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PRÁTICAS 
INTEGRATIVAS E 
COMPLEMENTARES 
EM SAÚDE
OBJETIVOS DE APRENDIZAGEM
 > Diferenciar óleos essenciais de essências.
 > Relacionar a aromaterapia ao tratamento de enfermidades.
 > Aplicar óleos essenciais adequados na terapia de patologias.
Introdução
A aromaterapia é uma terapia complementar realizada por meio da aplicação de 
óleos essenciais, substâncias extraídas das plantas aromáticas. É uma prática 
que traz inúmeros benefícios para a saúde em geral. A partir do conhecimento da 
aromaterapia, podemos estudar o poder das plantas e de seus óleos essenciais, 
de modo a buscar a prevenção, o tratamento e o equilíbrio do corpo e da mente. 
Na busca por tratamentos patológicos, o conhecimento sobre cada óleo essencial 
é fundamental, visto que cada um desempenha uma ação distinta e sua aplicabi-
lidade também varia dependendo da patologia em questão. 
Neste capítulo, você vai estudar a diferença entre óleos essenciais e essências. 
Também vai aprender a relacionar a aromaterapia ao tratamento de enfermidades. 
Por fim, verá como aplicar os óleos essenciais adequados na terapia de patologias. 
Aromaterapia 
na prevenção e 
no tratamento 
de doenças
Claudia Stoeglehner Sahd
Óleos essenciais e essências
O significado da palavra aromaterapia vem do grego, em que "aroma" significa 
fragrância e "terapia" significa tratamento. Logo, "aromaterapia" refere-se ao 
tratamento usando fragrâncias relacionadas ao olfato (HOARE, 2010). 
Em 1928, o químico francês René-Maurice Gattefossé introduziu e difundiu o 
termo aromaterapia, que é a ciência e a arte de empregar óleos essenciais de 
plantas em tratamentos para promover a saúde e o bem-estar do organismo 
por meio dos aromas, considerada uma medicina alternativa, totalmente 
natural, preventiva e curativa (GRACE, 1999; ULRICH, 2004).
Histórico do uso da aromaterapia
O uso das plantas sempre esteve presente na história humana. Muito antes 
de Cristo, as plantas e seus componentes eram empregados com objetivos 
medicinais, religiosos e na busca pela melhora da aparência física. O cultivo 
das plantas e a extração de seus óleos graxos nos remete ao período Neolítico 
(8.000 a 5.000 a.C.), quando o ser humano realizava a maceração das plantas 
utilizando a pressão das pedras. A toxicidade de algumas plantas também foi 
observada, após trágicos processos de envenenamento ou reações alérgicas 
intensas (CORAZZA, 2017).
Na China, conta-se que o imperador mitológico Sheng Nung utilizou vá-
rias plantas em seu corpo para que fosse possível observar seus efeitos. O 
uso da raiz de ginseng foi salientado nesse período, e sua descrição sugere 
exercer um forte efeito antioxidante, estimulante do sistema circulatório e 
cerebral, potencializador do sistema imunológico e, desse modo, benéfico à 
longevidade (CORAZZA, 2017).
A busca por efeitos proporcionados pelas plantas não parou por aí. Entre 
aproximadamente 2.500 a.C. e o início de nossa era, o povo egípcio já descre-
veu, em seus papiros, o quanto apreciava os óleos essenciais. Nessa época, o 
uso de mirra era empregado como anti-inflamatório e a mistura de plantas 
e óleos era utilizada no tratamento de fraturas ósseas. Além disso, vários 
óleos essenciais foram introduzidos para melhorar a hidratação e amenizar os 
efeitos do clima árido presente na região. A propagação desses ensinamentos 
passou para os gregos antigos e deles para os romanos (SAAD et al., 2018). 
Contudo, foi somente na década de 1920 que o químico francês Maurice-
-René Gattefossé introduziu o nome da aromaterapia pela primeira vez sob o 
ímpeto de sua própria experiência. Ele sofreu uma queimadura no braço em 
seu laboratório de perfumes e, ao tentar apagar o fogo, colocou o membro 
Aromaterapia na prevenção e no tratamento de doenças2
em um barril de líquido contendo NOx Ph232 (comumente conhecido como 
óleo de lavanda). Ele observou que houve um alívio muito rápido da dor, e 
os sinais clássicos de queimadura, como vermelhidão, febre, inflamação, 
bolhas e cicatrizes, não foram observados, levando-o à conclusão de que a 
queimadura fora curada (PEARLSTINE, 2006).
