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A-PSICOLOGIA-NOS-CENÁRIOS-DE-ATENDIMENTO-À-SAÚDE

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1 
 
 
A PSICOLOGIA NOS CENÁRIOS DE ATENDIMENTO À 
SAÚDE-HOSPITALAR OU AMBULATORIAL 
1 
 
 
 
SUMÁRIO 
 
FACULESTE ............................................................................................ 2 
Introdução ................................................................................................ 3 
A Psicologia e a interface com a equipe .............................................. 7 
Bioética: da reflexão à prática ............................................................ 10 
Especificidades da prática do psicólogo hospitalar ............................ 13 
A Psicologia Atuando em Políticas Públicas de Saúde: Formação e 
Pertencimento .................................................................................................. 21 
REFERÊNCIAS ..................................................................................... 28 
 
 
 
2 
 
 
 
FACULESTE 
 
 
 
A história do Instituto FACULESTE, inicia com a realização do sonho de 
um grupo de empresários, em atender à crescente demanda de alunos para 
cursos de Graduação e Pós-Graduação. Com isso foi criado a FACULESTE, 
como entidade oferecendo serviços educacionais em nível superior. 
A FACULESTE tem por objetivo formar diplomados nas diferentes áreas 
de conhecimento, aptos para a inserção em setores profissionais e para a 
participação no desenvolvimento da sociedade brasileira, e colaborar na sua 
formação contínua. Além de promover a divulgação de conhecimentos culturais, 
científicos e técnicos que constituem patrimônio da humanidade e comunicar o 
saber através do ensino, de publicação ou outras normas de comunicação. 
A nossa missão é oferecer qualidade em conhecimento e cultura de forma 
confiável e eficiente para que o aluno tenha oportunidade de construir uma base 
profissional e ética. Dessa forma, conquistando o espaço de uma das instituições 
modelo no país na oferta de cursos, primando sempre pela inovação tecnológica, 
excelência no atendimento e valor do serviço oferecido. 
 
 
 
 
 
 
 
 
3 
 
 
Introdução 
 
 
A psicologia da saúde pode ser entendida como um campo de estudo e 
de atuação que investiga as influências psicológicas na saúde, abrangendo não 
apenas hospitais, mas também centros de saúde ou programas que tenham por 
objetivo enfocar a saúde coletiva e que englobem tanto a saúde física como a 
mental. Na definição de Matarazzo (1980, p. 815, apud Pires & Braga, 2009), 
psicologia da saúde é: 
 
Assim, a grande importância da psicologia da saúde está na aplicação de 
métodos, modelos e procedimentos da psicologia científica ao contexto da saúde 
em geral, buscando-se uma redução dos crescentes custos associados a 
tratamentos, por meio da alteração de comportamentos e estilos de vida dos 
pacientes, bem como – e principalmente – uma melhor qualidade de vida para 
4 
 
 
os indivíduos que deste serviço se beneficiam (Miyazaki; Domingos; Caballo, 
2001). 
Nesse contexto, o papel do psicólogo da saúde se encontra bem 
estabelecido, principalmente devido às mudanças nas principais causas de 
morbidade e de mortalidade, que passaram de doenças infectocontagiosas para 
patologias relacionadas ao estilo de vida e aos padrões de comportamento. Além 
disso, os já mencionados crescentes custos dos serviços de saúde fazem do 
profissional psicólogo um elemento de suma importância na educação sobre 
práticas saudáveis e comportamentos preventivos, na tentativa de se reduzir a 
vulnerabilidade para doenças e aumentar a adesão a tratamentos. 
Ressalta-se ainda que, com o desenvolvimento tecnológico dos recursos 
médicos e, portanto, o aumento da complexidade dos atendimentos, surge a 
demanda para o trabalho interdisciplinar, devido à preocupação com a qualidade 
de vida dos pacientes e com os impactos da doença sobre o funcionamento 
global do indivíduo (Amaral, 1999). 
Amaral (1999) preconiza que devem fazer parte do repertório do psicólogo 
da saúde habilidades de observação clínica e de relacionamentos interpessoais 
para o trabalho em equipe interdisciplinar. O psicólogo da saúde, além disso, 
deve ser treinado para demonstrar resultados, uma vez que uma área 
profissional se define por sua validade social. 
Uma das ferramentas com as quais a psicologia da saúde conta é a 
análise do comportamento, que é baseada no desenvolvimento de técnicas 
experimentalmente validadas e utilizadas apenas após o uso sistemático e a 
comprovação de sua eficácia. Algumas das principais técnicas são listadas a 
seguir (Rangé, 1998): 
• reforçamento positivo; 
• extinção; 
• modelagem; 
• reforçamento diferencial; 
• modelação; 
5 
 
 
• discriminação; 
• generalização; 
• dessensibilização sistemática; 
• relaxamento muscular progressivo; 
• exposição gradual; 
• treinamento assertivo; role-playing; e 
• treinamento de habilidades sociais. 
Quando a experiência do terapeuta que atende ou supervisiona o caso o 
habilita para tanto, também são utilizadas técnicas da Terapia Cognitiva, como 
as seguintes (Guimarães, 2001): 
• identificação de pensamentos disfuncionais 
• identificação de crenças 
• identificação de distorções cognitivas 
• teste de realidade 
• reatribuição 
• descatrastofização 
• autoinstrução 
• resolução de problemas 
A intervenção clínica comportamental ou cognitivo-comportamental 
abarca todas as atividades no atendimento psicológico. Seu objetivo está 
relacionado com a busca de alterações do comportamento e das cognições, as 
quais proporcionem maior bem-estar psicológico ao paciente. É importante 
ressaltar que o momento da intervenção clínica sucede ao da avaliação 
diagnóstica, mas se entremeia a esta para buscar os resultados terapêuticos. 
Os objetivos de tal avaliação consistem em auxiliar na identificação dos 
comportamentos problemáticos e das condições que os mantêm para, então, 
definir estratégias e avaliar o tratamento planejado. Assim, a avaliação 
6 
 
