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E_BOOK__AVALIACAO_FISIOTERAPEUTICA_CARDIORRESPIRATORIA

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Sumário 
AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR E RESPIRATÓRIO ......................................... 4 
Semiologia cardiorrespiratória ............................................................................................................. 4 
ANAMNESE ............................................................................................................................................................... 4 
INSPEÇÃO DO TÓRAX ............................................................................................................................................ 6 
Tipos de tórax patológicos ...................................................................................................................................... 8 
PALPAÇÃO .............................................................................................................................................................. 10 
SINAIS VITAIS .......................................................................................................................................................... 10 
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA .............................................................................................................................. 11 
RITMOS RESPIRATÓRIOS .................................................................................................................. 11 
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: ............................................................................................................................. 12 
ALTERAÇÕES DOS RITMOS RESPIRATÓRIOS .................................................................................................. 13 
OXIMETRIA DE PULSO .......................................................................................................................................... 19 
AUSCULTA PULMONAR ........................................................................................................................................ 20 
SECREÇÃO TRAQUEOBRÔNQUICA .................................................................................................................. 22 
FREQUÊNCIA CARDÍACA ..................................................................................................................................... 23 
AUSCULTA CARDÍACA .......................................................................................................................................... 24 
PULSOS PERIFÉRICOS ........................................................................................................................................... 25 
PRESSÃO ARTERIAL ............................................................................................................................................... 26 
TEMPERATURA CORPÓREA ................................................................................................................................. 27 
Testes / Exames específicos .............................................................................................................. 29 
Eletrocardiograma .................................................................................................................................................. 29 
GASOMETRIA ARTERIAL ....................................................................................................................................... 34 
ACIDOSE RESPIRATÓRIA ...................................................................................................................................... 37 
 
 
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ALCALOSE RESPIRATÓRIA ................................................................................................................................... 37 
ALCALOSE MATABÓLICA .................................................................................................................................... 37 
ACIDOSE METABÓLICA ....................................................................................................................................... 38 
DISTÚRBIO MISTO ................................................................................................................................................. 38 
DISTÚRBIO COMPENSADO ................................................................................................................................. 38 
Capnometria ............................................................................................................................................................ 38 
MANUVACUOMETRIA - FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA ........................................................................ 41 
VENTILOMETRIA .................................................................................................................................................... 43 
PEAK FLOW ............................................................................................................................................................. 45 
ESPIROMETRIA ....................................................................................................................................................... 45 
PRINCIPAIS APLICAÇÕES CLÍNICAS DA ESPIROMETRIA: ............................................................................. 52 
Doenças Obstrutivas: ............................................................................................................................................. 53 
Doenças Restritivas: ................................................................................................................................................ 58 
Teste de caminhada de 6 minutos ....................................................................................................................... 62 
 
 
 
 
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AVALIAÇÃO DO SISTEMA CARDIOVASCULAR E 
RESPIRATÓRIO 
 
Semiologia cardiorrespiratória 
ANAMNESE 
Anamnese é uma investigação que tem a intenção de ser o ponto inicial, que busca 
relembrar todos os fatores que se relacionam à doença e à pessoa doente. São elementos da 
anamnese: 
• QUEIXA PRINCIPAL (QP): em poucas palavras, o profissional registra a QP, ou seja, 
o motivo que levou o paciente a procurar ajuda; 
• HISTÓRIA DA DOENÇA ATUAL (HDA): no histórico da doença atual, é registrado 
tudo que se relaciona a ela, como sintomatologia, época de início, história da evolução da doença, 
entre outros. Em caso de dor, deve-se caracterizá-la por completo; 
• HISTÓRICO MÉDICO PREGRESSO (HMP): adquirem-se informações sobre toda a 
história do paciente, inclusive as condições não relacionadas à doença atual; 
• HISTÓRIA PESSOAL E SOCIAL: procuram-se informações sobre a ocupação do 
paciente, por exemplo, onde trabalha, onde reside,se é tabagista, alcoolista ou faz uso de outras 
drogas, suas atividades diárias e se faz uso de algum tipo de medicamento (inclusive os da medicina 
alternativa), pois essas informações são muito valiosas para o médico levantar hipóteses de 
diagnóstico; 
 
 
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• REVISÃO DE SISTEMAS: também conhecida como interrogatório sintomatológico ou 
anamnese especial, consiste em um interrogatório sobre todos os sistemas do paciente, a fim de 
levantar hipóteses de diagnóstico. 
Após a anamnese, inicia-se o exame o físico, no qual se procuram sinais e sintomas. Sintoma 
é qualquer alteração da percepção normal que uma pessoa tem de seu próprio corpo, do seu 
metabolismo, de suas sensações, podendo ou não consistir em um indício de doença. 
SISTEMA CARDIORRESPIRATÓRIO 
Sinais 
Taquicardia 
Bradicardia 
Taquipneia 
Bradipneia 
Hiperpneia 
Apneia 
Cianose 
Sangramento Nasal 
Hemoptise 
Coriza 
Rinorreia 
Sintomas 
Dor no peito 
Pleurisia 
Dispneia 
 
GERAIS 
Sinais e Sintomas Febre 
 
 
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Cefaleia 
Náusea 
Vômito 
Fadiga 
Astenia 
Hipoestesia 
Hiperestesia 
Tremor 
Espasmo 
Fasciculações 
 
 
São exemplos de sintomas: dor, dispneia, astenia, tontura, vertigem e outros. Sinais são as 
alterações no metabolismo, no aspecto de uma pessoa, em sua conformação física, que podem 
ser indicadoras de adoecimento e percebidas ou medidas pelo profissional de saúde. 
 
INSPEÇÃO DO TÓRAX 
É o primeiro elemento de estudo do tórax, visto que é por meio da inspeção que se 
observam os movimentos respiratórios (frequência, simetria, regularidade e profundidade), bem 
como os esforços inspiratórios e expiratórios relativos. 
O tórax anterior é examinado preferencialmente com o paciente em decúbito dorsal. 
Contudo, para a região posterior, quando possível, o paciente deverá estar sentado ou em posição 
ortostática. Em acamados, para o exame do tórax posterior, a posição indicada é o decúbito lateral. 
 
 
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O tórax normal tem o diâmetro lateral 2 vezes maior que o anteroposterior. A avaliação dos 
ângulos entre as costelas também é importante para a classificação do tórax normal. Para definir 
os tipos, baseia-se no ângulo de Charpy, formado pelo cruzamento das últimas costelas inferiores, 
tendo como vértice a base do apêndice xifoide. A classificação é a seguinte: 
Ø Tórax normolíneo: o ângulo de Charpy é igual a 90°; 
Ø Tórax longilíneo: o ângulo de Charpy é menor que 90°; 
Ø Tórax brevilíneo: o ângulo de Charpy é maior que 90°. 
 
 
 
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Tipos de tórax patológicos 
Tórax globoso ou em tonel 
O eixo anteroposterior é igual ou maior que o transversal, quando o normal seria o inverso. 
Assim, a caixa torácica perde sua movimentação normal, já que os espaços intercostais se 
encontram aumentados. 
Acompanha as patologias que cursam com obstrução do fluxo aéreo, como enfisema 
pulmonar, asma crônica e bronquiectasias. 
O tórax adota uma posição inspiratória constante decorrente de hiperinsuflação pulmonar. 
 
