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Psicologia Hospitalar: Teoria e Prática

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Teoria e prática da Psicologia Hospitalar
- Setting terapêutico
· Horário de atendimento/Duração de atendimento
· Alta psicológica
· Atuação do psicólogo / Atuação com família / Atuação com equipe
· Comunicação de más noticias
· Assistência domiciliar
· Luto, Suicídio e morte no hospital
· Protocolo / Prontuário
· Diagnóstico
Intervenção em contexto hospitalar
· Introdução
· Manejo de situações de crise
· Avaliação e manejo do paciente com risco de suicídio
· Intervenção no Pronto-socorro
· Intervenção na UTI
· Intervenção com doenças crônicas
· Intervenção com transplante de órgãos
· Abordagem em instituições de longa permanência para idosos
Ética e humanização em psicologia hospitalar
- Cuidados paliativos
- Humanização
- Clínica Ampliada
- Ética
· “ Psicologia Hospitalar é o campo de atendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento”. 
· “A psicologia hospitalar não trata apenas das doenças com causas psíquicas, (...) mas sim, dos aspectos psicológicos de toda e qualquer doença.” 
· Aspecto psicológico = subjetividade humana frente à doença (fantasias, conflitos, sonhos, lembranças, crenças). 
· FOCO = trabalho na assistência integral ao paciente, sem configurar sua atuação no tempo em que o paciente ficará no hospital.
· BUSCA = o reestabelecimento do estado de saúde do doente (o controle dos sintomas que prejudicam seu bem-estar).
· A Psicologia Hospitalar não trabalha na busca das causas psicológicas
 das doenças. 
SUA PREOCUPAÇÃO = minimizar o sofrimento provocado pela hospitalização.
 
· É necessário abranger não apenas a hospitalização em si, ou seja, não olhar apenas a patologia específica que originou a hospitalização.
· Mas, principalmente, as sequelas emocionais provocadas por essa hospitalização. 
PAPEL DA PSICOLOGIA HOSPITALAR
· Avaliar o grau de comprometimento emocional causado pela doença, tratamento e/ou intervenções.
· Favorecer ao paciente a expressão de sentimentos sobre a vivência da doença, tratamento e hospitalização.
· Favorecer ao paciente a expressão de sentimentos sobre a vivência da doença, tratamento e hospitalização.
· Proporcionar compreensão da doença e do tratamento.
· Possibilitar a humanização do atendimento.
· Proporcionar melhor qualidade de vida ao paciente.
· Fornecer apoio e orientação psicológica aos familiares.
· Contribuir para um melhor entendimento, por parte da equipe de saúde, dos comportamentos e sentimentos de pacientes e familiares.
· Estimular reuniões interdisciplinares, desenvolver programas de saúde e pesquisas científicas, entre outros. 
· Paciente.
· Família.
· Equipe.
· Produção de conhecimento.
RESULTADOS TERAPEUTICOS
· Uma melhor adesão ao tratamento médico;
· Recuperação mais rápida; 
· Menor tempo de permanência no hospital;
· Menor utilização de serviços médicos;
· Redução de custos com assistência médica;
· Outros benefícios.
MOLDES DA PSICOLOGIA CLÍNICA X ADAPTAÇÃO AO NOVO CONTEXTO
· A reprodução das práticas de consultório 
· Construção de Demanda
· Setting Terapêutico
SETTING CONCEITO
· “à soma de todos os procedimentos que organizam, normatiza e possibilita o processo psicoterapêutico. 
· É a base para que o processo terapêutico tenha início. A segurança de um local que, em silêncio permeará todas as sessões, dá ao terapeuta e ao paciente definições claras sobre seus papéis e sobre a técnica.
· As condições físicas das instituições nem sempre são adequadas para um tratamento psicoterapêutico.
· HOSPITAL: Falta de privacidade, barulhos, local inadequado, interrupções, tempo curto, descrédito da equipe, etc.
· O hospital é um local que não propicia a atividade psicoterapêutica, mas não a impede.
· O terapeuta precisa ter uma postura flexível e criativa para contornar as dificuldades que se apresentam.
· É, antes de qualquer outra questão, uma atitude interna do terapeuta. 
· Nesta visão, o enquadre não será, somente, uma questão de regras e normas a serem seguidas no concreto e sim uma atitude mental do terapeuta. 