No ano de 1938, em Los Angeles, o médico M. Godissart iniciou sua atividade 
na área da aromaterapia clínica, realizando tratamentos contra câncer de pele, 
gangrena, úlceras faciais e outros tipos de inflamações cutâneas, nos quais 
era empregado o uso do óleo essencial. Contudo, a mãe da aromaterapia atual 
é Marguerite Maury, enfermeira e assistente cirúrgica austríaca, que viveu 
entre 1895 até 1968, conhecida como a pioneira da aromaterapia moderna. 
Ela combinou a arte oriental da massagem com as propriedades medicinais 
dos óleos essenciais, formulando misturas específicas para cada paciente. 
Como podemos observar, com o passar dos anos a aromaterapia foi se 
consolidando pelo mundo, demonstrando por métodos científicos seu poder 
de eficácia para tratamentos do corpo e da mente. Hoje, é considerada uma 
das terapias mais procuradas entre os vários profissionais da saúde.
Diferença entre os óleos essenciais e as essências 
sintéticas
Os óleos voláteis são os principais componentes odoríferos encontrados em 
várias partes das plantas. Como evaporam quando expostos ao ar a tempe-
raturas normais, são chamados de óleos voláteis, refringentes, etéreos ou 
essenciais. Esta última nomenclatura, mais conhecida e aplicada, é utilizada 
pois os óleos voláteis representam as essências ou componentes odoríferos 
das plantas. Possuem odores próprios, tendo densidade em geral menor que 
a da água. Na grande maioria, são opticamente ativos, com alto índice de re-
fração e intensa sensibilidade à luz e ao ar. Têm sua origem em grande número 
de plantas como subproduto do metabolismo secundário (CORAZZA, 2017).
Óleos essenciais são misturas complexas de ativos proveniente de plantas 
medicinais e aromáticas, sendo extraídos de diferentes partes vegetais, como 
raízes, caule, folhas, flores, etc. (FERRAZ et al., 2009). Além disso, são conside-
rados a alma ou a força vital da planta, e constituem o ser e a natureza dos 
vegetais dos quais são extraídos. São o que há de mais puro na planta, por 
isso seu uso terapêutico produz efeitos no corpo e na mente (FERREIRA, 2014). 
O óleo essencial é a forma mais concentrada de princípio ativo vegetal para 
uso humano. Nas plantas, eles estão presentes em pequenas concentrações e 
são extraídos de acordo com os métodos apropriados. Portanto, cada planta 
Aromaterapia na prevenção e no tratamento de doenças 3
possui um percentual diferente de óleo essencial, mas em média fica em torno 
de 1% de óleo essencial por quilo de material vegetal. Isso significa que, para 
cada litro de óleo essencial extraído, costumam ser necessários cerca de 100 
kg de plantas aromáticas. A proporção de 1% é encontrada em plantas como 
o capim-limão e a citronela, mas nas pétalas de rosas encontramos somente 
0,0003% de óleo essencial, o que significa que são necessários 3.500 kg de 
pétalas de rosas para extrair 1 litro de seu óleo essencial (AMARAL, 2015; 
FERRAZ et al., 2009).
Para os profissionais que desejam utilizar óleos essenciais em trata-
mentos, o conceito de concentração e toxicidade dos óleos essenciais 
na tecnologia aplicada é o aspecto mais importante. Mas atenção: não é porque 
os óleos essenciais são substâncias naturais que a dosagem recomendada pode 
ser ignorada. Se a dosagem correta não for seguida, o tratamento pode estar em 
risco, e a saúde do paciente, em perigo; portanto, preste atenção à dosagem a 
ser aplicada. Afinal, como teria dito o médico e físico do século XVI Paracelso, 
“a diferença entre uma droga e um veneno está apenas na dose”.
Segundo Corazza (2017), os óleos essenciais apresentam uma fluidez 
relativamente elevada e se solidificam a baixas temperaturas, apresentando 
uma cor que varia do totalmente incolor ao dourado, passando por nuances 
de verde, âmbar e amarelo, como os óleos essenciais de laranja, patchuli e 
zimbro. Em relação à solubilidade, eles se homogeneízam de maneira perfeitaem óleos vegetais e compostos graxos, como gorduras e ceras, sendo imiscíveis 
em água, mas solúveis em álcool, éter e na maioria dos solventes orgânicos. 
Amaral (2015) e Corazza (2017) relatam que os óleos essenciais são produ-
zidos nas plantas por meio de três vias do metabolismo secundário:
 � derivados dos terpenoides, formados pela via do ácido 
mevalônico-acetato;
 � compostos aromáticos, formados pela via do ácido chiquimico-fenil 
propanoide;
 � muitos fitofármacos e aromáticos também são produzidos via malo-
nato, como a biossíntese dos ácidos graxos saturados e insaturados, 
os polifenóis e os poliacetilenos.
