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Hemograma completo
O que é o hemograma?
Hemograma é o exame utilizado para avaliar as três principais linhagens de células do sangue:
hemácias, leucócitos e plaquetas. Ele é utilizado para o diagnóstico de várias doenças, incluindo
anemia, infecções e leucemia.
Apesar de ser extremamente comum, esse é um exame que ainda causa muita confusão na população
e até nos meios de comunicação. Algumas pessoas julgam que todo exame de sangue é um
hemograma, como se ambos os termos fossem sinônimos. Isso é um equívoco.
O exame de sangue não funciona como o antivírus do seu computador que faz automaticamente um
rastreamento em toda a máquina à procura de algo errado. Quando o médico solicita uma coleta de
sangue, ele precisa dizer para o laboratório o que pretende que seja analisado na amostra.
No sangue circulam várias substâncias que podem ser dosadas ou pesquisadas, tais como proteínas,
anticorpos, células, eletrólitos (potássio, sódio, cálcio, magnésio, etc.), colesterol, hormônios, drogas e
até bactérias ou vírus, em caso de infecção.
Se o médico quiser saber como andam os níveis de colesterol, ele precisa escrever no pedido que
deseja uma dosagem do colesterol; se o objetivo for saber se a glicose do sangue anda controlada, ele
solicita a dosagem da glicose sanguínea. O hemograma é solicitado quando o objetivo é ter informações
sobre as células do sangue.
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Portanto, em um hemograma não é possível obter dados sobre o nível de colesterol, taxa de glicose,
pesquisa de bactérias, pesquisa de drogas, teste para HIV, etc. O que se pesquisa são apenas dados
sobre as três linhagens de células do sangue. E isso já é bastante coisa, como veremos a seguir.
Para que serve o hemograma?
No nosso sangue circulam três tipos básicos de células produzidas na medula óssea. São estas células
que estudamos através do hemograma:
Hemácias (glóbulos vermelhos ou eritrócitos).
Leucócitos (glóbulos brancos).
Plaquetas.
Qual é a diferença entre hemograma e hemograma completo?
Chamamos hemograma completo o hemograma que contém resultados das três linhagens de células.
Na verdade, o termo hemograma completo é um pleonasmo, visto que não existe hemograma
incompleto. A palavra hemograma já engloba a dosagem das hemácias, leucócitos e plaquetas.
Se por algum motivo o médico desejar apenas o resultado da contagem de hemácias, ele deve solicitar
um eritrograma. Se quiser os resultados apenas dos leucócitos, o exame a ser pedido é o leucograma.
Caso ele só se interesse pelas plaquetas, deve solicitar um plaquetograma.
Quando o médico pede um hemograma, está implícito que ele quer o resultado completo, com a
avaliação das hemácias, leucócitos e plaquetas.
Entendendo os resultados do hemograma
Os atuais valores de referência do hemograma foram estabelecidos na década de 1960, após
observação de vários indivíduos sem doenças. O considerado normal é, na verdade, os valores que
ocorrem em 95% da população sadia. 5% das pessoas sem problemas médicos podem ter valores do
hemograma fora da faixa de referência (2,5% um pouco abaixo e outros 2,5% um pouco acima).
Portanto, pequenas variações para mais ou para menos não necessariamente indicam alguma doença.
Obviamente, quanto mais afastado um resultado se encontra do valor de referência, maior é a chance
disso verdadeiramente representar alguma patologia.
Não me aterei muito a valores específicos, dado que os laboratórios atualmente fazem essa contagem
automaticamente por meio de máquinas, e os valores de referência vêm sempre impressos nos
resultados. Cada laboratório tem o seu valor de referência próprio e, em geral, são todos muito
semelhantes.
Eritrograma
O eritrograma é a primeira parte do hemograma. É o estudo dos eritrócitos, que também podem ser
chamados hemácias, glóbulos vermelhos ou células vermelhas. É através da avaliação do
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eritrograma que podemos saber se um paciente tem anemia (leia também: Anemia: o que é, causas e
sintomas).
Vejam esse exemplo fictício abaixo. Lembre-se que os valores de referência podem variar entre os
laboratórios.
Exemplo de eritrograma.
Hematócrito e hemoglobina
Os três primeiros dados, contagem de hemácias, hemoglobina e hematócrito, são analisados em
conjunto. Quando estão reduzidos, indicam anemia, isto é, baixo número de glóbulos vermelhos no
sangue. Quando estão elevados indicam policitemia, que é o excesso de hemácias circulantes.