Tórax em peito de pombo ou quilha de navio (carinado) 
É caracterizado por uma protrusão acentuada do osso esterno, junta- mente com as 
cartilagens costais. Pode ser congênito ou adquirido. 
 
Tórax em peito escavado 
Apresenta uma depressão, na qual os arcos costais anteriores se projetam mais 
anteriormente que o próprio esterno. 
Um dos fatores responsáveis por essa depressão seria o repuxamento excessivo das fibras 
anteriores do diafragma que se prendem à região inferior do esterno e ao apêndice xifoide. 
 
 
 
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Deformidades da Coluna Vertebral 
As anormalidades da curvatura da coluna torácica também alteram o formato do tórax. As 
curvaturas anormais da coluna vertebral que interferem no sistema respiratório são a escoliose, a 
hipercifose e a cifoescoliose, todas em níveis torácicos. Esses desvios proporcionam deficiência na 
expansibilidade torácica, interferindo negativamente na complacência toracopulmonar e na 
ventilação dos pulmões, com diminuição da capacidade vital. 
Tórax chato ou plano, cônico ou em sino, ampulheta, paralítico, assimétrico, entre outros, 
também podem ser detectados durante a inspeção. 
 
 
 
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Fonte: https://deskgram.net/explore/tags/tiposdetorax 
 
PALPAÇÃO 
Por meio deste componente do exame do tórax, caracterizam-se as lesões de pele 
detectadas em inspeção, pesquisa de edema, presença de enfisema subcutâneo, avaliação da 
expansibilidade torácica, bem como pesquisa do frêmito. 
A palpação dos campos pulmonares dá ideia do volume de ar mobilizado pela respiração 
daquele segmento pulmonar. 
 
SINAIS VITAIS 
Vejamos na tabela abaixo os valores de normalidade de sinais vitais por idade. 
CLASSIFICAÇÃO ºC FC(bpm) FR (irpm) PA (mmHg) 
Recém-nascido 37- 37,6º 70-190 25-50 S: 50-52 
D: 25-30 
3 anos 36,9 – 37,5º 80-125 20-30 S: 78-114 
D: 46-78 
10 anos 36,4 – 37º 70-110 16-22 S: 90-120 
D:56-84 
Adulto 36 – 37,5º 60-90 12-20 S: 95-119 
D: 60-79 
Idoso 35,9 - 36,3º 60-90 15-22 S: 90-140 
D: 60-90 
 
 
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FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA 
Em um adulto hígido em repouso, a FR considerada normal é de 10 a 20 
incursões/respirações por minuto (rpm). 
Pode-se determiná-la por meio da observação direta ou com o auxílio da palpação, em um 
intervalo não inferior a 60 segundos. Seus extremos são chamados de bradipneia (FR< 10) e 
taquipneia (FR > 20). 
Nos pacientes em desmame da ventilação mecânica, considera-se o limite superior de 35 
incursões/minuto como preditor de sucesso na sua evolução. 
 
RITMOS RESPIRATÓRIOS 
A Respiração Fisiológica consiste na realização de inspirações e expirações ritmadas e 
harmônicas. De forma que mantemos uma frequência respiratória regular e promovemos a 
ventilação pulmonar. No entanto, alguns distúrbios que acometem o sistema respiratório podem 
acabar por alterar as características fisiológicas da respiração e promover a instalação de um ritmorespiratório que foge do padrão normal. 
Respiração: movimentos inspiratórios e expiratórios 
 
 
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Fonte: https://anatomiafacil.com.br/ 
 
Para que possamos entender tais modificações, inicialmente devemos lembrar da 
Frequência Respiratória: 
 
FREQUÊNCIA RESPIRATÓRIA: 
Em um adulto saudável, em repouso, a FR considerada normal é de 10 a 20 
incursões/respirações por minuto (rpm). 
Ela pode ser verificada por meio da observação direta ou com o auxílio da palpação, em um 
intervalo não inferior a 60 segundos. Seus extremos são chamados de bradipneia (FR< 10) e 
taquipneia (FR > 20). 
 
 
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Fonte: https://www.jornaldepneumologia.com.br/detalhe_artigo.asp?id=2937 
 
 
ALTERAÇÕES DOS RITMOS RESPIRATÓRIOS 
 
TAQUIPNEIA/BRADIPNEIA 
A taquipneia, consiste na aceleração do ritmo respiratório (FR > 20). Diferentes situações 
podem desencadear esta condição, inclusive acidose metabólica, patologias restritivas do tórax, 
atelectasias, Síndrome do Desconforto Respiratório Agudo (SDRA), distúrbios da ventilação 
mecânica com o paciente (auto-PEEP), acúmulo de secreção traqueal, obstrução das vias aéreas 
artificiais, barotrauma, dor e hipoxemia. 
Já a bradipneia está relacionada à depressão do sistema nervoso central (SNC), muitas vezes 
induzida por drogas e traumas. 
 
 
 
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RESPIRAÇÃO DE CHEYNE-STOKES 
É um ritmo respiratório por um período com incursões que aumentam progressivamente de 
amplitude até o seu máximo, seguidas de diminuição do seu ritmo até� a apneia. 
Nessa última fase, observam-se diminuição do tônus do paciente, pupilas mióticas e 
resposta mínima a estímulos externos. Está relacionada a lesões cerebrais difusas ou nos 
hemisférios. 
 
RESPIRAÇÃO ATÁXICA OU DE BIOT 
É determinada por uma constante irregularidade, com inspirações profundas esporádicas. É 
causada por lesões cerebrais difusas, depressão do centro respiratório, lesão medular e 
compressão do bulbo. 
 
HIPERPNEIA 
É caracterizada por respirações profundas e rápidas, causadas principalmente por acidose 
metabólica, coma, infarto agudo do miocárdio, lesão de ponte e ansiedade. 
 
APNEIA 
Na apneia ocorre a interrupção da respiração, é observada em disfunções do SNC, fadiga 
muscular, obstrução de vias aéreas ou distúrbio da condução neural. 
 
 
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As apneias de origem obstrutiva apresentam mobilidade da caixa torácica, mas não há fluxo 
de ar. Já nas de origem central, indicação absoluta de intubação traqueal, não se observa fluxo de 
ar nem movimentação da caixa torácica. 
 
DISPNEIA SUSPIROSA 
A dispneia suspirosa consiste na presença de inspirações profundas, esporádicas, em meio 
a um ritmo respiratório normal. Ela se manifesta, em geral, em indivíduos com distúrbios 
psicológicos ou, de maneira mais corriqueira, devido a um eventual quadro emocional ou de 
mudança de humor mais agudo. 
 
RITMO DE CANTANI 
O ritmo de Cantani é caracterizado pelo aumento da amplitude dos movimentos 
respiratórios, de modo regular e secundário à presença de acidose metabólica. Tal ritmo pode ser 
evidenciado, por exemplo, em casos de cetoacidose diabética e de insuficiência renal. No entanto, 
vale lembrar que, à medida que ocorre o agravamento da acidose metabólica, pode haver o 
surgimento do ritmo de Kussmaul, traduzido pela alternância sequencial de apneias inspiratórias e 
expiratórias (como descrito a seguir). 
 
