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Teorias dos movimentos sociais. As teorias dos movimentos sociais são abordagens teóricas que buscam explicar a origem, desenvolvimento, dinâmica e impacto dos movimentos sociais na sociedade. Existem várias teorias que oferecem diferentes perspectivas sobre os movimentos sociais. Abaixo, destaco algumas das principais teorias: Teoria do Conflito: Esta teoria, associada principalmente ao trabalho de Karl Marx e Friedrich Engels, enfatiza a importância do conflito de classes na explicação dos movimentos sociais. Segundo essa perspectiva, os movimentos sociais surgem como resultado da luta entre grupos sociais com interesses opostos, especialmente entre a classe dominante e a classe trabalhadora. Os movimentos sociais são vistos como uma resposta à injustiça e desigualdade social, visando transformar as estruturas de poder existentes. Teoria Funcionalista: Originada principalmente no trabalho de sociólogos como Talcott Parsons, Robert Merton e Neil Smelser, a teoria funcionalista sugere que os movimentos sociais desempenham uma função na sociedade ao desafiar as normas e instituições estabelecidas. Eles podem atuar como mecanismos de correção social, promovendo mudanças adaptativas necessárias para manter o equilíbrio social e a coesão. Teoria da Mobilização de Recursos: Desenvolvida por sociólogos como Charles Tilly e Sidney Tarrow, essa teoria enfatiza o papel dos recursos na organização e mobilização dos movimentos sociais. Os recursos incluem não apenas dinheiro e membros, mas também habilidades organizacionais, redes sociais, influência política e acesso aos meios de comunicação. Segundo essa perspectiva, os movimentos sociais bem-sucedidos são aqueles que conseguem mobilizar e utilizar eficazmente esses recursos. Teoria da Estrutura de Oportunidades Políticas: Esta teoria, associada a estudiosos como Doug McAdam e Sidney Tarrow, argumenta que os movimentos sociais são influenciados pelo contexto político e institucional em que operam. Os movimentos sociais são mais propensos a surgir e ser bem-sucedidos em períodos de abertura política, quando há oportunidades para a mobilização e influência política. Da mesma forma, a repressão política pode inibir a formação e atividades dos movimentos sociais. Teoria da Nova Sociologia dos Movimentos Sociais: Esta teoria, proposta por Alberto Melucci e outros sociólogos, destaca a importância da identidade e da cultura na explicação dos movimentos sociais. Segundo essa perspectiva, os movimentos sociais são formados por indivíduos que compartilham uma identidade coletiva e estão envolvidos em processos de construção de significados e solidariedade em torno de uma causa comum. Essas são apenas algumas das principais teorias dos movimentos sociais, e muitas vezes há sobreposição e interseção entre elas. Cada teoria oferece uma abordagem única para entender os movimentos sociais e contribui para um quadro mais completo da dinâmica social e política.
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