Aromaterapia na prevenção e no tratamento de doenças4
Ao contrário dos óleos essenciais, que são substâncias complexas e extraídas 
diretamente das plantas, as essências não possuem origem vegetal. Elas são 
sintetizações de laboratórios e, portanto, não possuem o mesmo processo de 
formação do óleo essencial, que acontece dentro de um organismo vivo (a planta 
aromática), nem a complexidade derivada desse organismo vivo (CORAZZA, 2017).
As essências surgiram devido à crescente demanda da indústria de cosméticos 
e perfumes, que, por sua vez, decorre da necessidade do ser humano se perfumar. 
Essências sintéticas apresentam menor custo e larga escala de produção, ocu-
pando um lugar consolidado na indústria de saneantes, cosméticos e perfumes, 
tornando seu preço mais acessível que o dos óleos essenciais (AMARAL, 2015). 
As essências têm como objetivo apenas perfumar, sem dispor de qualquer 
atividade farmacológica, estando presentes em praticamente todos os produ-
tos de consumo que perfumam. As essências sintéticas devem ser excluídas 
da prática terapêutica e seu uso limitado à aromatização de ambientes ou 
outras perfumações. Portanto, em nenhuma circunstância as essências devem 
ser utilizadas para fins terapêuticos, pois não foram estudadas com relação 
à eficácia dos métodos de tratamento e é sabido que não apresentam efeito 
cutâneo como os óleos essenciais (AMARAL, 2015).
Réplicas de óleos essenciais, as essenciais são a síntese dos ingredientes 
contidos nos óleos originais, que fornecem os ingredientes para sua produção. 
Graças à engenharia química adequada, o aroma das essências geralmente 
pode imitar perfeitamente o aroma dos óleos essenciais, razão pela qual as 
pessoas devem estar totalmente cientes de que são produtos diferentes, 
para não serem enganadas pensando se tratar do mesmo composto e com 
efeitos terapêuticos semelhantes (SAAD et al., 2018).
Em uma comparação química, os óleos essenciais têm mais componentes 
que as essências. A diferença não está apenas na estrutura química, mas 
também na estrutura orgânica. Sua capacidade de se comunicar com os 
organismos vivos é incomparável. Na verdade, os óleos essenciais são vivos e 
complexos. Na verdade, mesmo após um profundo desenvolvimento químico 
e farmacêutico, ainda há muito conhecimento a ser descoberto sobre suas 
funções e atividades. Por mais complexa que seja a essência, ela não pode 
produzir efeitos físicos nos tecidos e sistemas do corpo humano, o que pode 
ser comprovado cientificamente pela comparação de uma atividade com 
outra (AMARAL, 2015; SAAD et al., 2018).
Aromaterapia na prevenção e no tratamento de doenças 5
No Quadro 1, pode ser observada a diferença na estrutura química entre 
o óleo essencial de lavanda e a fragrância de mesmo nome.
Quadro 1. Diferença na estrutura química entre os óleos essenciais e as 
essências
Ó leo essencial de lavanda Essê ncia de lavanda
 � É steres 
 � Á lcoois terpê nicos 
 � Monoterpenos 
 � Sesquiterpenos 
 � Cetonas 
 � Cumarinas 
 � Á cidos 
 � Aldeí dos 
 � Ó xidos 
 � Elementos traç os
 � É steres
 � Á lcoois terpê nicos
Fonte: Adaptado de Amaral (2015).
Como réplicas de óleos essenciais, as essências são feitas de componentes 
que representam o maior teor de óleos essenciais. Os óleos essenciais não são 
apenas estruturas químicas; eles são formados em plantas, e as plantas são seres 
vivos. Considerando que nosso corpo está familiarizado com a natureza e depende 
de substâncias naturais para se alimentar e manter a saúde, pode-se dizer que 
processa melhor as substâncias naturais. Veja a semelhança entre a estrutura 
celular das folhas das plantas e da pele humana na Figura 1 (AMARAL, 2015).
Figura 1. Comparação entre a estrutura celular de uma planta e da pele humana.
Fonte: Amaral (2015, p. 20).
Aromaterapia na prevenção e no tratamento de doenças6
Quando usamos essências, nossas células não conseguem reconhecer 
facilmente as substâncias sintéticas que as compõem, porque elas são cons-
truídas para satisfazer o sentido do olfato, em vez de satisfazer o mecanismo 
do metabolismo celular, como os óleos essenciais. O perigo é o resultado de 
distorção produzida por essas essências sintéticas.
Em suma, o fato é que os óleos essenciais têm afinidade por nossas células, 
enquanto as essências, não.