O hematócrito é o percentual do sangue ocupado pelas hemácias. Um hematócrito de 45% significa
que 45% do sangue é composto por hemácias. Os outros 55% são basicamente água e todas as outras
substâncias diluídas. Pode-se notar, portanto, que praticamente metade do nosso sangue é composto
por células vermelhas.
Se por um lado a falta de hemácias prejudica o transporte de oxigênio, por outro, células vermelhas em
excesso deixam o sangue muito espesso, atrapalhando seu fluxo e favorecendo a formação de
coágulos.
A hemoglobina é uma molécula que fica dentro da hemácia. É a responsável pelo transporte de
oxigênio. Na prática, a dosagem de hemoglobina acaba sendo a mais precisa na avaliação de uma
anemia.
Portanto, uma hemoglobina baixa e um hematócrito baixo são indicadores de anemia.
O que são VCM, HCM, CHCM e RDW?
O volume globular médio (VGM) ou volume corpuscular médio (VCM), mede o tamanho das
hemácias.
Um VCM elevado indica hemácias macrocíticas, ou seja, hemácias grandes. VCM reduzidos indicam
hemácias microcíticas, isto é, de tamanho diminuído. Esse dado ajuda a diferenciar os vários tipos de
anemia.
https://www.mdsaude.com/hematologia/anemia/
https://www.mdsaude.com/wp-content/uploads/hemograma.png
4/10
Por exemplo, anemias por carência de ácido fólico cursam com hemácias grandes, enquanto anemias
por falta de ferro se apresentam com hemácias pequenas. Existem também as anemias com hemácias
de tamanho normal.
Alcoolismo é uma causa de VCM aumentado (macrocitose) sem anemia.
O CHCM (concentração de hemoglobina corpuscular média) ou CHGM (concentração de
hemoglobina globular média) avalia a concentração de hemoglobina dentro da hemácia.
O HCM (hemoglobina corpuscular média) ou HGM (hemoglobina globular média) é o peso da
hemoglobina dentro das hemácias.
Os dois valores indicam basicamente o mesmo, a quantidade de hemoglobina nas hemácias. Quando as
hemácias têm poucas hemoglobinas, elas são ditas hipocrômicas. Quando têm muitas, são
hipercrômicas.
Semelhantemente ao VCM, o HCM e o CHCM também são usados para diferenciar os vários tipos de
anemia.
Dois exemplos práticos:
Pacientes com anemia por carência de ferro costumam apresentar anemia microcítica e
hipocrômica, ou seja, uma contagem baixa de hemácias, com VCM e CHCM baixos.
Já um paciente com anemia por carência de ácido fólico ou vitamina B12 costumam apresentar
anemia macrocítica e hipercrômica, ou seja, uma contagem baixa de hemácias, com VCM e
CHCM elevados.
RDW
O RDW é um índice que avalia a diferença de tamanho entre as hemácias. Quando este está elevado
significa que existem muitas hemácias de tamanhos diferentes circulando. Isso pode indicar hemácias
com problemas na sua morfologia. É muito comum RDW elevado, por exemplo, na carência de ferro,
onde a falta deste elemento impede a formação da hemoglobina normal, levando à formação de uma
hemácia de tamanho reduzido.
Algumas causas de RDW alto são:
Deficiência de ferro: a anemia por deficiência de ferro pode levar a um aumento no RDW, com os
glóbulos vermelhos apresentando tamanhos variados.
Deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico: anemias megaloblásticas, resultantes da
deficiência de vitamina B12 ou ácido fólico, podem causar glóbulos vermelhos maiores,
contribuindo para um RDW elevado.
Doenças hemolíticas: condições em que há destruição aumentada de glóbulos vermelhos, como
anemia hemolítica, podem levar a um RDW elevado.
Hemorragias recentes: se houve uma hemorragia recente, a liberação de glóbulos vermelhos
jovens na corrente sanguínea pode aumentar o RDW temporariamente.
Anemia de doenças crônicas: algumas condições crônicas, como artritereumatoide, podem
causar anemia de doenças crônicas, afetando o RDW.
https://www.mdsaude.com/hematologia/anemia-ferropriva/
https://www.mdsaude.com/dependencia/efeitos-alcool/
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Talassemias: distúrbios genéticos como as talassemias podem resultar em uma variação no
tamanho dos glóbulos vermelhos, contribuindo para um RDW elevado.
Um RDW baixo geralmente não é motivo de preocupação e não está associado a nenhum tipo
específico de anemia.
