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Geografia - Livro 4-076-078

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GEOGRAFIA Capítulo 12 Regionalização do Brasil76
– Votar medidas provisórias, vetos presidenciais, Lei de Diretrizes Orçamentárias, Plano Plurianual de Investimentos
e Orçamento Geral da União (OGU)
– Dar posse ao presidente e ao vice-presidente da República.
– Autorizar o presidente e o vice a se ausentar do país por um período superior a 15 dias.
 Autorizar o presidente a declarar guerra, celebrar a paz, permitir que forças estrangeiras entrem no país e que forças
brasileiras saiam.
– Aprovar estado de defesa, intervenção federal e estado de sítio e suspender qualquer uma dessas medidas
– Deliberar sobre tratados.
– Fixar remuneração dos senadores, deputados, presidente, vice-presidente e ministros.
 Julgar contas do presidente
– Apreciar os atos de concessões de rádio e televisão.
– Autorizar referendos e convocar plebiscitos
Senado
Congresso Nacional
• Artigo 46o
 Representante dos estados e Distrito Federal.
• Integrantes/mandato
81 integrantes, três por estado;
– Mandato de oito anos.
• Atribuições
– Aprovar a escolha de magistrados, ministros
do Tribunal de Contas da União (TCU), de
presidentes e diretores do Banco Central, do
Procurador-Geral da República e de embaixa-
dores.
– Autorizar operações financeiras de interesse
da União, dos estados, do Distrito Federal e dos
municípios.
 Avaliar o funcionamento do Sistema Tributário
Nacional.
Câmara
• Artigo 45o
 Representantes do povo.
• Integrantes
513 integrantes, com número de vagas
proporcional ao tamanho de cada estado.
• Atribuições
– Criar e alterar leis.
– Fiscalizar o Poder Executivo.
– Autorizar a abertura do processo por crime
de responsabilidade ( impeachment) contra
presidente, vice-presidente e ministros de
Estado.
Fonte: elaborado com base em BLUME, Bruno André. Qual a diferença entre câmara e senado? Politize!, 28 ago. 2018. Disponível em: www.politize.com.br/camara-e-senado-qual-diferenca/. Acesso
em: 22 mar 2021.
Fig 2 Funções e estrutura do sistema bicameral
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Poder Judiciário
A função mais importante do Poder Judiciário é a de
aplicar o Direito para solucionar os conflitos de interesse
da sociedade. Esse poder se organiza nos níveis federal
e estadual. Segundo o artigo 92 da Constituição Federal,
são órgãos do Poder Judiciário: o Supremo Tribunal Federal
(STF), composto de 11 ministros escolhidos pelo presidente
da República e aprovados por maioria absoluta do Senado;
o Conselho Nacional de Justiça (CNJ) e o Superior Tribunal
de Justiça (STJ). Também compõem o Poder Judiciário os
tribunais regionais federais e juízes federais, os tribunais e
juízes do trabalho, os tribunais e juízes eleitorais, os tribu-
nais e juízes militares, os tribunais e juízes dos estados e
do Distrito Federal e dos territórios.
Fig. 3 A sede do STF, em Brasília. Ele é o órgão de cúpula do Poder Judiciário.
Foto de 2018.
Presidencialismo e parlamentarismo
O sistema de governo definido pela Constituição Fe-
deral de 1988 é o presidencialista. Esse sistema tem sido
adotado pelo Brasil durante toda a República, com exceção
do período entre 1961 e 1963, em que se adotou o parla-
mentarismo. Mas quais são as diferenças entres esses dois
sistemas de governo?
No presidencialismo, há a figura do presidente da
República, que agrega as funções de chefe de Estado e
de chefe de governo. No parlamentarismo, as funções de
chefe de Estado e de chefe de governo se dividem entre
duas pessoas distintas a primeira função é exercida pelo
presidente da República (quando se trata de uma República
parlamentarista) ou pelo monarca (quando se trata de uma
Monarquia parlamentarista), enquanto a segunda é exercida
pelo primeiro-ministro.
Além disso, no presidencialismo, é o povo que elege o
presidente da República, o qual exercerá o mandato por um
 período determinado. É ainda característica do presiden-
cialismo a autonomia conferida ao presidente da República
para escolher os ministros de Estado, que o auxiliarão ao
longo do mandato. No parlamentarismo, o primeiro-ministro,
responsável por exercer a função de chefe de governo, só
toma posse após a aprovação do Parlamento. Seu mandato
não possui um período determinado e pode chegar ao fim
em duas hipóteses: quando o partido a que pertence perde
sua maioria no Parlamento ou quando há o chamado “voto
de desconfiança”, hipótese que abre a possibilidade de
dissolução do Parlamento, extinção do mandato do primei-
ro ministro e convocação de novas eleições
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Brasil: número de deputados federais por estado e
pelo Distrito Federal – 2020
Fonte: elaborado com base em CÂMARA DOS DEPUTADOS. Papel e história da Câmara. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/
a-camara/conheca/numero-de-deputados-por-estado Acesso em: 22 mar 2021
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GEOGRAFIA Capítulo 12 Regionalização do Brasil78
A Inglaterra é um famoso exemplo de país em que
vigora o sistema de governo parlamentarista, cujo chefe
de governo é um monarca tratando-se, portanto, de uma
monarquia parlamentarista.
