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KEYNES - INTERVENCIONISMO 
 
Com a grande crise financeira que ficou conhecida como “A grande Depressão”, surgiu 
uma nova teoria econômica, desenvolvida pelo economista John Maynard Keynes, que 
ficou conhecida como Keynesianismo. 
No século XIX, o cenário econômico estava divido em duas teorias econômicas: Teoria 
Liberal e Teoria Marxista. 
A última, tendo como maestro o ideólogo Karl Marx, defendia a ideia de que o Estado 
deveria ser forte e predominante, ou seja, controlando os meios de produções e toda 
a economia de um país. Contrapondo essas ideias, a teoria liberal, tendo como 
fundador o economista e filósofo Adam Smith, defendia o funcionamento do livre 
mercado. 
Assim, o Keynesianismo surge com uma alternativa às teorias econômicas liberal e 
marxista. 
Quem foi Keynes? 
John Maynard Keynes nasceu na Inglaterra, em 1883. Foi filho de um economista. 
Graduou-se em Matemática recebendo orientação de um professor e economista, em 
se aproximou cada vez mais dos temas ligados à economia. 
Se tornou professor de economia e dividia seu tempo como editor de jornal. 
Ele chegou a ser designado para trabalhar no Tesouro Britânico, com a missão de 
preparar a delegação do país que seria enviada para negociar no Tratado de Versalhes 
depois da derrota da Alemanha na Primeira Guerra Mundial. 
Por não concordar com as duras condições impostas aos vencidos, demitiu-se do 
cargo e em seguida publicou “As Consequências Econômicas da Paz” (1919), para 
argumentar que tais condições seriam impossíveis de se cumprir e levaria à ruína 
econômica da Alemanha, com graves consequências para o resto do mundo. O tempo 
mostrou que as previsões de Keynes eram acertadas. 
O que é o Keynesianismo? 
A doutrina Keynesiana ficou conhecida como uma “revisão da teoria liberal”. Nesta 
teoria, o Estado deveria intervir na economia sempre que fosse necessário, afim de 
evitar a retração econômica e garantir o pleno emprego. 
De acordo com Keynes, a teoria liberal não disponibiliza mecanismos e ferramentas 
capazes de garantir a estabilidade empregatícia de um país. Segundo Keynes, o poder 
público deveria investir em áreas em que as empresas privadas negligenciavam. 
Principais Características do Keynesianismo: 
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• Defesa da intervenção estatal em áreas que as empresas privadas não podem 
ou não desejam atuar; 
• Oposição ao sistema liberal; 
• Redução de taxas de juros; 
• Equilíbrio entre demanda e oferta; 
• Garantia do Pleno Emprego; 
• Introdução de benefícios sociais para a população de baixa renda, afim de 
garantir um sustento mínimo 
 
A aplicação do Keynesianismo 
Com a “crise de 29”, ficou claro que o liberalismo clássico, sozinho, não foi capaz de 
garantir o pleno emprego. Em 1932, com a quebra da bolsa de valores e com uma grande 
crise financeira, o presidente implementou o famoso plano “New Deal”, visando tirar o 
EUA da retração econômica. 
De fato, o plano funcionou. Além da intervenção estatal, o plano estabelecia o controle 
na emissão de valores monetários, o investimento em setores básicos da indústria e, 
claro, políticas de criação de emprego. 
Bons resultados foram alcançados através do new deal. 
Porém, ele perdeu espaço no final de década de 1970 quando o neoliberalismo surgiu 
com novas propostas, como a abertura comercial internacional e a privatização de 
empresas estatais. 
Os preceitos defendidos por Keynes só voltaram aos holofotes com a grande crise de 
2008, ocasião em que as principais economias do mundo se viram diante da 
necessidade de evitar uma situação semelhante à recessão americana de 1929. 
Críticas ao Keynesianismo 
Muitos autores criticavam a doutrina keynesiana alegando que se tratava de uma teria 
“socialista”. Apesar de ser contra o sistema liberal, cabe ressaltar que John Keynes 
nunca defendeu a estatização da economia, mas, sim, a participação do estado para 
suprir necessidades que o sistema privado não atendia. 
Mesmo com todas as críticas e controvérsias, após passados muitos anos, a Teoria de 
Keynes continua sendo usada como base de estudos em diversas universidades no 
mundo. 
Levando em consideração toda sua contribuição para os estudos no campo econômico, 
não seria um equívoco, sem dúvidas, afirmar que Keynes foi uma das figuras mais 
importantes no estudo da economia no século passado. Apesar do neoliberalismo ter 
praticamente tomado conta da maioria dos países, o keynesianismo deixou sua marca 
na história. 
 
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