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Sintaxe e semântica APRESENTAÇÃO Seja bem-vindo! As línguas naturais são mecanismos muito complexos que relacionam sistematicamente sons com significados, por meio do componente morfossintático, e suas análises começam desde um exame sonoro até o seu significado semântico. Cabe ao estudioso de uma língua natural compreender que os significados de uma língua não são denominados arbitrariamente, pelo contrário: há estudos que correlacionam os significados à sintaxe. Nesta Unidade de Aprendizagem, você vai estudar a coesão na linguística textual e compreenderá a interface da sintaxe com a semântica. Bons estudos. Ao final desta Unidade de Aprendizagem, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Contrastar funções semânticas e funções sintáticas.• Relacionar o conceito de coesão na interface sintaxe/semântica.• Analisar a interpretação semântica dos complementos de predicados.• DESAFIO No mês de setembro a escola que você trabalha comemora o mês de nascimento do escritor uruguaio Eduardo Galeano. A direção solicitou que os temas trabalhados em aula pudessem dialogar com a produção literária do escritor. Após escolher o poema "El mar", você precisa montar o gabarito de um exercício que tem como finalidade identificar as referências anafóricas e catafóricas. Identifique qual seria o correto gabarito deste exercício para fornecer aos seus alunos. Elementos anafóricos: Linha 1 “lo” _____________________________. “la” _____________________________. Linha 4 “su” _____________________________. Linha 5 “sus” _____________________________. Linha 6 “su” _____________________________. Linha 8 “su” _____________________________. Elemento catafórico: Linha 3 “ella” _____________________________. INFOGRÁFICO Pelas dimensões da linguagem é possível avaliar a língua como objeto de estudo e mecanismo de comunicação. Cabe ao linguista, gramático, professor ou simples estudioso de uma língua compreender que existem dimensões no estudo linguístico. No Infográfico, você conseguirá visualizar as diferentes dimensões da linguagem. CONTEÚDO DO LIVRO Estudar cientificamente uma língua natural corresponde a compreender que existem diferentes níveis de análise. Esta Unidade é composta não apenas pela interface sintático-semântica, por meio da qual você irá compreender a relação do significado com a gramática; mas também pela linguística textual, em que se vai tratar da coesão textual. No capítulo Sintaxe e semântica, da obra Sintaxe da língua espanhola, você verá as noções básicas para a compreensão da língua no nível de significados dentro da gramática. Boa leitura. SINTAXE DA LÍNGUA ESPANHOLA Roberta Spessato Revisão técnica: Marina Leivas Waquil Doutora e Mestra em Letras – Teorias Linguísticas do Léxico Bacharel em Letras – Português/Espanhol Catalogação na publicação: Karin Lorien Menoncin - CRB -10/2147 S749s Spessatto, Roberta. Sintaxe da língua espanhola / Roberta Spessatto, Aline Bizello; [revisão técnica: Marina Leivas Waquil] . – Porto Alegre: SAGAH, 2018. 249 p. : il. ; 22,5 cm. ISBN 978-85-9502-495-3 1. Língua espanhola – Sintaxe. I. Bizello, Aline. II.Título. CDU 811.134.3’367 Sintaxe_lingua_espanhola_Book.indb 2 20/07/2018 11:28:59 Sintaxe e semântica Objetivos de aprendizagem Ao final deste texto, você deve apresentar os seguintes aprendizados: Contrastar funções semânticas e funções sintáticas. Relacionar o conceito de coesão na interface sintaxe/semântica. Analisar a interpretação semântica dos complementos de predicados. Introdução Sabe-se que as línguas naturais são mecanismos muito complexos, que relacionam sistematicamente sons com significados por meio do com- ponente morfossintático. As suas análises começam desde uma análise sonora até o seu significado semântico. Cabe ao estudioso de uma língua natural compreender que os seus significados não são denominados arbitrariamente — pelo contrário: há estudos que correlacionam os sig- nificados à sintaxe. Neste capítulo, você vai estudar a coesão na linguística textual e compreender a interface da sintaxe com a semântica. As funções e a sua arbitrariedade linguística Estudar uma língua natural não é algo simples. Quando pensamos no seu funcionamento, é surpreendente perceber como os sons são associados a signifi cados passando por diversos níveis. De acordo com Cançado (2005), a descrição linguística tem diferentes níveis de análise: a fonologia, o léxico e a morfologia, a sintaxe e a semântica. O primeiro nível estuda os sons e as suas combinações em determinada língua; o segundo, representado pelo léxico e pela morfologia, trata do conjunto de palavras de uma língua e o estudo das suas construções; o terceiro, conhecido como sintaxe, é o estudo de como as palavras podem ser combinadas nas diferentes sentenças; e o último trata da C05_Sintaxe_Semantica.indd 1 19/06/2018 17:31:17 semântica, que é o estudo do signifi cado das palavras em seus contextos. Nesse sentido, a semântica é o ramo da linguística que se direciona à investigação do signifi cado das sentenças. Quando analisamos uma oração em relação ao seu significado, é inviá- vel separá-la da sintaxe. De acordo com a Real Academia Española (2010, p. 16), “[...] as funções sintáticas representam as formas pelas quais as relações que expressam os argumentos são manifestadas”. Cada função sintática é caracterizada pela presença de diferentes marcas