Em tratamentos de aromaterapia, dê preferência para óleos essen-
ciais naturais que tenham qualidade e pureza atestadas. Os óleos 
são compostos por muitas substâncias químicas, responsáveis por produzir os 
efeitos terapêuticos de forma harmônica. Não utilize as essências produzidas 
de forma sintética, pois elas possuem pouquíssimas substâncias ativas e não 
são indicadas para a aromaterapia.
Aromaterapia no tratamento 
de enfermidades
Segundo com Corazza (2017), Hoare (2010) e Lavabre (1992), de forma geral a 
aromaterapia pode ser empregada com técnicas e métodos distintos para o 
tratamento de patologias, com destaque para: 
 � difusão aérea ou pulverização — realizada por meio de um difusor de 
aromas, os óleos essenciais se espalham pelo ambiente sem alterar 
suas características naturais;
 � massagem — atua de forma a proporcionar conforto e sensação de 
prazer, devido ao toque exercido durante o ato da massagem, repre-
sentando a técnica mais difundida;
 � banhos de imersão — em uma banheira, a pessoa fica imersa em água 
quente por 20 minutos;
 � fricção — aplica-se o óleo essencial diluído em óleo vegetal com a 
ponta dos dedos de forma suave;
 � compressas — usadas para áreas extensas, em que se deve umedecer 
um pano em água potável, limpa, quente ou fria, e colocar algumas 
gotas de óleo essencial;
Aromaterapia na prevenção e no tratamento de doenças 7
 � escalda-pés — para realização dessa técnica, utilizam-se uma tina com 
5 litros de água quente para 10 gotas de óleos essenciais, onde os pés 
devem estar submersos;
 � inalação — técnica empregada para ação através das vias respiratórias, 
em que o vapor d’água é usado como canal para os óleos essenciais, 
podendo ser realizada com distintos recursos, como: sprays, tecidos hu-
medecidos nos óleos essenciais, difusores, velas, entre outros objetos.
O profissional habilitado e com conhecimento na área define qual será o 
método ou técnica de utilização mais adequado, observando as características 
do paciente e a patologia apresentada.
Os óleos essenciais são substâncias concentradas que podem ser 
utilizadas de forma diluída. Pensando nisso, dependendo da forma de 
aplicação, devem ser inseridos em óleos vegetais, para que não ocorram lesões ou 
irritações cutâneas. Os óleos vegetais são lipídeos extraídos das plantas na região 
da semente, grão, nozes, castanhas, frutas e raízes, Nesse caso, os óleos vegetais 
são empregados como veículo (carreador) de condução dos óleos essenciais.
Processo olfativo
Os óleos essenciais são ideais para a inalação, devido às suas propriedades 
voláteis e baixo peso molecular, sendo essa técnica ou método um dos mais 
utilizados (BANDONI; CZEPACK, 2008). Em menos de um segundo, o olfato 
humano é capaz de detectar inúmeras substâncias presentes no ar, em con-
centrações tão baixas que nenhuma máquina construída pelo ser humano 
identificaria. O olfato é o sentido humano que menos conhecemos, sendo o 
primeiro sentido desenvolvido pelos organismos monocelulares que habi-
tavam os oceanos há bilhões de anos atrás(CORAZZA, 2017).
Nossas células olfativas têm origem no próprio sistema nervoso central 
e são receptoras para a sensação do olfato. Para que isso aconteça, os cílios 
olfativos localizados na extremidade da mucosa das células olfativas esti-
mulam e respondem aos odores no ar (GUYTON et al., 1993). 
Por meio desse sentido, podemos obter a sensação de cheirar os mais amplos 
aromas. A constituição do olfato acontece quando o odor (uma porcentagem 
mínima do óleo essencial) é levado pelo ar, adentra a cavidade nasal e atinge 
os cílios olfativos. Forma-se então uma camada de muco que reage com outros 
odores; reações elétricas e químicas são geradas, acarretando estímulo nas 
Aromaterapia na prevenção e no tratamento de doenças8
células olfativas, que transmitem os impulsos nervosos ao nervo olfativo, o 
qual ativa o sistema límbico (área do cérebro que corresponde ao olfato), onde 
a informação é processada na forma de sensações e reações inconscientes que 
afetam o corpo de maneira intelectual e psicológica (Figura 2). Em seguida, ações 
fisiológicas são desencadeadas vinculadas à motivação, ao comportamento e 
às emoções (PEREZ; LACRIMANTI; VASCONCELOS, 2014). O restante do volume 
inalado passa pelo sistema respiratório e chega ao sistema circulatório. Os 
óleos irão ativar a síntese de neurotransmissores, como serotonina, acetilcolina, 
norepinefrina, endorfinas e outras substâncias que se comunicam com todos 
os sistemas do corpo (GNATTA; DORNELLAS; SILVA, 2011).