Chefe de Estado e chefe de governo: qual a diferença?
Chefe de Estado:
y participa de compromissos simbólicos, como condecorações;
y recebe chefes de Estado estrangeiros;
y viaja em caráter oficial para outros países;
y participa de inaugurações e eventos especiais (esportivos,
artísticos etc.);
y mantém diálogos abertos com líderes nacionais e internacionais;
y assina e ratifica tratados internacionais;
y comanda as forças armadas.
Chefe de governo:
y lidera a formulação de políticas públicas, econômicas e sociais;
y mantém o funcionamento dos poderes executivo e legislativo;
y dialoga com partidos, atores institucionais, chefes de Estado e
com a população;
y articula as vontades da população.
Saiba mais
As regiões brasileiras
Região e regionalizaão
Região é o conceito geográfico empregado para se
referir a uma área delimitada do espaço que possui ca-
racterísticas que a diferenciam das demais. Existem várias
maneiras para se determinar uma região Pode se adotar
como critério, por exemplo, a concentração de árvores e
áreas verdes em determinado espaço ou mesmo algum
índice de pobreza para demarcar uma região.
Dessa forma, a região varia de acordo com os critérios
que estão sendo adotados para defini-la Se tomarmos como
referência as características físicas de uma área, poderemos
definir uma região como natural, por exemplo. Se quiser-
mos saber qual área possui determinada função econômica,
como a indústria, podemos classificá-la como funcional.
A definição dos critérios a serem utilizados e sua aplicação
na definição das regiões é o que chamamos regionalização.
Critérios para regionalização
Regionalizar tem como propósito reunir ou organizar
unidades de determinado espaço de acordo com alguns
critérios, que podem ser: naturais, econômicos, sociais,
 históricos, entre outros
Os critérios que determinam se uma parcela do espaço
pertence ou não a uma região específica não são estáti-
cos e, por consequência, as próprias regiões não o são.
Elas podem sofrer alterações, por exemplo, em virtude da
mudança da dinâmica econômica do lugar, da alteração
de seu quadro natural ou da introdução de tecnologia na
exploração de algum bem.
O fato de se regionalizar um espaço não implica reco-
nhecer sua autonomia em relação a outra região ou ao país.
Tendo em vista que cada região tem suas particularidades,
é comum que mantenham relações de naturezas distintas.
Haverá sempre fluxo de pessoas, mercadorias e serviços
entre uma e outra, o que promove uma circulação de re-
cursos financeiros. Em resumo, as regiões que compõem
um país estão unidas a uma política e a uma economia
centrais, não sendo, portanto, independentes umas das
outras. Porém, ograu de articulação e os tipos de relações
entre elas podem variar ao longo do tempo.
Por que regionalizar o Brasil?
O Brasil é um país de dimensões continentais que apre-
senta grandes contrastes naturais, sociais e econômicos.
Por isso, alguns estudiosos afirmam que não existe um
Brasil, e, sim, vários Brasis. Apesar de tantas diferenças,
é possível o agrupamento de estados com característi
cas semelhantes, de acordo com alguns critérios. Assim,
a construção de uma regionalização revela a articulação
econômica, social e urbana e permite a compreensão do
processo de organização do espaço brasileiro.
Essa organização é de suma importância para o plane-
jamento das políticas públicas. Isso porque, ao se analisar
uma região, que pode englobar vários estados, temos uma
visão das discrepâncias internas do país, mas sem entrar
na especificidade de cada uma das 27 unidades da fede-
ração. Tais comparações podem ocorrer no âmbito natural,
econômico, social ou cultural e possibilitam a intervenção
do governo de forma mais objetiva no intuito de amenizar
eventuais diferenças.
Região homogênea
Após a Segunda Guerra Mundial, surge nos Estados
Unidos a Nova Geografia, uma corrente teórica de viés
quantitativo, que procura unir a análise do espaço geo-
gráfico às técnicas estatísticas Os geógrafos que seguem
esse método buscam utilizar se do maior número possível
de dados estatísticos para criar modelos e médias de di-
ferentes fenômenos espaciais e, com isso, desenvolver
uma proposta de regionalização do espaço mais objetiva
Com essa corrente teórica, pretende-se que a divisão
do espaço em regiões seja feita por um método mais cien-
tífico e mais exato em vez de se basear na observação e
na análise, muitas vezes subjetivas, das paisagens de cada
área Índices de industrialização, de densidade demográfi-
ca, de renda per capita, de natalidade e mortalidade, tipos
climáticos e vegetação são alguns dos critérios utilizados
para se delimitar regiões homogêneas
No Brasil, esse método de regionalização foi utilizado
pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), o
qual propôs uma divisão regional que foi oficializada pelo
Governo Federal em 1969 Essa regionalização baseia-se no
critério da região homogênea e não rompe com a divisão
política entre os estados Dessa forma, temos a criação
de cinco macrorregiões (Norte, Nordeste, Centro Oeste,
Sudeste e Sul), compostas de um conjunto de estados que
foram agrupados de acordo com a média dos índices es-
tatísticos considerados

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