 
diagnóstica está inter-relacionada com o processo de tratamento, pois ela é 
necessária durante toda a intervenção e mesmo após o seu término, para a 
verificação de sua eficácia. 
A American Psychological Association (2010) indica o hospital como um 
dos possíveis locais de atuação do psicólogo da saúde. Com relação a este 
tema, Chiattone (2000) refere que a psicologia hospitalar é apenas uma 
estratégia de atuação em psicologia da saúde, e que, portanto, deveria ser 
denominada “psicologia no contexto hospitalar”, posicionamento com o qual 
alguns autores concordam plenamente. O objetivo principal da psicologia no 
ambiente hospitalar consiste na “minimização do sofrimento provocado pela 
hospitalização” (p. 23). 
Portanto, o que norteia a atuação do psicólogo dentro do contexto 
hospitalar é a determinação de como processos biológicos e psicológicos 
interagem na saúde e na doença. Assim, o psicólogo deve desenvolver a 
habilidade de descrever em que condições as doenças foram adquiridas e as 
ações do sujeito a partir da doença. A atuação do psicólogo em um hospital pode 
ocorrer em três níveis (Romano, 1999): 
1. psicopedagógico, quando se trata de fornecer informações ao paciente 
(referentes a fatores de risco e de proteção, ao seu estado geral de saúde, a 
procedimentos, a diagnósticos e a prognósticos); 
2. psicoprofilático, em que o nível de atenção é primário (ou seja, em que 
o objetivo é a prevenção de doenças); e 
3. psicoterapêutico, o qual envolve as intervenções psicoterápicas em si, 
com aplicação de técnicas e de procedimentos específicos. 
Vale salientar a importância da divulgação de conhecimentos científicos 
específicos que possibilitem a reprodução de estratégias eficazes e, 
principalmente, o reconhecimento do valor da ação do profissional psicólogo 
atuante em contextos médico-hospitalares. Assim, a conclusão de pesquisas 
que demonstrem que a psicologia pode: 
7 
 
 
 
O Ambulatóriode Psicologia presta atendimento aos pacientes que 
realizam tratamento médico nas dependências do hospital. Os pacientes 
chegam ao ambulatório para atendimento psicoterapêutico ambulatorial por meio 
de encaminhamento médico ou, em casos de atendimentos de pacientes que se 
encontram internados nas enfermarias, por meio de pedido de interconsulta. 
Além do trabalho de assistência, também são realizadas pesquisas, que 
priorizam estudar a população atendida e identificar maneiras de oferecer 
assistência efetiva e de qualidade. Outra atividade exercida pelo ambulatório 
consiste no ensino a psicólogos. Por meio dos Programas de Aprimoramento 
Profissional e da Residência Multiprofissional, psicólogos recém-formados 
realizam atendimentos, são supervisionados pelos psicólogos contratados e 
participam de aulas teóricas sobre psicologia clínica no ambiente hospitalar e 
políticas públicas. 
 
A Psicologia e a interface com a equipe 
 
Os hospitais são organizações complexas dentro do campo da saúde que 
se utilizam de novas e sofisticadas tecnologias, visando responder às 
transformações vivenciadas nesse campo. É um dos serviços destinados à 
produção de ações de saúde que atendam às necessidades dos pacientes e 
seus familiares. Para que as atividades sejam desenvolvidas nesse contexto, há 
extensa divisão de trabalho entre os profissionais e um sistema de coordenação 
de tarefas e funções. Isso pressupõe a existência de uma equipe multidisciplinar 
como salienta Gianotti: 
8 
 
 
 
Dentro do processo de trabalho para compor a atenção integral ao 
paciente e, por conseguinte, a sua família há espaço peculiar à(ao) Psicóloga(o). 
No XV Fórum de Psicologia Hospitalar, realizado em novembro de 2015, 
que abordou a temática “A Interface da Psicologia e as equipes 
multiprofissionais”; ao se tomar como base o que fora explanado pelas 
palestrantes Wael de Oliveira e Jandyra Kondera, o corpo que o médico trata é 
diferente do corpo compreendido pelo psicanalista, posto que a medicina 
recalcou o doente e ficou com a doença. 
 O imperativo para a área da Psicologia, frente a essa realidade, é buscar 
sempre manter o sujeito. Para tanto, a ética da(o) Psicóloga(o) deve ser pensada 
para além de normas e regras, considerando a subjetividade do paciente. 
Entretanto, quando participamos da equipe multidisciplinar e trabalhamos 
na assistência, abrimos a possibilidade para emergir o doente com seus 
comportamentos e reações particulares concernentes à forma como acomodou 
a doença se é que a acomodou. Isso pode gerar ansiedade nos demais 
profissionais da equipe de saúde porque, por vezes, o paciente poderá reagir de 
forma diversa a por eles esperada, como por exemplo, não aderir ao tratamento. 
 
9 
 
 
 
À (o) Psicóloga(o) caberá, então, saber lidar com as diferenças para 
sustentar a manutenção da subjetividade em meio ao universal da instituição. E, 
para fazê-lo, se deve propor a reflexões éticas por meio de seu trabalho pessoal, 
de estudo constante e de supervisão. Barleta (2015) trouxe outra contribuição 
concernente à supervisão na formação de equipes de saúde. Nesse viés, a 
supervisão caracteriza-se por ser clínico-territorial considerando os sujeitos, 
o espaço, as Políticas Públicas, entre outros aspectos. O supervisor funciona 
como um mediador, fazendo interrogações. Pretende--se que o trabalho 
promova mudanças nos sujeitos e que o grupo produza algo que venha a 
favorecer o seu fazer diário. As possíveis conquistas daí decorrentes podem 
compor com outros dispositivos na facilitação da complexa comunicação da 
tríade paciente-família-equipe de saúde, bem como aclarar aos demais membros 
de tal equipe do que se ocupa a(o) Psicóloga(o). 
Prestes (2015), em adição, apontou que a construção de protocolos, 
rotinas e indicadores também é um dispositivo que favorece o trabalho da(o) 
Psicóloga(o) na instituição hospitalar. Essa sistematização traduz a tecnicidade 
e cientificidade da prática psicológica e assegura a assistência ao paciente e 
seus familiares, assim como, contribui para sustentar a especificidade do 
discurso psicológico. 
 Isso permite dimensionar para as equipes de saúde a complexidade da 
instância emocional e pontuar a forma peculiar de cada sujeito lidar com a 
doença. Além disso, a(o) Psicóloga(o) enfatiza a prática diária de reuniões 
10 
 
