Buscar

PsicologiaBaseadaemEvidnciaseainterlocuocomasTerapiasCognitivas

Prévia do material em texto

Psicologia Baseada em Evidências e a interlocução com as Terapias Cognitivas: uma ferramenta essencial no auxílio à tomada de decisão na atuação do Psicólogo no Hospital e na Saúde 
	Autores
	Tamara Melnik 1, Leopoldo Barbosa 2, Tania Rudnick 3
	Instituição
	1 UNIFESP - Universidade Federal De São Paulo (Rua Sena Madureira, n.º 1.500 - Vila Clementino - São Paulo - SP), 2 FPS - Faculdade Pernambucana de Saúde (Avenida Mal. Mascarenhas de Morais, 4861, Imbiribeira, Recife-PE), 3 FSG - Centro Universitário da Serra Gaúcha (R. Os Dezoito do Forte, 2366 - São Pelegrino, Caxias do Sul - RS)
Resumo
Resumo Geral
A Psicologia baseada em evidências (PBE) foi definida pela Associação Americana de Psicologia e demos sociedades cientificas como o elo entre a pesquisa científica de qualidade metodológica a expertise profissional e as características do paciente/cliente. Em outras palavras, a PBE utiliza provas científicas existentes e disponíveis no momento, com boa validade interna e externa para a aplicação de seus resultados na prática clínica.
 Quando abordamos qual a psicoterapia mais indicada a cada indivíduo e consideramos as evidências, referimo-nos a efetividade, eficiência, eficácia e segurança. Este Simpósio visa promover esclarecimentos sobre as implicações do uso das ferramentas da PBE na Atuação do Psicólogo no Hospital e na Saúde. A efetividade diz respeito a psicoterapia que funciona em condições do mundo real. A eficiência diz respeito ao tratamento com custo acessível para que os clientes. A eficácia quando o tratamento funciona em condições de mundo ideal. E, por último, a segurança significa que uma intervenção possui características confiáveis que tornam improvável a ocorrência de algum efeito indesejável para o indivíduo.
Palavras-chave: Prática da Psicologia Baseada em Evidências, psicologia da saúde e terapias cognitivas.
A Prática da Psicologia Baseada em Evidências no âmbito Clínico e Hospitalar e o Sistema GRADE (Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation).
Tamara Melnik
Texto Palestra I
Segundo a Associação Americana de Psicologia (APA) a Prática da Psicologia Baseada em Evidências (PPBE) é definida como o uso consciencioso, explícito e criterioso da melhor evidência disponível no momento, associado a experiência clínica a fim de adotar condutas na assistência individual do indivíduo. Existe grande variação na prática clínica entre os Psicólogos, no que diz respeito às intervenções diagnósticas e terapêuticas. Tal variabilidade, no entanto, com frequência não é amparada por evidência científica de boa qualidade. Na Psicologia, particularmente, existe ainda um enorme espaço para opiniões subjetivas, portanto tradicionalmente as intervenções tidas como eficazes e consagradas pela prática “não necessitam” de confirmação adicional pela pesquisa sistemática. Esta apresentação visa abordar os princípios da PPBE, níveis de evidências para tomada de decisão no âmbito clinico e hospitalar e sistema GRADE desenvolvido para graduar a qualidade das evidências e a força das recomendações.  A partir de 2015 a APA utiliza as revisões sistemáticas como nível I de evidência na tomada de decisão e o sistema GRADE (Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation). Atualmente cerca de 100 instituições internacionais utilizam o GRADE, além da a APA a Organização Mundial da Saúde (OMS), o National Institute for Health and Clinical Excellence(NICE), e a Colaboração Cochrane. O sistema GRADE atribui níveis de evidência e classifica a força da recomendação para as intervenções psicológicas. O nível de evidência representa a confiança na informação utilizada. No sistema GRADE, a avaliação da qualidade da evidência é realizada para cada desfecho analisado utilizando o conjunto disponível de evidência. No GRADE a qualidade da evidência é classificada em quatro níveis: alto, moderado, baixo, muito baixo.  Concluímos que o Psicólogo deve   utilizar as melhores provas científicas existentes e disponíveis no momento, com qualidade e boa validade interna e externa, para a aplicação de seus resultados na sua prática clínica, institucional e acadêmica.
Palavras-chave: Prática da Psicologia Baseada em Evidências, psicologia da saúde e GRADE (Grading of Recommendations Assessment, Development and Evaluation)