ou expoentes gramaticais, como concordância, posição, presença de preposições e, às vezes, entonação. Segundo Cançado, Godoy e Amaral (2013), o nível semântico é a própria estrutura argumental, ou seja, ele está diretamente ligado ao nível sintático. Portanto, o significado de uma construção é composto pelo significado das estruturas gramaticais e dos itens lexicais que a integram. Compare as seguintes frases: a. La artimaña derrotó (a) la violencia. (A astúcia derrotou a violência) b. La violencia derrotó (a) la artimaña. (A violência derrotou a astúcia) Quando analisamos essas duas orações, vemos que ambas apresentam a construção sintática sujeito + verbo transitivo direto + objeto direto. No entanto, dependendo de quem assume o papel de sujeito, o sentido da oração muda. Por exemplo, dentro da gramática tradicional, o sujeito assume o papel de agente, enquanto o objeto direto, o de paciente. Entretanto, essa caracterização nem sempre é coerente, como você pode perceber nas seguintes orações: a. María recibió flores. (Maria recebeu flores) b. A Juan le duele la cabeza. (A cabeça de Juan dói) c. La violencia fue vencida por la artimaña. (A violência foi vencida pela astúcia) Como podemos perceber, em nenhuma das orações acima o sujeito assume o papel de agente. Esse é um dos motivos pelos quais a gramática moderna, baseada em noções linguísticas, define o sujeito como função sintática rea- lizada por uma frase nominal que concorda em número e pessoa com o verbo (seja ele agente ou paciente) (DI TULLIO; MALCUORI, 2012). Sintaxe e semântica2 C05_Sintaxe_Semantica.indd 2 19/06/2018 17:31:17 Qualquer língua depende de palavras e de sentenças possuidoras de sig- nificado. Segundo Cançado (2005), em todas as línguas, as palavras podem ser organizadas de modo a formar sentenças, e o significado dessas sentenças depende do significado das palavras nelas contidas. Em essência, uma teoria semântica não deve se prender à natureza exata da relação entre o significado de palavras e o significado de sentenças, mas deve ser capaz de enunciar de que modo essa relação depende da ordem das palavras ou de outros aspectos da estrutura gramatical da sentença. Nesse ponto, começamos a analisar a prag- mática. A principal diferença entre a semântica e a pragmática é o significado das sentenças em uso. A semântica lida com significado independentemente de qualquer contexto de uso. A pragmática, por outro lado, considera aqueles aspectos de significado nos quais é necessário levarem conta a situação de emissão ou o contexto linguístico. Logo, estudar o significado de uma sentença representa analisar essa sentença pragmaticamente, pois a área da linguística que descreve a linguagem denomina-se pragmática. Segundo Cançado (2005), a pragmática estuda a maneira pela qual a gramática, como um todo, pode ser usada em situações comunicativas concretas. Tomemos como exemplo as seguintes frases: a. Carmen se casó y tuvo dos hijos. b. Carmen tuvo dos hijos después de casarse. A conjunção y, em (a), além do seu valor aditivo, carrega um valor se- mântico cronológico de acarretamento. Então, com essa conjunção, pode-se afirmar que a oração (a) normalmente acarreta a oração (b). Logo, a relação de acarretamento, segundo Cançado (2005), pode ser entendida como a relação existente entre sentenças, quando o sentido de uma sentença está incluído no sentido de outra. Tomemos estes exemplos: a. Esto es un sofá y es de cuero. b. Esto es un sofá de cuero. Qualquer falante ou estudioso da língua espanhola sabe que a informação contida em (b) está incluída em (a) e que, dessa forma, podemos concluir que (a) acarreta (b). Veja que, se a sentença em (a) for verdadeira, consequentemente a sentença em (b) também será — pois seria contraditório afirmar a primeira sentença e negar a segunda. 3Sintaxe e semântica C05_Sintaxe_Semantica.indd 3 19/06/2018 17:31:17 Sabe-se que a linguística moderna defendeu fortemente a autonomia da sintaxe; no entanto, devemos reconhecer que tal autonomia não é absoluta. Normalmente, os aspectos sintáticos da língua possuem uma correspondência semântica. Segundo Perini (2006, p. 77), “[...] sempre que for possível descre- ver um traço de forma em termos de traços de significado a ele associados, essa descrição deve ser preferida a uma descrição que considere a forma independente do significado”. Em outras palavras, o significado intervém em nossas análises, pois sem ele não poderíamos reconhecer as sentenças ambíguas ou notar que duas sentenças formalmente diferentes podem ter o mesmo significado. Analise as seguintes orações: a. En la reunión había muchachos y muchachas jóvenes. b. María defendió a Ana. c. Ana fue defendida por María. d. Ana va a defender a María. e. Ana va a ser defendida por María. Note que em (a) temos uma sentença ambígua, pois é possível entender tanto que as mulheres eram jovens, quanto que homens e mulheres eram jovens. Da mesma forma, as orações (b) e (c) têm o mesmo significado, isto é, elas estão parafraseando uma à outra — (c) é o passivo de (b), ou seja, elas são sinônimos. Essa mesma relação de sinonímia também ocorre em (d) e (e). Porém, a sinonímia não ocorre entre as orações (f) e (g): f. Ana desea defender a María. g. María desea ser defendida por Ana. A oração (f) não é, portanto, sinônima da oração (g). A diferença de sig- nificado entre as duas orações mostra a diferença nas respectivas