 
multidisciplinares para a integração dos discursos com o intuito de compartilhar 
decisões, monitorar os protocolos instituídos, planejar a sequência da 
assistência. Tudo isso visando, em última análise, a segurança do paciente. 
Essa preocupação com o paciente também foi abordada por Fumagalli 
(2015) quanto às decisões compartilhadas nas limitações de suporte de vida. 
Frente a essas, parece haver uma mudança de paradigma passando do curar 
para o cuidar, pressupondo uma tendência ao modelo efetivo de 
compartilhamento de decisão. Porém, a realidade aponta ainda para a 
prevalência das decisões médicas e técnicas. Diante dessa circunstância, há 
que se ressaltar mais uma vez a importância de a(o) Psicóloga(o) lançar para os 
membros das equipes de saúde um olhar voltado a subjetividade do paciente e 
de sua família com vistas a atendê-los em suas necessidades individuais. 
Nesse ponto de singularidade, para além da assistência, a(o) Psicóloa(o) 
e os serviços de Psicologia se encontram com a acreditação hospitalar, 
certificação de qualidade preconizada nos hospitais na atualidade. Segundo sua 
prerrogativa, o olhar da equipe de saúde deve estar alinhado para garantir 
atenção integral, individualizada, princípios básicos de segurança e qualidade na 
prestação da assistência. 
Propor e exercitar um trabalho de colaboração em que as equipes atuem 
de forma interdependente, com comunicação horizontal para alcançar os 
objetivos comuns almejados, deve ser desafio acatado pelas(pelos) 
Psicólogas(os). Colocar o paciente no centro das atenções junto a sua família, 
assistindo-os à luz da humanização, por certo, favorecerá a qualidade do 
atendimento e também contribuirá para alcançar o reconhecimento da qualidade 
institucional, esse trabalho só será possível se as equipes atuarem de forma 
conjunta. 
 
Bioética: da reflexão à prática 
 
11 
 
 
 
A bioética pode ser entendida como o “estudo sistemático da conduta 
humana no âmbito das ciências da vida e da saúde considerada à luz de valores 
e de princípios morais” (SGRECCIA, 1996). 
Com o objetivo de ampliar as discussões sobre bioética e as implicações 
no trabalho da(o) Psicóloga(o) Hospitalar, o XIV Fórum de Psicologia Hospitalar, 
realizado em novembro de 2014, apresentou o debate de diferentes temas, como 
interrupção da gravidez, definição do início da vida, dilemas sobre extremo do 
ciclo vital - em que profissionais e familiares se veem diante do fim da vida -, 
espaço para a religiosidade, entre outros. 
No contexto do Fórum, abordou-se que na atualidade a área da saúde 
está permeada pela tecnociência. Há a possibilidade de mais diagnósticos e 
acesso a uma maior diversidade de tratamentos. A ciência descobre e oferece a 
restituição da saúde, de deficiências ou o antienvelhecimento, por exemplo, e a 
sociedade demanda a perpetuação da juventude e a transformação do corpo em 
algo novo, como salientou Lazaretti (2014). Há, portanto, um misto do corpo da 
biologia com o corpo da tecnologia. 
A alta tecnologia pode, contudo, iatrogenizar o paciente, 
despersonalizando-o, uma vez que o corpo - como palco das tecnologias 
12 
 
 
recentes - pode ser transformável, tornando real aquilo que era fantástico, porém 
pode também ser efêmero. A possibilidade de gerenciar o corpo pode, então, 
objetalizar o sujeito. 
Verifica-se que essa realidade em torno da tecnologia e das práticas 
corporais contemporâneas pode instaurar uma crise na relação médico-paciente 
que pode ser transposta para a relação com os demais profissionaisdas equipes 
de saúde e com as instituições. Diz-se isso, pois, por um lado há a oferta de 
tratamento cada vez mais especializado e tecnológico, mas por outro, a ânsia, o 
desejo por acolhimento, por um olhar integrado dos profissionais, por um projeto 
terapêutico ampliado e por uma atuação interprofissional. 
Diante desse contexto, Machado (2014), destacou que a bioética não é 
um dogma, ela é prática, atingindo as relações e o posicionamento nos 
consultórios e nos hospitais. Todavia, as interrelações dentro do hospital são 
intrincadas. Há diferentes códigos de ética, assimetria na relação entre os 
profissionais (cultura medicocêntrica, hierarquização e controle do trabalho), 
assimetria na relação médico-paciente entre outras peculiaridades. 
Em adição consoante, Sanches (2014), apontou que o paciente não é 
mais tão paciente, ele é impaciente, propondo uma relação mais horizontal na 
busca de seu bem-estar. Sendo assim, atendendo ao pressuposto bioético da 
beneficência e para o bem do paciente há que se trabalhar em equipe 
interdisciplinar com uniformidade de objetivos almejados, considerando-se, no 
entanto, a complexidade das relações somadas às diversidades culturais, 
sociais, morais, religiosas e subjetivas. Não há que se buscar o que é certo, mas 
o que é mais adequado e o consenso das decisões e condutas devem ser 
sempre dialogados entre os membros da equipe/paciente/família. 
Na abordagem interdisciplinar e no exercício constante da reflexão e do 
diálogo, é imperioso garantir o respeito à pessoa, à sua vulnerabilidade, à sua 
dignidade e autonomia. Para tanto, se deve abordá-la não apenas como um 
corpo que vive, mas como um ser único com sua subjetividade. Cabe-nos 
acolher e não julgar, uma vez que isso o Direito faz, porém pela exterioridade 
dos fatos. Cabe-nos, também, refletir acerca das possibilidades do que tem sido 
denominado o corpo pós-humano, tanto para o paciente como para os 
13 
 
