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DESCRIÇÃO Estudo dos principais tópicos atuais sobre gestão de carreira. PROPÓSITO Compreender as dimensões e os recursos disponíveis para a gestão pessoal da carreira — com conhecimentos teóricos e práticos —, assim como as ações corporativas que podem influenciar a vida profissional dos colaboradores. OBJETIVOS MÓDULO 1 Comparar as experiências de autoconhecimento de segmentos diversos da vida a este processo no mundo do trabalho MÓDULO 2 Distinguir as diferentes ferramentas e iniciativas para o direcionamento da carreira no âmbito pessoal e organizacional MÓDULO 3 Listar as ações recomendadas para a promoção do sentido de pertencimento e do senso de propósito dentro da empresa MÓDULO 4 Identificar as prioridades e as preocupações principais em cada uma das etapas de desenvolvimento da carreira INTRODUÇÃO Antes da década de 1990, o planejamento das carreiras era comandado pelo empregador, que elaborava trajetórias profissionais internas para os colaboradores permanecerem na mesma corporação. Os trabalhadores sabiam claramente quais eram os passos que deviam seguir, os objetivos que almejavam cumprir e os cargos que podiam alcançar, assim como os aumentos de salário que receberiam com o passar dos anos. Atualmente, esse cenário mudou. Com mercados mais voláteis, as empresas precisam se readaptar constantemente para sobreviver, e as condições de trabalho são mais instáveis. As novas gerações têm prioridades diferentes, encarando a mobilidade e as mudanças com mais normalidade. O gerenciamento da carreira se tornou uma iniciativa principalmente pessoal. As organizações podem, no melhor dos casos, auxiliar nessa tarefa, mas cada indivíduo é responsável por planejar, direcionar e desenvolver a própria trajetória no mercado de trabalho. Aqui, trataremos sobre os tópicos mais pertinentes a respeito de gerenciamento de carreira, além de ferramentas e recursos para tomar as melhores decisões no caminho profissional. Também serão discutidas várias ações corporativas que podem ser implementadas para apoiar o desenvolvimento de carreiras e para reter talentos. MÓDULO 1 Comparar as experiências de autoconhecimento de segmentos diversos da vida a este processo no mundo do trabalho LIGANDO OS PONTOS A proposta de se autoconhecer é algo que aparece em todos os processos de coaching. Leituras diversas tratam da necessidade do autoconhecimento para lidar com a própria carreira. MAS COMO FAZER ISSO NO MUNDO DO TRABALHO? A comparação é um caminho viável, e será com base nesse viés que você colocará as mãos em ação. Vamos lá! Uma jornada de autoconhecimento. Parece título de filme, não é? Encontramos uma multiplicação de termos semelhantes em filmes, livros, aplicativos e redes sociais. Qual o enredo? O sujeito que pressionado vive uma “jornada” em que passa a reconhecer suas próprias características e a descobrir o melhor de si. A imagem é bem bonita, mas é necessário perceber o que significa. A ideia de que o homem precisa se conhecer e que, muitas vezes, passa por jornadas para que possa alcançar o conhecimento necessário sobre seus gestos, em especial a pequenez destes, é bem interessante. Da famosa frase “Conhece a ti mesmo”, de Sócrates, até os pesadelos de natal de Scrooge, percebemos o mesmo exercício: o homem que olha para si, se aceita e melhora suas atitudes é uma pessoa mais bem preparada para vida. Como sair da teoria e transformar isso em prática? Como perceber o que fazer fora do campo filosófico? Nesse ponto, vem a opção do caso. A noção de jornada tem um ponto de analogia com uma prática que vale bastante a pena conhecer: a escalada. A escalada é um processo em que o sujeito precisa testar sua preparação, organização e seus limites. Além disso, precisa se articular à lógica de aproveitar o caminho e, por fim, a conquista. Quem apresentou essa comparação como forma de refletir sobre o caminho de autoconhecimento foi Matthew Childs. Quem é ele? Escalador experiente com 30 anos de atividade, acumulou experiências que passou a compartilhar com outros. É importante destacar que ele é especialista em branding digital e serviços interativos. Foi líder de publicidade da Razorfish, além de ter liderado o departamento de comunicações da Nike. MAS VAMOS FALAR SOBRE O MATTHEW ESCALADOR Em uma de suas falas no Tedex, ele conta a respeito de nove lições que aprendeu com a escalada e que transformou em um valor para sua vida e sua carreira. NÃO SOLTE A MÃO Na escalada, quando você escolhe uma pedra e se apoia sobre ela, não pode ter dúvida, esse é seu ponto de apoio. Não deixe para lá. Trace planos e os execute. “Segure-se e você encontrará ações e bem peculiares de seguir.” HESITAÇÃO É RUIM Imagine-se subindo uma escalada em que você precisa da fricção para ir com tudo na reentrância e seguir. Caso tenha resolvido subir, se preparado e entendido o que precisa, não é hora de hesitar. TENHA UM PLANO Se você vai escalar, precisa conhecer o caminho e os trajetos possíveis, saber onde parar e respirar. Você deve saber o que quer e o caminho a seguir. NÃO ESQUEÇA DE QUE CADA MOVIMENTO CONTA Cada movimento do caminho tem um fim em si, cada passo tem um começo, meio e fim em si. Não se desconcentre pensando no topo, na vista. Seu próximo passo é importante. Você precisa se concentrar. SAIBA DESCANSAR Sua jornada é longa, portanto, quando for o momento de descansar, faça isso com o mesmo afinco que possui ao dar cada passo. Mesmo nos momentos mais difíceis, você precisa parar algumas vezes, reagrupar, acalmar, concentrar e seguir em frente. O MEDO É RUIM Não é não sentir medo. O medo faz parte, mesmo sendo incômodo. É se conhecer e não se concentrar nos erros, caso contrário irá errar ainda mais. DIFICULDADES SÃO BOAS Neste momento, é hora de não repetir o óbvio, não fazer o esperado, mas entender a situação que está vivendo e como superá-la. Por exemplo, às vezes, apoiar o pé em uma escalada pode ser pior e mais perigoso do que pontuar e colocar os dedos e contar com o equilíbrio. FORÇA É DIFERENTE DE SUCESSO Na escalada, muitas vezes, as mulheres se mostram mais eficientes do que homens, mesmo teoricamente tendo menos força física. Isso ocorre devido ao equilíbrio, foco e à concentração delas no momento certo. A percepção é que não basta ser forte em algo, isso não garantirá seu sucesso. SAIBA CAIR Sim, quedas acontecem. E quando elas vierem, esteja preparado, busque minimizar seus efeitos, use a segurança necessária. Será que as lições de Child podem ajudá-lo no seu processo de autoconhecimento? APÓS A LEITURA DO CASE, É HORA DE APLICAR SEUS CONHECIMENTOS! VAMOS LIGAR ESSES PONTOS? 3. VOCÊ JÁ OUVIU FALAR EM DOM? MUITA GENTE CONHECE E USA ESSA PALAVRA. TER UM DOM É SEMELHANTE A RECEBER UM PRESENTE. ALGO DADO E QUE DEVE SER EXERCIDO. NA SUA JORNADA DE AUTOCONHECIMENTO, ONDE ESTÁ O SEU “DOM”? RESPOSTA Você se lembra da esfinge? “Decifra-me ou o devoro”. Cuidado para a busca do autoconhecimento não ser uma busca por dons. O presente, considerado como um conjunto de características por meio das quais, por fatores sociais, neurocientíficos e físicos, você manifesta interesse e capacidade de realizar, é algo bom. Por outro lado, não há sentido em algo pronto, que não precisa ser cuidado, trabalhado ou investido. Lembre-se de que nem sempre o mais forte é o melhor preparado. O cotidiano e as escolhas podem lhe dar mais equilíbrio e mais possibilidades. AUTOCONHECIMENTO COMO PONTO DE PARTIDA PARA O DESENVOLVIMENTO Diferentes pessoas, em diferentes ocasiões, antes e depois de você começar a trabalhar, devem ter oferecido conselhos sobre a melhor forma de gerenciar sua carreira. javascript:void(0) Talvez algum professor tenha oferecido dicas; seus orientadores do trabalho de conclusão de curso (TCC) deram sugestões sobre como direcionar seu futuro; ou você fez algum curso específico de orientação profissional. Suas escolhas podem ter sido influenciadas por familiares. Pais, irmãos, primos ou amigos lheaconselharam sobre o que estudar ou onde trabalhar. Nas empresas em que trabalhou, talvez você tenha recebido apoio de seus superiores, dos responsáveis pela gestão de pessoas ou de colegas com mais experiência. Pode até ter aceitado ideias de clientes ou parceiros. Na hora de desenvolver sua carreira, é importante aprender com a experiência dos outros. Contudo, o maior interessado no seu desenvolvimento profissional é você. Nenhuma outra pessoa se interessará tanto pela sua carreira, e, como apontamos na introdução, o apoio das empresas nesse sentido é cada vez menor. A gestão da carreira é, de fato, entendida por muitos autores como um processo pessoal e individual. Segundo Greenhaus, Callanan e Godshalk (2018, p. 38), ela é “um processo no qual o indivíduo desenvolve, implementa e monitora objetivos e estratégias”. Escutar e pedir a opinião dos demais é necessário, porém o processo é essencialmente pessoal e autônomo. O autoconhecimento pessoal e profissional, então, é crucial para a organização da trajetória profissional, sendo um ponto de partida – e de reflexão contínua. O QUE É AUTOCONHECIMENTO? No âmbito pessoal, autoconhecimento é compreender a nós mesmos, quem somos, nossa trajetória na vida, nossa personalidade, nossos valores, as virtudes que possuímos, nossas fraquezas e nossas reações diante de certas situações. No âmbito profissional, muitas competências derivam do nosso caráter e das atitudes que tomamos. Nesse caso, o autoconhecimento se concentra em capacidades individuais e em saber diagnosticar quais são: As áreas de conhecimento que dominamos e as que