Anisocitose
Anisocitose é um termo utilizado para descrever a variação no tamanho das células sanguíneas,
principalmente dos glóbulos vermelhos. Essa variação pode ser observada ao analisar um esfregaço
sanguíneo sob um microscópio, que costuma ser uma avaliação complementar ao hemograma.
A anisocitose pode ser classificada em:
1. Anisocitose leve: variação discreta no tamanho das hemácias.
2. Anisocitose moderada: variação moderada no tamanho das hemácias.
3. Anisocitose acentuada: variação significativa no tamanho das hemácias.
A presença de anisocitose pode indicar diferentes condições médicas, incluindo anemias, deficiências
nutricionais, distúrbios da medula óssea, entre outros.
Existe uma relação direta entre anisocitose e RDW. Quanto mais intensa for a anisocitose, maior será o
RDW.
Excetuando-se o hematócrito e a hemoglobina, que são de fácil entendimento, os outros índices do
eritrograma são mais complexos, e pessoas sem formação médica dificilmente conseguirão interpretá-
los corretamente. É preciso conhecer bem todos os tipos de anemia para que esses dados possam ser
úteis.
Leucograma
O leucograma é a parte do hemograma que avalia os leucócitos, conhecidos também como células
brancas ou glóbulos brancos.
Os leucócitos são as células de defesa responsáveis por combater agentes invasores. Na verdade, os
leucócitos não são um tipo único de célula, mas sim um grupo de diferentes células, com diferentes
funções no sistema imune. Alguns leucócitos atacam diretamente o invasor, outros produzem anticorpos
e alguns apenas fazem a identificação do microrganismo invasor.
O valor normal dos leucócitos varia entre 4.000 a 11.000 células por microlitro (ou milímetros cúbicos).
Quando os leucócitos estão aumentados, damos o nome de leucocitose. Quando estão diminuídos
chamamos leucopenia.
Quando notamos aumento ou redução dos valores dos leucócitos, é importante ver qual das seis
linhagens descritas mais abaixo é a responsável por essa alteração. Como neutrófilos e linfócitos são os
tipos mais comuns de leucócitos, estes geralmente são os responsáveis pelo aumento ou diminuição da
concentração total dos leucócitos.
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Grandes elevações podem ocorrer nas leucemias, que nada mais é que o câncer dos leucócitos.
Enquanto processos infecciosos podem elevar os leucócitos até 20.000 ou 30.000 células/mm³, na
leucemia, esses valores ultrapassam facilmente as 50.000 cel/mm³.
As leucopenias ocorrem normalmente por lesões na medula óssea. Podem ser por quimioterapia, por
drogas, por invasão de células cancerígenas ou por invasão por micro-organismos.
Existem seis tipos de leucócitos, cada um com suas particularidades, a saber:
1. Neutrófilos
O neutrófilo é o tipo de leucócito mais comum. Representa, em média, de 45% a 75% dos leucócitos
circulantes. Os neutrófilos são especializados no combate a bactérias. Quando há uma infecção
bacteriana, a medula óssea aumenta a sua produção, fazendo com que sua concentração sanguínea se
eleve. Portanto, quando temos um aumento do número de leucócitos totais, causado basicamente pela
elevação dos neutrófilos, estamos diante de um provável quadro infeccioso bacteriano.
Os neutrófilos têm um tempo de vida de aproximadamente 24 a 48 horas. Por isso, assim que o
processo infeccioso é controlado, a medula reduz a produção de novas células e seus níveis sanguíneos
retornam rapidamente aos valores basais.
Neutrofilia: termo usado quando há um aumento do número de neutrófilos.
Neutropenia: termo usado quando há uma redução do número de neutrófilos.
Explicamos a leucocitose com neutrofilia com mais detalhes no artigo: O que significam leucocitose e
neutrofilia?
2. Bastões e segmentados
Os bastões são os neutrófilos jovens. Quando estamos infectados, a medula óssea aumenta
rapidamente a produção de leucócitos e acaba por lançar na corrente sanguínea neutrófilos jovens
recém-produzidos. A infecção deve ser controlada rapidamente, por isso, não há tempo para esperar
que essas células fiquem maduras antes de lançá-las ao combate. Em uma guerra o exército não manda
só os seus soldados mais experientes, ele manda aqueles que estão disponíveis.
Normalmente, apenas 4% a 5% dos neutrófilos circulantes são bastões. A presença de um percentual
maior de células jovens é uma dica de que possa haver um processo infeccioso em curso.