· Se essa atitude estiver clara, internamente, para o terapeuta, a sua conduta sempre será́ guiada pelos processos éticos que o auxiliarão no seu trabalho, independente do enquadre físico que terá́ ao seu redor. 
· Tudo o que compõem o setting terapêutico, deve ser preservado, porém sem rigidez que atrapalhe o tratamento 
· Firmeza que o preserve e uma elasticidade que o molde as necessidades da realidade
· “… não podemos tratar do setting como um espaço real, porque ele virtual, ele é psíquico, é na verdade um artifício, uma construção……” .
SETTING LOCAL DE ATENDIMENTO
· O local de atendimento é onde o paciente se encontra.
· A sala do psicólogo, o consultório, a postura receptiva aguardando ser procurado pelo paciente, faz parte de um modelo clínico tradicional que não serve ao contexto hospitalar.
· O PSICÓLOGO “…deve estar onde os acontecimentos estão, deve circular pelo hospital e atender o paciente em seu quarto ou andar, deve ver as coisas por si mesmo, deve estar próximo da equipe a ponto de poder ser solicitado verbalmente para o atendimento. Em outras palavras, deve ir ao encontro do paciente”.
· Atender quando for necessário, independente do tumulto.
· O ideal seria no final da tarde. Momento mais tranquilo na rotina hospitalar.
· Manhã: cirurgias, exames, limpeza de quartos, banho dos pacientes e etc.
· Tarde: vista de familiares e amigos.
· O atendimento psicológico não te uma regra, uma regularidade em relação à frequência e duração de cada encontro.
· Não existe um tempo ideal. 
· O atendimento é determinado, muitas vezes, pelo estado clínico do paciente, cuidados de enfermagem e procedimentos médicos que precisam ser realizados.
· Se utiliza a estratégia AQUI e AGORA. 
· Atendimentos únicos (alta ou óbito).
PROCESSO DE ALTA
· É a cessação da demanda.
· O trabalho está concluído quando se esvazia a questão relativa à dificuldade de lidar com a doença.
· Pode acontecer após poucos ou muitos atendimentos.
· Encaminhamento para uma psicoterapia. Ética.
· Trabalho interrompido e quase nunca concluído. 
· Lembrando: o psicólogo hospitalar ajuda o paciente a lidar com os aspectos psicológicos que cercam a doença.
O FAZER DO PSICÓLOGO
· A doença é algo que aparece no corpo e que têm inúmeros significados para a pessoa que está doente.
· O psicólogo hospitalar é o profissional que se oferece para escutar (técnica) a pessoa doente falar sobre si, do que sente, sobre a morte, sobre o que pensa, sobre a vida, o que teme, do que deseja ou o que quiser falar.
· A psicologia hospitalar não estabelece uma meta ideal para o paciente alcançar no trabalho terapêutico.
· Acionar um processo de elaboração sobre o adoecimento.
· Sua proposta é ajudar o paciente a fazer a travessia da experiência do adoecimento.
· A psicologia hospitalar fundamenta-se além da cura.
· Não busca a cura e nem é contra a cura.
· Eliminado o sintoma e a doença sobre controle, permanece a angústia, o medo, as consequências reais ou imaginárias, as desilusões, entre outros sentimentos (marcas).
· A escuta do psicólogo hospitalar é da subjetividade da pessoa que está doente. Não da doença.
· O sintoma traz informações sobre a subjetividadedo paciente (mensagem existencial).
· O paciente fala através de seus sintomas. O psicólogo hospitalar escuta (técnica).
· Mesmo nos casos em que o paciente encontra-se impossibilitado de falar por razões orgânicas, como inconsciência, sedação por medicação, lesões na região oral ou resistência, ainda assim a orientação do trabalho pela palavra é valida, já que existe muitos signos não verbais com valor de palavra, como gestos, olhares, a escrita e mesmo o silêncio.
O FAZER DO PSICÓLOGO
· O psicólogo hospitalar trabalha com a palavra e com a escuta.
· Sempre com base no referêncial teórico.
· Essa relação, estabelecida entre paciente e terapeuta, funciona como “uma porta de entrada” (Simonetti, 2011) para o mundo de significados esentidos.
· O que interessa ao psicólogo hospitalar é a relação que a pessoa que está doente tem com o seu sintoma, o que ela faz com sua doença, o significado que lhe dá (não a doença em si).