podem ser aprimoradas As habilidades que temos e as que devem melhorar Os seus propósitos de carreira Pontos fortes e fracos do seu perfil profissional em relação às demandas do mercado É difícil adquirir esse autoconhecimento, apesar de parecer simples à primeira vista. Quando se trata dos elementos menos tangíveis, que não são medidos por diplomas e estudos teóricos, isso é ainda mais notável. Em grande medida, precisamos também de outras pessoas para entender quem somos. O processo é tão difícil que, mesmo em estágios tardios da vida ou da carreira, muitas pessoas nunca se conhecem de verdade; sem dúvida, elas acabam se prejudicando ou passando por situações desvantajosas por causa disso. No próximo módulo, exporemos estratégias e ferramentas que ajudarão você a atingir o autoconhecimento, bem como apresentaremos orientações profissionais para auxiliar o processo. O autoconhecimento é reconhecido como um dos eixos do conhecimento necessário para a empregabilidade, conceito que alude à chance de conseguir um emprego. Veremos, a seguir, quais são eles (GREENHAUS; CALLANAN; GODSHALK, 2018): CONHECIMENTO DO PORQUÊ Refere-se ao autoconhecimento. Explica por que queremos direcionar nossas carreiras em um sentido ou em outro. Justifica motivações profissionais com base na compreensão de si mesmo. CONHECIMENTO DO QUÊ Refere-se a competências pessoais, ao que sabemos fazer, ao que aprendemos. São informações que podem ser listadas em um currículo e, em muitos casos, justificadas com diplomas. CONHECIMENTO DO QUEM Refere-se à nossa rede de relações. Para conseguir emprego, há situações em que contatos e redes de trabalho, amigos ou familiares são os fatores mais importantes. Essa dimensão costuma ser denominada de networking ou capital social . CONHECIMENTO DO COMO Refere-se à forma e ao caminho para atingir metas profissionais. É a estratégia estabelecida para conseguir certos empregos e avançar em direção às metas e objetivos pretendidos. ao autoconhecimento. Explica por que queremos direcionar nossas carreiras em um sentido ou em outro. Justifica motivações profissionais com base na compreensão de si mesmo. O autoconhecimento é imprescindível para o gerenciamento do seu caminho profissional e para a criação de um plano que se adapte à sua personalidade, aos seus desejos e às suas necessidades. Se você não reconhecer que sua paixão é a matemática e seguir carreira na advocacia, por exemplo, nunca se sentirá realizado. É impossível aproveitar ou anunciar ao mercado sua capacidade de lidar bem com momentos de pressão se você não identificar que possui essa característica. Do mesmo modo, a dificuldade em relações interpessoais, quando não detectada, sempre afetará suas tarefas realizadas em equipe. Por fim, se você não reparar que seu inglês é deficiente, nunca irá procurar um curso de aperfeiçoamento. É só por meio do autoconhecimento, tanto no âmbito pessoal quanto no profissional, que você será capaz de direcionar sua carreira de forma adequada, planejar ações verdadeiramente necessárias e cumprir os objetivos e as metas apropriados. Não pense que esse é um exercício que deve ser feito apenas antes de decidir o que estudar ou de ter as primeiras experiências de trabalho. O autoconhecimento deve ser contínuo. Isto é, faça essa reflexão com certa frequência, pois personalidades, prioridades e capacidades profissionais mudam com frequência. Sempre que você revisar seu plano de carreira, faça esse diagnóstico sobre si mesmo. CARREIRA COMO INTEGRANTE DO PROJETO PESSOAL DE QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO Acabamos de explicar como o autoconhecimento é essencial para o gerenciamento de sua carreira. Outros elementos fundamentais também devem ser considerados na hora de planejar e revisar seu caminho profissional: As consequências para a sua vida pessoal As condições de trabalho É preciso ter em mente que a carreira influencia, de maneira determinante, nossa rotina. Passamos muitas horas trabalhando, dedicando esforços e energia às nossas tarefas. Às vezes, sacrificamos aspectos importantes, como a vida familiar ou hobbies. Nosso emprego também pode influenciar a escolha do lugar em que moramos e até afetar nossa saúde mental e física. Ignorar as repercussões da carreira na nossa vida pessoal não faz sentido. Escolhas profissionais normalmente são “universais”, sem se restringir apenas ao ambiente do trabalho. Por exemplo: Se você mora no Rio de Janeiro e decide estudar para um concurso público com lotação em Brasília, com certeza essa mudança de moradia vai alterar seu estilo de vida. Caso lhe ofereçam uma promoção para um cargo de chefia, você sabe que isso significará um aumento de salário e funções motivadoras, mas também um aumento de trabalho e menos tempo disponível para passar com a família. Você pode receber a proposta de um trabalho estável e bem-pago, em um setor que oferece certos riscos para sua saúde. Todas essas escolhas afetarão sua vida pessoal e devem ser refletidas com cuidado. Aspectos relativos apenas ao trabalho, mas que também afetam indiretamente seu bem-estar pessoal, também devem ser analisados. É importante avaliar a qualidade de vida em cada etapa e direcionamento da sua carreira. A qualidade de vida no trabalho, segundo Colombo et al . (2020, p. 156), “é um conceito que objetiva melhorar a qualidade de vida dos empregados dentro das organizações, de modo que eles tenham maior bem-estar, satisfação no trabalho e também menos desgaste emocional”. A forma, as condições, o ambiente e a cultura em torno do nosso trabalho nos influenciam psicologicamente. Da mesma maneira, essa influência na qualidade de vida poderá contribuir para um maior ou menor desempenho. Trabalhar em um ambiente amplo, iluminado e limpo é diferente de trabalhar em um lugar fechado, barulhento e desarrumado. Da mesma forma que é diferente ter uma chefia respeitosa e motivadora e uma chefia abusiva e pouco exemplar. Ou trabalhar 40 horas na semana e trabalhar 50. Assim como liderar 20 colaboradores que não querem ter ninguém no comando. Por fim, fazer um trabalho com muita visibilidade e reconhecimento não é o mesmo que executar um menos conhecido ou popular. Todas essas situações compreendem fatores da qualidade de vida no trabalho, e você deverá refletir sobre elas ao gerenciar sua carreira. CATEGORIAS DE QUALIDADE DE VIDANO TRABALHO Existem categorias específicas atribuídas ao construto de qualidade de vida no trabalho, ou QVT nas suas siglas. Uma das propostas clássicas mais referenciadas é a de Walton (1975), que distingue oito: 1 RECOMPENSAS JUSTAS E ADEQUADAS O trabalho deve ter um salário justo, assim como premiações remuneratórias ou não remuneratórias. CONDIÇÕES DE TRABALHO SEGURAS E SAUDÁVEIS Refere-se ao processo e ao ambiente em que o trabalho é desenvolvido, que devem garantir que os colaboradores possam realizá-lo sem deteriorar a saúde. 2 3 OPORTUNIDADE DE DESENVOLVER AS PRÓPRIAS CAPACIDADES Respeito pela autonomia e pelas responsabilidades do trabalhador para realizar suas tarefas, que devem ser dignas e passíveis do uso de suas habilidades. OPORTUNIDADE DE CRESCIMENTO PROFISSIONAL Alude à possibilidade de os colaboradores serem promovidos, assumirem mais responsabilidades e se capacitarem para melhorar suas competências. 4 5 INTEGRAÇÃO SOCIAL A organização deve permitir relações interpessoais, trabalho em equipe, respeito pelas opiniões de todos e evitar qualquer tipo de discriminação. CONSTITUCIONALISMO Os direitos dos trabalhadores e os direitos individuais, como liberdade de expressão, privacidade ou um tratamento justo, devem ser respeitados e regulamentados. 6 7 ESPAÇO TOTAL DE VIDA Relativo à possibilidade de equilibrar a vida profissional e pessoal, com mecanismos de descanso, férias e limite de horas trabalhadas. RELEVÂNCIA SOCIAL Existência de um orgulho em relação ao trabalho feito, assim como a percepção de que os produtos ou serviços da organização têm um impacto positivo na comunidade na qual atua. 8 Todos esses fatores vão repercutir na qualidade de vida no trabalho. Esses elementos vão além do salário e incidem no bem-estar do colaborador, isto é, na sua vida. Portanto, quando você pensar nos rumos de sua trajetória profissional, também leve esses elementos em consideração antes de tomar uma decisão. Infelizmente, nem sempre temos uma vasta gama de opções e precisamos nos conformar com as possibilidades reais de empregabilidade no mercado. A renúncia a uma vaga por certas condições negativas pode significar danos à sua carreira ou o desemprego por algum tempo. Mas também não podemos aceitar condições que diminuem nosso bem-estar até o ponto de prejudicar nossa saúde. As empresas, de acordo com Beh e Rose (2007), são responsáveis por promover uma qualidade de vida no trabalho adequada. A preocupação sobre esse aspecto é cada vez maior, trazendo benefícios para os contribuidores e para a produtividade individual e organizacional. O ideal é que, com o passar do tempo e à medida que as empresas e as regulamentações trabalhistas melhorem a qualidade de vida dos colaboradores, esse fator tenha menos importância na hora de tomar decisões sobre sua carreira. Mas, por enquanto, ele é um aspecto fundamental para a tomada de decisões e escolhas profissionais. RECOMENDAÇÕES PRÁTICAS PARA PLANEJAR A CARREIRA Neste vídeo, o especialista Enrique Jesús Sánchez Elvira apresentará dicas para orientar a carreira, considerando o autoconhecimento e a qualidade de vida no trabalho. VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 2 Distinguir as diferentes ferramentas e