estruturas sintáticas: não é possível transformar a oração (f) em passiva, já que essa transformação acarretaria outro significado. O significado não deve ser a base para uma análise gramatical, pois não há necessariamente uma correspondência perfeita entre a sintaxe e a semântica. Em essência, a gramática não necessariamente deve ignorar o significado, mas cabe a ela representar todas as possibilidades semânticas que o falante nativo de uma língua é capaz de produzir e/ou reconhecer. Sintaxe e semântica4 C05_Sintaxe_Semantica.indd 4 19/06/2018 17:31:18 Quando nos deparamos com o conceito de semântica de forma não só gramatical, mas também linguística, percebemos que estudar o significado das palavras ultrapassa o uso de um dicionário, pois tudo depende do contexto em questão. Isso faz com que nos deparemos com mais de um tipo de abordagem semântica. De acordo com Santos e Trindade (c2011, p. 15, documento on-line), existem três principais tipos de abordagens semânticas, as quais podem ser resumidas no seguinte quadro: Semântica formal Semântica enunciativa Semântica cognitiva Semântica referencial Crítica à semântica formal – referência Significado = ponto central na investigação da linguagem Significado = sentido + referência Referência: ilusão criada pela linguagem Significado não depende da referência Vários caminhos = mesmo resultado (2 + 2) ou (10 - 6) = 4 Linguagem: jogo de argumentação enredado em si mesmo Significado não se constrói na linguagem como um jogo de argumentação Valor de verdade Não falamos sobre o mundo, falamos para construir um mundo e, a partir dele, tentar convencer o interlocutor de nossa verdade, que é criada pelas nossas interlocuções Significado é natural e experiencial Predicado/argumento Predicado depende do argumento para verificar valor de verdade (V ou F) Expressões com sentido, mas sem referência não levam ao valor de verdade Não admite indeterminação: ou o valor é V, ou F, nunca I Fonte: Adaptado de Santos e Trindade (c2011, p. 15, documento on-line). Portanto, estudar o significado das palavras não se resume apenas a abrir um di- cionário e tentar compreender o que determinada palavra representa. Um professor, linguista, gramático ou qualquer estudioso de determinada língua, por mais que assuma uma abordagem específica, tem a necessidade de conhecer outras, de forma que possa defender a sua concepção e análise de forma coerente e aprofundada. 5Sintaxe e semântica C05_Sintaxe_Semantica.indd 5 19/06/2018 17:31:18 Coesão: a base para um bom discurso A coesão é uma propriedade do discurso em que tanto as regras morfos- sintáticas de uma língua, quanto as relações semânticas estabelecidas entre as diferentes sentenças que constituem um texto intervêm no sentido geral do contexto. O propósito da coesão é assegurar a progressão temática, com o objetivo de unir as diferentes orações que compõem um discurso, ou seja, a coesão de um texto é obtida quando todos os seus elementos estão conectados uns aos outros. De acordo com Halliday e Hasan (1976, p. 4), a coesão textual é um con- ceito semântico que se refere às relações de sentido existentes no interior do texto, as quais definem o próprio texto como um texto. Segundo os autores, a coesão ocorre quando a interpretação de algum elemento no discurso é dependente da interpretação de outro. Em resumo, um elemento pressupõe o outro, no sentido de que não pode ser efetivamente decodificado, a não ser por outro recurso. Para eles, a coesão é uma relação semântica entre um elemento do texto e outro elemento essencial para a sua interpretação. Trata-se de uma propriedade textual, com a qual as sentenças são apresen- tadas como unidades costuradas por meio de vários mecanismos de ordem léxico-gramatical. Para isso, três tipos principais de mecanismos linguísticos são usados: referência, progressão temática e conexão. Eles estabelecem relações entre diferentes unidades da superfície do texto (palavras, frases ou parágrafos). A principal característica da coesão é o seu caráter semântico unido ao gramatical. De acordo com Beaugrande e Dressler (1997), a sua função é estabelecer relações semânticas dentro de um discurso, a fim de organizar aquilo que será dito. A coesão é regulada pelas normas sintáticas de uma língua e, por isso, é uma propriedade intrínseca do contexto. Enquanto a coesão apresenta características gramaticais, a coerência depende muito mais do contexto. Assim, pode-se afirmar que a coesão e a coerência estão intimamente ligadas: a coesão textual é a manifestação mais importante da coerência, já que é uma propriedade do texto que facilita a sua compreensão. Portanto, a coesão funciona como uma conexão entre palavras e sentenças, estabelecendo as relações semânticas de que um texto precisa para constituir uma unidade de significado. Isso significa que as ideias são organizadas de acordo com uma relação lógica que foi elaborada no plano de conteúdo para dar-lhes coerência. Todavia, essa relação deve ser expressalinguisticamente Sintaxe e semântica6 C05_Sintaxe_Semantica.indd 6 19/06/2018 17:31:18 e, para isso, usamos recursos como pronomes, artigos, conjunções, os quais servem para relacionar os diferentes componentes do texto entre si, o que contribui para a interpretação do seu significado pelo receptor. Nas línguas, diferentes mecanismos de coesão são identificados. A classifi- cação mais conhecida é a proposta por