· O jeito de se fazer isso é pela linguagem, pela palavra. 
· É pela escuta que o psicólogo sustenta a angústia do paciente, no tempo suficiente, para que ele, o paciente possa fazer sua elaboração.
· Equipe. Família. Amigos: não suportam. Negam. Destroem. Tentam encobrir.
· A angustia não se resolve
· A angustia se dissolve em palavras
· Para concretizar seu trabalho com o adoecimento, o psicólogo hospitalar vai utilizar as diferentes técnicas, com base no referencial teórico, escolhido para fundamentar o seu fazer.
CONCEITO DE PSICOLOGIA DA SAÚDE
· Um conjunto de contribuições educacionais, científicas e profissionais da disciplina da Psicologia para a promoçãõ e manutençãõ da saúde, a prevenção e tratamento de doenças, a identificação da etiologia e diagnostico dos correlatos de saúde, doença e funções relacionadas, e a análise e aprimoramento do sistema e regulamentação da saúde.
· A Psicologia da Saúde também poderia ser compreendida como a aplicação da Psicologia Clínica no âmbito médico.
· A Psicologia da Saúde tem como objetivo compreender como os fatores biológicos, comportamentais e sociais influenciam na saúde e na doença
· Na pesquisa contemporânea e no ambiente médico, os psicólogos da saúde trabalham com diferentes profissionais, realizando pesquisas e promovendo a intervenção clínica. 
CONTEXTO HISTÓRICO DA PSICOLOGIA DA SAÚDE
· A Psicologia da Saúde na América Latina teve um rápido crescimento em recursos humanos, mas uma insuficiente incorporação dos psicólogos nos setores de saúde”.
· “Apesar disso, essa área é a que mais absorveu psicólogos nos últimos 15 anos, no Brasil e em outros países latino-americanos, principalmente na Argentina.”
· A produção científica mínima.
ATUAÇÃO EM PSICOLOGIA DA SAÚDE
· Hospitais;
· Centros de saúde comunitários;
· Organizações não-governamentais;
· E nas próprias casas dos indivíduos.
CONCEITO DA PSICOLOGIA HOSPITALAR
· A confusão entre o que seria a área clínica, a área da saúde e também a Psicologia Hospitalar não é somente de ordem semântica, mas também de ordem estrutural.
· Ou seja, estão em jogo os diferentes marcos teóricos ou concepções de base, acerca do fazer psicológico e sua inserção social.
· A Psicologia Clínica centra sua atuação em diversos contextos e problemáticas, em saúde mental.
· O especialista em Psicologia Clínica (CRP, 2003) também atua na área da saúde, em diferentes contextos, além do consultório particular, inclusive em hospitais, unidades psiquiátricas, programas de atenção primária, postos de saúde etc., prevenindo doenças no âmbito primário, secundário e terciário.
· É o campo de entendimento e tratamento dos aspectos psicológicos em torno do adoecimento. O adoecimento se dá quando o sujeito humano, carregado de subjetividade, esbarra em um "real", de natureza patológica, denominado "doença", presente em seu próprio corpo, produzindo uma infinidade de aspectos psicológicos que podem se evidenciar no paciente, na família e na equipe de profissionais. 
· A Psicologia hospitalar, em 2000, passou a ser reconhecida e regulamentada pelo Conselho Federal de Psicologia como uma especialidade, por meio da resolução 014/2000 (CFP, 2000). 
· A participação da SBPH (Sociedade Brasileira de Psicologia Hospitalar) junto ao CFP foi fundamental e decisiva nesse processo. 
· Em 2009, foi realizada a primeira prova de Especialista em Psicologia Hospitalar. Realizada pelo CFP e ocorreu no VII Congresso Brasileiro da SBPH no Rio de Janeiro
ATUAÇÃO EM PSICOLOGIA HOSPITALAR
· O psicólogo, especialista em Psicologia Hospitalar, tem sua função centrada nos âmbitos secundário e terciário de atenção à saúde.
· Atua em instituições de saúde, realizando atividades como: atendimento psicoterapêutico; grupos psicoterapêuticos; grupos de psicoprofilaxia; atendimentos em ambulatório e unidade de terapia intensiva; pronto atendimento; enfermarias em geral; psicomotricidade no contexto hospitalar; avaliação diagnóstica; psicodiagnóstico; consultoria e interconsultoria.
