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Sintaxe: história, termos e 
procedimentos
Objetivos de aprendizagem
Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados:
 � Reconhecer as concepções sintáticas na prática analítica.
 � Identificar os procedimentos metodológicos sintáticos.
 � Avaliar a importância da sintaxe para a compreensão de textos.
Introdução
Não é preciso ser um cientista da linguagem para saber qual a dispo-
sição adequada das palavras em uma frase. Mas se os falantes de uma 
língua têm condições de criar sentenças compreensíveis sem estudar 
formalmente os princípios da sintaxe, para que ela serve? Neste texto, 
você vai perceber que pode enriquecer muito a escrita e a percepção 
dos efeitos de sentido em um texto quando se apropria das relações 
sintáticas entre os termos de uma oração. Além de estudar os proce-
dimentos metodológicos dessa área, você vai descobrir também qual 
foi o sujeito que “inventou” esse tal de predicado.
Um breve caminho histórico
Os primeiros passos da tradição europeia no estudo da sintaxe foram dados 
pelos antigos gregos, começando com Aristóteles; ele foi o primeiro a dividir 
a frase em sujeitos e predicados. A segunda contribuição fundamental, já no 
século XIX deve-se a Frege, que critica a análise aristotélica, propondo uma 
divisão da frase em função e argumento. De seu trabalho deriva toda a lógica 
formal contemporânea, bem como a sintaxe formal. 
1
No século XIX, a filologia dedicou-se à investigação nas áreas da fonologia e morfo-
logia, não tendo reconhecido a contribuição fundamental de Frege. Só em meados do 
século XX ele foi verdadeiramente apreciado.
A estrutura das frases (sintaxe) e a sua evolução do latim para o português 
tem sido um dos temas menos estudados na gramática histórica. Esse aspecto 
tem natureza epistemológica: os modelos teóricos usados para interpretar as 
línguas naturais durante o século XIX e meados do século XX construíram 
as suas descrições de forma indutiva, a partir de amostras de língua falada e 
de escrita efetivamente produzida. Dessa forma, esses modelos avançaram 
rapidamente nos domínios da fonética e da fonologia, uma vez que as línguas 
têm um número finito de unidades fonéticas e fonológicas. 
Na área da sintaxe ocorre um fenômeno diferente. O conhecimento sintático 
que os falantes têm interiorizado não está espelhado nos enunciados por eles 
produzidos, nem quando falam, nem quando escrevem. Isso se agrava quando 
você pensa em textos de épocas passadas. Apenas depois de ser construída 
uma teoria preocupada com a capacidade de os falantes criarem frases, ba-
seadas em sua imaginação sintática, é que foi possível abordar a sintaxe nos 
seus aspectos históricos. 
A construção de uma teoria preocupada com a capacidade de os falantes criarem frase 
começou somente em 1957, com os trabalhos de Noam Chomsky em teoria gerativa.
O que é sintaxe?
Sintaxe vem do termo grego syntaxis (ordem, disposição). Tradicionalmente, 
ela se refere à parte da Gramática que descreve o modo como as palavras 
são combinadas para compor as sentenças. Essa descrição é organizada sob 
a forma de regras.
Sintaxe do português2
A sintaxe trata das relações que as unidades contraem no enunciado. Seu 
ponto de partida é a combinação de formas livres, que segue dois princípios: 
a sucessão e a linearidade – ou seja, as unidades se sucedem umas após as 
outras numa linha temporal. 
Por exemplo, você só pode explicar a expressão “a menina afaga o seu ca-
chorro” por meio de uma sucessão linear de unidades: a + menina + afaga + 
seu + cachorro. Você pode perceber que, em português, há uma sequenciação 
possível: menina + afagar + seu + bichinho + de + estimação, que leva à re-
alização “a menina afaga seu bichinho de estimação”, e não *estimação seu 
afaga bichinho a menina. Dessa forma, a própria língua apresenta elementos 
possíveis a fim de alterar a ordem estrutural. 
Ou seja, a sua capacidade como falante já é suficiente para que você tenha algumas 
informações a respeito da estrutura sintática. Ao falar, você automaticamente faz 
essa relação de ordem das palavras, pois apenas assim será compreendido.
A sintaxe é a área dos estudos linguísticos que se ocupa das relações entre as palavras 
na oração e entre as orações no período.
O caráter básico da sintaxe é a relação, que resulta na subordinação de um 
termo a outro. Com isso, temos a hierarquização dos constituintes oracionais. 
Entretanto, a ordem linear, ou sucessão real, dos elementos na sequência fa-
lada não precisa necessariamente coincidir com a sequência determinada por 
regras de dependência e hierarquização. 
Existe uma ordem estrutural prevista pela língua e existe uma ordem linear estabele-
cida pelas necessidades da fala.
Por ser um dos componentes básicos da linguagem, a sintaxe tem por objetivo 
principal fazer certos conteúdos semânticos serem veiculados por meio de 
Sintaxe: história, termos e procedimentos 3
sequências. Por isso, os tipos de elementos utilizados para estruturar as sequ-
ências e dos quais resultam graus diferentes de coesão entre os constituintes 
variam muito de língua para língua, mas o esquema e o mecanismo de estru-
turação do enunciado são constantes. 