RESPIRAÇÃO DE KUSSMAUL 
A respiração de Kussmaul é composta por quatro fases. A primeira, é caracterizada por 
inspirações ruidosas, a segunda por apneia em inspiração, a terceira por expiração ruidosa e, 
 
 
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finalmente, a quarta, apneia em expiração. Dentre as suas possíveis causas, a principal é a vigência 
de acidose, com destaque para a acidose diabética, complicação possível da Diabetes Melitus, 
principalmente do tipo I (DM1). 
 
Imagem – Ritmos Respiratórios: 
 
Fonte: https://aia1317.fandom.com/pt-br/wiki/Dispneia 
 
 
 
 
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RESPIRAC ̧ÃO OBSTRUTIVA 
É observada em pacientes obstrutivos, pois estes apresentam aumento da FR e dificuldade 
de expirar, pela resistência das vias aéreas aumentadas, tendo pouco tempo para exalação e 
consequente aprisionamento nos pulmões e hiperinsuflação. 
 
RESUMINDO 
Ao avaliar a respiração são levados em consideração quatro parâmetros: frequência, 
profundidade (respiração profunda ou superficial), ritmo (regular ou irregular) e som (normais ou 
adventícios). Com essa avaliação, podemos classificar os padrões respiratórios em: 
ÄEupneia (normal): 12 a 20 incursões por minuto; 
ÄTaquipneia: respiração superficial e rápida. Maior que 20 irpm. 
ÄHiperpneia/ hiperventilação: respiração rápida e profunda. 
ÄBradipneia: respiração lenta. 
ÄApneia: ausência de respiração; 
ÄRespiração de Cheyne-Stokes: apresenta altos e baixos ciclicamente, alternando períodos 
de respiração profunda e apneia. Crianças e idosos podem apresentar esse padrão durante o sono 
normalmente. Outras causas: lesão cerebral (geralmente no diencéfalo ou nos dois hemisférios 
cerebrais), lesão do centro respiratório, insuficiência cardíaca, uremia, entre outras. 
ÄRespiração de Kussmaul: respiração profunda associada à acidose metabólica. Pode ser 
rápida com frequência normal ou lenta. Verifica-se uma inspiração rápida e profunda, seguida de 
uma pausa, uma expiração súbita, em geral seguida de nova pausa. 
 
 
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ÄRespiração Biot ou atáxica: Irregularidade imprevisível, podendo ser superficial ou 
profunda e para por períodos curtos. Causas: depressão respiratória e dano cerebral (nível 
medular); 
ÄRespiração suspirante: síndrome de hiperventilação (dispneia e vertigem). 
Nos gráficos abaixo podemos entender melhor esses padrões. 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
 
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OXIMETRIA DE PULSO 
A oximetria de pulso é um método simples, não invasivo e eficaz para monitoração contínua 
do oxigênio que é liberado aos tecidos. Entre suas vantagens, estão a rápida resposta às alterações 
da saturação de oxigênio e a calibração permanente. 
O método oximétrico se baseia na lei de Lambert-Beer, a qual estabelece que a 
concentração de uma substância pode ser determinada pela absorção de uma luz incidente, de 
intensidade conhecida, que atravessa a substância em um determinado comprimento de onda. 
A margem de erro da maioria dos oxímetros de pulso é de ± 2 a 3%, para uma SaO2 entre 
70 e 100%. No entanto, em situações de hipoxemia, quando a SaO2 cai abaixo de 70%, a acurácia 
de alguns oxímetros de pulso diminui. A resposta do sensor colocado no nariz ou na orelha é mais 
rápida e mais acurada que a do sensor de dedo. 
Em situações de hipotermia, baixa perfusão tecidual por diminuição do débito cardíaco ou 
por ação de drogas vasoconstritoras, pode ocorrer uma redução da intensidade de pulso, tornando 
falsa a leitura do oxímetro. As principais medidas utilizadas para aumentar a intensidade de pulso 
no local do sensor são aquecimento local, bloqueio nervoso digital, uso de drogas vasodilatadoras 
com ação tópica, além da troca do local do sensor. 
As principais interferências extrínsecas com a leitura do oxímetro de pulso estão 
relacionadas à movimentação do paciente. 
A solução é a mudança do local do sensor, geralmente para o pavilhão auricular. Todo 
oxímetro de pulso emite sinal sonoro coincidente com a frequência de pulso e proporcional à SpO2 
obtida. Com isso, o operador pode ser alertado antes mesmo que os limites do alarme sejam 
atingidos. 
A colocação do sensor, principalmente nos dedos, deve ser feita de maneira a evitar pressão 
excessiva, o que, além de causar congestão venosa pulsátil, que resulta em leituras falsamente 
 
 
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baixas da SpO2, pode, especialmente em crianças, determinar isquemia e necrose. Por isso, o local 
do sensor deve ser frequentemente inspecionado e a posição alterada em intervalos regulares. 
 
AUSCULTA PULMONAR 
Já os pontos de ausculta pulmonar são: 
 
Na ausculta, avaliamos se o murmúrio vesicular está presente, diminuído ou ausente e se há 
presença de ruídos adventícios (sibilos, crepitações, roncos). 
 
São sons normais: 
• SOM TRAQUEAL: constituído por componente inspiratório, com característica de 
ruído soproso que se silencia antes do outro componente, o expiratório, sendo este mais 
prolongado e forte; 
• RESPIRAÇÃO BRÔNQUICA: difere-se do som traqueal apenas por apresentar um 
componente expiratório menos intenso, sendo audível na zona de projeção de brônquios de maior 
calibre, anteriormente próximo ao esterno; 
 
 
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• MURMÚRIO VESICULAR: é auscultado em quase todo o tórax. Ruídos respiratórios 
ouvidos na maior parte do tórax são produzidos pela turbulência do ar circulante na árvore 
respiratória. Pode estar ausente ou diminuído, porém nunca aumentado. 
 
São sons anormais: 
• CORNAGEM: grande intensidade sonora que representa o estreitamento das vias 
aéreas superiores; 
• RONCOS: representam o aumento da resistência das vias aéreas por acúmulo de 
secreção; 
• SIBILOS: são ruídos agudos e contínuos observados principalmente na fase 
expiratória e representam a resistência da saída do ar nas vias aéreas estreitadas (broncoespasmo); 
• ESTERTORES: são descontínuos e não musicais, audíveis na inspiração ou na 
expiração. Dependendo do local em que são gerados, podem ser finos ou grossos. Os estertores 
finos ou crepitantes ocorrem do meio para o final da inspiração, são agudos e de curta duração. O 
som peculiar desses estertores é comparado ao ruído produzido pelo fecho do tipo velcro ou pelo 
atrito de um punhado de cabelo próximo ao ouvido. São comuns em zonas pulmonares 
influenciadas pela força da gravidade. Já os estertores grossos, ou bolhosos, apresentam duração 
maior, podem ser auscultados em todo o tórax e atuam na inspiração e na expiração. 
 