 
profissionais, haja visto que não se pode desvincular o fascínio que causam no 
sujeito as condições de intervenção sobre o corpo das fantasias que alimentam 
o sonho do corpo perfeito e da imortalidade. 
Há, também, que se incluir a família, não delegando unicamente a ela as 
decisões, mas sim a convidando a compor com a equipe de saúde. Democratizar 
informações para a família e abrir espaço para a expressão de seus desejos são 
ações que encontram amparo ético e moral e ilustram a humanização no 
atendimento. 
O que se busca, enfim, é que a ciência que viabiliza a articula ção 
corpo-tecnologia, mas que incide também em sujeitos cuja identidade é 
contemporânea atue dentro de padrões éticos. Isso se refere a dizer que, se 
apaziguem as relações de poder e que se enfatize a participação do paciente e 
de sua família no processo saúde-doença, valorizando e respeitando a dignidade 
e a autonomia. 
Entretanto, num contexto com percepções e perguntas diferentes, com 
diversidade cultural, moral, social, de saberes, de relações multi e 
interdisciplinares, o que se vislumbra fazer e/ou atingir no campo da bioética 
ainda se apresenta como grande desafio. 
 
 
 
 
 
Especificidades da prática do psicólogo hospitalar 
 
O objetivo do trabalho em psicologia hospitalar é acompanhar a evolução 
do paciente quanto aos aspectos emocionais e subjetivos, resgatar dentro do 
contexto biomédico quem é aquele sujeito que sofre. Os locais do hospital 
diferem entre si quanto aos objetivos terapêuticos e a relação que o paciente 
estabelece com a instituição. Romano (1999) sugere que alguns locais do 
14 
 
 
hospital são, por si só, desencadeadores de quadros ou reações psicológicas. A 
vivência de uma internação prolongada em uma enfermaria difere muito de 
realizar consultas esporádicas em um ambulatório ou então ficar entre a vida e 
a morte em uma UTI. 
A figura a seguir mostra, de forma dinâmica, o fluxo de encaminhamento 
que um paciente pode ter em um hospital. As portas de entrada se dão pelo 
ambulatório ou PS; caso reconhecida a necessidade de uma internação, o 
paciente é transferido para a enfermaria ou UTI. Sendo que, comumente, um 
paciente grave de UTI retorna para a enfermaria antes da alta hospitalar a fim de 
completar seu tratamento. 
 
O pronto-socorro (PS) de um hospital é o lugar onde chegam não só 
urgências médicas e dor física mas também é permeado pela dor psíquica. Vieira 
(2010) explica que experiências únicas decorrentes desse ambiente de urgência 
e emergência apontam a necessidade de atuação da psicologia hospitalar, 
acolhendo e humanizando as ações que ali ocorrem, validando e propiciando um 
espaço para que as angústias ali presentes apareçam. A autora explica que o 
paciente que procura o PS, geralmente, vive momentos de desestruturação a 
partir da ocorrência abrupta de um processo mórbido, acidente ou uma 
descompensação de doenças já existentes. Nesse ambiente, deve-se priorizar 
questões relativas à perda de autonomia do sujeito, o deparar-se com o 
15 
 
 
desconhecido e imprevisível, que pode ser muito traumático para algumas 
pessoas, pacientes e familiares (VIEIRA, 2010, p. 513): 
 
A equipe de saúde, família e paciente pertencem a contextos diferentes, 
e o convívio entre eles é, de certa forma, forçado pelo evento da doença. Cada 
um desses grupos traz consigo expectativas distintas ou idealizações acerca do 
processo de hospitalização ou da passagem pelo PS, o que pode gerar conflitos 
ou frustrações maiores. O processo de acolhimento, como aponta Vieira (2010), 
possibilita regular essa assistência, diminuindo essas dificuldades e valorizando 
a autonomia dos sujeitos envolvidos, principalmente nos contextos de urgência 
e emergência. 
O acolhimento trabalha com a escuta valorizada das queixas do 
paciente/família, a identificação de suas necessidades com envolvimento e 
percepção recíproca. Vieira (2010) sugere como sendo fases características de 
um acolhimento genuíno: o acesso (receber o paciente e a família, 
proporcionando segurança e conforto), a escuta (incentivar o questionamento e 
a compreensão do que está se passando, permitir que dúvidas, medos e 
angústias sejam expressados), o diálogo (orientar familiares sobre o que está 
acontecendo com o paciente, facilitar a compreensão com uso de palavras 
adequadas), o apoio (identificar necessidades e procurar satisfazê-las, na 
medida do possível) e o vínculo (estar aberto ao contato com o outro 
desamparado). 
Muitos hospitais compõem sua assistência aos pacientes com um 
ambulatório clínico. O ambulatório é o local onde os pacientes não se encontram 
internados, mas vão para realizar consultas com a equipe, exames específicos, 
procedimentos para uma investigação detalhada de seu quadro clínico 
16 
 