Figura 2. Processo olfativo.
Fonte: Axel_Kock/Shutterstock.com. 
Processo tópico
A administração cutânea dos fármacos visa propiciar um efeito tópico de pro-
fundidade intermediária. Seu baixo peso molecular e sua alta lipossolubilidade 
fazem com que ocorra um efeito sistêmico, de forma que podem se solubilizar 
no filme hidrolipídico cutâneo. Assim como produtos secretados pelas glândulas 
sebáceas e/ou sudoríparas que penetram em diferentes camadas da pele, quando 
atingem o tecido subcutâneo são absorvidos na corrente sanguínea, embora 
esta não seja a maneira de alcançar uma absorção sistêmica (MALUF, 2008).
Aromaterapia na prevenção e no tratamento de doenças 9
Existem dois tipos distintos de medicamentos aplicados na pele de acordo 
com as finalidades de tratamento pretendidas. No tratamento de doenças de 
pele, os medicamentos são projetados para atuar nos tecidos cutâneos mais 
profundos e precisam passar pela camada córnea para atingir sua posição 
de ação. Já na administração sistêmica, o medicamento aplicado de forma 
tópica deve atingir a corrente sanguínea rapidamente sem ser absorvido ou 
formar um reservatório na pele, onde seria absorvido pela corrente sanguínea 
e a dose poderia ser menor que a esperada (ANJOS, 1996; CORAZZA, 2017).
Assim, a absorção de fármacos de forma cutânea pode acontecer por meio 
de três processos diferentes: 
 � absorção total até a circulação sanguínea; 
 � produção de reservatórios cutâneos (formados devido à fixação aos 
componentes do estrato córneo ou tecido adiposo subcutâneo, de onde 
os compostos são lentamente liberados para os capilares); 
 � metabolização por enzimas da pele. 
Na verdade, a absorção de fármacos pela pele envolve não apenas o 
processo de difusão através do estrato córneo para a epiderme, mas tam-
bém o processo de ingresso na microcirculação sanguínea através da derme 
(MACHADO, 2011; MALUF, 2008; CORAZZA, 2017). Quando administrados por via 
dérmica, os óleos essenciais são absorvidos pela pele e transportados pela 
circulação sanguínea, e então conduzidos até os órgãos e tecidos do corpo 
onde se busca o tratamento necessário (MACHADO, 2011; MALUF, 2008).
Processo terapêutico
Diante das diferentes técnicas e métodos de aplicação da aromaterapia, observa-
-se que muitas são as atividades biológicas que os óleos essenciais desempenham 
no organismo, tendo como função a profilaxia e o tratamento de enfermidades. 
Segundo Domingos (2014), a aromaterapia representa aos profissionais de saúde 
um novo instrumento a ser utilizado no tratamento de desequilíbrios físicos e 
emocionais, desde que tomados com os devidos cuidados e precauções, e tendo 
o profissional qualificação e conhecimento necessários para atuar nessa prática. 
Em 2018, o Sistema Único de Saúde (SUS) promoveu a inclusão da aromate-
rapia no programa de Práticas Integrativas e Complementares (PICS), para que 
seus pacientes utilizem recursos terapêuticos baseados em conhecimentos 
tradicionais. Tais conhecimentos são voltados para cura e prevenção de 
doenças (BRASIL, 2018). 
Aromaterapia na prevenção e no tratamento de doenças10
Alguns estudos apontam o uso da aromaterapia no tratamento de algumas 
enfermidades. Exemplo disso foi a pesquisa de Namazi et al. (2014), conduzida 
junto a 122 primíparas, 61 pertencentes ao grupo controle e 61 submetidas 
à intervenção com óleo essencial de Citrus aurantium. Antes do uso do óleo 
essencial, ambos grupos relatavam o mesmo nível de dor, mas depois de 
submetido à terapia, o grupo de intervenção revelou uma significativa dimi-
nuição nos níveis de dor. 
Já em um outro estudo científico de Barnes, Fellowes e Wilkinson (2004), 
foi possível observar que a massagem aromaterápica utilizando uma mistura 
de óleos essências de lavanda, pau-rosa, limão, rosa e valeriana, diluídos a 2% 
em óleo vegetal carreador de erva-doce e amêndoas, mostrou-se favorável 
na diminuição da ansiedade em pacientes oncológicos, notando-se também 
uma redução de náusea e dor nesses pacientes. 