Terapia cognitivo comportamental e o cuidado a saúde do idoso
Leopoldo Barbosa 
Texto Palestra II
O crescimento acentuado da população de idosos é um fenômeno mundial. Naturalmente, com o envelhecimento tendem a surgir mais condições de adoecimento crônico, limitações físicas e cognitivas, deste modo, buscar subsídios de intervenção a essa população tona-se fundamental. Deste modo, trata-se de um grupo especial que merece atenção da psicologia da saúde. O objetivo deste trabalho é discutir uma proposta de intervenção cognitivo comportamental para idosos que frequentam ambulatório de saúde mental de hospital geral que atende exclusivamente ao sistema único de saúde. A intervenção tem como base os dados advindos da história de vida, condições de adocecimento físico e mental, avaliações neuropsicológicas coletados a partir do suporte multidisciplinar ofertado pela psiquiatria, psicologia e geriatria. Foram realizadas consultas individuais com cada especialidade e uma consulta coletiva com as 3 áreas envolvidas com 40 idosos. Na consulta coletiva eram atendidos conjuntamente paciente e familiar/cuidador para que dúvidas pudessem ser sanadas e orientações realizadas. Os casos nos quais foram detectadas necessidade de suporte psicológico, foram encaminhados para acompanhamento da equipe de saúde mental. Foram observadas dificuldades no manejo dos familiares/cuidadores diante de alterações cognitivas e dos sintomas decorrentes de alguma condição mental, como o humor deprimido e falta de disposição frequentes na depressão e nas alterações de comportamento e impulsividade em condições de alteração cognitiva. A intervenção proporcionou um espaço de escuta e de orientação com base na terapia cognitivo comportamental para o manejo das dificuldades em sessões pontuais. Os familiares ressaltaram a importância da consulta com as diferentes especialidades no mesmo momento pois sentiram-se acolhidos e cuidados, podendo esclarecer as principais dúvidas. Trata-se de uma experiência que além da intervenção específica na população de idosos e seus familiares/cuidadores, contribuiu para a formação dos profissionais e residentes que pretendem atuar nesta área a partir de uma experiência interdisciplinar. Foi evidenciado que a possibilidade de cuidado interdisciplinar e esclarecimento de dúvidas foi relatado como terapêutico para os cuidadores.
Palavras chave: Terapia cognitivo comportamental; idosos; Psicologia da saúde
Intervenção cognitivo-comportamental e o doente crônico.
Tânia Rudnicki 
Texto Palestra III
A doença renal crônica é uma enfermidade sistêmica que provoca a perda da autonomia, trazendo limitações físicas, emocionais, restrições laborais ao paciente além de perdas sociais. Esse grupo de enfermos é altamente sujeito ao estresse e à ansiedade. Esta doença submete o enfermo a sessões regulares de diálise, geralmente um tratamento rigoroso e debilitante. Nesta apresentação se aponta o trabalho do psicólogo junto ao enfermo renal crônico em tratamento de hemodiálise, enfatizando o uso de técnicas cognitivas e/ou comportamentais, além da entrevista motivacional no seu atendimento. A fragilidade do paciente poderá favorecer a ativação de crenças negativistas, sua interpretação frente à situação vivida.  Desta forma, produz erros de processamento – distorções cognitivas que amplificam os aspectos negativos, catastrofizando a situação, desqualificando qualquer fator positivo que possa existir, abstraindo seletivamente, questionando, hipergeneralizando a situação, entre outras distorções. Se aborda o tema da adesão ao tratamento médico, levantando possíveis explicações para uma mudança na adesão terapêutica. Os atendimentos seguem os princípios da terapia cognitivo-comportamental,concentrando-se no momento atual da doença e tratamento, ligando-se às queixas do paciente e sua adesão ao tratamento clínico. Considera-se que a utilização de técnicas cognitivas e comportamentais, além da entrevista motivacional possibilitaram amplo cuidado e esclarecimento de dúvidas, sendo considerado como importante auxilio terapêutico pelos pacientes.
Palavras-chave: Psicologia da Saúde. Intervenção Cognitivo-Comportamental. Doente Renal Crônico. 
Palavras-chaves: Prática da Psicologia , Baseada em Evidências, psicologia da saúde, GRADE

Continue navegando