, comprimem as pastilhas contra o disco de freio. • Para desmontá-la observe sua fixação e construção. Em gera existem dois grandes parafusos (em geral de 15 a 19 mm) que prendem todo o conjunto a suspensão e dois parafusos menores (que podem ser de pequenas dimensões, tipo 10, 13 mm ou mesmo Allen). Estes pequenos parafusos prendem as partes móveis com a fixa, unindo as duas partes da pinça. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 55 • Antes de retirar a parte móvel da pinça (soltando os parafusos pequenos), observe a existência de algum tipo de trava. Arame, grampos e outros tipos devem ser removidos usando uma pequena chave de tenda. Retire os parafusos, puxe a parte móvel da pinça (pode-se dar leves pancadas com o cabo de um martelo) e retire as pastilhas. Depois de limaras bordas da pastilha nova, é preciso recuar o(s) pistão (ôes). Para isso, prenda novamente a parte móvel da pinça (sem pastilhas), introduza uma chave de fenda grande e recue o(s) pistão (ões). Retire novamente a parte móvel, introduza as pastilhas novas e remonte tudo. Não esqueça das travas, grampos ou arames (se tiver). • Agora, aproveite para trocar o fluido de freio. Leia com atenção o manual do proprietário e observe a periodicidade da troca. Em geral, deve-se trocar o fluido de freio a cada ano, ou 10.000 km. Escolha marcas conhecidas, ou as recomendadas pela montadora do seu automóvel. Não faça economia e, de preferência, escolha os fluidos de classificação Dot 3 ou Dot 4. Em especial, pode-se encontrar algum fluido de freio com denominação Dot 5, importado. • Comece o serviço pela roda mais distante do cilindro mestre, em geral a traseira direita. Coloque uma pequena mangueira no bico do sangrador e abra-o (soltando-o), usando uma chave de boca de pequena dimensão (de 8 mm, geralmente). Peça para um ajudante bombear o pedal de freio, enquanto o reservatório do cilindro mestre deverá ser abastecido com fluido novo, Ao término desta operação será caracterizada quando, pela mangueira ligada ao sangrador, sair fluido novo, ou seja, fluido de cor mais clara, O fluido de freio velho tem cor escura. • Depois que o circuito já estiver lavado (saindo fluido de freio novo), feche o sangrador, peça para o ajudante bombear o pedal e, depois, segurá-lo acionada. Então abra o bico sangrador. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 56 Refaça esta operação (bombear o pedal com o sangrador fechado, segurar o pedal pressionado até o fundo, abrir e fechar o sangrador), até que não existam mais sinais de bolhas de ar. Cuidado, pois o sangrador é uma peça frágil e que pode se romper quando muito apertada. Refaça esta lavagem-sangria em todas as demais rodas restantes, deverão passar pelo mesmo procedimento, sempre partindo da roda mais distante até a mais próxima em relação ao cilindro mestre. Atenção especial ás pinças de freio duplas, inexistentes em carros nacionais, mas comum em importados, principalmente nos esportivos. A pinça de freio tipo fixa apresenta dois sangradores. Neste caso é preciso fazer sangramento nos 2 circuitos. MONTAGEM DO SITEMA DE FREIOS: Em uma montadora de automóveis, a montagem procede da seguinte maneira a tubulação, cáliper, disco de freio, booster, reservatório de fluido, cilindro mestre e pedaleira se encontram separados ao redor da linha. À medida que o carro vai percorrendo a linha de montagem estes componentes serão montados. O primeiro componente a ser montado na carroceria é o Booster que está fixado ao cilindro mestre. O reservatório de fluido também se encontra fixado ao cilindro mestre. A tubulação de freio ainda não é instalada neste momento. A seguir será instalado o disco de freio, sem o cáliper. O disco de freio é apoiado na flange do cubo de roda e é pré-fixado por uma arruela que entra por atrito no parafuso prisioneiro do cubo de roda e sustenta o disco até que o cáliper seja instalado dando sustentação para o conjunto. Nas próximas operações serão instalados os cálipers com os tubos flexíveis que se unem aos tubos rígidos que são montados na carroceria. Os cálipers já possuem as pastilhas montadas de freio. Paralelamente vai sendo montado o conjunto de freios traseiros, que não será detalhado por não fazer parte do escopo deste trabalho. Ao fim do processo de montagem, quando o sistema de freio estiver completamente montado, o sistema de freios deve receber o fluido e efetuar a sangria. Esta operação é realizada em uma máquina chamada multi-sangrador, que tem a função de encher o sistema com o fluido de freio, realizar a sangria e verificar se existem vazamentos no sistema. Um tubo flangeado é conectado ao reservatório do fluido de freio. Este tubo flangeado possui duas mangueiras na extremidade. Uma mangueira que fornece o óleo e outra mangueira que é responsável por criar uma depressão (vácuo) em todo o sistema de freios. No início do processo a máquina cria uma depressão em todo o sistema, ou seja, um vácuo que deve ser constante após um intervalo de tempo. Se este vácuo não se estabilizar será um sinal que o sistema esta se comunicando com a atmosfera em algum lugar e o carro deverá ser segregado. Se o vácuo se estabilizar, o processo continua, iniciando o fornecimento de óleo ao sistema. Ao final do processo o operador é avisado por meio de um aviso sonoro que a operação esta completa. Desta maneira, pode-se retirar o ar existente na tubulação e ao mesmo tempo fornecer óleo ao sistema. Esta operação tem duração de aproximadamente 1 minuto. Dimensionamento / Desenvolvimento / Freios Convencionais e o ABS / Brake by Wire e o Sistema de Freios Seguro em Veículo Inteligente. Raszlg setembro/ 2008 57 SUBSTITUIÇÃO DAS PASTILHAS DE FREIO PARA DISCOS SÉRIE “V” Pick-ups D-20 e F1000. 1. Após a remoção das rodas dianteiras, solte o parafuso sangrador da pinça e engate no mesmo uma mangueira ligada a um recipiente para captar o fluido de freio que se escoará. Em seguida utilizando um grampo “C” retroceda os êmbolos da pinça, conforme demonstra a fig. 2. 2. Remova o grampo de retenção e o pino trava, para que ao levantar a pinça possa retirar manualmente as pastilhas de freio usadas,conforme a fig. 3. 3. Executada a limpeza ou os serviços necessários no disco de freio e na pinça, instale as pastilhas novas no suporte fixo e retorne a pinça á sua posição de trabalho colocando o pino trava levemente lubrificado, conforme a fig. 1. 4. Antes de instalar o grampo de retenção no pino trava certifique-se de que as guias arredondadas das pastilhas internas estejam bem encaixadas em seu alojamento no suporte, caso contrário a pinça deverá ser novamente deslocada para reposicionar as referidas pastilhas.
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