No meio médico, quando o hemograma apresenta muitos bastões chamamos este achado de “desvio à
esquerda”. Esta denominação deriva do fato dos laboratórios fazerem a listagem dos diferentes tipos de
leucócitos colocando seus valores um ao lado do outro. Como os bastões costumam estar à esquerda
na lista, quando há um aumento do seu número diz-se que há um desvio para a esquerda no
hemograma.
Portanto, se você ouvir o termo desvio à esquerda, significa apenas que há um aumento da produção de
neutrófilos jovens.
Causas comuns de desvio à esquerda no hemograma são:
https://www.mdsaude.com/hematologia/sintomas-da-leucemia/
https://www.mdsaude.com/hematologia/leucocitose-neutrofilia/
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Infecções bacterianas: em casos de infecções bacterianas, especialmente aquelas que
provocam uma resposta imunológica intensa, como na sepse, pode ocorrer um aumento nos
bastões.
Inflamações graves: qualquer condição inflamatória aguda intensa, como traumas graves ou
inflamações agudas de órgãos, pode resultar no desvio à esquerda.
Hemorragia aguda: em alguns casos de hemorragia aguda, a medula óssea pode liberar bastões
na corrente sanguínea como parte da resposta imunológica.
Reações a medicamentos: alguns medicamentos ou tratamentos médicos, como a administração
de corticosteroides, podem influenciar a produção de bastões.
Já os segmentados são os neutrófilos maduros. Quando o paciente não está doente ou já está em fase
final de doença, praticamente todos os neutrófilos são segmentados, ou seja, células maduras. Em
muitas situações temos simultaneamente aumento dos bastões e dos segmentados.
Algumas causas comuns de segmentados elevados (neutrofilia) são:
Infecções bacterianas agudas: a neutrofilia é comum em resposta a infecções bacterianas, pois
os neutrófilos são células do sistema imunológico envolvidas na defesa contra bactérias.
Inflamações agudas: qualquer condição inflamatória aguda, como apendicite, pancreatite ou
lesões traumáticas, pode levar a um aumento temporário nos neutrófilos.
Estresse físico: situações de estresse físico, incluindo cirurgias, grandes queimaduras ou
traumas, podem resultar em aumento dos segmentados.
Infarto agudo do miocárdio: o infarto agudo do miocárdio pode estar associado a um aumento
temporário nos neutrófilos.
Medicamentos: alguns medicamentos, como corticosteroides, podem causar neutrofilia como
efeito colateral.
Doenças infecciosas crônicas: algumas infecções crônicas, como tuberculose, podem estar
associadas a um aumento persistente nos neutrófilos.
Doenças inflamatórias crônicas: doenças autoimunes, como artrite reumatoide, e outras
condições inflamatórias crônicas podem levar a níveis elevados de neutrófilos.
Síndromes mieloproliferativas: algumas condições, como a leucemia mieloide crônica, podem
causar uma produção excessiva de neutrófilos.
3. Linfócitos
Os linfócitos são o segundo tipo mais comum de glóbulos brancos. Representam de 15 a 45% dos
leucócitos no sangue.
Os linfócitos são as principais linhas de defesa contra infecções por vírus e contra o surgimento de
tumores. São eles também os responsáveis pela produção dos anticorpos.
Quando temos um processo viral em curso, é comum que o número de linfócitos aumente, às vezes,
ultrapassando o número de neutrófilose tornando-se o tipo de leucócito mais presente na circulação.
Os linfócitos são as células que fazem o reconhecimento de organismos estranhos, iniciando o processo
de ativação do sistema imune. Os linfócitos são, por exemplo, as células que iniciam o processo de
rejeição nos transplantes de órgãos.
https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/sepse/
https://www.mdsaude.com/cirurgia/apendicite/
https://www.mdsaude.com/gastroenterologia/pancreatite/
https://www.mdsaude.com/endocrinologia/glicocorticoides/
https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/tuberculose/
https://www.mdsaude.com/doencas-autoimunes/doenca-autoimune/
https://www.mdsaude.com/doencas-autoimunes/artrite-reumatoide/
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Os linfócitos também são as células atacadas pelo vírus HIV. Este é um dos motivos da AIDS (SIDA)
causar imunossupressão e levar a quadros de infecções oportunistas.
Linfocitose: é o termo usado quando há um aumento do número de linfócitos.
Linfopenia: é o termo usado quando há redução do número de linfócitos.