Escute no link abaixo os principais sons pulmonares 
 
https://www.youtube.com/watch?v=TlgP8MzlMaw&t=5s 
 
 
 
 
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SECREÇÃO TRAQUEOBRÔNQUICA 
A produção diária de secreção em um indivíduo adulto hígido é de aproximadamente 
100cm3, que é eliminada subconscientemente. 
O escarro é o excesso de secreção traqueobrônquica eliminado pelas vias aéreas por meio 
da tosse. Pode conter muco, detritos celulares, micro-organismos, sangue e partículas estranhas: 
 
 
 
 
A avaliação deve determinar cor, consistência e quantidade de escarro produzido por dia. 
O odor também deve ser levado em consideração, já� que cheiros desagradáveis podem significar 
infecção. 
Entretanto, na prática clínica, o escarro é classificado como: 
 
 
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• Mucoide, 
• Mucopurulento ou 
• Purulento, 
Também deve ser feita uma estimativa de volume. Não se pode esquecer também das 
rolhas de catarro, do tipo viscoso. 
 
FREQUÊNCIA CARDÍACA 
A FC de um adulto saudável em repouso varia de 60 a 100 bpm. 
Considera-se taquicardia frequência maior que 100 bpm, sendo relacionada com hipóxia, 
anemia, exercício e febre. 
Bradicardia é definida como FC menor que 60 bpm, sendo relacionada com medicamentos 
cardíacos e pacientes atletas. 
Os locais que podemos mensurar a frequência cardíaca são: temporal, carotídeo externo, 
braquial, radial, ulnar, femoral, poplíteo e dorsal do pé e apical (pulso central – estetoscópio 
diretamente sobre o ápice cardíaco). Podemos classificar o pulso em limiares normais (4+), normais 
(3+), fracos (2+), filamentosos (1+) ou ausentes (0). Um pulso diminuído pode ser por diminuição 
do débito cardíaco ou oclusão de uma artéria local. 
 
 
 
 
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AUSCULTA CARDÍACA 
Durante a ausculta cardíaca, devem-se observar um ritmo cardíaco regular, em dois tempos, 
com bulhas cardíacas normofonéticas, sem sopros. 
Auscultamos 2 bulhas normalmente: 
1ª bulha: é formada por uma série de vibrações de intensidade variada que se iniciam na 
fase de contração isovolumétrica e se estendem até o início da ejeção ventricular. Coincide com o 
pulso arterial, é mais grave e de maior duração do que a segunda bulha. Seu local de maior 
intensidade é o foco mitral. 
2ª bulha: é composta pelos componentes aórtico e pulmonar. É melhor auscultada no foco 
aórtico. Temtimbre aguda e soa de maneira seca. 
Há os murmúrios, que são sons cardíacos anormais. Esses incluem o galope ventricular e o 
galope atrial. Não entraremos em detalhes. 
Entre os achados anormais durante a ausculta, incluem-se: ritmo cardíaco irregular, bulhas 
hiper ou hipofonéticas, mais do que duas bulhas (B3 e/ou B4), e sopros sistólicos ou diastólicos. 
 
 
 
 
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O exame do sistema circulatório em crianças apresenta algumas particularidades: bulhas 
cardíacas mais audíveis, devido à caixa torácica mais fina, arritmia sinusal (aumento da FC na 
inspiração e diminuição na expiração), extra-sístoles relativamente comuns, desdobramento 
fisiológico da segunda bulha (B2) no foco pulmonar (durante a inspiração, ocorre aumento no 
retorno venoso para o lado direito do coração, aumentando a quantidade de sangue ejetada, e 
com contração ventricular mais longa, atrasando a B2). 
 
PULSOS PERIFÉRICOS 
Durante a palpação, os seguintes pulsos devem ser avaliados: carotídeos, braquiais, radiais, 
femorais, poplíteos, tibiais posteriores e pediosos. Durante a palpação de pulsos, devemos nos 
atentar à intensidade e à simetria dos pulsos periféricos e centrais. Diferenças entre os lados ou 
entre membros superiores e inferiores devem ser valorizadas. 
 
 
 
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PRESSÃO ARTERIAL 
Geralmente, mede-se a PA não invasivamente com o esfigmomanômetro. Com a contração 
do coração (sístole), a PA aumenta com o pico, chamado de pressão sistólica, e, a cada relaxamento 
(diástole), a pressão arterial diminui, com a mínima chamada de pressão diastólica. Seu registro é 
feito como pressão sistólica/diastólica, variando de 140/90 a 95/60 mmHg em um adulto saudável. 
Hipertensão é definida como pressão arterial maior que 145/95 mmHg. Analogamente, a 
hipotensão apresenta um valor menor que 90/60 mmHg. 
 
 
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A medida de pressão arterial (PA) deve fazer parte de toda avaliação pediátrica. A PA pode 
ser medida utilizando- se material de tamanho adequado para o tamanho da criança ou 
adolescente. Como regra geral, a braçadeira ou manguito devem cobrir pelo menos dois terços 
do comprimento do segmento corporal (geralmente o braço). Os valores normais para pressão 
arterial de crianças e adolescentes variam conforme a estatura, podendo ser consultados em 
tabelas especiais. 
 
 
 
TEMPERATURA CORPÓREA 
É mantida na faixa de 36,5 a 37,5°C. 
Febre é o aumento dessa temperatura acima dos 37,5°C. Para cada 0,6°C aumentado na 
temperatura corpórea, há cerca de 10% de aumento no consumo de O2 e na produção de CO2, 
levando a um aumento compensatório na FC e na FR. 
 
 
 
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RESUMINDO 
OBSERVAÇÃO, INSPEÇÃO E PALPAÇÃO 
Nessa etapa temos: 
ÄPalpação do precórdio (ictus córdis); 
ÄPadrão respiratório: apical, torácico, abdominal, misto; 
ÄInspeção do tórax: expansibilidade simétrica, expansibilidade assimétrica; tiragem, tórax 
chato/ plano, tórax em tonel/globoso, uso de musculatura acessória, tórax pectus excavatum, tórax 
pectus carinatun, cifótico, escoliótico; 
ÄCaracterização da tosse (eficaz ou ineficaz) e da secreção (presença ou não, coloração e 
cheiro); 
ÄColoração da pele: normocromia; hipocromia, hipercromia, icterícia; cianótica, plúmbea. 
ÄPresença de baqueteamento digital das mãos e dos pés. A presença de baqueteamento 
é indicativa de hipoxemia grave. A ponta da falange torna-se bulbosa. 
ÄDe diaforese: pele excessivamente suada, fria e úmida. Pode indicar um esforço excessivo 
ou uma resposta cardiovascular inadequada. O resfriamento das pontas dos dedos pode ser 
resultado de uma vasoconstrição compensatória em resposta à diminuição do débito cardíaco ou 
da supressão da resposta betassimpática a alguns betabloqueadores. 
 
OBSERVAÇÃO 
Os sinais vitais são considerados os dados mais importantes no controle da clínica 
do paciente. 
São eles: 
• Frequência cardíaca (FC), 
 
 
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• Temperatura corpórea, 
• Pressão arterial (PA), 
• Frequência respiratória (FR) e 
• Saturação de oxigênio (SaO2). 
• A alteração de um desses sinais ou a combinação de duas ou mais alterações sempre 
terá relação com uma disfunção cardiorrespiratória. 
 