Outros estudos clínicos demonstram o sucesso da aromaterapia na dimi-
nuição de níveis de estresse e ansiedade, sendo o óleo essencial de lavanda 
(Lavandula angustifolia) o mais indicado e citado para o tratamento de an-
siedade (LYRA; NAKAI; MARQUES, 2010; KUTLU; YILMAZ; ÇEÇEN, 2008).
Muito outros estudos ainda precisam ser realizados para evidenciar 
o potencial que a aromaterapia pode empregar no tratamento de várias 
enfermidades. Mas vale lembrar também a necessidade de profundo e 
amplo estudo e conhecimento do profissional da área para que a utilize de 
modo correto, no intuito de auxiliar seus pacientes e não prejudicar ainda 
mais sua saúde. 
Óleos essenciais adequados na terapia 
de patologias
Na civilização atual, as pessoas vivem em uma intensa competição na vida 
profissional e pessoal, proporcionando um cansaço físico e mental. A aro-
materapia atua de forma a amenizar esses desequilíbrios, ajudando resgatar 
a essência humana e sua saúde. 
Os óleos essenciais têm a capacidade de purificar o ar que respiramos 
e, ao mesmo tempo, relaxar, estimular ou acalmar nossos sentimentos. 
Eles também têm a capacidade de promover a reflexão pessoal e tratar 
patologias via mecanismos fisiológicos que decorrem da inalação ou uso 
tópico. Examinemos a seguir alguns óleos essenciais, seus componentes e 
sua indicação para o tratamento de patologias (ANDREI; DEL COMUNE, 2005; 
SAAD et al., 2018): 
Aromaterapia na prevenção e no tratamento de doenças 11
Alecrim (Rosmarinus officinalis) 
Pertence à família botânica das labiadas e contém como principais compo-
nentes limoneno, pineno, linalol, eucaliptol, canfeno, borneol e terpineol. É 
empregado no tratamento de cansaço mental, artrite, fraqueza geral, dores 
nas juntas, perda de memória, piolho, asma, bronquite e sarna.
Artemísia (Artemisia vulgaris) 
Possui como principais componentes borneol, tujona, cânfora, 4-terpinoleno, 
linalol, 1,8-cineol, alfa–cadinol e 4-terpinoleno. Utilizado como analgésico, 
regulador de distúrbios menstruais, antiespasmódico e estimulante mental, 
além de atuar na amenorreia e dismenorreia, epilepsia, vômitos nervosos, 
convulsões, oxiurose e ascaríase. 
Baunilha (Vanilla planifolia) 
Possui como principais componentes vanilina, ácido acético, hidroxibenzal-
deído, aldeído metilprotocatéquico, isbutírico, capróico, eugenol e furfural. 
Empregada como antiespasmódico, estimulante, afrodisíaco e emenagogo 
(estimula a menstruação).
Benjoim (Styrax tonkinensis) 
Possui como principaiscomponentes vanilina, ácido benzoico, benzoato de 
cinamila, ácido siarresinólico e benzoato de coniferila. Atua com antioxi-
dante. Empregado no tratamento de resfriados, bronquites, tosse, laringites 
e infecções das vias respiratórias. Incrementa a circulação sendo útil no 
tratamento da artrite reumatoide e gota. Contribui no combate a estresse, 
fissura cutânea e ansiedade. 
Bergamota (Citrus bergamia) 
Possui como principais componentes dipenteno, linalol, terpineol, acetato 
de linalil, pineno, nerol, acetato de nerila, bergapteno e geraniol. Empregada 
na medicina popular da Itália no combate da febre e de parasitoses, além 
de muito utilizada nas indústrias de fragrâncias e alimentícia. Utilizada no 
tratamento de eczema, seborreia, acne, furúnculos, prurido vaginal, cistites, 
halitose, pele oleosa, problemas digestivos, psoríase, ansiedade, estresse, 
Aromaterapia na prevenção e no tratamento de doenças12
depressão, infecções da mucosa bucal e garganta e perda de apetite. Além 
disso, tem ação analgésica, cicatrizante, antisséptica, sedativa e energizante. 
Atua como bactericida em infecções decorrentes de meningococo, gonococo, 
estafilococo e bacilo da difteria. 
Camomila-dos-alemães (Matricaria chamomilla) 
Possui como principais componentes flavonoides (apigenina, luteolina, quer-
citina), azuleno (principal entre todos), farneseno, alfa-bisabolol, tujanol 
e glicosídeos. Atua como cicatrizante, anti-inflamatório, antiespasmódico, 
antianêmico e imunoestimulante. Empregada para tratamento de úlceras 
gastrintestinais, acne, artrite, inflamações na pele dermatites, reumatismo, 
furúnculos, TPM, menopausa, enxaqueca, amenorreia, dismenorreia, dor 
de cabeça, ouvido e dente, agindo nas picadas de inseto, náusea, insônia, 
estresse, cólicas e problemas digestivos.