Análise sintática
A análise sintática é o método que você deve utilizar quando quiser compreender 
a estrutura de uma oração. Para utilizar este recurso de análise, você precisa co-
nhecer os termos da oração e a função sintática exercida por cada um deles.
De forma geral, você pode identificar os termos da oração em dois grupos: um 
contendo os termos essenciais ou fundamentais, que são o sujeito e o predi-
cado; outro contendo os termos integrantes, que são o complemento verbal, 
o complemento nominal e o agente da passiva, e os termos acessórios, que 
conhecemos por adjunto adverbial, adjunto adnominal e aposto.
Relembre a função dos termos essenciais na oração:
A menina bonita afaga seu bichinho de estimação.
sujeito: a menina
predicado: afaga seu animal de estimação
Os termos essenciais da oração podem ser desdobrados em classificações específicas 
(sujeito simples, sujeito composto, predicado verbal, predicado nominal, etc.) e em 
termos integrantes e acessórios, que também possuem classificações específicas.
Ainda nessa frase, você pode identificar alguns termos integrantes, veja:
núcleo do sujeito: menina
adjunto adnominal: bonita
núcleo do predicado verbal: afaga
complemento verbal (objeto direto): animal de estimação
adjunto adnominal: de estimação
Sintaxe do português4
Fazer a análise sintática de uma oração significa separar cada um de seus ele-
mentos e classificar de acordo com suas características. A compreensão dessa 
estrutura da frase vai ajudar você a escrever e pontuar corretamente.
Gramaticalidade e agramaticalidade
Gramaticalidade é a característica de toda fala ou escrita que segue a gra-
mática da língua. Já agramaticalidade é o oposto disso, havendo comprome-
timento da estrutura da frase. Para que você entenda melhor essa definição, 
precisa saber que o uso do termo agramaticalidade está vinculado ao uso de 
outro termo e serve como uma opção com mais especificidade, acompanhe:
O termo erro é caracterizado como o uso inadequado da língua, mas que 
não compromete o entendimento. Em geral é associado a aspectos culturais e 
sociais do falante.
Precisamo analisa os trabalho para que seje identificado a 
fonte dos erro.
Aqui, você encontra erros de ortografia e de concordância; contudo, a men-
sagem foi entendida, sem perda de informação.
O termo agramaticalidade refere-se à “quebra” de regras gramaticais que 
comprometem o entendimento e a comunicação.
Não frio fez nossa na viagem.
Neste exemplo, você pode perceber uma total desestruturação da frase, que 
faz ela perder o sentindo e não ser compreendida. Ou seja, a agramaticalidade 
ocorre quando uma inadequação estrutural é cometida na formação de uma 
oração. Isso está diretamente relacionado ao que você viu sobre a importância 
de saber realizar uma análise sintática. 
Breve apresentaçãoda teoria gerativa
Na década de 1950, o linguista e filósofo norte-americano Noam Chomsky 
começou a trabalhar em uma teoria preocupada com a capacidade de os fa-
lantes criarem frases, chamada de teoria gerativa ou generativa. Nela, 
Sintaxe: história, termos e procedimentos 5
Chomsky propõe que existe um conhecimento linguístico universal, inato, 
cuja área central é a sintaxe. 
Em estudo mais recente (a Teoria dos Princípios e Parâmetros), o gerativismo 
concebe que a sintaxe inclui princípios comuns a todas as línguas do mundo e 
parâmetros responsáveis pelas grandes variações. Os falantes, que ao nascer 
já dominam os abstratos princípios da sintaxe, vão aprendendo a sua língua 
materna à medida que compreendem quais são os valores próprios dos parâ-
metros dessa língua e quais são as propriedades sintáticas que caracterizam 
as unidades lexicais; ou seja, as palavras. 
De acordo com o gerativismo, para conhecer a sintaxe de uma língua, você 
precisa formular sucessivas hipóteses sobre as operações mentais envolvidas 
na derivação das suas frases. Na base dessa derivação está um conjunto de 
escolhas em relação ao léxico. Dessa forma, as estruturas frásicas, então 
já criadas, são divididas em dois tipos de representação: uma em relação aos 
níveis dos sons (processo fonético) e outra em relação ao nível do significado 
(forma lógica). Isso contempla o objeto observável sintático, que são as frases 
com sentido – as únicas que podem ser compreendidas.
Sempre que você fala ou ouve uma frase, fala ou ouve sucessivas palavras. 
Essa transmissão de palavras é chamada pela Gramática Gerativa de sintaxe 
visível. 
Sintaxe visível é o resultado superficial de uma produção dinâmica entre estruturas. 
Algumas estruturas são apenas abstratas, não tendo correspondência no componente 
lexical das línguas.