· Prevenção secundária: significa prevenção da evolução das enfermidades através da execução de procedimentos, diagnósticos ou terapêuticos.
· Prevenção secundária: Incorpora uma série de medidas que visam a impedir a evolução de doenças já existentes e, em consequência, suas complicações.
· Os exames periódicos e o autoexame de mama, entre outros, são procedimentos de reconhecida eficácia para o diagnóstico precoce, que permite o início imediato do tratamento e evita, muitas vezes, o agravamento da enfermidade. 
· Prevenção secundária: significa prevenção da evolução das enfermidades através da execução de procedimentos, diagnósticos ou terapêuticos.
· Incorpora uma série de medidas que visam a impedir a evolução de doenças já existentes e, em consequência, suas complicações.
· Os exames periódicos e o autoexame de mama, entre outros, são procedimentos de reconhecida eficácia para o diagnóstico precoce, que permite o início imediato do tratamento e evita, muitas vezes, o agravamento da enfermidade. (Clínicas e pronto atendimentos)
· Nível terciária: Esse último nível engloba ações voltadas à reabilitação do indivíduo após a cura ou o controle da doença, a fim de reajustá-lo a uma nova condição de vida. 
· Lida com a recuperação funcional de sequelas, que muitas vezes são irreversíveis .
· Fazem parte dessas medidas a fisioterapia, fisiatria, a terapia ocupacional e a colocação de próteses, por exemplo. (Hospitais)
· O nível primário de atenção à saúde serve para o atendimento inicial ou de casos mais simples. Ele não dispõe de tratamentos mais complexos, tendo foco em marcações de consultas, em procedimentos (curativos) e exames básicos, como radiografias e eletrocardiogramas. É o tipo de trabalho realizado pelas Unidades Básicas de Saúde (UBS). (Postos de saúde)
· Nível quaternário se ocupa com transplantes como pulmão, rins, corações entre outros
· A atuação do psicólogo nas instituições de saúde deverá sempre ter como base um referencial teórico, para orientar as intervenções junto aos pacientes, família e a equipe.
· Entre eles: Gestalt-terapia, sistêmica, psicodrama, centrada na pessoa, psicologia analítica, TCC, psicanálise e etc.
DIAGNÓSTICO
· O paciente traz para o psicólogo sempre inúmeras informações.
· Queixas, relatos, problemas, sintomas, desesperanças, dores físicas e psíquicas, e etc.
· Diagnosticar é o “instante de ver", seguido pelo tempo de entender, que leva ao momento de intervir, não necessariamente nessa ordem, mas necessariamente interligados. (Simonetti, 2011)
· Podemos dizer que o diagnóstico, em psicologia hospitalar," é o conhecimento da situação existencial e subjetiva da pessoa adoentada, em sua relação com a doença.
· Não diagnostica doenças. 
· Descreve processos que influenciam e são influenciados pela doença.
· Não coloca rótulos. 
· Apresenta uma visão panorâmica do momento existencial do paciente.
· Não trabalha com a verdade das coisas.
· Trabalha com o sentido.
· Não precisa descobrir qual a ""verdade" de uma doença, para que possa enfrentá-la.
· O principal é descobrir a "verdade"" do paciente sobre essa doença.
· O diagnóstico é uma hipótese de trabalho. 
· Não é uma verdade definitiva e absoluta.
· É a maneira de organizar todo o material trazido pelo paciente e orientar o psicólogo hospitalar nas intervenções terapêuticas.
· É o entendimento do processo de adoecimento e o planejamento das ações terapêuticas. Conhecimento metodológico dos processos psíquicos envolvidos no adoecer (luto).
· E esta é uma diferença fundamental em relação aos outros profissionais que também ajudam as pessoas doentes, como religiosos e voluntários, por exemplo.
· Diferenças em relação ao psicodiagnóstico. Processo estruturado através de testes psicológicos que busca determinar escalas em relaçãoa uma função psíquica.
· Autores discordam sobre a utilização de testes.
· Principal instrumento é a escuta clínica. 
· Atualmente, o diagnóstico retoma sua revalorização científica e clínica.
· Movimento científico (baseado em evidências, linguagem objetiva, comunicação entre pesquisadores e profissionais e, o trabalho da psiquiatria em criar sistema classificatório operacional - CID e DSM).
· O diagnóstico em psicologia hospitalar é entendido como o tratamento em si. Por que?