iniciativas para o direcionamento da carreira no âmbito pessoal e organizacional LIGANDO OS PONTOS Distinguir as ferramentas e as escolhas para o desenvolvimento da carreira parece muitas vezes irreal. Como se existissem duas dimensões: a escolha da carreira e as oportunidades da carreira. Nada mais ilusório. MAS ISSO SÓ FICA CLARO QUANDO SE APROXIMA DA SITUAÇÃO. Então vamos lá. Imagine que você é um jovem pobre, mas com um enorme talento. Todos que o veem reconhecem isso e quase lutam para conduzir os primeiros passos de sua carreira. Essas pessoas lhe oferecem e vendem sonhos, uma vida fácil... Tudo isso e você ainda tem quinze anos! Vida resolvida certo? Se você tiver talento e saber o que fazer com ele, sim. Ainda mais se for algo mecânico, como praticar um esporte. Vamos conhecer agora uma história parecida de um atleta e ver como a carreira dele precisou de muitas escolhas, estudos e decisões. Você já ouviu falar em Artur Antunes Coimbra? Ele é mais conhecido como Zico. Foi atleta do Clube de Regatas do Flamengo, da Udinese e da seleção brasileira. Já próximo à aposentadoria, e depois de ter sofrido uma terrível entrada de um zagueiro que quase terminou com sua carreira, seguiu para desbravar o futebol no Japão, no Kashima Antlers. Lá ainda hoje é ídolo. O INÍCIO DA HISTÓRIA DE UM CRAQUE Vamos conhecer um pouco de sua história e ver de que modo Zico lidou com suas vantagens e desvantagens competitivas. A juventude pobre e o desejo – além do reconhecimento de um grande talento que ali se encontrava. Uma das características mais fortes de Zico foi o compromisso. Mesmo em um dos times mais fortes do momento, campeão da copa Toyota (chamado então de campeão do mundo), reconhecido pela torcida, ainda assim o atleta buscava deixar uma marca. LIDERANÇA, EXEMPLO E UNIÃO DE GRUPO Neste vídeo vamos continuar nosso reflexão a partir do depoimento de Zico. Será que Zico seria um caso à parte, que sua dedicação, mesmo com seu talento e reconhecimento, era uma ação desnecessária? Segundo o próprio ex-jogador, não. Isso tem um conjunto claro: o foco na sua ação e no seu potencial. Veja: FOCO, DEDICAÇÃO E DETERMINAÇÃO Zico voltou ao Brasil depois de uma passagem pela Itália acreditando em um novo projeto de um time em que ele tinha grande relevância. Então, durante uma partida contra o Bangu, um zagueiro adversário lhe deu uma entrada criminosa sem bola, atingindo seu joelho. A VIDA DE ZICO NUNCA MAIS FOI A MESMA. Ainda com o joelho prejudicado, Zico foi a uma Copa do Mundo, em que virou vilão por perder um pênalti na eliminação do Brasil, mas também foi campeão nacional com seu time de coração. Após sua despedida como jogador de futebol, iniciou uma nova carreira como técnico no Japão e precisou driblar muitos obstáculos. OS DESAFIOS DAS DIFERENÇAS CULTURAIS Zico foi técnico, criou um clube, foi auxiliar técnico e comandou a seleção japonesa em uma Copa do Mundo. Mas nunca aceitou ser técnico do time que o formou. A carreira de Zico é um exemplo, uma forma de você fazer a distinção. Agora, se imagine nas situações de decisão que ele precisou tomar e reflita sobre o que você interpreta a respeito de decisões a tomar pensando em carreira. APÓS A LEITURA DO CASE, É HORA DE APLICAR SEUS CONHECIMENTOS! VAMOS LIGAR ESSES PONTOS? 3. PERGUNTADO SE UM DIA ACEITARIA SER TÉCNICO DO CLUBE EM QUE FOI ÍDOLO, ZICO RESPONDE QUE NUNCA. EMBORA GOSTE DE SUA ATUAL PROFISSÃO, ELA TEM UM VALOR DIFERENTE DA CARREIRA DE JOGADOR. TOME COMO EXEMPLO O CASO DE ZICO SOBRE AS DECISÕES E A GESTÃO DE SUA CARREIRA E REFLITA SOBRE O QUE VOCÊ FARIA NA MESMA SITUAÇÃO. RESPOSTA A métrica da decisão de Zico foi: como jogador, a carreira teve imenso sucesso, é um ídolo ainda reconhecido. Porém, ser técnico é uma nova carreira, uma vinculação inteiramente diferente. A nova carreira podia colocar em risco o olhar dos seus feitos e o orgulho, pondo em cheque tudo o que realizou. A carreira precisa ser compreendida em duas dimensões: as organizações e o indivíduo. Esses elementos não se separam. Quando se observam as ferramentas e os direcionamento possíveis de carreira, é possível perceber o quanto esses aspectos se misturam, mas também se individualizam. A marca do clube segue independente da carreira do jogador, mas a memória do clube referencia-se no jogador. Por isso, a organização, sabendo que o risco em relação a seu legado é pequeno, pode valer-se do símbolo do atleta em uma nova carreira/função que não dialoga com a anterior. Já Zico seria um técnico medido de forma desproporcional, por isso escolhe não assumir a condição de técnico do time que o consagrou como atleta. FERRAMENTAS: VALORES, PERSONALIDADE, INTERESSES E HABILIDADES, E ÂNCORAS DE javascript:void(0)CARREIRA Uma vez entendida a importância do autoconhecimento e dos aspectos qualitativos do trabalho para direcionar a carreira, vejamos algumas ferramentas práticas que podem ajudar a definir suas prioridades. MISSÃO, VISÃO E VALORES Um exercício interessante para avançar no seu autoconhecimento é reservar um tempo para refletir e escrever em uma folha de papel o que você considera a sua missão na vida, sua visão de futuro e seus valores, tal como fazem as empresas nos seus planos estratégicos. MISSÃO DE VIDA VISÃO DE FUTURO VALORES Ela pode ter um ou alguns objetivos amplos, de longo prazo, que você gostaria realizar. Por exemplo: contribuir para diminuir as injustiças do mundo. É o que você almeja, quem gostaria de ser para atingir sua missão. Por exemplo: ter um papel proeminente em uma organização que lute contra injustiças. São os princípios nos quais você acredita e que deverão orientar as suas decisões. Por exemplo: empatia e solidariedade. Tente relacionar essas definições com áreas de trabalho, formação ou habilidades compatíveis com os fundamentos que você deseja na sua vida. Isso lhe ajudará a orientar sua carreira sem cair em contradições ou em caminhos desconfortáveis. TESTES DE PERSONALIDADE Outra ferramenta que pode ajudar no seu autoconhecimento são os testes de personalidade. Eles apresentam um alcance limitado, mas é recomendado que sejam aplicados por psicólogos para que possam oferecer algumas pistas sobre os traços de personalidade que explicam seu comportamento. Os resultados também podem ajudar a definir qual é o perfil profissional que mais se adequa à sua personalidade, para que você se sinta mais confortável no mercado de trabalho e tenha um rendimento mais eficaz. EXEMPLO Pessoas extrovertidas e inquietas talvez devam buscar um emprego mais interativo e dinâmico. Por outro lado, aqueles mais introvertidos e reflexivos possivelmente terão mais sucesso em um trabalho de escritório. Há inúmeros testes de personalidade, com focos diferentes. Alguns dos mais usados nos dias atuais, facilmente acessíveis pela Internet, são: o DISC, como mostrado na imagem a seguir; Signal Patterns; 5 Grandes Fatores; MMPI; ou 16 personalidades. Teste de personalidade DISC. INTERESSES E HABILIDADES Uma terceira ferramenta para gerenciar sua carreira é refletir sobre seus interesses e habilidades. Do que você gosta? O que sabe fazer bem? Existem algumas atividades que adoramos realizar, mas não nos destacamos nelas. Pelo contrário, podemos ter certas habilidades ou dons que realmente não nos interessam muito. Uma pessoa pode amar cantar, mas não ter talento suficiente para se profissionalizar. Ela pode ter muita facilidade para aprender línguas estrangeiras, mas ser apaixonada por matemática. Portanto, você deve: REFLETIR E DEFINIR ALGO DE QUE GOSTE E EM QUE SE SOBRESSAIA Você não precisa ser um prodígio nessa atividade, mas sua habilidade nela deve se destacar em relação a outras É IMPORTANTE QUE ESSES INTERESSES E HABILIDADES TENHAM DEMANDA NO MERCADO. Isto é, eles devem ter saída profissional. De nada serve para sua carreira – a princípio – ter talento para balões, pois não é uma atividade em demanda. Você pode fazer esse exercício por conta própria ou se apoiar em testes vocacionais ou matrizes de habilidades e interesses profissionais disponíveis na Internet. Um dos testes vocacionais clássicos é baseado no hexágono de Holland, elaborado pelo psicólogo e pesquisador John Holland (1987). Hexágono de Holland Como mostra a imagem acima, há seis tipos de personalidade vocacional ‒ convencional, realista, investigativo, artístico, social e empreendedor ‒, que se relacionam com quatro tipos de interesses ‒ dados, pessoas, ideias e coisas. ÂNCORAS DE CARREIRA A última ferramenta que convém salientar é a das âncoras de carreira. Esse recurso serve para identificar os elementos que você mais valoriza no âmbito profissional. Suas categorias são similares às expostas sobre qualidade de vida no trabalho. O método foi desenvolvido pelo psicólogo e professor de administração Edgard Schein, que apontou várias categorias ou “âncoras” que determinam as preferências das pessoas na hora de tomar decisões nas suas carreiras. Em geral, os resultados mostram preferência por duas ou três âncoras, com uma delas tendo maior peso que as demais e devendo ser ponderada com mais atenção. As possíveis âncoras de carreira assinaladas por Schein (1985) são as seguintes: Âncoras de carreira AUTONOMIA ‒ INDEPENDÊNCIA Refere-se à possibilidade de ter liberdade e flexibilidade na sua forma de trabalhar, sem ter que seguir regras ou instruções constantes. SEGURANÇA – ESTABILIDADE O trabalho que garante um contrato estável, em longo prazo, com benefícios sociais e pouco risco de ficar desempregado. COMPETÊNCIA TÉCNICO-FUNCIONAL Relacionado a empregos que permitem especialização e desenvolvimento de