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1 Utilização do Potencial Extrativista das Florestas Amazônicas: Soluções Encontradas pelo Homem na Amazônia1 Jean C. L. Dubois No tratamento deste tema importante para a definição de diretrizes para as políticas de desenvolvimento da Amazônia, gostaria de envolver, de um lado, os respectivos atores principais do extrativismo: as comunidades indígenas, as outras comunidades tradicionais (seringueiros, ribeirinhos), os colonos oriundos de outras regiões do Brasil e, finalmente os “intermediários”. Por outro lado, as atividades extrativistas propiciaram a acumulação de conhecimentos que possibilitaram uma evolução no sentido de praticar um manejo mais intensivo dos recursos naturais renováveis, abrindo novas alternativas, entre as quais se destacam os castanhais silvestres e os açaizais da Amazônia oriental, que se situam no interface entre o extrativismo e sistemas florestais e agroflorestais de produção. Na Amazônia, poucos povos indígenas vivem exclusivamente do extrativismo, ou seja da caça, da pesca e da colheita de produtos encontrados nas florestas e ecossistemas não florestais da Região. São, no caso, comunidades indígenas tipicamente nómadas. De fato, as comunidades nativas, na sua grande maioria, praticam, também, a agricultura, de forma nômade ou progressivamente sendentarizada e, geralmente, em pequena escala. Trata-se de uma agricultura de corte e queima, com uso agrícola da terra por períodos curtos, separados por longos períodos de pousio florestal, mais conhecido como “capoeira de longa duração”. O nomadismo, como modelo exclusivo de estilo de vida, exige grandes extensões de terra, para possibilitar o que poderiamos chamar de “rodízio geográfico” do uso da terra e dos recursos florestais (vegetais e animais). Este rodízio é necessário para assegurar a manutenção dos estoques de caça e de pesca. Ele preenche, também, um papel importante no processo da recuperação das áreas utilizadas para fins de produção agrícola temporária. Já bem antes da chegada do branco, várias comunidades indígenas começaram a sedentarizar-se, pelo menos de maneira relativa. Desenvolveram formas mais seguras de vida, apoiadas em sistemas mais intensivos de manejo dos recursos florestais. Entre estes sistemas, devemos destacar a formação e manutenção dos castanhais silvestres, os quais são de origem antrópica. Surgiram, então, sistemas que se situam no interface entre o puro extrativismo nómade e sistemas mais sofisticados de produção. Comparando os sistemas tradicionais de uso dos recursos naturais renováveis, praticados pelos índios na grande Hiléia Amazônica, podemos observar uma sequência, coerente e racional, que tem como ponto de partida o arquétipo primordial de agricultura migratória com capoeiras de longa duração, não melhoradas ou quase que não melhoradas, substituidas, gradativamente, por formas mais avançadas de agricultura semi-sedentarizada, com capoeiras enriquecidas e manejadas pelo homem. Esta sequência abrange várias etapas que vamos ilustrar com uns exemplos: 1 Conteúdo de palestra apresentada no Depto de Fitotecnia, na UFRuralRJ. Seropédica, 15 de outubro 1996 2 Entre o curso médio do rio Putumaio (Amazônia peruana) e o curso médio do rio Caqueta (Amazônia colombiana), vivem várias comunidades indígenas. As mais nómades, os Matsé, permanecem um tempo muito curto no mesmo lugar (menos de 4 anos). Suas capoeiras são integralmente espontâneas e, em matéria de fruteiras, os Matsé plantam nos seus roçados, espécies que frutificam no mesmo ano: o mamoeiro (Carica papaya) e variedades precoces de pupunha (Bactris gasipaes) que são desconhecidas nas comunidades um tanto mais sedentarizadas. Os Secoia se deslocam em média a cada quatro anos; eles enriquecem suas roças com goiaba (Psidium guayava) e outras fruteiras que frutificam a partir do segundo ou terceiro ano. Estas fruteira permanecem e crescem junto com as pioneiras que vão formar a capoeira: trata-se de uma capoeira já um pouco melhorada. Os Secoia visitam periodicamente suas capoeiras para caçar e colher frutos das espécies perenes que tinham sido plantadas na roça. Alias, estas mesmas fruteiras ataem a caça! Os Witoto e os Bora, já bem mais sedentarizados, plantam fruteiras que demoram mais tempo para dar frutos, por exemplo: o umari (Poraqueiba spp.) e o abacate (Persea americana). Por outro lado, eles praticam um sistema de pousio florestal rotativo. Este sistema apoia-se numa distribuição espacial racional das roças e das capoeiras no entorno da aldeia. As capoeiras apresentam uma distribuição regular no espaço e por classes de idade. Este sistema é praticado, de fato, por um grande número de comunidades indígenas e caboclas em toda a Amazônia. A densidade demográfica, na Amazônia brasileira, fora dos centros urbanos, manteve-se baixa até a chegada das grandes levas de gente oriunda de fora da região, gente essa, seduzida pela idéia de fazer fortuna com a colheita de borracha silvestre e da castanheira-do-Brasil. A borracha e a castanha-do-Brasil foram os dois primeiros recursos florestais não-madeireiros que foram explorados em grande escala na região. A mão-de-obra requerida para trabalhar nos seringais silvestres foi recrutada principalmente do Nordeste brasileiro. Parte do contingente veio de outros recantos do país bem como de outros países, tais como os Estados Unidos e vários países da Europa. Em poucas dezenas de anos, a contar de 1840, pelo menos 500.000 pessoas se embrenharam nas matas para sangrar as seringueiras. Atividades extrativistas 1. RECURSOS MADEIREIROS A colheita ou a exploração de madeira na mata ou em capoeiras velhas é feita: (i) para satisfazer necessidades locais de subsistência (por ex.: lenha, madeira roliça para pequenas construções) ou de apoio à produção (estacas para pimenta-do-reino, moirões utilizados na formação de cercas nas pastagens), ou (ii) para aumentar a renda dos donos ou dos ocupantes da terra, pela venda de madeira às indústrias florestais da região. Esta segunda possibilidade depende muito da existência de uma forte demanda local por madeiras. Em fronteiras de colonização recém abertas em regiões de matas nativas, a oferta de madeira excede a demanda e os preços pagos 3 são baixíssimos. Em áreas com desmatamento já muito avançado, é a demanda de madeira por parte das indústrias que excede à oferta, e os donos da terra conseguem preços mais equitativos. 2. RECURSOS FLORESTAIS NÃO MADEIREIROS 2.1. A caça e a pesca Antes da chegada do branco, a caça e a pesca eram fartas em quase toda a Amazônia. A fartura da pesca dependia principalmente da qualidade da água dos rios, sendo os rios de agua clara os menos piscosos. Hoje em dia, é mais e mais difícil encontrar áreas ricas em caça ou rios piscosos. Muitas espécies da fauna silvestre foram dizimadas, principalmente animais de maior porte tais como jacarés, antas, onças. Por outro lado, se não fosse os esforços de profissionais do Pará e do Amazonas é bem provável que hoje não teriamos mais tartarugas amazônicas na região. A destruição da fauna nativa tem impactos negativos sobre o equilíbrio dos ecossistemas onde vivem. Por exemplo, tudo indica que a eliminação, nessas últimas décadas, do jacaré-açu (Melanosuchus niger), da tartaruga amazônica (Podocnemis expansa) e do peixe-boi (Trichechus inunguis), tiveram conseqüências negativas sobre o ciclo natural dos ecossistemas aquáticos da região. A forte diminuição dos estoques de peixes frugívoros, tais como o tambaqui, está interferindo com a composição florística das matas inundadas e inundáveis, sendo a distribuição de sementes por peixes uma estratégia frequentemente encontradada nestes ecossistemas. Uma outra atividade extrativista apoiada em recursos de fauna deve ser considerada: a exploração dos estoques nativios de peixes ornamentais. Em 1985, o mercadode peixes ornamentais amazônicos comercializados já alcançava um valor equivalente a ca. US$ 600,000. A maior parte desses peixes são capturados na hinterlândia de Manaus. As principais espécies animais envolvidas nas atividades extrativistas na Amazônia brasileira, são enumeradas nos 3 quadros que seguem. Quadro 1 Animais mais procurados pelos caçadores tradicionais, na Amazônia A. Mamíferos Nome vernacular Nome científico anta Tapirus terrestris capivara Hydrochoerus capibara capoeiro Mazama sp. cutía Dasyprocta sp. macacos várias spp. de vários gêneros paca Cuniculus paca peixe-boi Trichechus inunguis porco do mato ou caititu Tayassu tajacu preguiça Bradypus sp. queixada Tayassu albirostris tamandua-bandeira Myrmecophaga tridactyla tatú Dasypus novemcinctus viado Odocoileus