· O próprio ato de identificar os dados de um paciente para formular um diagnóstico, já é uma intervenção com efeitos terapêuticos. 
· A separação entre diagnóstico e terapêutica é meramente didática.
Exemplo:
· Ao entrevistar um paciente pela primeira vez, o psicólogo hospitalar, ao mesmo tempo que oferece uma escuta, já está propiciando um espaço para que o paciente possa elaborar sua relação com a doença, através do seu discurso.
· Neste momento, inúmeras possibilidades estão presentes, tornando a tarefa do próprio diagnóstico um ato com efeitos terapêuticos.
· O diagnóstico é feito a partir de um referencial teórico.
· Simonetti (2011) propõem um diagnóstico a partir de quatro eixos ou diagnóstico multiaxial:
· Reacional= o modo como o paciente reage à doença;
· Médico= a condição médica do paciente;
· Situacional= análise das diversas áreas da vida do paciente;
· Transferencial= análise das relações do paciente;
· O autor argumenta que esse tipo de diagnóstico é vantajoso porque ajuda a identificar as situações-alvo para a abordagem terapêutica, além de organizar, na mente do psicólogo, o material clínico fornecido pelo paciente.
· EIXO I: DIAGNÓSTICO REACIONAL:
· Tem como base o trabalho da psiquiatra norte-americana Elisabeth Kubler-Ross. 
· Estudou paciente terminais, investigando o modo como eles lidavam com a proximidade da morte.
· Desse estudo, escreveu o livro Sobre a morte e o morrer, resultado de suas pesquisas com mais de duas centenas de pacientes.
· Teoria: estágios pelos quais os pacientes passam (negação, revolta, depressão, enfrentamento).
EIXO II: DIAGNÓSTICO MÉDICO:
· Resumo da situação clínica do paciente.
· Deve incluir: nome da doença, sua condição aguda ou crônica, os sintomas principais, o tratamento proposto, medicação em uso, aderência ao tratamento, prognóstico, risco de contágio, nível de proteção requerido, além das comorbidades.
· Informações: prontuário, equipe médica e com o paciente. A coleta de dados com o paciente pode ser usada como uma técnica. Cria oportunidade de contato com o paciente (“quebra-gelo").
EIXO III: DIAGNÓSTICO SITUACIONAL:
· Dá uma visão panorâmica da vida do paciente. Enfatiza áreas não diretamente relacionadas a doença, mas que influenciam e são por ela influenciadas como: a vida social, vida cultural, a vida psíquica e a dimensão corporal.
· Além de mapear os pontos problemas na vida diária do paciente, que dificultam o enfrentamento da doença, também aponta os pontos de apoio que ajudam o paciente nesse processo.
· Deve ser objetivo, conciso, redigido de uma forma positiva, anotando-se a presença de problemas e não sua ausência. Não é uma biografia, não é um estudo da personalidade do paciente.
EIXO IV: DIAGNÓSTICO TRANSFERENCIAL:
· Avalia as relações que as pessoas estabelecem a partir de seu lugar no adoecimento.
· Busca compreender como a pessoa se relaciona em meio ao adoecimento.
· Rede de relações: família, médico, enfermagem e outros técnicos, com a instituição e com o psicólogo.
· Por que transferenciais? 
· No adoecimento, as pessoas estabelecem vínculos segundo modelos já experimentados anteriormente, em sua história pessoal (movimento regressivo).
SOFREU CRÍTICAS
· Questionado como uma categoria científica;
· Visto como rótulo e instrumento de discriminação dos pacientes, principalmente na área da saúde mental;
· Uso perverso de diagnósticos psiquiátricos por regimes políticos totalitários;
· Ambiguidade frente as classificações nosológicas;
· O diagnóstico usado como agressão: “sua histérica”. 
CONCEITO DE SAÚDE
· “Bom funcionamento orgânico; ausência de doenças; completo bem-estar bio-psico-social”. 
· “Saúde implica a intensidade e os modos de “gastar” a própria vida que são construídos, delimitados e firmados em contexto social”. 
· Reflexo da conjuntura social, econômica, política e cultural de determinada organização social. 
· PARÂMETROS DE NORMA: o que é considerado saudável tende a controlar modos de ser, agir e pensar dos indivíduos, transformando o termo saúde em produtor de padrões de comportamento.