Halliday e Hasan (1976), com base em seu estudo do discurso inglês. Esses autores propuseram cinco mecanismos: referência, substituição, elipse, conjunção, coesão lexical. Referência Consiste em manter o referente em um discurso, principalmente por meio de categorias que trabalham com valor dêitico: pronomes pessoais, demonstrativos e comparativos. Em todos esses casos, o mesmo antecedente é repetido por meio de elementos de natureza gramatical. Logo, é a relação existente entre um elemento do texto com outro (ou outros) que está presente no contexto situacional. A identifi cação dos referentes é um aspecto muito importante na compreensão dos textos, pois afeta diretamente o processamento das infor- mações. A referência textual pode ser de dois tipos: situacional (exofórica) e textual (endofórica). Referência exofórica Ocorre quando um elemento do texto alude a elementos da realidade ou a fatores extralinguísticos — que não estão no texto, mas no contexto situacional. Veja o seguinte exemplo: Nosotros formamos parte de los pensadores linguísticos. Nosotros estabelece um relacionamento com pessoas que não necessa- riamente estejam presentes no texto: alunos, professores, pesquisadores, etc. Referência endofórica Ocorre quando a relação é estabelecida com uma referência presente no mesmo texto. A referência endofórica pode ter caráter anafórico (retoma algo que já foi explicitado no contexto) ou catafórico (faz referência a algo que ainda será explicitado contextualmente). 7Sintaxe e semântica C05_Sintaxe_Semantica.indd 7 19/06/2018 17:31:18 Referência endofórica anafórica Ocorre quando uma referência retrospectiva é estabelecida no texto, isto é, quando um termo faz alusão a outro mencionado anteriormente: Nos hizo una oferta excelente. En esta, describe con precisión todas las ventajas de la alianza. O pronome esta refere-se a um grupo nominal que está presente no mesmo texto: una oferta excelente. El alumno que estudia aprueba. O pronome relativo que faz uma referência anafórica, pois refere-se a el alumno. Referência endofórica catafórica Ocorre quando uma referência prospectiva é estabelecida em um texto, ou seja, quando o signifi cado de um termo depende de outro que aparece depois: ¿Quién vino a la fiesta? Os pronomes interrogativos, em espanhol, fazem uma referência a algo que ainda será dito, ou seja, referem-se a uma resposta que está por vir. Substituição A substituição de um elemento lexical por outro (ou por uma expressão) é um mecanismo que indica que uma relação semântica entre o termo substituído e o substituto foi estabelecida no texto. Ela procura evitar a repetição do mesmo elemento e consiste na substituição de termos linguísticos (palavras ou frases) por estruturas paralelas. A substituição é uma relação de tipo anafórico e pode ser feita de duas maneiras: substituição sinônima ou substituição por meio de proformas. A primeira ocorre com a troca de um elemento por outro de mesmo signifi cado; a segunda ocorre quando uma palavra ou sentença é substituída por um elemento linguístico cuja função serve como substituto Sintaxe e semântica8 C05_Sintaxe_Semantica.indd 8 19/06/2018 17:31:18 desse elemento lexical. É nesse mecanismo de coesão que o referente e o substituto são referenciais. Veja alguns exemplos: a. Las transformaciones del cuerpo son paulatinas, pero ocurren con el tiempo. Estas modificaciones son las más frecuentes visibles a los ojos de la sociedad. (Aqui temos “modificaciones” como sinônimo de “transformaciones”) b. Estuve en una reunión con los padres de los alumnos. En realidad, ellos son muy equilibrados. (proforma pronominal) c. Cerca de la mesa hay unas manzanas. ¿Puedes traerme las maduras? (proforma adjetival) d. Juan compró un coche nuevo y Miguel también. (proforma adverbial) e. Ana huyó de la escuela. Sus compañeros de clase hicieron lo mismo. (proforma verbal) De acordo com Halliday e Hasan (1976), a substituição consiste na colo- cação de um item no lugar de outro elemento do texto, ou até mesmo de uma oração inteira. A principal diferença entre a substituição e a referência é que, na segunda, há total identidade referencial entre o item de referência e o item pressuposto, enquanto na primeira ocorre sempre uma definição. Em suma, a substituição é usada quando a referência não é idêntica ou quando há pelo menos uma nova especificação a ser acrescentada. Elipse Essa forma de coesão consiste em suprimir a informação entendida; portanto, o leitor pode inferi-la sem qualquer inconveniente. Podemos dizer que a elipse é uma maneira de substituir um referente por um elemento zero (Ø). Ela serve como um mecanismo de economia e estilo, e consiste na elisão de uma parte da mensagem que pode ser facilmente entendida. Veja o seguinte exemplo: − Su padre ha salido? ‒ Sí. 9Sintaxe e semântica C05_Sintaxe_Semantica.indd 9 19/06/2018 17:31:18 Conectores Os conectores servem para estabelecer relações lógicas entre as sentenças de um texto, ou seja, eles estabelecem as relações semânticas entre proposições por meio de conjunções e marcadores discursivos. Dessa forma, eles expressam certos signifi cados e pressupõem a existência de outros elementos. Normalmente, os conectores são definidos como um conjunto de indicado- res que permitem ao leitor organizar a relação entre as sentenças. Com eles, é possível perceber se as proposições mantêm uma relação de oposição ou de adição, por