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Controle de - 1 - • r. ~ I(" ,. e.~ \-t ~ L5E - \À. 3ú ( -t'.1 <.. -1 J V Anto Euge Luiz Control d 1 )) 2A Ediçãc FACILDA E DE E Dl 6UAIU Tii E BIBLIOTEC SÃO PAUI EDITORA - t .)~ << « ({ 1 1 ). ) 1 d J apep!Jl?DÕ ap O:l!lSJll?lSt[ aJOJlUOJ \ /' -o (J ) w ~ V , ..: ,.... '<: ..... LtJ +-,.., .... ')t ~ ....; .: ~ (}t C! y /Ó 1\ a·a· .;L. ---~ - .-~q: :K,,~J __ _ l -- © 2003 by Editora Atlas S.A. 1. ed. 2004; 2. ed. 2005; 7. reimpressão 2013 Capa: Leonardo Hermano Composição: Formato Setviços de Editoração Ltda. Dados Internacionais de Catalogação na Publicação (CIP) (Câmara Brasileira do livro, SP, Brasil) Costa, Antonio Fernando Branco Controle estatístico de qualidade / Antonio Fernando Branco Costa, Eugenio Kahn Epprecht, Luiz Cesar Ribeiro Carpinetti. - 2. ed. - 7. reimpr. - São Paulo : Atlas, 2013. Bibliografia. ISBN 978-85-224-4156-3 1. Controle de qualidade - Métodos estatísticos 1. Epprecht, Eugenio Kahn. II. Carpinetti, Luiz Cesar Ribeiro. III. Título. 03-5340 CDD-658.562015195 Índices para catálogo sistemático: 1. Controle de qualidade : Métodos estatísticos : Administração da produção 658.562015195 2. Controle estatístico de qualidade : Administração da produção 658.562015195 TODOS OS DIREITOS RESERVADOS - É proibida a reprodução total ou parcial, de qualquer for- ma ou por qualquer meio. A violação dos direitos de autor (Lei nº 9.610/98) é crime estabelecido pelo artigo 184 do Código Penal. Depósito legal na Biblioteca Nacional conforme Lei n° 10.994, de 14 de dezembro de 2004. Impresso no BrasiVPrinted in Brazil 11 Editora Atlas S.A. Rua Conselheiro Nébias, 1384 (Campos Elísios) 01203-904 São Paulo (SP) Tel.: (011) 3357-9144 www.EditoraAtlas.com.br Sumário 1 }} )) )) Prefácio, 11 1 INTRODUÇÃO E CONCEITOS FUNDAMENTAIS, 15 1.1 Introdução, 15 1.2 Referências bibliográficas, 20 2 FUNDAMENTOS DO CONTROLE ESTATÍSTICO DE PROCESSOS, 22 2.1 Causas de variabilidade dos processos, 22 2.2 Monitoramento dos processos por gráficos de controle, 28 2.3 Condições para construção e uso dos gráficos de controle, 29 2.4 Etapa inicial: conhecendo, estabilizando e ajustando o processo, 30 2.5 Subgrupos racionais, 35 2.6 Estimando a variabilidade do processo, 37 2. 7 Amostragem estratificada, 42 2.8 Exercícios, 42 3 GRÁFICOS DE CONTROLE POR VARIÁVEIS, 44 3.1 Construindo os gráficos de controle de X e R, 44 3.2 Análise de desempenho dos gráficos de X e R, 61 3.3 Gráficos alternativos ao gráfico de R para monitoramento da dispersão do processo, 86 3.4 Gráfico de controle de X com regras suplementares de decisão, 91 3.5 Gráfico de controle de X com outras regras de decisão, 96 3.6 Escolha do intervalo de tempo entre amostras, 97 3. 7 Determinação dos valores ótimos para os parâmetros do gráfico de x, 98 3.8 Exercícios, 101 4 CAPACIDADE DO PROCESSO, 116 4.1 Limites naturais, de especificação e de controle, 116 4.2 Alarmes versus itens não conformes, 122 4.3 Índices de capacidade do processo, 124 4.4 Exercícios, 133 5 AVALlAÇÃO DE SISTEMAS DE MEDIÇÃO, 139 5.1 Características de um sistema de medição, 140 5.2 Avaliação do erro sistemático do sistema de medição, 143 5.3 Estudo de repetitividade e reprodutibilidade de sistemas de medição, 145 5.4 Exercícios, 154 5.5 Referências bibliográficas, 158 6 GRÁFICOS DE CONTROLE PARA PROCESSOS AUTOCORRELACIONADOS, 159 6.1 Introdução, 159 6.2 Coeficiente de correlação e função de autocorrelação, 160 6.3 Exemplo de um processo autocorrelacionado, 162 6.4 Gráficos de observações individuais e amplitude móvel, 169 6.5 Gráficos de controle com limites alargados, 174 6.6 Exercícios, 182 6. 