virginianus 4 B. Aves Nome vernacular Nome científico coró-coró (= tarã) spp. da Família tresquiornitídeos inhambuaçu (= tinamu) Tinamus spp. inhambuguaçu Crypturellus obsoletus inhambú-relógio Crypturellus strigulosus jaburu (= jabiru, yabiru) Mycteria sp. ou Jabiru sp. mutum Crax spp. pato espécies da Família dos anatídeos C. Peixes, tartarugas e répteis Nome vernacular bagre spp. da Família pimelodídeos branquinha Anodus spp. curimatã Prochilodus nigricans jabuti Geochelone spp. jacaré várias spp. da Família aligatorídeos jacaré-açu Melanosuchus niger jaraqui Semaprochilodus spp. mapará Hypophtalmus spp. pescada Plagioscion spp. piranhas Serrasalmus spp. pirarucu Arapaima gigas tambaqui (= pirapitanga) Colossoma macropomum tartaruga-do-Amazonas Podocnemis expansa tracaja Podocnemis unifilis tucunaré Chicla ocellaris surubim sppp. da família pimelodídeos 2.2.Os recursos vegetais não-madeireiros O Quadro 4 caracteriza as principais espécies perenes de interesse para atividades extrativistas de recursos não-madeireiros, de maior interesse para a sobrevivência e a subsistência do homem na Amazônia ou, ainda, para fins de comercialização. Trata-se de recursos não- madeireiros de florestas da Amazônia (incluindo capoeiras e formações afins tais como beira de mata e beiras de florestas ciliares). Entre os cientistas pioneiros que reuniram informações sobre plantas úteis da Amazônia brasileira, destacam-se (i) Paul Le Cointe, cuja obra “Árvores e Plantas Úteis da Amazônia” foi publicado em 1934, em Belém, PA., (ii) Paul B. Cavalcante, do Museu Paraense Emílio Goeldi (“Frutas comestíveis da Amazônia”), (iii) Clay J.W e Ch. R. Clement (1993), (iv) o livro, muito bem ilustrado, publicado pelo Tratado de Cooperação Amazônico (1996) e (v) autores de publicações mais curtas, tais como B.B. Calzavara, Hans Müller (EMBRAPA-CPATU), Rubens R. Lima, Charles Clement e Sydney A. Ferreira (INPA), Venturieri G.A. As referências sobre algumas publicações de maior relevo, desses autores, se encontram na Bibliografia, no final do presente documento. Muitas informações úteis se encontram também na grande obra de M. Pio Corrêa (re-edição de 1984). 5 O extrativismo de recursos florestais não-madeireiro, enquanto feito para satisfazer apenas as necessidades de subsistência de populações locais de relativamente baixa densidade demográfica não ocasionou riscos de depredação ou de erosão genética. Pelo contrário, quando começaram a aumentar demandas especializadas a nível de mercados organizados, iniciou-se, em alguns casos, um processo de extinção de espécies ou, pelo menos o desaparecimento de parte do património genético das espécies mais procuradas. Basta lembrar os efeitos negativos da exploração indiscriminada, sem reposição do recurso-base, de valiosas espécies nativas tais como o cedro (Cedrela odorata), pau-rosa (Aniba duckei), ucuúba-da-várzea (Virola surinamensis), mogno (Swietenia macrophylla)e, localmente, o açaí (Euterpe oleracea). Quadro 4.-. Recursos florestais vegetais não madeireiros de economia extrativista da Amazônia (ordem alfabêtico) Nome da espécie e da Família e nome vernacular tipo de planta Principais usos não-madeireiros Acrocomia sclerocarpa. Arecaceae. (mucajá = macaúba = bocaíuva)) palmeira; porte médio a grande óleo (das sementes) para culinária; frutos maduros comestíveis (alimentação humana; rações para animais) Anacardium giganteum. Anacardia- ceae. (cajui) árvore grande Pseudofruto para refresco; castanha comestível depois de assada Anacardium negrense. Anacardia- ceae. (cajutim = caiu-tim) árvore mediana os frutos maduros são.comest´veis ; uma vez torrados podem ser aramzxenados Aniba duckei, A rosaeo-dora. Lauraceae. (pau rosa) árvores; porte médio a grande madeira e folhas ricas em óleos essenciais (linalol) utilizados em perfumaria Astrocaryum spp. Palmae (=Arecaceae) (tucumã; murumurú) palmeira; porte médio a grande óleo e sabão (das sementes); frutos para alimentar gente, animais domésticos e silvestres; cobertura de casas; fibras para rede de dormir e de pescar; pequenas peças p/ artesanato Attalea speciosa (syn.