competências ao longo do tempo. COMPETÊNCIA ADMINISTRATIVA GERAL Refere-se ao interesse em coordenar grupos, processos e atingir resultados. CRIATIVIDADE EMPREENDEDORA Âncora preferida das pessoas que gostam de trabalhar em um ambiente criativo, de empreendimento e busca de novos serviços ou produtos. DEDICAÇÃO A UMA CAUSA Refere-se ao serviço a uma causa, a um propósito fundamentado em valores pessoais que contribuam positivamente na sociedade. DESAFIO PURO A maior motivação desses trabalhadores é ter grandes desafios, resolver problemas e lutar contra adversidades. ESTILO DE VIDA A prioridade dessa âncora é que o trabalho possa ser conciliado com a vida pessoal ou familiar, seja pelas horas exigidas ou o lugar onde o serviço é executado. Testes para determinar quais são suas âncoras de carreira podem ser encontrados na Internet. Eles ajudarão seu autoconhecimento e a solucionar dilemas no direcionamento da sua trajetória profissional. Mas não se esqueça de revisar essas prioridades com regularidade. Ao longo do tempo, com base nas suas experiências e na sua situação pessoal, seus valores mudarão e, com eles, suas âncoras de carreira. AÇÕES CORPORATIVAS CONTRIBUTIVAS PARA O DESENVOLVIMENTO DA CARREIRA Até agora, estudamos o gerenciamento da carreira pela perspectiva individual. Embora a visão subjetiva seja a mais importante atualmente, não devemos deixar de reconhecer as possíveis contribuições das empresas para o desenvolvimento da trajetória profissional dos seus colaboradores. Você não deveria estar sozinho na tarefa de planejar sua carreira. É fácil enxergar os benefícios de trabalhar para uma companhia ou órgão público que implemente esse tipo de gestão de pessoas. Essas ações corporativas atrairão mais talentos e incentivarão mais engajamento dos trabalhadores e menos rotações ou abandonos. Idealmente, a empresa deveria organizar planos de carreira específicos para cada vaga. Eles incluiriam: Possibilidades de crescimento horizontal (mudar de funções no mesmo nível hierárquico) Possibilidades de crescimento vertical (ser promovido a um cargo com mais responsabilidade) Objetivos, metas e prazos para superar essas etapas Uma ferramenta usada para esse fim é a trilhas de carreira, que oferece um plano visual das possibilidades e caminhos possíveis no progresso profissional dentro da empresa. O conceito é similar ao de estrutura da carreira, no qual se contemplam diferentes modelos de esboço do progresso profissional (ex.: estrutura em linha, em Y, em W ou em rede). Os planos de carreira também podem conter um programa de remuneração de carreira. Ele está vinculado ao plano e estabelece salários e recompensas específicas em cada etapa da carreira, de acordo com o cumprimento de metas. Isso ajuda aos colaboradores não somente a conhecer suas possibilidades de atuação, mas também a ter uma previsão da remuneração que poderão receber se continuarem sua trajetória na empresa, permitindo o planejamento da economia familiar. Um papel relevante nos planos de carreira é desempenhado pelas açõesde desenvolvimento. Essas são determinações corporativas que visam o progresso profissional e pessoal dos colaboradores, de acordo e paralelamente ao seu crescimento na organização. Planos de desenvolvimento individual que atendem cada trabalhador, segundo suas necessidades, podem ser elaborados. Algumas das ações de desenvolvimento que merecem destaque são: CAPACITAÇÕES Voltadas à aprendizagem mais teórica. A atividade tradicional seria organizar um curso para vários colaboradores da empresa. TREINAMENTOS Normalmente têm um foco mais prático, ensinando a realizar alguma atividade. Por exemplo, um treinamento sobre um novo software, no qual se acompanha a evolução no desempenho dos usuários. TRILHAS DE CONHECIMENTO São caminhos de aprendizagem que oferecem uma variedade de recursos para a aquisição de conhecimentos ou competências. Os colaboradores têm a liberdade de escolher se querem aprender através de livros, vídeos, exercícios práticos etc. MENTORIAS Com uma expansão significativa nos últimos anos, a prática propõe a transmissão de conhecimentos explícitos e tácitos por mentores. Isto é, alguém com mais experiência na empresa orienta um ou vários trabalhadores com menos tempo de profissão. O uso desses recursos corporativos pode ajudar muito o gerenciamento da sua carreira. Caso estejam adequadamente estabelecidos e sejam transparentes, você pode preferir se envolver com os planos de carreira oferecidos por seu empregador, focando-se apenas neles, sem precisar se preocupar em tomar decisões individuais. Porém, infelizmente, a maioria dos empregos e empresas não possui planos robustos de carreira nem de remuneração. Isso ocorre não apenas por deficiências na gestão organizacional, mas pelas condições atuais do mercado. As empresas não crescem tão rápido quanto deveriam ou precisam reduzir suas planilhas para sobreviver. Os trabalhadores, então, podem acabar engessados nas suas carreiras, sem a possibilidade de progredir funcional ou hierarquicamente, por vários anos ou para sempre (GREENHAUS; CALLANAN; GODSHALK, 2018). FEEDBACK O feedback é uma das ações corporativas mais poderosas para orientar as carreiras dos membros da organização e, por isso, merece um item à parte. Também conhecido como retorno, ele está ligado à gestão de desempenho. A prática mais tradicional de feedback seria a reunião de avaliação de desempenho, na qual o superior pondera como foi o rendimento de cada colaborador ao longo de um período de tempo determinado. Inclusive, em muitos casos, esses retornos são feitos por meio de uma planilha ou de pontuação, sem que exista diálogo entre as partes envolvidas. Nos últimos anos, algumas empresas incorporaram mais participantes a essa avaliação, levando em consideração o feedback de: COLEGAS SUBORDINADOS ATÉ DE CLIENTES Especialistas de gerenciamento recomendam que esse feedback ocorra de maneira contínua, mais informal, e não somente em um ou dois momentos no ano. Além de tudo, o diálogo presencial deve ser o meio preferido para realizar essa comunicação. Atualmente, sugere-se promover tanto o feedback quanto o feedforward . Ao contrário do retorno tradicional sobre desempenhos passados, o feedforward busca antecipar o comportamento dos colaboradores. Ele consiste em dirigir o diálogo para o futuro, visando melhorias em curto e médio prazo. É um método bastante útil para chefias que ficam constrangidas na hora de realizar uma crítica negativa. O feedback é a prática mais constante e imediata para orientar a sua carreira. Outras pessoas oferecerão comentários sobre como seu desempenho profissional pode melhorar. Talvez elas identifiquem questões que você mesmo não percebe. Caso exista algum erro na sua execução das tarefas, ficará claro que existe a necessidade de procurar algum curso de capacitação ou que alguma atitude específica precisa mudar. Uma boa liderança poderá também identificar talentos inesperados e lhe dirigir para novas funções ou responsabilidades. Porém, o feedback não implica sempre em críticas negativas ou orientações de melhoria. Ele é a ferramenta mais eficiente para reconhecer pontos fortes, para destacar aquilo que é feito de forma correta e consolidar, assim, certos aspectos da sua carreira. Você pode explorar uma nova função e receber grandes elogios pelos resultados obtidos, permanecendo motivado para continuar nesse caminho profissional. O feedback, nesse propósito, pode ser mais influente do que um bônus ou uma recompensa econômica. Por exemplo, um experimento conduzido por Bareket-Bojmel, Hochman e Ariely (2014) aponta que um diálogo permanente entre chefias e colaboradores, com agradecimentos verbais, pode ter um impacto maior na motivação dos funcionários do que uma gratificação financeira. Portanto, a relevância do feedback no desenvolvimento da carreira obriga as organizações a desenvolver um retorno contínuo e qualificado. As chefias terão um papel fundamental em implementar essa cultura e deverão receber treinamento específico. Se a empresa conseguir desenvolver essa prática de forma adequada, ela contribuirá, além de tudo, para promover o sentido de permanência e de propósito entre os colaboradores, duas questões que estudaremos no módulo seguinte. COMO IDENTIFICAR AS SUAS VANTAGENS COMPETITIVAS Neste vídeo, o especialista Enrique Jesús Sánchez Elvira falará sobre as estratégias para identificar e incentivar vantagens competitivas para se inserir no mercado e consolidar a carreira profissional. VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 3 Listar as ações recomendadas para a promoção do sentido de pertencimento e do senso de propósito dentro da empresa LIGANDO OS PONTOS VOCÊ SABE O QUE É PERTENCIMENTO? Tem noção de por que ele é importante na gestão da carreira? Muitas vezes, imaginamos que o pertencimento e os valores atinentes a ele são de interesse das empresas, e não do funcionário. Segundo Marília Fiuza: “O que mais lhe faz feliz no ambiente de trabalho? Essa pergunta foi feita para 23.000 pessoas em 45 países pelo Institute Globoforce Work Human. E sabe qual a resposta número 1? Sentir-se parte de um time, grupo ou organização.” Vamos pensar sobre isso. Você está empregado? Até a palavra soa antiga, embora continue sendo importante e necessária. Vivemos o mundo do trabalho do século XIX que sofreu uma profunda transformação no século XXI. Versões de nossa “matrix” particular parecem assumir sua condição máxima. Diante disso, tem alguém que não pode ser esquecido. O sujeito. Poderíamos voltar e falar de momento, de teóricos, mas aqui é hora