exemplo. Veja as sentenças a seguir: a. El césped está mojado porque ha llovido. (ideia de explicação com a conjunção porque) b. No tengo perros ni gatos. Sólo una tortuga y un papagayo. (ideia de soma com a conjunção de soma negativa com ni e soma com y) c. Estudié para la prueba, pero reprobé. (ideia de oposição com a conjunção pero, a qual significa mas em português) Coesão lexical Em todo texto escrito, deve haver um equilíbrio entre informações novas e informações conhecidas, bem como entre os processos de expansão, redução ou integração dessas informações. A coesão lexical é um mecanismo coesivo pelo qual as palavras são vinculadas a um texto. Ela é obtida por meio de dois mecanismos: a reiteração e a colocação. Reiteração A reiteração se faz pela repetição do mesmo item lexical ou por sinônimos e hiperônimos (nomes genéricos). a) Repetição: subdivide-se em repetição simples e repetição complexa. ■ Repetição simples: representa a reiteração da mesma unidade lexical. Por exemplo: Se denomina caloría a la unidad de energía proveniente de los alimentos. El azúcar y la grasa son ricos en calorías. Sintaxe e semântica10 C05_Sintaxe_Semantica.indd 10 19/06/2018 17:31:18 ■ Repetição complexa: representa a reiteração da unidade lexical com uma mudança na classe gramatical. Os casos mais frequentes ocorrem em verbos e substantivos. Por exemplo: A Federico le encanta pintar; es un astro de la pintura. b) Sinonímia: é relação de similaridade entre duas ou mais palavras. Não há sinônimo perfeito, apenas aproximado. Por exemplo: Mi vecino es iletrado, o sea, él no sabe leer ni escribir: es analfabeto. c) Hiperônimo: termo geral usado para se referir à realidade nomeada por um termo mais específico (hipônimo). Por exemplo: Mi madre estaba de cumpleaños y a ella le encantan las flores (hiperónimo). Yo le regalé rosas blancas (hipônimo). Colocação A colocação consiste no uso de termos pertencentes a um mesmo campo semântico. Por exemplo: Hubo un accidente en la carretera. Muchas ambulancias llevaron a los heridos a los hospitalesmás cercanos. O texto não é composto por uma simples soma de frases. A linguística textual, segundo Koch (2010), estuda particularmente o texto, pois o considera “[...] a unidade básica de manifestação da linguagem”. O estudo da coesão textual, de acordo com Koch (2010), surgiu na Europa, na década de 1960, quando se buscava descrever as relações entre a sintaxe e a semântica ocorridas nos enunciados. A relação do estruturalismo e do gerativismo com a linguística, na década de 1970, estimulou o interesse pela “gramática textual”: compreendeu-se que o texto representava uma unidade linguística composta por propriedades textuais específicas. Contudo, somente a partir dos anos 1980, segundo a autora, as teorias do texto ganharam espaço, e começaram a surgir diversas vertentes. A autora descreveu as visões teóricas dos seguintes linguistas: Beaugrande e Dressler, Weinrich, Van Dijk, Petöfi e Schmidt. Resumidamente, de acordo com Koch (2010), as ideias de cada um são as seguintes: Beaugrande e Dressler: apontam como critérios de textualidade a coesão e a coerência centrados no texto, bem como a intertextualidade, a situacionalidade e a aceitabilidade centradas nos usuários. Esses autores se aproximam da linha da análise do discurso. 11Sintaxe e semântica C05_Sintaxe_Semantica.indd 11 19/06/2018 17:31:18 Os papéis temáticos e a sua relação com a sintaxe As funções sintáticas são tradicionalmente estabelecidas a partir da distinção básica entre um sujeito e um predicado. No entanto, elas não são defi nidas apenas por suas características formais, mas também pelas interpretações compatíveis com o verbo de que dependem. Os verbos, quando necessário, selecionam um conjunto de argumentos, que formam a sua estrutura argumental. Cada um desses argumentos está relacionado, de modo particular, ao predicado — essa relação é o que chamamos de função semântica ou papel temático. De acordo com Cançado (2005, p. 112-113), papéis temáticos são relações semânticas estabelecidas entre o verbo e os seus complementos, ou seja, é a função que o verbo designa aos elementos com os quais interage na sentença. Partindo dessa definição, a autora estabelece vários tipos de papéis temáticos (CANÇADO, 2005): agente: o desencadeador de alguma ação, capaz de agir com controle; causa: o desencadeador de alguma ação, sem controle; instrumento: o meio pelo qual a ação é desencadeada; paciente: a entidade que sofre o efeito de alguma ação, havendo mu- dança de estado; tema: a entidade deslocada por alguma ação; experienciador: ser animado que mudou ou está em determinado estado mental, perceptual ou psicológico; beneficiário: a entidade que é beneficiada pela ação descrita; Weinrich: para este autor, o texto é uma sequência linear de lexemas e morfemas que se condicionam reciprocamente e que, também de modo recíproco, constituem o contexto. Para ele, toda a linguística é, necessariamente, linguística do texto. Van Dijk: no início, dedicou-se às superestruturas narrativas; porém, mais tarde, passou a examinar os noticiários jornalísticos. Com isso, desde 1985 atua na perspec- tiva de análise crítica do discurso, em que aborda que nenhuma palavra é ingênua. Petöfi: a princípio se empenhou na construção de uma teoria semiótica de textos verbais, visando ao relacionamento entre a estrutura de um texto e a interpreta- ção extensional