 
(diagnóstica ou de acompanhamento) e tratamento específico (como nos casos 
de psicoterapia). Durante consultas no ambulatório clínico, podem ser realizadas 
indicações para internação. 
Nesse ambiente, a consulta com um especialista e a investigação do 
quadro clínico (que pode levar a resultados positivos ou negativos), ou até 
mesmo o retorno para acompanhamento de uma doença já estabelecida, podem 
desencadear, nos pacientes, reações de ansiedade quanto ao momento vivido. 
Dito de outra maneira, ir ao ambulatório de um hospital pode ser desencadeante 
de angústia ou questões emocionais. 
A psicologia hospitalar também pode realizar atividades no ambulatório 
clínico, como entrevistas com fins diagnósticos, psicoterapia, entrevistas 
pontuais, atividades psicopedagógicas, grupos informativos, grupos 
terapêuticos, entre outras. Segundo Almeida e Malagris (2011), o paciente de 
ambulatório vem ao psicólogo por indicação médica ou de outros profissionais 
durante as consultas, principalmente ao ser observado pela equipe algum 
problema emocional com relação ao adoecimento, entretanto, os pacientes 
também podem buscar espontaneamenteuma consulta psicológica no 
ambulatório, ou até mesmo serem encaminhados a ele após a alta hospitalar 
de uma internação anterior, como continuidade ao tratamento. 
No caso de uma psicoterapia de seguimento no ambulatório hospitalar, 
seja ela de curta, média ou longa duração (o que pode variar de acordo com os 
critérios de cada instituição e com a demanda de tratamento do paciente), vale 
salientar que as instituições hospitalares procuram se ater às questões 
emocionais decorrentes ou que influenciam, de alguma maneira, o adoecimento. 
Romano (1999) sugere que apenas esses pacientes com questões emocionais/ 
psicológicas que tenham estreita ligação com sua patologia orgânica sejam 
atendidos nos ambulatórios hospitalares, ainda que esse ponto possa ser 
subjetivo e de difícil avaliação. Almeida e Malagris (2011) flexibilizam esse ponto 
diante da escassez de atendimentos clínicos ambulatoriais disponíveis para a 
população, o que nos leva a uma postura ética ideal de sempre avaliar a 
demanda que aquele paciente traz à instituição, a relação que é estabelecida 
com ela (de confiança, de expectativas, de cuidados) e, no caso de 
17 
 
 
encaminhamento para outros serviços, realizá-lo da maneira mais cuidadosa 
possível, garantindo a integralidade de cuidados para o paciente. 
 
Pinheiro e Vilhena (2003) realizam uma interessante discussão acerca 
das semelhanças ou disparidades entre o trabalho psicoterápico realizado em 
um ambulatório de uma instituição hospitalar e a clínica privada de um 
consultório. A priori podemos pensar acerca da questão do adoecimento 
orgânico que, como colocado anteriormente, perpassa a demanda de 
acompanhamento psicológico, e a procura pelo serviço por parte do paciente, 
muitas vezes, a necessidade do atendimento pode nem sequer ser reconhecida 
pelo paciente, que apenas procura o serviço “sob ordens médicas”. No trabalho 
psicanalítico, que norteia o pensamento das autoras, a questão da psicoterapia 
em um ambulatório hospitalar também ganha um caráter de importância uma vez 
que: 
18 
 
 
 
As unidades de internação ou enfermarias são a essência de um hospital. 
Como sugere o próprio nome, é um ambiente com leitos, no qual o paciente 
ficará internado com fins diagnósticos (para realização de exames e outros 
procedimentos), para tratamento ou recuperação do estado de saúde. Esses 
ambientes abrigam diversos pacientes, separados em quartos, os quais podem 
ser individuais ou compartilhados, geralmente com dois ou três leitos por quarto, 
separados por um biombo ou até mesmo sem divisões. Tem-se ainda a questão 
da rotina nas enfermarias, que usualmente começa muito cedo pela manhã, com 
os banhos, e que ocupa boa parte do dia com exames, administração de 
medicamentos, procedimentos médicos, curativos, entre outros. Alguns hospitais 
se organizam em enfermarias de acordo com alguns critérios, como: enfermaria 
de adultos ou pediátrica, enfermarias de acordo com a doença ou tratamento em 
questão (enfermaria de queimados, enfermaria psiquiátrica etc.), ou enfermarias 
pré e pós-cirúrgica (OLIVEIRA; RODRIGUES, 2014). 
A experiência de estar internado em uma enfermaria difere 
subjetivamente entre os pacientes. Questões envolvidas, como tempo de 
internação, gravidade da doença e dos sintomas experenciados, vínculo com a 
equipe e apoio familiar, devem ser levadas em consideração ao se avaliar o 
impacto que a internação tem sobre os pacientes. Aspectos inerentes da 
enfermaria, como rotina hospitalar, horário rígido, natureza do tratamento ou 
exames realizados, também devem ser considerados. Sobre a vivência de 
internação em uma enfermaria, Almeida e Malagris (2011, p. 196) discorrem que: 
19 
 
 
 
Nessas unidades, o psicólogo tem a oportunidade de trabalhar de 
maneira mais próxima com o paciente e sua família, visto que o contato pode ser 
diário, além de acompanhar e observar mudanças de comportamentos e atitudes 
e realizar uma avaliação constante acerca da vivência de hospitalização. Pela 
proximidade diária, existe a possibilidade de se trabalhar o vínculo com os 
pacientes e os aspectos de sua história de vida que possam estar envolvidos 
com o adoecimento, propor uma reavaliação de suas vidas. Segundo Almeida e 
Malagris (2011), as questões psicológicas a serem abordadas nesse momento 
devem ser focais, levando em consideração a possibilidade de alta hospitalar, 
visando a aspectos relacionados com a doença, dificuldades adaptativas ao 
hospital, o processo de adoecer e os meios diagnósticos e de tratamento 
propostos. Também é importante ressaltar que, nessa unidade, o psicólogo 
comumente trabalha atendendo a pedidos de interconsulta ou ele próprio 
procurando o paciente, oferecendo atendimento psicológico e ficando disponível 
aos pacientes e familiares. 
Jugend e Jurkiewicz (2012) explicam que, na assistência psicológica aos 
pacientes internados, é muito comum surgirem conteúdos dramáticos 
associados a perdas significativas: pessoas próximas falecidas ou adoentadas, 
preocupações com trabalho e problemas financeiros, questões conjugais ou 
dificuldades de relacionamento, aposentadoria ou outros eventos marcantes que 
acabam associados com a hospitalização na subjetividade do paciente. No 
entendimento das autoras, a internação desencadeia uma vivência de perdas 
que se articula com outros momentos semelhantes vividos pelo paciente e como 
eles foram elaborados, resolvidos ou não. 
20 
 