de ser convidado à prática. Sendo assim, vamos lá: CONTEXTO Entre março e junho de 2020, o surgimento da Covid-19 mudou para sempre a educação. A mudança nessa área não foi algo novo, desde 1970 se popularizou os termos: negócios na área da educação, inovação na área de educação, e permaneceu assim ao longo de todo o século XXI. Mas nada foi tão traumático e impactante como a pandemia de Covid-19 no mundo da educação. Vamos apresentar agora uma das empresas surgidas e que se sentiram responsáveis por fazer algo nesse momento. A Lighthouse Labs foi pivô de um modelo de educação virtual baseado na pessoa, nas suas necessidades e no potencial dos estudantes. Acontece que seu perfil era de grandes eventos, pontos de encontros entre as pessoas, visando reunir fisicamente cabeças pensantes, valendo-se de suas experiências de marketing. Será que basta repetir o mundo “físico” no mundo virtual? A missão da parceria entre a Light House Lab com a Flywheels é de aplicar a experiência de sucesso produzida em seus eventos e nos encontros promovidos em uma nova dinâmica, sem perder a experiência e a liderança que eram conhecidas como singulares e por serem de baixo investimento. O DILEMA VIVIDO AQUI ERA O VIVIDO EM VÁRIOS AMBIENTES EDUCACIONAIS: A PANDEMIA NÃO PODERIA OS IMOBILIZAR. PROCESSO Foi necessário reconstruir o perfil de marketing, discutir as formas como o público leria o evento e o processoeducacional. Repare: antes, a oportunidade era do encontro. Agora, a oportunidade é de se conscientizar sobre a necessidade, considerar por que aquela era a melhor decisão e, por fim, mostrar como a decisão era importante. A mudança desse fluxo não é simples, ela lida com um mundo de profusão de oportunidades em que o valor do farol (lighthouse) não é uma luz qualquer, mas aquela que quando segue representa segurança no caminho. ENTENDENDO O QUE FAZER Antes dos eventos, o público se encontrava a cerca de até 25 quilômetros da escola, não mais do que isso. Assim, a linguagem e os interesses dependiam dos professores, da fala, a proximidade era um fator de referência. O que fazer quando a Geografia não existe mais? Não bastava uma plataforma on-line capaz de trocar os dados e reproduzir. Nada mais seria como antes, linguagem forma, interesse. Era necessário um novo time de design dos materiais, um novo conjunto de tecnologias, de produtos audiovisuais. A lógica passa a ser que os poucos cursos on-line gratuitos, entendidos até então como marginais, se tornassem centrais, como porta de entrada. Não deviam mais ser aperitivos, mas precisavam demonstrar resultados poderosos para que o aluno tomasse a decisão de seguir para os segmentos pagos. CONSIDERAÇÃO Uma série de medidas importantes foram desenhadas e o sucesso do projeto foi impressionante. Mas queremos usar o caso para falar sobre a crise de um dos principais personagens dessa história: os professores. Pesquisas importantes de diferentes plataformas tratam dessa carreira em uma dimensão humana viva e fundamental: sentir-se parte de algo é importante. Somos seres sociais, precisamos da interação. Uma de nossas características é pertencer a um bando, refletir sobre ele. Nós nos defendemos e valorizamos. Seja um time, um país, ou uma empresa, esse valor é construído e torna-se fundamental. Estar em uma carreira ou em uma empresa quando nos sentimos parte dela é um valor. Na vida do professor, o status de sua profissão, ainda que monetariamente desvalorizado, é entendido como algo diferenciado. Existe no educador um certo orgulho de suas escolhas, em especial quando é apaixonado pelo projeto educacional que ele leciona. Nesse ponto, vamos fazer um link entre seguintes os pontos: o professor vê a tecnologia como algo irreversível, mas sente um profundo receio do seu uso. Considera como se desejassem o substituir, ou reduzir seu impacto. O professor acredita que é visto como motivo de crise, abandono e negação. Quando o farol passou a ser um importante ponto no mundo digital, o professor se sentiu como se não tivesse mais o mesmo papel, como se apontassem para sua ineficácia, ineficiência, e não pudesse lutar contra isso. Pensando nos professores do Light House Lab e de todo o mundo, vamos refletir sobre pertencimento e carreira. APÓS A LEITURA DO CASE, É HORA DE APLICAR SEUS CONHECIMENTOS! VAMOS LIGAR ESSES PONTOS? 3. DIANTE DE UM FENÔMENO VIVIDO PELO LIGHT HOUSE LAB, SE VOCÊ FOSSE CHAMADO A PENSAR COMO PODERIA READEQUAR A MISSÃO, VISÃO E VALORES, PENSANDO NO PROTAGONISMO DO PROFESSOR – INTEGRADO AO MOMENTO – O QUE PROPORIA? RESPOSTA Lembrando – Missão é o propósito de a empresa existir; visão é para onde a empresa deseja ir; valores são ideais e atitudes que ela valoriza. As possibilidades são muitas, o simbólico nome de farol permite pensar sobre a dicotomia velha tecnologia x novas tecnologias, mas principalmente o que fica, o que dialoga com o sentimento para as organizações e professores. SENTIDO DE PERTENCIMENTO À ORGANIZAÇÃO: CULTURA E VALORES PESSOAIS javascript:void(0) Quando você pensa na sua carreira, você se imagina trabalhando sempre na mesma empresa? Gostaria que isso acontecesse? Essa perspectiva é realista? É cada vez mais incomum pensar em passar toda a trajetória profissional em uma única empresa, especialmente no setor privado. Até o final da década de 1980, o mais normal era fazer a carreira completa na mesma organização. Nos dias atuais, com um mercado mais volátil, maior competitividade, redução da empregabilidade e mudanças nos valores das novas gerações, a prática mais corriqueira é passar por várias companhias e até mudar o tipo de trabalho ao longo dos anos. Essa rotatividade de pessoal, ou turnover , pode gerar prejuízos tanto para as empresas quanto para os trabalhadores. É por isso que um dos aspectos relevantes à gestão de carreira é o sentido de pertencimento à organização, que pode diminuir essa rotatividade. O sentido de pertencimento, de forma geral, é definido como “uma experiência de envolvimento pessoal em um sistema ou ambiente, de forma que as pessoas se sentem parte integral desse sistema ou ambiente” (HAGERTY et al ., 1992, p. 172). Ele pode ter efeitos significativos na saúde mental, na motivação e nos processos cognitivos, e é uma forma básica, segundo Baumeister e Leary (1995), de manter relações positivas e duradouras. Segundo Skaalvik (2011), quanto ao trabalho em si, a experiência pode ser associada: À organização Aos seus valores Aos seus membros À função que se realiza O conceito de senso de pertencimento organizacional está relacionado com o de identidade organizacional, podendo fazer parte dela (FERNANDES; MARQUES; CARRIERI, 2009), de modo que é comum escutar os dois termos utilizados indistintamente. Segundo Hagerty et al. (1992), para identificar a existência do sentido de pertencimento, uma pessoa deve sentir-se valorizada, necessária ou importante dentro do grupo ou da empresa. Também é importante sentir que se encaixa ou entende o grupo ou a empresa e suas caraterísticas compartilhadas. Tudo isso faz parte da cultura empresarial, que engloba os valores e as crenças da organização. O sentido de pertencimento depende, em grande medida, da compatibilidade entre a cultura da empresa e os valores de cada colaborador. Se uma companhia não tem uma cultura definida nem bem-consolidada, será difícil que exista esse sentido de pertencimento. É mais provável que os funcionários se sintam acolhidos em uma empresa cujos líderes transmitem valores específicos, fomentam a identidade corporativa, criam símbolos e estabelecem ritos e cerimônias próprias. Isso facilita sua decisão de permanecer na empresa. A conexão entre a cultura empresarial e os valores dos trabalhadores normalmente é realizada por meio da socialização organizacional, ou onboarding . Esse é o processo pelo qual os colaboradores descobrem os valores e as normas comportamentais esperados (cultura), tornando-se membros de uma empresa. O colaborador, segundo Van Maanen (1996), participará dessa socialização durante todo seu vínculo empregatício, devendo renunciar a certos valores e prioridades pessoais. O melhor exemplo de socialização na cultura da empresa ocorre quando um novo trabalhador é contratado e apresentado ao funcionamento da empresa, aos colegas, à infraestrutura, aos processos etc. Posteriormente, elementos menos tangíveis aparecem durante as interações e as integrações com colegas; ao descobrir os mitos, as histórias e a trajetória da corporação, assim como os ritos e as cerimônias realizados. AÇÕES CORPORATIVAS PARA A PROMOÇÃO DO SENTIDO DE PERTENCIMENTO O sentido de pertencimento dependerá da compatibilidade entre os valores pessoais de cada colaborador e os valores da organização. Existem várias práticas que podem promover o sentido de pertencimento, e algumas delas já foram apontadas ao longo do conteúdo: GESTÃO E COMUNICAÇÃO DA CULTURA ORGANIZACIONAL Como foi apontado, definir, planejar e monitorar a cultura da empresa pode ser uma das principais opções. Definir uma missão ou propósito com impacto social e fazê-lo presente no trabalho diário será essencial, de preferência com a participação dos membros da companhia. Por fim, a comunicação e a divulgação adequadas dos valores e prioridades estabelecidos serão fundamentais. DEFINIÇÃO DE PLANOS DE CARREIRA Os colaboradores podem ter mais sentido de pertencimentoe preferir dar continuidade à sua carreira no mesmo lugar se a corporação definir e acompanhar os planos de carreira. Para estabelecê-los, é necessário habilitar opções de crescimento e desenvolvimento reais. A iniciativa deverá incluir