do mundo que é textualizado nesse texto — implicando, assim, elementos externos e internos ao texto. Isso estimulou grande parte dos estudos em relação à produção e à compreensão textual. Schmidt: para este autor, o texto é qualquer expressão de um conjunto linguístico num ato de comunicação. Segundo ele, a textualidade é o modo de toda e qualquer comunicação transmitida por sinais, inclusive os linguísticos. Sintaxe e semântica12 C05_Sintaxe_Semantica.indd 12 19/06/2018 17:31:19 objetivo: a entidade à qual se faz referência, sem que esta desencadeie algo, isto é, seja afetada por algo; locativo: o lugar em que algo está situado ou acontece; alvo: a entidade para onde algo se move, tanto no sentido literal, como no sentido metafórico; fonte: a entidade de onde algo se move, tanto no sentido literal, como no sentido metafórico. Predicados e argumentos Semanticamente, cada oração contém um verbo, que pode ter zero, um ou mais argumentos. Os argumentos são, em geral, expressões referenciais que permitem identifi car entidades do mundo extralinguístico. Os verbos são itens predicadores, já que, quando necessário, selecionam argumentos para terem o seu sentido completo. As noções de predicado e de argumento se originaram na lógica de predicados, na qual, de acordo com Frege (1978), um item predicador que não tem o seu sentido completo pede certo número de argumentos para completá-lo. Portanto, a estrutura argumental de um verbo deve conter a representação do signifi cado do verbo, associada à realização de seus argumentos (LEVIN, 1993). O predicado determina quantos e quais argumentos são necessários. O grau de um predicado é o número de argumentos selecionados: Alguns predicados não requerem nenhum argumento: Amanece temprano. Está frío. Es invierno. Outros admitem um único argumento: Trabajar: Marco trabaja mucho. Morir: Mi vecino murió. Llegar: Las mujeres llegaron. Há predicados que são construídos com dois argumentos: Borrar: La profesora borró algo em una hoja. Recordar: Ana recordó sus tareas. Temer: Las personas temen la muerte. Por fim, alguns predicados requerem três argumentos: Dar: Mi padre dio un regalo a su madre. Decir: La presidenta dice la verdad al pueblo. 13Sintaxe e semântica C05_Sintaxe_Semantica.indd 13 19/06/2018 17:31:19 Ordenar: El padre ordenó que sus hijos hicieran las tareas de la escuela. Os predicados semânticos têm uma estrutura argumental formada pelos argumentos que eles selecionam. Cada argumento, por sua vez, é caracterizado por determinado papel temático. Compare as seguintes frases: a. Carlitos rompió la ventana con la piedra. b. La piedra rompió la ventana. c. La ventana se rompió. d. Carlitos teme mi reprimenda. O papel temático é uma unidade semântica que indica a participação do argumento no estado de coisas descrito. Em (a), Carlitos é o agente; em (d), por outro lado, ele é o experienciador de um estado emocional. Em (a), há também um paciente afetado pela ação (la ventana) e o instrumento (la piedra). Ao contrário de (a), nas frases seguintes, o sujeito é o instrumento (b) ou o paciente (c). Como podemos ver, não há correspondência entre os trabalhos temáticos e as funções sintáticas. Na função sujeito, reconhecemos um agente em (a), um instrumento em (b), um paciente em (c) e um experienciador em (d). Em contraste, a função do objeto direto é mais restrita: encontramos um paciente afetado em (a) e (b). Há um ponto convergente entre a sintaxe e a semântica: nunca um agente pode ser um objeto direto. O predicado é como o diretor de um filme: determina quantos participantes são necessários e atribui a cada um determinado papel. Assim, a informação sobre quais elementos são obrigatórios para formar uma sentença depende da estrutura do enredo. Como se percebe, a relação entre o léxico e a gramática é muito íntima: em última instância, a oração é uma projeção do predicado semântico — geralmente do verbo. Sujeito Você já viu neste capítulo a defi nição de sujeito segundo o dicionário da RAE (REAL ACADEMIA ESPAÑOLA, c2018, documento on-line): trata-se de uma função sintática que é realizada por uma frase nominal e que concorda com o verbo em número e pessoa. Inclusive, a Academia disponibiliza, no seu site ofi cial, um dicionário com termos linguísticos, o qual defi ne sujeito, sujeito agente e sujeito paciente. Sintaxe e semântica14 C05_Sintaxe_Semantica.indd 14 19/06/2018 17:31:19 Sujeito 1. Função sintática exercida pela palavra ou grupo de palavras de cujo referente algo é opredicado. Ele concorda com o verbo do predicado em número e pessoa. 2. Sujeito agente. Sujeito que designa a entidade que executa a ação denotada pelo verbo. 