Canela (Cinnamomum zeylanicum) 
Possui como principais componentes felandreno, eugenol, aldeído benzê-
nico, ácido cinâmico, aldeído cinâmico, furfurol, safrol, benzoato de benzila, 
cimeno, pineno e dipenteno. Usada como analgésico, diurético, antisséptico, 
antiespasmódico e antiprurido. Empregada para tratamento de digestão, 
circulação, infecções intestinais, gripes, impotência, náusea, constipação, 
cálculo renal, estresse e dores musculares. 
Citronela (Cymbopogon nardies) 
Possui como principais componentes borneol, ácido hidrociânico, bourboneno, 
cânfora, canfeno, cariofileno, citral, citronelol, etanol, citronelal, eugenol, fur-
furol, farnesol, geraniol, limoneno, linalol, nerol, mentol, terpinoleno e pineno. 
Empregada para cansaço, dor de estômago, dor de cabeça, pele e cabelos ole-
osos, circulação deficiente, dores musculares e menstruação deficiente (sendo 
emenagogo). Age com estimulante digestivo, antiespasmódico, antisséptico, 
antidepressivo, cadiotônico, anti-inflamatório e repelente de insetos. 
Eucalipto (Eucalyptus globulus) 
Possui como principais componentes eucaliptol, eugenol, citronelal, pineno, 
felandreno, pinocarvona, terpineol, canfeno e limoneno. Empregado como 
um potente antisséptico, expectorante, antiviral, estimulante do sistema 
Aromaterapia na prevenção e no tratamento de doenças 13
respiratório, adstringente, anti-inflamatório e ativador da circulação, sendo 
indicado tratamento de herpes simples, asma, tosse, bronquite, catarro, má-
-circulação, distúrbios do trato urinário, resfriado, diabetes, sinusite, dores 
musculares e reumatismo. Quando utilizado de maneira tópica sobre lesão 
cutânea, diminui a dor. Além disso, reequilibra a respiração (ofegante ou 
curta), dilata a musculatura dos brônquios, pulmões e traqueia, reduzindo 
coriza e a febre e desobstrui as vias aéreas. 
Gengibre (Zingiber officinalis) 
Possui como principais componentes canfeno, pineno, cineol, nerol, graniol, 
betabisaboleno, linalol, borneol, terpineol e zingibereno. Tem ação analgésica, 
tônica, estimulante, carminativa, antiespasmódica, digestiva, adstringente 
e antisséptica. Indicado no tratamento de dores de garganta, amigdalite, 
sinusite, dores musculares, aerofagia, má circulação, memória fraca, enxa-
queca, fadiga e cansaço mental. Também atua como excelente estimulante 
psicológico e mental, proporcionando mais determinação e autoconfiança. 
Gerânio (Pelargonium graveolens) 
Possui como principais componentes cariofileno, mentona, citronelol, geraniol, 
limoneno, acetato de linalila e eugenol. Atua no organismo com função antis-
séptica, adstringente, cicatrizante e diurética. Empregado para tratamento 
de amigdalite, dor de garganta, diabetes, TPM, menopausa, hemorroidas, 
depressão, dermatites, cálculo renal, queimaduras, inflamação da mucosa 
vaginal e tensão nervosa. Além disso, melhora indivíduos que possuem con-
fusões mentais, atua no estímulo do córtex suprarrenal, onde são produzidos 
os hormônios sexuais, agindo como estimulante e agente equilibrante do 
sistema nervoso e de órgãos femininos. 
Hortelã-pimenta (Mentha piperita) 
Possui como principais componentes limoneno, eucaliptol, acetato de mentila, 
linalol, mentol, carvono, mentona, nicotinamida, cineol, pipeno, cariofileno 
e felandreno. Atua no organismo como antiespasmódico, antiespasmódico, 
descongestionante, analgésico, antisséptico, antiparasitário, estimulante 
do aparelho digestivo e do sistema nervoso, age na redução da febre e dos 
sintomas de resfriados e gripes, exerce ação carminativa, emenagoga anti-
-inflamatória, refrescante, vasoconstritora adstringente e expectorante. 
Aromaterapia na prevenção e no tratamento de doenças14
Indicada para pessoas tímidas e depressivas, devido às suas propriedades 
estimulantes. Além disso, atua na gripe, asma, laringite, resfriado, bronquite, 
indigestão, flatulência, cólica, enxaqueca, diarreia, congestão nasal com 
dores de cabeça, sinusite, dores musculares articulares e cansaço mental. 