=Orbignya phalerata. Areacaceae babaçu palmeira de grande porte aproveitamento em grande escala das amendoas (óleo, sabão; alimentação humana); folhas queimadas como adubo; artesanato; cobertura de casa; carvão vegetal (do fruto inteiro ou sua “casca”) Bactris gasipaes. Arecaceae (pupunha) palmeira de grande porte; cultivada alimentação humana (frutos; palmito); óleo; rações para animais (frutos; folhas jovens Bactris maraja. Arecaceae (marajá) palmeira pequena frutos para sobrevivência na mata Nome da espécie e da Família e nome vernacular tipo de planta Principais usos não-madeireiros Bertholettia excelsa. Lecythidaceae (castanheira-do-Brasil) árvore de grande porte; emergente nozes (castanhas) para alimentação humana (subsistência e comercialização, em grande escala); alimentação de animais silvestres; casca com propriedades medicinais Borojoa sorbilis Rubiaceae (puruí grande) árvore pequena frutos grandes com polpa semeelhane a do tamarindo, usada para refrescos Carapa guianensis. Meliaceae (andiroba) árvore de porte médio a grande o óleo das sementes é utilizado em massagens e como repelente ou matéria prima para sabonete 6 Caryocar villosum. Caryocaracaea (piquia) árvore de grande porte as sementes (nozes) são comestíveis; o mesocarpo é usado como “manteiga” Caryodendron amazonicum. Euphorbiaceae. (castanha-de-porco) árvore de porte médio a grande sementes maduras subsituem o amendoim. Cassia leiandra. Leg. cesalp. (marimari) árvore pequena a mediana fruto com polpa sucosa. agridoce Copaifera spp.. Leguminosae copaíba árvore de grande porte a resina extraída do fuste é medicinal; este óleo de copaíba tem um bom mercado Couepia bracteosa. Chrysobalana- ceae. pajurá) árvore mediana o mesocarpa é comido no estado natural Couepia edulis. Chrysobalanaceae (castanha-de-cutia) árvore grande amêndoas, produzidas em grande quantidade, comidas cruas ou assadas Couepia longipendula. Chrysobala- naceae. (castanha-de-galinha) árvore de porte médio a grande as castanhas de pajurá se comem como as da castanheira-do-Brasil Couepia subcordata. Chrysobalana- ceae. (umarirana = marirana) pequena árvore frutos consumidos ao natural; não são saborosos! Couma guianensis. Apocynaceae (sorva) árvore mediana frutos saborosos Couma macrocarpa Apocynaceae (sorva grande) árvore mediana a grande frutos saborosos Couma utilis. Apocynaceae (sorvinha) árvore de porte pequeno a grande frutos comestíveis; látex branco aproveitado no fábrico de goma de mascar e para calefatar canoas. Crescentia cujete. Bignoniacea árvore pequena, de copa larga e baixa cultivada em toda a Amazônia; da casca do fruto se faz acuia; a polpa é purgativa Derris spp., Lonchocarpus spp., Tephrosia toxicaria, Clathrotopis spp. Leguminosae (timbó) arbustos; cipós substancia ictiotóxica das raizesutilizada na pesca; algumas espécies produzem rotenone (inseticida) Desmoncus spp. Arecaceae (jacitara) palmeira-cipó substituto potencial para o vime-da-Índia (rattan); vários usos artesanais tradicionais Dipteryx odorata. Leguminosae (cumaru) árvore de grande porte a cumarina, extraída das sementes, é usada em perfumaria Duckesia verrucosa. Humiriaceae (uxicuruá) árvore bastante grande fruto: como o do uxi Endopleura uchi. Humiriaceae (uxi) árvore bastante grande mesocarpo carnoso-farináceo, oleoso: comestível; é consumido ao natural geralmente com farinha de mandioca Erisma japura. Vochysiaceae (japurá) árvore de grande porte a amêndoa do fruto é comestível crua, assad ou cozida Euterpe oleracea. Arecaceae açaí; açaí-de-touceira linda palmeira esguia de várzea todas as partes da palmeira tem uso; os principais: o vinho de açaí e o palmito. Euterpe precatoria. Areacaceae açaí; açaí solteiro linda palmeira esguia de terra firmea usos principais: palmito, palha para cobrir casas; palmito Genipa americana. Rubiaceae (jenipapo) árvore mediana a garnde frutos para licores, sorvetes e refrescos, comercializados Gigantochloa spp. Bambusae taquara gigante bambus gigantes (o seu potencial para celulose e papel deveria ser estudado) amplamente utilizados por comunidades da Amazônia Ocidental (Perú, Colombia), em construção rural 7 Nome da espécie e da Família e nome vernacular tipo de planta Principais usos não-madeireiros Gnetum spp Gnetaceae (ituá) cipós lenhosos frutos (amêndoas) comestíveis , assadas: farinha de ituá; fibras do caule usado para cordas Heteropsis spp. & Philodendron imbe Araceae. (cipó-titica; imbé) cipós para artesanato tradicional; substituto potencial do rattan Humiria balsamifera Humiriaceae (umiri) (ca. 14 