7 Referências bibliográficas, 184 7 GRÁFICOS DE CONTROLE DE CUSUM E DE EWMA, 185 7.1 Introdução, 185 7.2 Gráfico de controle de CUSUM, 186 8 7.3 Algoritmo CUSU 7.4 Gráfico de con 7.5 Exercícios, 197 8 GRÁFICOS DE CONTJ 8.1 Gráfico de con 8.2 Gráfico de con 8.3 Gráfico de conm amostra, 217 8.4 Gráfico de contn unidade de~ 8.5 Exercícios, 226 9 INSPEÇÃO DE QUALll 9.1 Introdução, 236 9.2 Inspeção para aCi 9.3 Planos de amosn operação, 240 9.4 Determinação cto 9.5 Inspeção retifica< 9.6 Plano de amostra 9.7 Planos de amostr 9.8 Exercícios, 253 9.9 Referências bibli< ~ndice A - Tabelas, 261 TabelaAl Área em Tabela A2 Distrib~ Tabela B Distrib~ Tabela C Distribui~ Tabela D Pontos da Tabela E Pontos da Tabelas F Planos de autorizaç ABNT),2 Tabela Fl monitoramento da dispersão >!ementares de decisão, 91 ~as de decisão, 96 >Stras,97 parâmetros do gráfico trole, 116 140 ele medição, 143 ~ele de sistemas de -\lITOCORREIACIONADOS, correlação, 160 162 plitude móvel, 169 1 .... 4 fA. 185 7.3 Algoritmo CUSUM, 189 7.4 Gráfico de controle de EWMA, 194 7 .5 Exercícios, 197 ~ GRÁFICOS DE CONTROLE POR ATRIBUTOS, 199 8.1 Gráfico de controle de np, 199 8.2 Gráfico de controle de p, 214 8.3 Gráfico de controle de C, para o número de não-conformidades na amostra, 217 8.4 Gráfico de controle de u, para o número de não-conformidades por unidade de inspeção, 225 8.5 Exercícios, 226 INSPEÇÃO DE QUALIDADE, 236 9.1 Introdução, 236 9.2 Inspeção para aceitação, 236 9.3 Planos de amostragem simples e curvas características de operação, 240 9.4 Determinação do plano de amostragem, 243 9 .5 Inspeção retificadora, 244 9.6 Plano de amostragem dupla, 247 9.7 Planos de amostragem da norma brasileira NBR 5426, 249 9.8 Exercícios, 253 9. 9 Referências bibliográficas, 259 ..vêndice A- Tabelas, 261 Tabela Al Área em caudas simétricas·da distribuição normal padrão, 262 Tabela A2 Distribuição normal padrão acumulada, 263 Tabela B Tabela C Tabela D Tabela E Distribuição acumulada da amplitude relativa W, 265 Distribuição de Poisson acumulada, 272 Pontos da distribuição de qui-quadrado, 276 Pontos da distribuição t de Student, 280 Tabelas F Planos de inspeção da norma NBR 5426 (reproduzidos com autorização da Associação Brasileira de Normas Técnicas - ABNT), 281 Tabela Fl Codificação de amostragem, 281 9 Tabela F2 Plano de amostragem simples - normal, 282 Tabela F3 Plano de amostragem simples - severa, 283 Tabela F4 Plano de amostragem simples - atenuada, 284 Tabela FS Plano de amostragem dupla - normal, 285 Tabela F6 Plano de amostragem dupla - severa, 286 Tabela F7 Plano de amostragem dupla - atenuada, 287 Tabela G Constantes d2, d3 e c4, 288 Apêndice B - Distribuição da amplitude amostral R, 289 Apêndice C - Distribuições amostrais da variância e do desvio-padrão, 292 Apêndice D - Propriedades dos gráficos de X com regras suplementares de decisão, 294 Apêndice E - Planilha para a determinação dos parâmetros do gráfico de np, 308 Apêndice F- Respostas dos exercícios propostos, 311 Índice remissivo, 331 10 1 )} )) O Controle ~ta ' os cursos de Engenbal _cânica, e em praticame A carência de .. . _undidade e o nível ... e demandam, aliada a _ quisa e ao ensino das - ração deste livro. Noss e didático. Cada assun um exemplo. Há gráffo e, ao final de cada cap o aprendizado. Além dos tópicos não, a critério do proft lllendido para o curso. A tal s opcionais (em texto n~ ;::uerido por cada um .• - '5 opcionais, mais 15 hoi e não são necessários m simples - normal, 282 m simples - severa, 283 m simples - atenuada, 284 m dupla - normal, 285 m dupla - severa, 286 m dupla - atenuada, 287 , 289 e do desvio-padrão, 292 .gras suplementares de râmetros do gráfico de np, 308 Prefácio O Controle Estatístico da Qualidade (CEQ) é assunto obrigatório em to- Clos os cursos de Engenharia de. Produção, na maioria dos cursos de Engenharia lecânica, e em praticamente todos os cursos de graduação em Estatística. A carência de livros-textos em português que abordem o assunto com a profundidade e o nível de detalhamentoque os cursos de Engenharia e Estatís- tica demandam, aliada à experiência dos autores - fruto de anos de dedicação à pesquisa e ao ensino das técnicas estatísticas que compõem o CEQ -, levou à ela- boração deste livro. Nosso