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DIREITO ADMINISTRATIVO Serviços Públicos / Lei. 8987/95 Conceito: “toda atividade material que a lei atribui ao Estado para que a exerça diretamente ou por meio de seus delegados, com o objetivo de satisfazer concretamente às necessidades coletivas, sob regime jurídico total ou parcialmente público” Classificações Gerais - Serviços uti universi ou gerais (ou, ainda, coletivos) são aqueles em que não é possível determinar a quantidade utilizada por cada um individualmente. A iluminação pública, por exemplo, é serviço indivisível e não pode ser cobrada a sua prestação por meio de taxa, uma vez que não é possível mensurar individualmente o seu valor. Súmula 670/STF: O serviço de iluminação pública não pode ser remunerado mediante taxa. Individuais - Serviços públicos uti singuli ou individuais são aqueles em que é possível mensurar quanto cada usuário usufruiu na sua prestação, ou seja, são serviços divisíveis; aproveitáveis individualmente de forma mensurável. Próprios- serviços públicos próprios são aqueles que só podem ser prestados pelo Poder Público (diretamente ou mediante concessão pelo estado). Impróprios- serviços públicos impróprios são aqueles que satisfazem os interesses da comunidade, porém não são atividades típicas do Estado, são de utilidade pública, podendo ser feito por particulares sem delegação. // Obs.: quando esse serviço for prestado por particular, sem qualquer delegação, ou pelo terceiro setor, não será considerado serviço público, mas serviço de utilidade pública. (Escolas, saúde. Essências – serviços públicos que necessariamente devem ser prestados (assistências sociais). Úteis- Serviços que possuem utilidade pública (prestado por órgãos reguladores por exemplo). Administrativos- Serviços que atendem interesses próprios da administração. Utilidade pública- Sociais- Econômicos- Princípios Regularidade- Pois devem ser da forma correta, com qualidade e periodicidade; Segurança- Pois não podem trazer riscos para a população, feitos de forma segura; Atualidade- Os servidores públicos devem sempre se atualizar, para prestar um serviço de qualidade; O art. 6°, § 2°, da lei 8.987 dispõe o que é atualidade: § 2° A atualidade compreende a modernidade das técnicas, do equipamento e das instalações e a sua conservação, bem como a melhoria e expansão do serviço. O princípio da atualidade proíbe o retrocesso da técnica, dos equipamentos e das instalações. Além disso, a técnica utilizada na prestação dos serviços deve ser atual, ou seja, compatível com o estágio de desenvolvimento tecnológico vigente. Generalidade- Devem ser prestados com a maior amplitude possível, de forma a beneficiar o maior número possível de indivíduos. Mas também significa que os serviços devem ser prestados sem discriminação entre os beneficiários, quando tenham as mesmas condições técnicas e jurídicas para a fruição. (REMETE AO PRINCÍPIO DA ISONOMIA) Modicidade tarifária- Os serviços públicos devem ser remunerados a preços módicos, avaliando-se o poder aquisitivo do usuário-alvo para que ninguém deixe de ser beneficiário. Esse princípio traduz a ideia de que o lucro não é objetivo da função administrativa (EXEMPLO: as passagens de ônibus devem ser baratas, mas não de graça pois tem que custear minimamente o serviço. - A modicidade da tarifa impõe a cobrança de preços módicos (valor acessível) pela prestação do serviço público. Isonomia- Tratamento igual a todos que buscam os serviços públicos, A prestação de serviços públicos deve ocorrer de forma isonômica em relação a todos os usuários. Não pode, por isso, ocorrer qualquer espécie de privilégio ou discriminação. Aplica-se, também aqui, a igualdade substancial (ou material) e não apenas a igualdade formal. O objetivo da igualdade substancial é reduzir desigualdades, ou ainda, relações jurídicas assimétricas. Com base na igualdade substancial, por exemplo, resguarda-se, no transporte público, local específico ao portador de deficiência. Também com base nesse princípio, garante-se a redução de tarifas aquele que é considerado hipossuficiente. Continuidade do serviço público- A prestação de serviços públicos não deve sofrer interrupção para que não se tenham colapsos nas múltiplas atividades particulares, visto que as necessidades não param.
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