 
Podemos dizer que a oferta de escuta psicológica durante a internação é 
uma possibilidade de elaboração não só dessas vivências atuais, mas do que 
também é reatualizado pelo paciente nesse momento referente às vivências 
passadas. O processo de elaborar é decorrente, neste caso, de um trabalho 
mental que requer tempo e depende das condições subjetivas de cada um; 
elaborar significa ressignificar experiências sob a luz da fala do paciente e da 
escuta profissional (JUGEND; JURKIEWICZ, 2012). 
Segundo Barbosa et al. (2007), as equipes assistenciais das diversas 
unidades hospitalares, mas principalmente no PS, apontam o grande número de 
pacientes inseguros, com constantes solicitações, demonstração de insatisfação 
perante os cuidados recebidos, irritabilidade ou comportamentos agressivos. Os 
autores compreendem essas reações como decorrentes de um processo 
regressivo, que remete o paciente a buscar a repetição de cuidados (os quais 
podem ter sido insuficientes ao longo de sua história de vida), mobilizando a 
equipe para uma busca incessante da satisfação dessas necessidades, as quais 
não, necessariamente, podem ser racionalmente compreensíveis para os 
profissionais, mas decorrentes do momento de fragilidade extrema. 
Delfini, Roque e Peres (2009) apontam a dificuldade em reconhecer e 
atuar sobre a ocorrência de sintomas de ansiedade e depressão em adultos com 
adoecimento somático. Os autores mostram que 50% a 80% dos pacientes 
ambulatoriais e 30% a 60% dos pacientes internados em hospitais gerais sofrem 
de algum tipo de distúrbio psiquiátrico ou psicológico, sendo que a depressão e 
a ansiedade se situam entre os mais frequentes. Em contrapartida, é estimado 
que apenas 35% desses pacientes em instituições hospitalares recebem 
atendimento especializado em saúde mental durante o período em que são 
assistidos institucionalmente. 
Os estudos que levantam a ocorrência de sintomatologia psicológica (nem 
sempre tratada adequadamente) nos contextos hospitalares propõem que o 
atendimento psicológico individual poderia ser complementado por intervenções 
grupais. As intervenções grupais configuram uma situação adequada para se 
trabalhar a elaboração dos pacientes acerca das informações obtidas sobre 
a doença e o tratamento médico recebido, assim como também favorecem a 
elaboração das vivências relacionadas à hospitalização. 
21 
 
 
Segundo Delfini, Roque e Peres (2009), os grupos de apoio parecem serespecialmente favoráveis à redução dos níveis de ansiedade e depressão nos 
hospitais, além de possibilitarem alívio dos sintomas psíquicos, eles também 
auxiliam nas estratégias de enfrentamento e recursos adaptativos mediante o 
compartilhamento de situações vitais semelhantes entre os participantes. 
Segundo a literatura da área (DELFINI; ROQUE; PERES, 2009; KLEIN; 
GUEDES, 2006), os grupos de apoio tendem a ser mais eficazes quando 
possuem alguma característica homogênea, a qual promove identificação entre 
os pacientes; o caráter homogêneo pode ser atingido ao se trabalhar com 
pacientes que possuem características clínicas, sintomatologia ou diagnósticos 
em comum; ou até mesmo com familiares que passam por experiências 
parecidas quanto ao fato de serem cuidadores dos pacientes. A homogeneidade 
favorece a troca de experiências e promove a universalidade, importante fator 
terapêutico e de vinculação nas intervenções grupais; ela promove uma 
sensação de alívio, compartilhamento de estratégias de enfrentamento e 
dissipação de crenças errôneas ou negativas. 
Por fim, o profissional que se propõe a trabalhar com grupos (sejam de 
apoio, informativos, psicoterapêuticos, de psicoprofilaxia etc.) no contexto 
hospitalar deve pautar sua formação e seus estudos não apenas nas questões 
relativas à hospitalização mas também em critérios bem definidos sobre os 
fenômenos de campo grupal ou específicos do trabalho psicológico em grupos. 
A Psicologia Atuando em Políticas Públicas de 
Saúde: Formação e Pertencimento 
 
De acordo com Franzese (2011), para atuar em políticas públicas devem 
ser consideradas ao menos quatro etapas: formação de agenda, formulação da 
política, implementação das ações e avaliação. Cabe ao profissional da 
Psicologia atuar em todas as etapas: para o psicólogo, o campo das políticas 
públicas de Saúde é amplo, com diferentes modos de inserção no SUS. Da 
gestão em Saúde aos trabalhos de assistência, da organização de campanhas 
de Saúde e avaliação de seus indicadores à formação de lideranças 
22 
 