· A definição de saúde condiciona o modo de vida dos seres humanos e, portanto, a organização e estilo de vida de determinada sociedade.
· Desta forma, criando uma relação de proporcionalidade. 
· Ou seja, quanto mais saudável se é, mais se vive.
· Vida com qualidade e autonomia é anseio dos sujeitos. 
· O plano subindividual: correspondente ao nível biológico e orgânico, fisiológico ou fisiopatológico. 
· O processo saúde-adoecimento seria definido pelo equilíbrio dinâmico
entre a normalidade – anormalidade; funcionalidade – disfuncionalidade.
· Na anormalidade/disfunção, ocorrem duas situações: a enfermidade e a doença.
· A enfermidade seria a condição percebida pela pessoa ou paciente, caracterizando-a como queda de ânimo, algum sintoma físico, ou mesmo dor.
· A doença seria a condição detectada pelo profissional de saúde, com quadro clínico definido e enquadrada numa classificação nosológica (NARVAI et al., 2008).
· O plano individual: entende que as disfunções e anormalidades ocorrem em indivíduos que são seres biológicos e sociais, ao mesmo tempo. 
· As alterações resultam também das condições gerais da existência dos indivíduos, grupos e classes sociais.
· Ou seja, teriam dimensões individuais e coletivas. 
· A condição de saúde poderia variar entre um extremo de mais perfeito bem-estar até o extremo da morte, com uma série de processos e eventos intermediários entre os dois (NARVAI et al., 2008).
· O plano coletivo expande ainda mais o entendimento sobre o processo saúde-adoecimento.
· É encarado não como a simples soma das condições orgânicas e sociais de cada indivíduo isoladamente, mas a expressão de um processo social mais amplo, que resulta de uma complexa trama de fatores e relações, representados por determinantes do fenômeno nos vários níveis de análise: família, domicílio, micro área, bairro, município, região, país, continente, etc. (NARVAI et al., 2008
CONCEITO DE DOENÇA
· Ação agressora sobre os seres vivos, envolvendo aspectos físicos, psicológicos e sociais, de maneira interdependente.
· Um processo não só biológico/corporal, mas também o resultado do contexto cultural e a experiência subjetiva de sofrimento.
· O que estabelece o estado da doença são os valores e sentimentos expressos pelo corpo subjetivo de quem adoece.
O processo saúde – doença, 
Apesar de novos discursos, ainda é vivido por muitos profissionais a partir do olhar biomédico. 
As propostas mais atuais buscam incluir as relações que os sujeitos estabelecem com o meio em que vivem, além dos contextos econômico, cultural e social.
PREVENÇÃO EM SAÚDE
· As intervenções orientadas a evitar o surgimento de doenças e agravos específicos. 
· Está vinculada a uma visão biologicista, ela identifica riscos, atua sobre eles, mas não considera a gênese desses riscos, sua natureza, mecanismos de atuação e meios de prevenir sua existência.
· Não considera a dimensão histórico-social do processo saúde/doença e suas práticas não privilegiam políticas públicas saudáveis e intersetoriais voltadas para os determinantes sociais, econômicos, políticos educacionais, ambientais e culturais deste processo.
· A base do discurso preventivo é a do conhecimento epidemiológico.
EPIDEMIOLOGIA
· “Ciência que estuda o processo saúde-doença na sociedade, analisando a distribuição e os fatores determinantes das doenças, danos à saúde e eventos associados à saúde coletiva, propondo medidas específicas de prevenção, controle ou erradicação de doenças e fornecendo indicadoresque sirvam de suporte ao planejamento, administração e avaliação das ações de saúde” (Brasil, 2005, p.34)
· O termo 'prevenir' tem o significado de "preparar; chegar antes de; dispor de maneira que evite (dano, mal); impedir que se realize" (Ferreira, 1986). 
· A prevenção em saúde "exige uma ação antecipada, baseada no conhecimento da história natural a fim de tornar improvável o progresso posterior da doença" (Leavell & Clarck, 1976: 17). 
· As ações preventivas definem-se como intervenções orientadas a evitar o surgimento de doenças específicas, reduzindo sua incidência e prevalência nas populações. 
· Os projetos de prevenção e de educação em saúde estruturam-se mediante a divulgação de informação científica e de recomendações normativas de mudanças de hábitos. 