variedades!) árvore mediana a grande resina balsámica medicinal; frutos comestíveis Hymenaea courbaril. Leg. cesalp. (jutaí-açu, jatoba grande) árvore grande resina = copal; seiva medicinal; polpa farinácea dos frutos apreciada pelas crianças Inga cinnamomea. Leg. momosoi- deae. (ingá-açu) árvore mediana frutos com polpa branca, adocicada, comercializados nas cidades Inga edulis. Leg. mimosoideae (ingá-cipó) árvore pequena a mediana frutos com polpa branca, adocicada, comercializados nas cidades Ischnosiphon spp & Thalia spp Maranthaceae. (arumã) cipós para artesanato tradicional Jessenia bataua. Arecaceae (patauá)) palmeira de grande porte óleo das sementes é da qualiadade do óleo da azeitona; refrescos feitos dos frutos; fibras para ustensílios de caça e para paneiros Lecythis pisonis. Lecythidaceae (castanha sapucaia) árvore de grande porte excelentes castanhas, comidas principalmente pelos morcegos, araras e macacos Manicara saccifera. Arecaceae (bussu ou ubussu) palmeira do sub- bosque em amta de várzea palha reputada como a de melhor qualidade para cobertura de casa Mauritia armata. Areacaceae (caraná) palmeira de porte médio fruto para refresco Mauritia flexuosa. Arecaceae (miriti, buriti, muriti) palmeira de grande porte alimento e resfresco na alimentação humana (frutos; inflorescências jovens); palmito; sagu extraído do fuste; açucar extraído da seiva por cristalização; materiais para artesanato Maximiliana laevigata. Areacaceae (inajá = anajá) palmeira mediana a polpa dos frutos é comestível; consumida in natura ou em mingau; óleo semelhante ao do babaçu Mouriri grandiflora. Melastomata- ceae. (camutim) arbusto ou pequena árvore frutos comestíveis e utilizados na pesca Myrciaria dubia. Myrtaceae (caçari ou “camucamu”) arbusto ou árvore pequena, de várzea a fruta seria a mais rica em vitamina C do mundo ! Oenocarpus spp. . Arecaceae (bacaba; bacabinha) palmeiras grandes ou pequenas soft, vitamin-rich drinks from fruits; oil; Pachira aquatica. Bombacaceae (mamorana) pequena árvore as sementes cozidas ou assadas são comestíveis Parahancornia amapa. Apocynaceae (mamapá) árvore grande fruto doce; sobretudo um alimento de sobrevivência na floresta; o leite branco da casca é remédio com a fraqueza e é objeto de comercio na região Parinari montana. Chrysobalanaceae (pajurá-da-mata = pajurá grande) árvore grande mesocarpo e amêndoas comestíveis Paullinia cupana var. sorbilis. Sapindaceae. (guaraná) cipó arbustivo sementes beneficiados usadas como estimulante das energias Platonia insignis. Guttiferae (bacuri) árvore de porte médio a grande a polpa do fruto é usada em sorvetes, doces; já industrializada no Pará Poraqueiba paraensis. Icacinaceae (umari) árvore pequena amediana frutos consumodos ao natural; a amêndoa póde fornecer óleo 8 Pouraqueiba sericea. Icacinaceae (mari preto) árvore pequena a mediana frutos consumidos ao natural Poupartia amazonica. Anacardiaceae (jacaiacá = cedrorana) árvore mediana a grande Frutos para refrescos, aperitivo e sorvetes Pourouma cecropiaefolia Moraceae (mapati) = imbaúba mansa) árvore pequena a mediana fruta do tipo “uva”; sugar a polpa, atirando-se fora as cascvas e sementes! Nome da espécie e da Família e nome vernacular tipo de planta Principais usos não-madeireiros Pouteria pariri. Sapotaceae (pariri) árvore grande frutos grandes, perfumados, para refrescos Pouteria ucuqui. Sapotaceae (ucuqui) árvore bastante grande frutos muito apreciados; polpa usada em minggaus a base de tapioca ou farinha Protium spp.. Burseraceae (breu branco; breu) árvore de porte médio a grande a resina extraída da casca é usada para calefatar barcos e canoas; frutos muito procurados pelas aves. Quararibea cordata Bombacaceae (sapota = sapota-do-Solimões) árvore grande ou mediana polpa do fruto consumido no natural ou como refersco Rheedia spp. Guttiferae. (bacuripari) árvores pequenas a polpa do fruto é excellente Sacoglottis guianensis. Humiriacaea (achuá = uachuá = paruru) árvore mediana fruto comestível, in natura, quando bem mmaduro Spondias mombim Anacardiaceae (taperebá) árvore mediana a grande fruto muito apreciado(in natura; picolés, sorvete, geleias, “batidas” Talisia esculenta. Sapindaceae (pitomba) árvore pequena a mediana o arilo, envolvendo a semente, é comestível e comercializado Theobroma bicolor. Sterculiuaceae (cacau do