Nota: linfócitos atípicos são um grupo de linfócitos com morfologia diferente, que podem ser encontrados
no sangue. Geralmente surgem nos quadros de infecções por vírus, como mononucleose, gripe, dengue,
catapora, etc. Além das infecções, algumas drogas e doenças autoimunes, como lúpus, artrite
reumatoide e síndrome de Guillain-Barré, também podem estimular o aparecimento de linfócitos atípicos.
Atenção, linfócitos atípicos não têm nada a ver com câncer.
4. Monócitos
Os monócitos representam normalmente de 3 a 10% dos leucócitos circulantes. São ativados tanto em
processos virais quanto bacterianos. Quando um tecido está sendo invadido por algum germe, o sistema
imune encaminha os monócitos para o local infectado. Este se ativa, transformando-se em macrófago,
uma célula capaz de “comer” micro-organismos invasores.
Monocitose: termo usado quando há aumento do número de monócitos.
Monocitopenia: termo usado quando há redução do número de monócitos.
Os monócitos tipicamente se elevam nos casos de infecções, principalmente naquelas mais crônicas,
como a tuberculose.
Algumas das causas mais comuns de monócitos altos incluem:
Infecções bacterianas ou virais: infecções, especialmente crônicas, podem levar a um aumento
nos monócitos. Exemplos incluem tuberculose, endocardite infecciosa, mononucleose infecciosa,
entre outras.
Doenças autoimunes: algumas condições autoimunes, como lúpus e artrite reumatoide, podem
causar monocitose.
Doenças inflamatórias crônicas: distúrbios inflamatórios crônicos, como doença inflamatória
intestinal, sarcoidose e vasculites, podem estar associados à monocitose.
Distúrbios hematológicos: algumas condições relacionadas ao sangue, como leucemia mieloide
crônica, podem causar monocitose.
Reações a medicamentos: certos medicamentos podem levar a alterações nos níveis de
monócitos, tais como corticosteroides, interferon, lítio, procainamida e alguns anticonvulsivantes.
Distúrbios mieloproliferativos: condições como síndrome mielodisplásica podem causar
aumento nos monócitos.
Recuperação pós-quimioterapia ou radioterapia: após tratamentos como quimioterapia ou
radioterapia, pode ocorrer uma resposta de recuperação com aumento dos monócitos.
Stress ou trauma: situações de estresse ou trauma, como cirurgias ou lesões graves, podem
levar a uma resposta inflamatória com monocitose.
5. Eosinófilos
https://www.mdsaude.com/doencas-autoimunes/doenca-autoimune/
https://www.mdsaude.com/doencas-autoimunes/sintomas-lupus/
https://www.mdsaude.com/doencas-autoimunes/artrite-reumatoide/
https://www.mdsaude.com/neurologia/sindrome-de-guillain-barre/
https://www.mdsaude.com/pneumologia/sintomas-da-tuberculose/
https://www.mdsaude.com/cardiologia/endocardite/
https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/mononucleose/
https://www.mdsaude.com/doencas-autoimunes/lupus-eritematoso-sistemico/
https://www.mdsaude.com/doencas-autoimunes/vasculites/
https://www.mdsaude.com/hematologia/sindrome-mielodisplasica/
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Os eosinófilos são os leucócitos responsáveis pelo combate de parasitos e pelo mecanismo da alergia.
Apenas de 1 a 5% dos leucócitos circulantes são eosinófilos.
O aumento de eosinófilos ocorre em pessoas alérgicas, asmáticas ou em casos de infecção intestinal
por parasitas.
Eosinofilia: é o termo usado quando há aumento do número de eosinófilos.
Eosinopenia: é o termo usado quando há redução do número de eosinófilos.
6. Basófilos
Os basófilos são o tipo menos comum de leucócitos no sangue. Representam de 0 a 2% dos glóbulos
brancos.
Elevação dos basófilos ocorre habitualmente em reações alérgicas, hipotiroidismo, estados de
inflamação crônica ou leucemia.
Já a presença de basófilos baixos pode ser um sinal de reação alérgica, infecção, uso prolongado de
corticoides ou hipertiroidismo.
Basocitose: refere-se ao aumento do número de basófilos no sangue (também chamado de
basofilia).
Basopenia: refere-se à redução do número de basófilos no sangue.
É importante destacar que todo resultado fora da faixa de normalidade do hemograma deve ser
interpretado no contexto dos sintomas e da história clínica do paciente. Um discreto aumento na
contagem de basófilos, eosinófilos, monócitos, etc. não necessariamente indica algum problema sério de
saúde. Muitas vezes, essas alterações são transitórias e irrelevantes.