Testes / Exames específicos 
Podemos citar aqui os testes de tolerância ao exercício, como o teste de caminhada (6 ou 
12 minutos), testes na esteira, teste do tiro de 10 metros, entre outros. 
Temos os exames de função respiratória: gasometria arterial, espirometria, pico de fluxo 
expiratório, volumes pulmonares, capacidade de difusão, testes de exercício, teste de caminhada, 
oximetria de pulso, manovacuômetro, entre outros. 
Já os exames de função cardiovascular: eletrocardiograma, ecocardiograma, entre outros. 
Iremos especificar a interpretação do eletrocardiograma, pois pode ser cobrado nas provas. 
 
Eletrocardiograma 
O eletrocardiograma é utilizado para examinar a frequência cardíaca, o ritmo, atrasos de 
condução e a perfusão coronariana. Ele é um gráfico de variações de voltagem em relação ao 
tempo. As variações resultam da despolarização e repolarização do músculo cardíaco, que por sua 
vez produz campos elétricos, que atingem a superfície do corpo onde os eletrodos estão 
localizados. 
 
 
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A ativação ou despolarização cardíaca, em condições normais, tem origem no nódulo 
sinusal, região do marca-passo cardíaco, localizado no átrio direito, sendo esta a primeira área do 
coração a se despolarizar. O estímulo alcança, em sequência, o átrio esquerdo, o nódulo 
atrioventricular, o feixe de His e seus ramos (esquerdo e direito), a rede de Purkinje, os ventrículos 
e, por fim, se extingue. 
Durante a atividade cardíaca desencadeada pelo processo de ativação do coração, 
fenômenos elétricos são originados na despolarização e repolarização, podendo ser registrados 
pelo eletrocardiógrafo. Assim são originadas as deflexões: onda P, complexo QRS e onda T, 
conforme a figura abaixo. 
 
 
• Onda P: representa a despolarização atrial. 
• Complexo QRS: representa a despolarização ventricular. 
• Onda Q: Despolarização Septal (Deflexão P/A Baixo) 
• Onda R: Despolarização Ventricular (Deflexão P/A Cima) 
• Onda S: 1ª Deflexão Negativa seguinte a onda R. Despolarizaçãoda região basal 
posterior do ventrículo E. 
• Onda T: representa a repolarização ventricular. 
 
 
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• Segmento ST: representa o tempo entre o final da despolarização e o início da 
repolarização ventricular. 
• Intervalo QT: representa o tempo total da atividade elétrica ventricular 
O papel do ECG é quadriculado em caixas maiores de 5 mm de cada lado (linhas mais 
marcadas) e caixas menores com 1 mm de cada lado. No eixo horizontal (tempo) cada caixa maior 
representa 200 ms (a 25 mm/s) e cada caixa menor representa 40 ms. No eixo vertical (voltagem) 
cada caixa maior representa 0,5 mV e cada caixa menor 0,1 mV. 
 
O cálculo da frequência cardíaca pode ser feito dividindo-se 1500 pelo intervalo R – R (em 
mm) em qualquer derivação. 
O ritmo cardíaco pode ser avaliado pela medida dos intervalos entre os ciclos cardíacos, 
mais facilmente aferidos entre as espículas dos QRS - os intervalos R-R. O ritmo cardíaco é regular 
quando estes intervalos são iguais ou constantes e irregular quando os intervalos são diferentes ou 
inconstantes. Pequenas variações podem estar presentes normalmente. 
Os cálculos provavelmente não cairão na prova, não vamos perder tempo com eles. 
Falaremos do ECG normal, como ele deve estar no papel. Vejamos: 
 
 
 
 
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DEFLEXÕES CARACTERÍSTICAS 
ONDA P Toda onda P deve estar seguida do QRS, relação 
atrioventricular 1:1. 
Ausência da onda P constitui arritmias, como exemplos, os 
bloqueios atrioventriculares (BAV) do 2o e 3o graus, flutter ou 
fibrilação atrial e ritmo juncional. 
Onda P alargada, entalhada ou bimodal, pode prenunciar o 
aparecimento de fibrilação atrial. 
Onda P com medida entre 2,5mm e 3,0mm e duração entre 
100ms e 120ms deve ser analisada no contexto do quadro 
clínico, pois pode corresponder a crescimento atrial. 
Onda P de amplitude aumentada maior que 3mm e apiculada, 
correlaciona-se com o crescimento do AD e, de duração 
aumentada maior que 120ms e com entalhes, com o 
crescimento do AE 
Complexo 
QRS 
Deve-se identificar o complexo QRS em todos os ciclos 
cardíacos, observando a sua morfologia: deflexão espiculada, 
estreita, com duração entre 60ms e 100ms e amplitude 
variada. 
Denomina-se: 
Onda Q a primeira deflexão negativa 
Onda R a primeira deflexão positiva 
Onda S a deflexão negativa que segue a R. 
 
 
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ONDA T Onda algo arredondada e assimétrica, com a fase ascendente 
mais lenta e a descendente mais rápida. 
Amplitude variável, menor que o QRS. 
Polaridade positiva em D1-D2- aVF-V2 a V6 e negativa em 
aVR. 
Quando negativa em derivações que deveria ser positiva pode 
estar indicando isquemia miocárdica 
ONDA U Ocasionalmente pode ser identificada a onda U, quarta onda 
do ECG, vindo logo após a onda T: 
Onda arredondada, de curta duração, de pequena amplitude 
e de mesma polaridade da onda T precedente. 
Nota prática: Onda U de duração e amplitude aumentadas é 
observada na hipopotassemia e negativa na isquemia 
miocárdica. 
 
 
 
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GASOMETRIA ARTERIAL 
A medida da pressão parcial de oxigênio no sangue arterial, em conjunto com a do dióxido 
de carbono e a do pH, permanece como o método mais utilizado na monitoração da oxigenação 
e da ventilação. 
No entanto, existem ainda alguns problemas com a medida dos gases sanguíneos e do pH 
arterial. É necessário procedimento invasivo, como colocação de cateter intra-arterial ou punção 
arterial, e há� sempre o risco de infecção do paciente, além da possibilidade de perdas sanguíneas, 
que podem ser problemáticas em crianças e em pacientes hemodinamicamente instáveis. Pode 
haver também um grande intervalo entre a coleta da amostra e a obtenção dos resultados, 
atrasando o início do tratamento em caso de eventuais alterações. 
A fim de entendermos melhor a gasometria arterial, precisamos saber os valores de 
referência: 
 
 
 
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E também, sempre devemos lembrar a fórmula do pH. 
 
 
 
 
 
Lembre-se que o pH será diretamente proporcional ao HCO3, ou seja, se o HCO3 aumentar, 
o pH aumenta e se o HCO3 diminuir, o pH diminuí. 
 O pH é inversamente proporcional a PaCO2, ou seja se a PaCO2 aumentar, o pH 
diminuí e se a PaCO2 diminuir o pH aumenta. 
 Desvios do pH para valores abaixo de 7,35 significam acidose, já desvios para cima 
significam alcalose. 
 
