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RESUMO - crimes contra a paz publica

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RESUMO - CRIME CONTRA A PAZ PÚBLICA
➢ INCITAÇÃO AO CRIME
Art. 286 - Incitar, publicamente, a prática de crime:
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.
Parágrafo único. Incorre na mesma pena quem incita, publicamente, animosidade entre
as Forças Armadas, ou delas contra os poderes constitucionais, as instituições civis ou a
sociedade.
○ O crime consiste em instigar, provocar ou estimular a realização de crime de qualquer natureza,
previsto no Código Penal ou em outras leis.
■ É necessário que o agente estimule grande número de pessoas a cometer determinada
espécie de delito, pois a conduta de estimular genericamente o ingresso de pessoas à
delinquência não constitui crime.
■ Também não caracteriza o delito a simples opinião no sentido de ser legalizada certa
conduta (porte de entorpecente, aborto, etc.).
■ A incitação ao crime pode ser exercitada por qualquer meio: panfletos, cartazes,
discursos, gritos em público, emails, sites na internet, entrevista em rádio, revista, jornal
ou televisão etc.
■ Exige-se que a conduta seja praticada em público, ou seja, na presença de número
elevado de pessoas, uma vez que a conduta de induzir pessoa certa e determinada à
prática de um crime constitui participação no delito efetivamente cometido.
A incitação à prática de crime que envolva preconceito racial constitui infração mais grave prevista no art. 20
da Lei n. 7.716/89.
○ Classificação doutrinária
■ Crime comum
● O sujeito passivo é a coletividade
■ Doloso (não há forma culposa)
■ Formal
■ Comissivo (podendo ser praticado como omissão imprópria)
■ Crime de perigo comum e abstrato (para Greco é concreto)
■ Instantâneo
■ Plurissubsistente
○ Consumação
■ Com a simples incitação pública, ou seja, quando número indeterminado de pessoas toma
conhecimento dela. Trata-se de crime formal e de perigo abstrato, cuja caracterização
dispensa a efetiva prática de crime por parte dos que receberam a mensagem.
○ Tentativa
■ Apenas é admitida na forma escrita
➢ APOLOGIA DE CRIME OU CRIMINOSO
Art. 287 - Fazer, publicamente, apologia de fato criminoso ou de autor de crime:
Pena - detenção, de três a seis meses, ou multa.
○ Fazer apologia significa elogiar de forma eloquente, enaltecer, exaltar um crime já cometido ou
o autor do delito por tê-lo cometido.
1. Comete o crime, por exemplo, quem, em entrevista, elogia um empresário por ter, comprovadamente,
sonegado milhões em tributos, ou um assassino porque matou determinada pessoa, ou um estuprador
por ter escolhido uma vítima bonita.
2. Apenas narrar os fatos não constitui o crime em questão, na medida em que é necessário elogio
inequívoco e perigoso.
3. Diferencia da incitação porque se refere a fato pretérito.
○ É também requisito desse crime que a apologia seja feita em público, isto é, que atinja número
indeterminado de pessoas.
○ Classificação doutrinária
■ Crime comum
■ Doloso (não há forma culposa)
■ Comissivo (podendo ser praticado como omissão imprópria)
■ Crime de perigo comum e abstrato (para Greco é concreto)
■ Instantâneo
■ Plurissubsistente
➢ ASSOCIAÇÃO CRIMINOSA
Art. 288. Associarem-se 3 (três) ou mais pessoas, para o fim específico de cometer
crimes:
Pena - reclusão, de 1 (um) a 3 (três) anos.
Parágrafo único. A pena aumenta-se até a metade se a associação estiver armada ou se
houver a participação de criança ou adolescente.
○ Pressupõe um acorde vontade entre os integrantes
○ Três ou mais pessoas
■ Nessa contagem incluem-se os menores de idade que não podem ser punidos pela Justiça
Comum, os associados que morreram, os comparsas que não foram identificados ou que
foram referidos apenas por meio de alcunhas etc.
Antes de 2013
➢ Antigamente era denominado de quadrilha ou bando
Art. 288 - Associarem-se mais de três pessoas, em quadrilha ou bando, para o fim de
cometer crimes:
Pena - Reclusão, de um a três anos.
Parágrafo único - A pena aplica-se em dobro, se a quadrilha ou bando estiver
armado.
O crime em questão distingue do concurso de pessoas
1. Quadrilha
a. As pessoas se reúnem de forma estável
b. As pessoas visam cometer número indeterminado de infrações
2. Concurso de pessoas
a. As pessoas se reúnem de forma momentânea
b. As pessoas visam à prática de um crime determinado
★ Em outras palavras, se doze pessoas se juntam apenas para cometer um determinado roubo a banco e
depois cada qual vai para seu lado, não há crime de quadrilha — apenas de roubo.
★ Por sua vez, se duas pessoas unem-se para a prática reiterada de crimes de roubo, também não se
mostra presente o crime de quadrilha, porque não foi atingido o número mínimo exigido pelo art. 288
do Código Penal.
3. ATENÇÃO
a. A associação de pessoas para a prática reiterada de contravenção penal (jogo do bicho, por
exemplo) não constitui crime de quadrilha, já que o art. 288 se refere expressamente à união
para a prática de crimes.
○ Classificação doutrinária
■ Crime comum
■ Doloso (não há forma culposa)
■ Formal
■ Comissivo (podendo ser praticado como omissão imprópria)
■ Crime de perigo comum e abstrato (para Greco é concreto)
■ Permanente
● Enquanto não desmantelada, torna-se possível prisão em flagrante
■ Unissubsistente
○ Consumação
■ O delito se consuma no momento em que se verifica a efetiva associação,
independentemente da prática de qualquer crime.
○ Tentativa
■ É inadmissível, na medida em que corresponde a um ato meramente preparatório
Crime de associação criminosa ou qualificadora
1. Há divergência doutrinária
a. Para alguns, os agentes respondem por quadrilha em concurso material com furto ou roubo
simples porque a aplicação da qualificadora ou causa de aumento seria bis in idem. Para
outros, os agentes respondem por quadrilha e pelos crimes qualificados porque a quadrilha é
um crime de perigo contra a coletividade decorrente da mera associação, enquanto a
qualificadora decorre da maior gravidade da conduta contra a vítima do caso concreto
➢ CONSTITUIÇÃO DE MILÍCIA PRIVADA
Art. 288-A. Constituir, organizar, integrar, manter ou custear organização paramilitar,
milícia particular, grupo ou esquadrão com a finalidade de praticar qualquer dos crimes
previstos neste Código:
Pena - reclusão, de 4 (quatro) a 8 (oito) anos.
○ Distinção
■ Organização paramilitar é uma associação civil armada constituída, basicamente, por
civis, embora possa contar também com militares, mas em atividade civil, com estrutura
similar à militar.
■ A milícia particular tem sido definida como um grupo de pessoas (que podem ser civis
e/ou militares), que, alegadamente, pretende garantir a segurança de famílias, residências
e estabelecimentos comerciais ou industriais.
■ Grupo ou esquadrão, embora o legislador não tenha dito, está referindo-se aos famosos
grupos de extermínios ou esquadrões da morte que ganharam espaço, basicamente, no
Rio de Janeiro e em São Paulo.
○ Classificação doutrinária
■ Crime comum
■ Formal
■ Doloso (não há forma culposa)
■ Comissivo (podendo ser praticado como omissão imprópria)
■ Crime de perigo comum e abstrato (para Greco é concreto)
■ Permanente
■ Unissubsistente

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