3. Sujeito paciente. Sujeito que designa a entidade que recebe ou sofre a ação do verbo de seu predicado (REAL ACADEMIA ESPAÑOLA, c2018, documento on-line). Ao analisar o termo sujeto (sujeito) nessa definição, percebe-se que o sujeito de uma oração não representa necessariamente uma entidade que faz algo. A sua função é sintática dentro da oração, na qual ele pode ser tanto o agente — aquele que pratica a ação — quanto o paciente — aquele que sofre a ação. Há situações em que o sujeito pode ser agente, mas isso não é uma regra, como você pode analisar nas seguintes orações: a. A Carlitos lo vi ayer en el cine. b. A Carlitos le encantan chocolates suizos. Como você percebeu, a Carlitos de (a) representa um objeto direto, en- quanto a Carlitos de (b) representa um objeto indireto. Enquanto o sujeito da oração (a) está oculto (seria yo da oração [yo] lo vi), o sujeito da oração (b) seria chocolates suizos. Portanto, cabe afirmar que não existe uma análise sintática (ASi) que sempre corresponda a determinada análise semântica (ASii). O sintagma nominal Juan, nos exemplos a seguir, pode assumir diversos papéis. Veja: Sujeito (ASi) e agente (ASii): Juan tiró agua. Sujeito (ASi) e paciente (ASii): Juan sufrió un accidente. Complemento agente (ASi) e agente (ASii): La piedra fue tirada por Juan. Complemento indireto (ASi) e beneficiário (ASii): Desearon buena suerte a Juan. O mesmo ocorre com o sintagma nominal cuchillo (faca) nas orações a seguir: em ambas, ese cuchillo assume o papel temático instrumento, mas com funções sintáticas distintas: Complemento circunstancial (ASi) e instrumento (ASii): Corté el jamón con el cutillo. Sujeito (ASi) e instrumento (ASii): Ese cuchillo corta bien la carne. 15Sintaxe e semântica C05_Sintaxe_Semantica.indd 15 19/06/2018 17:31:19 A atribuição dos papéis temáticos de acordo com o seu conteúdo semântico sucede no momento em que acontece a inserção lexical, que ocorre em função do princípio da projeção, o qual supõe que as dependências sintáticas não são apenas uma projeção das dependências lexicais. De fato, as estruturas temáticas podem derivar das regras sintáticas, mas sempre carregarão um significado. Portanto, é inviável separar, dentro de uma análise linguística, a sintaxe da semântica. 1. Em um texto escrito, deve haver um equilíbrio entre informações novas e informações conhecidas. Entre os mecanismos de coesão lexical, há o chamado de hiperônimo. Das alternativas abaixo, a única que possui um exemplo de hiperônimo é: a) La profesora viajó semana pasada. Ella no volverá este año. b) El avión iba volar, pero hizo un ruido ensordecedor. c) Los animales domésticos sufren con el abandono de sus dueños. Los perros son muy dependientes. d) ¿José va a viajar con nosotros? Sí. e) El libro que compré es bueno. 2. Os papéis temáticos, segundo Cançado (2005), são relações semânticas estabelecidas entre o verbo e os seus complementos. A partir dessa definição, em qual das alternativas abaixo temos um papel temático agente simultâneo a um papel sintático sujeito: a) Carlos sufrió una queda. b) A Carlos le duelen las piernas. c) La casa fue limpia por Carlos. d) Dijeron buena suerte a Carlos. e) Carlos arrancó lindos pimpollos. 3. De acordo com Koch (2010), somente nos anos 1980 as teorias do texto ganharam espaço, com o surgimento de diversas vertentes. Em relação às diferentes manifestações apresentadas neste capítulo, qual autor assumiu que o texto é uma sequência linear de lexemas e morfemas que se condicionam reciprocamente para constituir o contexto? a) Saussure, pois, para o teórico, a textualidade está diretamente ligada à relação dos signos linguísticos. b) Weinrich, pois, para ele, toda linguística é necessariamente uma linguística do texto. c) Schmidt, pois, para esse autor, o texto é qualquer expressão de um conjunto linguístico num ato de comunicação. d) Van Dijk, que aborda que nenhuma palavra é ingênua. e) Petöfi, pois este entende que a relação entre a estrutura de um texto e a sua interpretação em relação a conhecimentos extralinguísticos é o que forma um texto. Sintaxe e semântica16 C05_Sintaxe_Semantica.indd 16 19/06/2018 17:31:21 4. Sobre a coesão textual, é incorreto afirmar que: a) seu propósito é assegurar a progressão temática, com o objetivo de unir as diferentes orações que compõem um discurso. b) é obtida quando todos os seus elementos estão conectados uns aos outros. c) trata-se de um conceito semântico que se refere às relações de sentido existentes no interior do texto. d) é uma propriedade do discurso em que não há relações semânticas estabelecidas entre as diferentes sentenças. e) é uma relação semântica entre um elemento do texto e outro elemento essencial para a sua interpretação. 5. Segundo Perini (2006, p. 77), “[...] sempre que for possível descrever um traço de forma em termos de traços de significado a ele associados, essa descrição deve ser preferida a uma descrição que considere a forma independente do significado”. Isso representa afirmar que o significado: a) intervém em nossas análises, pois sem ele não poderíamos reconhecer, por exemplo, as sentenças ambíguas. b) deve ser o ponto de partida ou o procedimento para analisar uma construção sintática. c) é o objeto de estudo da pragmática. d) sempre carrega um valor semântico de acarretamento, o qual é fundamental para as análises de papéis temáticos. e) é a base fundamental para análises sintáticas. BEAUGRANDE, R.; DRESSLER, W. U. Introducción a la lingüística del texto. Barcelona: Ariel, 1997. CANÇADO, M. Manual de semântica: noções básicas e exercícios. Belo Horizonte: UFMG, 2005. CANÇADO, M.; GODOY, L.; AMARAL, L. Catálogo de verbos do português brasileiro: classificação verbal segundo a decomposição de predicados. Belo Horizonte: UFMG, 2013. v. 1. DI TULLIO, Á.; MALCUORI, M. Gramática del español para maestros y profesores del Uruguay. Montevideo: ANEP, 2012. FREGE, G. Sobre o sentido e a referência. In: FREGE, G. Lógica e filosofia da linguagem. São Paulo: Cultrix, 1978. p. 58-86. 17Sintaxe e semântica C05_Sintaxe_Semantica.indd 17 19/06/2018 17:31:22 HALLIDAY, M. A. K.; HASAN, R. Cohesion in English. Londres: Longman, 1976. KOCH, I. G. V. A coesão textual. 