UNIDADE II - AULA 1 - ESTIGMA

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UNIDADE II
AULA 1 - ESTIGMA
Fonte: https://psico.online/blog/o-conceito-de-estigma/
Fonte da aula:
GOFFMAN, Erving. Estigma: notas sobre a manipulação da identidade deteriorada.
Capítulo I – Estigma e identidade social
Estigma para os gregos - sinais corporais com os
quais se procurava evidenciar alguma coisa de
extraordinário ou mau sobre o status moral de
quem os apresentava. Sinais com cortes ou
fogo – avisava que o portador era um escravo,
criminoso, traidor etc.; essa pessoa deveria ser
evitada, sobretudo em lugares públicos.
Qual seria a sua identidade social?
Fonte: https://www.gazetadopovo.com.br/vozes/bad-bad-server/video-de-
adolescente-com-tatuagem-eu-sou-ladrao-viraliza-autor-de-post-nega-estar-
envolvido/
ESTIGMA
• Origem grega da palavra → sinais corporais (cortes
ou queimaduras), ritualmente poluídos, que 
ressaltavam o status moral de quem os carregava;
• Representava pessoas que deviam ser evitadas, 
como os escravos, criminosos ou traidores.
• Para os cristãos → outras duas metáforas:
- sinais corporais da graça divina (representação 
de flores saindo da pele);
- e na medicina, distúrbios físicos que eram 
desígnios divinos.
Atualmente, o termo é amplamente usado de
maneira um tanto semelhante ao sentido literal
original, porém é mais aplicado à própria
desgraça do que à sua evidência corporal.
Formação da Identidade social
Identidade social virtual Identidade social real
Qualifica o indivíduo a partir de 
algo já conhecido e estabelecido 
socialmente
Categorias e atributos provados 
pelo indivíduo na realidade
Identidade social virtual x Identidade social real
• Uma discrepância entre as identidades é a que provoca a reclassificação do
indivíduo de uma categoria diferente para outra ainda previsível, e que modifica a
avaliação da sociedade de maneira positiva.
→ Ex: O paciente com sofrimento mental usuário do CAPS que não cinde com a
realidade.
Identidade social virtual x Identidade social real
• Se o atributo da sua identidade social real se difere dos outros dentro da
sociedade, isso pode torná-la “uma espécie menos desejável”;
• A partir desse atributo destoante da categoria, “deixamos de considerá-lo criatura 
comum e total, reduzindo-o a uma pessoa estragada e diminuída”;
• Esse é um tipo de discrepância entre as identidades que, em ultima análise,
desumaniza o indivíduo.
• ()
Formação do estigma
Identidade 
social real
Identidade 
social 
virtual
Estigma
Se seu atributo
difere dos outros
Estigma: atributos e linguagem de relações
• ESTIGMA é um “tipo especial de relação entre atributo e estereótipo”, se refere a
um atributo depreciativo, mas é principalmente definido pela linguagem de
relações, e não só de atributos; (p. 13)
• “Um atributo que estigmatiza alguém, pode confirmar a normalidade de outrem” (p.
13)
• O estigma então, está atrelado as relações sociais do indivíduo.
Estigma: atributos e linguagem de relações
NORMAS/EXPECTATIVAS SOCIAIS
ATENDE? SIM. OK.
NÃO
ATENDE?
ESTIGMA
PRECONCEITOS
ESTERIÓTIPOS
(justificam)
Estigma: atributos e linguagem de relações
• Há uma dupla perspectiva oculta no termo estigma em relação aos seus atributos:
Indivíduo desacreditado: a característica distintiva é conhecida ou aparente; 
Indivíduo desacreditável: desconhecida e não perceptível de forma imediata.
• Três tipos de estigma:
1. “abominações do corpo – as várias deformidades físicas”; 2. “as culpas de caráter
individual”; (vontade fraca, desonestidade, crenças falsas, etc); 3. “estigmas
tribais de raça, nação e religião” (p. 14)
Característica sociológica do estigma
• Dos gregos até aqui as características sociológicas convergentes sobre o estigma
é que o indivíduo é reduzido a característica distintiva, e outros atributos são
ignorados;
• O autor propõe chamar de normal os que não se afastam negativamente da
categoria social preestabelecida;
• Disso decorre o processo de diferenciação entre NORMAIS e ANORMAIS;
Característica sociológica do estigma
• Há uma “ação social benevolente [que] tenta suavizar e melhorar” (p.15) o processo
de diferenciação e as atitudes que dele decorrem;
• Através da premissa de que “alguém com um estigma não seja completamente
humano” (p.15), surgem os variados tipos de discriminação que reduz as chances
de vida dessa pessoa, a partir de privilégios sociais para os normais e
desvantagens sociais para os estigmatizados.
(GOFFMAN, 2008)
Teoria do estigma
• Produzimos uma “teoria do estigma, uma ideologia” para explicar:
PerigoInferioridade
Adjetivações
Para justificar a
forma como os 
tratamos
Imperfeições 
que deriva da 
imperfeição 
original
Defeito/
resposta 
“defensiva”
Atributos 
desejáveis 
(sobrenatural)
Teoria do estigma
• Termos específicos de estigma que são depreciativos
permeiam e colaboram para a manutenção dessa ideologia
nos discursos cotidianos (bastardo, retardado, aleijado, louco,
bicha).
Fonte: https://br.pinterest.com/pin/570620215293177545/
Encerramos aqui mais esta videoaula, e no nosso próximo encontro,
falaremos sobre os modos de navegação social: o jeitinho brasileiro e
o “sabe com quem você está falando”.
Obrigada pela atenção de vocês e até a próxima.