Peru) árvore pequena ou arbusto polpa para refrescos; sementes comidas depois de assadas Theobroma cacao. Sterculiaceae (cacau) árvore pequena matéria prima principal na produção de chocolate; polpa comestível, energetizante; Theobroma grandiflorum. Sterculiaceae. (cupuaçu) árvore de porte pequeno a grande polpa congelada comercializada para refrescos, sorvetes, etc.; caroços usados localmente para fazer e vender chocolate caseiro Theobroma speciosum. Sterculiaceae (cacauí) árvore mediana polpa deliciosa, in natura ou em sorvete; sementes para chocolate Theobroma subincanum. Sterculiaceae. (cupuí) árvore medina a alta polpa do fruto para refresco; muito apreciado pelos amcacos e outros animais trepadores Saindo do extrativismo para o manejo dos recursos 1. Recursos madeireiros Quando os madeireiros ou seus intermediários (ou “toreiros”) pagam um bom preço para as madeiras em pé , o pequeno produtor começa a ter interesse em plantar espécies madeireiras nas suas lavouras brancas temporárias e seus consórcios agroflorestais permanentes. Em Rondônia e no sul do Pará -duas regiões onde o mogno foi explorado de forma sistemática e indiscriminada- podem ver um número crescente de pequenos agricultores plantando mogno nos seus consórcios 9 agroflorestais, a razão de ca. 50 a 100 árvores por hectare. Em áreas onde a demanda por madeira por parte das indústrias é forte, os agricultores começam a monstrar interesse a conservar e valorizar rebrotações de tocos de espécies madeireiras comerciais ocorrendonos seus roçados ou, ainda, plantar árvores em linhas simples ou duplas para materializar os limites da propriedade ou das distintas unidades de produção existentes na propriedade. Por outro lado, a produção de madeira pode ser feita feita pelo sistema taunguia. Este sistema consiste em utilizar uma lavoura branca (roçados temporários, com cultivos de ciclo curto) para o plantio de espécies madeireiras. Uma vez concluido o ciclo de uso agrícola , as mudas das espécies madeireiras já alcançam um bom desenvolvimento vertical, e a área fica ocupada por um povoamento exclusivamente florestal. Fora da Amazônia, o sistema taunguia é bastante utilizado para baratear a formação de povoamentos de eucaliptos e teca (Tectona grandis). Na Amazônia este sistema esta sendo utilizado, por enquanto em menos escala, por exemplo na formação de seringais. ). O taunguia foi utilizado, na região de Belém, para formar monocultivos de morototó (Didymopanax morotoni) para abastecer uma fábrica de fósforos, hoje fechada. Nas imediações de Vila Estrema (entre Porto Velho e Rio Branco), um grupo de produtores, ligados a uma cooperativa local, está formando povoamentos de teca em áreas com cultivos temporários de mandioca e de abacaxi. Existe uma terceira alternativa para intensificar a produção de madeiras comerciais na terra de pequenos agricultores : o enriquecimento das capoeiras. As roças temporárias, na Amazônia, são estabelecidas em florestas nativas ou em capoeiras, depois de derrubadas e queimadas. Entre dois ciclo de produção agrícola, a terra mantida em pousio (= período de descanço da terra). Ao abandonar a roça, a área é invadida por espécies florestais pioneiras e assiste-se à formação de uma capoeira. A capoeira é mantida por um período variável de tempo, em seguida é cortada e queimada para dar lugar a um novo curto período de uso agrícola. Quando se trata de capoeiras de longa duração, o agricultor pode tirar delas um maior proveito, inclusive com fins de capitalização, seja dando uma certa assistência à ocorrência natural de espécies madeireiras de crescimento rápido ou, ainda, plantando essas espécies na lavoura branca, ou seja na fase que antecede a formação da capoeira. Como a capoeira se destina a ser novamente derrubada e queimada, as espécies escolhidas para a valorização da capoeira, devem ser de crescimento o suficientemente rápido para possibilitar a formação , no respectivo período de tempo, de toras de diâmetro comercial. Várias especies florestais da Amazônia possuem essas características, tais como : Schizolobium amazonicum (parica-grande, pinho cuiabano, bandarra), Ceiba pentandra (samaúma), Bagassa guianensis (tatajuba, garrote), etc. A capoeira pode ser melhorada também mediante introdução de espéies perenes não madeiraveis, porém úteis para os agricultores, tais como : mamão, pupunha, cupuaçú, e outras fruteiras precoces. 