Lavanda (Lavandula officinalis, Lavandula angustifolia 
ou Lavandula vera). 
Possui como principais componentes cariofileno, limoneno, linalol, nerol, 
eucaliptol, cineol, terpineno, canfeno, felandreno, cânfora, pineno, geraniol, 
acetato de lavandila, bisabolol. borneol, lavandulol e alguns ácidos como 
o benzoico, coumárico e valérico. Atua no organismo como antisséptico, 
analgésico, antibiótico, bactericida, sedativo, antidepressivo, repelente de 
insetos, descongestionante, cicatrizante, diurético, antiviral, carminativo e 
antitóxico. Indicada para o tratamento de bronquite, asma, dores de garganta, 
enxaqueca, gripe, depressão, lesões de pele, tensão, insônia, queimaduras, 
picada de inseto, leucorreia, cistite, alergia, catapora, TPM, amenorreia, 
dismenorreia, flatulência, hipertensão, menopausa, reumatismo, feridas e 
contusões. Por exercer um efeito sedativo para o sistema nervoso central. 
Acredita-se que tenha um efeito antiestresse e ajude a relaxar o corpo e 
a mente. É útil para mulheres no trabalho de parto, porque sua fragrância 
relaxa a mãe, exerce ainda efeito sobre o sistema respiratório, por diminuir os 
desconfortos de resfriado, bronquite e sinusite. É importante lembrar que o 
óleo de lavanda é o único que pode ser aplicado na pele sem diluição prévia. 
Em feridas abertas, deve ser usado exclusivamente para prevenir infecções 
e ajudar na cicatrização do epitélio. Também é comumente usado como um 
calmante para rejuvenescer a pele exposta ao Sol ou que sofreu picadas 
de insetos. Alguns autores acreditam que, por causa de sua alta vibração, o 
óleo de lavanda pode restaurar o equilíbrio mental, coordenar sentimentos, 
despertar a consciência da realidade e da paz e ter um efeito imediato sobre 
o corpo e a mente.
Patchuli (Pogostemon cablin ou Pogostemon patchuli) 
Possui como principais componentes eugenol, fenol, patchulol, cariofileno, 
cadineno, cinamaldeído, pogostol e patchulipiridina. Exerce ação cicatrizante, 
anti-inflamatória, descongestionante, fungicida, regeneradora e repelente 
de insetos. É utilizado no tratamento de pele, dermatite, caspa, seborreia, 
ansiedade, obesidade, fadiga mental, retenção hídrica, estresse e depressão.Aromaterapia na prevenção e no tratamento de doenças 15
O aroma do óleo essencial estimula o sistema nervoso central e as glândulas 
endócrinas, o que o torna um afrodisíaco. Atua de modo a equilibrar o corpo, 
a mente e o corpo espiritual.
Melaleuca (Melaleuca alternifolia) 
Possui como principais componentes sesquiterpenos, 4-terpineol, eucaliptol e 
pineno. Exerce ação fungicida, antiviral, antisséptica, estimulante, cicatrizante 
e inseticida. Utilizada no tratamento de vaginite, candidíase, infecções, afta, 
verrugas, cistite, fungos e herpes genital e labial. Sua ação mais importante 
é de estímulo do sistema imunológico. Além disso, é muito utilizada em 
congestão nasal, cortes, arranhões, odor fétido nos pés, gengivites e acne. 
Ylangue-ylangue (Cananga odorata) 
Possui como principais componentes safrol, ylangol, linalol, pineno, farnesol, 
granial, geraniol, eugenol, acetato de benzila e cadineno. Exerce ação de 
sedativo, antiespasmódico, calmante, animador e levemente eufórico. Indi-
cado no tratamento de taquicardia, depressão, frigidez e impotência sexual. 
A aromaterapia oferece uma alternativa de tratamento natural, conside-
rando uma ampla gama de efeitos, como tratamento para o corpo e a mente. 
Vem sendo cada vez mais procurada pelas pessoas devido ao seu baixo índice 
de efeitos colaterais, enquanto os tratamentos convencionais acarretam no 
organismo efeitos colaterais e reações adversas. Nos países de primeiro 
mundo, a aromaterapia tem sido usada com sucesso em ambientes de trabalho 
e hospitalares, atuando com propósitos terapêuticos. Com isso, ganha cada 
vez mais espaço. A aromaterapia ainda não foi incorporada à cultura brasi-
leira, possivelmente por falta de comunicação entre as pessoas ou limitado 
investimento intelectual e financeiro, o que interrompe seu progresso.
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