programas de remuneração de carreira e ações de capacitação. MANUTENÇÃO DE UM AMBIENTE INCLUSIVO Uma política ativa de inclusão deve existir. Isso significa promover a sensação de que todos os membros fazem parte da empresa. É necessário garantir que todos os colaboradores trabalhem em metas alinhadas às da organização e, portanto, que percebam que seu papel é importante. Na hora de tomar decisões dentro de equipes, escutar a opinião e a visão de todos os envolvidos no assunto é importante. O respeito à diversidade e à liberdade de expressão conforme a personalidade de cada trabalhador é essencial. ENDOMARKETING E MELHORIA DA QUALIDADE DE VIDA NO TRABALHO Endomarketing é a prática do marketing interno para gerar uma imagem da empresa para os colaboradores. Na mesma linha, seu objetivo é garantir a qualidade de vida dos empregados. Como estudamos, esse é um dos elementos mais importantes para tomar decisões na gestão da carreira. Flexibilizar horários, melhorar equipamentos, aumentar dias de férias, estabelecer atenção psicológica, apoiar o cuidado de crianças e favorecer a conciliação familiar são algumas medidas concretas que podem ser tomadas. DESENVOLVIMENTO DE LIDERANÇAS A relação dos trabalhadores com as chefias diretas influencia o sentido de pertencimento, e o papel dos gestores no desempenho e no sucesso das companhias é cada vez mais destacado. Deve existir um foco no desenvolvimento de lideranças, isto é, em como inspirar e motivar os membros das equipes, legitimando a relação de poder. Não é fácil liderar, sendo necessário levar em conta múltiplas variáveis. Uma das mais importantes é a comunicação e o diálogo. Saber transmitir as orientações, escutar e oferecer um feedback contínuo sobre o trabalho de forma adequada são práticas fundamentais. PROMOÇÃO DE INTERAÇÕES SOCIAIS A integração e socialização informal entre colaboradores é outra medida para promover a identificação com a empresa. Assim, recomenda-se favorecer espaços para que essas interações aconteçam. Comemorar aniversários e festas natalinas, organizar eventos esportivos, acondicionar salas de reunião ou de jogos, estabelecer um dia para convidar a família ao trabalho, ou disponibilizar um refeitório no ambiente de trabalho para almoçar são algumas iniciativas dirigidas a esse propósito. SENSO DE PROPÓSITO: A ARTICULAÇÃO ENTRE OS OBJETIVOS DO SUJEITO E DA ORGANIZAÇÃO O sentido de pertencimento é fundamental para a motivação dos colaboradores e pode incentivar as pessoas a permanecerem na mesma empresa por um período longo das suas carreiras. Outro elemento essencial para reter talentos é o senso de propósito, que cada vez é mais procurado ‒ em especial entre as novas gerações ‒ e está ligado ao sentido de pertencimento. Quando você escolheu sua ocupação, provavelmente ponderou questões como salário, possibilidades de empregabilidade ou condições de trabalho. Além dessas variáveis tradicionais, também faria sentido refletir sobre o impacto desse serviço na sociedade. Algumas pessoas valorizam mais esta última variável do que outras. Com maior ou menor intensidade, você provavelmente pensou sobre o propósito de sua ocupação antes de iniciar sua carreira. Do mesmo modo, ao concluir a graduação, companhias dedicadas a beneficiar a comunidade devem ter parecido mais vantajosas em termos empregatícios do que as com fama de realizar ações com impacto negativo (ambientais, de saúde, quanto a condições do trabalho, sonegação de impostos etc.). A mesma leitura pode ser feita sobre seu papel de consumidor. Cada vez mais, uma série de fatores, além do preço, são levados em conta na hora de comprar um produto ou outro. As empresas sabem disso e se preocupam em realizar ações socialmente responsáveis e publicizá-las. MAS O QUE É O SENSO DE PROPÓSITO? Resposta RESPOSTA Segundo Damon, Menon e Bronk (2003, p. 121), “é uma intenção geral e estável de realizar alguma coisa com significado para nós mesmos e, ao mesmo tempo, para o mundo além de nós mesmos”. Os autores frisam as seguintes dimensões dessa definição: O propósito é uma meta, mas tem caráter mais sólido e de longo alcance em relação a outras mais mundanas (por exemplo: emagrecer três quilos ou assistir aos filmes clássicos); e O propósito tem sentido individual e externo. É um desejo de fazer diferença, causando um impacto positivo no mundo. Assim como acontece com o sentido de pertencimento, o senso de propósito tem efeitos positivos na saúde mental. Alguns estudos apontam a existência de uma associação entre ter um propósito na vida e a diminuição da mortalidade (ALIMUJIANG et al. , 2019). OBJETIVOS SOCIALMENTE POSITIVOS As novas gerações também impulsionam o desenvolvimento de objetivos socialmente positivos nas empresas. Tanto a geração Y (millennials ) quanto a geração Z (centennials ) valorizam mais o impacto social das ações das empresas. Elas o exigem, mais do que as gerações anteriores, no seu papel de trabalhadores e de consumidores. O uso constante da Internet contribui para esse fim, pois as caraterísticas de qualquer produto ou serviço podem ser consultadas na rede antes de uma compra. Igualmente, informações sobre práticas empresariais e governamentais são divulgadas com mais rapidez do que antes, existindo, assim, mais controle social. javascript:void(0) Por meio da sua missão e objetivos principais, as organizações passaram a promover cada vez mais um senso de propósito entre os colaboradores. Na medida em que conseguem um maior alinhamento entre objetivos individuais, das equipes e da empresa, maior se torna o senso de propósito. Além disso, o sentido de pertencimento também aumenta. Algumas organizações frisam sua contribuição social com mais facilidade do que outras. EXEMPLO É mais fácil para uma companhia dedicada ao gerenciamento de microcréditos entre pessoas economicamente desfavorecidas ou para uma consultoria que realiza estudos de impacto ambiental ressaltar um propósito socialmente desejável. Talvez a função da empresa faça com que seja mais difícil para uma concessionária de carros ou para uma construtora engajar seus colaboradores. Nesses casos, recomenda-se que as corporações sejam ativas em ações de responsabilidade social fora do seu âmbito de atuação. Assim, os funcionários saberão que parte dos lucros geram melhoria na comunidade em que estão inseridos. AÇÕES CORPORATIVAS PARA A PROMOÇÃO DO SENSO DE PROPÓSITO Existem ações específicas que podem ser efetuadas para promover o senso de propósito entre os colaboradores. A seguir, destacamos algumas: 1 PUBLICIDADE DA MISSÃO As empresas devem definir um propósito atrativo, com um objetivo social diferente de sua atividade comercial, que deve ser divulgado interna e externamente e, sobretudo, estar presente em todas as ações da organização. O plano deve ser específico e avaliado com regularidade para transmitir coerência entre as intenções e as ações reais da companhia. Por fim, como parte da estratégia de disseminação, sugere-se comemorar as conquistas sobre a missão estabelecida. Todas essas ações estarão vinculadas à gestão da cultura da empresa. ALINHAMENTO DE METAS E PARTICIPAÇÃO O planejamento nas equipes deve ter uma ligação clara entre as metas de cada colaborador, as da unidade e as da organização. Os membros devem sentir que seu trabalho é conectado com a missão, com seu papel sendo relevante para atingir os objetivos. A participação de todos os envolvidos na definição das metas contribuirá ainda mais na percepção de que seu serviço tem um impacto real. 2 3 LÍDERES COERENTES COM A MISSÃO As chefias são os principais consolidadores do sentido de propósito da empresa. Elas devem transmitir que todas as ações dos colaboradores têm um objetivosuperior, além dos lucros. Além disso, fazem a mediação entre a direção da companhia e a base de empregados. Nesse sentido, é preciso ter coerência com a missão estabelecida, tanto no comportamento quanto nas mensagens que são transmitidas para o grupo. ENVOLVIMENTO DOS COLABORADORES NAS AÇÕES DE RESPONSABILIDADE SOCIAL Especialmente necessárias para empresas cujo objetivo econômico não seja tão atrativo como propósito pessoal, as atividades de responsabilidade social corporativa devem ser salientadas. A organização pode anunciar as metas cumpridas e os projetos em andamento, além de promover a participação dos colaboradores. Desse modo, é possível organizar visitas aos projetos, solicitar apoio técnico na sua implementação, ou envolver os colaboradores na definição e seleção de futuras ações. 