 
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• Se o que está alterando o pH for a PaCO2, significa que o distúrbio será respiratório. 
• Se o que estiver alterando o pH for o HCO3, significa que o distúrbio será metabólico. 
Os principais distúrbios simples podem ser observados na tabela abaixo: 
 
 
 
 
 
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ACIDOSE RESPIRATÓRIA 
 
 O aumento da PaCO2 leva a queda do pH. 
ALCALOSE RESPIRATÓRIA 
 
 A diminuição da PaCO2 leva ao aumento do pH. 
 
ALCALOSE MATABÓLICA 
 
 O aumento do HCO3 leva ao aumento do pH. 
 
 
 
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ACIDOSE METABÓLICA 
 
 A queda do HCO3 leva a diminuição do pH. 
 
 
DISTÚRBIO MISTO 
 Tanto a alteração do Bicarbonato, quanto a alteração da PaC02 alteram o pH no 
mesmo sentido, ou seja, ambos estão causando acidose ou alcalose 
 
DISTÚRBIO COMPENSADO 
 No distúrbio compensado ou com tentativa de compensação, o bicarbonato ou a 
PaCo2 se opõe ao mecanismo que está causando o distúrbio primário, na tentativa de reverter o 
desequilíbrio. 
Capnometria 
Capnometria é a medida da pressão parcial de CO2 na mistura gasosa expirada; a 
capnometria digital refere-se aos valores máximos de CO2 expirado (PETCO2) e mínimos na 
inspiração (PiCO2). 
 
 
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Capnografia é a representação gráfica da curva da pressão parcial do CO2 na mistura gasosa 
expirada e inspirada, em relação ao tempo (capnograma). Em sujeitos saudáveis, a PETCO2 é 
geralmente 1 mmHg menor que a PaCO2. 
O capnômetro mais utilizado na prática clínica é o não aspirativo (mainstream), em que o 
sensor de CO2, que contém a fonte de luz infravermelha e o fotodector, é posicionado junto às 
vias aéreas, geralmente entre o tubo traqueal e o circuito respiratório, e o CO2 é medido durante 
a passagem pelo sensor. As Figuras abaixo analisam o capnograma por meio de quatro fases 
 
 
 
 
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Inclinação da linha ascendente expiratória significa diminuição da liberação de CO2 pelos 
pulmões para o local em que é feita a leitura da amostra. Isso pode ocorrer na obstrução mecânica 
do equipamento ou do tubo endotraqueal, na doenças pulmonar obstrutiva crônica ou, ainda, 
quando a coleta de gás é lenta ou o capnógrafo apresenta tempo de resposta lento com relação 
à alta FR do paciente, o que geralmente acontece no recém-nascido e em crianças pequenas. 
A alteração do platô expiratório, normalmente horizontal, pode ocorrer em situações de 
obstrução, seja do equipamento ou das vias aéreas, decorrente de doenças pulmonar obstrutiva 
ou, ainda, consequente ao esforço inspiratório durante a fase expiratória de uma ventilação 
mecânica. 
Prolongamento da porção descendente da curva pode ocorrer em situações de obstrução 
inspiratória (obstrução do tubo endotraqueal), na restrição à expansão pulmonar, na presença de 
válvula inspiratória incompetente e decorrente de tempo de resposta lento do capnógrafo. 
Ausência do capnograma pode ocorrer em situações de intubação esofágica, apneia, 
desconexão do circuito respiratório, extubação traqueal acidental, obstrução completa do tubo 
endotraqueal ou, ainda, na parada cardíaca. 
 
MANUVACUOMETRIA - FORÇA MUSCULAR RESPIRATÓRIA 
A força pode ser medida por meio de pressões inspiratória (Pimáx) e expiratória (Pemáx) 
máximas geradas pela utilização de aparelhos específicos para a realização dessas medidas. 
A Pimáx é considerada um índice da força dos músculos inspiratórios e a Pemáx refere-se à 
força dos músculos expiratórios. 
 
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As medidas das pressões respiratórias máximas são usadas comumente na prática clínica 
por determinar a força dos músculos respiratórios e ser um método simples e não invasivo. 
A fraqueza dos músculos respiratórios está associada à alta morbidade e mortalidade e sua 
avaliação oferece informações que podem ser essenciais para a caracterização do estado 
fisiopatológico, como sensação de dispneia, redução da tolerância ao exercício, dessaturação 
noturna e tempo prolongado de ventilação mecânica. 
Considerações gerais para avaliação de volumes, capacidades e força muscular do sistema 
respiratório: 
1. Posicionar o paciente preferencialmente sentado ou em decúbito dorsal a 45 graus. 
2. O tipo de interface deve ser preferencialmente bucal, com clipe nasal e orifício bucal de 
2 mm. Pode ser utilizado na extremidade da via aérea artificial ou com máscara facial. 
3. O equipamento analógico é mais recomendado pela possível avaliação do tempo de 
sustentação da pressão, que deve ser superior a 1 segundo para maior reprodutividade. 
4. Solicitar a Pimáx partindo do volume residual e Pemáx partindo da capacidade pulmonar 
total. Estudos mostram maior reprodutividade das medidas. 
5. O número de medidas varia de 3 a 6, porém a variação deve ser menor que 20%. 
6. São recomendadas adequada higienização dos equipamentos e utilização de filtros de 
barreiras, com objetivo de prevenir infecção hospitalar. 
Para caracterizar o teste da função pulmonar como normal ou anormal, variações técnicas e 
biológicas devem ser consideradas. Os fatores mais relevantes que afetam a função pulmonar são 
as variáveis funcionais como sexo, estatura, raça, idade, fatores técnicos, peso e outros. Por esse 
motivo, é recomendada uma avaliação calculando-se o valor previsto para cada indivíduo como 
 
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mostra a Tabela. 
 
 
 
 
VENTILOMETRIA 
O comportamento mecânico do pulmão é baseado nas suas propriedades elásticas e em 
seu volume. 
 
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A mensuração desses volumes pulmonares oferece dados essenciais para a caracterização 
do estado fisiopatológico que atingem o pulmão. 
 
• Volumes pulmonares medidos: 
• Volume - minuto; 
• Volume Corrente; 
• Capacidade Vital. 
 
VOLUME-MINUTO 
ü Volume total de ar inspirado e expirado nesse espaço de tempo. 
ü Pode ser medido em repouso ou durante o exercício. 
ü Pode ser expresso por: VC x FR (400 a 600 x 12 a 20 = 6L/min) 
VOLUME CORRENTE 
ü Volume de ar que entra ou sai dos pulmões em cada ciclo respiratório. 
ü VC = 400 a 600 mL (5 a 8 mL/Kg) 
CAPACIDADE VITAL 
ü Volume máximo de ar expirado a partir do ponto de inspiração máxima. 
ü Representa o maior volume de ar mobilizado. 
 