· A promoção da saúde foi definida pela Organização Mundial de Saúde (OMS) em 1986 como o “processo que capacita a pessoa a tomar o controle e a melhorar a sua saúde”.
PROMOÇÃO EM SAÚDE
· O processo pelo qual os sujeitos e a coletividade compartilham seus conhecimentos com o intuito de juntos encontrarem condições mais satisfatórias de vida e saúde, bem como buscar garantias de direitos e de cidadania.
· Busca prever, antecipar a emergência e o aparecimento de acontecimentos que não são desejáveis, os desvios possíveis do considerado normal, entre populações consideradas estatisticamente em situações de risco (Caponi, 2009).
· O objetivo da promoção está relacionado com o fortalecimento das capacidades individuais e de trabalho, que vai além das técnicas e normas até o reconhecimento da fisiologia e os mecanismos das doenças. 
· As estratégias de promoção enfatizam a transformação das condições de vida e de trabalho que conformam a estrutura subjacente aos problemas de saúde.
· Demandando uma abordagem intersetorial. 
· A promoção da saúde está vinculada a uma visão holística e socioambiental com práticas emancipatórias, estando assim voltadas para os determinantes sociais.
MODELOS DE ATENÇÃO A SAÚDE OU MODELOS ASSISTENCIAIS
· Estruturação de ações voltadas à saúde, abarcando tantos as questões tecnológicas como assistenciais.
· Visam enfrentar e resolver as situações -problemas de saúde de um coletivo de pessoas (comunidade).
· Os modelos de saúde:
- hegemônicos: biomédico e tecnicista
- alternativos
· Norteiam diferentes práticas de prevenção de risco e de promoção à saúde. 
MODELOS DE ATENÇÃO A SAÚDE
· HEGEMÔNICOS:
· Tecnicista e tem o hospital como referência.
· Concepção médica assistencial e privatista.
· A doença é vista em seus aspectos individuais e biológicos (Assistencial e curativa).
· Priorização de tecnologias duras e demanda espontânea. (Especialidades)
· Atuação fragmentada dos profissionais de saúde.
· ALTERNATIVOS:
· Levam em conta os princípios e diretrizes do SUS.
· Levam em conta a singularidade da pessoa, a família e a comunidade.
· Ações são orientadas para a promoção e prevenção de saúde.
PRONTUARIO CONCEITO
· Documento único e individual, constituído de um conjunto de informações geradas a partir de fatos, acontecimentos e situações sobre a saúde do paciente e a assistência a ele prestada. 
PRONTUARIO CARACTERÍSTICAS
· Tem caráter legal e sigiloso. 
· Possibilita a comunicação entre os integrantes da equipe.
· Registro e considerações técnicas (evolução).
· É preenchido e compartilhado por todos os técnicos da instituição.
PRONTUARIO EVOLUÇÃO
· “São as considerações técnicas de cada profissional, sob sua ótica específica, dos resultados do atendimento (psicológico) a que submete o paciente. É parte integrante do prontuário”.
PRONTUARIO REGISTRO
· São as anotações referentes aos fatos de relevância que envolvam o paciente, ocorridos no decorrer do atendimento psicológico.
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Relato de sessão: são as anotações feitas pelo psicólogo, relativo a detalhes do atendimento prestado e/ou dados coletados em atendimento psicológico. 
PARTICULARIDADES
· Dados gerais que compõe um prontuário: a identificação completa do paciente, naturalidade e endereço; anamnese, exame do estado físico, exames complementares e resultado, hipótese diagnóstica, diagnóstico definitivo e tratamento efetuado.
· As informações devem ser registradas de forma sequencial e sem espaço entre elas. Cada informação deverá ser datada, assinada e carimbada, constando o número de registro no CRP.
· No caso de alta, de qualquer tipo, em todos os serviços e, em se tratando de CAPS, das mudanças ou não de modalidade, deverá constar na evolução do psicólogo, dos casos de sua responsabilidade técnica, os motivos que justifiquem a decisão.
· As comunicações escritas realizadas pelos psicólogos em prontuários deverão ser claras e objetivas, evitando-se palavras impróprias para documentos oficiais. Em sendo necessário reproduzir a expressão utilizada pelo paciente, utilizar-se de aspas e/ou sic. 
· A participação ou não de familiares e/ou responsáveis em reuniões específicaspara eles, conduzidos por psicólogos, deverão ser registradas nos prontuários dos respectivos pacientes.

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