 
comunitárias e de agentes de saúde, há espaço para o psicólogo na construção 
de agendas que sejam coerentes com as reais necessidades e demandas dos 
sujeitos e das coletividades. O psicólogo pode propor ações que fortaleçam 
vínculos e redes, dando vigor a fatores de proteção, melhorando a comunicação 
e potencializando o cuidado de profissionais e de usuários. 
Entretanto, apesar de reconhecidas mudanças, ainda se visualizam 
profissionais que não sabem e/ou, muitas vezes, se recusam a interdisciplinar 
com seus próprios pares e com outras áreas no interior da política do SUS, 
construída sob o pilar da transdisciplinaridade e da horizontalidade nas ações. 
Se essa política preconiza e se processa inclusive no rompimento com as 
desigualdades sociais, acredita-se que as práticas do psicólogo e seu 
compromisso social precisam se fazer presentes. 
Uma demarcação ética para esse protagonismo social tem sido muito bem 
estabelecida na área dos Direitos Humanos, no âmbito da Reforma Psiquiátrica, 
do SUS, dos direitos psicossociais dos usuários dos serviços, dentre outros. 
Neste ínterim, os profissionais da Psicologia enfrentam o grande desafio de 
redimensionamento de suas práticas: a necessidade é de complementação e de 
uma efetiva flexibilização das tecnologias para o desenvolvimento de saberes e 
de fazeres psicológicos condizentes com o campo. Desta forma, o diálogo das 
políticas públicas de Saúde com as questões e as limitações da Psicologia 
precisa estar atrelado à própria formação do psicólogo, que necessita 
urgentemente potencializar a inclusão do SUS no cotidiano dos estudantes 
desde cedo, bem como de temas como Cidadania, Direitos Humanos e 
Movimentos Sociais, ampliando também possibilidades de intervenção e de 
trabalho em equipe. 
Kastrup (1999) aponta como alternativa para um novo estilo de fazer 
Psicologia a possibilidade de produzir, com os estudantes, uma política de 
invenção do aprender a aprender, em que o saber transmitido não se separa de 
repetidas problematizações, não se processa pelo imediatismo e pela 
instantaneidade, mas pelo movimento do tateio e da experimentação, da 
composição e da recomposição incessantes, até que se constitua a formação 
por outros modos de trabalho e de subjetivação. 
23 
 
 
O psicólogo firma seu lugar como agente social, (des)/(re)construindo e 
sendo construído, na condição de aprendiz, durante o processo desta prática. 
Este paradigma de formação deve passar, necessariamente, pela gestão 
compartilhada em Saúde com gestores, trabalhadores e usuários do SUS. É 
justamente este cenário de movimento e de transformação que coloca a 
Psicologia frente aos desafios e às demandas do SUS, colaborando, de diversas 
formas e espaços, para sua consolidação e para seu desenvolvimento, e 
capacitando o psicólogo, inclusive, a estar disponível e ser capaz de contribuir 
para a melhoria de políticas já existentes, e para a formulação e a implantação 
de novas políticas (BÖING; CREPALDI, 2010). 
É preciso ressaltar que, em larga escala, as ferramentas de trabalho 
(teóricas e técnicas) enfatizadas na formação acadêmica em Psicologia ainda se 
apresentam limitadas para esta atuação, reflexo de antigos conceitos e de 
antigas formas de intervenção, como já descrito, que foram criadas e se 
desenvolveram no trabalho com a camada alta da população. Valores e formas 
de pensar e viver a realidade social, muitas vezes, são muito diferentes da forma 
com que a população encara a vida. Há que se indagar, defronte a este horizonte 
formativo, qual a pertinência da utilização de determinados escopos teóricos-
metodológicos, de determinados conceitos e de determinadas práticas 
terapêuticas, para dar visibilidade à realidade dos sujeitos e às suas demandas 
(BOCK, 2012). 
Assim, é relevante ressaltar a importância da criação e do 
desenvolvimento de espaços de aprendizagem, de pesquisa e de produção 
científica que espelhem o crescente pertencimento do psicólogo ao SUS 
(BENEVIDES, 2005; DIMENSTEIN, 2001; GONÇALVES, 2010); espaços estes 
que funcionem, também, como norteadores de uma profunda reformar curricular, 
inserindo na formação, por excelência e não por exceção, o adentramento das 
políticas públicas de Saúde pela Psicologia. 
Tendo sido sublinhada a necessidade de discutir e de reformular os 
lugares da formação, é crucial também considerar que muito se discute acerca 
de que outros lugares a Psicologia tem ocupado na configuração das políticas 
públicas de Saúde, levando em consideração sua presença nos serviços de 
saúde, nas secretarias, nos conselhos e nas supervisões (NASCIMENTO et al., 
24 
 
 
2001). É possível perceber, por estas dinâmicas, que estar no campo das 
políticas públicas de Saúde é estar imerso em um espaço de conflitos, avanços 
e retrocessos; contudo, a Psicologia tem conseguido fomentar e manter a 
discussão sobre a questão coletiva, tanto nas áreas de atuação, quanto na 
ampliação desta pauta para as dimensões ética e política em que está implicada. 
Exemplos disto são a participação integrada da Psicologia no desenvolvimento 
e na consolidação de processos inclusivos em variados serviços do SUS, e 
também seu trabalho na tessitura de vínculos necessários à fluidez e à eficácia 
da rede de Saúde e à co-criação dos espaços de Saúde entre gestores, 
profissionais e usuários em todos os níveis de atenção e de cuidado. Ademais, 
é pertinente enfatizar as contribuições da Psicologia nas políticas que agem com 
base na Redução de Danos e também na Atenção Básica, pelo Apoio Matricial. 
O tema da inclusão, de modo geral, ganha cada vez mais expressão na 
realidade do País, determinando a elaboração e a implementação de políticas 
públicas de Saúde com a perspectiva de engajamento nos espaços sociais e na 
vida comunitária de sujeitos que, pela condição particular da sua constituiçãofísica, psíquica ou social, eram submetidos a destinos como a internação em 
instituições totais ou a submissão a confinamento doméstico. 
No modelo da clínica ampliada, que será abordado em outros capítulos, 
posto pelas atuais políticas públicas de Saúde, o deslocamento do espaço 
fechado das instituições para o contexto aberto da cidade incide sobre a atuação 
do psicólogo em uma ampla gama de situações, gerando demandas que 
ultrapassam as estratégias da Saúde, com alcance no campo das políticas 
sociais, das políticas de Educação, de Cultura e de Trabalho. 
Assim, fica claro como a Psicologia tem a possibilidade de assumir papéis 
estratégicos na elaboração e no fazer da rede: na assistência direta e na 
regulação dos serviços de Saúde, no trabalho em conjunto na Atenção Básica 
com as equipes de Saúde da Família e Agentes Comunitários de Saúde, na 
promoção da vida comunitária e da autonomia dos usuários, a Psicologia tem 
como contribuir na articulação de recursos existentes de teias inter-setoriais, 
como nas parcerias com a Assistência Social, a Educação, as cooperativas de 
trabalho, as escolas, dentre outras. 
A Psicologia também é chamada a assumir um espaço de cuidado nas 
ruas e fora das instituições formais, repensando relações, preconceitos e 
25 
 