A partir do pouco que você viu até aqui, fica claro que você vai precisar do-
minar um grande vocabulário técnico, os conceitos de uma teoria complexa 
e diferentes línguas para poder entender todo o alcance da teoria gerativa 
e da sua adequação aos problemas sintáticos das línguas. Mas mesmo que 
você não aprenda a fundo essa teoria, existe uma grande vantagem prática em 
estudá-la, que é a de você não ver os fenômenos sintáticos isoladamente. A 
teoria gerativa busca explicações únicas para as diversas características frá-
Sintaxe do português6
sicas, na tentativa de, um dia, alcançar o conhecimento sintático comum aos 
falantes de todas as línguas do mundo – a Gramática Universal.
1. Indique a alternativa que corres-
ponde à afirmação CORRETA.
a) A sintaxe é a parte da gramática 
que se ocupa do estudo das 
palavras independentemente do 
contexto em que estão inseridas.
b) O estudo da sintaxe objetiva 
analisar a classificação gramatical 
das palavras.
c) O enfoque do estudo sintático é o 
emprego da pontuação.
d) A sintaxe envolve o estudo dos 
mecanismos de concordância 
entre as palavras, mas não aborda 
os mecanismos de regência.
e) À sintaxe interessa o estudo das 
relações lógicas que as palavras 
ou as sequências de palavras 
estabelecem em um contexto.
2. Em qual das alternativas a seguir há 
um exemplo adequado de análise 
sintática?
a) Na frase “Os alunos participaram 
de manifestações contra a cor-
rupção”, o tempo da forma verbal 
é o pretérito perfeito.
b) Em “A epidemia de gripe é pre-
ocupante nessa época do ano”, 
“epidemia” é um substantivo.
c) “As lembranças permanecem 
sempre em nossa memória” é um 
exemplo de período composto.
d) Em “Camila precisou entregar 
os livros na biblioteca”, “Camila” 
exerce a função de sujeito e 
“precisou entregar os livros na bi-
blioteca”, a função de predicado.
e) Em “Durante o ano, Jéferson pre-
fere ficar com sua mãe”, “durante o 
ano” expressa concessão ao verbo.
3. A gramaticalidade está relacionada 
à inteligibilidade de uma frase. 
Considera-se gramatical uma frase 
que respeita as regras gramaticais de 
um sistema linguístico e agramatical 
uma frase que desrespeita essas 
regras. Nesse sentido, esses conceitos 
estão intimamente ligados à análise 
da estrutura sintática. No entanto, é 
importante destacar que essas con-
cepções não devem ser confundidas 
com as regras “puristas” da gramática 
normativa. Assinale qual das alterna-
tivas a seguir apresenta um exemplo 
de agramaticalidade.
a) Me passa o suco, por favor.
b) O amigo de Carlos comeu a 
ontem pizza.
c) Maria gosta de sair com os 
amigos aos finais de semana.
d) A casa precisa ser reformada 
ainda neste mês.
e) Você sabe que te quero muito 
bem.
4. O conhecimento sintático é impor-
tante para a construção de um texto 
com coesão e coerência. Assinale a 
alternativa em que há uma inade-
quação sintática que compromete o 
entendimento da frase.
a) Como a chuva estava muito forte, 
não foi possível ir ao parque.
Sintaxe: história, termos e procedimentos 7
b) Os homens perderam a capaci-
dade de sonhar, portanto alguns 
ainda resistem.
c) Apesar de ter passado o dia in-
teiro na rua, não estava cansada.
d) Ela não só desenhou o projeto 
como também ajudou em seu 
desenvolvimento.
e) Marta preparou-se muito para 
o concurso, por isso não estava 
nervosa.
5. Verifique a alternativa em que há 
inadequação de concordância do 
verbo com o sujeito.
a) Pensando em seu estudo, o 
pesquisador Carlos Martins, histo-
riador da Universidade Federal de 
Minas Gerais, recalculou as taxas 
de crimes no último século.
b) Durante todo o ano, muitas galerias 
de arte venderam seus espaços.
c) Começou a cair todas as telhas da 
casa alugada.
d) Alexandre Ramiro, um dos reno-
mados meteorologistas do Brasil, 
não aceitou dar entrevistas para a 
imprensa.
e) Aconteceram muitas situações 
inexplicáveis naquela casa depois 
da saída de Lúcia.
ALI, M. S. Gramática histórica da língua portuguesa. 7.ed. Rio de Janeiro: Melhoramentos, 
1971. 
DIAS, A. E. da S. Syntaxe historica portugueza. 5.ed. Lisboa: Livraria Clássica Editora, 1970.
HUBER, J. Altportugiesisches Elementarbuch. Lisboa: Gulbenkian, 1986. Gramática do por-
tuguês antigo.
SILVA, R. V. M. Estruturas trecentistas: para uma gramática do português arcaico. Lisboa: 
Imprensa Nacional/Casa da Moeda, 1989.
SILVA, R. V. M. O português arcaico: morfologia e sintaxe. São Paulo/Salvador: Contexto/
Editora da Universidade Federal da Bahia, 1994.
RITONDALE, C. A. Português: sintaxe avançada – curso prático. Joinville: Clube dos Auto-
res, 2009.
Leituras recomendadas
Sintaxe do português8

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