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Aula 9 – Modelos Diversos UNIDADE 3 – ESQUADRIAS ESPECIAIS 81 Aula 9: Modelos Diversos Nesta aula serão abordados os assuntos não cobertos, porém importantes, sobre as esquadrias. Generalidades e modelos não muito usuais por vezes se apresentam como boa solução a casos específicos e sua aplicação não é realizada simplesmente por desconhecimento profissional. Ao fim da aula, será apesentado um artigo com o provável rumo que as esquadrias tomarão: a aplicação de vidros fotovoltaicos para aproveitamento de energia. 1. Esquadrias Bay Window Uma Bay Window ou janela saliente é um tipo de janela típica da arquitetura inglesa, tem três faces para fora do prumo da construção, se projetando para fora do edifício, sendo protegida por vidros e geralmente instalada no térreo. Estes tipos de janelas salientes estão associadas com a arquitetura vitoriana e ganharam popularidade nos anos de 1870. Elas são comumente usadas para criar a ilusão de uma sala maior e para aumentar a entrada da luz natural no edifício, e consideradas como uma peça diferenciada, que valoriza sua decoração, garantindo ótima iluminação ao ambiente. O sistema Bay Window permite a montagem de duas ou mais esquadrias em diferentes ângulos, determinados por variados tipos de perfis e materiais: para a união de Quadros Fixos e modelos Maxim-ar em ângulos de 90 a 270 graus, ou portas e janelas de correr com dois, três, quatro e seis folhas em ângulos de 90 a 180 graus. Chama-se Bay Aula 9 – Modelos Diversos ESQUADRIAS 82 Window a montagem de até três esquadrias em ângulo. A modulação de quatro esquadrias ou mais é chamada Bow Window. A janela do centro pode ser: de correr, de abrir, guilhotina ou maxim-ar. As janelas laterais podem ser: pivotantes, maxim-ar, de abrir ou guilhotina. Como vantagem, esta esquadria apresenta a ampliação do espaço interno, porém, podem ser consideradas como desvantagem a demasiada exposição ao sol e à chuva e a difícil manutenção. 2. Claraboias São chamadas de claraboias aberturas no teto de uma residência para facilitar a entrada de luz natural ou ventilação. Existem tipos e modelos diferentes. • Claraboia fixa: não tem abertura, apenas permite a entrada de luz em um ambiente; • Claraboia ventilada: pode ser acionada por controle, manivela ou automaticamente, quando se abre para controlar a temperatura interna da casa; • Claraboia tubular: sua abertura é parecida com uma saída de luz, por dentro do tubo existe um material que irá refletir a luz do sol captada do exterior. Utilizada, geralmente, em pequenos espaços como corredores e closets. Em cada tipo de claraboia é possível diversificar entre os modelos: • Plana: é o modelo mais comum, um quadrado com vidro; • Cúpula: é como a claraboia plana, mas o vidro é arredondado, formando uma cúpula; • Pirâmide: os vidros se projetam para fora do telhado formando uma pirâmide. Aula 9 – Modelos Diversos UNIDADE 3 – ESQUADRIAS ESPECIAIS 83 As vantagens ficam por conta da beleza estética, economia de luz e valorização do imóvel. Já as desvantagens são dificuldade na limpeza e, se não for bem executada, pode ocasionar vazamentos. 3. Artigo: Captação Fotovoltaica para Janelas Nos EUA, duas companhias apresentaram tecnologia que pode ser incorporada em novas janelas ou modelos já fabricados. Eficiência pode chegar a 20% Imagine se todas as janelas de prédios de uma cidade como São Paulo, ou pelo menos alguma porcentagem delas, poderia gerar energia elétrica caso elas se beneficiassem de uma película fotovoltaica. Bem, é essa a ideia por trás das janelas solares. No mínimo, duas empresas estão esperando vender a tecnologia para fabricantes de janelas, dizendo que uma vez instalada a tecnologia, esta se pagaria no prazo de um ano. “Se você olhar para o vidro que é produzido mundialmente hoje, 2% dele é usado em painéis solares. 80% é usado em edificações. Esta é a oportunidade”, disse Suvi Sharma, CEO da fabricante de painéis solares Solaria. No caso, a Solaria usa células fotovoltaicas para colocá-las em faixas de 2.5 mm. Depois, essas são instaladas entre duas camadas finas de vidro, de forma que não fica perceptível. E quer saber mais? Há um benefício colateral. Ao absorver a energia solar, a tecnologia consegue reduzir a temperatura interna de ambientes – o que significa redução de custos com o ar-condicionado. Aula 9 – Modelos Diversos ESQUADRIAS 84 A ideia da Solaria é oferecer a solução para novas construções. Já a SolarWindow Technologies defende o mesmo objetivo, porém mirando edifícios já existentes, ou melhor, janelas já bem estabelecidas. Segundo a empresa, a solução usa fotovoltaicos orgânicos que podem variar de cor e transparência. A SolarWindow planeja anunciar seu produto nas próximas semanas. A grande inovação por trás da tecnologia, diz seu CEO John Conklin, é que seu filme PV pode ser anexado a janelas existentes ou ainda ser incorporado facilmente em produtos sob produção. Segundo Conklin, a solução poderia abastecer de 20% a 30% da energia consumida por um edifício. No entanto, o executivo não quis dar maiores detalhes sobre qual material orgânico a SolarWindow usa. Porém, as duas empresas não são as primeiras a apresentarem soluções para “janelas inteligentes”. Em 2013, pesquisadores da Universidade de Oxford apresentaram estudo onde células solares semitransparentes feitas de um mineral, o perovskite, poderiam ser usadas em prédios e janelas de carros e com alta eficiência energética, cerca de 20% de economia. De forma similar, pesquisadores da Universidade do Estado de Michigan desenvolveram um novo tipo de dispositivo transparente que quando colocado sobre uma janela consegue gerar energia solar. A tecnologia, que também utiliza moléculas orgânicas, poderia ser usada em baterias para telefones e outros dispositivos. Aula 9 – Modelos Diversos UNIDADE 3 – ESQUADRIAS ESPECIAIS 85 Atualmente, painéis solares tradicionais que residem em parques solares ou até mesmo no telhado de casas conseguem atingir eficiência entre 15% e 20%. No caso da tecnologia apresentada pela Solaria, a eficiência gira ao redor de 10%. A questão é que quando você olha para células fotovoltaicas transparentes, não é necessariamente uma função de conversão de eficiência de energia, mas sim de como usar o espaço disponível para aquela tecnologia, ressaltou Conklin. “Nós estamos usando janelas que até então eram passivas para produzirem energia”, disse. Segundo o CEO da Solaria, Suvi Sharma, a companhia já está aplicando sua tecnologia em alguns prédios e está trabalhando em projetos comerciais na Califórnia e Europa. A mesma companhia anunciou parceria com a fabricante global de vidro, a Asahi Glass Co. A Asahi deve vender janelas e uma espécie de cobertura de bambu que incorpora as células solares da Solaria. Janelas solares devem custar cerca de 40% a mais do que as janelas convencionais, um investimento que tende a ser compensado com a economia gerada nas contas de energia. IDG News Service, 04 de setembro de 2015