2 Os castanhais silvestres Os casatanhais silvestres são "florestas" onde as castanheiras ocorrem em grande número e, geralmente, na forma de árvores adultas de grande porte, dominantes ou emergentes. A castanheira-do- brasil precisa de muita luz para germinar e crescer. Portanto, em florestas ainda não tocadas pelo homem, a regeneração natural desta espécie é quase impossível e só se dá em clareiras abertas pelo homem ou pela caída de árvores velhas. Os castanhais silvestres nasceram, de fato, com a ajuda dos índios e da cutia. Os índios plantavam castanhas nos seus roçados abertos na mata ou, pelo menos, localizavam suas roças 10 perto de castanheiras adultas, em idade de frutificar, para facilitar, com a ajuda da cutia, a regeneração da castanheira nessas clareiras cultivadas. Essa estratégia, empregada por diversas comunidades indígenas, foi descrita em uma publicação de H.dos Santos Pereira (1994), que relata os resultados de um estudo de campo realizado em área de índios Kokama, na região de Tefé, no Amazonas. Os índios localizam suas roças, na mata, de maneira que haja uma boa distribuição espacial de castanheiras na sua periferia. Em seguida, marcam-os limites definitivos da roça e, então, fazem a derruba. As árvores altas mais próximas às castanheiras são derrubadas de modo que caiam com suas copas longe dos pés das castanheiras. O objetivo dessa técnica é evitar que estas sofram demais no dia da queimada, visto que a castanheira-do-Brasil é muito sensível ao fogo. Na região de Marabá (Pará), existem castanhais silvestres que, aparentemente, foram objeto de intervenções muito mais intensivas por parte dos índios. Além da castanheira, os andares emergentes e dominantes da mata são constituidos, também, por outras espécies que produzem frutos procurados pelo homem, pela fauna e pelos aves, como por exemplo: maçarandubas, tatajubas, caju-açu, breus-sucurubas, breus brancos, etc. Nos andares dominados, observam-se ainda outras espécies frutíferas como cupuaçu, cupuí e duas espécies de bacuripari. Uma boa parte da vegetação de sub-bosque é formada por espécies medicinais, principalmente da família das piperáceas ( a família da pimenta-do-reino). Esta composição parece indicar que os índios que moravam nesta área sabiam manejar os recursos naturais, no intuito de favorecer a formação de florestas capazes de melhorar sua própria subsistência, bem como de facilitar a caça. É importante anotar que estes castanhais silvestres da região de Marabá, formados pelos índios para fins de melhorar sua subsistência, apresentam, hoje, um alto valor econômico, considerando o grande volume de madeiras comerciais ali encontradas ! Os castanhais silvestres são, portanto, um modelo tradicional de uso das terras amazônicas que, com pequenos ajustes, pode se integrar no cenário de um desenvolvimento socio-econômico sustentável de maior importância para a região. Esta perspectiva deveria ser contemplada no quadro do planejamento do programa de desenvolvimento de todas as regiões de ocorrência de castanhais silvestres. Por exemplo, entre outros, no Amapá, onde existem grandes extensões de castanhais. Talvez mais de 500.000 hectares, com maior concentração nos cursos superiores dos rios Cajari e Maracá. 3. O manejo dos açaizais nativos Nas florestas densas e pouco alteradas pelo homem, existentes no passado, na Amazônia Oriental, em terras baixas inundáveis , a ocorrência do açaí (Euterpe oleracea) era bastante limitada, em razão das características ecológicas desta palmeira. A regeneração natural do açaizeiro se dá exclusivamente em áreas bastante iluminadas. Os povoamentos com forte dominância de açaizeiros são de origem secundária: nasceram , na forma de “manchas”, em clareiras abertas pela exploração de recursos madeireiros (virola, andiroba, macacaúba-da-várzea, etc.) ou, ainda, em menor escala, em áreas cultivadas abandonadas. A introdução da navegação a vapor no rio Amazonas e seus principais tributários deslanchou um processo crescente de exploração que afetou, inicialmente, as margens dos rios, principalmente as madeiras de lei das florestas de várzea. Mais recentemente, a exploração dos recursos madeireiros das florestas de várzea concentrou-se principalmente em madeiras comerciais mais