 
estratégias de vinculação e de promoção de saúde, comprometendo-se com os 
princípios do SUS em sua multiplicidade de formas de busca de garantia de 
acesso à saúde, e também em seu reconhecimento das necessidades dos 
sujeitos e das coletividades e, assim, deixando cada vez mais de se identificar 
com a faceta legitimadora da normatização e repressora das singularidades que 
um dia compôs seu principal modelo de pensamento e de ação. 
No cenário da promoção da saúde, as práticas da Psicologia são 
importante espaço de promoção e manutenção da saúde, de prevenção e 
tratamento das doenças, tendo implicação direta com a percepção que se tem 
de saúde. Cabe esclarecer que Promoção da Saúde está envolvida em um 
processo de habilitação da comunidade, que transcende a concepção de 
prevenção e visa a fusão da saúde e bem-estar em geral. Suas estratégias visam 
melhores condições de vida biopsicossociais, e a responsabilidade pela busca 
do bem-estar universal deve ser dos diversos setores da política. 
A Psicologia pode se inserir na Política de Promoção da Saúde pela via 
do cuidado, da humanização e da qualificação da atenção à saúde, pela sua 
ligação à prática educativa. O SUS preconiza as ações de tal política como 
aquelas orientadas para a melhoria da qualidade de vida. No âmbito da Atenção 
Básica, essas ações muitas vezes ficam a cargo dos profissionais psicólogos, e 
devem buscar a autonomia dos sujeitos e das coletividades, procurar 
estabelecer possibilidades crescentes de saídas coletivas e solidárias para 
problemas que também são coletivos. Nesse sentido, essas ações visam à 
melhoria das condições de vida, e se sustentam pela articulação intersetorial e 
a consecução do direito à saúde. 
Vale frisar que, dentre outros lugares nas políticas públicas de Saúde, a 
Psicologia marcou e marca seu lugar na construção e na consolidação da 
Política de Atenção Integral a Usuários de Álcool e outras Drogas, a partir da 
diretriz da Redução de Danos (RD), nos vários patamares de intervenção – 
primário, secundário e terciário – em programas e em ações voltados para a 
prevenção de riscos e de danos sociais e à saúde, bem como na Política 
Nacional de Promoção da Saúde. A importância da Psicologia está presente na 
própria história da Redução de Danos no Brasil, na desconstrução de 
preconceitos e de engessamentos, no desmonte de relações de poder, no 
trabalho de reflexão, nos atos simbólicos envolvidos, na produção de discursos 
26 
 
 
democráticos e de garantia de direitos dos sujeitos – inclusive o de continuar o 
uso –, enfim, todo um universo sobre que a ciência psicológica tem muito a dizer. 
A Psicologia, em seu novo estilo de pensar e de se relacionar com o 
usuário de drogas, faz relevante presença na Redução de Danos enquanto 
diretriz de trabalho nas políticas públicas sobre drogas na Saúde, seja no 
aspecto da prevenção e da educação para a saúde, seja no aspecto político. Ao 
assumir seu lugar como redutor de danos, tanto no espaço institucional – nos 
CAPS ad, nos hospitais gerais, nas Unidades de Acolhimento – quanto na rua – 
em conjunto com os Consultórios na Rua da Atenção Básica ou com outras 
equipes de abordagem social – o psicólogo proporciona à pessoa em abuso de 
drogas experiências de valores, antes distantes de sua realidade; oferece um 
espaço de atenção e de cuidados integrais, de inserção social, de exercício 
político e de novas formas de estar no mundo, mesmo com a continuidade do 
uso. Sendo a Redução de Danos uma abordagem baseada na aceitação e na 
empatia, é amplo seu encontro com a Psicologia ao lidar com o sofrimento físico, 
psíquico e social. 
Além da Redução de Danos, outro campo de inserção que tem-se 
constituído para o psicólogo é o Apoio Matricial às equipes de Saúde da Família 
na cobertura da Atenção Básica. Este contexto abrange a promoção e a proteção 
da saúde, a prevenção de agravos, o diagnóstico, o tratamento, a reabilitação e 
a manutenção da saúde (BRASIL, 2012), empreendendo ações integrais com a 
função de organizar todo o sistema de Saúde. Desta forma, a partir do 
conhecimento e da prática transdisciplinares, bem como da participação ativa 
dos usuários e, portanto, a partir de uma atuação amplamente amparada nas 
implicações sociais do/no território em que ocorre, o princípio da integralidade 
do SUS convoca novos atores, e torna imprescindíveis ao primeiro nível de 
atenção equipes interdisciplinares que desenvolvam ações intersetoriais, 
segundo Böing e Crepaldi (2010), a partir da revisão de diversos autores. 
Cabe lembrar que a atuação da Psicologia não se restringe apenas às 
práticas clínicas, mas abarca todas as potencialidades que a atuação em 
Políticas públicas nos apresenta. É, portanto, fundamental contribuir ainda com 
o desenvolvimento de pesquisas e produção científica que espelhe o crescente 
interesse pela atuação do psicólogo da saúde no eixo de intervenção voltado 
27 
 
 
para o melhoramento do sistema de saúde e formulação de Políticas Públicas 
(BENEVIDES, 2005; DIMENSTEIN, 2001; GONÇALVES, 2010). 
Por fim, considerando que o psicólogo, em seu compromisso ético-
político-social, orienta-se a participar e a intervir intensamente em diversos 
aspectos da relação consigo mesmo, com o outro, com o mundo e com a vida, 
torna-se claro que a relevância da Psicologia brasileira no século XXI depende 
de seu investimento na ressignificação de seus papéis, e de sua disponibilidade 
em ocupar os espaços que se apresentam como demandas e como desafios 
para a produção de novos caminhos e de novos resultados para a 
contemporaneidade. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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