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ü CV = VRI + VC + VRE 
ü Valores: 65 a 75 mL/Kg 
PEAK FLOW 
ü O Peek Flow é um aparelho importante para o diagnóstico, a monitorização e o 
controle da asma, pois ele determina o pico de fluxo expiratório (PFE). 
ü O PFE representa o fluxo máximo gerado durante uma expiração forçada, realizada 
de forma curta e explosiva, partindo do nível máximo de insuflação pulmonar 
ü Medido em Litros/Min 
 
 
ESPIROMETRIA 
A espirometria ainda é a ferramenta diagnóstica mais utilizada na avaliação funcional 
respiratória. É um exame de ampla aplicabilidade e reprodutibilidade na grande maioria dos 
pacientes. Além dos valores obtidos de fluxos e volumes, a análise da morfologia de sua curva 
expiratória e inspiratória também traz informações diagnósticas importantes. 
A espirometria é a medida do ar que entra e sai dos pulmões. Pode ser realizada durante 
respiração lenta ou durante manobras expiratórias forçadas. 
Os valores obtidos devem ser comparados a valoresprevistos adequados para a população 
avaliada. Sua interpretação deve ser feita à luz dos dados clínico e epidemiológicos. 
 
GENERALIDADES 
 
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A espirometria permite medir o volume de ar inspirado e expirado e os fluxos respiratórios, 
sendo especialmente útil a análise dos dados derivados da manobra expiratória forçada. 
 
CAPACIDADE PULMONAR TOTAL - A capacidade pulmonar total (CPT) é a quantidade 
de ar nos pulmões após uma inspiração máxima. 
VOLUME RESIDUAL - A quantidade de ar que permanece nos pulmões após a exalação 
máxima é o volume residual (VR). 
A CPT e o VR não podem ser medidos por espirometria. 
 
 
VARIÁVEIS AVALIADAS: 
ü Capacidade Vital Forçada (CVF) 
ü Capacidade Vital (CV) 
ü Volume Expiratório Forçado (VEFt) 
ü Volume Expiratório Forçado no Primeiro Segundo (VEF1) 
ü Razão VEFt/CVF ou VEFt% 
ü Fluxo Expiratório Forçado 25%-75% (FEF25-75%) 
ü Fluxo Expiratório Forçado Máximo (FEFmax) ou Pico de fluxo Expiratório 
(PFE) 
ü Curva Fluxo-Volume 
 
CAPACIDADE VITAL FORÇADA - 
 
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 O volume eliminado em manobra expiratória forçada desde a CPT até� o VR é a capacidade 
vital forçada (CVF). 
 
CAPACIDADE VITAL - 
A capacidade vital pode também ser medida lentamente (CV), durante expiração partindo 
da CPT ou durante a inspiração, a partir do VR. 
VOLUME EXPIRATÓRIO FORÇADO (VEFT) 
O VEFt pode ser medido introduzindo-se mecanismos de mensuração de tempo na 
manobra da CVF em intervalos escolhidos. 
 
VOLUME EXPIRATÓRIO FORÇADO NO PRIMEIRO SEGUNDO (VEF1) - O volume 
expiratório forçado no primeiro segundo (VEF1) é a quantidade de ar eliminada no primeiro 
segundo da manobra expiratória forçada. 
É a medida de função pulmonar mais útil clinicamente. Os resultados espirométricos devem 
ser expressos em gráficos de volume-tempo e fluxo-volume .É essencial que um registro gráfico 
acompanhe os valores numéricos obtidos no teste. 
 
 
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RAZÃO VEFT/CVF OU VEFT% 
O indivíduo realiza a manobra expiratória completa e a CVF e o VEFt são obtidos. 
A razão derivada através da equação VEFt% = VEFt/CVF x 100 é calculada. 
 
FLUXO EXPIRATÓRIO FORÇADO INTERMEDIÁRIO (FEF25-75%) 
Representa o fluxo expiratório forçado médio obtido durante a manobra de CVF, na faixa 
intermediária entre 25 e 75% da CVF. 
Para reduzir erros de aproximação, o fluxo é frequentemente derivado entre dois pontos, 
como entre 25 e 75% da CVF (FEF 25 e 75%). 
 
 
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FLUXO EXPIRATÓRIO FORÇADO MÁXIMO (FEF - MÁX) OU PICO DE FLUXO 
EXPIRATÓRIO (PFE) 
 O PFE poderia ser medido desenhando-se uma tangente na parte mais inclinada da curva 
volume-tempo. 
Representa o fluxo máximo de ar durante a manobra de CVF. 
O pico de fluxo inspiratório (PFI) é medido de maneira semelhante. 
O PFE neste caso é expresso em L/min. 
 
CURVA FLUXO – VOLUME - A curva fluxo-volume mostra que o fluxo é máximo logo no 
início da expiração, próximo à CPT, havendo redução dos fluxos à medida que o volume pulmonar 
se aproxima do VR. 
Os fluxos no início da expiração, próximos ao PFE, representam a porção esforço-
dependente da curva, porque podem ser aumentados com maior esforço por parte do paciente. 
 
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Os fluxos após a expiração dos primeiros 30% da CVF são máximos após um esforço 
expiratório modesto e representam a chamada porção relativamente esforço-independente da 
curva. 
A CVF é o teste de função pulmonar mais importante porque num dado indivíduo, durante 
a expiração, existe um limite para o fluxo máximo que pode ser atingido em qualquer volume 
pulmonar. 
Como esta curva define um limite para o fluxo, ela é altamente reprodutível num dado 
indivíduo e, mais importante, o fluxo máximo é muito sensível na maioria das doenças comuns que 
afeta o pulmão. 
Um esforço inicial submáximo será claramente demonstrado na curva fluxo-volume, mas 
será� bem menos evidente na curva volume-tempo. Já a detecção de um fluxo constante próximo 
ou igual a zero no final da curva expiratória forçada será facilmente perceptível na curva de volume-
tempo e será menos evidente na curva fluxo-volume. 
Provém daí a importância da avaliação da curva fluxo- volume para verificar a colaboração 
do paciente no início da manobra expiratória e da curva volume-tempo para análise dos critérios 
do final do teste. Uma vez treinado, o paciente pode reproduzir razoavelmente o esforço máximo 
expiratório inicial. 
Embora os fluxos no meio da curva, como o fluxo expiratório em 50% da CVF1 (FEF), sejam 
grandemente esforço-independentes, eles dependem em grande parte do volume pulmonar e do 
tamanho das vias aéreas, sendo estas duas variáveis frouxamente inter-relacionadas. 
Como resultado, a faixa normal para estes fluxos é bem maior do que as medidas esforço-
dependentes, como o VEFe o PFE. Esta desvantagem dos fluxos médios e terminais é parcialmente 
compensada pela sua grande alteração na doença, fazendo com que possam ser anormais 
isoladamente nas fases iniciais de distúrbios obstrutivos. 
 
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Um fluxo médio pode ser aproximado por medidas feitas na curva volume-tempo. O fluxo 
instantâneo aqui seria derivado da tangente num determinado ponto. 
Para reduzir erros de aproximação, o fluxo é frequentemente derivado entre dois pontos, 
como entre 25 e 75% da CVF (FEF 25 e 75%). 
 
 
 
O PFE e o VEF1 são medidas muito úteis de função pulmonar. O VEF1
 
tem maior 
reprodutibilidade porque é mais esforço-independente, porém a dependência do esforço torna a 
medida do PFE um bom indicador da colaboração na fase inicial da expiração. 
 