leves, tais como a ucuúba e a andiroba. Hoje, na grande maioria das florestas de várzea, os potenciais madeireiros de explorabilidade imediata encontram-se praticamente esgotados, pelo menos nas áreas que não apresentam problemas sérios de acessibilidade. As áreas exploradas são 11 ocupadas, atualmente, por açaizais espontâneos ou, localmente, por pastagens. Os açaizais ocupam, atualmente, grandes extensões, por exemplo, na Amazônia Oriental. Os ribeirinhos quando assentados não muito longe das cidades, querem uniformizar o máximo possível seus açaizais, ou seja: eliminar do povoamento tudo que não for açaizeiro. O povoamento resultante é praticamente um monocultivo. Esses açaizais manejados na forma de um povoamento mono- específico, geram rendimentos elevados de frutase de palmito. Porém, o rendimento da produção apresenta seríos riscos : (i) quando os intermediários constatam que o ribeirinho depende quase que exclusivamente do açaí (frutos e\ou palmitos), ele vai rebaixar o preço pago ao ribeirinho; (ii) o manejo de monocultivos aumenta a probabilidade de ataques de pragas e doenças; e (iii) a uniformização dos açaizais elimina muitas espécies vegetais, entre as quais algumas que preenchem um papel fundamental na alimentação dos peixes. Uma proporção significativa dos peixes amazônicos mais procurados para alimentação humana, tais como o tambaqui, são peixes que comem frutos ou sementes de plantas da várzea, principalmente frutos ou sementes de árvores, arbustos e palmeiras. A uniformização exagerada praticada atualmente nos açaizais manejados não deixará de causar problemas na manutenção das populações desses .peixes. Para os ribeirinhos a tentação de uniformizar o tanto quanto possível, seus açaizais é muito forte, principalmente na proximidade das cidades, devido à maior facilidade de vender os frutos desta palmeira. Perto de Belém, por exemplo na ilha Combu, a renda familiar dos ribeirinhos, gerada principalmente pela venda dos frutos do açaizeiro, pode alcançar e, eventualmente ultrapassar US$ 4,000 por ano, por família. Convem, portanto, manter um adequado grau de diversidade na composição dos açaizais manejados. A ucuúba-da-várzea (Virola surinamensis), além de fornecer uma excelente madeira para compensados, oferece também outros serviços: extrai-se das sementes uma gordura que pode ser utilizada para fazer velas; por outro lado, os frutos são muito procurados pelo tambaqui. Outras espécies madeiráveis podem ser mantidas em consórcio nos açaizais, principalmente o pau- mulato (Calicophyllum spruceanum), a andiroba (Carapa guianensis), a macacaúba-da-várzea (Platymiscium ulei), a jacareúba (Calophyllum brasiensis) e a sumaúma (Ceiba pentandra). Na sombra leve dos açaizeiros, dever-se-ia reintroduzir a palmeira bussu (Manicaria saccifera) que fornece a palha de melhor qualidade da Amazônia, para cobertura de casa. Esta palha alcança bons preços nas cidades. Atualmente, a exploração desta palha é conduzida sem o cuidado necessário para assegurar a recuparação das palmeiras exploradas e o bussu pode ser considerado uma espéccies já ameaçada de extinção. Os colonos Os colonos que vieram para a Amazônia, em busca de terra, chegaram sem terem nenhum conhecimento dos recursos naturais da região. Suas atividades extrativistas são, em geral, limitadas. Eles asseguram sua subsistência na prática de cultivos de ciclo curto e buscam novas alternativas -a pecuária e a formação de consórcios agroflorestais comerciais- para aumentar a sua renda.. Hoje, os componentes mais empregados na formação de consórcios agroflorestais na Amazônia são a palmeira chamada pupunha (Bactris gasipaes), o cupuaçú (Theobroma grandiflorum) e a castanheira-do-Brasil (Bertholettia excelsa). Um número cresecente de pequenos produtores estão plantando o mogno (Swietenia macrophylla) nos consórcios agroflorestais. O mogno é suscetível ao ataque da broca do broto terminal e requer, portanto, de poda corretiva 12 depois de cada ataque, até o mogno alcançar uma altura superior a 13 metros. Essa altura possibilitará o aproveitamento de tres toras por pé de mogno. BIBLIOGRAFIA ALLEGRETTI M., 1990. Extractive reserves: an alternative for reconciling development and environmental conservation in Amazonia. In: A. Anderson (ed.). 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