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1/3 Keynesianismo 1. O Keynesianismo, também chamado de Escola ou Teoria Keynesiana, é uma teoria político-econômica que defende a intervenção do Estado na organização econômica de um país. O pensamento keynesiano afirma que o Estado deve oferecer benefícios sociais aos trabalhadores, como seguro de saúde, seguro-desemprego, salário mínimo, férias remuneradas, dentre outros. Nesse sentido, o Estado tem deveres a cumprir para com seus cidadãos, lhes proporcionando uma vida digna. Essa teoria levou ao surgimento do conceito de Bem-Estar social. Desta maneira, o Keynesianismo é oposto ao liberalismo econômico, que sustenta que a economia deve ser regulada pelo mercado. Origem do Keynesianismo O Keynesianismo surgiu na década de 30 do séc. XX e recebe esse nome por ter sido elaborado pelo economista britânico John Maynard Keynes (1883-1946). Sua teoria econômica foi exposta na obra “Teoria geral do emprego, do juro e da moeda”, publicada em 1936. A teoria Keynesiana aparece num momento em que o sistema capitalista e liberal passava por crises de produção e desemprego. Assim, Keynes propôs algo que os governos não haviam tentado até o 2/3 momento: a regulação da economia pelo Estado. Keynes argumenta que o mercado não é capaz de se regular por si mesmo e que o Estado deveria participar na economia através de investimentos, empresas e regulando o comércio. Como exemplo, citamos o “New Deal” (Novo Acordo), implantado de 1933 a 1937, pelo governo do presidente estadunidense Franklin Roosevelt. Este plano fez com que o Estado fosse o grande impulsor da economia promovendo investimentos e construções de infraestruturas para gerar emprego. O objetivo do “New Deal” era acabar com a Crise de 1929, que mergulhou o país na grande depressão. Após a Segunda Guerra Mundial, o modelo econômico keynesiano foi utilizado em alguns países para sua reconstrução. O resultado foi o estabelecimento de empresas estatais, regulamentação do mercado e direitos trabalhistas. No entanto, na década de 60, o aumento das desigualdades sociais, da inflação e do desemprego fizeram o pensamento keynesiano sofrer diversas críticas por parte dos liberais. Resumo das características do Keynesianismo As principais características do Keynesianismo são: Oposição aos ideais liberais e neoliberais Protecionismo de mercado e equilíbrio econômico Investimento de capital por parte do governo Redução da taxa de juros Equilíbrio entre a demanda e a produção Intervenção estatal na economia Garantia de pleno emprego Benefícios sociais Keynesianismo, Liberalismo e Neoliberalismo O Keynesianismo econômico é oposto aos ideais do liberalismo econômico e do neoliberalismo, que prezam pela iniciativa individual e a não intervenção do Estado no mercado. O liberalismo, baseado nas ideias de Adam Smith, defendia que o mercado era capaz de se autorregular, pois é regido pela lei da oferta e da procura. Quanto mais um produto ou serviço é ofertado, mais barato ele será. Por outro lado, quanto mais pessoas procuram um produto ou serviço, mais caro ele será. Na década de 90, o keynesianismo foi esquecido diante do avanço do neoliberalismo no contexto da globalização e da abertura do mercado internacional. Isto ocorreu porque o neoliberalismo é uma atualização do liberalismo e defende a privatização de empresas estatais, a abertura econômica dos mercados nacionais e a livre circulação de capitais internacionais. 3/3