objetivo foi um texto rigoroso nos conceitos, detalha- do e didático. Cada assunto é explorado em profundidade, e é ·sempre seguido de um exemplo. Há gráficos e figuras em abundância para auxiliar a compreen- são e, ao final de cada capítulo, uma lista de exercícios com respostas para ava- liar o aprendizado. Além dos tópicos básicos, o livro apresenta tópicos que poderão ser vistos ou não, a critério do professor e em função do tempo disponível e do nível pre- tendido para o curso. A tabela a seguir discrimina os tópicos básicos (em negrito) e os opcionais (em texto normal), e indica o número aproximado de horas de aula requerido por cada um. No total, os tópicos básicos demandam 30 horas de aula e os opcionais, mais 15 horas. Os tópicos opcionais são independentes da seqüên- cia, e não são necessários para o entendimento dos demais. . Tópico Horas Capítulo 1: Introdução e conceitos fundamentais 1 Capítulo 2: Fundamentos do controle estatístico de processos 3 Capítulo 3 até subseção 3.2.2: Gráfico de Reanálise de 10 desempenho; seção 3.3: Gráficos alternativos ao gráfico de R para monitoramento da dispersão do processo; seção 3.4: Gráfico de controle de X com regras suplementares de decisão Capítulo 3 (demais seções): 6 3.2.3: Gráficos de X e R: análise do desempenho conjunto; 3.5: Gráfico de controle de X com outras regras de decisão; 3.6: Esco- lha do intervalo de tempo entre amostras; 3.7: Determinação dos valo- res ótimos para os parâmetros do Gráfico de X Capítulo 4: Capacidade do processo 4 Capítulo 5: Avaliação de sistemas de medição 3 Capítulo 6: Gráficos de controle para processos autocorrelacionados 3 Capítulo 7: Gráficos de controle de CUSUM e de EWMA 3 Capítulo 8: Gráficos de controle por atributos 6 Capítulo 9: Inspeção de qualidade 6 Pressupõe-se que o aluno já tenha cursado uma disciplina introdutória de Probabilidades (pré-requisito das disciplinas de CEQ), pois o conteúdo deste li- vro não se limita às receitas de construção dos gráficos de controle, mas vai mui- to além, dentro da visão de que o futuro engenheiro precisará propor soluções para problemas reais. Para tanto, deverá estar capacitado a analisar esses problemas criticamente e a julgar a validade das técnicas disponíveis; isso significa que se deve buscar, além do mero ensino das técnicas, a clara compreensão dos conceitos pelos alunos, e o desenvolvimento de sua capacidade crítica. Por essa razão, o texto coloca ênfase especial nos conceitos e, entre outras coisas, na análise de desem- penho e no projeto dos gráficos de controle. De acordo com esse objetivo de capacitar o engenheiro ou o estatístico a atuar na realidade de hoje, e aproveitando a experiência dos autores, o conteúdo 12 é original em vários penho, no projeto dos ~ toramento dos processos éi tradicionalmente não ve11 de no nível de graduaçáll trole com regras supleme Optamos ainda p limites dos gráficos de co ~' d3 e c4). Tais constant nicas, visavam eliminar atualmente, contudo, no~ mais confusão que entend valentes e esconde os cm ttole e sua relação com m tes a homogeneidade e o s reza, e o resultado em te~ Para melhor apoia nece o seguinte material • planilhas Ex~ guras do texto de gráficos de • um conjunto cc baseado no liv Agradecimentos Nossos agradecim • à Associação B para a reprodt parte da Norm • a várias pessoa tões para este Augusto Silva Aparecida de • a nossas espos apenas moral; Horas 1 processos 3 Iise de 10 gráfico de R para .4: Gráfico de - '. 