22. ed. São Paulo: Contexto, 2010. LEVIN, B. English verb classes and alternations: a preliminary investigation. Chicago: University of Chicago, 1993. PERINI, M. A. Princípios de linguística descritiva: introdução ao pensamento gramatical. São Paulo: Parábola, 2006. REAL ACADEMIA ESPAÑOLA. Nueva gramática de la lengua española: manual. Madrid: Espasa, 2010. REAL ACADEMIA ESPAÑOLA. Términos lingüísticos. Madrid: Espasa, c2018. Disponível em: <http://www.rae.es/diccionario-panhispanico-de-dudas/terminos-linguisticos>. Acesso em: 13 jun. 2018. SANTOS, M. L. M.; TRINDADE, M. M. Semântica I. João Pessoa: UFPB, c2011. Disponível em: <http://biblioteca.virtual.ufpb.br/files/semantica_1360182019.pdf>. Acesso em: 13 jun. 2018. Sintaxe e semântica18 C05_Sintaxe_Semantica.indd 18 19/06/2018 17:31:22 Encerra aqui o trecho do livro disponibilizado para esta Unidade de Aprendizagem. Na Biblioteca Virtual da Instituição, você encontra a obra na íntegra. Conteúdo: DICA DO PROFESSOR Coesão é um aspecto gramatical de extrema importância para a linguística textual. No entanto, um bom texto não basta apenas ser coeso; ele precisa ser coerente. Aprenda a seguir a diferença entre coesão e coerência, com exemplos. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! EXERCÍCIOS 1) Em um texto escrito, deve haver um equilíbrio entre novas informações e informações conhecidas. Entre os mecanismos de coesão lexical, há o mecanismo chamado de hiperônimo. Das alternativas abaixo,assinale a que possui um exemplo de hiperônimo. A) La profesora viajó semana pasada. Ella no volverá este año. B) El avión iba volar, pero hizo un ruido ensordecedor. C) Los animales domésticos sufren con el abandono de sus dueños. Los perros son muy dependientes. D) ¿José va a viajar con nosotros? Sí. E) El libro que compré es bueno. Os papéis temáticos, segundo Cançado (2005), são relações semânticas estabelecidas entre o verbo e seus complementos. A partir dessa definição, em qual das alternativas abaixo temos um papel temático agente simultaneamente a um papel sintático 2) sujeito? A) Carlos sufrió una queda. B) A Carlos le duelen las piernas. C) La casa fue limpia por Carlos. D) Dijeron buena suerte a Carlos. E) Carlos arrancó lindos pimpollos. 3) De acordo com Kock (2013), somente nos anos 1980 as teorias do texto ganharam espaço, com o surgimento de diversas vertentes. Em relação às diferentes manifestações apresentadas neste capítulo, qual autor assumiu que o texto é uma sequência linear de lexemas e morfemas que se condicionam reciprocamente para constituir o contexto? A) Saussure, pois, para o teórico, a textualidade está diretamente ligada à relação dos signos linguísticos. B) Weinrich, pois, para ele, toda a linguística é, necessariamente, uma linguística do texto. C) Schmidt, pois, para este autor, o texto é qualquer expressão de um conjunto linguístico num ato de comunicação. D) Van Dijk, que aborda que nenhuma palavra é ingênua. E) Petöfi, pois o autor entendia que a relação entre a estrutura de um texto e a sua interpretação em relação a conhecimentos extralinguísticos era o que formava um texto. 4) Sobre a coesão textual, é correto afirmar que: A) seu propósito é assegurar a progressão temática, com o objetivo de unir as diferentes orações que compõem um discurso. B) é obtida quando os substantivos estão conectados somente aos adjetivos dentro da dinâmica coesiva textual. C) trata-se de um conceito sintático que se refere às relações de sentido existentes no exterior do texto. D) é uma propriedade do discurso em que não há relações semânticas estabelecidas entre as diferentes sentenças. E) é uma relação morfossintática entre um elemento do texto e outro elemento essencial para a sua interpretação. 5) Segundo Perini (2006, p. 77), “sempre que for possível descrever um traço de forma em termos de traços de significado a ele associados, essa descrição deve ser preferida a uma descrição que considere a forma independente do significado”. Isso representa afirmar que o significado A) intervém em nossas análises, pois sem ele não poderíamos reconhecer, por exemplo, as sentenças ambíguas. B) deve ser o ponto de partida ou o procedimento para analisar uma construção sintática. C) é o objeto de estudo da pragmática. D) sempre carrega um valor semântico de acarretamento, o qual é fundamental para as análises de papéis temáticos. E) é a base fundamental para análises sintáticas. NA PRÁTICA Saber a teoria da gramática em relação às conjunções, mas não colocá-la em prática invalida o seu conhecimento. Portanto, cabe aos professores e estudiosos da língua espanhola colocar o conhecimento em prática e levá-lo aos alunos. Veja abaixo o uso de conjunciones adversativas, concesivas y causales. SAIBA MAIS Para ampliar o seu conhecimento a respeito desse assunto, veja abaixo as sugestões do professor: La semántica y la pragmática en español Confira no vídeo mais detalhes sobre a semântica e a pragmática da língua espanhola. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Coherencia y cohesión textual Veja no vídeo as propriedades textuais e como melhorar a coerência e a coesão. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino! Papéis temáticos Confira a definição e exemplos de papéis temáticos. Conteúdo interativo disponível na plataforma de ensino!
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