4 5 PLANOS DE CARREIRA ORIENTADOS A UM PROPÓSITO Também é um método relevante para o sentido de propósito. Cada trabalhador deve ter um plano de carreira alinhado com a missão principal da organização e com todos seus objetivos secundários. Dessa forma, os funcionários saberão que podem fazer contribuições significativas para um propósito maior ao longo da sua carreira na empresa. AS NOVAS PRIORIDADES NA CARREIRA DAS NOVAS GERAÇÕES Neste vídeo, o especialista Enrique Jesús Sánchez Elvira falará sobre as prioridades e os valores das novas gerações em relação ao desenvolvimento da carreira. Do mesmo modo, serão apontadas as mudanças que essas gerações estão impulsionando no mercado. VERIFICANDO O APRENDIZADO MÓDULO 4 Identificar as prioridades e as preocupações principais em cada uma das etapas de desenvolvimento da carreira LIGANDO OS PONTOS Você já parou para pensar sobre sua carreira? Qual o tamanho da sua responsabilidade em sua gestão? A proposta é pensar sobre como a sua carreira depende fundamentalmente de sua ação. VOCÊ CONHECE O IKIGAI? Mandala IKIGAI Ikigai é uma construção em formato de mandala e com base em um conceito oriental que siginfica iki (vida) e kai (harmonia). A utilização de um olhar que pode parecer exotérico demonstra uma característica típica nossa de perceber o que não nos é recorrente como exotismo. A mandala é uma associação, um cruzamento de formas, uma representação da fragmentação/integração em muitas formas que podem nos levar a um todo. Faz parte da filosofia e da maneira de perceber o mundo. Pode ser considerada uma observação de autoconhecimento e uma base importante para carreira. A reflexão sobre os caminhos da carreira deve ser feita individualmente, cada um tem e pode preencher a sua própria mandala. A mandala é composta por quatro círculos que se sobrepõem: O QUE AMO FAZER. O QUE POSSO FAZER BEM. O QUE POSSO SER PAGO PARA FAZER. O QUE O MUNDO PRECISA. Só existe um ponto de intercessão pleno: o Ikigai. Lembre-se: essa é uma proposta sobre olhar para si e sua carreira. Não existem dois “eus”, não existem mundos separados, você se materializa no seu eu, único e indivisível. Vamos pensar: a mandala é um exercício pessoal sobre o que você deseja, como alinhar valores pessoais e ter uma vida em equilíbrio. Desenhe sua própria mandala, vamos lá! Algumas ajudas: O QUE EU AMO FAZER? Pense na sua motivação mais profunda, aquilo que o move, que realmente você gostaria de fazer. Conhece Warren Buffet? Um dos maiores investidores do mercado financeiro mundial disse certa vez: quando for pensar em uma carreira, pense em fazer algo como se não precisasse de dinheiro. O caso de Steve Jobs também é ótimo para pensar sobre isso: “É preciso ter uma ideia e um erro sobre o qual se queira acertar, caso contrário não vai se ter perseverança necessária para o superar.” O QUE POSSO FAZER BEM? O ideal é ser prático, pensar em funções, em práticas do mundo cotidiano, refletindo sobre o que você é capaz de ser mais eficiente. Importante: pense, por exemplo, que isso não significa uma profissão, mas algo que as pessoas reconheçam em você. Já leu O maior vendedor do mundo? Há uma excelente história sobre isso. Foram mandados dois vendedores para vender sapatos no deserto. Um otimista e um pessimista. O segundo reclamou da “furada” em que foi jogado, enquanto o primeiro, eufórico, agradecia pela chance de estar no mercado aberto. Será que o segundo não tem lugar no mundo? Tem, mas não é desbravando mercados. O QUE POSSO SER PAGO PARA FAZER? Os boletos vão continuar a chegar. É a condição da vida de adulto. Então pense em empresas alinhadas com o que você deseja, profissões que dialogam com aquilo que você necessita e que o pagamento seria muito bem-vindo. Não reduza demais suas possibilidades, pense de forma mais ampla, afinal a contas estão aí. Aqui tem um caso emblemático. George Lucas, o produtor cinematográfico de, nada mais nada menos, Star Wars, depois da primeira trilogia, foi questionado sobre seus próximos projetos. Ele falou que agora que dinheiro não era uma preocupação, iria fazer filmes de artes. Repare, ele não falou em abandonar o cinema, algo que continuava amando, mas focaria no seu gosto pessoal. O QUE O MUNDO PRECISA? Achou piegas? Mas não é não. Você faz parte desta tal de humanidade, o mundo precisa de pessoas, e pessoas que façam, pensem sobre isso. Al Gore era vice-presidente dos Estados Unidos, perdeu uma eleição polêmica para presidente para George W. Bush. Poderia ter seguido carreiras políticas, estava estruturado, mas acreditava em algo e se voltou para trabalhar com causas ambientais. Foi chamado de oportunista e alarmista, ao mesmo tempo muitas previsões e estudos só ganharam fôlego depois ter o apoio da sua voz. Continuou sendo político, mas agora como um ícone das questões ambientais. Para que serve a mandala? Para o seu exercício pessoal, para se entender. Não se pressione, não imagine que está tudo errado ao executar, mas guarde com carinho, repense caminhos. Imagine como seria a mandala dos personagens que trabalhamos aqui. Agora é sua vez. APÓS A LEITURA DO CASE, É HORA DE APLICAR SEUS CONHECIMENTOS! VAMOS LIGAR ESSES PONTOS? 3. ANALISE A SUA MANDALA (TEMOS UM MODELO) E REFLITA SOBRE COMO VOCÊ ANALISA SEU ATUAL ESTÁGIO E O QUE PODERIA FAZER PARA SEUS PRÓXIMOS PASSOS NA CARREIRA. RESPOSTA Não, não vamos analisar sua resposta, você fará isso comparando-a com a de seus colegas! Existem vários preenchimentos e instruções na rede. Mas é importante refletir: quais foram suas escolhas? Quais caminhos você está seguindo? Onde está seu equilíbrio? Note em cada um dos espaços um exercício sobre como foi sua carreira e como você a projeta. Depois de fazer isso, vai ficar muito mais fácil a leitura do tema abaixo. javascript:void(0) REFLEXÕES SOBRE A CARREIRA Até agora, analisamos a perspectiva individual na definição e no planejamento da carreira, e como o autoconhecimento é essencial na hora de elaborar e revisar esses planos. Também entendemos a importância do apoio da empresa para a trajetória profissional de seus colaboradores e para promover o sentido de pertencimento, que busca reter os funcionários na planilha em longo prazo. Neste módulo, vamos nos concentrar: NA CARREIRA EM SI NO SEU DESENVOLVIMENTO NAS ETAPAS AO LONGO DO CAMINHO CORPORATIVO Para chegar ao núcleo da questão, primeiramente devemos refletir sobre o que significa ter uma carreira bem-sucedida. Ao planejarmos o futuro, somos otimistas e esperamos conquistar todos os nossos objetivos. Conforme avançamos na carreira e na vida, é comum olharmos para trás e avaliarmos se nossas expectativas foram cumpridas. Faz sentido ponderar se chegamos ao lugar que realmente queríamos e, talvez, redesenhar nossa estratégia para os próximos anos. Na aposentadoria, é hora de fazer um balanço e concluir se tivemos uma carreira de sucesso, ou não. O QUE É TER SUCESSO NA CARREIRA? Obviamente, o significado de sucesso é pessoal e subjetivo. Em geral, ele é associado aos resultados das atividades e das experiências vividas ao longo da carreira, que podem ser materiais e psicológicos. O resultadomaterial costumava ser o mais valorizado. Isto é, elementos tangíveis, como o dinheiro ganho e os bens adquiridos, assim como as promoções recebidas e os cargos ocupados. Porém, com as mudanças sociais e no mercado no século XXI, encontramos mudanças nessa perspectiva, nos concentrando em elementos psicológicos. A transformação da preferência por carreiras passadas dentro de uma única organização por carreiras com uma visão individualizada e mutável (carreira proteana), que vai além dos horizontes do emprego (carreira sem fronteiras), mudou o significado do êxito profissional. Atualmente, a percepção de sucesso leva em conta a satisfação com várias facetas do trabalho. Observa-se uma valorização de variáveis como: CRESCIMENTO PESSOAL APRENDIZAGEM CONTINUADA IMPACTO DO TRABALHO REALIZADO NA SOCIEDADE POSSIBILIDADES DE CONCILIAÇÃO FAMILIAR Isso não significa o desmerecimento de elementos mais comuns, como prestígio, poder ou salário, mas a definição de êxito apresenta, cada vez mais, uma visão holística , abrangente ou completa sobre a vida das pessoas (GREENHAUS; CALLANAN; GODSHALK, 2018). javascript:void(0) VISÃO HOLÍSTICA Busca entender os fenômenos, analisando o todo e não a mera junção de partes isoladas. Grandes empreendedores ou executivos confessam, no final das carreiras, ter a sensação de fracasso por terem sacrificado suas relações familiares ou por não conseguir aproveitar outros lados da vida. Sua suposta carreira bem-sucedida não ofereceu satisfação suficiente para preencher todas as suas expectativas vitais. Na mesma linha, quando começamos a trabalhar, ficamos ansiosos para atingir os resultados tradicionais do êxito, como um salário maior ou uma rápida promoção. Isso pode causar frustração por não atingir essas expectativas diante de um mercado em crise ou, no caso de as metas serem alcançadas, por não satisfazer todas as nossas necessidades. Portanto ‒ e conectando essa questão com a importância do autoconhecimento ‒, para desenvolver sua carreira, é essencial que você conquiste a sua versão de sucesso. Conforme se ganha experiência e a realidade do setor de trabalho se torna mais nítida, ter uma visão realista das possibilidades profissionais se torna mais fácil. Prioridades pessoais mudam, e, com o passar do tempo, você passará a valorizar elementos diferentes do trabalho. Desse modo, o ideal é sempre respeitar sua própria definição de sucesso e não deixar que alguém imponha quais devem ser seus objetivos e conquistas profissionais. ETAPAS DE DESENVOLVIMENTO DA CARREIRA A literatura sinaliza diferentes etapas no desenvolvimento da carreira. Mesmo com as mudanças nos objetivos profissionais, nas prioridades e nas condições de sucesso procurados pelas novas gerações, é possível distinguir traços caraterísticos em cada etapa da trajetória. Você perceberá que, com o passar dos anos, esforços e objetivos mudam, assim como expectativas profissionais. Nesse sentido, é fácil enxergar a diferença da nossa visão em etapas específicas, como quando nos preparamos para entrar no mercado de trabalho, estudando e adquirindo certa experiência em um estágio, quando conseguimos o primeiro contrato estável, quando passamos a crescer profissionalmente, quando chegamos ao auge do nosso desempenho, alcançando os mais altos cargos, e, finalmente, quando chega o momento da aposentadoria. No seu livro Career Management for Life (Gestão de carreira para a vida , 2018), Greenhaus, Callanan e Godshalk apresentam uma caraterização das diferentes etapas que acontecem no desenvolvimento da carreira. Os autores apontam quatro etapas com patamares de idade que se sobrepõem nos seus extremos: 1 Dos 18 aos 30 anos, quando se escolhe a profissão e a empresa na qual trabalhar. Dos 25 aos 45 anos, fase inicial de consolidação e de cumprimento de resultados. 