6 unto; . _cisão; 3.6: Esco- m.inação dos valo- 4 3 crelacionados 3 3 6 6 uma disciplina introdutória de :::::Q pois o conteúdo deste li- !ltlcos de controle, mas vai mui- orecisará propor soluções para .;.o a analisar esses problemas ~ reis: isso significa que se deve mpreensão dos conceitos pelos crítica. Por essa razão, o texto as coisas, na análise de <lesem- engenheiro ou o estatístico a __ encra dos autores, o conteúdo é original em vários aspectos, como, por exemplo, na ênfase na análise de desem- penho, no projeto dos gráficos de controle, na inclusão de técnicas para moni- toramento dos processos autocorrelacionados - processos freqüentes hoje, mas que tradicionalmente não vêm sendo tratados nas disciplinas de controle de qualida- de no nível de graduação - ou na análise das propriedades dos gráficos de con- trole com regras suplementares. Optamos ainda por eliminar as tradicionais constantes para cálculo dos limites dos gráficos de controle (com exceção de três constantes indispensáveis: "2· d3 e e 4). Tais constantes, criadas quando ainda não havia calculadoras eletrô- nicas, visavam eliminar operações aritméticas e cálculo de raízes quadradas; atualmente, contudo, nossa experiência didática tem mostrado que seu uso causa mais confusão que entendimento, pois gera uma multiplicidade de fórmulas equi- valentes e esconde os conceitos fundamentais: o significado dos limites de con- trole e sua relação com os parâmetros do processo. Eliminando-as, ficam eviden- tes a homogeneidade e o significado das fórmulas, ganha-se em simplicidade e cla- reza, e o resultado em termos de aprendizado é mais que compensador. Para melhor apoiar o professor, o site <www.professoratlas.com.br> for- nece o seguinte material suplementar, atualizado periodicamente: • planilhas Excel usadas na construção de vários gráficos, tabelas e fi- guras do texto, que são úteis para projeto e análises de des~mpenho de gráficos de controle e de planos de inspeção; e • um conjunto completo de transparências em PowerPoint para um curso baseado no livro. Agradecimentos Nossos agradecimentos: • à Associação Brasileira de Normas Técnicas (ABNT), pela autorização para a reprodução das tabelas constantes do Apêndice F, que fazem parte da Norma NBR 5426; • a várias pessoas que contribuíram revendo, criticando e fazendo suges- tões para este livro, mas, especialmente, a Íris Trindade, a Fernando Augusto Silva Marins, a Flávia Cesar Teixeira Mendes, a Aurélia Aparecida de Araújo Rodrigues e a Pledson Guedes de Medeiros; e • a nossas esposas, pelo tempo que lhes foi roubado e pelo apoio não apenas moral; este livro é uma realização também delas. Os Autores 13 1 Introdução e Conceitos Fundamentais 1 )) )) >> 1.1 INTRODUÇÃO Este livro trata das técnicas estatísticas criadas especialmente para o con- trole de processos: processos industriais que geram bens de consumo, tais como automóveis, geladeiras ou roupas, e processos de empresas que prestam serviços, como é o caso de restaurantes, bancos ou prefeituras. O controle permanente dos processos é condição básica para a manutenção da qualidade de bens e de servi- ços. Não existe na literatura uma definição única, universal, para qualidade; os próprios "gurus" da qualidade apresentam diferentes definições. Para Juran (1999), qualidade significa adequação ao uso. Para Deming (2000), qualidade significa atender e, se possível, exceder as expectativas do consumidor. Para Crosby (1995), qualidade significa atender às especificações. Para Taguchi (1999), a produção, o uso e o descarte de um produto sempre acarretam prejuí- zos ("perdas") para a sociedade; quanto menor for o prejuízo, melhor será a qualidade do produto. Exemplo: a produção de veículos leva à construção de si- derúrgicas que poluem o ar com diferentes elementos químicos; durante o uso, esses mesmos veículos poluem o ar com a emissão do CO; e, como se não bastas- se, ao findar a vida útil, muitos de seus componentes ficam sem destino, por não serem recicláveis. Os prejuízos para a sociedade não se limitam aos prejuízos para o meio ambiente, mas incluem também todos os prejuízos diretos para os com- pradores do produto,tais como quebras inesperadas, consumo excessivo, mau posicionamento do freio de mão etc. Há ainda quem defina a qualidade como o valor do bem - ou do servi- ço-, que quantifica o grau de satisfação do consumidor com respeito a vários que-