Plaquetas
As plaquetas são fragmentos de células responsáveis pelo início do processo de coagulação. Quando
um tecido de qualquer vaso sanguíneo é lesado, o organismo rapidamente encaminha as plaquetas ao
local da lesão. As plaquetas se agrupam e formam um trombo, uma espécie de rolha ou tampão, que
imediatamente estanca o sangramento. Graças à ação das plaquetas, o organismo tem tempo de
reparar os tecidos lesados sem haver muita perda de sangue.
O valor normal das plaquetas varia entre 150.000 a 450.000 por microlitro (uL). Porém, até valores
próximos de 50.000, o organismo não apresenta dificuldades em iniciar a coagulação.
Quando esses valores se encontram abaixo das 10.000 plaquetas/uL há risco de morte, visto que pode
haver sangramentos espontâneos.
Trombocitopenia: redução, abaixo dos valores de referência, do número de plaquetas no sangue.
Trombocitose: aumento, acima dos valores de referência, do número de plaquetas no sangue.
A dosagem de plaquetas é importante antes de cirurgias, para saber se o paciente não se encontra sob
elevado risco de sangramento, e na investigação dos pacientes com quadros de hemorragia ou com
https://www.mdsaude.com/endocrinologia/hipotireoidismo/
https://www.mdsaude.com/endocrinologia/hipertireoidismo/
10/10
frequentes equimoses (manchas roxas na pele).
Bicitopenia e pancitopenia
Conforme já explicado, quando o paciente tem redução do número de apenas uma das linhagens das
células, nós descrevemos o problema com um termo específico para cada linhagem. A redução do
número de hemácias é chamada anemia, a redução do número de leucócitos chama-se leucopenia e a
redução do número de plaquetas é chamada trombocitopenia.
Quando temos redução de duas das três linhagens de células do sangue, como no paciente com anemia
e leucopenia, dizemos que ele tem bicitopenia. Já o paciente com as três linhagens de células do
sangue abaixo dos valores de referência é dito como portador de pancitopenia.
Tanto a pancitopenia quanto a bicitopenia costumam surgir em pacientes com algum problema na
médula óssea. De modo geral, a redução de mais de uma linhagem das células do sangue pode ser
causada por um ou mais dos seguintes mecanismos:
Infiltração da medula óssea: neoplasias hematológicas (por exemplo: leucemia, linfoma, mieloma
múltiplo ou síndrome mielodisplásica), câncer metastático, mielofibrose e doenças infecciosas (por
exemplo: tuberculose ou infecções fúngicas) podem invadir a medula óssea e ocupar o local de
produção das células sanguíneas.
Aplasia da medula óssea: carências nutricionais (por exemplo: deficiência de vitamina B12 ou
folato), anemia aplástica, doenças infecciosas (por exemplo: HIV, hepatite viral, parvovírus B19),
doenças autoimunese certos tipos de medicamentos podem afetar as células-tronco da medula
óssea, impedindo a produção de novas células sanguíneas.
Destruição das células sanguíneas circulantes: a destruição antes do tempo das células
sanguíneas circulantes também pode causar bi ou pancitopenia. As principais causas são:
coagulação intravascular disseminada, púrpura trombocitopênica trombótica, síndromes
mielodisplásicas, distúrbios megaloblásticos e hiperesplenismo (destruição excessiva de células
no baço, que pode ocorrer nos casos de cirrose hepática, linfoma ou doenças autoimunes).
É preciso algum preparo para fazer o hemograma?
Não é necessário fazer nenhum preparo para coleta de sangue do hemograma.
Alguns laboratórios sugerem jejum de pelo menos 4 horas antes do hemograma, mas, na prática, comer
antes da coleta influencia muito poucos nos resultados. Portanto, se você puder fazer jejum, melhor; se
não puder, não vale a pena atrasar ou remarcar a coleta só por conta disso.
Se você tomar medicamentos de manhã, pode tomá-los normalmente antes do exame. Não é preciso
suspender nenhum fármaco antes do hemograma.
https://www.mdsaude.com/gravidez/gravidez-acido-folico/
https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/dst/sintomas-hiv-aids/
https://www.mdsaude.com/gastroenterologia/hepatites/
https://www.mdsaude.com/doencas-infecciosas/eritema-infeccioso/
https://www.mdsaude.com/doencas-autoimunes/doenca-autoimune/

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