2 3 Dos 40 aos 60 anos, momento intermediário de reavaliação de objetivos. Dos 55 até o fim da carreira, quando nos preparamos para a aposentadoria. 4 Vejamos as particularidades de cada uma dessas etapas com mais detalhes: ETAPA 1: ESCOLHA OCUPACIONAL E ORGANIZACIONAL Do fim do ensino médio até cerca de 30 anos. É o período em que escolhemos uma carreira, criando uma imagem futura de nós mesmos ao nos visualizarmos realizando essa atividade. É um momento crucial para nossas vidas e devemos estar abertos a opiniões e recomendações, assim como a explorar a realidade de cada profissão, não apenas quanto ao tipo de funções a serem executadas, mas também à empregabilidade do mercado, ao salário e às condições de trabalho. Devemos identificar os propósitos, as prioridades e as tarefas que mais se encaixam com nossa personalidade. A dedicação a esse processo aumenta a probabilidade de escolhermos a ocupação certa. É comum ter dúvidas sobre quais opções explorar, uma vez que ainda somos muito jovens. Muitas vezes, tomamos decisões práticas, estudando na faculdade na qual formos aceitos. Há quem frequente o curso por certo tempo e o abandone após descobrir que não se interessa pelo assunto. Por sorte, existem múltiplos caminhos posteriores de especialização dentro de cada área de estudo, e podemos afinar nossa vocação com o passar do tempo. É nesse momento que buscamos uma empresa que se alinhe com nossos desejos profissionais e nos dedicamos a encontrar o emprego ideal. Não é uma tarefa simples, e nem sempre será possível conquistar nossa vaga favorita. Nossa formação, nossas competências e a situação do mercado farão a diferença. O processo também poderá acontecer em estágios posteriores da sua carreira, quando uma rede de contatos será igualmente relevante. ETAPA 2: INÍCIO DA CARREIRA – FASES DE ESTABELECIMENTO E CONQUISTAS Desde a primeira experiência profissional até cerca de 45 anos. Há certo paralelismo com a inserção na vida adulta, com a transição da juventude para uma etapa na qual devemos nos consolidar. Uma vez inseridos em uma empresa, devemos adquirir conhecimentos e habilidades práticas, muitas atividades que não se aprendem na universidade. Aprender a nos relacionar com colegas e clientes, às vezes em um ambiente competitivo, é algo importante. Nós encontramos a estabilidade quando conquistamos a confiança de nossos superiores e realizamos funções relevantes, ou quando nossa trajetória profissional nos permite mudar de empresa ou sair temporariamente do mercado e retornar para o mesmo trabalho. A partir daí, começamos a atingir os objetivos que elaboramos para nossa carreira. O fato dessa etapa se estender até os 45 pode parecer demorado demais, mas o certo é que, às vezes, é difícil consolidar nossa ocupação. Em condições de instabilidade econômica e saturação de pessoas em busca de trabalho, talvez isso demande tempo. Com frequência, não temos outra opção além de aceitar uma ocupação diferente ou mudar de especialidade. ETAPA 3: METADE DA CARREIRA Dos 40 aos 60 anos, é a etapa do desenvolvimento da carreira. Talvez seja nesse período que alcançamos os maiores benefícios da carreira, os cargos de maior hierarquia e o maior nível de especialização. Na metade de nossas vidas, é comum questionarmos nossa situação pessoal e profissional. Na maturidade, já consolidamos um estilo de vida. Portanto, essa é uma etapa de transição. Não importa se realizamos mudanças pequenas ou radicais, todas envolverão uma reflexão pessoal e um processo de tomada de decisão. Podemos nos preocupar com o engessamento na carreira, o perigo de estarmos desatualizados e a continuidade da produção de resultados para a empresa, que deverá auxiliar nessa transição. Levando em conta o aumento da longevidade e o adiamento da idade de aposentadoria, talvez essa etapa intermediária se estenda para além dos 60 anos. ETAPA 4: FIM DA CARREIRA Dos 55 até a aposentadoria, é o estágio final da vida profissional. Nesse período, a preocupação mais importante é continuar se sentindo produtivo e útil para a empresa. É um aspecto sensível pela ideia preconceituosa de que trabalhadores maisvelhos pioram seu desempenho. Assim, é preciso um esforço para se manter atualizado e não ficar para trás quanto ao uso de novas tecnologias e conhecimentos. De fato, observa-se que os trabalhadores chegam ao auge de suas condições físicas e cognitivas nos anos prévios à aposentadoria. Outra questão relevante é se preparar para o momento de se aposentar, tanto no sentido de garantir um sustento digno quanto no de garantir o bem-estar psicológico diante do desafio de abandonar uma das principais atividades das nossas vidas. Assim, é interessante se planejar para desfrutar do tempo livre, dos hobbies, de atividades de aprendizagem e de socializar com amigos e familiares, pois o lado social também sofre com a despedida dos colegas do trabalho. Greenhaus, Callanan e Godshalk (2018) reconhecem as limitações da caraterização das etapas de desenvolvimento da carreira. Eles afirmam que se trata apenas de uma orientação e que a idade não é o único diferencial. A passagem pelas etapas pode depender: DA DURAÇÃO DO PERÍODO DE EDUCAÇÃO DAS REDES PROFISSIONAIS DO TIPO DE ASPIRAÇÕES DA PERCEPÇÃO DE SUCESSO Igualmente, em mercados em crise, com instabilidade e altas taxas de desemprego, a leitura pode mudar completamente. Por fim, os autores apontam que os tipos de carreira atuais são mais dinâmicos do que no século passado, e é comum encontrar casos de pessoas que mudam completamente de ofício, com ciclos que se repetem ou aceleram com o passar dos anos. A principal informação a ser apreendida com o estudo do desenvolvimento da carreira é que devemos estar cientes de que as prioridades, as preocupações e o nível de proficiência mudam com o passar da vida profissional. É por isso que nunca devemos abandonar o gerenciamento de nossas carreiras. Com certa frequência, em momentos-chave do seu desenvolvimento, revise seus propósitos, seus valores, seus pontos fracos e fortes. Talvez você decida reorientar sua carreira para aprimorá-la ou para obter mais bem-estar pessoal. O importante é não se deixar levar pela inércia, por opiniões de terceiros e pela corrente de oportunidades, permanecendo sem rumo nem objetivos. AS CARREIRAS DO FUTURO Neste vídeo, o especialista Enrique Jesús Sánchez Elvira falará sobre as carreiras com mais potencial nos próximos anos. Serão apontadas as profissões com mais e menos possibilidades de crescimento, assim como a trajetória que se espera no desenvolvimento das carreiras das próximas gerações. VERIFICANDO O APRENDIZADO CONCLUSÃO CONSIDERAÇÕES FINAIS A gestão pessoal da carreira é cada vez mais importante. As empresas já não se preocupam tanto com essa questão, que consideram uma responsabilidade individual. É por isso que é imprescindível fazer uso de recursos precisos para gerenciar a vida profissional de forma adequada. Ao mesmo tempo, pode ser um diferencial competitivo conhecer as possibilidades que as empresas ocasionalmente oferecem. O primeiro passo que devemos dar é desenvolver o autoconhecimento. Existem múltiplos recursos disponíveis para isso. O gerenciamento correto do caminho profissional exige que sejamos coerentes com nossos valores e nossas preferências, e devemos nos esforçar para potencializar nossos pontos fortes e amenizar nossas fraquezas. Igualmente, nossas decisões sempre devem levar em consideração nossa vida pessoal e a qualidade de vida que desejamos. No que se refere às empresas, sua contribuição mais significativa para guiar esse gerenciamento é criar planos de carreira e de remuneração consistentes. Além disso, existem outras ações corporativas que visam promover o sentido de pertencimento e de propósito, retendo colaboradores por mais tempo na empresa. Por fim, conhecer os estágios típicos no desenvolvimento da carreira pode nos ajudar a compreender quais são os aspectos cruciais que enfrentamos em cada momento da vida profissional. E, sobretudo, é importante reconhecer o valor de seguir nossos próprios caminhos, sendo coerentes com nossos valores, nossas preferências e nossa concepção do que configura uma carreira bem-sucedida. PODCAST Agora, o especialista Enrique Jesús Sánchez Elvira encerra o tema resumindo as principais questões do conteúdo de forma mais extensa. AVALIAÇÃO DO TEMA: REFERÊNCIAS ALIMUJIANG, A.; WIENSCH, A.; BOSS, J. et al. Association Between Life Purpose and Mortality Among US Adults Older Than 50 Years. JAMA Network Open, v. 5, n. 2, p. 1-13, 2019. BAREKET-BOJMEL, L.; HOCHMAN, G.; ARIELY, D. It’s (not) all about the Jacksons: Testing Different Types of Short-Term Bonuses in the Field. Journal of Management, v. 20, n. 10, p. 1-21, 2014. BAUMEISTER, R.; LEARY, M. 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EXPLORE+ Para saber mais sobre os assuntos tratados neste conteúdo, assista: Aos vídeos disponíveis na Web: “Three Questions to unlock your authentic career: Ashley Stahl at TEDxBerkeley”. Profissional do futuro. Leia: “Career anchors: the changing nature of careers self-assessment”, de Edgard Schein (Editora Wiley). Pesquise na Internet: Teste âncora de carreira. Teste gratuito de personalidade 16 personalities . CONTEUDISTA Enrique Jesús Sánchez Elvira CURRÍCULO LATTES javascript:void(0); javascript:void(0);