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PRINCIPAIS APLICAC ̧ÕES CLÍNICAS DA ESPIROMETRIA: 
 
 
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Doenças Obstrutivas: 
 
 O Distúrbio ventilatório obstrutivo (DVO) é caracterizado por redução do fluxo expiratório 
em relação ao volume pulmonar expirado. 
O estreitamento das grandes/pequenas vias aéreas resulta em uma maior redução do VEF1 
em relação à CVF, resultando numa relação VEF1 / CVF reduzida (abaixo do Limite Inferior da 
Normalidade – LIN) ou redução no VEF /CVL. 
 
A alça fluxo-volume apresenta uma concavidade característica na curva expiratória DVO 
pode ser identificado na presença de: 
• VEF1/CVF ou VEF1/CVL < LIN e VEF1<LIN 
• VEF1/ CVF ou VEF1/CVL < LIN + VEF1 normal + sintomas 
 
 
 
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Apesar de o diagnóstico de asma ser essencialmente clínico, a espirometria confirma através 
do achado de limitação ao fluxo aéreo e reversibilidade ao broncodilatador. Com relação à Doença 
Pulmonar Obstrutiva Crônica (DPOC), o documento GOLD (Global Iniciative for Chronic 
Obstructive Lung Disease) requer VEF1/CVF < 0,7 no pós-broncodilatador para confirmar a 
limitação área persistente. 
 
A análise da alça fluxo-volume permite identificar padrões de obstrução das vias aéreas 
superiores: 
 
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• Obstrução extratorácica variável: O processo obstrutivo se localiza fora do tórax (ex.: 
tumor de laringe, disfunção de prega vocal). Os fluxos expiratórios são normais, mas há redução 
(achatamento) dos fluxos inspiratórios (FEF50%/FIF50%>1). 
 
 
 
 
Obstrução intratorácica variável: O processo obstrutivo se localiza no interior do tórax. O 
fluxo expiratório é diminuído até que o local da limitação de fluxo muda para as vias aéreas mais 
 
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periféricas. Isto dá a alça expiratória uma aparência retangular, sendo a porção inspiratória 
tipicamente normal (FEF 50%/FIF50% < 1). 
 
 
 
Obstrução fixa: O processo obstrutivo afeta igualmente os fluxos inspiratórios e 
expiratórios (FEF 50%/FIF 50% ~ 1); como ocorre na estenose de traqueia. 
 
 
 
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Doenças Restritivas: 
O distúrbio ventilatório restritivo (DVR) é definido como a redução da capacidade pulmonar 
total e a manutenção da relação VEF1/CVF normal ou aumentada. 
A espirometria pode sugerir DVR quando ocorre redução significativa da capacidade vital 
(CV) associada a relação VEF1/CVF normal ou aumentada. 
Redução da CV abaixo do LIN se correlaciona em somente em 50% dos casos com CPT 
reduzida. Portanto, não se deve taxar um distúrbio como sendo restritivo somente pela redução 
da capacidade vital. 
 
 
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O comportamento dos fluxos expiratórios na espirometria forçada pode sugerir a etiologia 
de um distúrbio restritivo. Processos parenquimatosos pulmonares, como na fibrose pulmonar 
intersticial, possuem um recolhimento elástico muito aumentado e, como consequência, o FEF 25-
75% é elevado. 
 
 
 
 
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Ventilação voluntária máxima (VVM): representa o volume máximo de ar ventilado em 
um período de tempo por repetidas manobras respiratórias forçadas. 
A espirometria mede o volume e os fluxos aéreos derivados de manobras inspiratórias e 
expiratórias máximas forçadas ou lentas. Vários parâmetros podem ser derivados, sendo os mais 
utilizados na prática clínica os seguintes: 
• Capacidade Vital (CV) - representa o maior volume de ar mobilizado em uma expiração. 
Pode ser obtida através de manobras forçadas (CVF) ou lentas (CVL). 
 
• Volume expiratório forçado no primeiro segundo (de ar exalado no primeiro segundo 
durante a manobra de CVF. É considerado uma das variáveis mais úteis clinicamente. 
 
• Relação VEF1/CV - Razão entre volume expiratório forçado no primeiro segundo e a 
capacidade vital, sendo muito importante para o diagnóstico de um distúrbio obstrutivo. Para isto, 
podemos considerar tanto o VEF1/CVF quanto o VEF1/CVL. 
 
• Fluxo expiratório forçado intermediário (FEF 25-75%) - representa o fluxo expiratório 
forçado médio obtido durante a manobra de CVF, na faixa intermediaria entre 25 e 75% da CVF. 
 
• Pico de fluxo expiratório (PFE) - representa o fluxo máximo de ar durante a manobra 
de CVF. Guarda dependência com o esforço, o que o torna um bom indicador da colaboração na 
fase inicial da expiração. 
 
 
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• Curva fluxo-volume - é uma análise gráfica do fluxo gerado durante a manobra de CVF 
desenhado contra a mudança de volume. Frequentemente também a curva fluxo-volume prevista 
é desenhada para comparação visual, o que facilita na identificação de padrões obstrutivos, 
restritivos, amputações de fluxos inspiratórios ou expiratórios, e avaliação da resposta ao 
broncodilatador. Tem fundamental importância, pois a análise somente dos valores obtidos pode 
não identificar determinadas afecções respiratórias. 
 
Teste de caminhada de 6 minutos 
O teste da caminhada dos 6 minutos (TC6) mede a distância que o paciente consegue 
caminhar durante 6 minutos, sobre uma superfície lisa e sem inclinações. 
O teste deve ser realizado num corredor (plano), colocando-se como referência 2 cones (um 
em cada extremidade do percurso), afastadosentre si por uma distância de 30 metros. 
Antes do teste, o examinador deve explicar todo o procedimento ao avaliado, assim como 
a Escala de Borg. 
 
 
 
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Vamos resumir como é realizado o teste. 
 
 
E o que o TC6 avalia? Esse teste tem sido usado mundialmente como preditor de 
mortalidade em várias patologias, como insuficiência cardíaca, DPOC e hipertensão arterial 
pulmonar idiopática. Também tem sido utilizado na avaliação de: 
Ä oxigenoterapia ambulatorial; 
Ä fibrose pulmonar idiopática; 
 
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Ä avaliação pré-operatória e pós-operatória de pacientes submetidos a cirurgia torácica 
(transplante de pulmão, ressecção pulmonar e cirurgia para redução de volume pulmonar) ou 
cirurgia bariátrica para obesidade mórbida; 
Ä em paciente cardiopata, esse teste tem apresentado correlação com o consumo 
máximo de oxigênio e prognóstico diferente de acordo com a severidade da doença cardíaca; 
Ä avaliação de pacientes com DPOC, fibrose cística ou fibromialgia; 
Ä avaliação da capacidade funcional. 
 
 
 
O avaliado pode apresentar sinais e sintomas de doença cardiopulmonar, como: dor, 
desconforto no tórax, pescoço, mandíbula, braços, ou outras áreas que possam ser natureza 
isquêmica; encurtamento da respiração em repouso ou com esforço brando; tontura ou síncope; 
dispneia; edema de tornozelo; palpitações ou taquicardia; claudicação intermitente; fadiga 
incomum. 
Clique aqui e assista ao Vídeo demonstrativo do teste 
(1001) TM6_Test de Marcha de 6 Minutos - YouTube

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